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Curitiba adianta obras para Copa do Mundo

terça-feira, 5 de julho de 2011

Foto: Joel Rocha
Curitiba é a capital brasileira mais adiantada com obras em execução em função da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Além das obras do PAC da Copa – a primeira autorizada na última semana pelo prefeito Luciano Ducci -, a cidade já vem executando outra série que atende o mundial de futebol e melhora a vida dos curitibanos.
“Todas as obras do PAC da Copa serão licitadas ainda este ano. Serão mais de R$ 222 milhões em investimentos”, disse Ducci  ao autorizar a licitação de R$ 15,2 milhões do primeiro lote da extensão da Linha Verde Sul.
O novo trecho em licitação da Linha Verde tem 1,8 quilômetro, transformando a BR 476 em uma via urbana com 10 pistas de rolamento - duas para canaletas exclusivas para o transporte coletivo, seis para o sistema viário (três em cada sentido) e duas vias locais de passagem (uma em cada sentido), ciclovia, além de iluminação renovada, paisagismo e calçadas

Mais obras
Além da licitação da Linha Verde, a prefeitura está executando as obras de revitalização da Avenida Marechal Floriano Peixoto, Anel Viário Central, as trincheiras da Avenida Comendador Franco e Bacacheri/Bairro Alto, Rua 24 Horas, e as avenidas Fredolin Wolf e Toaldo Túlio.
O Anel Viário Central vai desafogar o trânsito da cidade e permitir acesso rápido aos estádios de futebol. As melhorias vão passar por ruas que passam também perto dos estádios Couto Pereira, Arena da Baixada e Vila Capanema, vistoriados pela Fifa para serem usados pelas equipes que vierem á Curitiba.
As obras do Anel Viário estendem-se por 25 quilômetros de ruas, com a revitalização do pavimento, das calçadas e a adequação da sinalização semafórica. Passando por oito bairros - Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde -, o Anel Viário vai tornar os deslocamentos mais seguros e contínuos.
Os motoristas poderão até percorrer distâncias maiores, mas os tempos de deslocamentos serão menores e eles encontrarão mais fluidez. No sentido horário, o Anel Viário terá 11,6 quilômetros de ruas e no sentido anti-horário, outros 13 quilômetros. O investimento nesta obra é de R$ 36 milhões.

Marechal Floriano
Outra obra que vai melhorar o deslocamento em função da Copa do Mundo é a revitalização da Avenida Marechal Floriano Peixoto, que vai se tornar uma alternativa de acesso ao aeroporto Afonso Penna. Nesta primeira etapa, a prefeitura está recuperando 3,5 quilômetros de avenida, entre a Linha Verde e o terminal do Carmo. Estão sendo investidos R$ 8,4 milhões, na recuperação de asfalto, construção de novas calçadas, rede de drenagem, iluminação e ciclofaixas.
A iluminação da Marechal será diferenciada. Postes especiais vão melhorar a iluminação das calçadas e da ciclofaixa. A intenção é seguir o mesmo modelo usado na Avenida Padre Anchieta. Serão usadas luminárias de alto rendimento direcionando toda a iluminação para baixo.

Trincheira
Para melhorar o escoamento do trânsito na Avenida Comendador Franco/Avenida das Torres, está em obras uma trincheira na altura da rua Chile. A nova trincheira, que integra o binário Chile/Guabirotuba, vai permitir o acesso rápido de que vier sentido aeroporto ou pela BR 277. A prefeitura está investindo R$ 9,1 milhões na obra.
O novo binário envolve as ruas Guabirotuba, Chile, Alberto Twardowski e Pergentina Silva Soares. São 2.852 metros em obras de drenagem, pavimentação, passeio, paisagismo, iluminação e sinalização, além da trincheira sob a Avenida Comendador Franco.
A trincheira vai permitir a ligação da rua Pergentina Silva Soares. Também serão construídas uma ponte sobre o Rio Belém, próxima da rua Josefina Zanier, e uma galeria entre as ruas Imaculada Conceição e Iapó.
Também em obras, a nova ligação Bacacheri-Bairro Alto vai reduzir os congestionamentos que acontecem no trecho da Rua Fagundes Varela com a BR-476. A construção da trincheira é um investimento de R$ 9,5 milhões.

24 horas
A prefeitura revitalizou e já entregou a nova Rua 24 Horas. A previsão é que a rua reabra ao público, com lojas e serviços, em setembro, exatos 20 anos depois de sua inauguração. Na obra foram investidos R$ 4,1 milhões.
Dentro da nova programação, serão instaladas chocolateria, revistaria, livraria, auto atendimento bancário, farmácia, cyber café, souvernires, agência de turismo, correio, confeitaria, artesanato, praça de alimentação, sorvetes, tabacaria, armarinhos, locadora de veículos, relojoaria, chaveiro, laboratório fotográfico, perfumaria e cosméticos.

Avenidas
Na revitalização da Avenida Fredolin Wolf, a Prefeitura está investindo R$ 17,9 milhões. No trecho já liberado, a prefeitura já fez obras de drenagem e pavimentação, colocou meio-fios e iluminação pública. Foram colocadas a primeira camada asfáltica e a sinalização provisória. Ainda estarão em obras as calçadas, que podem provocar bloqueios parciais. Além destas obras, as equipes estão trabalhando ao longo da Fredolin Wolf, fazendo de drenagem a colocação de capa asfáltica. Em alguns trechos, a pista já foi liberada com a aplicação da primeira de asfalto facilitando o trânsito. A revitalização completa será entregue até dezembro.
A avenida Toaldo Túlio já foi revitalizada. A via liga os bairros Orleans e Santa Felicidade, com investimento de R$ 4,7 milhões. São 4,5 mil metros entre a BR-277 e a rua Domingos Strapasson, passando pelo São Braz.
A avenida ganhou espaço para os ciclistas. São nove quilômetros de calçadas e ciclovias compartilhadas. Outra melhoria é na iluminação pública, que deixou mais seguro a avenida durante a noite.
 Fonte: Agora Paraná


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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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Obras de mobilidade urbana para Copa em Salvador têm prazos incertos

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A mobilidade urbana em Salvador é um problema crônico e que leva a um gargalo atualmente insuperável na cidade. Com a confirmação de que a capital baiana sediaria a Copa de 2014, houve grande esperança por parte da população de que obras e recursos pudessem enfim livrar a cidade dos enormes engarrafamentos e melhorassem seu sistema de transporte de baixa qualidade. Hoje, quem não tem carro em Salvador está servido unicamente de ônibus para se movimentar pela cidade.

A frota de ônibus de Salvador gira em torno atualmente de 2.450 ônibus, auxiliados por 290 veículos que integram o Sistema de Transporte Complementar. Entretanto, a passagem de R$ 2,80 é criticada por usuários e entidades civis devido à frota mal distribuída entre os bairros e com veículos antigos e desconfortáveis. Além disso, os coletivos seguem por ruas malcuidadas e frequentemente engarrafadas a qualquer hora do dia. Com isso, a melhor opção segue sendo tomar um táxi, cuja bandeirada inicial custa R$ 3,75 e o quilômetro rodado em R$ 1,85 na bandeira 1 e R$ 2,59 na bandeira 2. É o táxi mais caro entre as capitais do Nordeste, mas com um custo nacional apenas mediano.

A falta de entendimento entre os entes públicos causa grande desconfiança de que as intervenções prometidas sejam de fato efetivadas e entregues aos moradores. De todas estas obras, a mais polêmica, esperada e que poderia começar a sinalizar uma transformação radical na forma de encarar o transporte de massa na cidade é a do metrô de Salvador. Porém, após mais de 12 anos de iniciada, a construção do modal jamais chegou ao seu final e ainda teve o trecho original, de 12 quilômetros, reduzido à metade. Atualmente, a linha já erguida liga a Estação da Lapa – a maior da cidade – à movimentada Rótula do Abacaxi, mas não funciona. O trecho adicional deveria seguir até a Estação Pirajá e desobstruir o quase caótico trânsito da BR-324, mas somente as estruturas elevadas ficaram prontas, sem trilhos nem estações.

A ideia do governo do estado é usar verba federal para terminar e colocar em operação o primeiros seis quilômetros e, logo após, efetuar as obras de uma segunda linha, da Rótula até o aeroporto, com extensão de 24 quilômetros atravessando toda a avenida Paralela, uma das mais importantes da cidade. Além disso, o governo estadual também propôs construir paralela à nova linha corredores para BRT, o que resultaria em grande alívio do trânsito da Paralela, atualmente sufocado durante qualquer período do dia. Por fim, há a promessa de revitalizar os trens do Subúrbio Ferroviário e também implementar ciclovias em torno do estádio.
O projeto ainda está em fase de licitação e, caso seja aprovado, deverá ter obras iniciadas em 2013 e encerradas somente em 2016, dois anos depois da Copa. O custo foi fixado em R$ 3,5 bilhões com parceria entre governo e entes privados. A própria Linha 1, de seis quilômetros, não estará disponível a baianos e turistas na época do evento. Apesar de já ter trilhos, trens e ter passado por fase de testes, ainda não há os últimos recursos disponíveis para, enfim, liberar o transporte aos moradores de Salvador. Por conta de indefinições políticas, ainda é impossível determinar quando e como o modal será enfim inaugurado e integrado à vida da população.

Assim, a estratégia dos organizadores locais é, em última análise, trabalhar com o improviso. Há propostas de explorar sistemas de transporte alternativos, como ônibus especiais, reforço da frota de coletivos comum. O trade turístico entraria na questão oferecendo pacotes de traslado de hóspedes de hotéis até o estádio. Para facilitar este processo, haverá decreto de feriados em todos os dias de partidas na cidade, o que, esperam os gestores, diminua o trânsito em toda a cidade e facilite o caminho para quem vai à Fonte Nova.
Ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador
As únicas duas obras relativas aos esforços da Copa em andamento atualmente são a ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador e a reforma do porto da cidade. Classificada como satisfatória em termos de prazos, a intervenção no terminal aéreo visa reforma e adequação do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves, além de construção de nova torre de controle. Todas as etapas deverão ser entregues no período entre agosto e dezembro de 2013.

Já no porto, uma intervenção longamente acalentada pelo trade turístico, o trabalho teve início no meio do ano. A intenção é transformar dois antigos armazéns em terminais turísticos e de passageiros, o que trará ao local atrações como restaurantes, galerias de exposição, casas de shows e outros equipamentos a serem usados por baianos e turistas. O estado aplicará verba federal de cerca de R$ 36 milhões, com fim das obras previsto para maio, coincidindo com o aniversário de 100 anos do terminal. 

Outra obra que, apesar de não ter sido iniciada, tem previsão de entrega para este ano é a das ciclovias da cidade. O projeto, chamado “Cidade Bicicleta”, prevê construir oito quilômetros de pista cicloviária no entorno da Arena Fonte Nova e 14 quilômetros no percurso do Centro até a orla, a área de Itapagipe (situada na Cidade Baixa) e o Centro Antigo. Este projeto, de execução considerada simples, seria entregue já para a Copa das Confederações e estaria também entre os planos de mobilidade como teste para a Copa do Mundo, integrando os sistemas já disponíveis.

Plano Diretor, a grande polêmica
Em Salvador, a grande polêmica que envolve a organização da Copa do Mundo é relativa a uma série de concessões institucionais às empresas da construção civil listadas na tentativa de aprovação de um novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Como as alterações visam a mudanças de regras para exploração financeira no período da copa, a matéria passou a ser popularmente conhecida como PDDU da Copa.

O conjunto de propostas inclui alterações de exploração do espaço no entorno da Arena Fonte Nova para a construção de novos estacionamentos e estabelecimentos comerciais. A região, considerada histórica, tem uma série de edifícios tombados e, assim, muitos poderiam ser derrubados para dar lugar a novos centros comerciais. Mas a grande polêmica está em relação às concessões para construção de novos empreendimentos em diversas áreas da cidade, em especial a Orla Marítima.

Segundo o projeto, haverá mudanças nas regras que podem liberar o gabarito da região, o que, na avaliação dos ambientalistas, provocará o inapelável sombreamento da orla da cidade, nos moldes da região da praia de Boa Viagem, em Recife. A prefeitura de Salvador não obedeceu o trâmite legal da votação do projeto e não realizou a série necessária de audiências púbicas, além de não colocar à disposição o projeto na íntegra para apreciação da população, apostando no envio da matéria para a Câmara de Vereadores. Assim, o PDDU da Copa foi travado pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MP-BA) e assim permanece desde o ano passado.

Para tentar aprovar as medidas, os vereadores de Salvador transferiram os pontos questionados do PDDU da Copa para a votação de outro projeto, o da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos), de caráter similar. A Louos original foi votada no final do exercício legislativo de 2011 em uma sessão extraordinária no dia 27 de dezembro, novamente sem o cumprimento do trâmite legal, e sancionada pelo prefeito João Henrique no início de janeiro de 2012.

Para que as matérias do PDDU da Copa vingassem na Louos, uma nova votação deveria ser feita, mas novamente o MP questionou na Justiça os méritos e a própria aplicação da Louos foi suspensa pela Justiça no meio do ano. Os vereadores de Salvador prometeram e votaram os aditivos da lei no final do ano mesmo com protestos de políticos e entes jurídicos de toda a cidade alegando que a discussão deveria ser transferida para a próxima legislatura.

O ambientalista e vereador eleito pelo PV Marcell Moraes analisa a situação e afirma que a votação da matéria é uma “afronta à população”. “Houve uma renovação de 56% na Câmara de Vereadores de Salvador, o que indica que a cidade quer um outro perfil de legisladores. Até por respeito a esta decisão, a Câmara atual e o prefeito deveriam esperar mais 15 dias para que os novos vereadores assumam e que esta proposta possa ser debatida pela sociedade. Já chega, em Salvador, de votações no apagar das luzes do fim do ano”, criticou Moraes.

Mesmo assim, a polêmica matéria foi votada na noite do último dia 12 de dezembro. Na ocasião, o PDDU da Copa teve sete emendas para facilitar a construção durante o período do mundial e o texto dos adendos foi arbitrariamente escondido da oposição, minoria na Casa até então. O texto final era desconhecido de todos os vereadores. No final do pleito, apenas os parlamentares Olívia Santana (PcdoB), Aladilce Souza (PCdoB), os petistas Gilmar Santiago, Marta Rodrigues e Vânia Galvão, além de Andréa Mendonça (PV) e Heber Santana (PSC) foram contrários às medidas.

Como havia prometido ao longo de 2012, a promotora de Justiça Rita Tourinho foi à Justiça exigindo a anulação da votação ocorrida no apagar das luzes da última legislatura. Segundo ela, as decisões comprometem diversas administrações além da última e dá aos construtores poder para ignorar regulamentações ambientais. “O mínimo que se deve fazer é uma discussão ampla com a sociedade. O prefeito tem legitimidade até o último dia de mandato, mas há, neste caso, um aspecto moral. O correto seria deixar essas questões para o administrador seguinte. As mudanças só beneficiam o empresariado”, ponderou.

Por: Lucas Esteves
Informações: Rede Brasil Atual
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Série Transporte pelo Mundo em Toronto no Canadá

domingo, 30 de maio de 2010


O Toronto Transit Commission, cuja abreviação oficial é TTC, é o órgão público encarregado de administrar o sistema de transporte público da cidade de Toronto, Ontário, Canadá. O sistema de transporte público administrado pelo TTC, que inclui linhas de ônibus, bondes e metrô, é o terceiro mais movimentado da América do Norte, atrás apenas dos sistemas de transporte público de Nova Iorque e da Cidade do México.

O TTC movimenta mais do que 2,3 milhões de passageiros por dia, 1,2 milhão através de ônibus, 246 mil através de bondes e 900 mil através do metrô (destes, 45 mil através do Scarborough RT, uma das quatro linhas de metrô da cidade, que possui muitas diferenças com as outras três linhas de metrô). Em 2005, o TTC empregou 10 650 trabalhadores, transportou uma média de 2,368 milhões passageiros por dia (1,397 milhão de passageiros pagantes). O TTC também fornece serviços para pessoas com disabilidades físicas, através da Wheel Trans, que movimenta aproximadamente 2,9 mil passageiros por dia.

Toronto é uma cidade muito bem interligada com o resto do mundo: por via terrestre para os visitantes que chegam de outras zonas do país ou dos Estados Unidos (de carro ou de trem) e por via aérea, para os que vêm de outros continentes.

Transporte Público

A forma mais prática de locomover-se pelo centro da cidade de Toronto é a pé. Uma das características que o visitante logo vai perceber em Toronto é que se trata de uma cidade extremamente limpa, contando com uma política ambiental que tenta evitar as causas da poluição. Por essa razão, o governo da cidade investe muito na melhoria e na manutenção da rede de transporte público, além de oferecer muitas facilidades para o uso da bicicleta como meio de transporte.
Toronto também é uma cidade pioneira no uso do Underground Path (caminho subterrâneo). São 27 quilômetros que protegem os pedestres contra o frio e a neve durante o inverno e também contra o calor do verão. Nesses corredores subterrâneos você encontrará uma enorme quantidade de lojas e serviços, além de ser uma forma muito rápida de ir de um lugar a outro.
Esse emaranhado de vias subterrâneas conta com mais de 1.200 lojas dos mais variados tipos. Além disso, um excelente sistema de sinalização indica onde se encontram os principais hotéis, edifícios culturais e atrações turísticas da cidade. O Underground Path dá acesso a mais de 50 edifícios estabelecimentos comerciais das ruas de Toronto.
Se você optar pela utilização do transporte público, a companhia de transportes de Toronto, cuja sigla, em inglês, é TTC, oferece uma ampla rede de serviços de metrô, ônibus e bondes. O metrô de Toronto é o meio de transporte mais utilizado, contando com quatro linhas que levam a um total de 69 estações. Durante a noite, o transporte é coberto pelo serviço de ônibus noturnos da cidade.
O acesso aos subúrbios está baseado nos serviços de trens e ônibus, operados pelo governo de Ontário, por meio da GO-Transit. Outra opção muito confortável, embora não tão econômica, é locomover-se pela cidade por meio do serviço de táxi.
Como na maioria das grandes metrópoles do mundo, em Toronto você também encontrará um serviço de ônibus turísticos que passa pelas principais atrações turísticas da cidade, permitindo que você suba e desça quantas vezes desejar. Outra alternativa é utilizar os serviços de barcos e ferryboats que navegam pelo lago Ontário.


Metrô

O TTC administra um sistema de metrô, composto por uma quatro linhas: o Yonge-University-Spadina, fundado em 1954, como a primeira linha de metrô da cidade, possuindo um formato de U, com ambas as linhas correndo em um sentido norte-sul, primariamente ao longo da Yonge Street, da University Avenue e da Allen Road; o Bloor-Danforth, fundado em 1966, como uma via leste-oeste, ao longo da Bloor Street e da Danforth Avenue; o Sheppard, uma linha leste-oeste, fundada em 2002, ao longo da Sheppard Avenue, e o Scarborough RT, fundado em 1985.
As três primeiras linhas são linhas de metrô convencional que utilizam a mesma tecnologia, enquanto que o Scarborough RT possui diversas diferenças com as outras três linhas. O metrô de Toronto é um dos meios de transporte mais populares de Toronto, formando a espinha dorsal do sistema de transporte público da cidade.

Transporte integrado

O sistema de transporte público administrado pelo TTC é totalmente integrado. Passageiros podem realizar uma jornada contínua de qualquer distância dentro de Toronto pagando apenas uma tarifa. Muitas estações de metrô do TTC possuem um terminal de ônibus integrado, onde passageiros podem transferir-se entre uma linha de superfície com o metrô, ou entre diferentes linhas de superfície que utilizam o terminal livremente.
No caso de estações de metrô sem um terminal de ônibus, bem como conexões entre diferentes linhas de superície em cruzamentos, passageiros podem transferir-se através do uso de um transfer. O transfer é um ticket, que é fornecido sem custo adicional ao passageiro. Em estações de metrô, transfers são fornecidos através de máquinas automáticas localizadas imediatamente à frente da guarita do caixa. Em ônibus e bondes, o transfer é fornecido pelo motorista. Transfers não podem ser utilizados para realizar uma conexão entre uma estação de metrô e uma linha de superfície, caso este transfer tenha sido obtido na mesma estação.
O transfer precisa ser mostrado ao motorista ou caixa pelo passageiro, no momento do embarque. O passageiro precisa utilizar a rota mais rápida e direta possível (com o mínimo número possível de conexões), e paradas para realizar atos tais como comprar produtos em um estabelecimento comercial não são permitidos (com exceção de uma linha de bonde do TTC). A conexão precisa ser realizada dentro de um tempo razoável, após o momento em que o transfer é obtido.
Certas linhas de ônibus são downtown express, que operam somente na hora do rush e com um número limitado de paradas. Estas linhas não são integradas, e passageiros precisam pagar além da tarifa normal (ou apresentar um transfer válido) $2,1 extra, ou o uso de um passe que contenha um selo especial, selo vendido em certas estações de metrô por $29,5.
O TTC não possui conexões integradas com nenhuma linha de superfície administrada por outras companhias de transporte público, como a GO Transit, ou aquelas administradas por cidades vizinhas de Toronto. Algumas linhas de superfície do TTC vão até partes de cidades vizinhas, porém, passageiros utilizando o TTC precisam pagar uma tarifa extra ao viajar entre Toronto e outras cidades vizinhas e vice-versa (com exceção das linhas servindo o Aeroporto Internacional Toronto Pearson, que localiza-se em Mississauga). O GTA Weekly Pass é um passe semanal, que custa $43, que permite conexões integradas entre o TTC com linhas de superfície de outras companhias de transporte público (com exceção da GO Transit).
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Série Transporte pelo Mundo Chega a Cidade do México


Transporte na Cidade do México é gerido pelo governo do Distrito Federal do México através de várias empresas públicas que administram os diferentes meios de transporte. O governo da Cidade do México opera o sistema de propriedade pública de trânsito mais movimentado e segundo na América do Norte depois de New York City , se os operadores privados (que transportam cerca de 60% do tráfego) estão incluídos, a Cidade do México sistema de transporte de passageiros movimenta cerca de duas vezes os passageiros do New York MTA .
Muitas vezes, os valores ridership dado para a Cidade do México não incluem o tráfego suburbano na Cidade do México, quatro terminais de ônibus em massa, cada um dos quais é semelhante em tamanho à Port Authority Bus Terminal , em Nova York.

O Metro da Cidade do México (em espanhol, Metro de la Ciudad de México), formalmente Sistema de Transporte Colectivo, é um sistema de metro que serve a área metropolitana da Cidade do México (o que inclui alguns municípios no Estado do México ). É o sistema de metro segunda maior da América do Norte depois que o New York City Subway e, em 2008, o sistema serviu 1.467 milhões de passageiros, colocando-o como o quinto maior número de passageiros no mundo.

A linha de metrô tinha 16 estações, e abriu ao público em 1969. O sistema tem se expandido desde então, em uma série de trancos e barrancos. A partir de 2010, o sistema é composto por onze linhas e 451 quilômetros (280 milhas) de trilhos de passageiros. Dez das linhas de metro, de aro de borracha , em vez de rodas de aço tradicional, têm pneus de borracha (também chamado de pneumáticos de tração), que são mais silenciosos e lidar melhor com o solo instável Cidade do México.
O Metro STC tem 163 estações , 24 das quais têm duas ou mais linhas (correspondências ou estações de transferência). Ele tem 106 estações de metro (o mais profundo do que 35 metros abaixo do nível da rua), 53 estações de superfície e 16 estações elevatórias.
No final de 2007, do Distrito Federal mexicano governo anunciou a construção de uma nova linha do metrô: linha 12 irá correr para a parte sudeste da cidade, conectando com as linhas 7, 3, 2 e 8, respectivamente.


O Metrobus é um sistema de transporte de ônibus expressos que atende a Cidade do México, que opera desde 19 de junho de 2005. Composto de 80 ônibus que percorrem 20 quilômetros sobre a Avenida de los Insurgentes, em ambos os sentidos entre a estação de Metro Indios Verdes até San Ángel. Essse sistema é baseado no no ligeirinho de Curitiba.

A frota do Metrobús é constituída por mais de 80 ônibus articulados, que carregam uma média de 315.000 pessoas por dia. É aproximadamente a metade do número de passageiros que andam no sistema de metrô de Washington, a segunda maior rede ferroviária urbana dos Estados Unidos.



O Metrobús é um sistema de ônibus rápido]] (Autocarro Rapid Transit por suas siglas em inglês) que presta serviço na Cidade de México. Seu controle e administração está a cargo do organismo público descentralizado Metrobús.
O Metrobús conta com 2 rotas. A cada rota tem atribuída uma letra e uma cor distintivo. Tem uma extensão total de 47,1 quilómetros e possui 81 estações das quais: 75 são de passagem, 2 de transbordo e 4 terminais. Todas as estações se encontram dentro da Distrito Federal.
Em 2007 recebeu o prêmio Liderança Mundial que outorga a organização não lucrativa World Leadership Forum com sede em Londres, Inglaterra. O prêmio outorga-se talvez dos projectos em áreas de engenharia civil e arquitectura, comunicações, planejamento urbano, ciência e tecnologia, e transporte.
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RIO 2016: BRTs, bilhete único e ampliação do metrô deslancham, mas ainda estão longe de resolver os gargalos do trânsito

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Numa cidade com uma frota de dois milhões de veículos - média de um para cada três habitantes -, o desafio é tirar do papel os projetos que estimulem o cidadão a deixar o carro em casa e privilegiar o transporte coletivo. O primeiro passo foi dado com a implantação do bilhete único nas linhas municipais, no início deste mês. Mas, de todas as obras de infraestrutura para privilegiar o transporte de massa e não o individual e preparar o Rio para as Olimpíadas, apenas duas começaram. E mesmo assim apenas em alguns trechos: a Linha 4 do metrô e o Transoeste, linha de BRT (faixas segregadas para ônibus articulados) ligando a Barra a Santa Cruz e Campo Grande. Curiosamente, nenhuma dessas obras constava do caderno de encargos entregue pela candidatura do Rio ao COI.
O Transoeste, que deve ficar pronto até 2012, se interligará com a futura Linha 4 (Barra-Zona Sul) do metrô e com a Linha 1 (Gávea-Ipanema), cujo traçado ainda não está definido. Contratada pelo estado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) termina até o fim do primeiro semestre de 2011 os estudos que definirão o orçamento e as etapas de implantação do metrô. O custo estimado inicialmente é de R$ 4 bilhões, mas o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, diz que o orçamento final ainda dependerá de uma série de decisões técnicas, como a localização das estações.
Por enquanto, os trabalhos se concentram na escavação de um túnel de serviço no Jardim Oceânico. As escavações iniciadas em março já abriram 350 metros na rocha. A previsão é concluir esta fase até o Natal.
- O que temos é a meta de inaugurar o metrô para as Olimpíadas. Agora, existem alternativas que implicam mais ou menos gastos com o projeto. Uma série de coisas tem que ser avaliada, inclusive o custo-benefício no longo prazo. Se vamos ter todo o sistema automatizado desde o início da operação ou não. Outra coisa é como conciliar a operação da linha com a falta de cultura do usuário de fazer integrações - comenta Lopes.
O engenheiro Marcos Vidigal, representante da Odebrecht no consórcio de empresas responsável pela implantação da Linha 4, destaca que a execução das obras na Zona Sul será um desafio, por atravessarem bairros muito adensados: Gávea, Ipanema e Leblon.
- Boa parte das escavações podem ser feitas sem interromper o trânsito, com máquinas apropriadas para isso (tatuzões). Mas os transtornos serão inevitáveis quando tivermos que começar a construir as estações. Neste caso as obras têm que ser feitas a céu aberto, porque os serviços são feitos de baixo para cima, com a construção das paredes da estação - explica.
A implantação da Linha 4 dependerá ainda da compra de novos trens para o sistema, que estão sendo fabricados no exterior. No caso dos quatro BRTs projetados pela prefeitura (além do Transoeste, as ligações Barra-Deodoro, Barra-Aeroporto Tom Jobim e corredor da Avenida Brasil), os veículos já existem no mercado brasileiro.
A licitação das linhas de ônibus realizada pela prefeitura para operar o sistema e implantar o bilhete único já prevê que os quatro BRTs serão operados pelos consórcios vencedores da concorrência. O diretor-técnico do Sindicato das Empresas de ônibus do Rio, Otacílio Moneiro, porém, destaca que o setor público também terá que cumprir o seu papel para garantir o sucesso da operação. Ele observou que carros articulados exigem vias em bom estado de conservação:
- Esses coletivos tem um sistema de suspensão mais baixo que os veículos comuns. Se a via estiver esburacada, as quebras serão maiores. Em Belo Horizonte, por exemplo, a operação desses veículos enfrentou problemas por causa das caractetísticas das vias. Boa parte das vias tem canaletas para escoar as águas. Os carros articulados batiam nessas canaletas e quebravam - conta Otacílio.
" Não adianta implantarmos projetos apenas para atender aos Jogos Olímpicos ou à Copa do Mundo. Estamos trabalhando sempre pensando no legado "

Alguns cronogramas na área de infraestrutura de trânsito e de transportes ainda estão indefinidos. Um deles é se sairá mesmo do papel a proposta de alargamento da Avenida Niemeyer para melhorar o trânsito entre a Barra e a Zona Sul. O projeto, se sair do papel, não deve ser executado antes de 2013.
A possibilidade de adotar rodízio de placas ainda não está descartada. Das 20 faixas exclusivas para ônibus na cidade em planejamento apenas uma tem data prevista para sair do papel: ela deve ser implantada em janeiro, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. De qualquer forma, o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, e a presidente da Compahia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), Claudia Secin, destacam que nem todas as soluções para melhorar a circulação viária no Rio passarão por grandes intervenções.
- Não adianta implantarmos projetos apenas para atender aos Jogos Olímpicos ou à Copa do Mundo. Estamos trabalhando sempre pensando no legado. Muitas vezes, a melhor solução pode estar em reforçar a operação de trânsito. Isso é possível com o uso mais itensivo de painéis informativos, por exemplo - diz Claudia.

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Em Fortaleza, Obra da estação VLT da linha Parangaba- Castelão é cancelada

domingo, 21 de agosto de 2011

À medida que a Copa do Mundo de 2014 vai se aproximando, mais obras de mobilidade urbana na Capital vão sendo deixadas para trás. Após a Prefeitura de Fortaleza desistir de alargar as avenidas Raul Barbosa, Dedé Brasil e Paulino Rocha; agora, é o Governo do Estado que abre mão de construir o ramal do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que sairia da Parangaba rumo ao Castelão. Durante o Mundial, os torcedores que assistirão aos jogos e que estiverem utilizando a linha Parangaba-Mucuripe do VLT, ainda a ser construída, precisarão desembarcar na futura estação do Montese, ou na própria Parangaba, e utilizar um outro meio de transporte, como ônibus ou táxi, para chegar ao estádio. A população que habita as imediações da arena esportiva, em bairros como Dias Macêdo, Passaré e Serrinha, continuará a fazer o trecho através de coletivos.

Justificativa
A informação foi confirmada pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), a qual justificou que o ramal, que previa uma estação ao lado da arena esportiva, não será mais viabilizado porque estudos realizados pelo Governo indicaram que não haveriam usuários suficientes para manter o trecho em funcionamento, após o evento.


Cidade parada
No entendimento da engenheira civil Nadja Dutra, também chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), o fato de a linha não ser mais construída poderia até não ter tanto impacto caso os outros projetos idealizados para dar mais fluidez ao trânsito de Fortaleza saíssem do papel. Como boa parte das obras de mobilidade urbana ainda seguem inertes, a preocupação é que possa ocorrer em Fortaleza o que houve no Rio de Janeiro durante o Pan-Americano de 2007, com a cidade parando para que as pessoas que estavam se dirigindo ao evento esportivo pudessem se locomover.

"As obras de mobilidade são essenciais não só devido ao Castelão, mas para a cidade como um todo. Se Fortaleza tivesse fluidez, esse VLT seria um detalhe. Quem assistirá aos jogos da Copa, pode utilizar táxi, mas o ideal é que possam usar o transporte de massa", opinou a especialista.



Convergência
Os visitantes que se hospedarão nos hotéis da Av. Beira Mar terão mais um obstáculo a transpor até chegar ao Estádio, que muito mais que sediar jogos de futebol, será uma arena multiuso, de grande apelo turístico, conforme observa Vitório Rodrigues Ferreira, executivo na área de hotelaria.

Segundo explica, nas grandes capitais do mundo, todo o sistema de transporte converge para pontos como o Castelão, e é conectado ainda com a hotelaria e outros serviços.

"Vai ser uma perda. Em cidades como Atlanta (nos Estados Unidos), você sai do aeroporto e já pode pegar um metrô em direção aos principais pontos. Na Bélgica, também é assim. O Castelão não será voltado apenas para o futebol, mas para uma série de atividades que possuem apelo turístico. Com o VLT, as pessoas evitariam o trânsito e o transtorno de procurar vaga para estacionar seus veículos", pondera. Agora, só resta ao Governo acelerar o passo para tocar as obras do ramal Parangaba-Mucuripe, que terá cerca de 13 quilômetros (até o Castelão, seriam mais 7 km) e está orçado em R$ 265,50 milhões.


Próximo passo
No momento, o Estado prepara-se para dar início às desapropriações em alguns bairros que serão cortados pelo VLT, o que deve ocorrer tão logo seja concedida a Licença Prévia do projeto pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Quando estiver de posse do documento, será feita a liberação de R$ 170 milhões, pela Caixa Econômica, para o intento.




DIEGO BORGES
Repórter do Diário do Nordeste

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Licitação de R$ 90 bilhões agita os 'reis dos ônibus'

sexta-feira, 20 de março de 2015

Um setor controverso, de empresas bilionárias, prepara-se para disputar uma das maiores licitações de transporte público do mundo, com contratos que podem atingir um valor de R$ 90 bilhões em 15 anos. O processo envolve a troca das empresas de ônibus da cidade de São Paulo, hoje com uma frota de 15 mil veículos. A prefeitura espera que as companhias vencedoras sejam conhecidas ainda em julho e que a disputa atraia fundos de investimento estrangeiros e até multinacionais.

A nova configuração do sistema de transporte paulistano tem tudo para mexer com um mercado controlado por discretos grupos familiares que movimentam, por ano, no País, uma cifra superior a R$ 50 bilhões. De acordo com um levantamento feito pela butique de assessoria financeira Advisia, o setor conta com 2,1 mil empresas que são controladas por cerca de 1 mil grupos. As cinco maiores companhias respondem por apenas 14% de tudo que esse mercado movimenta por ano, segundo dados de 2013, que são os mais recentes disponíveis.

Entre as gigantes, estão nomes tradicionais como a Guanabara, do empresário Jacob Barata, conhecido no Rio como o "Rei do Ônibus", que voltou ao noticiário recente por ter aparecido na lista dos clientes do HSBC com contas milionárias na Suíça. A segunda maior empresa do setor, com receita aproximada de R$ 1,5 bilhão, é a Comporte, da família Constantino, fundadora da aérea Gol. Bancaf e Ruas operam, respectivamente, as viações Sambaíba e Campo Belo na capital paulista e também figuram entre as maiores, assim como a JCA, dona da Viação 1001.

A maioria das empresas começou no negócio com um ou dois veículos, carregando gente na carroceria de caminhões dirigidos pelos próprios fundadores nos anos 40 e 50 do século passado. Elas cresceram, compraram concorrentes e formaram conglomerados que chegam a ter dezenas de bandeiras de ônibus. Os donos de muitas dessas companhias se envolveram em polêmicas - o que explica a total aversão deles à mídia. Os principais empresários foram contatados, mas só a Comporte, da família Constantino, atendeu ao pedido de entrevista.

As empresas já foram alvo de investigações sobre conluio com políticos para receber concessões de processos por sonegação fiscal e suspeita de fraudes em licitações. Belarmino Marta Júnior, filho do fundador da Bancaf, de Campinas, chegou a ser preso em 2011, acusado pelo Ministério Público Federal de liderar um cartel para fraudar licitações na região. No Ministério Público de São Paulo, as empresas são investigadas, desde 2008, por irregularidades no contrato com a prefeitura.

Há dois anos, o aumento da cobrança da tarifa de ônibus em São Paulo colocou essas companhias novamente na berlinda. O reajuste foi o estopim para uma onda de manifestações populares pelo Brasil. Os protestos fizeram a prefeitura de São Paulo contratar a auditoria Ernst&Young para abrir a chamada "caixa-preta" do transporte. Os auditores identificaram, por exemplo, que 10% das saídas programadas de ônibus na cidade de São Paulo não estavam sendo cumpridas e indicaram que a taxa de lucro das empresas poderia ser reduzida de 18%, no contrato atual, para 7%.

Na nova licitação, a Secretaria Municipal de Transportes, comandada por Jilmar Tatto, prevê a criação de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), para aumentar o controle e dar mais eficiência à gestão do sistema, que será redesenhado. A área central, que responde por 40% do sistema, ficará a cargo de uma única SPE.

"Queremos atrair gente parruda, com poder para fazer investimento e que entenda do assunto", explica Tatto. Como parte do esforço para atrair estrangeiros, a prefeitura começou a desapropriar 42 áreas, entre garagens e pátios de ônibus, para que as atuais concessionárias não saiam em vantagem na licitação. "Está todo mundo como siri dentro de uma lata." Tatto não revela quais são as empresas de fora que já sinalizaram interesse em participar da disputa, mas haveria companhias britânicas e americanas entre as interessadas.
Chegada de estrangeiros pode ajudar consolidação

A possível chegada de empresas estrangeiras pode acelerar, na visão dos sócios da consultoria Advisia, um processo de consolidação que começou há algum tempo e ainda está em curso. O setor está no meio de uma corrida para ganhar escala, que já motivou uma série de fusões e aquisições. A mineira Saritur, por exemplo, comprou pelo menos quatro bandeiras desde 2012. Uma das maiores aquisições do setor foi a compra da Pássaro Marrom, em 2011, pelo grupo Comporte, dos irmãos Constantino, fundadores da companhia aérea Gol, em um negócio estimado pelo mercado em R$ 400 milhões.

"É um segmento muito pulverizado. No Reino Unido, por exemplo, as cinco maiores empresas têm 60% do mercado", afirma Rodrigo Leite, da Advisia. Entre os fatores que, segundo ele, impulsionam esse movimento estão o aumento do custo com salários e as pressões contra os reajustes de tarifas. "Escala é essencial nesse negócio." Também pesa a favor das fusões e aquisições o movimento de sucessão dentro das empresas familiares. "Eu tinha primos que nem sabiam o endereço da empresa", disse o neto do fundador de uma das empresas vendida ao grupo Comporte.

O próximo passo esperado pelo mercado é a entrada no segmento de gestoras de private equity, que compram participação em empresas para vender no futuro com lucro. O presidente do conselho do grupo Comporte, Henrique Constantino, afirma que já foi procurado por fundos desse tipo. "Esse é o nosso negócio e não queremos vender. Mas, claro, podemos avaliar a entrada de sócios dependendo do porte dos nossos projetos."

O Grupo Guanabara disse, em nota, que "não está descartada uma eventual parceria com fundos de investimento". Até o momento, não há nenhum negócio conhecido no setor envolvendo investidores institucionais. "Esse ainda é um segmento muito complicado, que assusta o investidor", diz um assessor financeiro que já trabalhou para empresas de ônibus. "A concorrência internacional, se vier, pode mudar essa lógica."
Porto Alegre faz a terceira tentativa de leilão em 6 de maio

Em quase um ano, Porto Alegre já enfrentou por duas vezes o desinteresse de empresas em assumir os serviços de transporte coletivo. A novela de frustração se estende desde 3 de junho de 2014, quando, pela primeira vez, nenhuma empresa apresentou proposta. A terceira tentativa acontecerá em 6 de maio, quando os editais da nova licitação de ônibus da Capital serão publicados. Diferentemente das outras ocasiões, em que três editais foram publicados, desta vez serão entre seis e 10, para ampliar a concorrência.

De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Capellari, a concentração de muitas linhas em poucos editais tornava o investimento caro, o que pode ter inviabilizado a participação de médias empresas na concorrência. As linhas que não tiverem interessados serão assumidas pela Carris.

Os técnicos da EPTC estão reelaborando o projeto básico, que já incluía melhorias como a presença de ar-condicionado em toda a frota e a criação de um conselho de usuários. Até o final de março, essa tarefa deve ser concluída. Os novos editais preveem a ampliação e a qualificação dos serviços prestados. "Nossa intenção é manter ar-condicionado, controle público sobre a operação, conselhos de usuários por região e redução da lotação máxima por veículo", esclarece Capellari.

A partir de abril, nas duas primeiras semanas, serão realizadas discussões com a comunidade, por meio do Orçamento Participativo (OP). O cronograma segue com uma audiência pública, em 15 de abril. As contribuições sugeridas serão incorporadas à licitação durante a última semana de abril.

A expectativa da EPTC é de que o valor da tarifa seja reduzido com a licitação. O preço da passagem de ônibus em Porto Alegre sofreu reajuste no mês passado, subindo de R$ 2,95 para R$ 3,25. Uma medida provisória publicada pelo governo federal, no entanto, pode impedir a diminuição nos gastos.

A determinação altera a desoneração da contribuição ao INSS sobre a folha de pagamento das empresas de ônibus de 2% para 4,5%. O reflexo na planilha tarifária da EPTC seria de cerca de dez centavos, o que elevaria o cálculo da tarifa feita pelo órgão de R$ 3,27 para R$ 3,36.

Segundo o diretor-presidente da EPTC, o cálculo da tarifa é realizado a partir dos custos: 47% para a folha de pagamento, 20% para combustíveis, 20% para aquisição de veículos, 5% para impostos e o restante para pneus, lubrificantes e outros itens de manutenção dos veículos.

Elaborado por uma comissão especial, o primeiro edital da licitação do transporte coletivo de Porto Alegre foi publicado em 31 de março de 2014. O recebimento das propostas dos interessados foi definido para 3 de junho, mas não houve interessados, e a licitação foi considerada deserta.

Sem a apresentação de propostas, o prefeito José Fortunati estabeleceu o prazo máximo de seis meses para o lançamento de um novo edital, com possibilidade de inclusão de empresas internacionais, além de ajustes técnicos no documento original. Assim, o segundo edital foi publicado em 19 de setembro do ano passado e, novamente, não houve propostas de interessados.

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