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Consórcio ABC vai liderar planejamento da Mobilidade Urbana na Grande São Paulo

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC assumiu, nesta terça-feira (17/10), a liderança da câmara temática de Mobilidade, Transporte e Logística do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo.

A instalação oficial das cinco câmaras temáticas do Conselho Metropolitano, todas comandadas por consórcios públicos, ocorreu em reunião no centro da Capital, com a presença de representantes dos 39 municípios da Grande São Paulo.

Dentre as pautas que devem ser lideradas pelo Consórcio ABC na Câmara Temática, estão a ampliação da infraestrutura de transporte de passageiros de alta e média capacidade, induzindo a organização espacial das atividades no território metropolitano, e a promoção de gestão integrada e interfederativa dos Sistemas Metropolitanos Viário, de Transporte de Passageiros e de Logística, a partir do desenvolvimento de políticas metropolitanas.

Outros projetos que devem ser trabalhados são: integração modal, tarifária, operacional e de gestão do sistema de transporte; implementação de mecanismos de transparência e de participação social, mediante constituição de Câmara Temática Metropolitana de Carga e Passageiros; regulamentar a circulação e promover a intermodalidade do transporte de cargas na Região Metropolitana de São Paulo; entre outras.


O secretário-executivo do Consórcio ABC, Mário Reali, ressaltou a importância do trabalho em conjunto em todas as frentes para avançar na governança metropolitana.

“Esse é o espírito que precisamos incorporar nesse momento. No Grande ABC, temos nossos municípios trabalhando de maneira integrada e pensando a região. Da mesma forma, cada consórcio tem uma dinâmica de trabalho. Vamos unir esforços e compartilhar nossas experiências em desafios que todos temos em comum”, afirmou.

Reali destacou ainda a necessidade de aprofundar o debate sobre o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), também conhecido como Plano Diretor Metropolitano.

As câmaras temáticas reúnem representantes das prefeituras e do governo estadual, comandadas técnica e burocraticamente pelas Secretarias Executivas dos consórcios públicos da Região Metropolitana.

Além da câmara temática de Mobilidade, liderada pelo Consórcio ABC, há também a de Desenvolvimento Econômico e Governança, sob comando do Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud), a de Gestão Ambiental e Saneamento, administrada pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto do Tietê (Condemat), a de Planejamento Integrado, sob responsabilidade do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste), e a de Gestão Territorial, Uso e Ocupação do Solo, coordenada pelo Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juqueri (Cimbaju).

Informações: Consórcio ABC
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Custo benefício do monotrilho divide opiniões no ABC Paulista

sábado, 12 de novembro de 2011

A necessidade mais que urgente de medidas que possam minimizar o impacto do caótico congestionamento da região metropolitana emerge discussões que, despidas de bandeiras partidárias dos governos de plantão, mostra que não existe um modelo “tecnicamente perfeito”. As opções apresentadas têm prós e contras.

Assim como ocorre em alguns Estados que irão sediar a Copa do Mundo, no ABC, o debate sobre qual modelo será adotado para fazer o transporte esquenta a discussão. O projeto adotado pelo Estado é o monotrilho.

Porém, o monotrilho não era a única opção do Estado. O professor da FEI, Creso Peixoto, explica que, no contexto local, o BRT (do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus) também seria uma alternativa. “Ele é mais econômico o que permitiria um traçado maior”, afirma o especialista.

O monotrilho, orçado em mais de R$ 4,2 bilhões, contemplará um percurso de 28 km. O mesmo aporte financeiro, segundo o professor, permitiria um traçado três vezes maior se o equipamento fosse o BRT.

A capilaridade do veículo sobre pneus, segundo Creso, auxilia no gargalo da morosidade da expansão, por exemplo, do Metrô. Enquanto no México são pavimentados 6 km por ano, no Brasil o índice é reduzido a 2 km. “Uma reengenharia técnica e financeira permitiria imprimirmos uma velocidade maior”, explica o mestre em Transportes.

Bônus e ônus

Os dois modais encontram eco no que diz respeito ao bônus e ao ônus. Se o BRT é mais econômico e, por possuir, no molde terrestre, linhas exclusivas para a circulação dos ônibus, fato que facilita também a flexibilidade da linha, o monotrilho é mais econômico no consumo de energia, além de ser um projeto mais impactante no que diz respeito ao visual.

O monotrilho é propulsionado por energia elétrica e tem normalmente pneus em vez das usuais rodas de ferro. Estes pneus rolam por cima e pelos lados do trilho, de forma a fazer movimentar e estabilizar. Trata-se de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o único sistema de monotrilho existente é o de Poços de Caldas (MG).

Já o BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. Várias capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) adotaram o BRT como meio mais econômico de construir do que um sistema de metropolitano (Metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de VLT. O primeiro BRT foi implantado em 1979, na capital paranaense.

Na região

O traçado de 28 km de extensão no ABC deverá ter início no primeiro semestre de 2012 e partirá da estação Tamanduateí, em São Paulo. Ao todo, serão construídas 12 estações até o Paço de São Bernardo: Carioca, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Rudge Ramos, Instituto Mauá, Afonsina, Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves e Paço.

Por ser administrado pelo Metrô, o traçado foi batizado de linha 18-bronze. A distância média entre as paradas será de 600 a 1.000 metros e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. A segunda fase do projeto, que ligará o centro de São Bernardo até a região do Alvarenga abrangerá mais seis estações: Djalma Dutra, Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho, Capitão Casa e Estrada dos Alvarenga.

Orlando defende escolha

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), integrante da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, defende a implantação adotada pelo governo do Estado.

O parlamentar, que acompanhou o projeto desde a concepção, lista os benefícios do monotrilho. “Pela questão urbanística, qualidade, velocidade do Metrô (90 km/h) que não tem no BRT, além de ser amplamente menos poluente. O mundo moderno transporta sobre trilho”, defende.

A elevação que dará suporte ao equipamento terá a altura média de um poste (7 a 8 metros). Indagado sobre as modificações dos planos - Urbano e Diretor – dos municípios, como sugere o engenheiro e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Orlando Morando diz que a realidade não condiz com a teoria. “Isso é uma utopia. Não vamos fazer uma cidade no entorno do traçado. As pessoas não podem esquecer que têm o direito adquirido. Nós estamos trocando o pneu com o carro em movimento”, observa.

Durante visita ao ABC, no dia 14 de junho, o governador Geraldo Alckmin falou da empreitada. "Tivemos uma grande conquista com a linha 18 do Metrô, que é a Integração Tamanduateí. Lá, já temos estação de metrô - a Linha 2; e, de trem, a Linha 10 da CPTM. Dessa estação partirá o Metrô Leve, o monotrilho, para São Bernardo . Será uma obra regional, porque sai de Tamanduateí, atende São Caetano e Santo André. Irá até o Paço Municipal e numa segunda etapa, até Grande Alvarenga, atendendo as regiões ainda mais populares", afirmou.

Brasiliense questiona plano diretor

A implantação do BRT ou do monotrilho sem um rearranjo geral na matriz de transportes da cidade e um esforço no sentido de ampliação da mobilidade urbana pode representar não um avanço, mas um grande retrocesso. É preciso, segundo Ailton Brasiliense, projetar o equipamento no contexto de um Plano de Mobilidade Urbana abrangente e inclusivo.

A mobilidade dos pedestres, dos ciclistas, dos portadores de necessidades especiais, em suas diversas finalidades, deve ser levada em conta, bem como a densidade no entorno de todo traçado, segundo o engenheiro. “Antes de se perguntar o que é mais viável, é preciso fazer outro questionamento. Cadê o plano diretor de cada cidade envolvida (Santo André, São Bernardo e São Caetano)? Como ficarão as moradias e o comércio ao longo do corredor?, provoca Ailton Brasiliense. “Não basta ter alta ou média capacidade, é preciso associar o plano diretor de transporte ao plano diretor das cidades”, sustenta.

Brasiliense explica que o modal deve ser feito com lupa na demanda. “Se for transportar uma média de 10 mil a 12 mil passageiros/dia pode se pensar em algo ‘no chão’, porque o impacto no sistema semafórico (Plano de Circulação) é menor. Se a demanda for maior do que isso – como é projetada no ABC – o mais apropriado é que se construa uma via própria sobre pneu ou trilho”, acredita.

Governo chegou a cogitar VLT

O governo do Estado definiu o monotrilho como o modelo de transporte que será utilizado na linha 18-bronze. Inicialmente, foi cogitada a possibilidade de se adotar o VLT (veículo leve sobre trilhos). Os dois sistemas têm características distintas, como a capacidade de transporte. O VLT pode transportar até 15 mil pessoas por hora. Já o monotrilho consegue levar cerca de 50 mil usuários no mesmo período, levando em consideração as duas direções do trajeto.

Os vagões de ambos os sistemas são alimentados por energia elétrica. No entanto, há diferenças na superfície de contato dos trens. O VLT possui rodas de aço, e como o próprio nome sugere, circula em cima de trilhos, semelhante ao funcionamento de bondinhos. Já o monotrilho funciona sobre pneus.

O diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos, acredita que o monotrilho oferece mais vantagens. “É mais barato que o Metrô, sem contar que o tempo para construção da linha também é menor”, diz. Ramos aponta, ainda, outro ponto positivo. “Como o monotrilho funciona com pneus, ele também gera menos barulho do que outros meios de transporte”, explica. A canadense Bombardier é a responsável pela construção dos trens que serão utilizados no monotrilho que vai ligar a vila Prudente até a Cidade Tiradentes, na Capital.

O tamanho dos vagões varia de acordo com o modelo. O trem que será utilizado na expansão da linha 2-verde do Metrô, por exemplo, terá sete vagões, com 13 metros cada. Como o projeto do monotrilho do ABC ainda está em fase inicial, não está definido que tipo de veículo será utilizado – muito menos a empresa que construirá os vagões.

Padrão
O sistema de monotrilho está sendo adotado como padrão das futuras linhas elevadas que o Metrô pretende construir, entre elas a linha 18-bronze. O projeto mais avançado é o prolongamento da linha 2-verde, que já está em construção e está previsto para ser entregue parcialmente em 2012.

Outra obra que segue o mesmo padrão é a linha 17-ouro, que vai ligar a estação Jabaquara do Metrô até a futura estação São Paulo-Morumbi da linha Amarela. O trecho se destaca pelo fato de passar pelo aeroporto de Congonhas.

O Metrô pretende ainda construir outra linha de monotrilho na Capital: a linha 16-prata, que deverá sair da estação Lapa da CPTM e passar por bairros, como vila Dionísio e jardim Primavera, próximo à avenida Inajar de Souza.

Monotrilho enfrentou resistência em SP

Novo minhocão. Desta forma os moradores do Morumbi classificaram o projeto da linha 17-ouro. O temor dos moradores é que o monotrilho desvalorize os imóveis da região, assim como ocorreu com o Elevado Costa e Silva, a famosa via inaugurada nos anos 1970 que virou sinônimo de mau gosto na região central da Capital.

A mobilização dos moradores foi tanta, que representantes do Morumbi chegaram a conseguir na Justiça a paralisação das obras. A representação feita ao Ministério Público pela Associação dos Moradores da vila Inah resultou em ação civil pública e paralisou o andamento do projeto. Posteriormente, o governo do Estado reverteu a decisão.

A previsão de desapropriações de casas de alto padrão foi outro ponto que desagradou os residentes do bairro da Zona Oeste da Capital. Moradores dos bairros do ABC por onde passará a linha 18-bronze não esboçam – pelo menos, por enquanto -, resistência ao monotrilho.

“Aqui não é o Morumbi”, afirma a freira e líder comunitária Adriana Rubino. A religiosa reside no jardim das Orquídeas, um dos bairros que integram a região do Alvarenga, de onde partirá o monotrilho do ABC. “Aqui as casas são mais simples, acredito que não vai ter toda essa resistência que teve em São Paulo. Acho que as pessoas vão receber bem o monotrilho, como forma de transporte mais rápida”, acredita.

Na Zona Leste, parte dos moradores se mobiliza contra o monotrilho que vai passar pela região, como parte da expansão da linha 2-verde. Os residentes recolhem assinaturas em protesto ao modelo de transporte escolhido. “A resistência de moradores de alguns bairros pode ser compreendida pela falta de conhecimento. O monotrilho é uma estrutura de elegância enorme, valoriza os espaços onde é instalado”, acredita o diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos.

Preconceito
O próprio secretário de Transportes Metropolitanos reconhece que não era entusiasta do monotrilho, mas mudou de ideia. “Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceito”, afirma Jurandir Fernandes.

“Na primeira vez que ouvi falar em monotrilho me pareceu coisa de parque de diversões, porque não estava acompanhando a evolução tecnológica desse sistema. Após estudo verifiquei que é possível utilizar esse sistema”, completa o secretário.


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São Paulo: EMTU fala com exclusividade sobre reorganização dos transportes intermunicipais do ABC Paulista

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Área é a única do Estado que ainda não passou por reformulação com o novo modelo operacional da gestora do governo paulista. Frota é a mais antiga das regiões metropolitanas e EMTU sugere que o entrave é das empresas.

Levantamento da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – constata que das linhas intermunicipais que servem o Estado de São Paulo, a idade média da frota do ABC Paulista é uma das maiores.Em alguns casos, os ônibus ultrapassam a 15 anos de idade, sendo esta média é de 9 anos e meio, superior ao considerado ideal de 5 anos para a frota dos ônibus urbanos na Grande São Paulo.

Regiões de Osasco, Franco da Rocha, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, já apresentam médias de idade de frota em torno de 3 anos.O Blog entrou em contato com a EMTU por e mail. A justificativa pela existência dessa frota antiga veio pela não realização da licitação da área 5, a única ainda não reformulada, o que implicaria, entre outras medidas, a renovação dos ônibus. A assessoria da presidência da EMTU, nos escreveu o seguinte:
“ Informamos que está em andamento o processo de concessão das 122 linhas de ônibus intermunicipais metropolitanas da região do ABC, gerenciadas pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU/SP.
A denominada Área 5, que inclui os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, é a única da Região Metropolitana de São Paulo onde, ainda, não se colocou em prática o novo modelo operacional que promoverá a flexibilidade no planejamento da rede em consonância com a dinâmica do sistema de transporte metropolitano por ônibus.

As alterações e criação de linhas serão avaliadas mais rapidamente, por conta da redução do número de interlocutores, que hoje no ABC somam 36 empresas de ônibus. As discussões para a melhoria do serviço ocorrerão somente com a concessionária.
O prazo da concessão será de 10 anos e, no novo modelo operacional, o planejamento do sistema deixa de ser por linha e passa a ser por área geográfica, diminuindo, assim, os custos do transporte e agilizando as decisões para um serviço mais racional. Assim como nas outras quatro Áreas de Operação, haverá a renovação da frota com a exigência de manter a idade média de seis anos na região. Hoje a idade média no ABC é de nove anos e meio.”
O número de 36 empresas de ônibus é considerado pela EMTU alto. Com a reformulação, tais empresas deveriam se unir em consórcios. Novas linhas seriam estudadas e as sobrepostas, quando mais de uma linha percorre boa parte do itinerário no mesmo trajeto, seriam racionalizadas, com a diminuição do número de linhas e aumento da oferta de veículos.

A EMTU, no entanto, sugere que o entrave é a postura das empresas que operam no ABC. As únicas que não concordaram com o novo modelo da gestora que controla os transportes intermunicipais por ônibus em três regiões metropolitanas do Estado: Baixada Santista, Campinas e São Paulo.


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São Paulo: EMTU busca saída para ônibus intermunicipais

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Aqui é a área mais desequilibrada." Assim o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes da Silva Júnior, classificou o serviço de ônibus intermunicipais no Grande ABC.

A avaliação se explica. Enquanto nas outras quatro áreas da região metropolitana de São Paulo a renovação dos transportes está em curso desde 2006, na região, chamada de Área 5, as quatro tentativas de abrir licitação foram frustradas.

O último edital foi lançado em dezembro, deveria ser concluído em janeiro, mas foi encerrado, sem concorrentes. "E se publicarmos novamente, ficará vazia mais uma vez", afirmou Silva Júnior.

A reformulação das concessões é uma forma de determinar padrões de qualidade, como exigir das empresas a renovação das frotas e novos estudos de demanda para dimensionamento das linhas, o que contribui para a melhoria do serviço.

Os empresários justificam, desde 2005, quando as negociações começaram, que, da forma como é lançada, a licitação não é economicamente viável. Mesmo com edital vazio, a EMTU estuda como fazer acordos com as viações.

Silva Júnior entende que, quando saírem do papel, os principais projetos para o transporte público no Grande ABC irão provocar mudanças na demanda de passageiros e na distribuição dos deslocamentos.

O impacto da chegada do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), que vai ligar a região ao Metrô, do Expresso ABC, que são trens de maior velocidade, e de outro possível VLT, entre Santo André e Guarulhos, ainda não pode ser medido, segundo o presidente.

"Tudo isso deixa o cenário incerto. Se não temos a demanda a ser licitada, não temos a receita estimada, e se não temos receita e demanda, não podemos determinar o que deve ser exigido", afirmou Silva Júnior.

Nessa fase transitória, a saída, ainda segundo o presidente da EMTU, pode ser buscar para o Grande ABC uma proposta que seja o equilíbrio dos contratos celebrados nas demais áreas.

"Mas é uma discussão a ser feita junto com o Ministério Público. É preciso construir esse entendimento com o governo do Estado", explicou.

Segundo Silva Júnior, o debate com as empresas da região já foi aberto. "Vamos estabelecer critérios mínimos de atendimento para assegurar que as prestadoras de serviço ofereçam qualidade e conforto para os passageiros."

Empresas avaliam que é o momento de buscar solução

Como justificativa para recusar os editais, os empresários já disseram que melhor seria dividir a região em dois consórcios e que a operação das linhas não cobriria os custos. Desta vez, porém, sinalizam que pode haver acordo.
Gerente jurídico da AETC/ABC (Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC), o advogado Francisco Bernardino Ferreira disse que as viações e a EMTU estão se alinhando. "Abriu-se um canal na área técnica para identificar as necessidades da região, que é diferente das outras regiões pela sua complexidade."

Pelas linhas intermunicipais da Área 5 - as sete cidades e parte da Capital - circulam mais de 900 ônibus, que atendem público diário que passa de 250 mil pessoas.

Ferreira não falou sobre os motivos que fizeram fracassar as tentativas de licitação. "Qualquer outro comentário é prejudicial. Vamos celebrar o novo momento."

Para o presidente da Transportes Coletivos Parque das Nações, Carlos Sófio, "a aproximação é um começo, mas é preciso que seja bom para todos, usuário e empresas."

Presidente da Rigras Transporte Coletivo e Turismo, Nivaldo Aparecido Gomes disse que o debate é a forma para se alcançar o objetivo "de sempre prestar o melhor serviço."

Para o presidente da EMTU, um dos maiores problemas do Grande ABC é a idade dos ônibus que, na média, é mais velha do que no restante da região metropolitana de São Paulo.


Fonte: Diário do Grande ABC

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Região do ABC terá 1 milhão de carros até dezembro

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A palavra regionalidade passou a fazer parte do discurso dos agentes públicos da região sobretudo a partir de 1990, quando da inauguração do Consórcio Intermunicipal. O problema, para os moradores, é que só tem ficado no discurso. O trânsito, já caótico nas principais vias, tende a ficar insuportável a partir de dezembro, quando a frota de carros vai bater na casa de um milhão nas sete cidades, conforme projeções do Departamento Nacional de Trânsito. Só que as administrações públicas não se planejaram para esse aumento, e projetos agora anunciados ou em execução não estarão prontos quando 2012 chegar, e a frota superar 1,4 milhão de veículos - aí inclusos caminhões, ônibus, utilitários e motos.

Para evitar a ampliação do caos atual de engarrafamentos, especialistas apontam que são também imprescindíveis projetos regionais, que desafoguem as vias que cruzam e ligam municípios. Nesse ponto é que entraria o Consórcio, mas a entidade tem como principal carta na manga a implementação da Central Regional de Monitoramento, ferramenta que pode auxiliar o trânsito e a segurança e que está na gaveta há cinco anos.

Além de projetos viários, as prefeituras apontam o transporte público de qualidade e baixo custo como alternativa capaz de reduzir o número de carros nas ruas. Especialistas avaliam, porém, que isso só traz efeitos positivos caso haja planejamento regional. Metrô, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e expansão das linhas de trem são obras consideradas monumentais pelas administrações por conta do alto valor e demora na construção. Por isso, prefeitos e responsáveis pelas pastas de Trânsito, Obras e Mobilidade repassam a bola para Estado e União.


Um grande congestionamento, com carros impossibilitados de sair até mesmo das garagens, faz parte do imaginário de motoristas traumatizados. "Esse cenário poderia acontecer somente se todos os veículos saíssem às ruas ao mesmo tempo", comenta a arquiteta, urbanista e professora da Universidade Federal do ABC Silvana Zioni. "Não é porque se vendem mais carros que as prefeituras devem aumentar a capacidade viária", adverte a especialista. Segundo Silvana, a infra-estrutura das cidades também precisa melhorar. "O transporte público pode ser uma alternativa, mas as ruas devem estar em boa situação e as obras viárias devem ser melhor pensadas."

"Mexer no sistema viário em cidades consolidadas é complicado. Nessa formatação, temos de pensar em idéias regionalizadas", defende o secretário de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo, Oscar Silveira Campos. Na cidade, a grande obra é o rebaixamento da Avenida Lions. Por ali passam condutores de praticamente toda a região, além dos que transitam para a Capital. "Estamos melhorando as passagens, mas isso tem de ser feito em conjunto com outras cidades. Caso contrário, os problemas no trânsito de uma cidade passam para outra." (colaborou Alexandre Calisto Poletto)

Central de Monitoramento está na pauta há 5 anos 

A instalação da Central de Monitoramento do Trânsito do Grande ABC, uma das ferramentas que pode ajudar a desatar os nós viários na região, foi tratada pelo Diário pela primeira vez há cinco anos. Nesse período, todos os prefeitos que assumiram a presidência do Consórcio Intermunicipal tinham o compromisso de levar a proposta adiante. Só que até agora não saiu do papel.

O presidente da vez na entidade regional, o prefeito de Diadema, Mário Relai (PT), garante que a central será realidade até o fim do ano. Segundo ele, falta apenas assinar convênios com os governos estadual e federal para desengavetar.
Fora isso, a entidade tem apenas ideias para o trânsito das sete cidades. Segundo Reali, para melhorar a produção de projetos e desempacar outros, a integração entre os grupos de trabalho do Consórcio é uma ótima ferramenta. "Em novembro, vamos realizar o Congresso do Grande ABC para apresentar propostas e iniciativas para todos os setores."

Na cidade que administra, afirma, a mobilidade está integrada com outras áreas. Para dinamizar o trânsito, o prefeito já lançou algumas medidas. "Proibimos a circulação de caminhões no Centro, por exemplo. Mas também temos de pensar sobre a estrutura geral, como a geração de empregos", comentou. "Algumas pessoas moram em uma ponta da cidade e trabalham em outra. Se aumentarmos a oferta de vagas, temos de pensar também na questão do transporte."

Outras cidades também afirmam ter medidas para reduzir o caos viário. São Caetano já está mudando o sentido de algumas vias e planeja até restringir o estacionamento em outras. São Bernardo e Diadema apostam na canalização do Ribeirão dos Couros, que vai gerar uma avenida do Piraporinha até o congestionado Corredor ABD.

Em Santo André, o que está em estudo é a duplicação do Viaduto Adib Chammas e desnível na Avenida dos Estados, nos trechos com as rotatórias de Santa Terezinha, de Utinga e Viaduto Salvador Avamileno (Cassaquera), entre outras. Mauá promete novas avenidas marginais.

Uma saída para desatar o nó entre carros no Centro de Mauá, por exemplo, seria oferecer linhas de ônibus que chegassem rapidamente à Estação de Trem Dom Bosco, na Zona Leste. "Os veículos sairiam do Centro pela Jacu-Pêssego até a estação, que oferece linhas para outras regiões da Capital. Em horários de pico, as viagens durariam 15 minutos por esse percurso", informou o secretário de Mobilidade Urbana, Renato Moreira. "A questão é que temos de melhorar o plano de mobilidade regional", pontuou o gestor.

Especialistas criticam mobilidade regulada 

Com o aumento da frota e idéias tímidas para mudar a dinâmica urbana, o uso dos veículos acaba sendo regulado. "Segregar ciclistas, redução de velocidade nas vias, rodízio de circulação. Tudo isso acaba sendo usado pelo poder público que não investe pesado em transporte público", avalia o engenheiro e administrador Adriano Murgel Branco.

Essa situação, conforme o especialista, apenas tenta reprimir problemas momentâneos do trânsito. "É o erro que muitas administrações cometem", comenta.

A professora da Universidade Federal do ABC Silvana Zioni tem a mesma opinião. "O aumento no número de carros nas ruas implica em circulação regulamentada, o que dificulta ainda mais a mobilidade", critica.

Ambos defendem o remodelamento do sistema de transporte público. Alargamento de vias, novas avenidas e ruas geram apenas gastos, desapropriações e resolvem o problema por apenas alguns anos. "Daí, o poder público volta novamente com projetos rápidos de serem feitos e baixa funcionabilidade", diz Silvana.

Por outro lado, as prefeituras não precisam custear sozinhas obras como metrô. "O transporte coletivo requer investimentos grandes. E a projeção deve ser feita para atender a demanda para daqui 20 anos. Para isso, uma possibilidade são as PPPs (Parcerias Público-Privadas)", sugere Branco. 





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BRT-ABC avança na construção do novo terminal São Bernardo

domingo, 18 de fevereiro de 2024

As obras de construção do Terminal São Bernardo do BRT-ABC deram passos significativos nas últimas semanas, marcando um novo capítulo na modernização da mobilidade urbana do ABC. A estrutura metálica da antiga cobertura está sendo removida para dar lugar ao novo terminal, que abrigará o CCO – Centro de Controle Operacional, uma peça fundamental para o planejamento e controle centralizado de toda a operação do BRT ABC.

O novo terminal, que ocupará uma área de 9.000m², promete ser um marco de acessibilidade e conforto para os usuários, com plataforma em nível, climatização, wi-fi e sistema de cobrança antes do embarque. Além disso, o terminal contará com tecnologia de ponta, suportada pelo uso de Sistemas de Transporte Inteligente (ITS), visando aprimorar os níveis de mobilidade e segurança no transporte público.

Uma das etapas cruciais para o avanço das obras foi a colocação do tapume ao redor de toda a praça do Terminal, permitindo a construção da plataforma no local. Além disso, o remanejamento das partes do terminal que continuarão operando durante a obra foi iniciado para garantir o atendimento público.

Fase 1

O Terminal São Bernardo é apenas um dos três terminais que serão atendidos pelo BRT-ABC, sendo os outros dois os Terminais Tamanduateí e Sacomã. A Fase 1 do projeto também está em pleno andamento, com a conclusão da preparação e concretagem da pista no trecho de 2,5 km, além do início das obras no sentido oposto.

Números impressionantes acompanham o projeto do BRT-ABC, que terá capacidade para até 600 mil passageiros por dia, com uma demanda inicial estimada em 173 mil passageiros diários. A operação contará com 92 ônibus totalmente elétricos, fabricados no Brasil, em parceria entre empresas como Eletra, Mercedes-Benz, WEG, Caio, entre outras. Esses veículos serão não poluentes, silenciosos e confortáveis, equipados com wi-fi e ar condicionado.

O investimento total estimado para o projeto é de R$ 950 milhões, inteiramente financiado pela empresa privada operadora, Next Mobilidade. A interligação com três terminais e a oferta de três opções de linhas – Paradora, Semiexpressa e Expressa – prometem oferecer aos usuários uma alternativa eficiente e moderna de transporte público na região do ABC.

Informações: ABC Reporter

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Plano de metas do governo de São Paulo prevê ampliação do metrô

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O próximo Plano Plurianual (PPA) prevê também para a área dos transportes a conclusão dos projetos atuais, novos corredores de ônibus e alguns "puxadinhos" no Metrô e na CPTM. Além da capital, Guarulhos e a região do ABC serão as mais beneficiadas pelos projetos, se as promessas saírem do papel.

A polêmica Linha 6-Laranja (a da Estação Higienópolis-Pacaembu), por exemplo, vai ganhar uma expansão a partir da Vila Brasilândia, na zona norte. A previsão é de que ela vá até o futuro centro de eventos da Prefeitura em Pirituba e à Rodovia dos Bandeirantes. Na outra ponta, vai até a zona leste, no Jardim Anália Franco e Cidade Líder.
Na CPTM também vai haver expansão do Expresso Leste (Linha 12-Safira), que não vai mais terminar em Calmon Viana e agora vai até Suzano. A expansão na Linha 9-Esmeralda (até Varginha) já havia sido anunciada.

Outra novidade no PPA é a previsão de um ramal pequeno a partir de Alphaville para se ligar, provavelmente em Barueri, à Linha 8-Diamante da CPTM. Para a região do ABC, o governo planeja tirar do papel o monotrilho ligando a estação do Tamanduateí da CPTM até o bairro do Alvarenga, em São Bernardo do Campo. A região também vai ganhar um trem expresso partindo da Luz, com seis paradas, e ainda está nos planos um metrô leve entre o ABC e Guarulhos.

Os planos preveem para o segundo maior município do Estado o chamado Trem de Guarulhos, que vai do Brás até a região do Parque Cecap (já em Guarulhos), onde deve ocorrer uma ampliação até Cumbica. O corredor Guarulhos-Tucuruvi está novamente no PPA, mas a promessa é tão antiga que muitos duvidam de que vá sair.



Fonte: Estadão


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Licitação do monotrilho do ABC sai em 90 dias, diz Alckmin

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O monotrilho da Linha 18-Bronze do Metrô, que vai ligar São Paulo a três cidades do Grande ABC (SP), deve ter a licitação para obras publicada em 90 dias. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta terça-feira que as obras do novo modal, primeiro a entrar no Grande ABC, deverão começar ainda neste ano.

Cerca de 300 mil passageiros deverão usar a nova linha. As cidades do Grande ABC estão entre as regiões mais carentes de transporte público de toda a região metropolitana - os ônibus são os mais mal avaliados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. A Linha 18 deverá ter 12 estações e 14,3 quilômetros de comprimento. Ela vai ligar a Estação Tamanduateí, da Linha 2-Verde, na zona sul da capital paulista, onde haverá conexão gratuita com o metrô, até a futura Estação Paço Municipal, no centro de São Bernardo do Campo, passando por São Caetano do Sul e por Santo André.

Os estudos básicos dessa linha preveem que, posteriormente, o ramal poderá ser estendido até o bairro Alvarenga, nas proximidades da divisa entre São Bernardo e Diadema. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos espera que a linha seja feita por meio de uma parceria público-privada (PPP).

As cidades do ABC, grande parte sob comando de prefeitos petistas, fez durante os últimos dois anos várias negociações com o governo federal para obter recursos para essa linha. "A linha 18 finalmente parece que vai", disse o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). "Era uma linha prevista para 2025. A partir de nossa intervenção em 2009, São Bernardo apresentou o projeto funcional, portanto há viabilidade técnica para fazer", disse. Os repasses são do governo federal, parte deles obtidos pelo Plano de Aceleração do Crescimento para Grandes Cidades (PAC 2). Ele classificou a obra como estratégica para toda região do ABC. "E ajuda São Paulo também, porque se você tira carros e pessoas que vêm para São Paulo de transporte coletivo, ajuda todo mundo", afirma.

O restante dos recursos virá do parceiro privado, segundo a modelagem feita pelo governo do Estado. A previsão é de que o prazo de concessão da linha seja de 25 anos. As obras devem demorar até quatro anos para ficar prontas. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mobilidade Urbana na Grande São Paulo: Expansão imobiliária vai travar avenidas na região do ABC

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A expansão imobiliária está à vista de todos no Grande ABC. Basta olhar para cima e no horizonte que é possível ver prédios sendo erguidos. São Bernardo, São Caetano e Santo André concentram os maiores condomínios verticais em construção. Os moradores estão cautelosos com a possível piora no trânsito em vias já saturadas.
As principais críticas são para quem utiliza as avenidas Presidente Kennedy, em São Caetano, Pereira Barreto, em São Bernardo, e Giovanni Battista Pirelli, em Santo André, para sair de casa ou chegar ao trabalho.
Atualmente essas vias já ficam engarrafadas em horários de pico, e estão sendo construídos condomínios que vão despejar mais de 1.000 carros em cada um desses locais, diariamente.
O trânsito foi a maior queixa que o Diário ouviu das pessoas nas três cidades. "Isso aqui vai virar o caos se a Prefeitura não fizer nada para melhorar", disse Getúlio Silva, 60 anos, que há 15 mora no Baeta Neves, em São Bernardo. Ele e vizinhos reclamam da falta de planejamento da administração.
Na Avenida Pereira Barreto, no terreno onde funcionava a fábrica Tognato, estão sendo erguidas torres comerciais e residenciais. A Rua Itu e outras das imediações, no próprio Baeta, já se transformaram em rotas de fuga que os motoristas adotaram para escapar do trânsito, antes mesmo da entrega dos empreendimentos.
A Prefeitura de São Bernardo também já espera pelo impacto na infraestrutura do entorno da Pereira Barreto com a inauguração das torres, mas informou que a autorização para as obras foi concedida pela administração anterior, em 2007.
A falta de melhorias no trânsito ou mudanças gerais de infraestrutura, deixam preocupados os vizinhos dos grandes condomínios.
A Prefeitura informou que estão sendo analisadas propostas de mudanças no Plano Diretor, como a adoção do Programa de Transportes Urbano, que prevê obras como o rebaixamento da Avenida Lions - em execução -, junto com a canalização e implantação de sistema viário ao longo do Ribeirão dos Couros.
O governo municipal também prevê a construção de corredores de transporte coletivo, além do metrô-leve, que terá como destino a Capital. Em 2010, foram concedidos 653 alvarás de construção residenciais e 215 comerciais em São Bernardo.
Para a professora de planejamento urbano Silvana Zioni, da UFABC (Universidade Federal do ABC), esse é um dos prejuízos que a expansão imobiliária traz. "Na questão macro, é excelente a construção de novas moradias, com planejamento e com as devidas licenças do poder público. As microrregiões acabam sofrendo mais, e um dos prejuízos é o aumento do tráfego."

Vizinhos já esperam pela piora da qualidade do trânsito

"Isso aqui virou um inferno", contou a aposentada Conceição da Silva, 74, que reside há 42 anos, no Baeta Neves, em São Bernardo. Ela é uma das preocupadas com a inauguração dos prédios comerciais e residenciais na Avenida Pereira Barreto.
"Se com essas chuvas nós levamos horas para chegar em casa, imagina quando esses milhares de carros começarem a circular por aqui?, disse Ayrton Rodrigues, 66, também do Baeta Neves.
O pôr do sol e a vista do Pico do Jaraguá não são mais possíveis apreciar da janela da casa do técnico em segurança do trabalho, Paulo Beraldo, 51, no Jardim Marajoara II, em Santo André.
Morando há 23 anos no bairro, ele perdeu à vista e a paciência com as construções dos prédios. "Tem pontos positivos, mas inúmeros negativos", afirmou.
Para o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Milton Bigucci, que é proprietário de uma construtura que conta com 13 empreendimentos na região, as cidades terão capacidade de receber os novos moradores. "Para ser aprovado, um empreendimento é analisado por vários departamentos e as prefeituras estão preocupadas com a infraestrutura", disse.
O aposentado Valter Guerrero, 56, que mora em São Caetano, espera por mudanças no trânsito e no transporte. "Essa é a hora de colocar em prática algumas promessas que estão no papel."

Em dois anos, mais 18,5 mil apartamentos

O Grande ABC contabilizou em 2010 a comercialização de 6.124 apartamentos, isso até setembro. Esse número é quase o dobro em relação ao mesmo período de 2009, quando a marca foi de 3.187 residências vendidas, segundo a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC. Nos últimos dois anos, foram construídos 18.520 apartamentos. O fácil acesso ao crédito e as melhorias na economia impulsionaram o mercado.
Em Santo André, os moradores dos bairros Homero Thon, Parque Marajoara II e imediações estão apreensivos com a inauguração de mais um condomínio na Avenida Giovanni Battista Pirelli - uma das ligações com Mauá e a Avenida dos Estados.
A tranquilidade que predomina durante o dia muda drasticamente no fim da tarde para quem vive nas proximidades da Avenida Presidente Kennedy, no bairro Santa Maria, em São Caetano, onde estão em fase de acabamento oito prédios.
A previsão é que 750 famílias passem a morar no local. No município estão sendo erguidos 60 empreendimentos. A Prefeitura informou que todos devem ser entregues até 2012 e está próxima de contratar uma consultoria para planejar o transporte público devido ao processo de verticalização por que passou na última década.

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Governo de SP entrega 170 novos ônibus para o Grande ABC

segunda-feira, 4 de julho de 2022

O Governador de São Paulo, Rodrigo Garcia e o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Marco Antonio Assalve, entregaram nesta sexta-feira (1/07), 170 ônibus que compõem a frota de linhas intermunicipais gerenciadas pela EMTU/SP - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo e operadas pela Next Mobilidade na região do ABC.

Modernos e eficientes, os novos veículos contribuem para a melhoria da qualidade do serviço prestado aos cerca de 182 mil passageiros que diariamente se deslocam pelas 96 linhas entre os municípios de Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

“Fico muito feliz em vir aqui entregar mais 170 ônibus, com toda a qualidade, que vão substituir os veículos velhos. Isso é transportar a população mais carente com dignidade, os ônibus têm ar-condicionado, wifi, entrada USB, todo mundo vai estar conectado e tendo um serviço de grande qualidade”, destacou o governador Rodrigo Garcia.

A nova frota, colocada para operação gradativamente desde abril de 2022, é composta por 70 ônibus zero quilômetro e 100 veículos seminovos, com chassi Mercedes Benz, carroceria Caio Apache Vip e motor Euro V, tecnologia que garante eficiência energética e baixa emissão de poluentes. Os veículos possuem ar-condicionado, elevador para pessoas com mobilidade reduzida e são equipados com wi-fi e tomadas USB para recarga de eletrônicos.

“A renovação da frota no ABC é mais um importante investimento do Estado para garantir transporte de qualidade para a população. Além da revitalização do corredor ABD e a construção do inovador BRT, os passageiros da região passaram a contar com ônibus mais modernos, confortáveis, acessíveis e eficientes”, comentou o secretário Marco Antonio Assalve.

A remodelação e modernização da frota intermunicipal da região contou com investimento de R$ 70,5 milhões realizado pela Next Mobilidade (ABC Sistema), SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada a partir da prorrogação por 25 anos do contrato de concessão com a Metra, operadora do Corredor ABD.

A Next Mobilidade além de responsável pela operação das 96 linhas da área 5, também executa a operação do Corredor ABD (São Mateus -- Jabaquara e sua extensão Diadema -- Morumbi), com 11 linhas e cerca de 285 mil passageiros transportados diariamente, com uma frota de 262 ônibus.

Informações: ABC do ABC
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São Paulo: Transporte público no ABC

quinta-feira, 12 de março de 2009


Já está em elaboração o projeto de ligação à rede metropolitana de transporte público de passageiros da parte da região do ABC paulista não servida pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e pelos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (Emtu). Os sete prefeitos da região discutiram o assunto com representantes do governo do Estado e com o prefeito da capital, Gilberto Kassab, que concordaram com o projeto, e pretendem apresentá-lo ao governo federal dentro de duas semanas.Trata-se de uma típica questão metropolitana, cuja solução, por isso, deve envolver diferentes instâncias de governo. Mas nem sempre esses problemas têm sido tratados de maneira conjunta pelos administradores públicos. Se tudo der certo, dessa atuação coordenada das prefeituras da região e dos governos estadual e federal - chefiados por membros de diferentes partidos políticos - resultarão benefícios expressivos para a população. Será, por exemplo, reduzido o crescimento das viagens individuais por automóveis, que aumentam mais depressa do que as viagens por transportes coletivos e já representam um terço dos deslocamentos na região metropolitana de São Paulo.

Há muitas décadas, a Linha D da CPTM - trecho da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, entre as Estações Luz e Rio Grande da Serra - atende parcialmente a região do ABC. O corredor metropolitano São Mateus-Jabaquara, cuja operação é controlada pela Emtu, com uma frota de mais de 200 veículos, que circulam em faixa exclusiva, atende parte dos municípios de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá, além da capital. Mas muitos moradores do ABC não têm acesso a essas linhas e dependem de ônibus ou de condução própria para chegar à capital.
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No Grande ABC, Frota de veículos cresceu cerca de 86% nos últimos 10 anos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Trânsito caótico não é problema apenas da capital paulista. Há anos motoristas enfrentam engarrafamentos intermináveis em quase todos os municípios do ABC. Além da falta de investimentos na malha viária e em transporte público, o aumento da frota de veículos tem contribuído para o gargalo. Só nos últimos 10 anos a região ganhou mais de 663 mil veículos, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Enquanto os sete municípios contavam com 772,6 mil veículos em 2001, no último mês de 2011 tinham 1,4 milhão de carros, caminhões e motos nas vias da região.

O município com a maior frota é São Bernardo: são 479,3 mil veículos, seguido por Santo André, com 442,5 mil, e Mauá, com 163,2 mil. Quando o cálculo leva em consideração apenas os veículos, a região contabiliza mais de um milhão de carros, 36,8 mil caminhões e 185,9 mil motos.

Segundo Humberto de Paiva, professor adjunto de Transporte e Mobilidade Urbana do Curso de Engenharia Ambiental do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC (Universidade Federal do ABC), a população cresceu 8% na região enquanto a frota aumentou 86% na última década. “O aumento da frota que está circulando nas ruas foi de 34%. Na pequena Rio Grande da Serra, a circulação aumentou 163%”, diz. O especialista afirma que os dados do Denatran indicam os veículos licenciados num determinado município e não os que estão necessariamente circulando nele.

“Se a tendência for mantida, a demanda por transporte coletivo deverá crescer em torno de 5% ao ano e a de transporte individual 3%, o que é mais acelerado do que no resto da região metropolitana e deverá exigir uma atenção maior”, alerta.

Caminhões
Para o professor, apesar de considerados os ‘vilões do trânsito’, os caminhões não são tão culpados assim. “Os caminhões são vítimas como todos os demais. Restringir a circulação deles é uma medida paliativa para recuperar parte da capacidade do sistema. Assim que os caminhões saírem os automóveis, em alguns anos, irão ocupar o seu espaço e voltaremos à estaca zero”, comenta.
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC confirmou no começo do mês que a restrição à circulação de caminhões em algumas das principais vias da região começará em abril. A proibição está sendo esboçada desde o final do ano passado e chegou a ser adiada, a pedido das empresas de transporte da região. A proibição será aplicada entre 6h30 e 8h30, e entre 17h e 20h.

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