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Uso de carro sobe 21% em 5 anos, diz pesquisa

terça-feira, 11 de março de 2014

O número de pessoas que optam pelo uso do transporte individual para se deslocar pela região Metropolitana de São Paulo cresceu 21% em cinco anos. É o que mostra um estudo divulgado hoje pela Secretaria de Transportes Metropolitanos.
Do total de pessoas entrevistadas, quase a metade (45,7%) prefere se deslocar pela região de carro ou de moto. Em 2012, os demais usaram ônibus ou metrô.
No transporte coletivo, a preferência ainda continua sendo pelo ônibus, seguido do trem e do metro. Apesar de não ser o transporte mais utilizado pela população de São Paulo, de acordo com a pesquisa, entre 2007 e 2012, o número de viagens sob trilhos cresceu 51,2%, enquanto nos ônibus a alta foi de 8%.



A população de baixa renda foi a que priorizou o transporte individual no período. As que ganham mais migraram para o transporte coletivo nos últimos cinco anos.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, acredita que este fenômeno se deve aos incentivos dados pelo governo federal para a aquisição de carros, como a redução no IPI (Imposto Sob Produtos Industrializados). Para ele, esta foi uma política errada.
"Fala-se muito em mobilidade, mas a política federal não contribuiu para isso por um motivo muito óbvio: houve um incentivo muito grande ao transporte individual. Mas, se você olhar para o transporte coletivo, houve um aumento no valor do diesel e no preço dos ônibus", disse o secretário.
Essa realidade só mudou após as manifestações de junho do ano passado, quando houve incentivos ao transporte de massa com isenção do PIS/Cofins das empresas.
No caso das pessoas mais ricas que migraram para o transporte coletivo, o secretário disse que este é um reflexo mundial e que a priorização da qualidade do transporte faz com que as pessoas deixem o carro ou a moto em casa e optem pelo ônibus, trem ou metrô para se deslocar. 
 
Informações:  Diário de Guarapuava
 
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Prefeituras se preparam para elevar tarifas de transporte público

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Obrigadas a recuar de reajustes de tarifas de transporte urbano em 2013 por causa de manifestações populares e também da alta da inflação, as prefeituras de grandes capitais já começaram a se movimentar para recompor as perdas que ficaram represadas. O Rio de Janeiro já elevou as tarifas de ônibus em 9%, de R$ 2,75 para R$ 3,00, enquanto Curitiba e Porto Alegre farão aumentos em fevereiro. Esse movimento também já gerou protestos em 2014 como o que ocorreu no Rio na semana passada e resultou na morte do cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade.

No entanto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que as tarifas de transporte urbano das grandes regiões metropolitanas brasileiras sofreram reajustes bem acima da inflação entre 2006 e 2012. Em 2006, por exemplo, enquanto o IPCA fechou o ano em 3,14%, a alta dos serviços de ônibus foi de 8,11%, e de metrô, 7,93%. Já em 2011, a inflação geral foi de 6,5%, enquanto as tarifas de ônibus cresceram 8,44% e as de metrô, 8,76%.

A partir de 2012, os índices ficaram mais próximo da inflação, que ficou acumulada em 5,84%. As passagens de ônibus subiram 5,26% e as de metrô, 3,39%. Já no ano passado, o cenário conturbado criado pelas manifestações populares exigindo melhorias nos serviços públicos levaram prefeituras a adiar ou até mesmo recuar de aumentos. Assim, as tarifas de ônibus variaram 0,02% e as de metrô, 0,01%, embora o IPCA tenha terminado o ano em 5,91%, perto do teto da meta.

O setor de transporte urbano foi um dos beneficiados por incentivos fiscais como a desoneração da folha de pagamento das empresas, além da redução do PIS/Cofins incidentes sobre a receita decorrente da prestação de transporte coletivo de passageiros. Isso sem contar com a redução a zero da Cide, tributo que incide sobre o setor de combustíveis, e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de ônibus. Mesmo assim, especialistas em inflação afirmam que essas vantagens não significam que o setor possa acomodar agora todos os aumentos de custos que ficaram acumulados desde o ano passado.

O economista-chefe do banco ABC Brasil, Luís Otávio Leal, lembra que um fator de peso importante nas tarifas de transporte urbano é a mão-de-obra, que sofre impacto da política de reajuste do salário mínimo. No ano passado, por exemplo, o mínimo subiu 9%. Outro fator é o diesel, cuja alta em 2013 foi 15,62%.

“É claro que as desonerações reduzem um pouco a necessidade de reajuste, mas não acredito que eliminem totalmente”, disse Leal.

Já a economista da consultoria Tendências, Alessandra Ribeiro, afirma que as tarifas não subiram todo o necessário nos últimos anos, mesmo tendo ficado acima da inflação. Ela projeta para 2014 um aumento médio de 3,85% e lembra que o número será baixo em função do ano eleitoral. Para Alessandra, sem a disputa nas urnas, o aumento médio no país ficaria próximo ao patamar feito pelo Rio de Janeiro, de 9%.

“Nos últimos anos, os aumentos ficaram sempre aquém do que seria necessário considerando custos de salários e diesel. Por isso, esse ano, se houvesse espaço, essa recomposição seria bem maior”, afirmou ela, acrescentando:

“Não há nada claro nas desonerações que dê grande margem para que as prefeituras não precisem reajustar tarifas.”

Leal estima que as tarifas de transporte urbano devem subir cerca de 4% este ano, o que deve ter um impacto de 0,10 ponto percentual no IPCA, que pode terminar 2014 em entre 6% e 6,10%. Leal afirma que a estimativa de alta seria ainda maior caso a prefeitura de São Paulo já não tivesse adiantado que vai segurar as tarifas também em 2014:

“Cerca de 1/3 da inflação de transporte urbano é impactada por São Paulo. Assim, sem o reajuste do município, o peso no IPCA de 2014 será menor.”

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Isenção para carros e gasolina em 10 anos pagaria 150 km de metrô

segunda-feira, 8 de julho de 2013

As isenções de impostos para carro e gasolina desde 2003 deixaram de arrecadar R$ 32,5 bilhões que poderiam ter sido aplicados em transporte público, segundo dados da Receita e de consultores.

Com o dinheiro, seria possível construir 1.500 quilômetros de corredores de ônibus ou 150 quilômetros de metrô. A verba seria suficiente, por exemplo, para a criação de corredores segregados nas 12 metrópoles brasileiras.

Após a onda de manifestações que atingiu o país em junho, a presidente Dilma anunciou um plano emergencial de mobilidade de R$ 50 bilhões, mas não explicou de onde vai tirar os recursos.

Com menos da metade das isenções (R$ 15,4 bilhões), o Ministério das Cidades financia a construção de 95,6 quilômetros de metrô no país (o valor inclui estações e trens).

Os R$ 32,5 bilhões são a soma de duas isenções feitas pelos governos Lula e Dilma:


A diminuição a partir de 2003 da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina deixou de arrecadar R$ 22 bilhões, segundo levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Já a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros desde 2009 custará R$ 10,5 bilhões até o final deste ano, de acordo com a Receita Federal.

EFEITO

A contribuição sobre combustíveis foi criada em 2001 para financiar a infraestrutura de transporte, teve suas alíquotas reduzidas e acabou em junho do ano passado.

A intenção de financiar infraestrutura de transporte acabou provocando o efeito contrário, de acordo com o tributarista Eurico de Santi, professor da Fundação Getúlio Vargas e coordenador do Centro de Estudos Fiscais.

"Reduzir imposto de carro e gasolina significa induzir o uso de automóvel. É um paradoxo porque o governo abre mão de recursos para a infraestrutura", diz Santi.

O engenheiro e sociólogo Eduardo Vasconcellos, assessor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), diz que o estímulo ao carro é um componente histórico dos governos por causa do lobby da indústria.

"Está no DNA do Estado brasileiro desde os anos 50 achar que o carro merece tudo", afirma Vasconcellos.

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos diz que o incentivo aos carros e motos retirou 30% dos passageiros de ônibus em todos o país desde 1994.

ECONOMIA

O governo federal defende as isenções como medidas de política econômica para criar empregos, manter o consumo e controlar a inflação após a crise de 2008, que derrubou mercados mundo afora.

O fim da redução de IPI para automóveis, que estava marcado para abril passado, acabou sendo adiado pela equipe econômica. Agora, o novo prazo para a normalização do IPI é até o final deste ano.

Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a indústria automobilística era muito importante para a economia brasileira, pois representava 25% da produção industrial.

Mantega defendeu a permanência da redução para evitar risco de queda nas vendas de automóveis e para manter a produção industrial em crescimento.

A venda de carros bateu recorde em abril, de acordo com a Fenabrave (associação das concessionárias).

Governo diz que redução de imposto evitou desemprego

O Ministério da Fazenda não quis comentar oficialmente a desoneração de impostos e tributos para carro e gasolina, que teriam incentivado o uso de transporte individual e retiraram recursos do transporte público, segundo especialistas.

Integrantes da equipe econômica, porém, defenderam as reduções de impostos como instrumentos reguladores para aumentar o crescimento econômico, manter o nível de emprego na indústria automobilística e controlar a inflação.

Se a contribuição sobre combustível tivesse sido mantida no mesmo patamar de 2002, a inflação poderia ficar fora da meta.

Segundo o governo, não há uma política de incentivo ao carro. As principais soluções para a mobilidade, de acordo com essa visão, são de responsabilidade dos governo estaduais e municipais, como a construção de metrô.

EMPREGOS

Se não houvesse a política de incentivo à venda de carros em 2009 como uma reação à crise iniciada no ano anterior, o resultado econômico teria sido muito pior, de acordo com o governo.

O desemprego teria estourado, a renda das famílias teria caído e a indústria automobilística teria se desestruturado no país. O resultado desse processo é que o Brasil exportaria empregos.

Estudo do Ipea sobre o impacto da redução do IPI para automóveis estima que as isenções de 2009 conseguiram manter entre 50 e 60 mil empregos. Como a redução consumiu R$ 3,88 bilhões, cada emprego custou cerca de US$ 65 mil (R$ 143 mil, segundo o câmbio atual).

O estudo conclui que só no primeiro semestre de 2009 a redução de IPI aumentou em 13% as vendas de veículos.

Na avaliação do governo, se o país abrisse mão da indústria automobilística, como fez os Estados Unidos nos anos 1970 e 1980, haveria efeitos na produção de aço, vidro, borracha, no setor de seguros e na rede de assistência técnica.

De acordo com o governo, há efeitos benéficos da renovação da frota no meio ambiente, por causa dos motores menos poluentes dos carros mais novos, e na redução de acidentes de trânsito, em decorrência da maior segurança de veículos que saíram da fábrica a partir de 2009.

A interpretação de economistas do governo é que as cobranças por melhorias no transporte público apontam para uma mudança nas prioridades da sociedade.

Informações: Folha de SP

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São Paulo ganhou 1,5 milhão de carros em uma década

domingo, 7 de julho de 2013

Em dez anos, o número de carros em São Paulo aumentou quase 1,5 milhão. Passou de 3,4 milhões em abril de 2004 a 4,9 milhões em abril último --um salto de 43%.

Isso ocorreu por causa da elevação da renda e da redução de impostos sobre os carros populares desde 2009.

O aumento do congestionamento tem um custo astronômico, segundo estimativa do engenheiro Eduardo Vasconcellos: consome R$ 8 bilhões por ano, quando se contam os gastos de combustível, depreciação da frota e perda de produtividade das pessoas paradas no trânsito.


A maior perda, diz ele, que é assessor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), é dos usuários de ônibus, que passam mais tempo no congestionamento.

O aumento do trânsito também tem impacto nas finanças públicas. Um projeto de corredores da Prefeitura de São Paulo para dobrar a velocidade dos ônibus em horários de pico, hoje de 12 km por hora, está orçado em R$ 8 bilhões, segundo a Secretaria Municipal dos Transportes.

Como a prefeitura não tem recursos, Fernando Haddad (PT) vai a Brasília tentar obter o dinheiro para cumprir a promessa de campanha.

"Baratear o transporte privado aumenta o custo do público a médio prazo", diz o engenheiro Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas). "Menos pessoas usando ônibus significa um custo maior por passageiro".

A Associação Nacional de Transportes Públicos estima que o trânsito onera em 25% o preço da passagem de ônibus.

O congestionamento maior eleva o preço porque os ônibus gastam mais diesel e mais tempo num trajeto.

Como a passagem em São Paulo custa R$ 3, pelo menos R$ 0,75 são decorrentes de congestionamentos.

O aumento do trânsito obriga as empresas a colocar mais ônibus na mesma linha --isso chama-se perda de produtividade em economês. Há 18 anos um ônibus fazia oito viagens por dia. Hoje, faz cinco.

SUBSÍDIOS

Vasconcellos comparou as desonerações que o governo dá a carros, táxis e motos e aos ônibus (não paga IPI e desde o começo do ano, não recolhe PIS e Cofins).

O resultado é que o transporte individual recebe isenções e subsídios de R$ 16 bilhões ao ano, enquanto os ônibus recebem R$ 2 bilhões.

A proporção das desonerações de carro e ônibus é de oito para um. Enquanto o ônibus ganha R$ 1 de incentivo, o carro, a moto e o táxi têm isenções de R$ 8.

Informações: Folha SP

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Tarifa de ônibus de Bauru pode chegar até a R$ 2,93

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Quem anda de ônibus em Bauru já tem motivo para ficar preocupado. Ontem, a Transurb, associação que representa as três empresas que prestam o serviço de transporte coletivo na cidade, entregou a planilha na qual pede reajuste da tarifa para os próximos 12 meses. 

E o peso no bolso vai ficar diluído, em média, em 14% de aumento, caso o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) acate integralmente o que as empresas estão pedindo. 

Alegando aumento de custos, apesar de terem arrecadação crescente nos últimos anos, conforme o BOM DIA mostrou (quase R$ 66 milhões no ano passado), Cidade Sem Limites, Grande Bauru e Baurutrans querem cobrar R$ 2,93 para quem anda de ônibus e paga em dinheiro. 

O reajuste para essa modalidade fica em torno de 12,69%. De acordo com dados da própria Emdurb, aproximadamente um terço dos passageiros usa o dinheiro no pagamento da passagem, algo em torno de 533 mil ao mês. 

De todos os valores propostos pela Transurb, o principal aumento é para quem paga a tarifa integração. Atualmente, uma viagem-extra custa R$ 0,60. Há a previsão de que o valor chegue a R$ 0,72 com esse reajuste das empresas.

vai ter aumento /O prefeito Rodrigo Agostinho está em Brasília e não teve acesso ainda ao estudo. Porém, já deixa claro que o reajuste vai ocorrer e deve ser algo em torno de 10%. “O reajuste do diesel está gerando impacto na tarifa de todo o Brasil”, afirma, lembrando também a queda do número de passageiros do ano passado.

Congelamento /O vereador Roque Ferreira (PT) não quer que a tarifa aumente tão cedo. Isso porque 2013 é ano de discussão de um dos contratos das empresas concessionárias e a Emdurb está para receber um estudo com a remodelagem do sistema de transporte coletivo da cidade. A previsão é para o fim do ano. 
Na semana passada ele abordou o assunto na tribuna da Câmara e cobrou maior transparência da prefeitura. 

Reunião /O presidente do Conselho de Usuários do Transporte Coletivo de Bauru, Pedro Valentim, convocou reunião imediata para discutir a planilha e os valores apontados. O BOM DIA apurou que existe uma tendência dos conselheiros em rejeitar o pedido. 

Na teoria, Rodrigo deveria ouvi-los, já que são representantes dos usuários, mas isso não costuma acontecer. Ano passado houve aumento da tarifa mesmo após o conselho rejeita-lo, o que tem acontecido constantemente. 

Desoneração /Se for para depender de governo para pagar menos e andar nos ônibus do transporte coletivo o bauruense pode ter que esperar uma iniciativa do Palácio do Planalto – e não o das Cerejeiras. 

Além de manter a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de acordo com decreto publicado na última segunda-feira (1º), o governo federal também estuda uma desoneração do transporte público.

A medida incluiria a redução ou isenção de tributos de insumos, combustíveis e maquinários e até da folha de pagamento das empresas.

Em tese, isso implicaria na reavaliação e redução de tarifas, em efeito cascata, em todo o país. “É uma situação nova que pode provocar uma revisão dos valores sim”, frisou o presidente da Emdurb (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru), Nico Mondelli.

Valor da tarifa só aumenta há cinco anos
Em 2008, a tarifa tinha valor de R$ 2 para quem pagava em dinheiro. No primeiro ano de governo de Rodrigo, esse valor subiu para R$ 2,15. 

30,9
É o número em milhões de passageiros que as empresas receberam no ano passado 

Número caiu, mas ano foi de greve 
Comparando com 2011, o ano de 2012 registrou queda de 920 mil passageiros. Vale lembrar, porém, que houve greve de pelo menos quatro dias, o que ajudou nesse número decrescente.

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Queda no uso de ônibus aumenta trânsito e encarece passagens

sábado, 22 de dezembro de 2012

Uma pesquisa mostra que o brasileiro vem usando menos o ônibus como meio de transporte nas grandes cidades.

Se tivesse escolha, muita gente não estaria esperando o ônibus, e quem está de carro não troca. Uma pesquisa realizada em nove capitais mostra que o número de passageiros transportados por ônibus tem caído desde meados da década de 1990.

Em abril de 1995, a média era de 2,59 passageiros por quilômetro. Em outubro de 2011, caiu para 1,63, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, uma diferença de 37%.

Enquanto isso, no mesmo período, o aumento no número de carros licenciados foi de 88%, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

“Com os incentivos de redução de impostos, o IPI, facilidade de financiamento, as pessoas migraram para o seu sonho de consumo, que é o automóvel, em detrimento do transporte público”, diz Otávio Cunha, presidente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos).

Um indicativo da eficiência do transporte público é a velocidade dos ônibus. Nos corredores exclusivos, como os que existem em São Paulo, eles não podem ficar parando o tempo todo, porque, se isso acontece, menos viagens são feitas e menos passageiros são transportados. O valor da passagem sobe para cobrir os custos do sistema.

O especialista em transportes Sérgio Ejzenberg diz que essa realidade precisa mudar. “É necessário melhorar o funcionamento dos ônibus como corredores, de tal forma que eles sejam menos caros, mais eficientes, a tarifa menor, ou menor é o subsídio, e as pessoas perdem menos tempo. Substitui o ciclo vicioso pelo ciclo virtuoso, onde todos vão ganhar”, afirma.

Por Janaína Lepri
Informações: G1.globo.com

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No Rio, BRS aumenta número de usuários de ônibus

segunda-feira, 24 de setembro de 2012


No Dia Mundial Sem Carro, comemorado neste sábado, uma boa notícia para a cidade: segundo o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, os BRSs (faixas preferenciais para coletivos) aumentaram em 5% o número de passageiros de ônibus na Zona Sul. Ainda de acordo com ele, são 6 mil usuários ou 12 mil embarques (viagens de ida e volta) a mais por dia nos BRSs de Copacabana, Ipanema e Leblon.

— Boa parte é de pessoas que deixaram o carro para usar o ônibus. Hoje, são feitas cerca de 262 mil viagens diariamente nesses corredores. O atrativo tem sido a redução do tempo de viagem — afirma Sansão.

O tempo de percurso no BRS da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, que completou um ano em fevereiro, caiu pela metade: de 23m10s, em média, nos horários de rush, para 11m35s. No corredor Ataulfo de Paiva/Visconde de Pirajá (Leblon/Ipanema), a diminuição foi menor: de 10%.

Funcionária do posto do Detran de Copacabana, Amanda Perez viu consolidar, com o BRS, a decisão já adotada anteriormente de usar o ônibus no trajeto entre sua casa, no Catete, e o trabalho:
— Só pego meu carro nos fins de semana.

O BRS da Avenida Rio Branco, no Centro, também encurtou a viagem em quase 50%: de 11m20s para 5m40s. No corredor Presidente Antônio Carlos/Primeiro de Março e na Avenida Presidente Vargas, também no Centro, a queda foi de 34% e 22%, respectivamente. O impacto no número de usuários nesses BRSs, mais recentes, ainda não foi contabilizado.

Para especialistas, as medidas adotadas e anunciadas não são suficientes para desestimular o uso do carro, reduzir os engarrafamentos e melhorar as condições ambientais. Ainda mais levando-se em conta o crescimento da frota de carros. A capital ganhou 48.258 novos automóveis, de janeiro a agosto deste ano, o equivalente a mais de 6 mil por mês. Mais do que os 42.864 no mesmo período do ano passado.

— O sistema de transporte não é atraente o suficiente para as pessoas deixarem de usar o carro — opina Paulo Cesar Ribeiro, professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ.
A chamada taxa de motorização (habitantes divididos por carros) também foi na contramão do transporte público. No município, passou de 3,94 para 3,2 passageiros por carro, comparando-se agosto de 2002 com agosto de 2012.

José de Oliveira Guerra, do Departamento de Transportes da Uerj, defende a ampliação dos BRSs, lembrando que, quando o ônibus sai do corredor, passa a trafegar na mesma velocidade dos demais veículos:
— É preciso ainda doutrinar os passageiros a mudar de meio de transporte, quando necessário. O que importa é o tempo total da viagem.
Paulo Cesar Ribeiro acrescenta:
— Para haver ganhos ainda maiores nos BRSs, as linhas têm de ser reorganizadas, acabando-se com superposições.

Linha 4 tem de ser ampliada, diz professor
O professor da Coppe defende ainda a ampliação do metrô, a integração das barcas com o restante do sistema de transportes, a melhoria dos trens da SuperVia e a expansão do metrô. Não basta, diz ele, construir a Linha 4 do metrô, entre a Barra e a Praça General Osório (Ipanema):
— É importante ligar a Linha 4 pelo outro lado (Jardim Botânico-Botafogo) e concluir a Linha 2, construindo o trecho entre as estações Estácio e Carioca. A linha 3 será feita entre São Gonçalo e Niterói. E o trecho entre Niterói para o Rio? Falta o túnel. A Ponte Rio-Niterói está saturada.

Pelo primeiro BRT (corredor segregado para ônibus articulados), o Transoeste — que está operando entre o Terminal Alvorada, na Barra, e Santa Cruz — viajam entre 62 mil e 66 mil passageiros por dia. Segundo Alexandre Castro, gerente do Transoeste pelo Rio Ônibus, o trecho inaugurado retirou passageiros de vans e frescões:
— Percebemos ainda que algumas pessoas que circulavam de carro já começam a usar o parador entre Barra e Recreio.
Paulo Cesar Ribeiro, porém, insiste num reestudo dos BRTs, por causa dos acidentes em série:
— Deveriam ser implantadas mais travessias de pedestres com sinais, sincronizadas de modo que os ônibus não parem.
Coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público, William Aquino sai em defesa dos corredores de ônibus:
— Os congestionamento só não aumentaram mais por causa dos BRS e do BRT Transoeste — diz ele, destacando que o aumento de renda da população, o vale-transporte e os bilhetes únicos intermunicipal e municipal têm contribuído para as pessoas viajarem mais de carro ou de transporte público.

Para José Eugenio Leal, professor da PUC, o fundamental é mudar a estratégia do governo, que incentiva o carro ao reduzir impostos (IPI e IPVA) de veículos novos e que usam gás natural.
— Para se priorizar o transporte público, nossa economia não poderia continuar se baseando tanto no carro e no petróleo — adverte Leal.

Já o economista e ecologista Sergio Besserman chama a atenção para problemas causados pelos carros: a poluição do ar; o aquecimento global, quando utilizam gasolina e diesel, produtores de gases do efeito estufa; e a disputa pelo espaço público, uma vez que quase sempre são usados por uma única pessoa.
— O futuro é o da mobilidade inteligente. Precisamos de transporte público eficiente e de usar mais a informática para reduzir a mobilidade burra. O carro continuará a ser uma disponibilidade individual, mas de uso inteligente.

Calor e falta de limpeza ainda são motivo de queixas nos coletivos
O economista Eduardo Sette Camara, de 28 anos, deixa o carro em casa. Ou melhor, na casa dos pais, em Copacabana, porque não tem garagem onde mora. Ele só usa o automóvel nos fins de semana. O deslocamento entre a sua casa, no Leme, o apartamento dos pais, em Copacabana, e o trabalho, no Flamengo, é feito de ônibus, grande parte pelos corredores preferenciais (BRSs) da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e da Barata Ribeiro.
— Não tenho onde estacionar — justifica o economista.
Eduardo diz que o BRS reduziu o tempo de viagem, mas são necessários ajustes:
— A organização precisa melhorar. Os motoristas, talvez porque sejam mal treinados, param longe, em fila dupla, passam direto nos pontos. Além disso, os ônibus não têm ar-condicionado, são sujos e malcuidados. Também agruparam os ônibus de forma que não atendem os usuários.

O secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, lembra que 20% dos ônibus têm de ser trocados anualmente e que toda a frota estará renovada até 2016. Quanto ao ar-condicionado...
— Estamos estudando essa questão com cuidado, por causa do impacto na tarifa.
Em relação ao metrô, a promessa do estado é que 19 novos trens estejam funcionando em março de 2013. O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, garante ainda que, também no ano que vem, será inaugurada a estação Uruguai, na Tijuca.

Na SuperVia, dos 160 trens em operação, 68 são novos ou reformados e têm ar-condicionado. Segundo Lopes, esse número subirá para 84 até o fim do ano:
— Em 2014, todos os 191 trens terão ar-condicionado. Em 2016, serão 231 composições com ar.
Quanto às barcas, o TCE autorizou licitação para a compra de nove embarcações, que devem estar operando em dois anos. O aluguel de duas barcas, de 600 e mil lugares, deve acontecer até dezembro.

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Mobilidade para o espaço: Governo estuda manter redução do IPI dos carros

sábado, 25 de agosto de 2012

O governo deve manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos, que venceria na próxima sexta-feira (dia 31), por pelo menos mais dois meses, informa o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira. A estratégia do Palácio do Planalto é manter o incentivo ao setor para garantir os primeiros sinais de crescimento da indústria brasileira.

A prorrogação, de acordo com a reportagem, deve ser anunciada na próxima semana, no último dia de validade da atual redução do IPI. Em maio, o governo reduziu o IPI de carros nacionais de motor 1.0 de 7% para zero. Dos veículos com motor flex até 2.0, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Nos veículos utilitários, o corte foi de 4% para 1%.

Reunião – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir na próxima semana com representantes do segmento para avaliar dados que subsidiarão a decisão do governo sobre o IPI para automóveis. Segundo apurou a Agência Estado, o ministro deve receber informações sobre o período de vigência do benefício fiscal. De acordo com fontes, a análise do ministro levará em conta o repasse do incentivo para os preços, dados de emprego e de produção.

Como está às vésperas do final do prazo da redução do IPI e, nesse período, há um aumento das vendas com os feirões de automóveis espalhados por todo o país, integrantes da equipe econômica mantêm muita cautela em relação às informações sobre a possibilidade de prorrogação do incentivo que podem comprometer esse esforço final de vendas. As montadoras estão fazendo feirões e preveem o melhor mês de vendas da história.

Há integrantes do governo que defendem a prorrogação como necessária para estimular e acelerar a atividade econômica nos últimos meses do ano. A assessoria do ministério da Fazenda, no entanto, informou que não há definição, até o momento, sobre a questão.

Informações: Veja Abril



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Belém terá 500 mil carros até o fim do ano

domingo, 17 de junho de 2012

Dirigir pelas ruas de Belém não é tarefa fácil. Engarrafamentos, poluição, falta de sinalização. São diversos os fatores que contribuem para os transtornos no trânsito. E a situação pode ficar ainda pior. Até o final do ano, a Região Metropolitana de Belém terá uma frota de 500 mil veículos, segundo dados apresentados pela Unidade Central de Planejamento do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran).

A estimativa é que, só em Belém, sejam 350 mil veículos em circulação. Número que assusta quem precisa enfrentar o trânsito diariamente. “Já acho que tem carro demais agora, imagina aumentando. A sensação é que a gente perde tempo demais todos os dias por causa do trânsito”, opina a universitária Márcia Monteiro.

O crescimento da frota de veículos é uma realidade à nível nacional. Todas as grandes capitais já registram o aumento do fluxo de veículos. “Comparado com a realidade de outras capitais, o número de veículos aqui não é tão alarmante, mas eles têm um sistema de transporte melhor. Em muitos lugares não precisam tanto dos veículos para viagens rotineiras. Belém está em desvantagem porque nunca foi feito um investimento maciço no setor de transporte”, afirma a engenheira Patrícia Bittencourt, especialista em engenharia de transportes.

Os transtornos causados pelo grande aumento do número de veículos já são conhecidos pela população. Mas devem ser intensificados, caso não haja alternativas para melhorar o trânsito. “Serão todas as externalidades negativas do uso do automóvel, como mais acidentes, congestionamentos, poluição sonora e visual”, enumera Patrícia.

Essas consequências estão entre as maiores reclamações para quem precisa enfrentar o trânsito. Francisco Candeira encara turnos de 24h no trânsito e ainda não se habituou ao estresse do dia a dia. Taxista há 10 anos, ele afirma que a situação parece piorar com o tempo. “É um engarrafamento imenso e ninguém faz nada. A gente perde tempo, dinheiro, gasolina. Com o BRT ainda fecharam as transversais, o que piora tudo. Quando estou de folga, a última coisa que eu quero é estar no trânsito”, diz.

TRANSPORTE
Para a engenheira, Belém deveria investir mais em alternativas para melhorar o sistema de transporte. “Uma das saídas é investir em transporte público de qualidade, fazer com que as pessoas deixem seus veículos e usem o transporte público ou sigam à pé ou de bicicleta. A mobilidade urbana precisa ser tratada como uma política pública, não pode ser uma coisa eleitoreira”.

O sistema de transporte hidroviário também seria uma possível solução para aliviar os congestionamentos. “Explorando o sistema hidroviário conseguiríamos desafogar em até 20% corredores como a Augusto Montenegro e a Almirante Barroso. Toda cidade que tem esse potencial aquaviário deveria recorrer a ele e aqui acontece o contrário”, diz.

Dirigir pelas ruas de Belém não é tarefa fácil. Engarrafamentos, poluição, falta de sinalização. São diversos os fatores que contribuem para os transtornos no trânsito. E a situação pode ficar ainda pior. Até o final do ano, a Região Metropolitana de Belém terá uma frota de 500 mil veículos, segundo dados apresentados pela Unidade Central de Planejamento do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran).

A estimativa é que, só em Belém, sejam 350 mil veículos em circulação. Número que assusta quem precisa enfrentar o trânsito diariamente. “Já acho que tem carro demais agora, imagina aumentando. A sensação é que a gente perde tempo demais todos os dias por causa do trânsito”, opina a universitária Márcia Monteiro.

O crescimento da frota de veículos é uma realidade à nível nacional. Todas as grandes capitais já registram o aumento do fluxo de veículos. “Comparado com a realidade de outras capitais, o número de veículos aqui não é tão alarmante, mas eles têm um sistema de transporte melhor. Em muitos lugares não precisam tanto dos veículos para viagens rotineiras. Belém está em desvantagem porque nunca foi feito um investimento maciço no setor de transporte”, afirma a engenheira Patrícia Bittencourt, especialista em engenharia de transportes.

Os transtornos causados pelo grande aumento do número de veículos já são conhecidos pela população. Mas devem ser intensificados, caso não haja alternativas para melhorar o trânsito. “Serão todas as externalidades negativas do uso do automóvel, como mais acidentes, congestionamentos, poluição sonora e visual”, enumera Patrícia.

Essas consequências estão entre as maiores reclamações para quem precisa enfrentar o trânsito. Francisco Candeira encara turnos de 24h no trânsito e ainda não se habituou ao estresse do dia a dia. Taxista há 10 anos, ele afirma que a situação parece piorar com o tempo. “É um engarrafamento imenso e ninguém faz nada. A gente perde tempo, dinheiro, gasolina. Com o BRT ainda fecharam as transversais, o que piora tudo. Quando estou de folga, a última coisa que eu quero é estar no trânsito”, diz.

TRANSPORTE
Para a engenheira, Belém deveria investir mais em alternativas para melhorar o sistema de transporte. “Uma das saídas é investir em transporte público de qualidade, fazer com que as pessoas deixem seus veículos e usem o transporte público ou sigam à pé ou de bicicleta. A mobilidade urbana precisa ser tratada como uma política pública, não pode ser uma coisa eleitoreira”.

O sistema de transporte hidroviário também seria uma possível solução para aliviar os congestionamentos. “Explorando o sistema hidroviário conseguiríamos desafogar em até 20% corredores como a Augusto Montenegro e a Almirante Barroso. Toda cidade que tem esse potencial aquaviário deveria recorrer a ele e aqui acontece o contrário”, diz.

Sistema de rodízio não resolve a questão
A implantação de um sistema de rodízio para circulação de veículos foi discutida na Câmara Municipal de Belém como uma alternativa para desafogar o trânsito. Segundo a engenheira, essa não seria ainda a melhor saída para Belém. “Essa é uma ação que só deve ser implementada quando há um sistema de transporte de qualidade. Acredito que apenas São Paulo possui esse sistema e isso não resolveu o problema deles”.

Para a especialista, o sistema poderia até acarretar outros problemas. “Lá em São Paulo as pessoas começaram a adquirir outros veículos, com terminações diferentes nas placas e mais velhos. O rodízio exige ainda uma fiscalização muito grande”.

Outras etapas também devem ser levadas em consideração antes de cogitar a implantação do sistema de rodízio. “Tem outras etapas que ainda não foram ‘queimadas’, como fiscalizar a fila dupla, estacionamento irregular, regulamentar carga e descarga de mercadorias, rever os estacionamentos ao longo da rua. Essas medidas já aliviam muito o trânsito”, enumera.

FACILIDADES
Um dos motivos que pode m contribuir para o aumento da frota de veículos são as facilidades em adquirir um carro ou uma moto atualmente. Maior número de parcelas e taxas menores geraram uma intensa procura nas concessionárias. “O governo fechou um acordo com as montadoras, reduziu os juros e o imposto sobre o IOF, os bancos facilitaram o crédito. Ficou muito mais vantajoso”, diz Evaldo Sena, gerente de vendas de uma concessionária em Belém.

A redução das taxas e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) trouxe descontos significativos nos preços dos veículos. “Houve uma redução de R$2 mil a R$4 mil reais no valor dos carros. Um aumento de quase 80% no fluxo das vendas. Acho que vamos conseguir voltar a ter uma média de 300 carros vendidos por mês”.


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No Rio+20, Empresários pedem investimentos em transporte público

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Fiesp e o Sitema Firjan apresentaram, nesta terça-feira, um documento de posicionamento das indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro, que reúnem 75% do PIB industrial brasileiro, sobre temas ligados à Rio+20. O texto, que foi entregue na véspera ao vice-presidente Michel Temer, aborda assuntos como energia, mudança climática, objetivos do desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, florestas, água e resíduos sólidos.

Em entrevista coletiva no espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, os empresários pediram mais investimentos em transporte público, com críticas à lenta expansão do metrô nas grandes cidades. A crítica chega no momento em que o governo federal estimula, mais uma vez, a expansão da frota de veículos particulares, com redução de IPI para os automóveis.

"Em um país com uma carga tributária tão grande, não vou reclamar da redução de imposto. Mas sou a favor de uma desoneração linear, que beneficie todos os segmentos. Sem dúvida, precisamos incentivar o transporte público. Veja a nossa rede de metrô em São Paulo, por exemplo. A China constroi uma quilometragem igual àquela todos os anos", disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp. "A Cidade do Panamá está construindo uma linha de 14 quilômetros que vai ficar pronta em três anos", exemplificou.

Os presidentes das duas entidades defenderam que os outros países sigam o exemplo do Brasil e adotem como matriz energética a hidroeletricidade, uma uma fonte renovável e menos impactante. A declaração acontece no momento em que o Brasil sofre críticas dos ambientalistas por construir a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte, em plena Amazônia.

"O mundo precisa aproveitar melhor esse tipo de energia. Não faz mal que seja na Amazônia. O mundo precisa de energia. A questão é adotar aquela com menor impacto", disse Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente do Sistema Firjan.
 A argumentação dos industriais é baseada num estudo, de 2005, que aponta a a produção de energia como uma das principais responsáveis pela emissões brasileiras de gases do efeito estufa - atrás apenas da agricultura e do desmatamento, que ainda é o grande vilão das emissões de gases estufa.
Fonte: Veja
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Cai o IPI sobre veículos. E, com ele, a qualidade de vida

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O frio vai chegando à capital paulista. Daqui a pouco, voltaremos a conviver com uma faixa bege, levantando o horizonte em alguns centímetros. Porque São Paulo não poderia ter o horizonte no mesmo patamar das outras cidades, de jeito nenhum. Mesmo que isso custe a qualidade de vida de milhões de pessoas que diariamente estão envolvidas em um chumaço de poluição gerada por milhões de felizes condutores de veículos que surgem a cada dia como se fossem Gremlins em dia de chuva. O pior é que quem calcula o número de anos perdidos pelos citadinos paulistanos por respirar meleca é considerado entrave ao desenvolvimento. É mais patriótico comemorar os recordes de fabricação de veículos do que o número de baixas direta ou indiretamente causadas por eles.

Ah, mas o dinheiro público que despejamos na indústria automobilística nos ajudou a sair da crise econômica! Será mesmo? O governo brasileiro acordou para a vida e vai começar a checar se o tamanho do apoio que dá à indústria se traduz na melhora da economia. Vão analisar pelo viés do preço ao consumidor, o que já um começo, mas não deveria ficar por aí. Mas, ao mesmo tempo, e mais uma vez, reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para aumentar o consumo de automóveis.

Sempre optamos pela saída mais fácil, sem pensar nas consequências. Como boa parte do capital não aceita condicionantes, contrapartidas sociais, ambientais ou trabalhistas decentes pelo dinheiro investido só quando um fusca falar.

E se os mesmos recursos fossem investidos no transporte público, favorecendo a coletividade e não o individualismo? E se o Estado optasse por gerar empregos na fabricação e veiculação de ônibus, trens, bondes e na reestruturação da malha urbana para acolher ciclistas e pedestres, ao invés de incentivar que pessoas comprem seus bólidos, cada vez mais planejados para suprimir as frustrações do dia-a-dia? Respire fundo! Vocês e seus filhos vão viver menos por conta da poluição e do estresse, mas felizes, porque estarão motorizados.
E se a primeira parte desse debate poderia ser traduzia com a pergunta “é racional ter tanto carro assim?”, a segunda poderia ser “quem afinal de contas ganha com isso?”

Sou a favor de defender a indústria nacional, básico, por várias razões (exceto os argumentos brotados de babaquices patrióticas). Mas isso não significa que tenhamos que, no intuito de apoiar o desenvolvimento nacional, fechar os olhos para a caca feita em nosso quintal. Ou ignorar que contrapartidas existem para serem exigidas.

Por exemplo, durante o pico da crise econômica mundial, a General Motors demitiu 744 trabalhadores de sua fábrica em São José dos Campos (SP) sob a justificativa de “diminuição da atividade industrial”. Mesmo após ter recebido apoio da União e do governo do Estado de São Paulo no sentido de facilitar a compra de seus produtos por consumidores. Vale destacar que o setor também foi beneficiário de recursos oriundos de fundos públicos, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ou seja, pertencentes aos trabalhadores.

A verdade é que as grandes beneficiárias do apoio financeiro dado às montadoras durante a crise de 1998, mais do que a economia brasileira, foram elas próprias. Muitas encararam as operações brasileiras com sua âncora de salvação, diante da queda livre nos Estados Unidos e na Europa.

Alguns “especialistas” disseram e escreveram que o Ministério do Trabalho e Emprego e sindicatos faziam uma chiadeira irracional, quando pediam contrapartidas à cessão de linhas de crédito ou corte de impostos vinculada à manutenção de empregos. Juravam que empresas não podem operar esquecendo que estão inseridas em uma economia de mercado. Em outras palavras, defendiam que não dava para esperar que o capital fosse dilapidado da mesma forma que o trabalho em uma crise. Diretores de federações de patrões e economistas ligados a empresas que pediram a redução salarial com manutenção de jornada durante a crise se arrepiam até hoje quando sindicatos e alguns parlamentares pressionam pela diminuição de jornada de 44 para 40 horas semanais com manutenção salarial. Para eles, isso é pecado, coisa do mal.

Essa “regra do jogo” me faz lembrar um restaurante self-service. Você passa com a bandeja e escolhe o que quer e o que não quer para o almoço. O que é bom coloca no prato, o que é ruim vira xepa para a massa se servir depois. Traduzindo: o Estado tem que garantir e ajudar o funcionamento das empresas, mas as empresas não podem sofrer nenhuma forma de intervenção em seu negócio. Um liberalismo de brincadeirinha, de periferia do mundo, com um Estado que despeja grana, mas subserviente ao poder econômico, em que o (nosso) dinheiro público deve entrar calado para financiar os erros alheios. Privatizam-se lucros, estatizam-se prejuízos.

O governo tem a obrigação sim de exigir contrapartidas de quem vai receber recursos ou benefícios devido a uma crise econômica – aliás, esse era o momento ideal para isso – e mesmo fora dela. De tanto bater em pedra surda, obteve-se algumas contrapartidas da indústria quanto à manutenção de empregos. Mas isso é apenas parte do que deve ser exigido, a parte mais lógica.

Fonte: Blog do Sakamoto

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