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Adesão ao serviço de integração do metrô com bicicletas segue crescendo

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Cresce a cada mês a quantidade de embarques de bicicletas nas linhas Sul e Nordeste (VLT Parangaba-Mucuripe) do Metrofor. O serviço, que completa 12 meses de operação na Região Metropolitana de Fortaleza, soma 10.786 embarques integrados, de agosto de 2022 a julho de 2023. Quem usa, destaca o ganho na qualidade dos deslocamentos diários.

Guilherme Martins, Matheus da Silva e Caetano Júnior são ciclistas assíduos nas linhas do Metrofor. Guilherme, que é estudante, embarca com sua bicicleta no metrô desde o começo do serviço, em 2022. “Eu já vinha acompanhando a expectativa pela liberação, sempre perguntando, sempre buscando informações, e assim que liberou eu comecei a usar. Uso desde o dia 1”, diz ele.

O aluno da Universidade Federal do Ceará (UFC) embarca no metrô com sua bicicleta de 4 a 5 vezes na semana, sempre para ir ao local de estudos, gastando no máximo 20 minutos nos deslocamentos. “Muitas pessoas me abordam para perguntar sobre o serviço e eu tô sempre respondendo e explicando as regras”, conta Guilherme.

Ele se refere ao regulamento do serviço, que está disponível para consulta no site e nas redes sociais do Metrofor. As regras, que regulam a integração do metrô e do VLT com as bicicletas, servem para garantir a segurança de todos. O documento deve ser consultado pelos ciclistas antes do embarque. Em caso de dúvidas, os agentes de estação estão aptos para fazer esclarecimentos, orientar e ajudar.
Matheus da Silva, que estuda na Universidade Estadual do Ceará (Uece), destaca o ganho de tempo e o conforto. “Sem precisar passar pela lotação dos ônibus, temos uma qualidade de vida melhor e mais confortável”. Caetano Júnior comemora a redução do esforço nas pedaladas diárias para o trabalho. “Eu sempre fui para o trabalho de bicicleta. Com o embarque no metrô, reduzi a quilometragem diária, então é menor suor, menos esforço”, conta.

Utilizando a bicicleta, o passageiro ou passageira do metrô e do VLT passa a contar com sua bike para chegar e partir das estações, eliminando os custos com outros tipos de transporte – como carros e motos por app e ônibus -, e reduzindo o tempo gasto nos deslocamentos.

O recorde de uso do serviço foi em julho de 2023, quando o total chegou a 1.800 integrações, considerando as bikes embarcadas nas duas linhas da RMF já liberadas para o serviço. O gráfico abaixo apresenta as estatísticas desde o início do funcionamento na Região Metropolitana de Fortaleza.

Informações: Metrofor
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Metrô de BH vai ter terceira passagem mais cara do Brasil com aumento de quase 18%

terça-feira, 27 de junho de 2023

O preço da passagem do metrô de Belo Horizonte vai subir 17,78% a partir do dia 1º de julho, passando dos atuais R$ 4,50 para R$ 5,30. Com esse aumento, a capital mineira vai passar a ter a terceira passagem de metrô mais cara entre as capitais do Brasil (confira o ranking completo abaixo).

A nova tarifa do metrô de BH só não é mais cara do que a do Rio de Janeiro (R$ 6,90) e de Brasília (R$ 5,50). Porém, o metrô das duas cidades é maior do que o da capital mineira. Por outro, Belo Horizonte tem o segundo menor metrô entre as capitais do país, perdendo apenas para Teresina (PI).

Confira o preço e a extensão do metrô em todas as capitais do Brasil:

Rio de Janeiro (RJ): R$ 6,90 (58km de extensão)

Brasília (DF): R$ 5,50 (42,4km de extensão)

Belo Horizonte (MG): R$ 5,30 (28,1km de extensão)

Porto Alegre (RS): R$ 4,50 (43,8km de extensão)

São Paulo (SP): R$ 4,40 (104,4km de extensão)

Recife (PE): R$ 4,25 (71km de extensão)

Salvador (BA): R$ 4,10 (33km de extensão)

Fortaleza (CE): de R$ 1 a R$ 3,60 (inteira) (56,8km de extensão)

Natal (RN): R$ 2,50 (77,5km de extensão)

Maceió (AL): R$ 2,50 (34,7km de extensão)

João Pessoa (PA): R$ 2,50 (30km de extensão)

Teresina (PI): R$ 1,00 (13,5km de extensão)

Metrô de BH fica mais caro
Usuários do metrô de Belo Horizonte vão pagar mais caro pela passagem a partir de 1º de julho. A tarifa vai subir 17,78%, passando de R$ 4,50 por R$ 5,30. O reajuste foi anunciado no último sábado (24) após autorização da Secretaria de Estado de Infraestrutura.

A alta está prevista no contrato de concessão e corresponde à inflação acumulada entre março de 2021 e março de 2023, período em que a tarifa não foi reajustada.

Metrô de BH: usuários comentam aumento da passagem para R$ 5,30 a partir de 1º de julho

Concessão e linha 2
O metrô foi concedido à iniciativa privada em março, após o grupo Comporte Participações S.A. vencer a disputa com a oferta de R$ 25.755.111,00 milhões. A empresa vai gerir o metrô de BH por 30 anos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Infraestrutura informou que a concessionária responsável pelo metrô já começou a fazer intervenções no sistema. Reformas de estações, compra de novos trens com ar condicionado, internet Wi-FI e atualizações tecnológicas são algumas das melhoras que já estão saindo do papel.
As 19 estações da Linha 1 vão começar a ser revitalizadas em setembro e 10 serão reformadas. A primeira estação a receber intervenções, segundo o Governo de Minas, será a Estação Lagoinha. Além disso, a Estação Novo Eldorado deve ser construída até 2026, quando entrará em funcionamento.

Já a Linha 2, que vai ligar o Barreiro até o Nova Suíça em sete estações, deve ser construída até 2029.

Informações: Itatiaia
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Brasil destoa de experiência internacional de sucesso na mobilidade sustentável

segunda-feira, 22 de maio de 2023

O Brasil destoa da experiência internacional em mobilidade sustentável, perdendo relevância, inclusive, na região da América Latina. Para mudar esse cenário, o país precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país. Essa é a conclusão do estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Mobilidade Urbana no Brasil: marco institucional e propostas de modernização.

O estudo aponta que os principais desafios enfrentados para a evolução da mobilidade urbana incluem a falta de financiamento, fator apontado pelo estudo como o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil. Além disso, a CNI defende que sejam viabilizadas fontes de investimentos, com recursos nacionais e estrangeiros, além de participação pública e privada nos projetos de transformação.

Destoando não apenas de exemplos internacionais de sucesso de mobilidade urbana sustentável, o Brasil também fica atrás de outros países latino-americanos. Por exemplo, o país aparece entre as economias com a menor participação de veículos elétricos – somente as cidades de Santiago e Bogotá têm três vezes mais ônibus elétricos em operação que em todo território brasileiro.

Dos R$ 295 bilhões estimados para a modernização da mobilidade urbana, R$ 271 bilhões precisariam ser destinados para expansão de linhas de metrô. Conforme destaca o estudo, esse montante equivale ao necessário para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. Em seguida, estão os investimentos para ampliação das estruturas de rede de trens (R$ 15 bilhões) e de BRTs (R$ 9 bilhões).

De acordo com o estudo da CNI, 74% dos 116 municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes cumpriram os prazos estipulados pela Lei de Mobilidade Urbana, que estabeleceu que essas cidades elaborassem e aprovassem um Plano de Mobilidade Urbana (PMU) até abril do ano passado. A mesma lei determinou que todos os municípios com população entre 20 mil e 250 mil pessoas apresentassem um PMU até o dia 12 de abril de 2023.

Entre as 1.908 cidades nessa situação, apenas 13% atestaram – até setembro do ano passado – ter um plano de mobilidade.

O diagnóstico referente às maiores regiões metropolitanas brasileiras é de que as cidades cresceram, foram amplamente urbanizadas, mas os transportes não acompanharam o ritmo de crescimento dessas metrópoles. Entre as recomendações estão investir em transporte coletivo e transporte individual não motorizado.

As 15 regiões metropolitanas avaliadas no trabalho são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Recife e Teresina.

“A urbanização não foi acompanhada por um planejamento voltado à redução das distâncias percorridas pelos cidadãos, para a qual o adensamento das cidades e a melhor distribuição de suas principais funções – moradia, trabalho, serviços e lazer – constituiriam seu alicerce”, diz o estudo.

Destaque para o fato de que cidades com maiores níveis de renda têm maior demanda por transporte individual. Como exemplo disso, em Curitiba 49% das viagens são feitas de carro ou moto, apesar do reconhecido sistema de BRT (Bus Rapid Transit) e de a cidade apresentar uma boa infraestrutura de transportes para os padrões brasileiros. 

Por outro lado, em Salvador e Recife – que possuem uma rede de transporte público menos estruturada –, esse modal representa somente 22,1% e 16,7%, respectivamente. Já no Rio de Janeiro, a baixa participação dos transportes individuais (19,5%) pode estar associada a uma confluência de fatores ligados tanto a um menor nível de renda de amplos setores da população metropolitana, quanto à existência de uma extensa – ainda que precária – rede de transportes na metrópole.

A bicicleta ainda é subaproveitada nas principais metrópoles do país: em todas as RMs brasileiras, a participação da bicicleta oscilava entre 0,8% e 2,4%, em contraposição a cerca de 4% em Santiago, 7% em Bogotá e 13% em Berlim, na Alemanha.

Por outro lado, é reconhecido que o Brasil empreendeu importantes avanços de natureza institucional no aperfeiçoamento da mobilidade urbana, de modo que o país dispõe de um moderno ordenamento jurídico que disciplina não apenas o planejamento, mas também a execução de políticas no setor.

Outro dado interessante é que o preço da gasolina, um balizador da escolha modal, nos últimos 15 anos, excluindo o período mais recente, teve aumento inferior ao das tarifas de transporte público coletivo, o que, na prática, sinaliza um barateamento relativo das viagens com transporte privado em detrimento das viagens com meios de transporte públicos.

Em termos de comportamento, o estudo mostra outras mudanças nos padrões de deslocamento urbano, particularmente com o aumento do trabalho sob a forma de home office e do comércio digital – processo que foi acelerado com a pandemia de Covid-19 –, e do advento do transporte por aplicativo – ainda não captado em sua magnitude por boa parte das pesquisas.

Nas duas maiores metrópoles brasileiras, por exemplo, a demanda por transportes coletivos ainda se encontra bastante abaixo ao último ano pré-pandemia: em São Paulo, as viagens de metrô e de ônibus em 2022 estão cerca de 25% abaixo dos níveis de 2019; no Rio de Janeiro, a queda da demanda por metrô é de mais de 30% e a de ônibus, da ordem de 15%.

O estudo conclui que é necessário assegurar instrumentos mais efetivos para a modernização dos sistemas de mobilidade, com o aperfeiçoamento institucional e de governança no âmbito dos municípios, e uma lei municipal como ferramenta de efetivação dos planos de mobilidade.

E também viabilizar fontes para o financiamento de investimentos de infraestrutura de mobilidade urbana, ampliando o número de Parcerias Público-Privadas em um modelo de PPP que agrupe a construção do sistema, operação e manutenção, em contratos de concessão de duração relativamente longas (em torno de 30 anos).

Por: Julio Cesar
Informações: CNI
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Metrofor inicia cadastramento de pessoas com HIV, deficiências e autistas

terça-feira, 2 de maio de 2023

O Metrô de Fortaleza (Metrofor) iniciou, na última semana, o cadastro de pessoas com HIV, deficiências e autistas para que esses passageiros possam receber um cartão de identificação de uso permanente nas linhas do Metrofor, dispensando com isso a apresentação de documentos comprobatórios no ato do embarque. O benefício é previsto em lei e já é cumprido pelo serviço de transporte.

Para realizar o cadastro e emitir o Cartão de Gratuidade do Metrofor, as pessoas com direito ao benefício devem ir às estações Benfica ou Parangaba, munidos com CPF, comprovante de endereço e um dos cartões de gratuidade fornecidos pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) ou pela Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce).
O cartão será emitido em até 10 dias uteis. Por enquanto, o cadastramento para idosos não é necessário. Na Estação Benfica, os horários de atendimento são das 8h às 12 e das 13h às 17h. Já na Estação Parangaba, o cadastro funciona das 8h às 13h e das 14h às 17h.

No site do Governo do Ceará é possível acessar links que orientam sobre a emissão da gratuidade. Para conhecer a política de gratuidade do Metrofor, clique aqui

Informações: Metrofor
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Transporte de passageiros sobre trilhos cresce 28% em 2022

domingo, 23 de abril de 2023

O setor de transporte de passageiros sobre trilhos brasileiro registrou aumento de 28% na quantidade de pessoas transportadas em 2022, com relação a 2021. A movimentação atingiu 2,3 bilhões de passageiros, superando o transporte de 1,8 bilhão de pessoas no ano anterior. Os dados fazem parte do Balanço do Setor Metroferroviário Brasileiro 2022, divulgado hoje pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

“No ano de 2022, após três anos de impacto da Covid-19, que marcou a maior crise setorial da história do transporte público, os operadores metroferroviários finalizaram o ano com um crescimento de 28% em relação aos passageiros transportadas no ano anterior. A crise sanitária trouxe uma nova dinâmica para as cidades, como a adoção de trabalho híbrido e remoto pelas empresas, o que reflete consideravelmente no volume de passageiros que utilizam os sistemas de metrô, trem urbano, VLT e monotrilho, já que o principal motivo de uso desse modo é para os deslocamentos casa-trabalho”, explica Roberta Marchesi, Diretora Executiva da ANPTrilhos.

Os números positivos do setor também estão na expansão da malha metroferroviária que cresceu 22,7 km, com sete estações inauguradas em Fortaleza, Natal, João Pessoa e São Paulo.

Ao todo, são 1.129,4 km de trilhos urbanos e 629 estações em todo o Brasil.
Em relação à performance setorial, os índices demonstram desempenho positivo das operações com 99,8% de confiabilidade e 97% de regularidade na prestação de serviços em 2022. “O setor metroferroviário de passageiros manteve os seus indicadores e apresenta os melhores índices de mobilidade do país, tanto em termos de viagens programadas realizadas, quanto de cumprimento de horários previstos”, explica Roberta Marchesi.

Em relação aos desafios para 2023, Roberta ressalta: “O grande desafio para 2023 está na área regulatória. É preciso dar continuidade ao avanço das discussões em torno do novo marco regulatório do transporte público, para que se possa trazer diretrizes adequadas à realidade atual do financiamento e da operação do setor no Brasil. Também é fundamental que o Governo Federal volte seu olhar para o transporte ferroviário regional de passageiros. Esse será o primeiro passo para a retomada desse segmento através da publicação da Política Nacional do Transporte Ferroviário de Passageiros (PNTFP)”.

Ela destaca também que é necessário avançar com o planejamento de longo prazo para a continuidade dos projetos e dos investimentos em transporte estruturante de passageiros sobre trilhos. “Somente desta maneira conseguiremos dotar nossas cidades de uma mobilidade adequada. Dessa forma, que tenha como reflexos a melhoria da qualidade de vida do cidadão e da qualidade ambiental de nossas cidades”, finaliza.

Acesso ao transporte metroferroviário
O Brasil conta atualmente com 21 sistemas urbanos de transporte sobre trilhos, em 11 estados e no Distrito Federal. Eles são operados por 16 empresas, sendo 8 delas concessionárias privadas.

O acesso ao transporte de passageiros sobre trilhos só está presente em 53% das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes e em 39% das regiões metropolitanas, Regiões Integradas de Desenvolvimento (Rides) e aglomerações urbanas com esse mesmo volume de moradores.

“Infelizmente, esse cenário revela que o acesso ao transporte metroferroviário é limitado nas cidades e regiões de grande concentração urbana. E se torna mais preocupante uma vez que, todas as cidades onde os sistemas estão presentes, as redes existentes são insuficientes para atender à demanda de deslocamentos da população”, explica a Diretora Executiva da ANPTrilhos.

Performance setorial
Assim como em anos anteriores, o setor metroferroviário apresentou os melhores indicadores de mobilidade do Brasil, em relação ao cumprimento dos horários previstos e à regularidade das viagens programadas. Isso mostra que setor manteve os níveis de excelência de seus serviços, mesmo diante do crescimento expressivo na quantidade de pessoas transportadas. Os principais indicadores são:

5,2 bilhões de lugares ofertados (+10% em relação a 2021)
99,8% de confiabilidade do setor
97% de regularidade na prestação dos serviços
12 milhões de horas de trabalho foram dedicadas à manutenção dos sistemas
Participação Regional dos trilhos urbanos
O Balanço do Setor Metroferroviário Brasileiro 2022 apresenta ainda os recortes estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro e da Região Nordeste, com relação ao volume de passageiros, extensões, linhas e estações.

São Paulo conta com 388,7 km de malha metroferroviária, 202 estações e 14 linhas que transportaram 1,7 bilhão de passageiros em 2022, um crescimento de 31% em relação a 2021. Já o Rio de Janeiro conta com 287,5 km de linhas, 174 estações e 13 linhas, transportando 323 milhões de passageiros em 2022, o que representa um aumento de 29% em relação ao ano anterior.

Enquanto a Região Nordeste foi responsável pelo transporte de 166 milhões de passageiros em 2022, em seus 342,1 km de malha metroferroviária, 184 estações e 15 linhas.

A maior extensão da rede metroferroviária brasileira está na região Sudeste. Ela representa 62,3% da extensão total; seguida das regiões Nordeste com 30,3%, Sul com 3,9% e Centro-Oeste com 3,5%.

Projetos e perspectivas
O Brasil conta com 13 obras de metrô, trem urbano, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), monotrilho assim como aeromóvel em andamento nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e São Paulo. Ou seja, são obras de ampliação e implantação de linhas e estações. Dentre essas obras, há inaugurações previstas para 2023 nos quatro estados, totalizando 15,6 km de trilhos e 9 estações. Nesse sentido, com o término das 13 obras em andamento, a previsão é de que 91 km e 77 estações sejam incorporados aos sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos do país nos próximos anos.

“Para 2023, estamos otimistas, vislumbrando a continuidade e a aceleração desse ritmo de crescimento. O setor tem hoje 13 projetos em andamento e, quando estiverem totalmente finalizados, representarão um incremento de quase 10% na malha brasileira”, explica Roberta.

Em relação às concessões, a ANPTrilhos apresenta nove projetos que refletem as iniciativas bem como as perspectivas em andamento. A continuidade deles está sujeita ao posicionamento e decisão dos novos governos federal e estaduais que assumiram o país em janeiro de 2023.

Perfil médio do passageiro
As mulheres representam o maior número de passageiros que utilizam as linhas de transporte urbano sobre trilhos em todo o país. Elas representam 55% das pessoas transportadas, enquanto os homens somam 45%. Conforme a faixa etária dos passageiros, a maioria tem idade entre 25 e 34 anos.

“Apesar das mudanças nas formas de trabalho diante da pandemia, o uso dos sistemas sobre trilhos para fins de trabalho permanece predominante, com 63% dos passageiros”, relata Roberta Marchesi.

Força de trabalho
O setor metroferroviário brasileiro foi responsável pelo emprego formal de 38,2 mil pessoas. Ou seja, uma alta de 7,3% na comparação com o ano anterior. O resultado do setor se mostra superior ao crescimento de 5,01%, obtido pelo conjunto da economia brasileira em 2022, quanto às vagas com carteiras assinadas. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

Participação Feminina
O setor metroferroviário é receptivo com o público feminino e, naturalmente, a presença das mulheres vem aumentando a cada ano. Atualmente, mais de 7,3 mil mulheres integram as empresas que operam os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos em todo o Brasil. Ou seja, esse número representa cerca de 25% do total da força de trabalho empregada diretamente por essas empresas. Desse total de mulheres, 14% ocupam algum cargo de liderança direta (gerente, supervisora, coordenadora ou diretora).

Benefícios do transporte metroferroviário
Os benefícios gerados pelo transporte de passageiros sobre trilhos são amplamente reconhecidos bem como apreciados pela sociedade. Rapidez nos deslocamentos, com previsibilidade, redução nos riscos de acidentes e dos impactos ambientais negativos são alguns exemplos.

Esses são alguns fatores que permitem estimar que o uso do transporte urbano de passageiros sobre trilhos, em 2022, retornou à sociedade brasileira mais de R$ 30 bilhões, em termos sociais, econômicos assim como de qualidade de vida. Conheça os principais números dos benefícios deste setor:

Redução de 1,3 bilhão de horas nos deslocamentos
Economia de R$ 379 milhões em custos com acidentes
Economia de 1 bilhão de litros de combustível fóssil
Economia de R$ 10 bilhões com a retirada de ônibus e carros das ruas
Redução de 2,1 milhões de toneladas na emissão de poluentes na atmosfera

Informações: Portal do Transito
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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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Semob quer evitar erros do passado em novo programa de mobilidade urbana

segunda-feira, 27 de março de 2023

A recém-criada Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, dentro do guarda-chuva do Ministério das Cidades, está estruturando um novo programa de financiamento de infraestrutura e equipamentos para projetos de mobilidade urbana. A ideia é recriar um plano nos moldes do PAC Mobilidade Urbana, lançado pelo governo Dilma em 2012, mas contemplando alguns ajustes para evitar erros do passado que resultaram num grande volume de obras inacabadas e projetos que não saíram do papel. Uma das prioridades é incentivar parcerias público-privadas para alavancar sistemas ferroviários. As PPPs do VLT do Rio de Janeiro e do Metrô de Salvador estão sendo tratadas como modelos bem-sucedidos e que devem ser replicados.

Quem está à frente desse trabalho é o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel Souza dos Santos, servidor de carreira do Ministério das Cidades. Ele foi nomeado pelo ministro Jader Filho como secretário interino, em fevereiro. “Quando equacionamos num mesmo contrato tanto a construção quanto a operação do sistema, como foram as PPPs do VLT do Rio e do Metrô de Salvador, a perspectiva de a obra ser mais rápida é muito maior do que uma obra pública, que geralmente passa de quatro anos e depende de um orçamento que, às vezes, não está assegurado”, diz Santos.

A pasta tem feito um levantamento dos projetos que receberam apoio do PAC no passado, mas se encontram hoje paralisados. Para esses e novos que venham a surgir, o governo federal discute um tipo de apoio a estados e municípios que vai além da transferência de recursos apenas. A secretaria quer atuar de forma mais próxima na elaboração e acompanhamento de projetos, fornecendo corpo técnico e auxiliando na estruturação financeira dos contratos.

O BNDES e a secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm participado das discussões junto a governos estaduais e municipais, com intermediação da secretaria, para ajudar na elaboração de estudos de pré-viabilidade de projetos. Alguns já foram mapeados pelo banco, como sistemas de VLT em Curitiba e Brasília. “Temos que avaliar o grau de maturidade de cada projeto para poder sinalizar um aporte financeiro”.

O secretário entende que o modelo de PPP é adequado a novos projetos em cidades que nunca tiveram sistemas sobre trilhos. Esse foi um dos aprendizados da pasta, segundo Santos, que cita o VLT de Cuiabá como exemplo. O sistema consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ficou anos com obras paralisadas e, recentemente, foi substituído por um corredor de ônibus BRT. 

“A estruturação do projeto ficou com o estado do Mato Grosso que nunca operou nenhum sistema sobre trilhos. E daí optou por uma obra pública, para implantar um VLT. Como uma obra metropolitana, é preciso ter de fato uma instância que discuta o projeto com as prefeituras e com os operadores locais. Faltou essa assistência. Talvez uma PPP nesse caso poderia ter trazido todo um corpo técnico para a efetivação do projeto”, pontua.

O olhar que se tem agora, diz o secretário, é de acompanhar mais de perto os projetos que recebem recursos federais. “Ou você segue o modelo de PPP integrada que compõe tudo, construção e operação, ou se faz uma obra pública, mas, em paralelo, com o apoio do governo federal de assistência técnica para estruturar como vai ser essa operação e essa participação de outras prefeituras na reorganização da rede”.

Sobre a privatização dos sistemas da CBTU, Santos afirma que está sendo avaliado o melhor modelo para cada estado. Para o de Recife, a expectativa é de retomada dos estudos para decidir se o processo se dará nos mesmos moldes do que aconteceu em Belo Horizonte (que foi concessionado recentemente pelo governo de Minas). “Teremos discussões com o governo de Pernambuco junto ao BNDES, ao PPI e à própria empresa para entender se vai ser possível aplicar o mesmo modelo de BH ou não”.

Informações: Revista Ferroviária
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Metrofor amplia integração com bicicletas e libera acesso de bikes no VLT Parangaba-Mucuripe

segunda-feira, 20 de março de 2023

Está liberado o transporte de bicicletas dentro dos trens do VLT Parangaba-Mucuripe a partir desta semana. A novidade amplia a integração das linhas metroviárias com o transporte por bicicleta em Fortaleza. Com isso, chega a 43 o número de estações do Metrofor – distribuídas em Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba e Sobral – que já aceitam o embarque de passageiros com suas bicicletas, permitindo a integração dos transportes.

“Quem quiser se deslocar na Região Metropolitana por bicicleta, tem o transporte sobre trilhos como aliado, com as duas maiores linhas em carregamento já liberadas, possibilitando aos ciclistas chegar a destinos mais distantes e com mais conforto. O mesmo benefício está disponível em Sobral, que foi a primeira a linha a ter essa integração”, explica Plínio Saboya, diretor-presidente do Metrofor.

Na Linha Sul, o embarque com bicicletas é liberado desde agosto de 2022. Neste percurso – que vai de Fortaleza a Pacatuba – mais de 3 mil embarques de ciclistas foram registrados até o mês de fevereiro. No VLT de Sobral, o embarque com bikes é permitido desde fevereiro de 2020.
A integração do VLT Parangaba-Mucuripe com as bicicletas aumenta as possibilidades de deslocamentos dos passageiros, que agora podem utilizar metrô (Linha Sul), VLT e bicicleta, de forma integrada. Essa integração permite que áreas como Centro de Maracanaú, Centro de Fortaleza, litoral da capital, e bairros populosos como Montese, Aldeota, Parangaba e muitos outros sejam acessados pelos por metrô ou VLT e percorridos e explorados por meio da bicicleta.

“Com isso, o passageiro que possui uma bicicleta não necessita pegar um ônibus ou carro de aplicativo após desembarcar na estação de destino. Se ele estiver de bike, ele tem autonomia para complementar a sua viagem”, completa Saboya.

Regulamento de bikes
Para garantir segurança e bem estar entre passageiros com e sem bicicletas, o Metrofor fixou faixas de horários em que é possível o embarque de bikes, além de um regulamento para os ciclistas.

Os horários permitidos são de 9h às 15h e de 20h até o final do dia, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, o embarque de bikes é permitido a partir das 15h até o final do expediente operacional. Estão preservados os horários de pico do transporte público, nos quais os trens já operam em sua capacidade máxima de transporte.

Não é permitido andar de bicicleta dentro dos trens e estações, nem transportar bike nos elevadores e escadas rolantes. Nas plataformas, está sinalizada a porta de embarque específica para as bicicletas. O limite máximo é de quatro bikes por viagem.

SERVIÇO:
Integração bike + metrô + VLT
De segunda a sexta-feira, de 9h às 15h e de 20h até o encerramento. Aos sábados, de 15h até o encerramento. 4 bicicletas por viagem. Tarifas: Linha Sul: R$ 3,60 (inteira) e R$ 1,80 (meia). VLT: gratuito. Não é cobrado valor adicional pelo embarque com bicicleta.

Informações: Metrofor
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