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Tarifa técnica do metrô de Curitiba está em R$ 2,45

domingo, 12 de janeiro de 2014

A Prefeitura de Curitiba afirmou, na tarde desta quinta-feira (9), que a tarifa técnica do metrô da capital será de R$ 2,45, 9,5% a menos que os R$ 2,71 previstos pelo projeto original feito na gestão do Luciano Ducci. O anúncio foi feito pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) durante evento de lançamento da minuta do edital do metrô, que pode  ser consultada, a partir de hoje, no site da Prefeitura Municipal. Até o dia 10 de fevereiro, o documento estará disponível para análises, críticas e sugestões por parte da comunidade. “Esse é um passo grandioso para Curitiba e queremos contar com a contribuição de todos. Cada etapa será cumprida com muita transparência e serenidade, para que possamos decidir aquilo que é melhor para a nossa cidade”, destacou o prefeito Gustavo Fruet. 

O secretário municipal do Planejamento, Fábio Scatolin, explicou que a redução na tarifa técnica ocorreu por causa do aumento nas receitas  (dinheiro ganho com a locação de espaços comerciais no metrô, por exemplo) e à desoneração dos impostos PIS e COFINS.

Na próxima quarta-feira (15), entre 15h e 18h, será realizada a primeira e única audiência pública para discutir a minuta do edital. O evento será aberto ao público e realizado no Parque Barigui.

Apesar de ser realizada apenas uma audiência, o prefeito Gustavo Fruet ressaltou que a administração municipal deu total transparência ao projeto do metrô curitibano. “Não será apenas uma consulta ou audiência, porque desde fevereiro do ano passado estamos afinando os pontos para este edital e dando total publicidade pro processo”.

Uma das exigências é o transporte de no máximo seis pessoas por metro quadrado durante o horário de pico, com intervalo máximo de dois minutos e meio entre trens. Também há aspectos de limpeza e conforto dos passageiros que serão obrigatórios para que o consórcio cumpra e, então, receba o repasse da prefeitura.

A tarifa técnica de R$ 2,45 é o teto que seria praticado hoje, mas como o metrô só entra em operação depois da obra, o preço deverá ser corrigido com base na inflação.

Fruet destacou a principal característica que permeia todo o processo: transparência. “A consulta pública tem o objetivo de mostrar à população todos os dados e termos que deverão constar do edital, ao mesmo tempo em que permite que todos os cidadãos ofereçam contribuições ou façam críticas ao documento, bem como aos seus anexos”, explicou Gustavo Fruet.

O prefeito fez questão de destacar que todo o processo de construção do texto final do edital de licitação será marcado pela transparência e pela ampla participação da sociedade. No dia 15 de janeiro, a partir das 15 horas, no Salão de Atos do Parque Barigüi, terá início a segunda etapa desse processo que é a audiência pública sobre a implantação do metrô.

Aberta a toda a comunidade, a audiência pública vai permitir que as pessoas levem pessoalmente ao prefeito, e aos integrantes do primeiro escalão do governo municipal, todas as suas dúvidas e solicitações a respeito do assunto. “Todas as contribuições serão consideradas, e nós explicaremos para a população quais serão as sugestões que poderão ser anexadas ao processo, assim como aquelas que, por questões técnicas, não puderem ser aproveitadas”, destacou Gustavo Fruet.

Após o período de 30 dias de consulta pública ao documento, terá início a redação final do edital de licitação que deverá ser lançado dentro de aproximadamente 45 dias. Depois disso, as empresas ou consórcios empresariais que desejarem concorrer terão um prazo de 90 dias para a apresentação de propostas. Está previsto para o mês de maio o anúncio do vencedor da licitação que, além de comprovar capacidade técnica e experiência no ramo, deverá apresentar a proposta com a menor tarifa para o metrô.

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Além do Metrô, Curitiba ganhará mais canaletas e faixas exclusivas para ônibus

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Um dos motivos dos protestos realizados em Curitiba em junho deste ano, a mobilidade, é o foco para investimentos de R$ 5,2 bilhões anunciados ontem pelos três governos — federal, estadual e municipal. O valor será aplicado nos próximos anos em investimentos para melhoria do transporte coletivo e a mobilidade nas ruas, incentivo a novos modais e ampliação dos existentes. O anúncio reuniu no mesmo local a presidente Dilma Rousseff, o governador Beto Richa e o prefeito Gustavo Fruet.

Os R$ 5,2 bilhões é o maior investimento da história da capital e faz parte do projeto de transformar Curitiba numa cidade efetivamente multimodal. Os recursos vão custear a implantação do metrô e de mais três projetos: a conclusão do corredor de transporte da Linha Verde, a revitalização da Linha Inter 2 e o aumento da capacidade das canaletas de ônibus.


Segundo a Prefeitura, o anúncio marca o início de um período de retomada do planejamento e da qualidade do sistema de transporte da capital. O valor anunciado inclui recursos do governo federal, do Município e do Estado. Além de finalmente ganhar sua primeira linha de metrô, Curitiba ampliará de 80 para 148 quilômetros a rede de canaletas e faixas exclusivas para ônibus, reforçando a prioridade para o transporte coletivo.

A maior parte dos recursos será aplicada na implantação da primeira fase do metrô curitibano, que terá 17,6 quilômetros, com 14 estações entre a Cidade Industrial e o Cabral (o projeto prevê mais 4,4 quilômetros até o terminal de Santa Cândida, com duas estações no trecho, numa segunda fase).

O governo federal investirá R$ 1,8 bilhão na primeira fase do projeto, com recursos do Orçamento Geral da União. A Prefeitura entrará com R$ 700 milhões e o Estado com mais R$ 700 milhões — valores a serem financiados pela União, provavelmente via BNDES. A iniciativa privada deverá aportar R$ 1,365 bilhão.

A presidenta destacou que, além de colocar recursos do Orçamento Geral da União, o governo federal vai financiar a parcela do Município e a do Estado no projeto do metrô, “em condições absolutamente diferenciadas”. Os recursos deverão ser pagos em 30 anos, com cinco anos de carência, e correção pela TJLP mais 2,5% ao ano.
“O futuro de Curitiba como cidade multimodal começa a ser escrito hoje”, disse o prefeito Gustavo Fruet, lembrando que os projetos aprovados  integram o ônibus a outros modais, como o metrô e a bicicleta. “É o maior aporte de recursos que a cidade já recebeu. Um dia histórico para Curitiba, que graças à união de esforços realiza um sonho antigo.”

O governador Beto Richa destacou a necessidade de investimentos permanentes em mobilidade. “É preciso investir em novos modais, em integração e tecnologia, e hoje um grande avanço é garantido, por meio da união entre diferentes esferas de governo”, afirmou.

Informações: Bem Paraná
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Prefeitura recebe propostas para o metrô de Curitiba

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A Prefeitura de Curitiba recebeu, nesta segunda-feira (26), quatro propostas de estudo para o metrô de Curitiba, obra cujo método construtivo e valores estão sendo revistos. De acordo com a administração municipal, os Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI), como são conhecidos os projetos, serão analisados em um prazo de 30 dias e o edital de licitação deverá ser lançado até o final deste ano. Um das propostas foi entregue por uma organização popular formada pela ONG Sociedad Peatonal e o Movimento Passe Livre (MPL).

A projeto popular prevê a implantação de uma PPPop (Parceria Público Popular). Nesse modelo, a tarifa do transporte coletivo seria zerada e os projetos para o setor passariam a ser discutidos com toda a sociedade. Além dessa proposta, outras três foram entregues à prefeitura – todas por grupos empresariais: Triunfo Participações e Investimentos, o consórcio formado pela C.R. Almeida Engenharia de Obras, J. Malucelli Construtora de Obras, Ghella S.A, Keolis S.A e Impreglio; e outro composto por Intertechne Consultores S.A, Vertrag Arquitetura e Urbanismo e Tetraarq, Arquitetura e Projetos.


O chamamento público para que as empresas se manifestassem foi lançado em maio pela gestão Gustavo Fruet. O objetivo era revisar o projeto do metrô. Isso porque, inicialmente, o novo modal de transporte de Curitiba custaria R$ 2,1 bilhões, valor que pode ter sido subdimensionado devido à necessidade de incorporar à obra processos construtivos distintos.

O último valor previsto para a construção girava em torno de R$ 4,4 bilhões – custo que somente será confirmado após a análise dos quatro projetos apresentados hoje.

Apesar de estimar a abertura do edital de licitação para o final deste ano, a prefeitura admite que isso dependerá da liberação dos recursos federais. Dos R$ 4,4 bilhões previstos para a obra, R$ 1 bilhão está garantido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Mas a inclusão desse recurso na Lei Orçamentária Federal 2014 depende da confirmação da obra até o próximo dia 30.

No último mês de julho, a prefeitura havia solicitado ao Ministério das Cidades outros R$ 2,2 bilhões para o metrô curitibano. A nova quantia faz parte do pacote de obras de mobilidade urbana apresentado por Curitiba, que deverá concorrer a parte dos R$ 50 bilhões prometidos pela presidente Dilma Rousseff após a onda de manifestações de junho. 

Por Raphael Marchiori
Informações: Gazeta do Povo
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Metrô curitibano vai custar o dobro do previsto

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A prefeitura de Curitiba solicitou R$ 2,1 bilhões adicionais ao governo federal para viabilizar a construção da primeira fase do metrô curitibano. Somado ao valor inicial, a nova projeção é de que essa etapa do projeto poderá custar pelo menos R$ 4,4 bilhões – quase o dobro do valor estimado em 2011.

Houve, porém, uma ampliação no trajeto do primeiro trecho. Inicialmente, essa etapa ligaria a Cidade Industrial (CIC) ao Centro, na altura da Rua XV de Novembro. Agora, caso a verba federal seja confirmada, poderá chegar até o Terminal do Cabral – quatro estações a mais em relação à primeira projeção.

De acordo com a Secretaria Municipal do Planejamento, o pedido foi repassado na última semana aos Ministérios das Cidades e do Planejamento, durante a reunião na qual foram discutidos projetos que serão contemplados com os R$ 50 bilhões prometidos pela presidente Dilma Rousseff para a área de mobilidade urbana. O aporte financeiro foi uma das respostas do governo federal aos protestos do último mês de junho.
Apesar de a União ainda não ter sinalizado a forma como esses R$ 50 bilhões serão repassados, a prefeitura formalizou o pedido via fundo perdido, ou seja, sem necessidade de devolução. A antiga administração municipal já havia garantido outros R$ 1 bilhão de repasse federal para o metrô via PAC Grandes Cidades. “O aumento do custo deve-se à inflação acumulada no período, à variação do câmbio e à ampliação da primeira fase, que poderá passar até o Cabral. Mas ainda não podemos dizer que esse é custo final, até porque o mercado ainda se posicionará na PMI [Procedimento de Manifestação de Interesse]”, disse o secretário do Plane­jamento, Fábio Scatolin.

“Tatuzão”

Outra explicação para as diferenças no custo está nas modalidades construtivas que serão adotadas durante a obra. O projeto da gestão Luciano Ducci previa construir os 22 quilômetros de linha do metrô exclusivamente nas modalidades Cut and Cover (túnel mais raso em um sistema em que se escava e se cobre) e NATM (túnel escavado próximo à superfície). Agora, a prefeitura admite um terceiro método, o Shield. Essa última modalidade, conhecida como “tatuzão”, é mais rápida e apropriada para longas escavações, interferindo menos na superfície.

Tanto o custo final quanto os métodos construtivos, porém, serão conhecidos apenas no dia 12 de agosto, data-limite para a conclusão da PMI. No final de agosto, a prefeitura ainda terá de sinalizar oficialmente ao governo se pretende construir o metrô para garantir a inclusão do R$ 1 bilhão no orçamento federal.

Informações: Gazeta do Povo
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Valor total do projeto do metrô curitibano passará de R$ 3 bilhões

sexta-feira, 28 de junho de 2013

O projeto do metrô de Curitiba deverá custar mais de R$ 3 bilhões – pelo menos 28% a mais do que o previsto pela gestão do ex-prefeito Luciano Ducci. A nova estimativa foi apresentada ontem, pelo secretário municipal de Gestão e Planejamento, Fábio Scatolin, durante simpósio organizado pelo CREA-PR. Para bancar o custo adicional, a administração do prefeito Gustavo Fruet não nega que poderá buscar novos recursos federais para a obra.

“O preço será algo próximo da Linha Lilás de São Paulo. Estamos estimando algo em torno de R$ 3 bilhões para a primeira fase. Mas não tenho dados precisos ainda, pois isso é o mercado quem vai dizer”, afirmou Scatolin.

A primeira fase do projeto do metrô de Curitiba, que ligaria o CIC Sul à futura Estação Rua das Flores, estava orçada em 2,34 bilhões. Esse valor será dividido entre os governos federal e estadual (R$ 1 bilhão e R$ 300 milhões), prefeitura (R$ 82 milhões) e iniciativa privada (R$ 949 milhões). O acréscimo estimado pela prefeitura poderá ser buscado junto ao governo federal.

“Após os protestos, houve o anúncio da presidente de mais investimentos em mobilidade urbana. Não posso afirmar onde especificamente esse dinheiro será utilizado, mas o prefeito está atento e esperamos algo para projetos de metrô”, afirmou o secretário.
O novo custo ainda será confirmado pela Comissão de Revisão do Projeto do Metrô de Curitiba, que receberá até o próximo dia 12 de agosto Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) – instrumento é previsto pela Lei de Parceria Público Privada (PPP) e pelo qual as empresas manifestarão desejo em participar da concorrência.

Até o momento, nenhum projeto foi apresentado. Scatolin garante que isso não é um problema. “A ideia é receber ao final, não no meio do caminho. Quero, pelo menos, um projeto, que precisará ser bem feito para nos capacitarmos em direção à licitação”, afirmou.

Curitiba tem até o dia 30 de agosto deste ano para garantir o aporte de R$ 1 bilhão do governo federal para o projeto de metrô. Esse é o prazo para que a administração municipal dê o sinal verde de que fará a obra, garantindo que os recursos sejam incluídos na Lei Orçamentária Anual federal. 

Por Raphael Marchiori
Informações: Gazeta do Povo

Infográfico

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Metrô de Curitiba volta à estaca zero

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Depois de uma década de projetos e estudos técnicos que consumiram quase R$ 11,5 milhões, o projeto do metrô curitibano voltou à estaca zero. A prefeitura anunciou ontem que convocará empresas para aprofundar os estudos para implantação do novo modal. O objetivo é viabilizar a obra, considerada “inconsistente” pela Comissão de Revisão do Projeto do Metrô de Curitiba.

Da proposta inicial, apresentada ainda na gestão do ex-prefeito Luciano Ducci, apenas o traçado deve ser mantido – 14,2 quilômetros, entre a Cidade Industrial e a Rua XV de Novembro, no Centro da capital. O custo da construção também deve ser bem maior do que os R$ 2,3 bilhões previstos anteriormente.

Isso porque a prefeitura pretende executar a obra por meio de uma nova modalidade construtiva, chamada Shield, que é mais cara. O método consiste em uma escavação mais profunda, a pelo menos 30 metros da superfície, feita por uma máquina conhecida como Tunnel Boring Machines, ou “Tatuzão”.


O relatório da Comissão de Revisão informa que o Shield tem um custo de execução aproximadamente 30% maior que o NATM (túnel escavado próximo à superfície) e entre 40% e 50% maior que o Cut and Cover (túnel mais raso em um sistema em que se escava e cobre), as modalidades construtivas inicialmente previstas e que agora serão abandonadas.

Segundo o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Fábio Scatolin, a vantagem é que o método Shield gera menos impactos sociais, econômicos e ambientais ao longo do processo de construção. A prefeitura temia os transtornos do trânsito na região em obras e o prejuízo causados a moradores e comerciantes com a interdição de ruas e quadras.

A comissão confirma que o metrô curitibano vai custar mais caro com a alteração do projeto, mas não revela valores. Em Porto Alegre – onde o projeto inicial de implantação do metrô é semelhante ao de Curitiba – abandonou-se a modalidade Shield justamente por causa do alto custo. A proposta apresentada pela Invepar/Odebrecht nesta modalidade apontava custo de R$ 9,5 bilhões: três vezes mais que os R$ 3 bilhões previstos inicialmente. Depois disso, a prefeitura de lá decidiu convocar as empresas para apresentar propostas na modalidade Cut and Cover.

Manifestação

O nome oficial da convocação a ser feita pela prefeitura é Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), um instrumento legal de consulta pública do mercado previsto na Lei das Parcerias Públicos Privadas (PPPs). As empresas que quiserem executar a obra poderão realizar estudos complementares e apresentar suas conclusões em até 90 dias. Neste processo, não haverá custos para o município. Ao fim, a prefeitura escolherá o projeto mais viável, adotado integral ou parcialmente, por meio de uma PPP.

Pressa
Prefeitura tem até agosto para confirmar verba federal de R$ 1 bilhão

Curitiba tem até o dia 30 de agosto deste ano para garantir o aporte de R$ 1 bilhão do governo federal para o projeto do metrô. Para isso, o município precisa confirmar à União que vai executar a obra. Não é preciso que o projeto esteja concluído. Basta um sinal verde da prefeitura para que a verba seja incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA) federal.

“É um dinheiro para a mobilidade que vamos fazer todo esforço para não perder”, garante o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Fábio Scatolin. Outros R$ 300 milhões devem ser destinados ao projeto pelo governo estadual. A contrapartida do município é menor: R$ 82 milhões. O restante virá de uma futura parceria público-privada com a empresa que se habilitar para a execução da obra. A estimativa mais otimista da prefeitura prevê que, se todo o processo de projeto for realizado dentro do previsto, as obras do metrô comecem a sair do papel em março do ano que vem.

Pires na mão

Ao comentar a provável elevação dos custos do metrô, Scatolin não descartou a hipótese de pedir uma nova ajuda federal. “Acho que o governo federal é sempre uma opção importante. Hoje a concentração de recursos federais é grande e a União é sempre parceira nesse tipo de processo”, disse.

Cronologia
O projeto do metrô levou uma década para ser concebido:

2002 – O Ippuc contrata estudos e projetos de engenharia para construção do metrô ao custo de R$ 6,9 milhões.

2007 – Prefeitura inicia os estudos de viabilidade técnica e financeira. O trabalho foi desenvolvido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que já apontava a necessidade de implantação de uma linha Norte-Sul.

2009 – O Consórcio Novo Modal vence a licitação para a execução dos estudos básicos que resultaram no atual projeto do metrô. O consórcio era constituído pela Empresa Brasileira de Engenharia e Infraestrutura, Esteio Engenharia S.A, Vega Engenharia e Consultoria Ltda e Engefoto Engenharia e Aerolevantamentos.

2010 – Consórcio entrega o projeto ao Ippuc, que previa a construção do metrô em duas etapas independentes. A primeira num trecho de 14,2 quilômetros, dos quais 2,2 quilômetros são em via elevada e o restante em via subterrânea.

2012 – O projeto do metrô curitibano é aprovado pelo governo federal, que confirmou o aporte de R$ 1 bilhão a fundo perdido e deu sinal verde para o início do processo licitatório. A publicação do edital, prevista para o exercício de 2012, acabou não acontecendo.

Por FELIPPE ANIBAL
Informações: Gazeta do Povo


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Projeto do metrô de Curitiba é tema de audiência pública

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A implantação do metrô curitibano foi tema ontem de audiência pública na Câmara de Curitiba. A proposta atual – apresentada ainda na gestão do prefeito Luciano Ducci (PSB) – está sendo totalmente revista por uma comissão técnica. Até o fim deste semestre, o grupo deve apresentar um parecer quanto à viabilidade da obra.

Ontem, o projeto recebeu uma série de críticas. O diretor do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Valter Fanini, disse que a proposta está “encalhada”, porque não há projeção de demanda futura quanto ao modal. A presidente do Instituto Reage Brasil, Clair Martins, questionou o ponto que prevê a execução e exploração da obra por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Segundo ela, 74% do dinheiro usado na construção do metrô curitibano sairia de cofres públicos e apenas 26% viria da iniciativa privada. No entanto, a empresa vencedora da licitação teria direito a explorar o sistema por um período de 25 a 30 anos.

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Ônibus em corredores exclusivos é tão bom quanto o metrô

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O professor universitário Luis Antonio Lindau conseguiu uma façanha. Ele reuniu no final de 2012, em Brasília, prefeitos, secretários de Trânsito e técnicos de 39 municípios brasileiros para discutir um tema comum a todos – motivo de dores de cabeça e discussões infindáveis: o esgotamento do trânsito nas cidades. O workshop, que procurou orientar os gestores e trazer referências nacionais e internacionais para as administrações municipais na área de mobilidade urbana, foi promovido pela Embarq Brasil, organização especializada em auxiliar governos e empresas no desenvolvimento e implantação de soluções sustentáveis para os problemas de transporte. Durante o evento, Lindau, que é diretor-presidente da Embarq no Brasil e PhD em Transportes, falou com a Gazeta do Povo sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos municípios brasileiros na área de mobilidade e as alternativas que devem ser buscadas por Curitiba para atrair mais passageiros para o transporte coletivo.

Curitiba foi pioneira na instalação do sistema BRT (sistema de transporte rápido) com a criação dos corredores exclusivos de ônibus, em 1974. Nos últimos anos, o número de passageiros estagnou e, hoje, o sistema é deficitário. Como reverter esse quadro?

Está faltando Curitiba fazer uma pesquisa de origem e destino [dos deslocamentos dos passageiros], que Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro fazem. Todas essas cidades preparam uma pesquisa dessas no mínimo a cada dez anos e aí se revela um padrão de mobilidade. Eu adoraria saber se o curitibano usa ou não o BRT, qual a taxa de motorização das famílias, por exemplo. Mas não há essas informações.

Esse tipo de informação poderia qualificar as ações do poder público voltadas à melhoria do transporte coletivo?

Curitiba é uma das poucas capitais, entre cidades do mesmo porte, que não tem essa pesquisa, estranhamente. Uma das contribuições da Embarq para Curitiba foi a elaboração de um termo de referência para a cidade fazer sua pesquisa de origem e destino. Entregamos o documento em 2005 para o Ippuc. Isto tem que ser colocado em campo.

Falando em BRT, pesquisas da própria Embarq mostram que houve uma explosão do uso desta alternativa de transporte em todo o mundo na última década. Os prefeitos brasileiros estão atentos a essa tendência?

O grande diferencial agora é que o governo federal está liberando recursos, colocando para os gestores a exata dimensão do que é um corredor de ônibus, o que é um BRT. Em muitos municípios, sempre havia aquele sonho do prefeito de fazer um VLT [veículo leve sobre trilhos] ou um metrô, sem ter a noção da dimensão do que estava falando. O importante é que esses gestores entendam que o BRT é tão bom quanto o VLT ou o metrô.

Os municípios estão preparados tecnicamente para fazer projetos nessa área? Como a histórica falta de um corpo técnico qualificado afeta esse planejamento?

É um impedimento. E isso é resultado dos 30 anos de falta de investimentos públicos nesse setor. Imagine toda a geração de pessoas formadas nesse período. O que atrairia esses profissionais a trabalhar nessas cidades, se elas não tinham acesso a nenhum recurso pra investir em transporte? Hoje, ainda é absolutamente incomum encontrar um corpo técnico qualificado mesmo nas cidades de médio porte no Brasil.

Qual o futuro do carro nas cidades? No exterior, principalmente na Europa, já se fala em um movimento de derrocada dos automóveis, que estariam sendo deixados de lado pelos jovens.

Estive em 2011 na Europa em um encontro da indústria automobilística e a discussão é essa: é o carro que vai marcar o desenvolvimento das cidades ou é o desenvolvimento das cidades que vai afetar o mercado do carro? A grande preocupação para a indústria de lá é que o jovem europeu quer morar no centro das cidades, caminhar pelas ruas, circular com os amigos, voltar a pé ou de bicicleta para casa. Esses jovens estão se livrando de um custo brutal que é o carro. Se colocar na ponta do papel, o carro te custa uma fortuna por ano. Em vez de gastar nele, você poderia educar melhor o seu filho, contratar um plano de saúde... Quem está fazendo as contas já percebeu isso.

Por Rafael Waltrick
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Metrô Curitibano pode não mais sair do papel

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


A eleição de novos prefeitos pode começar a alterar os projetos de mobilidade urbana, com vistas à Copa do Mundo de 2014. Até recentemente, o lobby das empreiteiras vinha conseguindo impor projetos de metrô em várias cidades-sede como soluções emergenciais, quando há alternativas que transportam muito mais passageiros, por uma fração do custo. Uma delas é o BRT, sistema conhecido como Bus Rapid Transit, que revolucionou o sistema de transporte de cidades como Bogotá, na Colômbia.


Em Curitiba, que já tem um sistema modelo de transportes, o prefeito eleito Gustavo Fruet (PDT) foi o primeiro a questionar a imposição do metrô. Em entrevista, ele afirmou que pretende estudar a melhor alternativa. É também muito provável, que, em Salvador, ACM Neto (DEM) pise no freio em relação ao projeto do Metrô na Avenida Paralela, substituindo o mesmo pelo sistema BRT.

Informações: Brasil 247

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Sancionada a Lei do Metrô Curitibano

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A lei do Metrô foi sancionada, nesta terça-feira (28), em Curitiba. A nova lei, número 14065/2012, havia sido aprovada na Câmara de Vereadores pela manhã e regulamenta, na esfera municipal, a Medida Provisória 575/2012, do governo federal, que altera as regras gerais para a licitação e contratação de Parcerias Público-Privadas (PPP).

A legislação, adequada ao que prevê a MP do governo federal permite que a administração pública faça o aporte de recursos ao parceiro privado vencedor da licitação por etapa de obra entregue. Além disso, sobre os recursos públicos investidos no metrô não haverá incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e do IR.

“A lei do Metrô cumpre o que determina a Medida Provisória assinada pela Presidente Dilma. Com a medida, o governo federal amplia a disputa no processo licitatório. Isso abre o leque para a participação de mais empresas e gera mais empregos”, analisa a secretária municipal da Administração, Dinorah Nogara.

Curitiba vem cumprindo todos os trâmites legais do processo licitatório para a construção do metrô, como a realização de audiências para discussão do projeto básico, do licenciamento ambiental prévio, da modelagem econômico-financeira e dos critérios de licitação, restando apenas a assinatura, com o Ministério das Cidades, do convênio que regulamenta o repasse de recursos.

Prefeitura de Curitiba

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Prefeitura admite atraso na licitação do metrô curitibano

domingo, 19 de agosto de 2012

Medida provisória (MP) editada pelo governo federal em 7 de agosto deve atrasar a abertura da licitação para o metrô curitibano, inicialmente prevista para este mês. A MP altera as regras gerais para a licitação e contratação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) no Brasil. Segundo a prefeitura, isso implica alteração de prazos para adaptação do documento de licitação do metrô às novas regras. Não há nova previsão de quando a licitação deve ser lançada.

A MP determina que o modo de pagamento do poder público ao parceiro privado vencedor da licitação seja por etapa de obra entregue. Além do dinheiro da iniciativa privada, há previsão de aportes dos governos estadual (R$ 300 milhões) e federal (R$ 1 bilhão) para o metrô de Curitiba. Além disso, sobre os recursos públicos investidos no metrô, não haverá incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e do Imposto de Renda.

Mesmo com a prefeitura admitindo a possibilidade de atrasos, a secretária municipal da Administração, Dinorah Nogara, analisa como positiva a mudança de regras. “A medida do governo federal amplia a disputa no processo licitatório. Isso abre o leque para a participação de mais empresas e gera mais empregos”, disse a secretária, em nota.

A prefeitura afirma que, de acordo com as regras anteriores, um número de empresas muito reduzido poderia entrar na licitação, já que seria necessário um comprometimento imediato de R$ 2,331 bilhões – estimativa de custo para os 14 quilômetros do metrô em Curitiba.

Atendendo à necessidade de readequação, o prefeito Luciano Ducci enviou nesta quinta-feira (16) para a Câmara de Vereadores a Lei do Metrô. Os ajustes no edital de licitação serão apreciados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para posterior votação.

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Obras do metrô curitibano vão deixar o trânsito mais lento

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Quando começar, em 2013, a construção do metrô de Curi­tiba inevitavelmente vai causar um caos no trânsito da cidade – tanto para usuários de ônibus quanto para os demais motoristas. O trem subterrâneo passará por baixo das canaletas do biarticulado nas avenidas Sete de Setembro e República Argentina. Em virtude da escavação do túnel do metrô, o tráfego nos corredores exclusivos deverá ser proibido nos trechos em obras. Com isso, os biarticulados provavelmente terão de dividir espaço com os veículos nas pistas paralelas. O trecho, que vai da estação CIC-Sul, no Pinheirinho, até a Rua XV, no Centro da capital, deve ser entregue somente em 2016.
Antônio More/ Gazeta do Povo

Diante dos bloqueios, a tendência é de que os carros de passeio migrem para as vias paralelas, congestionando ainda mais ruas já estranguladas pelo trânsito. Hoje, na Sete Setembro, por exemplo, passam em média 1,9 mil veículos por hora em dias úteis, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito. A tendência é que os motoristas busquem rotas alternativas, como a Avenida Silva Jardim. Via que já comporta um tráfego médio por hora de 2,8 mil veículos.
Para o professor Garrone Reck, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não há como fugir do problema, por se tratar de uma obra de grande impacto. “O caos não se planeja, se contingencia com soluções mitigatórias nem sempre satisfatórias.” O urbanista Carlos Hardt, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), também considera que a construção do metrô terá impactos no tráfego dos veículos. “Infelizmente não há uma saída pronta. Os ônibus têm de continuar circulando e no trecho das obras não há outro caminho que não seja o desvio do percurso para as vias lentas”, afirma.
Como os biarticulados terão de enfrentar o trânsito juntamente com os carros, a tendência é de que o tempo do deslocamento aumente para os passageiros. Segundo Reck, uma das alternativas pode ser o aumento da frota de ônibus. “As linhas de ônibus expressos ficarão mais lentas e a oferta de frota devera ser maior para manter a capacidade de transporte”, pondera.
Para ele, outro ponto que merece atenção é o fato de que as obras vão provocar a exclusão temporária de estações de embarque e desembarque. “Como consequência os passageiros serão prejudicados, pois terão que caminhar até uma próxima estação”, constata.
De acordo com o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, ainda não está confirmado se os ônibus passarão a dividir espaço com os demais veículos ao lado das canaletas. “É uma das possibilidades estudadas”, afirma. O Ippuc avalia alternativas, mas não adianta quais. Outra questão ainda não determinada é se a desativação das canaletas, em virtude das obras, será feita quadra a quadra, já que a medida depende do método de construção escolhido pela empresa que vencer a licitação.

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Operação do metrô curitibano vai custar R$ 170 milhões por ano

sexta-feira, 22 de junho de 2012


A operação dos primeiros 14,2 quilômetros do metrô de Curitiba deve custar R$ 170 milhões por ano, segundo projeções feitas pela prefeitura. O edital da licitação que definirá qual concessionária administrará o trecho, que vai da estação CIC-Sul até a Rua das Flores, no Centro da capital, está em fase de consulta pública. O documento prevê a construção do modal (em até quatro anos) e a concessão da operação por três décadas, bem como determina que a vencedora seja a que oferecer o menor valor de tarifa técnica por passageiro, cujo valor máximo é de R$ 1,81. O custo total do metrô curitibano será de R$ 2,33 bilhões.

Para aumentar a rentabilidade da concessão, o executivo municipal também aposta na agilidade da concessionária em executar a obra, já que, quanto mais cedo a construção for finalizada, maior a possibilidade de lucro da empresa, que poderá explorar por mais tempo o serviço. A secretária municipal de Administração, Dinorah Botto Portugal Nogara, explica que a concessão, baseada em um modelo de parceria público-privada (PPP) patrocinado, não poderá ser prorrogada. Após os 34 anos de concessão, o poder público pode assumir a administração do metrô ou lançar nova concorrência.

Ainda de acordo com Dinorah, a secretaria está recebendo muitas sugestões e dúvidas em relação ao edital e deve prorrogar, por mais trinta dias, o período de consulta pública ao documento. A expectativa do município é de que até o fim do ano já exista um vencedor da concorrência, para que as obras possam começar em 2013.


Custo
A tarifa técnica contempla, além do custo operacional do sistema, que é mais baixo por causa da verba de R$ 1 bilhão repassada a fundo perdido pelo governo federal, o lucro da concessionária, com uma taxa interna de retorno (TIR) de 6,5% ao ano. Segundo Wilson Justus, superinten­­dente de concessões da Secretaria Municipal de Administração Pública (Smad), a operação do sistema vai custar R$ 1,15 por­ ­­passageiro, somado a R$ 0,66 de retorno para a concessionária.

O advogado Rodrigo Pi­ronti, doutorando em Direito Econômico e professor de Direito Administrativo, lem­bra que o valor da tarifa técnica poderá ser inferior, dependendo dos lances ofertados pelas empresas. Na opinião do advogado, como o metrô será integrado ao sistema de ônibus, com o pagamento de uma única passagem pelo usuário, não há risco de não atratividade do sistema. “Além disso, a taxa interna de retorno do projeto é bastante atrativa ao mercado”, pondera.

Para o professor Garrone Reck, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é preciso ter clareza para definir como será feita a integração dos dois sistemas, considerando que enquanto a obra não estiver finalizada os ônibus vão continuar trafegando pelas canaletas exclusivas. O metrô passará embaixo das faixas que hoje são exclusivas para os biarticulados, e o local por onde passam os ônibus será destinado para o uso das pessoas. “O metrô é uma obra complexa e de impacto prolongado. Podemos saber quando vai começar, mas é difícil prever quando termina”, analisa.

Cidades optam por modelos distintos
O modelo de parceria público-privada (PPP) adotado por Curitiba é bem diferente do escolhido por outras capitais. Em São Paulo, por exemplo, a gestão de quatro linhas do metrô é pública, feita pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. Apenas uma linha, a Amarela, inaugurada em 2010, é operada em regime de concessão.

Município contemplado pelo mesmo pacote de recursos federais que beneficiou Curitiba, Belo Horizonte também optou por um caminho diferente. Na capital mineira, que já possui rede metroviária administrada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a gestão é participativa, mas a administração é pública, embora a empresa seja de economia mista. O mesmo modelo será aplicado na ampliação da rede.

Consulta pública
Edital é alvo de questionamentos


O período de consulta pública ao edital do metrô tem movimentado setores da sociedade civil interessados na construção do modal. Um exemplo do interesse pelo projeto é o documento com sugestões e questionamentos protocolado nesta semana por sindicatos e entidades representativas. A principal dúvida refere-se à composição da tarifa técnica. “Não sabemos como foi criado esse item, quais os critérios e parâmetros que serviram de base para chegar a esse valor. Se você não sabe quais são os custos, é complicado para investir”, analisa Fabiano Camargo da Silva, economista do Dieese e assessor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), uma das entidades que assinam o documento.


A oportunidade de questionar e sugerir modificações ao edital foi avaliada positivamente por Ulisses Kaniak, presidente do Senge-PR. Para ele, o metrô é um meio de transporte muito importante e Curitiba já deveria contar com essa opção de modal. “Em nome da sociedade, temos de prezar para que tudo ocorra de forma clara e com menor custo para que a população usufrua sem que paire nenhuma dúvida sobre a transparência do processo”, diz.


Indicadores de qualidade


Assim como ocorreu com a licitação do sistema de ônibus da capital, indicadores de qualidade do serviço de metrô também podem influenciar a remuneração da concessionária responsável pela operação do modal. O poder público vai fiscalizar o serviço com base em seis indicadores, já definidos no edital de licitação: cumprimento de viagens, reclamação dos usuários, falhas em veículos e sistemas de controle e fiscalização, disponibilidade de veículos e de estações e terminais de integração, e autos de infração.


Cada descumprimento dos indicadores representará um desconto de 2% do valor mensal bruto na remuneração devida por meio da tarifa técnica. O valor máximo a ser descontado é 12%. 


Continuação
Não há previsão para obras da segunda etapa do metrô


A Linha Azul do metrô deverá ter ao todo 22 quilômetros de extensão, ligando o bairro CIC ao Santa Cândida. A construção e operacionalização dos 7,8 quilômetros restantes, entre o centro e a zona Norte da cidade, ainda não tem previsão de sair do papel. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já conta com estudos sobre a implantação da segunda fase do sistema, mas não é possível estimar quando a linha será concluída, porque o município depende da arrecadação de recursos para a obra. Para a conclusão do traçado, um novo edital será lançado. 


Segundo o presidente do Ippuc, Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida, o trecho do eixo Norte-Sul é o único que preenche os requisitos para receber o transporte metroviário. “Nenhuma outra linha tem demanda suficiente para a implantação de um metrô”, diz. (FT)


Impacto
O efeito das obras no cotidiano da cidade não pode ser previsto, apesar de vários cenários elaborados pelo poder público. Embora o projeto inicial pressuponha a construção do metrô em três sistemas – elevado, cut and cover (corta e cobre) e túnel –, o edital deixa a escolha da tecnologia de construção em aberto. A empresa vencedora pode optar por melhorias no projeto, desde que não representem custos adicionais. 



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Transporte de Curitiba entre as melhores práticas na América Latina

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O transporte coletivo de Curitiba foi tema, na tarde desta quarta-feira (25), do II Congresso sobre As Melhores Práticas de Sistemas Integrados e BRT (Bus Rapid Transit) na América Latina. O Congresso, na cidade de Leon, no México, reúne 29 agências gestoras de transporte coletivo que, juntas, atendem 19 milhões de passageiros por dia. O encontro é promovido pela SIBRT, a Associação de Sistema Integrados e Bus Rapid Transit.

O sistema curitibano foi apresentado pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, que mostrou a trajetória da Rede Integrada de Transporte (RIT) até a operação do Ligeirão, ônibus expresso que faz menor número de paradas reduzindo o tempo de viagem no deslocamento entre bairro e centro.

Para implantar o Ligeirão, contou Isfer durante a apresentação, Curitiba apenas alterou em alguns metros a disposição das estações ao longo dos eixos, criando espaço para implantação de uma faixa de ultrapassagem nas canaletas. Uma medida, explicou, que reforça a tradição da cidade de buscar soluções soluções simples e eficazes. A ultrapassagem nas canaletas, afirmou, permitiu ampliar a capacidade dos eixos, implantar linhas diretas entre o centro e os bairros e agregar à frota o maior ônibus em operação no mundo – biarticulados com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros.

Isfer apresentou de forma detalhada os cálculos e itens que compõem a tarifa do transporte curitibano e o funcionamento do sistema integrado que permite ao cidadão usar quantos ônibus forem necessários, sem limite de tempo, pagando apenas uma passagem.

Boas práticas - O presidente da Urbs destacou, entre as boas práticas da cidade a integração na operação do trânsito e do transporte na cidade. Ele mostrou o funcionamento, iniciado no mês passado do Centro de Controle Operacional (CCO) que reúne no mesmo espaço agentes, técnicos, engenheiros e fiscais do transporte e do trânsito, com monitoramento em tempo real dos ônibus e das ruas.

O CCO está operando atualmente com cinco câmeras, número que subirá para 21 até junho, instaladas em ruas do anel viário – sistema que permite deslocamento entre bairros sem passar pelo centro – e com monitoramento em tempo real dos ônibus Expresso. Até o fim do ano toda a frota de ônibus será incluída no monitoramento on line e, até 2014, a cidade terá 711 câmeras instaladas em pontos estratégicos das principais ruas e avenidas.

RIT - Ao apresentar a Rede Integrada de Transporte, Isfer destacou que a cidade se prepara para implantar seu primeiro trecho de metrô que, no caso curitibano, será mais um modal do mesmo sistema integrado.

O Congresso sobre as melhores práticas no transporte coletivo da América Latina também conta com participação de cidades da Colômbia, Chile, Peru, Equador, Paraguai e do México, que sedia o encontro. Também participam representantes do Banco Mundial e especialistas em transporte coletivo dos Estados Unidos e Europa. Do Brasil também participa a empresa que gerencia o transporte coletivo de Belo Horizonte (MG), a BHTrans que também implantou o BRT. O Bus Rapid Transit é, na prática, o Expresso curitibano – ônibus que trafegam em vias segregadas, no caso de Curitiba, as canaletas, desde 1974.

Canaletas exclusivas - Curitiba tem atualmente 81 quilômetros de canaletas por onde trafegam os ônisbus do sistema Expresso – na cor vermelha, o Expresso convencional que pára em todas as estações tubo do eixo e, na cor azul, o Expresso Ligeirão que faz a ligação mais rápida entre os bairros e o centro.

Implantado em 2010, com ônibus articulados (170 passageiros) o Ligeirão ganhou a cor azul e biarticulados modernos (250 passageiros) em março do ano passado. Nestes dois anos, Curitiba já ganhou duas linhas de Ligeirão, fazendo a ligação com o centro dos bairros Boqueirão e Pinheirinho. No mês passado foram iniciadas as obras para implantação de mais um Ligeirão, desta vez fazendo a ligação do bairro Santa Cândida com a Praça do Japão.

A Rede Integrada de Curitiba atende, além da capital, 13 municípios da Região Metropolitana, com uma tarifa única. São 1915 ônibus na frota operante que percorrem por dia 490 mil quilômetros em 21 mil viagens. Por dia, são 2,3 milhões de passageiros transportados.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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