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BRT de Salvador: uma face da instrumentalização do planejamento

domingo, 7 de abril de 2024

Na sexta-feira, 29 de março de 2024, dia em que a cidade de Salvador completou 475 anos, foi inaugurada a última etapa do BRT, junto aos “novos” canteiros centrais dos terminais Cidadela e Hiper. Para as pessoas que acompanham o meu trabalho já não é novidade que sou um crítico aberto ao projeto e ao modo com o qual foram executadas as obras. Minhas críticas estão ancoradas em três questões as quais considero principais: 1. contraditório alto custo de implantação; 2. alto impacto ambiental injustificável; 3. impacto questionável na mobilidade urbana e no deslocamento dos usuários. Nos próximos parágrafos irei destrinchar cada uma dessas críticas, a partir de um breve levantamento de dados, com o objetivo de indicar o porquê acredito que o BRT de Salvador é um exemplo de como o planejamento urbano pode ser instrumentalizado para aprofundar desigualdades.

Para começarmos é importante sistematizar o que é o BRT. Segundo o manual elaborado pelo Ministério das Cidades em 2008, o Bus Rapid Transit (BRT): “(...) é um sistema de transporte de ônibus que proporciona mobilidade urbana rápida, confortável e com custo eficiente através da provisão de infra-estrutura segregada com prioridade de passagem, operação rápida e frequente e excelência em marketing e serviço ao usuário”. Em linhas gerais, o BRT é uma espécie de imitação dos modais de transporte por trilhos, com a diferença sendo a existência das faixas exclusivas para a circulação dos ônibus, de modo a garantir o deslocamento sem trânsito, e o controle dos tempos de partida e chegada das viagens. Em 1973, o primeiro modelo desse sistema foi implantado na cidade de Ottawa, no Canadá. Um ano depois, em 1974, o Brasil recebe o seu primeiro BRT na cidade de Curitiba, sob a gestão do Arquiteto e Urbanista Jaime Lerner na Prefeitura Municipal, e que se tornaria um dos melhores exemplos de implantação deste modal.

O BRT deveria ser um modal de baixo custo. Segundo o manual do Ministério das cidades: “um sistema BRT custa, tipicamente, de 4 a 20 vezes menos que um sistema de bondes ou de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou entre 10 a 100 vezes menos que um sistema de metrô”. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima que o valor por quilômetro de implantação é entre R$ 10 a 30 milhões de reais. A previsão de custo total do BRT segundo a Prefeitura é de R$ 412 milhões, com valor médio de custo por quilômetro entre R$ 68 e R$ 110 milhões de reais, trata-se do BRT mais caro implementado em nosso país.

Muito desse custo é reflexo de um projeto que trata o desenho urbano e viário como uma colcha de retalhos: elevados na localidade próxima ao Shopping Iguatemi e em parte da Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM), canteiro central nos trechos do Itaigara e da Avenida Vasco da Gama, faixa exclusiva no Caminho das Árvores até a Praça Nossa Senhora da Luz, e por aí vai. Não me levem a mal, sei que adaptações são necessárias em qualquer projeto, ainda mais de infraestrutura urbana na cidade de Salvador, onde a topografia acidentada impõe desafios, contudo, o que me parece é que as Secretaria de Mobilidade, Infraestrutura e Fundação Mário Leal Ferreira tinha uma base do que precisava ser feito contudo, cada uma, seguindo uma direção. O resultado é um BRT que se comporta como BRS em diversos trechos, inclusive, antes fosse feito um BRS, pelo menos as árvores centenárias da Avenidas ACM e Vasco da Gama poderiam ser poupadas, contudo, o que observamos foi mais perverso, pois, mesmo com toda uma comoção, com uma ação civil pública, bem como outros expedientes protocolados na Câmara Municipal e junto ao Ministério Público, as obras seguiram, e já estamos sentindo os seus impactos no aumento do microclima urbano.

Diante do alto custo de implantação e do impacto ambiental gerado, existe uma real demanda de usuários que justifique a implantação do BRT ? A princípio não, visto que os trechos em que onde hoje passam o modal eram atendidos pela linhas de ônibus advindas dos diversos bairros da cidade e dos terminais como Lapa e Estação Pirajá. No entanto, a partir da alteração do destino final das linhas que circulavam até o bairro da Pituba para ir somente até a localidade do terminal Hiper do BRT, uma necessidade foi fabricada. A justificativa apresentada pela Secretaria, é que a alteração reduziria o tempo médio das viagens, resultando num menor tempo de espera para os usuários.

Em um primeiro olhar, o raciocínio pode até parecer coerente, contudo, no planejamento dos transportes as variáveis não são tão simples, de modo que não basta apenas suprimir parte do trajeto se o tempo de engarrafamento nos outros trechos ainda persistir, e se a parte suprimida for pequena se comparada a todo o roteiro que o ônibus já faz. Boa parte das linhas afetadas pelas mudanças são de bairros do Subúrbio Ferroviário, Cidade Baixa e Miolo. A diferença entre ir até o terminal Hiper ou até a Pituba impede que essas linhas não fiquem em engarrafamentos em trechos que elas precisarão passar, como a Avenida Silveira Martins ou Avenida Suburbana ? Não. A diferença entre a distância percorrida entre o final de linha de Paripe até o terminal do BRT seria muito menor do que se o roteiro fosse até o final de linha da Pituba ? Não. Sendo assim, qual a justificativa se não a necessidade de fabricar uma demanda operacional ?

Por fim, uma outra questão precisa ser posta: por que somente as linhas advindas dos bairros populares são alteradas ? Há um tempo atrás, lembro que a remoção de uma série de linhas que atendiam os bairros Barra e Ondina gerou uma grande comoção. Bairros como Liberdade, Pau Miúdo, Santa Mônica, ficaram obrigados a ir até a estação da Lapa e de lá acessar a Barra a partir da integração com alguma linha LB (Lapa x Barra). Na época, a discussão sobre racismo ambiental não estava na pauta do dia como está hoje, contudo, a medida foi encarada por acadêmicos e por setores da sociedade civil organizada como uma estratégia para garantir a assepsia (limpeza) social de um bairro “nobre”. Ao privilegiar a alteração das linhas de bairros populares, habitados em sua maioria por pessoas negras, obrigando a utilização de um único modal para acessar um bairro nobre, dificultando o seu acesso, a Prefeitura Municipal de Salvador utiliza do planejamento da mobilidade urbana para reforçar a localização de pessoas pretas e brancas na cidade, em linhas gerais, trata-se de racismo ambiental.

Mas, e então, podemos afirmar que o BRT é um exemplo de como o planejamento urbano pode ser instrumentalizado para aprofundar as desigualdades sociais ? Vejamos. O ato de instrumentalizar diz da criação das condições necessárias para que um objetivo se cumpra utilizando algo ou alguém. Como indiquei em um outro texto meu, o planejamento urbano envolve pessoas que planejam e projetam para pessoas. A nível Municipal, o instrumento máximo que dá as diretrizes do planejamento de nossa cidade é o plano diretor, contudo, outros planos setoriais municipais podem e devem ser elaborados, como o plano de mobilidade, habitação, etc. Num cenário ideal, esses planos deveriam ser elaborados e aprovados a partir da realização de consultas e audiências públicas, contudo, numa sociedade desigual, marcada pelos interesses políticos e econômicos ocultos da sociedade civil, tanto o plano diretor, como os planos setoriais podem ser alterados para atender aos objetivos de empresas, políticos, elites, sendo esse o caso tanto do nosso plano diretor, quanto do nosso plano de mobilidade urbana, que desde 2018 prevê a execução do BRT tal como está. Não existiu discussão pública conduzida pela municipalidade, não existiu espaço para acolher questionamentos, nada, a proposta foi incorporada ao plano e assim seguiu sendo executada mesmo diante de uma comoção pública contrária. Sendo assim, podemos afirmar que o BRT de Salvador é um dos exemplos de como o planejamento urbano pode ser instrumentalizado, resta-nos agora cobrar as devidas mitigações.

*Joel Meireles Duarte é advogado, mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, mestre em Direito, ambos, pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL), com os temas em Direito à Cidade, membro do Instituto dos Advogados da Bahia (IAB), membro da Associação Brasileira de Jurista pela Democracia (ABJD).

Informações: A Tarde

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Governo destrava BRT Metropolitano e obra deve ser entregue em 2024

domingo, 29 de outubro de 2023

No ano que vem, o Pará assistirá ao capítulo final de uma novela de 33 anos: a construção do BRT Metropolitano. Por incrível que pareça, o convênio para os estudos que resultariam nesse BRT foi assinado no começo da década de 1990. Mas só a partir de 2019 é que ele começou a sair do papel. A estimativa é que entre em operação, em fase experimental, no começo do ano que vem, e que mude a cara e o cotidiano da BR 316, a única via de entrada e saída da capital.

Se tudo der certo, os quilométricos e diários engarrafamentos da BR serão coisa do passado, assim como os ônibus sempre lotados, além do longo tempo das viagens entre os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB). A humanização do transporte trará mais qualidade de vida aos 2,5 milhões de habitantes da região, ou quase um terço da população paraense. É o maior e mais importante projeto de transporte público da RMB, dos últimos 100 anos. Ou, provavelmente, de todos os tempos.

A bem da verdade, o BRT Metropolitano já deveria estar pronto desde o ano passado. No entanto, a pandemia de covid-19 impediu que fosse finalizado em tempo recorde, como queria o governador. Mesmo assim, já são visíveis as transformações da BR, que também está sendo reestruturada, para deixar de ser uma rodovia urbana e se transformar em uma avenida. Enormes tubulações de aço vão substituindo as antigas, para melhorar a vazão da água das chuvas e acabar com os vários pontos de alagamento daquela via.

Grandes passarelas de metal e concreto vão substituindo as antigas, para que também os cidadãos mais vulneráveis (idosos, grávidas, deficientes físicos) possam utilizá-las, assim como os ciclistas. É muito mais segurança para as milhares de pessoas que precisam cruzar a BR. Uma providência simples, mas que tende a salvar centenas de vidas. Até porque aliada a campanhas educativas do governo, para estimular o uso das passarelas.

Ao todo, o BRT Metropolitano terá 10,7 km de extensão, entre a saída de Belém e o município de Marituba. Mas a utilização de faixas exclusivas para ônibus normais, que também farão parte do sistema, permitirá levar passageiros até Ver-o-Peso, no centro da capital. O BRT e a nova BR são executados pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

Os recursos financeiros são do Governo do Estado e da JICA, a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Além de drenagem, a nova BR ganhará calçadas, ciclovias, nova iluminação, arborização. Já as obras do BRT incluem pistas de concreto com canaletas, para a circulação exclusiva de seus ônibus; 13 estações de passageiros, 13 passarelas, um viaduto de quatro pétalas, no km 7 da BR, já entregue; dois terminais de integração, nos municípios de Ananindeua e Marituba, já em fase de acabamento; túneis para o acesso de seus ônibus a esses terminais; e um Centro de Controle Operacional (CCO), na rodovia Augusto Montenegro.

‘CORAÇÃO DO BRT’

Também quase concluído, o CCO será o coração do BRT. Lá, com o auxílio de computadores, telões e outros equipamentos, os técnicos saberão, em tempo real, tudo o que se passar nesses ônibus e em cada pedacinho dessa teia de transportes. É que o BRT não se resumirá ao chamado “tronco central”, da pista de concreto e canaletas, bem visível ao longo da BR.

O Centro de Controle Operacional (CCO), em Belém, vai centralizar toda a operação do sistema integrado de transporte do BRT Metropolitano
Ele também abrangerá as chamadas linhas de ônibus “alimentadoras”, que trarão passageiros dos bairros de Ananindeua e Marituba. No CCO, será possível saber, imediatamente, se um ônibus quebrou, se houve algum acidente que está atravancando o tráfego. Assim, os técnicos poderão agir rápido, para manter o fluxo normal desses ônibus. Todos as estações de passageiros, terminais de integração e corredores do BRT contarão com câmeras de segurança, conectadas ao CCO e ao SIOP (Sistema Integrado de Operações Policiais).

Segundo documentos apresentados pelo NGTM, em uma audiência pública de março deste ano, o BRT poderá transportar 187 mil passageiros por dia, nos dias úteis. Isso significa 935 mil passageiros por semana, apenas de segunda à sexta, ou 3,740 milhões por mês, 44,880 milhões por ano. A expectativa é que ele reduza a menos da metade o tempo das viagens entre os municípios metropolitanos: se hoje alguém gasta até 5 horas para ir e voltar de Benevides ao Ver-o-Peso, por exemplo, isso cairá para apenas 2 horas. E tudo em ônibus confortáveis e seguros, com ar condicionado, wifi, GPS, câmeras de segurança. Além disso, também não haverá burocracia: todo o trajeto poderá ser feito com uma única passagem, que poderá ser comprada nos ônibus “alimentadores”, nos terminais de integração e nas estações de passageiros ao longo do trajeto.

Mas quem preferir, poderá validar cartões de passagens nessas estações ou até pela internet. As estações, assim como os ônibus e terminais de integração, serão seguras, confortáveis e acessíveis a idosos e portadores de deficiências. Além disso, animaizinhos de estimação, com até 10 quilos, também poderão viajar nesses ônibus.

Obras avançadas e 256 ônibus a caminho

No último mês de junho, as obras do BRT Metropolitano foram aceleradas, para aproveitar o verão, e hoje contam com mais de 30 frentes de trabalho. Já foram entregues à população quatro novas passarelas, das 13 previstas. Com 52 metros de extensão e apenas 600 ou 700 metros de distância entre elas, todas possuem, além de escadas, rampas para deficientes e ciclistas e, também, de acesso às estações do BRT. Segundo o NGTM, a previsão é que todas estejam prontas até o final do próximo mês de janeiro.

Outra obra importante é o viaduto de quatro pétalas do km 7 da BR. Junto com a nova avenida Ananin, ele ajudou a interligar a BR aos bairros da Cidade Nova e Guajará, agilizando o trânsito. O viaduto também facilitará o acesso dos ônibus “alimentadores” ao terminal de integração de Ananindeua.

Ele será um espaço amplo e confortável, com ar condicionado, elevadores, banheiros, bilheteria, lanchonete, Estação Cidadania, estacionamentos e bicicletários cobertos, para que os viajantes possam deixar seus veículos em segurança, enquanto viajam de BRT.

Só em Ananindeua, diz o NGTM, serão 10 linhas “alimentadoras”, que circularão pelos bairros. Já em Marituba, serão 12 dessas linhas, o que permitirá atender também a população do município de Benevides. Haverá linhas Expressas, que irão dos terminais de integração de Marituba e de Ananindeua até o terminal de São Brás, parando apenas ali e no Entroncamento. Outra linha, a “Parador”, que também sairá desses terminais, irá parando nas estações de passageiros da BR e da Almirante Barroso.

Já do terminal de São Brás sairão duas linhas, que irão até o centro de Belém. Uma seguirá pela Governador José Malcher até o Ver-o-Peso, retornando pela avenida Gentil Bittencourt. A outra seguirá pela avenida Conselheiro Furtado até a Praça da Bandeira, voltando pela rua dos Mundurucus. Em todos os casos, tudo será feito com a compra de apenas uma passagem. Ou seja: um morador de Marituba poderá adquirir o bilhete no ônibus “alimentador” de seu bairro, ou no terminal de integração, e ir até São Brás e daí até o centro de Belém, sem pagar mais nada.

Segundo o NGTM, todas as obras estão bastante avançadas e o projeto já entrou na fase de “operação do sistema”. Nela, o governo vai adquirir 256 ônibus para o sistema do BRT e a licitação já se encontra em andamento.

CRONOLOGIA

O BRT (Bus Rapid Transit, ou ônibus rápido) é um sistema de transporte de massa criado em 1974 pelo arquiteto e então prefeito de Curitiba (PR), Jaime Lerner. De lá, espalhou-se por várias grandes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Distrito Federal, por exemplo. Também se espalhou por vários países, como Estados Unidos, França, Itália, China. E hoje já pode ser encontrado em mais de 200 cidades do mundo. Entre elas, Los Angeles, Nova York, Londres e Paris.

No Pará, são dois sistemas de BRTs, um administrado pela Prefeitura de Belém, outro, o Metropolitano, pelo Governo do Estado. Mas ambos já formaram, no papel, um todo integrado e, no futuro, devem voltar a se integrar. É que todos fazem parte do projeto Ação Metrópole, que foi negociado pelo Governo do Estado, junto à Jica, ainda em 1991, para reorganizar o trânsito da RMB.

Mas o Ação Metrópole, que era dividido em três fases, enfrentou um atropelo por 20 anos. Resultado: a sua primeira fase só começou a ser executada entre 2006 e 2010, durante a administração da ex-governadora Ana Júlia Carepa, do PT. Em 2011, com Simão Jatene (PSDB), o Ação Metrópole voltou a emperrar. E o BRT Metropolitano, cuja construção poderia ter iniciado em 2012 ou 2013, só começou de fato em 2019, com a posse do governador Helder Barbalho (MDB).

Além do BRT Metropolitano, o Ação Metrópole inclui os elevados “Gunnar Vingren” e “Daniel Berg”; o prolongamento das avenidas Independência e João Paulo II, a recuperação da Rodovia Arthur Bernardes. O BRT Metropolitano, ou Sistema Integrado de Transporte da RMB (SIT), ainda será ampliado, em uma próxima etapa, a partir de Marituba.

Informações: Diário do Pará

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Sistema de BRT começa segunda-feira em Aracaju

sábado, 19 de março de 2016

A partir de segunda-feira, 21, os usuários do transporte coletivo começam a viver uma nova realidade. A Prefeitura Municipal de Aracaju entregou os primeiros ônibus do sistema de BRT (Bus Rapid Transport), que marcam o início da transformação no cenário urbano de Aracaju.

Através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), o novo sistema irá agilizar em cerca de 20% o tempo dos trajetos. São dez ônibus que começam a circular na cidade realizando o trajeto Marcos Freire - Mercado/ Mercado - Atalaia. A novidade vai gerar mais agilidade, segurança e economia para o transporte público, promovendo um trânsito com mais fluidez em toda a cidade. O valor da tarifa permanece o mesmo que as linhas convencionais, e o embarque continua sendo feito nos terminais de integração normalmente.

Os novos veículos, todos com câmbio automático e motor traseiro, são zero quilômetro, com capacidade para 120 pessoas, e contam com Wi-fi, GPS, câmera, espaço interno amplo para facilitar a locomoção e acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

O projeto é do arquiteto Jaime Lerner, responsável pela implantação do BRT em Curitiba. "É importante dissociar uma ideia errada que as pessoas têm. BRT não é um ônibus, é o sistema, com a infraestrutura dos corredores, a tecnologia que vai gerenciar esses corredores e os ônibus em si. Isso envolve ônibus 'padron', articulados, diversos tipos de veículos", esclarece o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte (Setransp), Alberto Almeida. 

Estrutura
Inicialmente, o sistema nas vias aracajuanas começa a funcionar apenas com a utilização da faixa exclusiva, onde deverão circular todos os ônibus, mas o projeto também contempla corredores com plataforma. "Há cidades que utilizam apenas vias com canaletas, outras utilizam via com presença de plataformas. Isso varia de acordo com a realidade física de cada local, mas a funcionalidade e eficácia do sistema é a mesma", afirma Alberto Almeida.

A fiscalização será feita pela SMTT, que dará início a um período de ações educativas para orientar os condutores. As pistas estão identificadas com a cor azul. "A SMTT irá monitorar tudo isso, e após o prazo de adaptação quem desrespeitar as faixas será autuado", explica diretor de Planejamento e Sistemas da SMTT, Francisco Navarro.

Informações: Jornal do Dia 
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Corredores reduzem tempo de deslocamento e esperas de ônibus

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A cada dia ocorrem em São Paulo cerca de 10 milhões de embarques em 15 mil ônibus de 1,3 mil linhas para percursos em ruas disputadas com 5,4 milhões de veículos particulares. Mais de dois terços da população da cidade, ou 68%, utilizam o meio de transporte e não há alternativa satisfatória em curto ou médio prazo. O subdimensionamento da rede de metrô, sistema capaz de atender apenas a uma pequena parte das necessidades de deslocamento, faz daqueles veículos coletivos o meio principal para os percursos na metrópole – muitas vezes com uma longa história de má reputação devido à lentidão e a uma consequência inevitável: a superlotação.
Foto: Fábio Arantes

Esse quadro começou a mudar em 2013, quando a prefeitura de São Paulo criou 150 faixas exclusivas para ônibus nos principais corredores de tráfego, o dobro da extensão existente até então. As faixas foram implantadas nas vias com frequência superior a 40 ônibus por sentido nos horários de pico.

Três anos depois, a meta foi superada em 259%, e o total de corredores atingiu 481,2 quilômetros em julho do ano passado, segundo o monitoramento do programa de 2013-2016 feito pelo Planeja Sampa, site da prefeitura.

Diversas pesquisas comprovaram a melhora e chegaram aos seus próprios números. Segundo uma aferição do Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo, houve “substantiva melhora” nos tempos médios de percurso das linhas do sistema de transporte. No horário de pico da manhã, na direção bairro-centro, a duração dos trajetos dos ônibus diminuiu de 66 minutos em 2012 para 61 em 2014. No pico da tarde, na direção centro-bairro, caiu de 69 minutos para 64.

Uma consequência previsível da redução do tempo de percurso foi a diminuição do número de passageiros por veículo por quilômetro percorrido nos dias úteis, de 830 em 2012 para 729 em 2014.

O encurtamento da duração das viagens e o desafogo da lotação dos ônibus beneficiou bairros como o do Capão Redondo, distrito da região sudoeste localizado a 18 quilômetros do centro e vinculado à subprefeitura do Campo Limpo, com 268,7 mil moradores distribuídos em bairros e favelas. Com a implantação de uma faixa exclusiva para os ônibus na avenida Ellis Maas e melhorias para facilitar o tráfego em vias conexas, a velocidade das 23 linhas de veículos coletivos daquele eixo de transporte dobrou.

Na prática, os usuários dos 173 veículos coletivos que transitam por hora na Ellis Maas no pico da manhã passaram a poupar 40 minutos por dia. O resultado é um dos melhores dentre os sete principais gargalos do trânsito da cidade desafogados com a implantação dos corredores.

Os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município de 2014, divulgado pela Rede Nossa São Paulo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, mostram uma diminuição no tempo de espera nos pontos de ônibus, menor duração dos deslocamentos e maior pontualidade no transporte coletivo. A pesquisa aponta uma redução de cinco minutos no tempo médio de espera nos pontos de ônibus, item avaliado com nota 4,4 em 2014 (contra 3,9 de 2013). A pontualidade dos ônibus recebeu nota 4,3 (no anterior era 4,0) e o tempo de deslocamento na cidade, 4,1 (contra 3,7 de 2013). A nota do item Transporte, Trânsito e Mobilidade subiu de 3,9, para 4,1.

Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope, a aprovação das faixas exclusivas para ônibus “continua alta”, com 90% dos entrevistados favoráveis à “ampliação das faixas”. Um total de 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro “caso houvesse uma boa alternativa de transporte”, o equivalente a 2,3 milhões de pessoas, ou 26% dos paulistanos.

“Em 2014, o aspecto mais favorável à atração de usuários refratários ao uso de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução (para 28% dos que nunca utilizam o meio de transporte), seguida de mais linhas de ônibus que cubram percursos não atendidos atualmente (para 26% dos que nunca utilizam ônibus)”, aponta um trecho do relatório da pesquisa Rede Nossa São Paulo/Ibope.

Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego feito só nos 59,3 km de faixas exclusivas de ônibus implantadas em 2014 mostrou uma elevação da velocidade média dos ônibus de 12,4 quilômetros por hora para 20,8 quilômetros por hora. O melhor resultado, segundo a CET, ocorreu na faixa da ponte do Jaguaré, na região Oeste, com aumento de 317,3% na velocidade, indo de 10,8 quilômetros por hora para 44,9 quilômetros por hora. As faixas exclusivas melhoraram o desempenho dos ônibus em 140%, de 12,1 quilômetros por hora para 29,3 quilômetros por hora na avenida Lins de Vasconcelos, na região sul. Nas faixas exclusivas implantadas na avenida Cidade Jardim e nas ruas Voluntários da Pátria e Faustolo, as velocidades médias dos ônibus aumentaram em 15%, 269% e 50,7%, respectivamente.

Bus Rapid Transit

As faixas ou corredores exclusivos para ônibus, implantados também em Porto Alegre e Belo Horizonte, são considerados BRTs simplificados ou parciais. O Bus Rapid Transit, ou sistema de tráfego rápido de ônibus, foi criado em 1974 pelo arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Além de contarem com corredores exclusivos, os ônibus têm prioridade nos cruzamentos, e as estações de embarque possuem plataformas de acesso no mesmo nível do piso dos coletivos, detalhes que possibilitam uma redução substancial dos tempos de embarque e desembarque e encurtam a duração dos percursos. Goiânia, Uberlândia, Palmas e Caxias desenvolveram projetos de BRT.

As faixas exclusivas para ônibus são consideradas alternativas avançadas pelos urbanistas e arquitetos mais prestigiados de grandes metrópoles mundiais, como Nova York, Jacarta e Bogotá, e constituem uma parte importante do resgate das cidades na perspectiva de beneficiar a maioria da população. “Encher a cidade de carros, gastar mais gasolina e gerar mais doenças aumentam o PIB, e o que queremos é viver melhor. Isso significa ter políticas mais inteligentes, e para tanto precisamos medir o que queremos, e não aceitar aquilo nos empurram”, analisa o professor da PUC-SP Ladislau Dowbor.  

Por Carlos Drumond
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Cidade de Teresina terá Transporte Rápido por Ônibus

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Depois de colocar ônibus com ar-condicionado e Wi-Fi entre Teresina/Timon, o empresário Ramon Alves, anunciou nesta sexta-feira, durante entrevista ao programa Conversa Franca da TV Antena 10 que estará inaugurando dia 29 deste mês o sistema de transporte coletivo BRT – “Bus Rapid Transit” que, na versão do inglês significa Transporte Rápido por Ônibus. O BRT é um sistema que proporciona ao passageiro, mobilidade urbana rápida, confortável, eficiente e segura, por meio de infraestrutura segregada com prioridade de ultrapassagem em operação rápida e frequente. O 1º BRT a transitar pro Teresina vindo de Timon, usará a ponte engenheiro Antônio Noronha sobre o rio Parnaíba que liga as duas cidades n o bairro Taboleta.
Sistema Transoeste que opera no Rio de Janeiro

MOBILIDADE E CONFORTO
Ramon que detém a marca Volvo para Timon e região, disse que vai investir mais e colocar nas ruas, ao menos 150 novos ônibus, todos com ar e hi-fi. O empresário criticou seus colegas de Teresina que, segundo ele, ao invés de adquirirem veículos novos, ficam comprando sucatas em Belo Horizonte e reformando para transportar o povo sem nenhum conforto.

BRT NO BRASIL
O BRT foi implantado pela primeira vez no Brasil em 1974, na cidade de Curitiba, durante o mandato do então prefeito Jaime Lerner que também é arquiteto. De lá para cá, diversas cidades aderiram ao sistema como, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de janeiro.

Por Pedro Alcântara
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Transporte público precisa de R$ 235 bi, estima BNDES

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Criada em 2012, a Lei de Mobilidade Urbana é considerada um avanço para especialistas no tema, mas com limitações. O objetivo do projeto é estimular o transporte público e, também, o não motorizado (bicicletas).

"A lei não resolve, em si, o problema. Ela coloca mais recursos, acelera investimentos, mas o que vai resolver mesmo é a solução de mobilidade que cada cidade vai adotar", diz o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Larner foi prefeito de Curitiba por três vezes e implementou o sistema de transporte público do município, que foi exportado para mais de 300 cidades no mundo.

No entanto, a crise pode ter causado reflexo na liberação de recursos. A estimativa do BNDES é que seriam precisos R$ 234,78 bilhões de investimento em transporte público para resolver os problemas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país.

Entretanto, mesmo com os recursos escassos, o chefe do departamento de mobilidade urbana do BNDES, Rodolfo Torres, considera que este é o momento de planejar. "São Paulo e Rio estão mais avançados. No caso do Rio, também por causa da Olimpíada. Mas outros casos começam a sair do papel, como o metrô de Salvador", disse à Folha.

Informações: Noticias ao Minuto

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No Recife, Projetos para a avenida Agamenon Magalhães não saíram do papel

terça-feira, 28 de julho de 2015

Dos espaços idealizados em maquetes, a Avenida Agamenon Magalhães é um dos que mais receberam projetos que não saíram do papel nesta última década. Em 2009, o urbanista Jaime Lerner trouxe para a cidade um desenho futurista de uma Agamenon com um elevado sobre o canal em toda sua trajetória com um espaço segregado para o transporte público.

O projeto, contratado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), tinha como propósito a implantação do corredor Norte/Sul nos moldes do BRT. Pelo projeto de Lerner, as estações ficariam sobre o canal e sob o elevado e o ônibus não teria nenhum contato com o tráfego misto.

Dois anos depois, o governo do estado apresentou um outro projeto para o corredor Norte/Sul no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. O elevado de Jaime Lerner ao longo do canal ficaria de fora e, no lugar dele, quatro viadutos cortando os principais cruzamentos da perimetral.

A proposta do governo era garantir velocidade para o transporte público com uma faixa exclusiva para o BRT ao lado do canal e não mais em cima. Os viadutos acabaram provocando uma forte reação da sociedade e o estado recuou e não levou o projeto adiante.

Para o corredor Norte/Sul foi desenhado um terceiro projeto. Os viadutos saíram, mas a faixa exclusiva ao lado do canal e as estações sobre o canal foram mantidas. O projeto passou a ser chamado de ramal da Agamenon. Ou seja, o corredor Norte/Sul passa pela Avenida Cruz Cabugá, que está em obras, e outro ramal passará pela Agamenon. O projeto era para ficar pronto até a Copa, ainda não saiu do papel. E não há previsão de quando o ramal será construído ou se a Agamenon receberá um quarto projeto ainda nesta década.

Segundo o secretário adjunto da Secretaria das Cidades, Gustavo Gurgel há pendências com o consórcio responsável pela obra, orçada em R$ 96 milhões. "Estão sendo revistas questões contratuais com consórcio Heleno Fonseca/Consben referente a remanescentes do início da obra e adequação ao modelo determinado pelo Tribunal de Contas da União. A empresa alega que a adequação determinada pelo TCU é anterior à assinatura do projeto", revelou Gurgel. A Secretaria das Cidades decidiu não dar prazo de início das obras na Agamenon. "Não temos como precisar, pois se não houver acordo com a empresa teremos que refazer a licitação".

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Fórum Volvo de Mobilidade: Criador do BRT, Jaime Lerner crítica formas erradas de construção do modal

sábado, 30 de maio de 2015

Congresso Smart City Business America - o futuro das cidades transformando o mundo. O evento foi realizado em Curitiba, no Paraná, entre os dias 19 e 21 de maio de 2015. 

O Canal Mova-se esteve no evento em Curitiba e conversou com o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, idealizador do sistema BRT, presente em mais de 160 cidades do mundo. 

Ele foi um dos palestrantes do Fórum Volvo de Mobilidade. O tema de sua conferência foi o Futuro da Mobilidade. Referência mundial em planejamento urbano, o arquiteto que já foi duas vezes prefeito de Curitiba e duas vezes governador do Paraná mostrou como pode ser simples transformar uma cidade.

Veja algumas frases de Jaime Lerner durante sua conferência:

"A evolução do sistema de transporte é a rede, não apenas os corredores de ônibus", 

"A maneira de usar o carro vai mudar. O carro vai ser o cigarro de amanhã".

"É mais fácil transformar o mundo através das cidades. A cidade é o último refúgio da solidariedade. A cidade é o nosso retrato".
Jaime Lerner e o BRT
Para o arquiteto, BRT não é só implantar corredores. É mais do que isso. Deve ser criada uma rede de transporte de qualidade e bem operada. No futuro, haverá sistemas mais sustentáveis. Um BRT vai contar contando com veículos sobre rodas, mas híbridos, elétricos híbridos ou com super condutores. 

Informações: Canal Mova-se
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Licitação para BRT entre Lapa e Iguatemi sai em junho

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A licitação para a construção do BRT (Bus Rapid Transit) de Salvador será lançada ainda neste semestre, de acordo com o secretário Fábio Mota. “Estamos aguardando o Ministério das Cidades fazer o empenho da contrapartida dele para que a gente possa licitar. O processo está todo pronto, com todas as licenças ambientais permitidas”, explicou.

O custo total da obra é estimado em R$ 1 bilhão. Ao final de 24 meses (a partir do início das obras), a ligação entre a Estação da Lapa  e o Iguatemi (Lapa-LIP), com tempo de viagem total estimado em 15 minutos, irá beneficiar cerca de 35 mil pessoas, por dia.

A expectativa é que a obra seja entregue em 2017. Para o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, um dos criadores do BRT, é preciso investir na boa operação do sistema. “Se não for assim, a população não vai mudar. Não é só implantar corredores onde o ônibus tem prioridade. É criar uma rede de transporte público de qualidade bem detalhada e bem operada, senão a população vai dizer que é só ônibus. E não é”, alertou Lerner, ex-prefeito de Curitiba que implantou a estrutura na cidade há 40 anos, durante o Fórum Mobilidade Volvo,  na semana passada, na capital paranaense.

“Às vezes, uma topografia é difícil (como a de Salvador), mas torna muito mais fácil a integração de linhas. Então, não há nada que não possa ser melhorado”, pontuou. O presidente da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, diz que, mesmo com o BRT, a cidade deve investir em uma rede de transporte integrada.

“Se você tem uma rede de ônibus convencional, alimentando um corredor de BRT, chega num ponto de saturação. Então, precisa ter uma rede de metrô, que é um modo de transporte de maior capacidade. Assim, você tem a rede”, concluiu. 

Informações: Correio 24 Horas


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Sistema implantado nos corredores do Grande Recife não é considerado BRT

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O criador do sistema BRT, o urbanista Jaime Lerner, primeiro a implantar um modelo de transporte com corredores exclusivos e segregados para ônibus, estações em nível e pagamento antecipado, na década de 1970 em Curitiba, afirma que o sistema implantado no estado não condiz com as premissas de seu modelo.
Foto: Aline Soares Especial DP/D.A.Press

Exportado para o mundo inteiro na sigla de Transporte Rápido por Ônibus (Bus Rapid Transit), foi também escolhido para dois corredores de transporte da RMR: Norte/Sul e Leste/Oeste. Previstos para serem entregues até a Copa, os dois corredores chegaram ao primeiro semestre de 2015 sem operar da forma prevista.    

Sem faixa segregada ao longo do seu percurso, os ônibus do BRT ficam presos nos congestionamentos e até mesmo nos trechos onde a faixa é exclusiva ocorrem invasões por falta de segregação do espaço. Pelo menos duas estações de BRT (Tacaruna e Prefeitura) tiveram parte do teto danificado por caminhões na faixa destinada ao ônibus. “Não acompanhei as obras, mas isso não é BRT”, ressaltou Jaime Lerner em entrevista durante um seminário de mobilidade promovido, na última quarta-feira, pela Volvo, em Curitiba.

Informações: Diário de Pernambuco
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Congresso Internacional Cidades & Transportes com inscrições abertas

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Começam hoje as inscrições para o Congresso Internacional Cidades & Transportes realizado pela EMBARQ Brasil com o apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Ministério das Cidades. Especialistas de reputação internacional, cidades com projetos inovadores, organizações da sociedade civil estarão juntos em dois dias de painéis e debates focados em cidades sustentáveis, dias 10 e 11 de setembro, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro.

Mais de 80 palestrantes irão compartilhar ideias e projetos de sucesso na construção de soluções inovadoras. “O Congresso será uma grande oportunidade para toda a sociedade recriar as cidades. Diversas iniciativas para melhorar as áreas urbanas já foram aplicadas pelo mundo, com resultados concretos e positivos. Os especialistas apresentarão ideias e estudos para o desenvolvimento sustentável que os tomadores de decisão poderão utilizar na gestão de suas cidades”,  destaca Luis Antonio Lindau, diretor-presidente da EMBARQ Brasil.

Os tópicos abordados serão: transporte e mobilidade urbana; vulnerabilidade, resiliência e adaptação; desenvolvimento urbano sustentável; políticas públicas inovadoras; equidade econômica e novas tecnologias. Além de fóruns e debates simultâneos, o Congresso irá oferecer palestras com ex-prefeitos de renome internacional que conseguiram inovar no governo de suas cidades.

O Congresso Internacional Cidades & Transportes faz parte das comemorações dos 10 anos da EMBARQ Brasil, que também incluem a Cúpula de Prefeitos em que líderes locais de várias partes do mundo dividirão o palco em uma conversa inédita e interativa sobre o futuro das cidades. Jaime Lerner, Ken Livingstone, Enrique Peñalosa e Mary Jane Ortega irão compartilhar experiências  e oferecer caminhos para melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas. A Cúpula será um evento fechado, destinado a uma audiência de 300 prefeitos convidados dos cinco continentes. Estes eventos reforçam a visão da EMBARQ Brasil de cidades para todos. Há dez anos a organização auxilia grandes e médias cidades brasileiras a desenvolverem e implementarem soluções de mobilidade urbana sustentável.

“Vamos celebrar os 10 anos de atuação da EMBARQ Brasil reforçando nosso compromisso com as cidades. Nosso maior presente será ver os municípios investirem em mais projetos que melhorem a qualidade de vida da população”, comenta a Diretora de Relações Estratégicas & Desenvolvimento da EMBARQ Brasil, Rejane D. Fernandes.

Serviço: A inscrição para o Congresso Internacional Cidades & Transportes deve ser feita pelo site www.cidadesetransportes.org. Técnicos, funcionários e gestores das prefeituras, governos estaduais e federal não pagam a inscrição. Professores de universidades e estudantes têm desconto de 50%. Membros de organizações não governamentais têm desconto de 25%.


Mais informações com assessoria de imprensa:
Caroline Donatti, (51) 3312-6324 ou (51) 9645-9393

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

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