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Metrô do Rio de Janeiro já possui 4G em todas as linhas e estações

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Agora você pode utilizar o seu celular em toda a extensão do metrô do Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (10), a MetrôRio anunciou a ativação da nova rede 4G para telefones da Claro, Vivo e TIM nos túneis e estações das três linhas do estado. A novidade é fruto de uma parceria entre a concessionária e as operadoras de telefonia. 

A novidade garante conexão aos clientes do metrô. “A iniciativa disponibiliza mais de 30 km com conexão de fibra óptica via cabo que garante melhorias na qualidade de sinal em ambiente fechado e ampliação da cobertura 4G para celular em todo o sistema metroviário”, informaram à imprensa. O projeto foi dividido em quatro fases.

Linha 4, enfim, recebe sinal da Claro, TIM e Vivo

A última etapa do projeto contempla a linha 4, que liga General Osório, em Ipanema, até Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. Este trecho, que foi inaugurado nas Olimpíadas de 2016, ficava sem sinal em toda a extensão entre a Barra da Tijuca e Ipanema até pouco tempo atrás. Mas, agora, os clientes contam com acesso às redes 4G da Claro, TIM e Vivo tanto nos túneis quanto nas estações.

E, de fato, o serviço está funcionando corretamente. Antes, era normal ficar sem sinal em alguns pedaços das linhas 1 e 2 e em toda a extensão da linha 4, independente da operadora. Mas, desde o primeiro semestre de 2022, esta realidade começou a mudar ao ponto de eu conseguir acesso ao 5G DSS da Claro e da Vivo passando por baixo da Pedra da Gávea (!).

Metrô do RJ já tinha sinal nas linhas 1 e 2

As duas primeiras etapas são voltadas para os trens e estações da linha 1, que vai da Uruguai, na Tijuca, até General Osório, em Ipanema. Aqui, é importante destacar que todos os trilhos são subterrâneos, mas os túneis já tinham sinal de celular em quase todos os pontos. Neste momento, o projeto também alcançou a extensão da linha 2, que linha a Pavuna até a Cidade Nova, no Centro, pela superfície.

A ativação da rede também atingiu a linha 2. Isto inclui o trecho operado durante os dias semana, que liga a Central, no Centro, até a estação Botafogo/Coca-Cola, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ). A MetrôRio também informou que há 4G nos túneis subterrâneos localizados no Maracanã, Del Castilho e Maria da Graça, na Zona Norte da capital fluminense. 
A concessionária, no entanto, não mencionou a estação e o túnel da linha 2 da estação Estácio em seu comunicado à imprensa. A parada, vale lembrar, é utilizada para fazer transferência entre as linhas 1 e 2 nos fins de semana e feriados. 

Projeto utiliza Sistema de Antenas Distribuídas (DAS)
A iniciativa foi anunciada pela MetrôRio em março de 2021. Seguindo o anúncio do ano passado, a concessionária afirmou nesta segunda-feira (10) que a rede foi constituída por um Sistema de Antenas Distribuídas (DAS). Os equipamentos estão conectados às estações base de comunicação das operadoras para oferecer acesso à internet e ao serviço de ligações. 

“A transmissão da rede é feita por meio da passagem de cabo compartilhado pelas operadoras de telecomunicação nas áreas subterrâneas do metrô”, informaram. “Ao todo, foram instalados mais de 600 antenas e cabos de radiofrequência nas estações e túneis.”

O comunicado também mencionou a parceria com a Oi. Mas é importante lembrar que os clientes da Oi Móvel foram migrados para a Claro, TIM e Vivo após a compra da operadora.

Não há informações sobre o suporte ao 5G nos túneis do metrô do Rio de Janeiro.

Informações: Tecnolog
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Modernização do transporte público esbarra na falta de recursos

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Sem recursos para renovação da frota e com veículos antigos, o transporte de passageiros por ônibus enfrenta desafios. Atualmente, o usuário brasileiro de transporte público utiliza a frota com idade média de seis anos — a mais elevada desde o início do monitoramento realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) nos últimos 27 anos — com ônibus rodando quase que diariamente nas cidades e também interurbanos. Prefeitos e empresários ainda não sabem onde buscar recursos extratarifários para bancar a modernização necessária para o cumprimento de metas ambientais.

Os dados do Anuário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) 2021-2022 foram levantados em nove capitais: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Entre os principais problemas apontados pelo estudo para a defasagem da frota está a perda de usuários de forma persistente, uma vez que pelo menos 10,8 milhões de viagens pagas deixaram de ser realizadas por dia por passageiros de ônibus urbanos em 2021, o que representa uma queda de 32,6% em comparação com o período da pré-pandemia.
Consórcio Recife de Transportes

O presidente-executivo da NTU, Francisco Christovam, explica que o setor analisa os dados para tentar reverter os resultados negativos. "De modo geral, o resultado traçado pelo desempenho operacional do setor impressiona pelo impacto negativo. Os sistemas organizados de transporte público por ônibus urbano, presentes em 2.703 municípios brasileiros, tiveram uma perda acumulada de R$ 27,8 bilhões, do início da pandemia a abril deste ano", explicou.

Negociação
O financiamento do serviço, por meio do qual seriam obtidos os recursos para a renovação da frota, é motivo de debates permanentes no setor. Para mudar esse cenário, entidades do ramo criaram uma carta documento, entregue a pelo menos 80 secretários de Mobilidade Urbana, durante o evento LatBus 2022, realizado na última semana em São Paulo (SP). A carta também foi endereçada a candidatos para o Poder Executivo.

No documento, as entidades sugerem recursos de fontes extratarifárias, ou seja, para além do valor do bilhete pago por passageiros — hoje, única fonte de recursos para o transporte em pelo menos 90% das cidades. Entre as ideias para obter recursos estão a taxação dos serviços de transporte por aplicativo; exploração de estacionamentos rotativos ou em vias públicas; multas pelo transporte irregular de passageiros; e a criação de uma Contribuição do Transporte Público Urbano, semelhante à Contribuição de Iluminação Pública.

Durante discurso no evento, o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira, demonstrou preocupação com a situação da mobilidade no país. "O sistema de transporte foi construído sem planejamento e ficou a cargo das prefeituras, que muitas vezes não se interligam. Num país continental como o Brasil, precisamos de um sistema único, claro, conversado entre todos os entes, mas com planejamento nacional", defendeu.

Outra ideia trazida para financiamento do transporte público é que as tarifas a serem cobradas por loterias municipais sirvam para esse fim. Recentemente, a Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou a criação de uma loteria municipal, que está para ser licitada."Eu o carimbei [ao sancionar o projeto de lei] e disse que o dinheiro será utilizado para pagar transporte de pobres", comentou Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre

Renovação
Para que o Brasil promova a transição energética das frotas, algumas políticas públicas precisarão ser definidas. A descarbonização no transporte é estratégica para alcançar a redução na geração de poluição por meio dos ônibus elétricos. Algumas capitais brasileiras já iniciaram a eletrificação das frotas de ônibus, como em São Paulo (SP). A previsão no município é que 2,6 mil ônibus elétricos estarão em circulação até 2024 e, até 2030, não terá mais ônibus do transporte coletivo movido a diesel.

A norma atualmente vigente no Brasil, P-7, está em vigor desde 2012 e equivale à Euro V. Porém, em novembro de 2018, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabeleceu a norma Proconve P-8 de emissões para veículos automotores pesados novos de uso rodoviário no Brasil, válida para os novos veículos destinados ao transporte de passageiros e de carga.

Por definição, a norma P-8 especifica limites máximos de emissão para gases de escapamento, partículas e ruído, bem como requisitos de durabilidade, sistemas de diagnóstico de bordo e testes em uso, entre outras disposições. Significa também alinhamento com veículos produzidos no Brasil com países europeus, além de Índia, China e México.
São Paulo é a capital com a maior frota de ônibus elétricos do país

Assim, a norma P-8 entrou em vigor para as homologações de novos modelos de veículos em 1º de janeiro de 2022 e será válida para todas as vendas de novos veículos e registros em 1º de janeiro de 2023. Motoristas poderão aderir de forma voluntária antecipada. "É uma mudança do perfil necessária, mas que somente vai ocorrer se houver políticas públicas compatíveis", afirma Cristovam.

Porém, Cristovam diz que os esforços do setor estão voltados para a substituição do diesel como combustível para a descarbonização da frota. Mesmo que o tema seja invisível nos discursos, agendas e programas de governo do candidatos majoritários ou proporcionais, emergências e desafios para a descarbonização da frota de ônibus no país dominaram os debates durante o seminário que a NTU, que ocorreu de 8 a 11 de agosto em São Paulo, reunindo empresários, autoridades e pesquisadores em busca de aprofundar as discussões sobre o tema.

Empresas
Outra estratégia bastante debatida no setor, a eletrificação da frota é uma das principais apostas das empresas para a transição energética. A Marcopolo anunciou, durante a Lat.Bus 2022, que iniciará, ainda em agosto, a produção em série do Attivi, o primeiro ônibus da marca com chassi próprio totalmente elétrico. A expectativa é que até o final do ano sejam produzidos 30 veículos do tipo.

A Marcopolo é uma das empresas avançadas no segmento, e já conta com mais de 350 ônibus elétricos e híbridos rodando em diversos países, como Argentina, Colômbia, Austrália e Índia, além do Brasil, com chassis de parceiros.

Já a Mercedes-Benz lançou seis modelos de ônibus com motores Euro 6, com investimentos de R$ 100 milhões, montante que faz parte dos R$ 2,4 bilhões destinados pela companhia no Brasil para o período de 2018 a 2022.

Informações: Correio Braziliense
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BRT de Salvador deve entrar em funcionamento em setembro

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Nos últimos meses, o trânsito de Salvador tem sofrido mudanças para dar continuidade as obras do BRT. Com os trechos 1 e 3 concluídos, a expectativa é de que o modal comece a funcionar no mês de setembro, segundo o Secretário de Mobilidade Urbana, Fabrizzio Muller.

“A primeira etapa, que é o BRT trecho 1 e 3, que vai da região do Shopping da Bahia até a região da Pituba, deve ficar pronta já no mês de agosto, e tem previsão de início já para setembro.”, contou o secretário.

Segundo o gestor, já o trecho 2, que vai do Parque da Cidade até a região da Lapa, deve ficar pronto até meados do próximo ano. Para dar seguimento as obras do trecho, a partir desta terça-feira (19), o trânsito na Rua Lucaia, no Rio Vermelho, vai ser alterado.

“Essas obras agora mais intensas, ali na região da Lucaia, um trecho mais apertado, com menor possibilidade de desvios, o que acaba trazendo um pouco mais de comprometimento ao trânsito, mas é uma etapa que deve ficar pronta já no início do próximo ano. E de forma total, até meados do próximo ano essa obra deve estar conclusa e aí nós teremos todo o circuito do BRT pronto e operando.”, explicou.
Ainda segundo o secretário, após a finalização das obras na região da Rua Lucaia, mudanças serão feitas também na Avenida Vasco da Gama, onde atualmente existe uma via exclusiva para ônibus urbanos.

“Os motoristas da Vasco utilizam hoje a faixa de ônibus existente, claro que ela vai ser toda reformulada, estações vão ser construídas, até porque a bilhetagem do BRT é diferente dos ônibus. Ela é feita dentro das estações, o que permite o embarque mais rápido nas estações e ele chega até a região da Lapa, também via exclusiva. Haverá ali também um complexo de elevados ali na altura dos Barris, permitindo o acesso exclusivo para a Lapa”, contou.

A previsão da prefeitura é que, quando estiver em total operação, cerca de 300 mil passageiros sejam beneficiados diariamente.

Informações: iBahia.com
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Rio vai criar ciclofaixa ligando Tijuca ao Centro

sábado, 11 de junho de 2022

Bairro da Zona Norte do Rio com o maior número de estações do Bike Rio, a Tijuca deve ganhar mais um atrativo para quem anda de bicicleta. A CET-Rio vai iniciar, ainda este ano, uma conexão cicloviária ligando o bairro ao Centro. Com uma extensão de cerca de seis quilômetros distribuídos por 13 vias, o projeto inicial prevê que a ciclofaixa se estenda da Rua Haddock Lobo até a Avenida Almirante Barroso. A promessa é de que ela seja entregue no ano que vem.


Para comemorar a Semana do Meio Ambiente, a CET-Rio implantou, de forma experimental, uma ciclofaixa conectando a Praça da República à Avenida Rio Branco, no Centro: o último trecho do projeto. A operação ocorreu da última segunda-feira até ontem, de 7h às 19h, em ruas largas como Avenida República do Chile, mas também em vias estreitas como Rua do Senado. Os espaços reservados aos ciclistas eram improvisados com cones e havia o auxílio de operadores de trânsito.

Joaquim Dinis, presidente da CET-Rio, avalia que o projeto será benéfico para todos, uma vez que, apesar dos carros perderem uma parte da faixa de rolamento, a fluidez do trânsito será otimizada com menos carros nas ruas.

— A gente reduz os problemas de congestionamento na cidade investindo no sistema de transporte e dando alternativas às pessoas. Com uma opção de deslocamento segura e confortável, muitas pessoas que residem relativamente perto do trabalho, como quem mora na Tijuca e trabalha no Centro, vão querer trocar o carro pela bicicleta. Além de, é claro, ser um hábito saudável e sustentável — afirma Dinis.

A rota Tijuca-Centro está prevista para passar nos seguintes logradouros: Rua Haddock Lobo, Rua Ulisses Guimarães, Rua Visconde de Duprat, Rua Júlio do Carmo, Rua Laura de Araújo, Rua Benedito Hipólito, Rua Marquês de Pombal, Rua Frei Caneca, Rua General Caldwell, Rua do Senado, Rua do Lavradio, Avenida República do Chile e Avenida Almirante Barroso.

Alegria para os ciclistas e desagrado para os motoristas que reclamam por perder uma faixa em ruas já engarrafadas do Centro. Morador do Catumbi, Felipe Nascimento é entregador de comida por aplicativo e usa uma bicicleta alugada, das laranjinhas, para trabalhar. A sua área preferida é o Centro.

— Hoje, temos ligações cicloviárias importantes, como a do Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, e em pontos movimentados do Centro. Até o fim do ano, chegaremos a 35% da nossa rede cicloviária conectada à rede de transporte de média e alta capacidade. Até 2023, chegaremos a 75%. E a meta é que essa integração seja universalizada em 2024. Paralelamente, estamos revitalizando a rede cicloviária existente.

Para José Eugenio Leal, especialista em Transportes e professor da PUC, a ciclofaixa proposta aparenta ser uma boa alternativa para os tijucanos, mas é importante que a prefeitura antes de realizar a obra, mensure a demanda.

— Quando já há uma ciclofaixa, a tendência é de que ela vá sendo cada vez mais usada ao longo do tempo. Após sair da (Rua) Haddock Lobo, é ideal mesmo que a ciclovia siga por essas ruas coletoras para evitar um conflito com a pista dos ônibus — alerta o engenheiro.


Fase experimental

Como parte da análise do impacto da implantação da ciclofaixa experimental no Centro em homenagem à semana do Meio Ambiente, a CET-Rio realizou contagem de bicicletas que circularam nas vias identificando o horário de maior movimento e o tipo de usuário: bicicletas comuns, bicicletas de entrega e triciclos. O horário de pico foi de 17h às 18h na Avenida República do Chile, em frente à Catedral, onde foram contadas 94 bicicletas: uma alta de quase 10% em relação à contagem feita em 2018 pela prefeitura no local.

— Analisamos a viabilidade, vantagens e desvantagens, e o resultado dessa semana foi muito positivo, mas isso não quer dizer que não sejam necessários ajustes dependendo da demanda e de outras secretarias. A nossa ideia é que, ainda este ano, esses trechos já estejam pintados e sinalizados como uma ciclofaixa. Nosso segundo passo é fazer um teste ligando a Tijuca até a Praça da República — concluiu o presidente da CET-Rio.

Em abril, a prefeitura iniciou um projeto de implantação de moderadores de tráfego em alguns pontos da Tijuca. A sinalização é uma faixa verde exclusiva para a circulação a pé, que vem sendo instalada em esquinas onde foram identificados constantes conflitos entre veículos e pedestres. A primeira entrega foi na esquina das ruas Conde de Bonfim com Marechal Trompowsky, e a segunda, no encontro das ruas Andrade Neves e Uruguai. Segundo Wagner Coe, subprefeito da Grande Tijuca, o próximo ponto será entre as ruas Senador Furtado e Pará, na Praça da Bandeira.

Informações: Yahoo
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CCR assume duas linhas de trens da CPTM e está de olho em novos editais para crescer no País

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Marcio Hannas tem um currículo e tanto. É formado em Engenharia pelo ITA e tem MBA na UCLA. Trabalhou na consultoria Booz & Company em São Paulo e Nova York. Passou por Vale, Caoa e tocou o VLT Carioca por cerca de quatro anos. Desde 1.º de janeiro, é o presidente da Divisão de Mobilidade da CCR.

Entre suas atribuições está a gestão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que acabam de passar às mãos da concessionária. Ele afirma que é preciso ampliar e melhorar a oferta de serviços aos usuários. Ao Estadão, Hannas falou sobre os resultados da área em 2021 e diz que o número de passageiros transportados deve voltar a crescer em breve


Como foi o desempenho da área de Mobilidade da CCR em 2021?

Marcio Hannas: A mobilidade ainda está sofrendo as consequências das restrições de circulação de pessoas por causa da pandemia. De todo modo, em 2021 houve crescimento em relação a 2020. Em número de passageiros transportados, a alta foi de 6%. Porém, ao comparar dezembro de 2021 com dezembro de 2020, o crescimento foi de 20%. No início do ano, sofremos com a segunda onda da covid-19, o que prejudicou a retomada.

Mas as pessoas estão aprendendo a lidar com a pandemia, estabelecendo e criando regras e formas de convivência. Isso permitiu uma volta da circulação e, obviamente, o transporte público tem um papel importante na viabilidade desses deslocamentos. Na CCR, fizemos um trabalho grande para aumentar o conforto e a segurança dos usuários. Implementamos uma frequência maior de limpeza dos trens.

No caso do VLT, instalamos a abertura automática das portas, de forma que o passageiro não precisa mais tocar o botão. No metrô Bahia, adotamos um processo por meio de uma nuvem que faz a limpeza do ambiente. Também passamos a trocamos os filtros de ar-condicionado com mais frequência. Tudo para aumentar a segurança dos ao utilizar o transporte público.

A CCR fez ações para esclarecer os usuários sobre os cuidados com a covid-19?

Hannas: Divulgamos recomendações nos trens e nas paradas. Além de, obviamente, cobrar o uso da máscara nos trens e estações que são fechadas, seguindo as orientações das autoridades. Por causa do crescimento dos serviços de entrega, fizemos uma ação conjunta com o Ifood e criamos na estação Eucaliptos (Linha 5-Lilás) do metrô de São Paulo um ponto de apoio para os profissionais que trabalham com delivery.

O espaço tem banheiro, copa com micro-ondas, onde eles podem aguardar os chamados, se alimentar e descansar de forma mais confortável. Também doamos R$ 8 milhões para o Instituto Butantã para apoiar a fabricação de vacinas. Doamos R$ 3 milhões para a compra de insumos para as campanhas de vacinação.

E investimos em ações culturais para que as estações não sejam apenas locais de passagem, mas também onde as pessoas possam realizar e participar de ações culturais, por exemplo.

Como funciona esse projeto?

Hannas: Ele busca envolver as comunidades do entorno das nossas estações. Qualquer instituição que tenha interesse de usar nossas estações para atividades culturais pode fazer uma proposta. Ela será avaliada pela nossa equipe, para que possa ser viabilizada. É um trabalho que vai além de oferecer cultura para nossos passageiros.

Ou seja, visa criar oportunidades para que as pessoas das comunidades possam mostrar seus trabalhos. Ou seja, é um espaço onde elas podem fazer performance e divulgar a sua arte.

Há outros serviços oferecidos pela empresa?

Hannas: No metrô Bahia, temos o serviço de locker. Por R$ 4, o vendedor deixa o produto trancado em um armário com a chave digital. Ele informa o código para quem o comprador retire o produto que comprou no momento em que preferir. Essa é uma tendência.

Estamos sempre pensando em formas de agregar valor aos serviços oferecidos aos passageiros. Queremos que o nosso sistema não seja só de mobilidade humana, mas que também traga facilidade e comodidade aos usuários. São iniciativas que ajudam a transformar o espaço e a prestar um bom serviço.

Como a aceleração da digitalização impactou os negócios da CCR?

Hannas: Talvez o ponto em que isso ficou mais claro é o processo de compra de passagens. E claro que esse é um serviço regulado. Portanto, não temos autonomia completa nesse caso.

Entre outros, oferecemos aluguel de guarda-chuva nas estações, que pode ser pago por meio de moeda digital. Sempre buscamos oferecer soluções que criem comodidade.

A CCR também tem algum tipo de app ou site de apoio ao usuário?

Hannas: Temos o Quicko. O app funciona em localidades com São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Ele oferece informações em tempo real que facilitam os deslocamentos.

Ou seja, qual é a melhor forma de você ir do ponto “A” ao “B”, quanto tempo isso leva e quanto custa. Nesse caso, o objetivo também é facilitar a vida do passageiro. A Quicko é uma plataforma multimodal, que reúne dados para promover a mobilidade urbana.

A CCR tem parcerias para incentivar o transporte multimodal?

Hannas: Em algumas estações, o passageiro tem a possibilidade de fazer a última milha usando a própria bicicleta ou alugando uma. Também permitimos que o passageiro circule com a bicicleta dentro do trem.

Isso pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. Bem como em qualquer horário nos fins de semana e feriados.

A oferta de soluções integradas para viagens da última milha é uma tendência?

Hannas: Creio que seja tendência mundial. Nossa principal preocupação é a segurança. Por exemplo, como viabilizar que a bike viaje no mesmo vagão que o passageiro. E é por isso que limitamos os horários.

No pico, os trem ficam muito cheios e, como não foram projetados para transportar bike, priorizamos o passageiro.

O que é preciso fazer para melhorar as políticas públicas e o comportamento do usuário em prol de um transporte mais eficiente?

Hannas: Com a pandemia, houve uma flexibilização dos horários das pessoas. Juntamente com o trabalho remoto, ocorreu uma suavização nos horários de pico da manhã e da tarde. Isso permitiu distribuir melhor a demanda. O investimento é importante para acompanhar o crescimento da procura e oferecer conforto e um serviço de qualidade.

Nos horários de pico, sempre vai haver trem mais cheio. Isso ocorre em qualquer país do mundo, seja desenvolvido ou não. A operação tem de ser viável economicamente e o passageiro tem de conseguir pagar por ela. Não adianta ter uma oferta enorme de capacidade se a tarifa for tão alta que o passageiro não consiga pagar.

Esse balanço é muito importante. É claro que o passageiro é o mais importante, mas não podemos dissociar isso da questão econômica. Ou seja, a operação precisa ser viável.

Regularmente, fazemos pesquisas de satisfação com os usuários para medir questões como praticidade, facilidade, uso e segurança. Isso é justamente para nos ajudar a equilibrar a oferta de serviço à satisfação do passageiro. E, quando a CCR implanta ou assume uma operação, esse é uma questão muito importante.

Quando o número de passageiros vai voltar a crescer?

Hannas: Neste início de ano, o impacto da Ômicron está sendo grande. Mas olhando o que já aconteceu em outros países, onde essa onda chegou mais cedo, dá para imaginar que o pico será mais “fechado”. Ela sobe muito rapidamente, mas também desce rápido.

Pensando pelo lado positivo, o pico aconteceu no período de férias, quando há menos pessoas circulando. Nossa expectativa é que seja em março ou, no máximo, em abril, a gente esteja com a situação muito mais bem controlada. Assim, a demanda deve retornar aos patamares próximos ao de antes do início da pandemia.

Claro que o retorno vai ser gradual. Existe uma mudança de comportamento da população, das empresas, que têm regras para evitar a contaminação e mais flexibilidade no trabalho, com a adoção de home office.  Isso vai garantir mais tranquilidade no retorno aos ambientes compartilhados.

Quais são os planos para 2022 e o que será feito para alcançar as metas?

Hannas: A CCR acaba de assumir as operações das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM de São Paulo. Essa é uma das maiores operações de mobilidade urbana. E isso é um grande desafio. Nosso plano é reformar sete estações até janeiro de 2023. No total, 26 estações vão ser reformadas e isso deve consumir a maior parte dos investimentos estimados em R$ 3,8 bilhões nos três primeiros anos da concessão.

Os passageiros devem começar a perceber uma melhora da infraestrutura e do serviço já nesse início de 2022. Além disso, existem projetos novos que estamos avaliando. Eles têm de ser sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.

E é preciso que haja segurança jurídica para que a gente possa fazer esses investimentos. Então, temos expectativas em relação aos editais que serão lançados em 2022. Estamos avaliando todas as oportunidades e esperamos continuar crescendo e conquistando novos contratos.

Se fosse possível, independentemente da viabilidade, o que o sr. gostaria de implementar?

Hannas: A gente tem sempre que observar as questões regulatórias e os riscos. Como engenheiro, eu digo que, se não houver limitação de tempo e dinheiro, tudo é possível. Em São Paulo, já temos linhas que são operadas sem o condutor.

Na Bahia, há um projeto que mostra, por exemplo, qual carro está mais vazio para que a pessoa possa se posicionar. Isso facilita o embarque e o desembarque. Nas estações da linhas 8 e 9, já temos o compromisso de implantar wi-fi. O objetivo é sempre melhorar o conforto nos deslocamentos.

Que mensagem você enviaria ao Márcio que estava se formando há 30 anos no ITA?

Hannas: Ter mais atenção para o social. Creio que eu vivia em uma bolha. Tinha facilidades, pais que me sustentaram, estudei em boas escolas. Talvez naquela época eu não valorizasse tanto a questão social por ter tido pouca exposição às dificuldade é aos desafios que a maior parte da população passa.

Então, a mensagem seria para ficar mais aberto e buscar devolver à sociedade o que ela me ofereceu. Tenho como missão usar meu conhecimento e aprendizado em benefício dos outros, não apenas em benefício próprio.

O que é importante para oferecer o melhor serviço?

Hannas: Tem uma coisa que a gente não mede, mas que para mim é fundamental, que é o engajamento da equipe. E isso transforma a vida das pessoas. Eu que vim do VLT (do Rio de Janeiro) e um das coisas que a gente sempre valorizou foi o tratamento dado aos passageiros.

Teve o caso de um fiscal que encontrou uma quentinha que foi esquecida. Ele guardou na geladeira e, quando a pessoa ligou perguntando, ficou sabendo que estava bem guardada e que ele poderia buscar na estação. Outro passageiro esqueceu um passarinho.

O colaborador que trabalha com achados e perdidos buscou uma gaiola, comprou comida e cuidou do passarinho. E, quando o dono foi buscar, nosso colaborador disse que ele poderia levar a gaiola emprestada e devolver depois. Esse cuidado e carinho faz muita diferença e pode transforma a vida das pessoas.

Informações: Estadão
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Empresas de ônibus decidem parcelar salários de rodoviários em Porto Alegre

terça-feira, 12 de maio de 2020

Devido à crise financeira causada pela pandemia de coronavírus, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) informou, na quinta-feira (7), que oito das 11 empresas privadas de ônibus da Capital vão pagar de forma parcelada o salário dos rodoviários no mês de maio.

De acordo com o engenheiro de transportes da ATP, Antônio Augusto Lovatto, as empresas não gostariam de realizar a medida.

“A situação é bem delicada, principalmente neste momento, onde fica claro o quanto o trabalhador rodoviário é essencial”, diz.

Ainda segundo a associação, mais da metade dos funcionários já estão enquadrados na medida provisória do governo federal, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, onde tanto a jornada de trabalho quanto o salário foram reduzidos. O governo paga um complemento para compensar parte da perda.

O fechamento do comércio e a inatividade de empresas, em meio à pandemia de Covid-19, fez com que houvesse uma baixa de 70% no número de usuários do transporte coletivo entre 20 de março e o final do mês de abril, segundo a ATP.

Nas últimas semanas, a Empresa Pública de Transporte e Trânsito (EPTC) vem divulgando mudanças na tabela de horários, além de redução de linhas. Mesmo assim, se espera que o prejuízo seja de R$ 46 milhões.

De acordo com Lovatto, sem um aporte financeiro dos governos municipal, estadual e federal, será difícil manter o sistema em funcionamento.

“Há algumas semanas estamos avisando que a saúde financeira das empresas está em uma situação muito complicada. Sem um subsídio por parte dos governos ficará muito difícil manter", diz.

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre (Stetpoa) se manifestou contrário ao parcelamento de salários.

"Esta pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vem adotando medidas que garantam a tranqüilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade", afirma a nota.

O sindicato ainda acrescentou que pede um posicionamento da prefeitura de Porto Alegre. [Leia abaixo a nota na íntegra]

Nota do Stetpoa
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre vem manifestar sua total contrariedade diante dos encaminhamentos feitos pelas empresas referentes ao parcelamento de salário dos trabalhadores rodoviários, fato ocorrido no mês de abril, ainda que, tenha sido de maneira parcial, ou seja, apenas em algumas empresas do transporte público de Porto Alegre.

A diretoria do STETPOA reforça, que, esta pauta está sofrendo da mais profunda desatenção do poder público e das empresas, que não vem adotando medidas que garantam a tranqüilidade dos trabalhadores, ainda que a população, empresários e o poder público admitam a essencialidade dos trabalhadores como prestadores de serviço inerentes ao funcionamento da cidade.

Com o agravamento da pandemia do Coronavirus - COVID19, a entidade de defesa dos trabalhadores mantém seu posicionamento de exigir a retratação dos organismos competentes, Prefeitura de Porto Alegre, EPTC e Sindicato Patronal, no intuito de avançar no debate que construirá a solução definitiva para a retomada da normalidade dos vencimentos salariais, já que o objeto mais grave do problema são as questões relacionadas à folha de pagamento dos trabalhadores.

Informações: G1 RS
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Prefeitura vai elaborar novo plano operacional do BRT Transbrasil

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A prefeitura do Rio contratará uma empresa para reavaliar o plano operacional do corredor Transbrasil do BRT. No plano original, elaborado em 2014, o cálculo era que a demanda atingiria 56 mil passageiros por hora no horário de pico. Mas, segundo uma análise da Secretaria Municipal de Transportes, feita em 2018 e 2019, a demanda atual pode ser reduzida em até 60%.

Pelo atual plano da prefeitura, o sistema deverá começara operar em Agosto de 2020, mesmo que a previsão do término das obras seja no final deste ano. Isso porque até lá, uma fase de transição será implementada e as pistas exclusivas serão usadas também pelos ônibus convencionais. Nesta segunda, uma audiência pública na Alerj discutiu os desafios para a integração do sistema com o transporte intermunicipal.

— Tivemos 4 reuniões prefeitura sobre o modal. A decisão que vai ser dada na Avenida Brasil tem que ser interesse de todos. Não é uma decisão municipal apenas. Há ônibus pagadores, os intermunicipais e interestaduais. É prematuro apresentar plano agora. Agora é um bom momento que prefeitura entendeu ação de cooperação antes de ter decisão para este sistema. O serviço operacional, acho pouco provável começar no ano que vem. — afirmou Delmo Pinho, secretário estadual de Transportes.

Para Pinho, ainda é preciso discutir como será a chegada dos articulados no Centro do Rio, que ainda não está claro. Ele ainda afirmou que pediu a paralisação das obras na altura do Into e da Rodoviária Novo Rio.

O deputado Luiz Paulo (PSDB), membro da Comissão da Comissão Especial da Região Metropolitana, também vê com dificuldades o início da operação do Sistema para 2020. Ele diz ser necessário pensar em todos os passageiros afetados, inclusive o de outras cidades:

— A Avenida Brasil tem uma característica metropolitana e não local porque ela liga o Rio com vários municípios. As obras até podem ficar prontas em um ano, mas operar acho muito difícil, já que parece não ter tempo hábil para colocar os ônibus articulados circulando. Esses são veículos que precisam ser comprados sob demanda. Queremos diminuir o tempo de viagem para os passageiros da Zona Oeste, mas é preciso pensar também em quem vem da Baixada e Niterói — comentou o deputado.

Segundo Eloir Ferreira, coordenador de planejamento da Secretaria Municipal de Transportes do Rio, até que o sistema começe a operar totalmente haverá uma fase de transição em que os ônibus convencionais poderão usar as calhas do BRT. O cálculo é que, com o modal em operação, o tempo de viagem na Avenida Brasil e Linha Vermelha reduzirá em cerca de 90 minutos:

— Precisamos avaliar o impacto, principalmente no entorno da Rodoviária Novo Rio. Haverá uma fase intermediária, na qual os ônibus convencionais municipais vão circular na calha do BRT junto aos articulados. — contou.

Já para o deputado Waldeck Carneiro (PT), os municípios da Regiçao Metropolitana com linhas de ônibus que passam pela região precisam também serem ouvidos:

— Hoje, as cidades não podem mais desenvolver ações para resolver problemas de mobilidade urbana, saneamento ou habitação pensando que os impactos se limitam a seu próprio território. Não é uma obra periférica, ela altera de maneira decisiva o cotidiano da vida da população de vários municípios do Estado do Rio — afirmou Waldeck.

Procurado, o consórcio BRT afirmou que aguarda a apresentação do projeto técnico e operacional para que as providências necessárias sejam tomadas, como a aquisição de veículos, dentre outras inerentes à sua operação. Procurada, a Prefeitura afirmou que não há previsão do sistema operar como BRS até agosto de 2020, e afirmou que o novo estudo será para ajustar a demanda atual e o traçado do projeto, que sofreu alterações após 2015.

A secretaria de Transportes ainda informou que "espera que os Consórcios iniciem a operação do BRT TRANSBRASIL tão logo as obras fiquem prontas, principalmente os terminais Deodoro, Margaridas, Missões, Rodoviária, bem como as estações intermediárias, conforme foi acordado na ocasião da assinatura do termo de compromisso."

Informações: Extra Globo


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Ônibus novos da Carris devem começar a rodar no segundo semestre

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Segundo previsão da Carris, 87 novos ônibus devem estar rodando pela Capital no segundo semestre. Os carros vão substituir veículos que estavam com a vida útil acima da permitida por lei municipal, que era de 12 anos. 
Mateus Bruxel / Agencia RBS

Na semana passada, a prefeitura publicou um decreto regulamentando a transição e renovação das frotas da cidade. Agora, os carros comuns – aqueles não articulados e movidos a diesel – com mais de 12 anos poderão rodar até o dia 31 de dezembro de 2020, ou até completarem 14 anos de vida útil, o que ocorrer primeiro. 

Mesmo assim, a Carris decidiu seguir com o plano de renovação, que foi divulgado depois de matérias publicadas pelo Diário Gaúcho durante o mês de março. As reportagens mostraram que mais de 80 ônibus da empresa estavam rodando com idade acima da permitida. Na época, o decreto de transição ainda não existia. Agora, estes ônibus não estão mais “vencidos”.

A aquisição dos novos carros vai de encontro aos planos da companhia pública de melhorar as contas e diminuir o déficit, que chegou aos R$ 74,2 milhões em 2016. No resultado preliminar do exercício de 2018 foi de R$ 19 milhões negativos, redução de R$ 55,2 milhões em relação aos resultados de 2016. Para 2019, a diretriz é zerar o déficit. César Griguc, diretor administrativo-financeiro da Carris, aponta como os novos ônibus vão contribuir para a saúde financeira da companhia:

– Carros novos exigem muito menos manutenção. Somente nisso já teremos um boa economia. Os carros antigos que sairão de circulação serão vendidos, também gerando receita. E, claro, com ônibus novos rodando, esperamos que os usuários utilizem mais os veículos.

Prazos

A compra dos veículos foi organizada através de dois pregões eletrônicos, um para compra das carrocerias e outro para aquisição dos chassis. Os lançamentos foram feitos separadamente para permitir uma maior concorrência entre as marcas, possibilitando à companhia a aquisição com valor final mais atrativo. 

Os chassis serão fabricados pela divisão de ônibus e caminhões da Volkswagen com valor unitário de R$ 270 mil. Já as carrocerias serão fabricadas pela Neobus, que pertence à Marcopolo, pelo valor de R$ 199,5 mil cada. As propostas das empresas foram selecionadas pelo critério de menor valor. 

– Agora estamos buscando financiamento junto a instituições financeiras, processo que deve ser concluído até maio. Depois, as empresas seguem seus prazos para fabricação dos chassis e das carrocerias. Os ônibus devem chegar e estar operando durante o segundo semestre – promete César. 

Com a compra, a empresa passará a ter aproximadamente 80% da frota com ar condicionado e 86% com acessibilidade. Atualmente, a empresa pública conta com uma frota de 347 veículos. Destes, 70% têm acessibilidade e 60% são dotados de ar-condicionado. 

Por dia, a companhia faz 2,9 mil viagens, transportando 155 mil passageiros.

Por Alberi Neto
Informações: Diário Gaúcho

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Manaus: Falta de recursos serão obstáculos para o BTR em 2016

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Com um custo inicial estimado em R$ 1,118 bilhão, o Bus Rapid Transit (BRT), sistema de transporte de passageiros considerado pela prefeitura de Manaus o mais indicado para a capital, pode não sair do papel em 2016.

A falta de dinheiro para viabilizar a obra é o maior obstáculo à implementação do projeto, disse Pedro Carvalho, diretor-presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU). “É preciso, primeiro, homologar o Plano de Mobilidade Urbana (PLanMob) – e, depois, tentar viabilizar os recursos com o governo federal”, disse.

Carvalho lembra que a negociação por recursos federais é demorada porque é preciso cumprir um processo burocrático rigoroso e extenso. “Não temos recursos para fazer o sistema rodar, mas quero deixar claro que esse problema de falta de recursos para o BRT não ocorre só na nossa cidade. Outras, como o Rio de Janeiro, também passaram por isso. Não tem como melhorar o transporte se não tiver melhoria na infraestrutura”, disse.

Em Manaus, segundo Carvalho, o BRT seria implantado por etapas. A primeira parte da obra seria construída na avenida Constantino Nery, a primeira também a receber a “Faixa Azul” – corredor exclusivo para ônibus articulados. “O primeiro corredor seria o eixo Norte-Sul, pois é o que está mais preparado para isso no momento. Em seguida, a obra envolveria o trecho na avenida Torquato Tapajós. Estamos fazendo de tudo para que esse projeto saia do papel e melhore o tráfego nas principais vias da cidade”, ponderou.

Sobre a ação judicial movida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) que determinava a suspensão imediata da “Faixa Azul”, Carvalho lembrou afirmou que a Justiça foi favorável à continuação do corredor exclusivo. “Vamos manter a ‘Faixa Azul’ até a implantação definitiva do BRT, porque até ele ficar pronto temos que dar mais mobilidade para o trânsito da nossa cidade”, declarou.

O BRT integrou as ações de mobilidade urbana de Manaus para Copa do Mundo de 2014. Entretanto, a primeira proposta foi descarta porque o MP identificou superfaturamento no valor estimado do projeto. Na ocasião, foi alegado que o projeto apresentava “grandes prejuízos ao patrimônio histórico” da cidade. O orçamento inicial era de R$ 1,3 bilhão. Já a segunda proposta não saiu do papel.

A Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas alegaram inviabilidade devido ao atraso, aprovação do projeto e liberação de recursos. Após o mundial de futebol, a Prefeitura e o governo do Estado mantiveram a ideia de implantar o BRT.

Por Michelle Freitas
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Em Porto Alegre, Falta verba para construir Aeromóvel na Zona Sul

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O projeto de criação de uma linha do aeromóvel do Centro Histórico até a avenida Juca Batista, na Zona Sul de Porto Alegre, voltou a ser debatido ontem na Câmara de Vereadores. Além da possibilidade de implantação e da discussão do projeto, entre os pontos levantados está a necessidade de definir uma fonte de recursos para a sua implantação e manutenção.

Em reunião da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara, o coordenador dos projetos MetrôPoa e Sistema BRT na Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Luís Cláudio Ribeiro, e o gerente de Desenvolvimento de Engenharia da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), Sidemar Francisco da Silva, apresentaram projetos referentes ao sistema de transporte e a única experiência vigente, de conexão entre a estação de trem e o aeroporto da Capital.

Segundo Ribeiro, tudo começou com o Plano Diretor, em 1999, quando foram criados os eixos principais para a instalação da infraestrutura de transportes da cidade. Depois, o Plano Integrado de Transporte e Mobilidade Urbana (PITMUrb), de 2008, estabeleceu a maneira como Porto Alegre poderia integrar seus sistemas de transporte e as tecnologias a serem utilizadas, como o metrô e o BRT.

"A prefeitura trabalha com priorizações. Na época da Copa do Mundo de 2014, realmente se priorizou a criação de projetos de transporte, mas, agora, estamos com dificuldades de financiamento para algumas obras", explica Ribeiro.

O projeto de construção de uma linha do aeromóvel até a Juca Batista foi iniciado em 2011, com a assinatura do protocolo de intenções para a realização de um estudo de viabilidade técnica de implantação desse trecho. Em 2012, foi contratada uma consultoria para fazer a pesquisa, que foi feita entre abril e dezembro de 2013.

Ficou definido que a Fase 1 da construção iria da Estação Mercado até a Praça Itália, próxima ao shopping Praia de Belas. A Fase 2 seria da Praça Itália até o bairro Cristal, no entorno do BarraShoppingSul. Por fim, a Fase 3 contemplaria o trecho entre o bairro Cristal e o final da avenida Juca Batista. No total, são 18 quilômetros de extensão previstos.

Para viabilizar o aeromóvel, seria necessário definir a fonte dos recursos para a sua implantação e manutenção. "Primeiramente, precisaríamos buscar recursos para o financiamento da obra e, após, para a manutenção do sistema. Hoje, nossos impostos municipais pagam os corredores de ônibus. Será que pagariam os aeromóveis?", questiona o coordenador da EPTC.

O gerente da Trensurb relata que a experiência com a primeira linha, de apenas 814 metros, que opera comercialmente desde maio de 2014, é positiva. "Apostamos na proposta do aeromóvel e está funcionando muito bem. O consumo de energia é muito baixo, custa cerca de R$ 0,10 por passageiro, enquanto o gasto com energia em um metrô pesado custa em média R$ 0,55 por passageiro. Mas, é claro, um projeto da envergadura desse, até a Zona Sul, é muito mais complexo", avalia.

Uma demonstração de como será a operação do aeromóvel em um trecho mais extenso será vista em Canoas, onde a prefeitura licitará, no ano que vem, a construção de uma linha de 4,6 quilômetros e sete estações, entre a avenida 17 de Abril, no bairro Guajuviras, e a estação Mathias Velho.

O presidente da Cuthab, vereador Engenheiro Comassetto (PT), se mostrou favorável ao uso do aeromóvel no lugar de ônibus. "Há possibilidade de substituir os ônibus que circulam na Capital nesse trecho da Zona Sul. Até o bairro Cristal, por exemplo, 75 mil pessoas circulam por dia com transporte público. Até a Juca Batista, são mais de 100 mil. O impacto ambiental de reduzir a quantidade de ônibus, logo de combustível fóssil queimado, seria positivo. Além disso, com o grande fluxo de usuários, viabilizaria economicamente a implantação", opina. O parlamentar sugeriu, ainda, criar um fundo para juntar recursos para a construção da linha.

O aeromóvel é um meio de transporte automatizado, sem necessidade da presença de condutor, pois não possui motor. O motor se dá na via, que dá a sustentação e faz a propulsão, através do ar que circula com um ventilador e quatro válvulas de controle, que puxam ou empurram o veículo.
No aeromóvel do aeroporto da Capital, a velocidade máxima é de 65 km/h, e a oferta atual é de capacidade de 1,8 mil passageiros por hora por sentido. Entretanto, a oferta pode ser ampliada para até 4,5 mil passageiros por hora por sentido.

Por Isabella Sander
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