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Vereadores de Recife pretendem melhorar o trânsito da cidade e da qualidade ao transporte público

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sérgio Magalhães acredita que para desafogar o já saturado trânsito do Recife é preciso primeiro melhorar a qualidade do transporte público como forma de incentivar a classe média a usá-lo. “Essa solução será possível com a chegada da Copa do Mundo porque teremos mais investimentos em obras estruturadoras para o trânsito”. O vereador apontou ainda como soluções em curto prazo para diminuir os congestionamentos uma maior fiscalização por parte do Executivo com o cumprimento da lei da carga e descarga e também o aumento do efetivo de agentes de trânsito. “Mas os agentes precisam, antes de multar, orientar os motoristas e pedestres. A educação no trânsito poderia ainda fazer parte do ensino escolar porque os filhos começariam a educar e a cobrar também dos pais”.

O presidente Jurandir Liberal (PT), em entrevista à rádio CBN, afirmou que vai dar prioridade, neste primeiro semestre, às discussões sobre a mobilidade urbana e a acessibilidade na cidade do Recife. “Vamos aprofundar esse debate para encontrar saídas. É o ponto central desse primeiro semestre. Está na ordem do dia. O Plano Diretor já recomendava a elaboração do Plano de Mobilidade que deve ser encaminhado à Câmara pelo executivo em fevereiro”. O presidente disse estar preocupado com a infraestrutura para a Copa de 2014 quando vai aumentar a necessidade de um rápido deslocamento na cidade.
Jurandir Liberal afirmou ser fundamental a participação dos municípios vizinhos no debate por se tratar de um problema metropolitano e defendeu o transporte coletivo como uma das soluções para os congestionamentos. “É preciso investir no transporte de massa, reduzir o tempo de espera nas paradas, estimular as pessoas a usar ônibus”.

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Natal é a 2ª capital do nordeste com mais carros

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Em Natal, a frota quadruplicou no mesmo período, passando de 74.275 veículos em 1992 para 298.995 este ano. Um “pulo” de 302,5%. E no interior, o percentual foi maior ainda: quase 880%. Das 47.282 unidades registradas há 18 anos, a frota cresceu para 462.938 e não dá sinais de redução no ritmo. Os dados finais se referem às 15h36 do dia 29 Setembro, e sua evolução pode ser acompanhada em tempo real no site do Detran-RN. Além dos  pouco menos de 300 mil carros em Natal, Parnamirim tem mais de 55 mil. Somados, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Extremoz e Ceará-Mirim agregam mais 32 mil à frota. Assim, pode-se falar em mais de 380 mil veículos circulando na Grande Natal.

O secretário-adjunto de Trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, Haroldo Maia, destaca que todas as cidades de médio e grande porte no Brasil já enfrentam problemas de congestionamento.  “Não existem obras de engenharia  para acompanhar o crescimento da frota. Qualquer intervenção que vise o transporte individual é um paliativo que terá efeitos apenas imediatos. A saída é investir no transporte coletivo e garantir espaço segregado para os ônibus. Com essa quantidade de automóveis, não existe solução porque a quantidade de vias não a comporta”, afirma. Para passar da teoria à prática, a Semob recorreu a uma solução comum nas administrações brasileiras: contratou um plano de mobilidade, já em elaboração, que vai traçar o novo desenho da rede de transporte da capital potiguar.

“Como Natal tem uma superposição muito grande de linhas, o plano vai otimizar o sistema. Natal nunca fez uma licitação para a concessão das linhas de ônibus, que vence no final deste ano. Já encaminhamos a proposta para o gabinete da Prefeita e estamos aguardando um posicionamento”, afirma Haroldo Maia. Outra ação considerada fundamental – a criação de mais corredores exclusivos para ônibus – depende também da conclusão deste plano e da decisão final sobre a licitação das linhas. Assim, a prefeitura tem o discurso, mas ainda não conta com uma lista de obras definidas.

Licitação - De acordo com o secretário-chefe do Gabinete Civil da Prefeitura, Kalazans Bezerra, a decisão já está tomada, mas não há um prazo fixado para a publicação do edital. “A licitação vai sair pela primeira vez na história de  Natal. É um assunto extremamente complexo do ponto de vista jurídico, então estamos tendo todos os cuidados para que o processo não corra perigo de ser anulado. A revisão jurídica deve ser minuciosa. Assim que o trabalho for concluído,  o que deve acontecer muito em breve, o edital será publicado”, promete Kalazans. Ele não sabe se haverá tempo para isso acontecer ainda este ano, mesmo com a informação do secretário-adjunto Haroldo Maia de que a concessão das linhas vencerá em 2010.

Natal é a 2ª capital do nordeste com mais carros

Com 32,5 veículos por habitante, Natal é a segunda capital do Nordeste com mais carros, e fica em 15º lugar em nível nacional. Entre as capitais da região, Aracaju tem a maior relação entre veículos e população (35,5). As cidades maiores, com trânsito mais complicado, ficam atrás percentualmente: Salvador tem apenas 20,5 unidades por morador, Fortaleza, 26,6 e Recife, 29,8. A recordista nacional é justamente Curitiba, considerada referência em transporte público desde a gestão do então prefeito Jaime Lerner. A capital paranaense tem nada menos do  que 65,4 veículos por habitante.

“O governo incentiva o transporte individual, facilitando a compra e reduzindo impostos, com o argumento da geração de empregos. Mas o problema que essa política causa na qualidade de vida das cidades é enorme”, critica o secretário-adjunto de Trânsito da Semob, Haroldo Maia. Ele apresenta alguns índices para provar que a dependência do transporte individual não é sustentável. “O carro ocupa 6,4 vezes mais espaço e polui mais do que o ônibus, consome 4,5 mais, é 8 vezes mais caro e é o que mais se envolve em acidentes”, cita. Segundo ele, o exemplo a ser seguido em Natal é a avenida Bernardo Vieira, apesar das críticas feitas à requalificação por motoristas e comerciantes. “Lá passam 130 mil passageiros de ônibus por dia e eles não reclamam”.

Dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e do Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas (Ipea) mostram que, em 2006, o Brasil gastou R$ 32 bilhões com acidentes de trânsito, a maioria envolvendo veículos privados. “A tendência mundial é criar políticas de restrição ao uso dos automóveis. O município sozinho não tem condições de arcar com os investimentos em transporte. Deve ser uma responsabilidade dividida entre os três níveis de governo”, defende Maia. Para ele, o segredo para convencer as pessoas a deixarem o carro em casa é a credibilidade do sistema de transporte público. “Em Curitiba, passa um ônibus por minuto”, exemplifica.

O adjunto considerada uma “crueldade” o que se faz com o usuário de ônibus na maioria das cidades brasileiras. “O trabalhador arca com todos o custos de transporte, sem subsídio estadual nem federal. Em Natal, a Taxa de Serviço não é incluída no custo. O Governo Federal deveria subsidiar o óleo diesel e facilitar o crédito para aquisição de ônibus.”

Falta estímulo ao transporte coletivo

Se Natal não tem ainda um plano com ações definidas para estimular o transporte coletivo, no  tocante às obras viárias os próximos anos devem ser fartos em investimento. Isso porque a cidade tem garantidos R$ 439,5 milhões para realizar uma série de intervenções estruturadoras, dentro do PAC da Copa. São 18 obras, das quais 13 sob responsabilidade da Prefeitura e o restante do Governo Estadual. As primeiras licitações já foram lançadas e o município espera começar, ainda este ano, as obras do chamado “Trecho Extenso”, que compreende o corredor estrutural oeste (BR-226), em Igapó; o complexo viário da Urbana, entre o Bairro Nordeste e as Quintas, e a reestruturação geométrica da avenida Capitão-Mor Gouveia (até a rua São José), em Lagoa Nova. O prazo para conclusão de todas as obras é 2013, quando acontece a Copa das Confederações.

“O conjunto de obras vai melhorar muito o trânsito e o transporte”, acredita a secretária-adjunta de Planejamento da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Francine Goldoni. Ela explica que a primeira intervenção a ser iniciada vai acabar com a competição entre o transporte coletivo e o individual, além de melhorar o acesso à zona Norte. “As obras vão implantar ciclovia e corredor de ônibus da ponte de Igapó até a Mor Gouveia, na confluência com a rua São José, passando pelo Km 6 e pela Urbana. Serão construídos um pontilhão elevado e um viaduto”, explica. Investimento total de quase R$ 100 milhões, sendo a maior parte do Governo Federal.

Para as demais obras, a Semopi está finalizando os preparativos dos processos licitatórios, que devem começar ainda este ano. Estão incluídos a requalificação dos entroncamentos da Capitão-Mor Gouveia com a avenida Salgado Filho e avenida Prudente de Morais, desta com a Raimundo Chaves e com a Lima e Silva, cuja confluência com a Romualdo Galvão também será melhorada. O plano prevê também a reestruturação da Antônio Basílio e Amintas Barros, com pontilhões elevados e um viaduto. Vários pontos da cidade ganharão novas plataformas de embarque e desembarque para usuários de transporte coletivo, além de melhorias nas calçadas e na sinalização.

Pelo Governo do Estado, serão realizadas a implantação ao acesso entre o novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante e a BR-406, os entroncamentos da avenida Engenheiro Roberto Freire com a avenida Ayrton Senna, rua Missionário Gunnar Vingren e a Via Costeira, além de mais uma etapa do prolongamento da Prudente de Morais (ligação entre o aeroporto Augusto Severo e a Arena das Dunas).
Fonte: Tribuna do Norte
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Recife: Projetos de Norte a Sul em andamento

segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Faltava à região Norte da RMR uma intervenção viária de grande dimensão que interligasse os bairros de Pau Amarelo, Maria Farinha, Janga, em Paulista, e os de Olinda à Capital pernambucana. A solução para isso já estava prevista quando se construiu a 2ª Perimetral de Olinda, na década de 1970. É exatamente a continuação desta perimetral que ligará a PE-15 à ponte de Rio Doce, em Olinda, que fará a conexão com os locais citados. Amargado por anos no plano das ideias, a primeira parte do projeto da Via Metropolitana Norte, comandado pela Companhia de Habitação de Pernambuco (Cehab), deve ser iniciado ainda este mês.
Por cima do Terminal Integrado de Ônibus na PE-15 serão erguidos dois viadutos que conectarão a 2ª Perimetral à avenida que ladeia o Canal do Fragoso. A via, com 6,2 quilômetros de extensão, será duplicada para veículos, nos dois sentidos, e terá uma faixa exclusiva para ônibus. Antes disso, cabe à Cehab fazer a desapropriação dos 1,2 mil imóveis localizadas na via e a drenagem do canal para abertura da perimetral. Para esta etapa, o órgão captou R$ 165 milhões junto ao Programa Pró-Moradia, do Governo Federal.
De acordo com a diretora técnica Éryka Luna, no momento, está sendo licitado R$ 70 milhões para executar as desapropriações e indenizações. “Nesta semana deveremos ter o vencedor que trabalhará nas desapropriações”, afirmou. Parte dessas famílias irá para dois conjuntos habitacionais, com 840 unidades ao todo, a serem construídos em Jardim Atlântico 1 e 2. O custo para executar todo o projeto é de cerca de R$ 320 milhões.
Com o recurso captado pela Cehab, ainda será revestido metade do canal (três quilômetros). “Ao longo desses quilômetros, teremos em torno de dez obras (pontilhão, ponte, passarela). Isso tudo será construído, pois o Canal do Fragoso será alargado”, acrescentou Éryka.
Além do impacto social, a obra será um avanço para a mobilidade urbana da região. “O objetivo é deslocar o trânsito da parte antiga de Olinda, como o Varadouro, Carmo. Com isso, se cria uma nova Olinda, pela periferia da cidade, que desafogará as vias que hoje sofrem com o engarrafamento”, destaca o diretor de Engenharia e Planejamento do DER-PE, Francisco de Assis.
O projeto ainda inclui pista de ciclismo, praças e acessibilidade ao pedestre. De acordo com o engenheiro Bernardo Silva Monteiro, que coordenou a equipe técnica do projeto, os estudos de tráfego estimaram um volume médio diário de mais de 50 mil veículos, nos dois sentidos, ao final do décimo ano de utilização da nova via. “Além de reduzir os congestionamentos nos acessos da divisas Olinda/Recife e de dentro do próprio município, torna os deslocamentos mais econômicos, eficientes, seguros e convenientes”, concluiu.

Fonte: Folha de Pernambuco


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Trânsito cada vez mais complicado em Natal

domingo, 13 de junho de 2010


A cidade é outra, a realidade é a mesma. Em 2011 a municipalização do trânsito de Natal completará uma década e o transporte e o tráfego na capital potiguar continuam enfrentando o mesmo grande desafio de quase 10 anos atrás: evitar o estrangulamento das principais vias, devido ao aumento contínuo da frota, que se ampliou 13 vezes desde 1988. A solução é unânime entre os especialistas e passa necessariamente pela melhoria do sistema de transporte público, sem a qual se tornará quase impossível controlar um crescimento médio de 20 mil novos veículos por ano.

Taxista há 11 anos, Rodrigues Camilo da Silva não poupa críticas às mudanças pelas quais o trânsito natalense passou desde a municipalização. “Piorou 100%. Hoje em dia, em todo canto que você andar, as maiores vias como a Hermes da Fonseca, Salgado Filho, Bernardo Vieira, Prudente de Morais, vai ver congestionamento. E agora é o dia todo, antigamente era só no horário de pico”, recorda o profissional. No quesito “pior mudança”, ele dá medalha de ouro às modificações na Bernardo Vieira. “Piorou demais. Quiseram fazer no estilo de Recife e não teve condições”.

Já das melhorias, o taxista cita duas: “A ponte nova (Newton Navarro) melhorou muito o acesso à zona Norte e o Via Livre está melhorando bastante as ruas”. Em seu entender, era necessário transporte público de qualidade para a população deixar os carros em casa, ou o município adotar medidas como transformar a Salgado Filho e a Prudente de Morais em vias de mão única, “porque a situação é gravíssima”.

Os usuários dos transportes coletivos também não veem avanços. Manoel Alves trabalha em uma oficina de móveis e leva até mais de uma hora para fazer o percurso de menos de 10 km entre Petrópolis e o bairro de Pirangi. “Piorou muito, dá mais congestionamentos na cidade e os ônibus até têm dia que é bom, mas geralmente é fraco. Demoram. Então não melhorou é nada”, aponta.

Para quem se desloca para a zona Sul, a situação é cada vez pior e o secretário-adjunto de Trânsito do Município, Haroldo Maia, explica o motivo. “As mudanças no tráfego levam em conta o desenho urbano da cidade. Antes, por exemplo, só havia uma ligação entre zona Norte e Sul e isso era um problema. Agora com a nova ponte foi minimizado. Os pontos críticos aparecem em função da economia”, destaca.

Antigamente, lembra o secretário, o desejo de viagem das pessoas era para o centro da cidade, onde se concentravam serviços e comércios. “Hoje, com o Plano Diretor permitindo a abertura de negócios em todo o município o eixo vem mudando. Pela vocação turística, que é a mola de desenvolvimento de Natal, a região Sul, próximo à Ponta Negra, tem se tornado o desejo maior de viagem dos natalenses, reúne universidades, shoppings, hotéis, serviços e é onde as pessoas trabalham.

”Com isso, vias como a Roberto Freire, Salgado Filho e o trecho urbano da BR-101 se tornaram cada vez mais congestionadas. “Antigamente você pegava a Roberto Freire tranquilo para ir à praia, mas agora tudo está concentrado lá, serviços, supermercados, bancos, e a situação ficou bem diferente”, reconhece.

Transporte público é a solução

Os milhões previstos para serem investidos em obras de mobilidade urbana em Natal podem se limitar a meros paliativos, se não for dada prioridade ao transporte de massa. A opinião é do secretário adjunto de Trânsito do Município, Haroldo Maia. “O principal desafio para todos os municípios, sobretudo as capitais, é administrar a circulação da frota crescente, em um espaço físico que não aumenta, é constante. A saída então é investir em transporte público”, reforça.

Ele lembra que Natal é um dos municípios com menor área territorial dentre as capitais brasileiras, apenas 170 km2, e por isso é ainda mais importante para a cidade preservar o espaço destinado ao transporte público. “Seja com ônibus, metrô de superfície, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), é função do poder público preservar esse espaço, porque se depender do transporte individual, o automóvel, não tem solução. Tudo que a gente fizer é paliativo e em pouco tempo estará superado pelo aumento da frota.

”Haroldo Maia entende que as propostas de restrição ao uso do automóvel individual são bem-vindas, mesmo aquelas que preveem proibição de acessos às áreas centrais, porém ressalta que o melhor caminho é mesmo a melhoria do transporte público. “A partir do momento que a gente considera que uma via é um bem público, e é bastante caro, quanto mais pessoas estiverem usando é melhor. E o transporte público é o que transporta mais gente. A partir do momento que poucos usam a via, não existe equilíbrio”, observa.

Para melhorar o transporte público, a licitação das linhas de ônibus, que hoje são operadas por concessão, é considerada fundamental. “Está dentro do Plano de Mobilidade da Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana), que está em fase conclusiva e que levou em conta estudo da rede de transporte e o desejo de viagem das pessoas, ou seja, para onde o pessoal quer se deslocar, sugerindo novos traçados.” Haroldo Maia considera a licitação um passo decisivo para definir melhor as regras e o órgão gestor ter mais condições de gerenciar o sistema.

Ele lembra que, atualmente, é praticamente impossível criar novas linhas, apesar da demanda das comunidades, e a alternativa acaba sendo estender o percurso das atuais. “Com a licitação, poderemos ter novos trajetos dentro de um novo modelo e em cima de uma nova rede que está sendo planejada para facilitar os deslocamentos.” Haroldo alerta que ao final deste ano se extingue a concessão das atuais linhas. “Não depende da Semob, mas o ideal é que em 2011 já seja implantado o novo modelo, com a licitação”, afirma.

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Projetos para recuperar a mobilidade do trânsito na Região Metropolitana do Recife já estão prontos, só faltam sair do papel

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Por enquanto uma cidade ainda no papel, mas com a promessa de um futuro real: corredores exclusivos de ônibus sobre viadutos, modernas plataformas de embarque e desembarque, tempo de chegada e partida dos coletivos e, de quebra, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para complementar a linha do metrô. Os desenhos, de um futuro que ainda não chegou, fazem parte de importantes projetos de mobilidade urbana previstos no Plano Diretor de Transporte Urbano até 2012, já projetando para o cenário da Copa do Mundo em 2014.

Esses projetos são essenciais para desafogar a situação caótica no trânsito do Recife, apresentada pelo Diario desde domingo, onde as velocidades, em horário de pico, estão abaixo dos 10 km/h nas principais avenidas da cidade. Obras que podem dar uma chance para a cidade voltar a andar.

Dos projetos previstos, três de corredores exclusivos de ônibus sequer foram licitados: Norte/Sul, Leste/Oeste e o da Avenida Norte. A última promessa é que a licitação ocorra ainda este mês. Também ainda no universo do papel, a segunda etapa da Via Mangue, projeto do município para desafogar o fluxo da Zona Sul. Só após a Via Mangue é que o Norte/Sul poderá ser totalmente implementado.

Com 43 quilômetros de extensão, o Norte/Sul, o maior entre os três corredores, ligará o terminal de integração de Igarassu, município da Região Metropolitana, até o terminal de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. Mas a sua primeira etapa está prevista até o terminal Joana Bezerra, no Recife. A restrição se dá porque não há como dividir o atual espaço da Domingos Ferreira, já saturada com o fluxo médio de 50 mil carros por dia, e um corredor exclusivo de ônibus. "A maior parte do fluxo da Domingos Ferreira será deslocada para a Via Mangue. Enquanto isso não for feito não há como implantar um corredor exclusivo de ônibus nessa via", explicou o secretário das Cidades, Dilson Peixoto.

Encomendado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), o projeto do Norte/Sul foi elaborado pelo urbanista JaimeLerner, pioneiro na implantação de corredores exclusivos de ônibus no Brasil. O modelo de Transporte Rápido por Ônibus (TRO) contempla vias e faixas exclusivas para o tráfego dos coletivos e implantação de estações de embarque e desembarque. Todas elas com o piso do ônibus no mesmo nível da plataforma, a exemplo do metrô, pagamento da tarifa antes do embarque e ainda painéis eletrônicos para informar em tempo real o horário das linhas.

Já o corredor Leste/Oeste, que liga a Avenida Conde da Boa Vista à Avenida Caxangá, implantado há dois anos, sofrerá alterações para se adequar à proposta do TRO. "Além de requalicação das estações haverá uma expansão do trecho até o município de São Lourenço da Mata, que vai sediar a Copa de 2014", explicou Dilson Peixoto.

O terceiro corredor exclusivo de ônibus, o da Avenida Norte, terá início na BR-101, a partir do terminal de integração da Macaxeira, Zona Norte do Recife, até a Avenida Cruz Cabugá, no centro. A proposta do projeto para evitar desapropriações é construir ocorredor sobre um elevado. O equipamento beneficiará, ao todo, 17 bairros daquela região e terá uma extensão de aproximadamente 8,1 km. O trecho elevado terá, segundo o projeto, cerca de 5 km, da entrada do Vasco da Gama até o viaduto da Agamenon Magalhães.


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Recife: Sinal Fechado // A cidade refém dos automóveis

segunda-feira, 7 de junho de 2010


Uma metrópole além de sua capacidade viária, ultrapassada há décadas, e que caminha rapidamente para um cenário caótico. São Paulo? Não. Recife. A frota da capital pernambucana acaba de chegar a 500 mil veículos registrados no Detran após a atualização dos dados do mês de maio. Isso significa que 1/3 da população da cidade tem algum automóvel. Uma conta bruta, considerando até a faixa etária abaixo dos 18 anos. Esse número reflete aquela sensação diária de trânsito asfixiado para os motoristas da cidade, já sem um período definido para o "rush", que é a denominação aplicada para os horários de pico.

Seja por falta de estrutura no setor de transporte, excesso de carros ou até mesmo pelo comportamento nas ruas, o tráfego na capital pernambucana está no seu limite. Com o objetivo de evidenciar esses dados, pontuados pelas histórias de quem sofre com a situação e, sobretudo, apresentar soluções, o Diario de Pernambuco inicia hoje a série de reportagens Sinal Fechado, fazendo um diagnóstico sobre o sistema viárioda Região Metropolitana do Recife.

A série está fundamentada na pesquisa de campo realizada pela equipe do Diario, que mediu os níveis de serviço (velocidade média e capacidade das vias) dos principais corredores de tráfego da cidade, acompanhada por especialistas na área da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dos 19 trechos medidos pela pesquisa (veja a metodologia na página seguinte), 12 estão classificados entre E e F, os dois últimos níveis. Essas duas classificações (de um total de seis) indicam que as vias arteriais - como as avenidas Agamenon Magalhães, Caxangá e Domingos Ferreira - estão operando no limite da capacidade, com velocidades que não passam de 22 km/h nos horários de pico. Trata-se de uma retenção muito acima do razoável, que seria dirigir a pelo menos 45 km/h. Alguma obra? Acidente? Blitz? É "apenas" o grande volume de carros que trafega nas 13 mil ruas da cidade.

Durante o percurso realizado na Avenida Rosa e Silva, à noite, a velocidade média ficou em inaceitáveis 8,7 km/h. Um gasto de 22 minutos e 40 segundos para completar uma faixa de apenas 3,3 quilômetros. Um verdadeiro teste de paciência na volta para casa. Para se ter uma ideia sobre essa quilometragem, basta dizer que um homem adulto caminha a 4 km/h. Esse último nível de serviço (F) é o chamado stop and go ou, numa tradução literal: pare e ande.

Para o doutor em planejamento urbano de transporte pela Universidade da Alemanha e professor da UFPE, Oswaldo Lima Neto, o Recife já tem até uma certa desvantagem em relação a São Paulo, apontada como ponto crítico no tráfego metropolitano no Brasil. "A nossa frota é menor, obviamente, mas o nosso sistema viário é pior e defasado. Todo recifense que se dirige ao Centro percebe isso. E a situação está piorando, mas não de uma forma linear, mas exponencial, com o crescimento da frota bem acima da população. Além disso, São Paulo tem uma companhia de engenharia de tráfego bem mais equipada e preparada para essa grave situação", diz.

Além da pesquisa, a série traz dados inéditos do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), que traçou projeções para o sistema viário da RMR para 2012 e 2020. O estudo, encomendado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), foi concluído em 2009. Uma das simulações afirma que se as obras previstas no plano não forem executadas até 2012 haverá um aumento de 200% de congestionamento nas vias que em 2007 já eram consideradas saturadas.

No decorrer da série Sinal Fechado, que vai até a próxima quinta-feira, o Diario também abordará temas como os bastidores da operação de tráfego realizada pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), o funcionamento e as lacunas do transporte público, a reengenharia de tráfego proporcionada pelo crescimento do complexo de Suape e a expectativa da melhoria da mobilidade urbana no Grande Recife com a Copa do Mundo de 2014. Dinheiro haverá para obras estratégicas. Falta pisar no acelerador.




Fonte: Diário de Pernambuco
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