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Aplicativo facilita a vida de usuário do transporte em Ribeirão Preto

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Quem nunca acordou atrasado e ficou em dúvida se dava tempo de tomar banho antes de esperar o ônibus no ponto? Quantas vezes você foi para ponto de parada achando que estava no horário certo, mas teve que esperar muito tempo?

Com a ajuda de tabletes e celulares, esses dois cenários, em breve, vão fazer parte do passado. Em cumprimento ao TAC (termo de ajustamento de conduta) assinado há três meses, a Transerp (Empresa de Transporte e Trânsito de Ribeirão Preto) e o Consórcio PróUrbano, vão disponibilizar, a partir de 6 de agosto, dois aplicativos para os usuários do transporte coletivo terem informação de itinerário e de localização dos ônibus em tempo real.

Bem-vindos
Os usuários do transporte coletivo já comemoram a nova tecnologia. “O celular está sempre na minha mão e com certeza vou usar os aplicativos. Vou poder ir para o ponto só na hora que o ônibus vai passar”, comemorou Emanuelly Saes, de 16 anos, que utiliza diariamente a linha Marincek.

Francine de Souza Lopes, de 17 anos, também é usuária do transporte coletivo urbano e adepta dos aplicativos. “Pretendo usar [os aplicativos] sim. A gente vai para o ponto de parada sem saber a hora exata que o ônibus vai chegar. Às vezes até na chuva”, lembrou a jovem.

O auxiliar de administração Carlos Santos, de 19 anos, vai ser outro adepto da tecnologia. “Tem dia que acordo atrasado e deixo de tomar banho ou de tomar café para correr para o ponto porque não sei se o ônibus está para passar. Com os aplicativos vou poder me programar e não perder mais tempo”, explicou.

Gratuito
Os aplicativos, que de acordo com o TAC precisam estar disponíveis até o dia 7 de agosto, ainda não têm nomes definidos.

“Estamos na fase final de testes e depois vamos escolher os nomes”, explicou José Mauro de Araújo, gerente de transportes da Transerp.

Os programas serão gratuitos e devem ser disponibilizados pelos portais da prefeitura e da Ritmo (Rede Integrada do Transporte Municipal por Ônibus). As plataformas compatíveis são a IOS (iPhone) e Android. 
Futuramente, o aplicativo também deve ganhar plataforma para o Windows Phone.

Programa é usado em outras cidades
O aplicativo (APP) que vai informar os 100 mil usuários do transporte coletivo de Ribeirão Preto é semelhante aos que estão em funcionamento nas cidades de Sorocaba-SP, Recife-PE e Colatina-ES.

“Estamos realizando todos os testes necessários, mas o programa já é utilizado em outras cidades com sucesso”, disse José Mauro de Araújo, gerente de transportes da Transerp. “Ele [o APP] é simples. Ele mostra o nome e o número da linha e o tempo que demora para o ônibus passar. Assim que o veículo deixa o ponto, já aparece o seguinte”, acrescentou.

Além do aplicativo, a partir de 1º de outubro de 2014, os ônibus do transporte coletivo urbano não vão vai mais aceitar dinheiro. Tudo será feito com Cartão Cidadão. A meta é acabar com os assaltos e facilitar a tarefa dos motoristas, que hoje trabalham como cobradores.

Tecnologia ajuda no dia a dia da população

O uso de aplicativos (APP) para facilitar a vida da população não é novidade. Em abril, o A Cidade mostrou várias tecnologias que caíram no gosto dos ribeirão-pretanos.

O WikiCrimes e o QAP Mobile mostram quais regiões da cidade são perigosas e quais os tipos de crime mais comuns. O banco de dados é atualizado pelos usuários e por dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).

O Checkplaca é um aplicativo desenvolvido pelo Ministério da Justiça para combater furtos e roubos de veículos, o sistema engloba os dados do Denatran e das polícias civis de todos os estados.

O Detran.SP também tem o aplicativo Consultas Detran, para apontar débitos e restrições de veículos registrados no Estado de São Paulo. 

O aplicativo é voltado para o cidadão que pretende comprar um veículo usado e deseja saber se o veículo está regular.

Informações: EPTV

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Fazer São Paulo andar ainda é desafio eleitoral

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ainda é madrugada quando toca o despertador de Josué Martiniano dos Santos. Às 3 horas, o dia não clareou e o silêncio lembra o encarregado de manutenção de 59 anos que ainda é hora de descansar. Mas para quem precisa enfrentar quatro conduções até o trabalho, em um percurso superior a 40 quilômetros, dormir é luxo. “O primeiro ônibus que pego, às 4 horas, já está lotado. Se resolver ficar mais tempo na cama, não chego na Barra Funda na hora certa”, diz o morador de Parelheiros, no extremo sul.

A região é uma das piores no quesito mobilidade. Faltam opções de linhas de ônibus e de trem para atender os trabalhadores que cruzam a capital no sentido centro. Santos faz uma ginástica diária por 6 horas para chegar ao trabalho e voltar: são dois ônibus e dois trens na ida e o mesmo tormento no retorno. “De tarde é ainda pior. Tem dia que fico de 40 a 50 minutos na fila para conseguir entrar no ônibus no Terminal Grajaú.”

Ampliar a oferta de linhas nos terminais mais procurados e, principalmente, aumentar o número de ônibus é o que mais pedem os usuários. Quem depende do sistema quer, sim, mais corredores e faixas exclusivas, como prometem os candidatos, mas a prioridade é poder embarcar mais rápido e enfrentar a viagem sentado.

Na planilha da Prefeitura, porém, não parece faltar ônibus. Os números oficiais mostram que há 14.736 veículos rodando pela cidade. Juntos, eles realizam uma média diária de 9,8 milhões de viagens. Mas nenhuma linha opera de forma expressa ou semiexpressa, como defende o urbanista e consultor de trânsito Flamínio Fishman.

“A Prefeitura, por meio do Bilhete Único, sabe quais são os deslocamentos mais realizados. Sabe, por exemplo, que muita gente sai da região de Santo Amaro de manhã com destino ao centro. Poderia oferecer uma linha direta para tornar a rota mais ágil. Ou então criar só duas ou três paradas”, diz.

A babá Marcia Souza, de 47 anos, usa o corredor da Avenida Santo Amaro para chegar ao emprego, na Vila Mariana, também na zona sul, e aprova. “A viagem vai bem mais rápida quando tem corredor, o problema é que são poucos.” Hoje são 137,6 quilômetros em corredores à esquerda e outros 513,3 km em faixas exclusivas à direita – São Paulo tem 17 mil km de vias.

Quem anda de carro teve de se acostumar às faixas. A gestão Fernando Haddad (PT) implementou 423,3 km dessas vias. Passada a resistência inicial, a política foi assimilada pela população, o que não ocorreu com a redução das velocidades nas Marginais nem com a ampliação do número de radares. Pesquisa da Rede Nossa São Paulo mostra que 53% dos paulistanos desaprovam a ação.

“Por que só se pode andar a 50 km/h numa via expressa, em pleno sábado ou domingo? Não concordo. Acho que isso atrapalha, não ajuda”, diz a atendente Alessandra Gonçalves, de 29 anos. Segundo a Prefeitura, a redução da velocidade fez cair o número de vítimas no trânsito e os congestionamentos.

Queixa

Para o taxista Paulo Sérgio Bezerra, de 35 anos, o discurso oficial não se sustenta. “O trânsito continua péssimo. Levo mais de uma hora para ir do Limão, na zona norte, para o Alto de Pinheiros, na zona oeste, em horário de pico. Sem trânsito, é um trajeto de 15 minutos”, diz. Bezerra reclama ainda da regulamentação do Über.

Há também quem ainda não entenda o investimento pesado em ciclovias, uma vez que três em cada quatro paulistanos dizem nunca andar de bicicleta. Hoje, a malha cicloviária tem 438,7 km – três vezes mais do que todos os corredores de ônibus juntos. Pesquisas, no entanto, mostram que a política fez dobrar o número de ciclistas na cidade. Hoje, são 261 mil.

Já os pedestres são os menos citados nos horários eleitorais dos candidatos. Para o carteiro Alexandre de Arruda, de 36 anos, essa é uma falha das campanhas. “Só pensam em carro, táxi, ônibus. Um erro, já que pedestres somos todos nós.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Usuários de ônibus de Fortaleza enfrentam lotação, longa espera e insegurança

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lotação, demora e violência. A reclamação dos usuários do transporte público, em Fortaleza, está praticamente na ponta da língua. Cerca de seis meses após a realização das manifestações, que povoaram as ruas com a exigência, entre outras questões, de um transporte público de qualidade, a situação parece não ter modificado muito. Nos terminais de ônibus, as longas filas que se formam tiram o sossego dos passageiros, que temem os assaltos constantes aos veículos. Além disso, a demanda de pessoas a serem transportadas, maior do que a oferta de assentos nos carros, obriga os usuários a se espremerem em viagens nada confortáveis. O resultado é a insatisfação da maioria.

A reportagem percorreu seis terminais em Fortaleza: Lagoa, Parangaba, Siqueira, Messejana, Antônio Bezerra e Papicu. A reclamação é a mesma: a longa espera nas filas aguardando a chegada dos ônibus, a lotação dos veículos e os assaltos.

A estudante Rebekka Falcão, 20, teve um ano de 2013 não muito agradável em suas viagens de ônibus. A jovem conta que foi assaltada cinco vezes na mesma linha, a 038 (Parangaba-Papicu), quando voltava para casa à noite. Ela diz que precisa do transporte para se deslocar todos os dias e não está nada satisfeita com o serviço. "O transporte público em Fortaleza é muito ruim, não tem segurança. Não consigo ver nem um ponto positivo no serviço", avaliou.

O medo dos assaltos também interfere nas viagens da aposentada Aulzenir Negreiros, 68. Para a mulher, a lotação dos veículos contribui com a onda de assaltos. "Com a lotação, se você está com bolsa, eles (criminosos) tentam te roubar. Precisa de mais ônibus e de mais fiscalização pois a gente está desprotegido", contou. A insegurança também é fato para o pastor evangélico José Ribamar Ferreira, 76, que já foi assaltado três vezes durante as viagens de ônibus que faz, diariamente, pela cidade. "Costumo andar de ônibus no fim da tarde e à noite. Nesses horários é que isso acontece", detalha.

Organização

Além do medo de assaltos, o longo tempo de espera por um ônibus, seja no terminal ou na parada, é queixa recorrente dentre os usuários do transporte coletivo.

A auxiliar de manipulação Antônia Elita do Nascimento, 44, cansou de ser prejudicada pela demora dos ônibus da linha 041 (Parangaba/Oliveira Paiva/ Papicu) e fez uma reclamação formal junto ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus). Entretanto, afirma ainda não ter visto melhora.

"Eles me explicaram que o atraso acontece por conta dos desvios no meio do caminho, já que a cidade toda está em obras, mas antes de começarem as reformas, os ônibus já atrasavam muito", argumenta, lamentando o longo tempo que leva para se deslocar do bairro Vicente Pinzón, onde mora, até onde trabalha, no bairro Castelão.
O engenheiro civil Leandro Sales, 25, utiliza o ônibus como meio de transporte todos os dias. Ele afirma que é necessário repensar a maneira de lidar com o serviço na Capital. "São poucos ônibus para muita gente. É preciso aumentar a frota e mudar a logística nos terminais", opinou.

Para os usuários em idade avançada, como a costureira Ana Maria Moreira, 65, o problema da demora e da lotação toma proporções ainda maiores. "Não existe respeito com quem é idoso: os motoristas não têm paciência quando subimos devagar, ficamos muitas horas esperando e quase sempre vou em pé, porque ninguém me dá um lugar", enumera, revelando que as falhas no transporte público envolvem também o comportamento dos próprios usuários.

A aposentada Valdelice Ribeiro de Castro, 73, compartilha das reclamações. "Os ônibus estão sempre cheios e os motoristas nunca esperam tempo suficiente para subir", completa.

Soluções

Nos órgãos responsáveis pela gestão do transporte público e áreas relacionadas, as melhorias estão em estudo.

Sobre a insegurança, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por meio de nota, que está "em conversa com o Sindiônibus e com o Sindicato de Veículos em Transporte Público Alternativo de Passageiros no Estado do Ceará (Sindivans) para desenvolver uma ação direcionada que venha a coibir os assaltos" que envolvam os equipamentos de transporte público.

De acordo com a assessoria de comunicação da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), a Prefeitura tem trabalhado, desde o ano passado, em parceria com a Polícia Militar, fazendo abordagens nos coletivos, além da presença da Guarda Municipal nos terminais.

A implantação dos corredores exclusivos para ônibus, com os sistemas BRTs e BRSs, de acordo com a Etufor, deve reduzir o tempo de espera pelos coletivos e dar mais agilidade ao transporte. Obras como o BRT Alberto Craveiro e BRT Antônio Bezerra/ Papicu integram o pacote da Prefeitura.

A Etufor informou, ainda, que após a inclusão das vans no sistema de integração com o Bilhete Único, que começa amanhã (15), a Prefeitura de Fortaleza vai aprimorar os estudos para readequar as linhas do transporte público, garantindo mais eficiência ao serviço.

Ampliação

Além da obra de ampliação do Terminal do Antônio Bezerra, em fase de conclusão, outras intervenções são anunciadas pela Prefeitura, como a ampliação e reforma do Terminal de Messejana, incluindo a construção de um bicicletário, e a melhoria viária da Avenida Aguanambi, principal acesso ao corredor Messejana/Centro. O início das obras deve ser no segundo semestre deste ano.

Demora e cansaço na volta para casa

À noite, quando a maioria dos usuários do transporte coletivo regressa para casa, a peleja para se pegar um ônibus continua, porém, com um agravante: o cansaço após um dia inteiro de trabalho. Nos principais terminais de integração da cidade, a mesma cena. Filas e mais filas de pessoas em busca de sua condução para, finalmente, ter o descanso merecido. O que se percebe, no entanto, é que esse retorno quase sempre não ocorre da forma como o passageiro deseja.

No Terminal do Papicu, por volta das 18h, ocorre o pico do movimento. O vai e vem de pessoas é frenético, muitas vezes, de forma apressada ou correndo para pegar o veículo que já aguarda no local. Perder o ônibus nesse horário é, para muitos, motivo de muita chateação. "No mínimo, são mais 30 minutos de espera", ressalta a diarista Francisca dos Santos. Para ela, a solução para o problema seria disponibilizar mais veículos nos horários de pico. "Isso diminuiria filas e a lotação nos ônibus", diz. Além disso, ela reclama da demora de algumas linhas. "Uma vez, esperei 45 minutos por um ônibus para me trazer da Cidade dos Funcionários para cá", comenta.

As longas filas também são alvos de críticas para a maioria dos passageiros. O emaranhado de gente muitas vezes se confunde entre um ponto e outro e, de tão grandes, às vezes chegam a ocupar toda a largura da plataforma de embarque, obrigando alguns usuários a descer na área de tráfego dos carros para poder passar de um ponto ao outro.

"Quanto mais cedo da noite se chegar aqui, pior é a situação. Às vezes é melhor você esperar um pouco para sair e encontrar o terminal um pouco mais vago", destacou a auxiliar de enfermagem Sandra Ferreira, 38.

Quando falou com a reportagem, o auxiliar de serviços gerais Cristiano Luz, 37, estava há dez minutos esperando a linha Messejana-Papicu. O tempo, aparentemente normal, para ele já é irritante, e muitas vezes se estende por um período bem maior. "Já esperei 40 minutos", diz.

Lotação

Nas paradas nas ruas, a queixa da auxiliar de enfermagem Flaubenia Matos, 39, é de motoristas que não param no local, aproveitando o momento em que já existem outros veículos parados. Já dentro do terminal, a combinação lotação e espera é o que mais desagrada a trabalhadora.
Segundo ela, a estratégia para ir até sua casa com um pouco mais de conforto é esperar na longa fila por três ou até mais ônibus. "Eu trabalho o dia inteiro e saio muito cansada. Tudo o que eu queria era chegar aqui e pegar o ônibus, sentada, para ir para casa, mas para isso tenho que esperar", lamenta ela.

Por Jéssica Colaço/Levi de Freitas/Renato Bezerra
Informações: Diário do Nordeste
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O bom exemplo das cidades: bicicletas e rampas da integração

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

“Quem não quer chegar mais rápido em casa ou ao trabalho?”, pergunta Claudio Barbieri da Cunha, coordenador da pós-graduação do Programa de Engenharia de Transporte, da USP. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a locomoção não é tarefa fácil: 32% das pessoas levam mais de uma hora para ir de casa até a escola ou ao trabalho. Nessas regiões, o transporte público é usado por 79% da população. E, para 37% dos entrevistados, o tempo de locomoção é o principal fator na escolha do meio de transporte.
Incentivo ao uso da bicicleta vem acontecendo em muitas capitais. Em Brasília, a placa de ciclovia no Paranoá indica o cruzamento. Foto: Iano Andrade/CB/D.A. Press
"Se o cidadão vai gastar de ônibus quase o mesmo tempo que gasta de carro, ele opta pelo conforto. Para o transporte público competir com o carro, o usuário tem que ganhar tempo", explica Barbieiri.

Ainda que não seja fácil diminuir o tempo gasto nas viagens ou oferecer transporte público de qualidade, alguns municípios vêm conseguindo torná-lo atrativo. Depois das boas experiências em Saúde, Educação e Segurança, O GLOBO publica hoje ideias na área de Transportes que, segundo especialistas, podem ser replicadas em cidades como o Rio, de 6 milhões de habitantes.

"Para replicar boas práticas, é preciso levar alguns pontos em conta, entre eles, as condições físicas e socioeconômicas da cidade. Temos que olhar as tecnologias que cada município tem, como as pessoas estão distribuídas e os aspectos culturais. Em Fortaleza, muitos andam de bicicleta. Um projeto incentivando o uso seria natural", explica Orlando Fontes Lima Jr., professor do departamento de Geotecnia e Transporte da Unicamp.

Incentivo ao uso da bicicleta foi o que aconteceu em Sorocaba, município no estado de São Paulo com 586 mil habitantes. Por lá, a prefeitura criou um sistema que integra ônibus e bicicleta: o IntegraBike começou a funcionar em maio, é gratuito e as primeiras estações foram colocadas na área central, onde estão agências bancárias e o comércio. Ao todo, são 120 bicicletas, e já foram feitos mais de 26 mil empréstimos, que correspondem a mais de 250 viagens por dia útil.

"Criamos o projeto como complementação da viagem de ônibus. Contamos com 15 estações, e já ampliamos a oferta para o eixo Norte da cidade, onde está a Casa do Cidadão, local para resolver qualquer problema relacionado à prefeitura", conta Renato Gianolla, secretário de Transportes e diretor-presidente da Urbes. "Quando o programa fizer seis meses, faremos um estudo para entender como podemos ir adiante".

Por mês, a prefeitura paga R$ 59 mil para a empresa que venceu a licitação. O contrato é de um ano, podendo ser renovado por mais quatro, e até dezembro a meta é ter 19 estações e 152 bicicletas.

"Fiscalizamos se a empresa cumpre o contrato, que prevê manutenção e ampliação das estações e bicicletas. E temos guardas municipais nas ruas acompanhando os ciclistas e os motoristas de carro e ônibus", diz Gianolla, lembrando que o sistema de transporte funciona desde 1992 com cartão eletrônico: "É esse cartão que o usuário precisa ter para usar a bicicleta, e que dá direito a até quatro viagens de ônibus em uma hora por R$ 2,95".

Coordenador do Programa de Engenharia de Transporte da Coppe/UFRJ, Márcio D’Agosto diz que, com adaptações, o IntegraBike pode funcionar em cidades como o Rio. As bicicletas seriam úteis em áreas como Deodoro, Anchieta, Bangu, Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste:

"Com vias pavimentadas e sinalizadas, tendo segurança, as pessoas que moram e trabalham nessas regiões podiam ir de bicicleta. Também acredito que seria útil em Madureira, Cascadura, Irajá... Mesmo na Zona Sul, ligando Copacabana, Leblon e Ipanema até Botafogo, pode ser interessante."

"Na Cidade Universitária da USP, temos uma estação de metrô a uns 15 minutos. Se esse sistema funcionasse, as pessoas usariam as bicicletas para ir até o metrô e não seus carros", diz Barbieri.

Com 600 mil habitantes, Uberlândia (MG) implantou uma medida que beneficiou os usuários: tornou-se a primeira cidade brasileira com transporte público 100% acessível. Deficientes visuais têm sinais sonoros nas ruas, ônibus são equipados com elevadores para cadeirantes e as calçadas têm travessias elevadas.

"Além dos ônibus, atendemos, com 50 vans integradas, 2.200 pessoas com deficiências, que são levadas à escola e ao médico. E acabamos de inaugurar táxis acessíveis", conta o prefeito Odelmo Leão (PP), lembrando que fiscalização é fundamental: "Colocamos 130 fiscais nas ruas em três turnos, e os ônibus e os pontos de parada têm GPS. Além disso, exigimos que as empresas treinem condutores e trocadores."

Segundo o secretário de Transportes, Divonei Gonçalves dos Santos, Uberlândia tem oito mil portadores de deficiência cadastrados:

"Para que o projeto de acessibilidade fosse completo, vimos a necessidade de criar rampas nos lugares com maior concentração de gente. Temos o terminal central com informações em braile, sinal sonoro e elevadores, e outros cinco terminais e dois corredores completamente acessíveis."

"O que existe em Uberlândia pode ser replicado com planejamento, fiscalização e treinamento adequado para quem opera o sistema", diz Lima Jr., que acredita ser “preciso ter em mente que o que dá certo numa cidade, se for apenas copiado, não necessariamente vai ser sucesso em outra”: "Mesmo a experiência do BRT em Curitiba tem que ser analisada. Lá, a cidade é plana, os bairros cresceram em torno no BRT, e não tem metrô".

Exemplo lembrado por especialistas e usuários quando o assunto é transporte, o BRT de Curitiba foi inaugurado em 1974. Hoje, estão integradas, além do município, 13 cidades da Região Metropolitana. Por dia útil, 2,3 milhões de passageiros são transportados.

"O sistema permite que os ônibus fiquem parados o mínimo possível. Quem mora perto das canaletas (pontos) chega mais rápido indo de ônibus que de carro", diz Antonio Carlos Araújo, diretor de Transporte da Urbs: "Quando surgiu, o BRT já tinha visão de futuro, planejava o crescimento da cidade. Transporte público tem que ser pensado assim".

Informações: Agência O Globo


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Transporte coletivo ainda está longe de ser integrado na Baixada Santista

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A integração dos sistemas municipais e intermunicipal de transportes está longe de se tornar realidade na Região Metropolitana da Baixada Santista. Segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), a integração está prevista até dezembro deste ano. No entanto, em contato com as prefeituras, o Diário do Litoral apurou que, dos nove municípios, apenas um já possui o convênio. O restante não iniciou as tratativas para a parceria ou aguarda o avanço das negociações com a estatal.
Foto: Matheus Tagé/DL

Em julho do ano passado, a EMTU assinou contrato de Parceria Público Privada (PPP) com o Consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, concedendo a operação do Sistema Integrado Metropolitano, que contempla as linhas metropolitanas regulares de ônibus e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), incluindo a expansão dos serviços em toda a Região. A concessão também prevê o fornecimento de equipamentos e sistemas de controle operacional de veículos – ônibus e VLTs - e a implantação de bilhetagem eletrônica.

Santos, município por onde o VLT passa, informou que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) tem estudos em andamento visando a futura integração dos coletivos municipais com o VLT, porém depende de definições da EMTU.  Segundo a Administração Municipal, o assunto vem sendo analisado em conjunto com a empresa, uma vez que a integração nos ônibus de Santos será consequência da realizada no sistema coletivo intermunicipal.

Ainda de acordo com a Prefeitura, no Município haverá integração temporal e tarifária, que permitirá que o passageiro, utilizando o Cartão Transporte, desembarque em qualquer ponto de parada e mude de ônibus, dentro de um determinado período, sem precisar pagar outra passagem (independentemente de utilizar o VLT). A Administração Municipal não informou quando esse novo sistema vai entrar em vigor.

A Prefeitura de São Vicente, que também conta com o VLT, foi questionada sobre a integração do sistema municipal com o intermunicipal, mas até o fechamento desta edição não encaminhou resposta.

Sem VLT

Se a integração ainda caminha a passos lentos nos municípios com o VLT, nas outras cidades a situação é a mesma ou pior. Cubatão, por exemplo, informou que “não há na cidade lei ou convênio referente à permissão da integração do sistema municipal com o intermunicipal”.  

A situação é a mesma em Mongaguá. Segundo o Departamento Jurídico da Prefeitura não há tratativas em curso junto à EMTU acerca da integração de sistemas de transportes. O Município não conta com integração municipal.

Em Itanhaém, o sistema municipal de transporte também não permite integração com o sistema intermunicipal de transporte.  Segundo a Prefeitura, um processo licitatório está em andamento para a contratação de uma nova empresa de transporte público, que, entre as exigências, está a implantação do Bilhete Único Municipal.

A Prefeitura de Guarujá informou que ainda não existe um sistema de integração intermunicipal com a EMTU na Cidade. Segundo a Administração, há intenção de iniciar um sistema de integração municipal e intermunicipal com a nova concessão do transporte público, mas ainda necessita avançar em diversas tratativas e por isso não há prazo para ser iniciada.

 A Cidade já possui um sistema de integração temporal em seu transporte público, onde o usuário pode pegar até três linhas diferentes em um intervalo de 1h30 pagando apenas uma passagem. Este sistema é válido para as pessoas que possuem o cartão de transporte.

A Prefeitura de Bertioga informou que está buscando a renovação do convênio com a EMTU para a integração do sistema municipal com o sistema intermunicipal. A Administração disse que está implantando nos bairros o Sistema Integrado de Transporte (SIT), que inclui linhas alimentadoras no transporte público municipal.

Praia Grande é o único município da Região que conta com integração do sistema municipal com o intermunicipal. Segundo a Prefeitura, a ação possibilita que a pessoa pegue dois ônibus, pagando um valor mais baixo utilizando o cartão transporte dentro dos terminais rodoviários Tude Bastos e Tatico. O sistema de integração pode ser realizado também em qualquer ponto da Cidade dentro do período de 1 hora desde o primeiro embarque.

A Prefeitura de Peruíbe não se manifestou até o fechamento desta edição.

por Daniela Origuela
Informações: Diário do Litoral

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Prefeitura de Uberlândia pleiteia corredores de ônibus pelo PAC Mobilidade

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


A Prefeitura de Uberlândia enviou, ontem, para o Ministério das Cidades, projeto no valor estimado de RS 127,5 milhões para a implantação de mais cinco corredores de ônibus na cidade. O Município ingressou na seleção para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades.
Uberlândia está entre as 75 cidades de médio porte, com população entre 250 mil e 700 mil habitantes, pré-selecionadas para apresentar projetos de transporte público neste programa, lançado mês passado pela presidente Dilma Rousseff. Os municípios têm prazo até dia 31 de agosto para enviar os projetos de mobilidade urbana.
A lista de cidades selecionadas será divulgada no dia 14 de dezembro. A contratação das obras está programada para o início de 2013. São R$ 7 bilhões previstos para serem liberados pelo governo federal, em forma de financiamento, para a aquisição de equipamentos que modernizem e integrem o transporte público, como estações e terminais de ônibus.
Prevista para ser concluída em dois anos, a proposta uberlandense inclui cinco novos corredores do Sistema Integrado de Transporte (SIT) para os setores sul, oeste, sudoeste, leste e norte, partindo do Terminal Central.
Atualmente, há dois corredores exclusivos de ônibus implantados em Uberlândia ao longo das avenidas João Naves de Ávila e Monsenhor Eduardo, além de cinco terminais – Central, Umuarama, Planalto, Industrial e Santa Luzia – e 13 estações fechadas, todas na avenida João Naves de Ávila.

Proposta prevê 4 novos terminais

Enviado ontem pela Prefeitura de Uberlândia ao Ministério das Cidades para aderir ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades também prevê a construção de quatro terminais de embarque e desembarque. Eles ficariam no corredor sul (no setor universitário), oeste (no bairro Jardim Patrícia), sudoeste (na região dos Jardins, próxima ao bairro Nova Uberlândia) e Novo Mundo, nas imediações do bairro Morumbi, na zona leste.
Há também previsão de construção de mais 63 estações fechadas nos cinco corredores, incluindo duas na praça Tubal Vilela e uma na praça Clarimundo Carneiro, ambas no setor central. As intervenções urbanas contidas no projeto também contemplam a construção de dois novos viadutos: na rua Paraná, no bairro Brasil, e na rua México, no bairro Martins, além da duplicação da ponte do Praia Clube, no bairro Tabajaras, na zona sul. “Vamos deixar encaminhado para o próximo prefeito”, afirmou o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão.

Cidade aguarda liberação de financiamento há dois anos

A Prefeitura de Uberlândia aguarda há cerca de dois anos a liberação de um financiamento de R$ 101 milhões que seria proveniente do programa Pró-Transporte do Ministério das Cidades para investir em melhorias no transporte público urbano. A proposta contida neste primeiro projeto, que aguarda liberação de recursos desde 2010, é semelhante à que foi enviada ontem pelo Município para participar da seleção do PAC Mobilidade Médias Cidades.
“Não queremos perder o trabalho que já foi feito, mas também estamos ingressando um projeto para o PAC 2”, afirmou o prefeito Odelmo Leão.
Segundo o chefe do Executivo, as obras que já foram iniciadas pela prefeitura para ampliar os corredores, como os viadutos da avenida João Naves, já concluído, e da Nicomedes Alves dos Santos, com previsão para ser entregue neste mês, entrariam como contrapartida do município, caso o projeto por meio do PAC seja aprovado.
De acordo com o edital do PAC Mobilidade Médias Cidades, a seleção do Ministério das Cidades vai priorizar projetos de integração de transporte público que já estão em curso em cidades de médio porte.

Corredores estruturais projetados

Sul
Avenida Nicomedes Alves dos Santos

9 estações e terminal Universitário
Sudoeste
Avenida Getúlio Vargas

7 estações e terminal Jardins
Oeste
Avenidas José Fonseca e Silva e Marcos Freitas Costas

18 estações e terminal Jardim Patrícia
Leste
Avenida Segismundo Pereira

12 estações e terminal Novo Mundo (no bairro Morumbi)
Norte
Avenida Cleanto Vieira Gonçalves

14 estações – ligação com o Terminal Industrial (já existente)
3 Estações de embarque e desembarque nas praças Tubal Vilela (2) e na Clarimundo Carneiro (1)
Fonte: Correio de Uberlândia
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Prefeitura de São Paulo testa ônibus com internet wi-fi, TV e aviso sonoro de paradas

domingo, 13 de outubro de 2013

A Prefeitura de São Paulo testa, por meio de um projeto-piloto da SPTrans, uma série de novas tecnologias em uma linha de ônibus da capital. Atualmente, 20 veículos da linha 509M – Jardim Miriam/Terminal Princesa Isabel já contam com equipamentos de Wi-Fi livre com internet banda larga, sistema de televisão que exibe notícias e serviços para os usuários e alto-falantes externos e internos, que avisam os passageiros sobre as próximas paradas do coletivo. Além disso, um painel eletrônico instalado dentro dos veículos também informa o itinerário para facilitar o desembarque do passageiro.

O projeto está sendo gradualmente ampliado para outras quatro linhas em diferentes regiões e, se aprovado após o período de monitoramento, poderá ser integrado a toda a frota do sistema de transporte coletivo - conta com cerca de 15 mil ônibus e mais de 1,3 mil linhas e itinerários.


Com acessibilidade plena para pessoas com deficiência, os “ônibus inteligentes” contam ainda com equipamentos que ajudam o setor operacional do sistema de transporte coletivo, como aparelhos de telemetria, que indicam dados do desempenho do motor, além de câmeras de segurança ligadas a central da SPTrans e sistema de GPS, que permite saber a localização instantânea do veículo e até informar os usuários em painéis nos pontos.

Os novos ônibus estão servidos com aparelhos de contador de passageiros e acompanhamento de lotação, que apontarão quando o coletivo estiver cheio e acima da capacidade. Segundo a SPTrans, a informação serviria para, por exemplo, o motorista do coletivo optar por uma viagem expressa ou com menos paradas, aumentando a velocidade e diminuindo a lotação dentro dos corredores de ônibus.

“São equipamentos que vão, de um lado, prestar melhores serviços para o usuário no sentido de orientar melhor a viagem com informações como o destino, próximas paradas e o wi-fi dentro dos ônibus para navegar na Internet e, por outro lado, outras tecnologias com grande utilidade para termos condições de operar e controlar a rede de transporte”, afirmou o diretor de gestão econômico-financeira da SPTrans, Adauto Farias.

“A cidade precisa de uma operação mais ordenada, mais disciplinada e mais organizada e essa tecnologia virá para nos ajudar nesse sentido. A ideia é de que esses equipamentos auxiliem a cidade a operar de uma maneira mais racional e confortável para o usuário”, comentou.

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Outro sistema embarcado dos veículos inteligentes, também por câmera, permite fotografar e identificar veículos que invadam, sem autorização, as faixas exclusivas e corredores de ônibus. Apesar de estar em fase de testes para servir para multas de trânsito neste tipo de caso, o sistema ainda precisaria de regulamentação pelas autoridades de trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), trafegar pela faixa exclusiva de ônibus é uma infração leve que gera perda de três pontos na carteira e multa de R$ 53,20.

“Na eventualidade de haver uma invasão de corredor por um veículo não autorizado, ele vai fazer o reconhecimento da placa e vai ser emitida uma multa, embora isso seja uma coisa que ainda dependa de autorizações finais da autoridade de trânsito”, disse Adauto Farias.

Usuários

Para os usuários, as novas tecnologias tornam as viagens mais confortáveis e seguras. A assistente administrativa Neide dos Santos Reis, de 46 anos, que utiliza a linha 509M – Jardim Miriam/Terminal Princesa Isabel há dois anos, acredita que os avisos sonoros e visuais externos e internos facilitam o desembarque dos passageiros e aumenta a segurança, já que o motorista não precisa mais dar informações como essas. “Antes, andava e não sabia onde estava. Até conhecia meu ponto, mas se precisasse descer antes ou em outro lugar tinha que perguntar. Com a opção da TV e da internet a viagem fica mais agradável”, afirmou.

Usuário da linha há quatro anos, o cozinheiro Claudinaldo Lopes Justino, de 35 anos, aproveita o sinal wi-fi livre para se informar na internet durante o itinerário. “É uma opção para passar o tempo enquanto viajo. Posso até me distrair que, quando chega o ponto, o sistema sonoro avisa e não perco o lugar para descer”, disse.

O motorista Expedito Caetano Costa, que trabalha na linha há 15 anos, afirma que as inovações tecnológicas são excelentes para os condutores e passageiros. Ele explica que deficientes visuais são os maiores ganhadores com o sistema que faz aviso sonoro das paradas. “Facilitou muito. A viagem fica mais agradável e está mais rápida, com os corredores e as faixas exclusivas”, disse o motorista.

Informações: Prefeitura de São Paulo
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CET anuncia mais corredores de ônibus em Santos

terça-feira, 19 de março de 2013

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estuda implantar novos corredores de ônibus em Santos, que façam a interligação com as faixas já existentes. O órgão estima que, com esse sistema, a duração do trajeto tenha uma queda de 20% e 25%. 

Os locais que devem receber o projeto são a Rua João Pessoa e as avenidas Martins Fontes, Nossa Senhora de Fátima, Jovino de Melo, Hugo Maia, Manoel Ferramenta Júnior e Beira Rio.

Há corredores em três avenidas da Cidade: Ana Costa, Conselheiro Nébias e Bernardino de Campos

Na Rua João Pessoa, a circulação dos coletivos será feita na faixa da direita e se estenderá pela Rua Visconde de São Leopoldo. A Prefeitura acredita que esse corredor deva entrar em funcionamento assim que as obras de reurbanização desta avenida estejam concluídas, ainda neste ano.

Já as outras faixas reservadas aos coletivos atenderão aos moradores da Zona Noroeste. E levam em consideração as obras que serão realizadas na entrada de Santos e Zona Noroeste, o trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e as linhas de ônibus. 

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Em João Pessoa, Engarrafamentos são os causadores dos atrasos nas linhas de ônibus

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Com a chegada do inverno e as constantes chuvas, somando ao crescimento desordenado da frota de veículos particulares, o trânsito de qualquer grande centro urbano tende a apresentar problemas com engarrafamentos. E João Pessoa não é exceção a regra. Nos últimos dias, por causa das constantes e fortes chuvas, o problema se agravou a ponto do trânsito, praticamente, parar em horários de pico. E não é só a população e os usuários de ônibus que sofrem com os atrasos. Os motoristas e cobradores que trabalham nas seis empresas que atuam na cidade sentem, ainda mais, o problema, já que realizam várias viagens ao dia. Muitas destas viagens chegam a atrasar mais de meia hora. A situação chegou a tal ponto que, atualmente, todas as 86 linhas sofrem atrasos, em média, de 15 minutos em boa parte das viagens.

De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em março deste ano, João Pessoa registrou uma frota de cerca de 237.132 veículos particulares em circulação. Este número aumenta, em média, 30 mil a cada ano. Permanecendo neste nível de crescimento, em 2015, a Capital estará com uma frota de mais de 380 mil veículos circulando. A interpretação dos dados também revela uma realidade preocupante. Do número total de veículos em circulação no Brasil, registrados em 2010, que passa dos 64 milhões de veículos, 57,37% são de carros particulares. A frota da capital é composta por 517 ônibus, sendo que 454 veículos ficam em operação e 63 ficam nas garagens como reserva técnica. A frota está distribuída em 86 linhas, sendo 60 radiais, 20 circulares e seis destinadas a integração em bairros.

Esse crescimento da frota particular, aliado aos problemas estruturais das vias urbanas, que não dispõem de corredores exclusivos para ônibus, contribuem para aumentar os problemas no trânsito que, com a chegada das chuvas, se agrava ainda mais. “As empresas não estão conseguindo fazer todas as viagens programadas do dia por causa dos engarrafamentos que provocam atrasos cumulativos”, explica o diretor executivo da Associação das Empresas de Transporte Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho. Ele dá como exemplo a linha 602 - Ilha do Bispo via Shopping Manaíra que tinha um percurso de 75 minutos e hoje sempre atrasa em 15 ou mais minutos cada viagem.

O responsável pelo setor de tráfego da empresa Mandacaruense, Armando Medeiros, afirma que todas as linhas da empresa sofrem atrasos por causa do trânsito, mas, que a 602 - Ilha do Bispo Via Shopping Manaíra e a linha 503 - Pe. Zé via 13 de Maio, são as mais gritantes. “Por causa do desvio na descida do hospital Pe. Zé, junto com as chuvas e engarrafamentos nos horários de pico, a linha 602 está registrando um atraso médio de mais de 20 minutos em cada viagem e a 503 de 15 minutos, o que termina comprometendo a realização de todas as viagens previstas”, afirma Medeiros.

A situação não é diferente na Transnacional, que opera 26 linhas. O gerente de tráfego da empresa, Adeilton Nascimento, desabafa: “Essa semana eu já recebi mais de 80 operadores, entre motoristas e cobradores, que disseram não agüentar mais os constantes engarrafamentos no trânsito”. Ele explica que como todas as linhas da empresa circulam pelos corredores da Epitácio Pessoa, Vasco da Gama, Cruz das Armas, Mangabeira e pela Pedro II, todas as linhas são afetadas em seus horários e sofrem atrasos mínimos de 15 minutos. “Já tivemos várias reuniões na STTrans para expor os problemas”, afirma ele.

O responsável pelo setor de tráfego da Reunidas, José dos Santos, reforça as afirmações de seu colega. “Quase todas as 17 linhas da nossa empresa sofrem atrasos, umas mais, outras menos, mas qualquer ônibus que passe hoje pelos Bancários, em Mangabeira, na Epitácio Pessoa, pelo Viaduto do Cristo, em Cruz das Armas e Vasco da Gama, não conseguem cumprir os horários das viagens que, em horários de pico e em dias de chuva, chegam a atrasar pelo menos 20 minutos”, afirma Santos.

Para o responsável pelo setor de tráfego da Marcos da Silva, que opera com 07 linhas na cidade, Odilon de Oliveira, todas as linhas, atualmente, apresentam atrasos, mas, a situação das linhas 401- Altiplano Cabo Branco e 5012- Bairro São José são as mais gritantes. “Não estamos conseguindo cumprir todas as viagens do dia em nenhuma linha, e não por nossa culpa, e na 401 mesmo com a alteração do itinerário, passando pela Estação Ciências, por causa do alagamento na Beira Rio, que ficou de oito a 10 km maior, não estamos conseguindo resolver o problema e os atrasos por viagem chegam a mais de 20 minutos. Já a linha 5012 está impossibilitada de trafegar pelo bairro São José, por causa dos alagamentos, por isso, os passageiros têm que se deslocar até o terminal que fica próximo ao Shopping Manaíra”, afirma ele.

Na Santa Maria, segundo o gerente de tráfego, Rogério Vieira, a situação também é complicada. Das sete linhas que a empresa opera, todas registram diariamente atrasos que variam entre 25 a 30 minutos, por viagem, sendo as circulares 1510 e 5110 e a 501- Colinas do Sul- Epitácio Pessoa, as mais prejudicadas. “Infelizmente, os ônibus não têm corredores exclusivos para trafegar e ficam impossibilitados de transitar por causa dos congestionamentos”, destaca ele, lembrando que nos horários de pico, entre as 6h e 8h da manhã, entre as 11h e às 14h, e das 17h às 20h, a situação piora ainda mais. Na empresa São Jorge além dos congestionamentos, há um outro agravante que contribui para atrasar mais as viagens. É que boa parte das linhas passam por ruas que não são asfaltadas. “Além dos congestionamentos, temos que trafegar em ruas enlameadas e esburacadas o que acaba dificultando e atrasando ainda mais as viagens”, desabafa o diretor da empresa, Marcos Nascimento.

A jornalista paraibana Ana Teixeira constatou, nesta terça-feira (12), como os engarrafamentos da cidade dificultam o deslocamento dos ônibus. Através do twitter, ela postou um comentário de que pegou um ônibus da Transnacional, por volta das 18h, na altura do Banco Real, da Epitácio Pessoa e o veículo só consegui chegar ao final da avenida, às 19h40.

Fonte: PB Agora

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