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Metrô do DF completa 22 anos; especialistas apontam necessidade de expansão

sexta-feira, 31 de março de 2023

Inaugurado oficialmente em 31 de março de 2001 como uma alternativa para os moradores do Distrito Federal, o metrô estagnou. Ao completar 22 anos de existência, várias promessas de expansão foram feitas, mas nenhuma saiu do papel. Atualmente, o sistema metroviário da capital do país tem 42,5 km de extensão e 27 estações operacionais, para atender uma média de 135 mil usuários/dia, em dias úteis, segundo a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF). Para o doutor em transportes pela Universidade de Brasília (UnB) e professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília (UCB) Edson Benício, a ampliação é algo urgente para a população.

"Já era para ter acontecido, há bastante tempo. Os benefícios dessa expansão são diversos: vai aumentar o número de usuários do sistema; as viagens serão mais seguras para eles; e o tempo de viagem vai ser menor, se comparado com o ônibus", aponta o especialista. De acordo com o doutor em transportes, o impacto de uma expansão é positivo (leia mais em Vantagens), mas vai depender de um funcionamento efetivo dessa ampliação.

Sobre a questão da viabilidade, Benício destaca que é uma questão de prioridade do governo. "Atualmente, estão sendo priorizadas as obras que atendam a demanda dos veículos individuais, acima dos coletivos, como túneis, vias de acesso e novas faixas de rolagem", enumera. "O ideal seria que o governo focasse naquilo que vai atender o transporte coletivo: investimentos em BRT, VLT e a própria expansão de estações do metrô", aponta o professor da UCB. Em relação ao tempo necessário para que o projeto seja executado, o professor alerta que ele deve ser de Estado e não de governo. "O transporte público é uma área muito sensível, que afeta diretamente a vida de todos. Tudo correndo como deve ser, acredito que a expansão do metrô possa levar até oito anos para ficar pronta", calcula.

O especialista comenta que o foco inicial da expansão deve ser nas linhas que atende a população que têm a maior demanda, como Ceilândia e Samambaia. "A Asa Norte não tem uma quantidade de usuários que banque o sistema. No transporte, temos um jargão que diz 'o que paga o sistema é girar a catraca'. Então, não se justifica uma obra que é muito cara (por ser enterrada), para atender uma população que não vai crescer tanto", observa. "Para essa região, um VLT na W3 Norte — interligando com o BRT vindo de Sobradinho e Planaltina — seria o suficiente", acredita Benício.

Evitando transtornos
A população considera como benéfica uma expansão para o lado norte da cidade. A estudante Giovanna Leles, 24 anos, sabe bem as vantagens de utilizar o metrô. Moradora de Águas Claras, ela ressalta que, para quem precisa ir até o Plano Piloto, o metrô é a melhor opção de transporte público. Cursando línguas estrangeiras aplicadas na Universidade de Brasília (UnB), Giovanna considera interessante uma possível expansão dos trilhos para o lado norte de Brasília. "Com uma linha seguindo até o fim da Asa Norte, iria evitar o transtorno de descer na Rodoviária, que é caótica, para pegar o (a linha) 110 e ir até a universidade", observa.

"Diariamente, gasto até 50 minutos no trajeto de casa até a UnB. Se eu não precisasse descer na Rodoviária para pegar um ônibus, acho que poderia cortar esse tempo pela metade. Seria outra vida", aponta a estudante. Mesmo assim, a moradora de Águas Claras agradece por ter essa opção. "Por mais que o metrô aqui não seja dos melhores, ainda acho mais seguro do que andar de ônibus", acredita. 

Informações: Correio Braziliense
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Em 10 anos, frota de carros no DF cresceu cinco vezes mais que população

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Em 10 anos, a frota de veículos do Distrito Federal cresceu cinco vezes mais que a população. São 1.233.000 veículos para um total de 2.469.489 habitantes, média de um carro para cada duas pessoas. A proporção é alta e rende ao DF o posto de unidade da Federação com uma das maiores taxas de motorização do país. Em 2002, no início da década, a média era de 3,4 por habitante. A frota estava em 585.424 carros para uma população de 2.051.146. Ao longo dos últimos 10 anos, o governo, a quem cabe estabelecer as políticas públicas de trânsito e transporte, se mostrou incapaz de executar ações na mesma velocidade em que surgiam os problemas. E as consequências estão cada vez mais presentes no dia a dia do brasiliense, tenha ele carro ou não. As mais evidentes são os congestionamentos e a falta de vagas.

Levantamento feito pelo Correio em 17 das 27 capitais revela que Brasília ocupa o nono lugar no ranking de motorização brasileiro (veja arte). A cidade já contabiliza pelo menos 14 pontos diários de congestionamentos das 7h às 8h40 e das 17h às 19h30. Os principais estão na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), no Eixo Monumental, entre o Balão do Torto e o do Colorado (BR-020), na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) e no Eixo Rodoviário Norte, próximo à Ponte do Bragueto. Na manhã da última sexta-feira, quando a reportagem sobrevoou a cidade, a BR-070 (rodovia que liga Brasília a Corumbá) tinha 5km de engarrafamento, que ia da altura do cemitério de Taguatinga até o viaduto do Pistão Norte.

Os pontos de retenção ocorrem em condições normais. Sem chuva forte, obra ou acidentes, a lentidão se forma diariamente. Mas quando alguma dessas variáveis se faz presente, elas pioram a fluidez do trânsito. O exemplo mais recente ocorreu na última quarta-feira. Um engavetamento de três carros no Eixo W Sul, na altura da Quadra 116, parou três importantes vias de acesso à área central de Brasília. Com uma das pistas interrompidas para a realização da perícia, os motoristas que seguiam pela Estrada Parque Guará (EPGU) e pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) foram os primeiros a serem afetados. Para escapar do transtorno, alguns optaram pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Com isso, o trânsito da via também foi afetado, com complicações desde a saída do Guará até a passarela da Octogonal. Quem passava por lá, levava, em média, uma hora e 20 minutos para percorrer o trecho.

A lentidão aumenta o tempo de viagem e a irritação do motorista. Quem depende do transporte público também é afetado porque, no Distrito Federal, não há políticas que privilegiem o transporte de massa em detrimento do individual. Não existe nem sequer faixa exclusiva para ônibus. A Linha Verde, construída exclusivamente para este fim ao longo da Epia, não tem previsão para começar a funcionar. Enquanto isso, os ônibus lotados e de péssima qualidade disputam lugar com carros ocupados, em sua maioria, somente pelo condutor.

Sem estacionamento
Vencida a maratona do deslocamento, começa outra: a de estacionar o carro. O deficit de vagas na área central de Brasília é de cerca de 30 mil lugares. Há quem se ache no direito de parar em fila dupla, sobre a calçada, em vagas reservadas a idosos e deficientes, em frente aos hidrantes ou sobre os gramados. Multados por estacionamento irregular, os condutores acusam o governo de promover a indústria da multa. As autoridades prometeram mais de uma vez, em diferentes governos, criar vagas nas regiões críticas. O último movimento começou em meados de 2008, com o anúncio de que seriam construídos estacionamentos subterrâneos e os espaços públicos de superfície

A inércia do poder público só agrava a situação. A principal aposta do governo para resolver o problema do trânsito é o Programa de Transporte Urbano do DF, o Brasília Integrada. O projeto é composto por ações em diversas frentes: a integração entre itinerários de ônibus e metrô, a ampliação das vias, a expansão do sistema metroviário e a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além do incentivo aos meios de transporte alternativos, como bicicletas. Pouco ou quase nada, no entanto, saiu do papel.

A construção do VLT foi iniciada, mas, por recomendação do Ministério Público, as obras foram paralisadas. O MP investiga indícios de irregularidades na licitação do projeto. A ampliação da EPTG saiu do papel, ao menos parcialmente. A Linha Verde até hoje não funciona e não conta com a ciclovia prevista no projeto inicial. Já o programa cicloviário, que alardeava a construção de 500km de espaços reservados aos ciclistas no fim de 2010, não foi concluído. Atualmente, apenas 46km estão prontos e cerca de outros de 100km, em obra.
Promessa

O projeto de reforma da EPTG garantia que, com a construção da Linha Verde, a via dobraria de tamanho para comportar os 140 mil veículos que lá circulam todos os dias. Além de ganhar vias marginais nos dois sentidos, era previsto um corredor exclusivo para ônibus.

Foco no meio ambiente
Preocupada com a degradação do cerrado, a Arquidiocese de Brasília voltou o foco da Campanha da Fraternidade de 2011 para o aquecimento global e as mudanças climáticas, com o intuito proteger a vegetação nativa do Centro-Oeste e ajudar na conscientização para a redução de gases veiculares. O tema definitivo será decidido em um encontro, que será realizado no próximo dia 19, na Universidade Católica de Brasília, em Taguatinga Sul, das 8h30 às 17h.



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Brasília entra oficialmente no itinerário do Veículo Leve sobre Trilhos

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Brasília é a primeira cidade da América Latina a aderir ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A autorização para o início imediato das obras foi assinado nesta segunda-feira (7) pelo governador José Roberto Arruda, com a preseça do presidente da França, Nicolas Sarkozy. O chefe de Estado do país europeu esteve na quadra 6 do Setor Comercial Sul, em frente ao shopping Pátio Brasil, durante o lançamento da exposição de um dos trens que circularão pela W-3."Quero que no dia 7 de setembro de 2010, o primeiro trecho da obra esteja inaugurado", agendou Arruda, durante um pronunciamento, ao lado de Nicolas Sarkozy, parceiro da capital do país no processo de modernização do transporte público.Durante a apresentação do VLT, o presidente francês não discursou, mas surpreendeu os próprios seguranças ao apontar para baixo e quebrar o protocolo. Ele desceu do palanque ao lado do governador e cumprimentou a população. Antes de ir embora, Sarkozy recebeu das mãos de Arruda uma placa com o símbolo aos 50 anos de Brasília.Na primeira fase das obras, será construída a linha que liga o terminal da Asa Sul até a 502 Norte, prevista para ser inaugurada em setembro de 2010. O custo desta etapa é estimado em R$ 775,8 milhões. Outros dois trechos fazem parte da linha. Um deles liga o Aeroporto Internacional JK ao Terminal da Asa Sul, com uma extensão de 6,5km. O outro estágio começa no Brasília Shopping e chega ao fim no Terminal da Asa Norte, uma distância de 7,4 km.
O novo sistema de transporte contará com 39 trens. Destes, 16 veículos vêm da França. “Depois os trens serão fabricados em São Paulo”, explicou o presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza. Arruda reforçou que o VLT trará benefícios para os usuários de transporte público e os moradores do Plano Piloto. “À medida em que o sistema é construído a população vai entendendo as suas vantagens. Não tenho dúvidas em afirmar que o VLT vai modernizar a vida do Plano Piloto”, vislumbra Arruda.
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Linhas de ônibus de Taguatinga e Ceilândia serão reorganizadas

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Seis linhas de ônibus da M Norte, em Taguatinga, e duas do setor P Norte, em Ceilândia, sofrerão alterações a partir da segunda (16). As mudanças são o início da racionalização dos itinerários nas duas regiões administrativas, que, por serem as mais populosas de Brasília, sofrerão modificações setorizadas.

A iniciativa é mais um passo do ajuste no sistema de transporte público do DF para tirar de circulação linhas pouco utilizadas e uni-las a opções já existentes. Com isso, segundo o diretor-técnico do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Márcio Antônio Ricardo de Jesus, fica mais fácil a assimilação dos itinerários pelos passageiros e aumenta a quantidade de viagens.

Além de Taguatinga e de Ceilândia, outras nove regiões passaram pelo processo: Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Samambaia, Cruzeiro, Sudoeste, Núcleo Bandeirante, Águas Claras e São Sebastião. "Estamos trabalhando para garantir o que está previsto na licitação de 2011: um novo sistema de transporte", explica o diretor. Os próximos beneficiados serão Gama e Santa Maria, que terão outras opções de integração com o Expresso Sul. "Os estudos para que essas operações tenham início até o fim do mês já estão prontos."

Há cerca de 1,1 mil linhas cadastradas em Brasília. Baseado em estudos do DFTrans, em parceria com as empresas de ônibus que operam o sistema no DF, a expetativa é retirar as linhas subutilizadas e trabalhar com um modelo tronco-alimentado. Ou seja, opções que circulem dentro das regiões administrativas para levar passageiros a veículos de uma linha central, que segue para outros locais, como o Plano Piloto — a exemplo de como ocorre atualmente no Expresso Sul, em que os ônibus saem do terminal de 4 em 4 minutos.

Como funcionará

Em Taguatinga, as seis linhas que serão integradas a outras já existentes são: 368.2, 322.3, 323.5, 324.3, 358.1 e 364.1. Será criado um novo horário para a de número 0.368 durante a semana, às 22h10. 

A linha 322.3 deixará de circular, e trechos da QNL/QNJ e da Samdu serão atendidos pela 322.2. Os horários da 323.5 serão cumpridos pela 0.323, que passará também aos fins de semana. Os passageiros com destino à L2 Sul não pegarão mais a 324.3, e sim 324.1. A linha 0.358 receberá mais horários para atender quem usa o ônibus 358.1 — assim como a 0.364, para os que pegam o 364.1.

No P Norte, a linha 0.314 será readaptada e passará pela Comercial Norte e não mais pelo Pistão Norte. Com isso, absorverá os horários da 314.2 todos os dias da semana. Já a 314.1 passará pelo Pistão e não mais pela Comercial Norte, e assim rodará somente nos dias úteis e aos sábados, absorvendo os horários da 314.3.

O DFtrans entregará, a partir de sexta-feira (13), panfletos com todas as mudanças que ocorrerão na segunda-feira. Os novos horários e itinerários poderão ser consultados no site da autarquia a partir do início das alterações.

Ajustes

Para Jesus, diretor do DFTrans, por ser dinâmico e se tratar de uma novidade, é natural que o novo sistema necessite de ajustes. Para isso, o DFTrans faz monitoramento frequente na operação para detectar o que precisa ser melhorado. Os passageiros também contribuem com o processo de forma indireta pelo telefone 162 ou pelo site da Ouvidoria-Geral do DF.

Informações: Agência Brasília

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Metrô de Brasília é o mais caro do mundo, mostra pesquisa do Idec

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Andar de metrô em Brasília está mais caro do que em Londres, Paris e Nova York. Com uma população de mais de 2,5 milhões de pessoas, a capital federal lidera o ranking de preço alto entre 19 grandes cidades de todo o mundo em relação ao salário mínimo local, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Durante 20 dias úteis, a tarifa de R$ 3 no Distrito Federal consome por mês 22,02% do salário mínimo de R$ 545. Para chegar ao resultado, foram analisadas seis cidades brasileiras e 13 estrangeiras.

O Rio de Janeiro, segundo no ranking, tem uma tarifa de R$ 3,10, o que compromete 20,43% de uma renda mínima mensal de R$ 607. Em seguida vem São Paulo, que cobra R$ 2,90 a passagem e consome 19,02% do piso paulista de R$ 610. Em Belo Horizonte, com a tarifa de R$ 1,80, o gasto mensal com metrô corresponde a 13,21% do piso nacional pago ao trabalhador. Nesse ranking do Idec, Recife e Fortaleza ficaram, respectivamente, em 8ª e 14ª posição. Nova York, Londres e Paris, estão, pela ordem, em 11º, 12º e 17º lugares. Caracas tem a menor tarifa. O trabalhador venezuelano, com renda mensal de R$ 848,34, gasta 1,95% do salário com metrô.

No Distrito Federal, diariamente passam 135 mil pessoas pelas 24 estações do metrô. Somados os dois dias do fim de semana (sábado e domingo), o número de usuários é o mesmo. O diretor Comercial e Financeiro, Nilson Martorelli, que responde pela presidência do Metrô-DF, discorda do resultado da pesquisa realizada pelo Idec. Para ele, qualquer comparação realizada com Brasília colocará a cidade como a mais cara. “Não podemos utilizar como parâmetro o salário mínimo. Na Europa, ele custa, em média, entre R$ 14 e R$ 16 por hora. Em Brasília, é R$ 2,48 a hora, e a capital tem a renda per capta mais alta do país. Se compararmos isso, a tarifa daqui é a mais barata”, avalia.
 
Martorelli pondera que a idade do metrô também influencia o valor da tarifa. “O mais novo é o de Brasília, com 10 anos. Os de São Paulo e do Rio de Janeiro têm 30 anos. Na Europa, ele é centenário. O metrô do DF está crescendo e nossa meta é melhorar cada vez mais e oferecer um transporte de qualidade.”

Preços
A tarifa do metrô no Distrito Federal é definida pelo governo local. Martorelli lembra que o último reajuste foi em 2006, quando o valor passou de R$ 2 para R$ 3, um aumento de 50%. Segundo ele, se o cálculo técnico fosse analisado e a passagem não fosse subsidiada, o custo da passagem seria muito maior. “O GDF estipula um valor coerente com a evolução do salário do brasiliense. A tarifa hoje ultrapassaria os R$ 3 devido aos custos operacionais, mas a população não suportaria, então o governo arca com o restante”, explica.Com 42,38km de extensão, o metrô atende apenas parte do DF, que inclui Asa Sul, Epia, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia.

O preço do bilhete é criticado pelos usuários. O agente de segurança Francisco de Assis de Sousa Guedes, 44 anos, mora em Sobradinho e leva mais de cinco horas para ir e voltar ao trabalho. Ele também concorda que o preço poderia ser mais baixo. “Eu tenho vale-transporte, mas se o preço fosse diferente, meu salário seria maior. Faz diferença na hora de colocar a comida na mesa, na hora do lazer”, diz Francisco, que é casado e tem três filhos.

Redução de preço está descartada


Com as novidades, a expectativa é que o tempo de espera para os passageiros diminua. Atualmente, os trens passam a cada cinco minutos, em média. “Deverá cair para dois minutos e meio”, prevê o diretor. Ele também aposta que até 2012 haverá integração total entre o metrô e outros meios de transporte público, como os ônibus e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ainda em construção.

Com relação aos espaços nas estações destinados a lojas, Martorelli explica que há um estudo para as ocupações. Na Galeria dos Estados, o DFTrans vai instalar o sistema de bilhetagem. Outros locais ainda estão vazios devido a problemas jurídicos. São espaços que ainda não estão no nome do Metrô-DF. Logo que forem regularizados também serão licitados para a instalação de estabelecimentos comerciais. As mudanças não implicarão queda no valor da tarifa. “O que vai acontecer é a diminuição do subsídio por parte do governo, mas nada tem a ver com o valor dos bilhetes”, acrescenta.

A partir do próximo ano, o metrô passará por uma série de melhorias. O diretor comercial e financeiro, Nilson Martorelli, anuncia que o número de carros passará de 24 para 28. “Para colocá-los em circulação precisamos que a CEB (Companhia Energética de Brasília) amplie a oferta de energia, o que já está sendo providenciado. No momento, também estamos lançando o edital para o projeto de expansão: duas novas estações em Ceilândia, duas em Samambaia e uma próxima ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran)”, diz o diretor.

Apesar de concordarem na qualidade dos serviços, os passageiros reclamam do preço. Gilsilene Vieira de Sousa, 25 anos, está desempregada e optou pelo transporte para frequentar as aulas da autoescola. “Esta semana vou gastar R$ 30 com o metrô. Para quem precisa utilizar todo dia, fica difícil. O preço poderia voltar a ser R$ 2 e ter a integração com os ônibus", diz. Mesmo pagando mais, Gilsilene elogia. “Todos preferem o metrô. É mais rápido, mais limpo, não tem perturbação e violência”, analisa.

De emprego novo, o professor de educação física Danilo de Oliveira Miranda, 25 anos, se prepara para utilizar o metrô diariamente. Morador de Samambaia, ele considera o preço “bem salgado”. Com o vale-transporte garantido, Danilo, que também atua na área de telemarketing, reclama do valor que poderia ser acrescentado ao salário. “Com as passagens, deixo de ganhar R$ 45. É o lanche do fim de semana”, brinca.

O cozinheiro Agnaldo Rodrigues de Souza, 31 anos, morador de Samambaia, usa o metrô com frequência e afirma que gasta em média R$ 140 por mês. Além do metrô, o cozinheiro precisa de ônibus em algumas ocasiões, o que pesa no bolso no fim do mês. Embora reconheça que o serviço é bom, ele se queixa do preço. “Poderia ser mais barato.” Com um salário de R$ 800, Agnaldo diz que, se a tarifa caísse para R$ 2, conseguiria economizar R$ 30 por mês. (RA)

Tarifa
Durante a semana - R$ 3
Fim de semana - R$ 2

Horário
Funcionamento das 6h às 23h30  de segunda-feira a sábado e das 7h às 19h nos domingos e feriados



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BRT DF funciona aos trancos e barrancos

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Criado com a promessa de encurtar distâncias e de fazer com que os usuários passassem mais tempo com as famílias, o BRT funciona aos trancos e barrancos no DF. Depois de vários testes e problemas, o veículo leve sobre pneus foi posto em circulação sem a licença  obrigatória para operação. E assim permanece, segundo o Governo do DF, porque não há dinheiro em caixa para os trâmites legais. 

Em nota conjunta com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o  Instituto Brasília Ambiental (Ibram) confirma que a licença de instalação expedida em 2011 para o BRT está vencida.   

Segundo o DER, a licença de operação foi solicitada ao Ibram  ainda durante a vigência da licença de testes, em 2014, mas nem todas as condicionantes foram cumpridas, pois faltou o Plano Básico Ambiental.

A licitação para elaboração deste documento já foi realizada pelo DER, diz o texto. “Porém, por indisponibilidade financeira, o contrato ainda não foi assinado”, confirma a nota encaminhada pela assessoria de imprensa do instituto.

Em janeiro deste ano, um aviso de requerimento de prorrogação de licença de instalação foi publicado no Diário Oficial do DF. O texto, datado do dia 22, é assinado pelo diretor-geral do órgão, Henrique Luduvice.  

Fiscalização

De acordo com o Ibram, o Serviço de Fiscalização do  órgão “ já está analisando o processo para fazer as autuações devidas”.  Nos bastidores, no entanto, a informação é de que não há servidores suficientes para fiscalizar e autuar.  

O DER informou que aguarda, agora, a disponibilidade de orçamento para assinar o contrato com a empresa vencedora  da licitação para  elaborar o Plano Básico Ambiental.

A licença de instalação, segundo o próprio Ibram, autoriza a instalação do empreendimento ou da atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, exigências ou restrições apresentadas pelo Ibram. Esta licença, informa o instituto, “autoriza o início da obra ou do serviço no local do empreendimento, porém, não autoriza seu funcionamento”.

A Licença de Operação, por sua vez, é o documento que autoriza o funcionamento da atividade ou do empreendimento, após a verificação  das exigências. “Contém as medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas para a operação”.

Ampliação

Depois de um dia de caos e de protesto de passageiros, o DFTrans anunciou o aumento de circulação de ônibus do BRT para a W3 Sul.  A partir de hoje, mais 16 veículos ampliarão o sistema.   

No Gama, a linha 2205/W3 Sul operará das 5h30 às 8h15 — com mais duas viagens —, e a 2303/W3 Sul, em Santa Maria, das 5h10 às 8h15 — aumentando para três a quantidade de viagens. 

As novas linhas com destino à W3 Sul começaram a operar no sábado. O novo percurso, divulga o governo,  diminui o tempo de viagem em 17 minutos, saindo de Santa Maria, e em 18 minutos, do Gama. 

Com os novos horários, a linha do Park Way (2207/Park Way/W3 Sul), que antes circulava das 8h às 15h45, passará a rodar das 8h30 às 15h45.

Por Milena Lopes
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No DF, Especialistas apontam soluções para o transporte no futuro

domingo, 28 de abril de 2024

Em alta nos anos 1960, devido ao impulso à corrida espacial, a tendência futurista apresentou ao mundo a possibilidade de convivermos com robôs, fazermos videoconferências e termos televisões planas. Foi o que mostrou, por exemplo, o desenho animado Os Jetsons. Mais tarde, no filme De volta para o futuro (lançado em 1985), o personagem Doc Brown prometeu: "Para onde vamos não precisamos de estradas". Apesar de os carros voadores serem uma realidade em 2024, não é o meio de transporte idealizado para o futuro do Distrito Federal, segundo especialistas ouvidos pelo Correio. Diferentemente do que muitos imaginam, ônibus e veículos sobre trilhos seriam as melhores opções para garantir mobilidade democrática e de qualidade. Até alcançarmos essa possibilidade, porém, é preciso vencer desafios.

O primeiro deles é o colapso dos congestionamentos nas vias do DF. Conforme o relatório mais atualizado do Departamento de Trânsito do DF (Detran), circularam mais de 2 milhões de veículos na região, em 2023, um aumento de 35,8% em relação a 2013, quando havia 1.491.539 veículos em circulação. No ano passado, as vias foram ocupadas por automóveis, enquanto os ônibus circularam com uma quantidade cem vezes menor do que os carros. Na prática, a constatação resulta em insatisfação com o serviço, tanto pelos desgastes em engarrafamentos quanto pelo número insuficiente de coletivos, segundo o especialista em trânsito Wellington Matos e o pesquisador em mobilidade urbana Carlos Penna. 

De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, desde 2019, 2.303 novos veículos entraram em circulação para substituir os coletivos mais antigos e outros 158 foram incorporados ao sistema para aumentar a oferta aos usuários. "Além disso, temos mais de 150km de faixas exclusivas para reduzir o tempo de deslocamento dos coletivos, extensão que será ampliada para os corredores Oeste e Norte, com linhas rápidas, por meio de BRTs (Bus Rapid Transit)", completa.

"A previsão é de que, até o fim deste ano, mais 850 novos ônibus entrem em operação nas ruas para a continuidade do processo de troca. Todo o processo de renovação está previsto em contrato e não impacta no valor que o usuário paga pela passagem", diz Zeno Gonçalves. Ainda segundo o secretário, para o futuro, o objetivo é dar continuidade à renovação da frota, melhorar e otimizar as linhas, modernizar o transporte coletivo e ampliar a oferta de facilidades para ter acesso à integração, ao cartão Mobilidade e a outros meios de pagamento.

A saga do metrô
Com uma frota de 32 trens, 27 estações operacionais e 42,38km de extensão, o metrô do DF atende cerca de 160 mil usuários por dia. Liga Brasília às regiões administrativas de Ceilândia e Samambaia, passando pela Asa Sul, Setor Policial Sul, Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), Guará, Park Way, Águas Claras e Taguatinga. Expandir as linhas é o segundo desafio para garantir mobilidade democrática e de qualidade. 

De acordo com Wellington Matos, os veículos sobre trilhos são essenciais, visto que têm maior facilidade de locomoção, atendem a um número maior de pessoas, têm um tempo de viagem reduzido e o risco de sinistro é bem menor do que em rodovias. "O ideal é que tivéssemos trilhos para todos os cantos", reforça. Em relação ao meio ambiente, diminui-se a quantidade de veículos na rua e, consequentemente, a emissão de gases e outros materiais poluentes. 

Carlos Penna recorda que, em 2001, com a inauguração do metrô, havia a sensação de que Brasília teria solução para a mobilidade urbana, considerando que a frota de veículos — à época com 651 mil automóveis registrados — era três vezes maior do que a quantidade esperada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para esse período. 

"Em 2007, estudou-se atualizar as linhas, passando de duas para quatro. Entretanto, em 2009, o GDF reverteu os programas e resolveu trocar as linhas de metrô por corredores de ônibus. Um erro crasso", destaca Penna, que é ex-coordenador do Metrô DF. Assim, os gastos foram direcionados para duplicar vias, fazer viadutos, construir túneis e pagar subsídios aos ônibus. "A solução seria finalizar a linha 1, chegando ao fim da Asa Norte, estendendo o ramal de Ceilândia até Águas Lindas e o ramal de Samambaia até Santo Antônio do Descoberto. As linhas 2 (ligando Asa Sul, Gama e Santa Maria), 3 (ligando Riacho Fundo, Recando das Emas e Taguatinga) e 4 (ligando Asa Norte, Sobradinho e Planaltina) têm de ser construídas com urgência", opina Carlos.

Segundo o Metrô-DF, recentemente, a licitação da expansão em Samambaia foi homologada, de forma que a linha 1 será expandida em 3,6 km. No trajeto, estão previstas as construções de duas estações e de uma subestação retificadora. O projeto deve beneficiar uma população de 10 mil pessoas. A próxima etapa é a contratação, seguida da fase de elaboração de projetos. A companhia também está com a licitação da expansão de Ceilândia em andamento, na qual serão 2,3 km a mais de linha, com mais duas novas estações, cruzando a região até próximo à BR-070, na saída para Águas Lindas. Estima-se o acréscimo de 12 mil passageiros por dia.

Mobilidade ativa
Locomover-se usando a energia do próprio corpo é, de todas as opções de transporte, a mais sustentável e acessível. É a mais viável? Ainda não. Apesar de ter a segunda maior malha cicloviária do país, com quase 700 km, muitas ciclovias e calçadas não são devidamente interligadas, levando a lugar algum. "Na prática, para se deslocar em ciclofaixas, é importante que, no destino, haja a possibilidade de tomar um banho, trocar de roupa e guardar a bicicleta", disse o especialista Wellington Matos. 

O relatório Desigualdade da Mobilidade Urbana no Distrito Federal, do Observatório de Políticas Públicas do DF, divulgado no fim de 2022, mostra que em RAs de renda mais baixa, uma das motivações principais para se caminhar é ir ao trabalho. Nos locais de renda mais alta, o caminhar é realizado sobretudo como uma atividade física. De forma semelhante, para os mais pobres, a bicicleta é usada para ir ao trabalho por 32,3% dos usuários e para fazer compras/serviços por 25,8%. Nas RAs de mais alta renda, a bicicleta é mais usada para atividade física e de lazer: 38,9% e 44,4%, respectivamente.

Atualmente, o Plano Piloto é a região com o maior número de pistas para bicicletas: 138,08 km. Em segundo lugar está o Lago Sul, com 58,2 km. Em seguida, aparecem Park Way (50,7 km), Gama (35,9 km), Lago Norte (33,9 km), Ceilândia (33,6 km) e Santa Maria (33,1 km). Para o futuro, o secretário Zeno Gonçalves aponta: "Pretendemos dotar o DF de uma infraestrutura de mobilidade ativa adequada aos padrões para uma capital brasileira, com terminais acessíveis, com paradas de ônibus e abrigos que atendam às necessidades do usuário".

Caminhos possíveis 
Para Wellington Matos, é fundamental que os transportes sobre trilhos atinjam todas as RAs, enquanto internamente seja priorizada a circulação de ônibus. "Integrar ônibus e metrô é a solução. Como isso ainda não é uma realidade, temos que trabalhar os ônibus, colocando vias exclusivas — pelo menos duas, transformando-os em coletivos de alta qualidade. No entanto, acredito que, para um futuro realista, podemos esperar o aumento de obras e, consequentemente, de veículos individuas, visto que quanto mais obras, mais convidativo será para os motoristas de veículos", ponderou. 

Carlos Penna reforçou que os transportes do futuro já existem, falta apenas implementá-los. "São o metrô; o trem do Entorno (que liga Luziânia, Valparaiso e Brasília); e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto à W3 e à L2 . Além disso é fundamental fazermos as ciclovias separadas das vias dos automóveis e calçadas lisas para todos poderem se deslocar livremente", ressaltou.

E os carros autônomos e elétricos? Bom, Matos acredita que levará tempo para que veículos autônomos possam trafegar com tranquilidade em nossas vias, pois dependem de boa sinalização e estrutura de internet elevada. "Não é algo tão simples e são veículos muito caros", esclareceu. Penna ponderou que a troca dos veículos de motor à explosão por motores elétricos é positiva, dado que não emitem gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), e nem causam poluição sonora.

"É preciso entender, porém, que um congestionamento com 50 mil veículos elétricos continua sendo um congestionamento. Portanto, são soluções individuais, enquanto devemos pensar em transporte público de qualidade", concluiu o pesquisador.

Informações: Correio Braziliense

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Metrô-DF anuncia esquema especial para greve aprovada para esta sexta

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O Metrô divulgou nesta quarta-feira (2) um plano para minimizar os transtornos à população caso ocorra a greve anunciada pelo Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF) para esta sexta-feira (4).

A estratégia da companhia prevê o fechamento de dez estações para embarque e a colocação de no mínimo sete trens nos horários de pico e de quatro veículos fora desse período.

A empresa informou que todas as 24 estações estarão abertas para desembarque de passageiros. O horário de funcionamento será normal, das 6h às 23h30, de segunda a sábado, e das 7h às 19h, aos domingos e feriados. O Metrô diz que já solicitou ao DFTrans reforço da frota de ônibus.

Caso ocorra a paralisação, as estações fechadas para embarque serão 102 Sul, 108 Sul, 112 Sul e Asa Sul, no Plano Piloto, Feira, no Guará, Concessionárias, em Águas Claras, Centro Metropolitano e Taguatinga Sul, em Taguatinga, Guariroba, em Ceilândia, e Samambaia Sul, em Samambaia.

Segundo o Metrô, a companhia está cumprindo integralmente o acordo coletivo de trabalho, firmado junto ao sindicato, com vigência até março de 2015. A empresa disse que apresentou uma contraproposta à categoria, que será retirada em caso de greve.

Entre as propostas feitas pelo Metrô-DF estão reajuste salarial e de benefícios com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumento de gratificação adicional de quebra de caixa de 70 para 100 bilhetes e implantação de plano de previdência complementar até 31 de março de 2015. A companhia também diz que mantém conversas semanais com o sindicato para criar um termo aditivo ao acordo vigente.

Segundo o SindiMetrô-DF, a companhia interrompeu as negociações e negou quase todos os pedidos da categoria. “Foram intransigentes o tempo todo. Na última reunião, ficaram de reunir para entregar a proposta e nem quiseram registrar em ata. Dos 43 itens [pedidos da categoria], só concederam o de INPC e os auxílios. INPC é reposição, que é um direito que a gente tem. Os demais itens foram negados todos”, afirma o secretária de Relações Intersindicais do SindiMetrô-DF, Dione Aguiar.

Ele diz que o acordo coletivo em vigência é de 2013 e previa a discussão de cláusulas econômicas a partir de março de 2014. “A categoria já reprovou isso que eles chamam de proposta. Foi feita uma assembleia domingo [30] e a categoria rejeitou. Se não houver nenhuma proposta, o cenário é esse, a partir da 0h de sexta estaremos em greve.”

De acordo com o sindicato, o sistema conta hoje com 1.080 funcionários sendo 600 do setor operacional. Ao todo, 160 mil pessoas utilizam diariamente este tipo de transporte, segundo o Metrô-DF.

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Tarifa dos ônibus Expresso DF já custa R$ 3,00

domingo, 5 de abril de 2015

Começou nesta sexta-feira (3) a cobrança de passagens nos ônibus do Expresso DF, que fazem a ligação de Santa Maria e do Gama com o Plano Piloto, no Distrito Federal. A tarifa de R$ 3 vale para todas as linhas do BRT Sul e será paga por meio dos cartões eletrônicos.
Foto: Lucas Nanini/G1
Os bilhetes estão à venda em terminais e estações ao longo do trajeto do Expresso DF. A partir desta sexta, os cartões podem ser adquiridos e recarregados exclusivamente nos postos fixos do DFTrans – na Rodoviária do Plano Piloto, na Estação Galeria e nos postos do SBA em Taguatinga, Gama, e Sobradinho, e no terminal da 401 de Santa Maria.

Já o bilhete único, que não precisa de cadastro do usuário, pode ser adquirido em qualquer estação do Expresso DF. "Para quem tem o cartão pode carregar com R$ 3, que é o valor da passagem, mas sempre recomendamos que carregue com mais crédito", diz o diretor técnico do DFTrans, Adonias Ribeiro Gonçalves.

Por causa do feriado, as bilheterias funcionam em horário especial entre sexta (3) e domingo (5). Nos terminais de Santa Maria e Gama, elas abrem entre 5h e 19h. A unidade móvel vai atender no Terminal Sul de Santa Maria, no mesmo horário. Na rodoviária do Plano Piloto, uma equipe do DFTrans vai orientar a população entre 6h e 11h.

Alterações nas linhas de apoio
O início da cobrança de tarifa no BRT Sul vai provocar alterações nas linhas alimentadoras – que fazem trajetos internos em Santa Maria e Gama e levam até os terminais das duas regiões. A tarifa desses ônibus vai subir de R$ 2 para R$ 3 e será integrada ao BRT – quando o passageiro chegar aos terminais, não terá de pagar uma segunda tarifa.

De acordo com o DFTrans, as chamadas linhas “paradoras”, que fazem embarque e desembarque de passageiros nos Eixinhos e nos pontos do Park Way, terão o trajeto estendido até a rodoviária central do Gama e ao terminal Sul de Santa Maria, na quadra 401– hoje elas têm como parada final nos terminais do BRT nas duas regiões.

O Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Sul (BRT Sul) liga o Gama, Park Way e Santa Maria à Rodoviária do Plano Piloto. O sistema atende 270 mil pessoas – cerca de 10% da população do DF.

Segundo ao secretário de Mobilidade Urbana, Carlos Tomé, a cobrança para R$ 3 se dá como em todas as rotas que ligam as regiões administrativas ao Plano Piloto. "Agora fica caracterizado, sem sombra de dúvida, que é uma linha de ligação entre uma cidade e o Plano Piloto. É uma cobrança usual de todas as linhas dessa natureza. Não é nenhuma mudança de curso, nenhuma solução improvisada ou tirada da cartola. Apenas tiramos a operação daquela linha para dentro da legalidade e da sistemática adotada em todo o DF."

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TST mantém suspensa contratação de concursados do Metrô do DF

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho confirmou nesta segunda-feira (9) a decisão do presidente da Corte, ministro Barros Levenhagen, que suspendeu a contratação pelo Metrô do Distrito Federal de candidatos aprovados no concurso de 2013.

O Ministério Público do Trabalho havia recorrido da decisão monocrática, que ocorreu em 28 de setembro. Nesta segunda, o órgão do TST confirmou, por unanimidade, a determinação do presidente do tribunal.

O presidente do SindMetrô-DF, Ronaldo Amoriim,afirmou que a manutenção dos terceirizados é ilegal e onerosa ao Metrô. Ele disse que vai buscar outras medidas na Justiça antes da audiência entre a entidade, a empresa e o GDF, prevista para 14 de dezembro.
"As negociações podem não avançar muito, já que a contratação dos concursados é considerada inviável pelas partes envolvidas, Metrô e Procuradoria-Geral do governo do DF, diante da limitação orçamentária do DF."

O Metrô afirmou que tem interesse na contratação dos concursados, especialmente por causa da expansão do serviço, que prevê a construção de mais cinco estações nos próximos anos, mas disse que é “impossível contratar no atual momento econômico”. A empresa estuda prorrogar a validade do concurso para 2017.

Entenda o caso
O Ministério Público do Trabalho moveu uma ação civil pública contra o Metrô do DF após constatar que a empresa mantinha os trabalhadores terceirizados e comissionados, mas não contrataria os candidatos aprovados no último concurso, em 2013.

A 3ª Vara do Trabalho de Brasília determinou, em caráter provisório, que a empresa contratasse os aprovados no certame. O Metrô apelou ao Tribunal Superior do Trabalho, pedindo a suspensão da decisão, o que foi deferido pelo ministro Levenhagen.

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Rodoviários do DF decidem manter greve até segunda

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Rodoviários das empresas Pioneira e Marechal, que iniciaram uma paralisação para cobrar o pagamento de adiantamento salarial na manhã desta sexta (21), decidiram em assembleia realizada durante a tarde que vão manter a greve até segunda-feira (24). Segundo o sindicato da categoria, a decisão dos trabalhadores foi tomada porque as empresas propuseram depositar o dinheiro na conta dos funcionários apenas entre segunda e quinta da próxima semana.

O pagamento de 40% de adiantamento salarial deveria ter sido depositado nesta quinta-feira (20). As duas empresas juntas atendem 13 regiões do DF. O DFTrans informou que não conseguiu fazer os repasses até o fim do dia desta quinta, como previsto.

As empresas Marechal e Pioneira informaram que aguardam repasses do GDF para pagar o adiantamento aos rodoviários. Pela manhã, as companhias se limitaram a dizer que não receberam os valores devidos. A paralisação ocorre oito dias após o fim da última greve, ocorrida pelo mesmo motivo.

“Não teve proposta das empresas. Eles disseram para a gente esperar, que o pagamento deve sair entre segunda e quinta-feira. Então nós decidimos manter a greve até as 8h de segunda, quando vamos fazer uma nova assembleia”, afirma o diretor do Sindicato dos Rodoviários do DF Leandro Machado Pereira.

A estimativa é de que 500 mil pessoas sejam atingidas pelo ato, que afeta Taguatinga, Park Way, Ceilândia, Guará, Águas Claras, Itapoã, Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, Candangolândia, Santa Maria, São Sebastião e Gama. São 1.104 a menos em circulação – o correspondente a 40% da frota. Cooperativas, empresas que circulam no Entorno e outras companhias que atendem o DF foram convocadas a ajudar no atendimento a essas regiões.

A Pioneira afirma que o governo deve R$ 14 milhões. A dívida com a Marechal é de R$ 11 milhões, segundo a empresa.

Pela manhã, o diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, lamentou a paralisação. Segundo a autarquia, a dívida com a Marechal é de R$ 5 milhões. Já com a Pioneira, R$ 14 milhões. "É uma pena que isso esteja acontecendo de novo. Não conseguimos fazer o pagamento. O dinheiro veio em uma fonte diferente da que é possível fazer o pagamento, uma questão de orçamento e financeiro. Então, ficamos até 22h de ontem tentando viabilizar isso. Hoje vamos tentar novamente".
"Se não for possível, será feito um projeto para ser votado na Câmara [Legislativa]. Não há outra opção. Se conseguirmos hoje, a gente consegue viabilizar o pagamento no máximo até segunda. Caso contrário, volto a dizer, tem que ser feito um projeto de lei que tem que ir à Câmara. Como a Câmara não vota na segunda, deve ser na terça, com pagamento na quarta”, completou.

Por volta de 7h, passageiros relataram que aguardavam havia mais de hora em paradas de ônibus de Taguatinga, Santa Maria e Gama. Um vídeo feito pela reportagem mostra passageiros disputando espaço para serem transportados "pendurados" nos poucos veículos de outras empresas (veja acima).
Havia ainda registros de transporte pirata, que cobrava R$ 5 pelo serviço. O trânsito também registrava maior lentidão, por causa do volume maior de carros nas pistas que ligam as regiões ao centro de Brasília.

Diretor do Sindicato dos Rodoviários, João de Jesus disse que os quase 5 mil funcionários parados estavam reunidos em vários pontos do DF esperando um posicionamento das empresas. Os motoristas recebem R$ 1.928 e cobradores, R$ 1.008.

“As empresas dizem que não têm nenhum recurso financeiro para fazer esse pagamento, mas a gente acha que eles deveriam honrar os compromissos com o trabalhador”, declarou. “Não vamos voltar até que nosso dinheiro seja pago. Há 20 anos recebemos o adiantamento no dia 20, sempre foi assim.”
A doméstica Marlene Pereira, que tentava pegar um ônibus de São Sebastião para o Lago Sul, disse ter sido surpreendida com a greve. "Por isso que está esse tanto de gente aqui. Se passar algum pirata eu pego, mas, se não, vou pedir meu patrão para ir me buscar."

Informações: G1 DF

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