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São Bernardo do Campo terá R$ 500 mi para corredores

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Prefeitura de São Bernardo assinou nesta terça-feira (25), em Brasília, um contrato de US$ 250 milhões com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a construção de 11 corredores de ônibus na cidade - são US$ 125 milhões do BID e o mesmo valor será investido pela Prefeitura. A assinatura foi realizada na sede do BID entre o prefeito Luiz Marinho e a representante do banco no Brasil, Daniela Carrera-Marquis.

Com a assinatura do contrato, a Prefeitura já começa a preparar a licitação do primeiro lote de obras das intervenções, que compreende três corredores: Alvarenga, João Firmino e Rudge Ramos (Vergueiro). "A partir de setembro já vamos abrir a licitação para o primeiro lote, no valor de R$ 120 milhões", afirma o secretário de Transportes, Oscar Silveira Campos, que acompanhou o prefeito.

No total, a obra será dividida em outros três lotes. A expectativa é de que as obras já comecem no início do ano que vem, pelo corredor Alvarenga. 

"Com esse conjunto de intervenções vamos transformar a cidade e fazer com que São Bernardo alcance um novo patamar em mobilidade urbana. Essas obras são voltadas para o transporte público mas vão interferir, com certeza, no transporte individual na nossa cidade", afirmou Marinho.

"Estamos muito contentes em contribuir para a melhoria do transporte em São Bernardo", disse Daniela.

O prefeito também falou sobre a possibilidade de novos investimentos na cidade. "Podemos começar diálogos para novos projetos a partir de 2014", afirmou.

BID 2 / Na gestão passada, do ex-prefeito William Dib, houve uma empreitada semelhante. Na oportunidade, foram US$ 254 milhões, quase R$ 440 milhões, destinados aos projetos do São Bernardo Moderna.

Na ocasião, porém, mesmo sendo assinado em 2007, foi concluído apenas no ano passado, já na administração petista de Luiz Marinho.

MAIS

Reestruturação
A assinatura do contrato faz parte do projeto de modernização do transporte coletivo da cidade. Os 11 corredores cortarão o traçado do Monotrilho (Metrô ABC), previsto para ser concluído em 2016. Com os novos corredores, os ônibus deixarão de passar pelas vias da região central como Faria Lima e Jurubatuba. 

R$ 250 
milhões é a contrapartida da prefeitura

Ônibus
O investimento é concretizado no período em que uma multidão sai às ruas para protestar contra o reajuste da tarifa (cai para R$ 3 na segunda)

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No Grande ABC, Usuários reclamam da qualidade do transporte coletivo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quase 30% da população do ABC - cerca de 700 mil pessoas – depende hoje de ônibus para ir ao trabalho ou passeio. Para o serviço, os municípios disponibilizam 1,2 mil ônibus, com até 4,7 anos de uso.  As passagens mais caras são cobradas em Santo André, São Bernardo e Mauá: R$ 2,90. Diadema e Ribeirão Pires cobram R$ 2,80 e São Caetano, R$ 2,75. Em Rio Grande da Serra, os R$ 2,30 do bilhete não terão  reajuste antes de 2012, conforme licitação.

Entre as tarifas intermunicipais, a praticada no Corredor ABD (que atravessa Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema) está entre as mais baixas: R$ 2,90. Assim, quem faz o percurso Rio Grande da Serra (Centro) a São Bernardo (Terminal Metropolitano) desembolsa R$ 4. Já o trajeto de Mauá (jardim Zaíra) até Diadema (Centro), passando por Santo André (Centro) e São Bernardo (Pauliceia), custa R$ 6,50.
Mesmo com a tarifa cara - opinião defendida por estudiosos e usuários do sistema -, o serviço é sinônimo de reclamação entre os usuários. Ônibus superlotado, desrespeitos dos horários, insegurança, desatenção aos idosos e portadores de necessidades especiais, e falta de educação dos motoristas encabeçam o rosário de queixas feitas por 23 passageiros ouvidos esta semana pelo Repórter Diário nos pontos de ônibus dos sete municípios da região.

Creso de Franco Peixoto, mestre em Transportes e professor da FEI, explica que os contratos acordados entre prefeituras e companhias viárias podem estabelecer cobrança a partir da quantidade de passageiros - o que implica na questão da superlotação - ou levando em conta o montante de ônibus oferecidos - o que pode causar congestionamentos.

“Infelizmente, estatísticas comprovam existência de até 12 passageiros por m² no transporte público”, destaca. Neste caso, quando a fiscalização do poder público não é efetiva, a recomendação é para que a população reclame junto aos órgãos de defesa do consumidor ou no Poder Judiciário, ensina o mestre em Transportes .

A qualidade do serviço seria melhorada a partir da integração total do Metrô com o ônibus BRT (Bus Rapid Transit), segundo o especialista. “Com isso, mais gente usaria o transporte público, que seria eficiente financeiramente”, comenta.

O Consórcio Intermunicipal do ABC discute meios de integrar ônibus municipais e intermunicipais. Porém, mudanças pontuais ainda estão longe de ocorrer, porque a maior parte dos contratos entre as empresas de transporte e as prefeituras tem validade por mais 15 ou até 25 anos.

Sistema não é bem de consumo, diz especialista
Os reajustes das tarifas levam em conta as variações observadas no período, como dissídios coletivos, alta no preço dos combustíveis e dos ônibus, e gastos com manutenção. Segundo Silvana Maria Zione, professora de Planejamento Urbano e Transportes da UFABC (Universidade Federal do ABC), estes itens colocam o transporte coletivo como bem de consumo ao invés de serviço urbano. “Calcular uma tarifa baseada em custos, como na região, é uma ideia deturpada que não encontra paralelo em nenhum lugar do mundo”, comenta.

A especialista defende a inclusão no cálculo do custo-benefício social, que o transporte público propicia. “Até quem não usa ônibus é beneficiado. Se todos optassem pelo transporte individual, não haveria mais mobilidade”, diz, referindo-se ao trânsito. Silvana garante que não existe transporte barato e de qualidade no Brasil e, quando comparado com outros países da América Latina e até mesmo com os Estados Unidos e Europa, o valor cobrado no País é o mais caro.

Silvana observa que o poder aferido às empresas de ônibus no Brasil é curioso. “É vantajoso ter uma empresa de ônibus devido a essa visão neoliberalista de calcular custo da tarifa como se fosse uma produção”, diz.

Intolerância, insegurança e  demora encabeçam queixas
Tarifas elevadas, longos períodos de espera, superlotação, motoristas impacientes e desrespeito aos bancos preferenciais. Essas são algumas das queixas ouvidas pelo Repórter Diário, que conversou esta semana com 23 usuários de ônibus nas sete cidades do ABC.

A superlotação e a quebra constante são as principais reclamações em Diadema, principalmente da linha 22, sentido Terminal Diadema. “Os ônibus são verdadeiras sucatas, vivem quebrando e demoram muito para passar, principalmente finais de semana”, enfatiza o aposentado José Carlos Silva.

Em São Caetano, a linha com mais reclamações foi a Boa Vista. Segundo a recepcionista Alessandra Basilio, ela já ficou 40 minutos no ponto à espera de ônibus. “Os veículos não possuem limpeza adequada e o preço da passagem não é justo”, pontua.

Em Rio Grande da Serra, a principal queixa é a demora do ônibus. A aposentada Odete Brito afirma que a culpa é da fiscalização ineficiente. “Para a linha da Vila Niwa sair da estação, os fiscais esperam cinco trens chegarem, aí já está tudo lotado”, reclama. “Todos os horários estão dentro da normalidade”, se defende Leandro Ricardo Pereira, sócio-proprietário da empresa Talismã.

A espera também é alvo de reclamações em Mauá. “Se tivesse ônibus toda hora, o preço da passagem valeria a pena, mas não tem”, conta Nelsi Lopes, aposentada. Para Hélio José da Rocha, auxiliar de pedreiro, a demora resulta na superlotação.

Além da demora, os usuários de Ribeirão Pires reclamam da má educação dos motoristas. “Os motoristas correm muito e não têm educação com os idosos”, afirma Maria de Fátima dos Santos, cabeleireira.

O tempo de espera nos horários de pico também é queixa em São Bernardo. Luzinete Paulo dos Santos, auxiliar de serviços gerais, afirma que os ônibus nunca têm horário para passar. “Passa ônibus para o inferno, mas não passa para a Balsa”, esbraveja .

De acordo com Maria do Socorro dos Santos, cobradora de ônibus, falta segurança para os motoristas e cobradores trabalharem. “Nós não temos segurança, as linhas que passam pela rua dos Vianas são sempre assaltadas”, conta.
Segundo Nilson Mattioli, gerente de Planejamento da SBCTrans, em 2011 foi registrada média de seis assaltos/mês, já em 2010 a média era de 12.

Idosos
Os idosos, que muitas vezes têm dificuldades em realizar atividades simples, como subir em ônibus, reclamam do descaso. “Tenho problema de artrose e muitas vezes os motoristas nem esperam a gente subir no ônibus, fico até com medo”, afirma Odete Teixeira, aposentada de 79 anos.

Naul Teixeira, aposentado de 61 anos, conta que os motoristas não param nos pontos. “Eles demoram muito e como eu uso bengala, os ônibus não param, eles sempre me deixam no ponto”, reclama.

Segundo Odete, os assentos preferenciais são outro problema. “Outro dia o ônibus estava lotado e uma moça colocou a criança num assento, esperei três pontos e pedi para sentar, pois aquele lugar era reservado para mim”, conta a idosa.

Consórcio prepara edital para integração regional
A tão esperada integração entre os ônibus das sete cidades do ABC depende do resultado de pesquisa sobre o transporte coletivo e a mobilidade na região. Porém, o documento, que apontará a viabilidade técnica e financeira destas conexões, não tem data para ser finalizado.   

Andréa Brísida, coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) Mobilidade, do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, diz que o edital do estudo está em fase de elaboração. “O Consórcio está solicitando verba ao Estado para viabilização, que nos dará um raio-x da mobilidade do ABC e nos dirá se é ou não viável e o que temos de fazer para integrar os ônibus da região”, explica.

A expectativa é finalizar o processo licitatório nos próximos dois ou três meses para, a partir daí, contratar o estudo. “Quando o levantamento começar, imaginamos que em seis meses fique pronto para, então, estabelecermos cronograma de trabalho”, explica.

Apesar de ainda não haver nada palpável, Andréa está otimista quanto à integração. “O transporte caminha para isso, a integração. Esta é a solução para o trânsito, pois temos de tornar o sistema atrativo para que a população deixe o carro em casa”, analisa. “Porém, não podemos iludir, pois é algo de médio ou longo prazo, devido a implicações técnicas e jurídicas, como tarifas e contratos de cada município com as empresas”, adianta.

Integração metropolitana
Além da integração municipal, que envolve apenas os ônibus em circulação, o Consórcio tenta tirar do papel a integração metropolitana, que também agrega ônibus da EMTU, trens da CPTM e o Metrô. “Esta ação é um pouco mais complicada, pois precisa de negociação com o Estado. Estamos fazendo isso, mas a municipal é mais viável”, conta a coordenadora.

Mais de 670 mil utilizam 1.232 ônibus por dia no ABC
Cerca de 27,2% da população da região utiliza o transporte público todos os dias. São mais de 667 mil passageiros que trafegam de 1.232 ônibus pelas cidades do ABC, exceto Rio Grande da Serra, que não respondeu à reportagem.

Santo André possui a maior frota, com 402 veículos e até o final do ano mais 10 novos entram em circulação. A idade média da frota é de 3,5 anos. Duas empresas prestam serviço de transporte na cidade: Expresso Guarará e Consórcio União Santo André (composto por mais seis empresas).

De acordo com Paulo Lemos de Oliveira, diretor da SA-Trans, órgão gerenciador dos transportes públicos do município, o contrato de concessão com as duas empresas acaba em 2023. “No caso da Guarará, o contrato prevê renovação por mais 25 anos e com o Consórcio União Santo André a renovação pode ser feita por mais 15 anos. Esta possibilidade, porém, fica sujeita à avaliação da Administração”, relata. Ambas as empresas repassam 2% da arrecadação à SA-Trans.

Em São Bernardo, que possui a mesma média diária de passageiros que Santo André - 215 mil usuários – são 367 veículos. A idade média da frota é de 4,7 anos. Apesar de possuir um território maior do que a cidade vizinha, São Bernardo tem 35 ônibus a menos que Santo André. O serviço é prestado pelo Consórcio SBC Trans, cujo contrato com a Prefeitura vence em 2013, mas pode ser renovado por mais cinco anos. A concessionária paga 0,5% da arrecadação a título de outorga variável.

Em Mauá, 128 mil passageiros circulam pelo serviço municipal de transporte, prestado pela Leblon e Viação Cidade de Mauá, que assinaram contrato de 10 anos: primeira em 2010 e a Cidade de Mauá em 2009. Segundo a Administração, Mauá tem uma frota fixa de 200 veículos, 140 deles novos. As empresas repassam um valor fixo por ônibus, montante que está em fase de reformulação, em virtude do recente aumento da tarifa. Além disso, recolhem 4% do faturamento equivalentes a ISS e repassam 10% dos valores obtidos com a exploração da publicidade.

No Em Diadema, a ETCD (Empresa de Transportes Coletivos Diadema) e a Viação Imigrantes transportam 72 mil passageiros/dia. Mas a empresa deixará de operar no município em novembro, quando entrará em vigor o contrato com a Transportadora Turística Benfica Ltda. O contrato foi assinado em julho. Já com a Viação Imigrantes, o contrato foi assinado em 2003, por 15 anos, prorrogáveis por mais cinco. Diadema possui atualmente 168 veículos. Os ônibus têm de zero a 10 anos, com idade média de quatro anos.

Em São Caetano, os 21 mil passageiros diários utilizam a frota de 50 veículos, todos equipados com GPS e de propriedade da empresa Vipe. O contrato vence em 2017 e o repasse é de R$ 21 mil por ano.

A menor e mais nova
Com a idade mais nova da frota e a menor do ABC, Ribeirão Pires conta com 45 veículos, com idade média de uso de 2,2 anos para transportar média de 17 mil passageiros. O serviço é prestado pela Rigras Transporte Coletivo e Turismo, cujo contrato vence em 15 anos. A empresa começou a operar no município em abril deste ano, com previsão de repasse anual para os cofres públicos de pouco mais de R$ 1 milhão.

Fala Povo
“Acho o degrau do ônibus alto demais para idosos e deficientes físicos, mas nunca tive problemas com os motoristas”. - Moacir Pereira de Andrade, aposentado, de Rio Grande da Serra.
“Sempre à tarde é muito cheio, mas acho o valor da passagem, justo. Sem dúvida a linha que dá mais problema é a da Santa Luzia”. - Alzenir Souza Santos, balconista, de
 Ribeirão Pires.
“A linha que dá mais problema é a 22, sentido terminal Diadema. Os ônibus estão sempre quebrados e sujos”. - Jeane Maria, dona de casa, de Diadema.
“A tarifa está muito alta e o ônibus está sempre lotado. Nunca tem lugar para sentar, principalmente na linha 39, da Represa”. - Guilherme Soares, estudante, de São Bernardo.





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BRT ABC, Primeiro BRT elétrico do Brasil terá financiamento do BNDES

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

O Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 80 milhões para o sistema de ônibus de trânsito rápido, BRT ABC, primeiro BRT elétrico do Brasil, que está em fase de construção. O investimento total previsto do projeto é de R$ 1,2 bilhão, com atendimento estimado de 200 mil passageiros por dia útil.

“Seguindo determinação do presidente Lula, o BNDES seguirá atuando para alavancar o desenvolvimento e induzir a geração de emprego e renda de forma republicana. Este projeto específico é estruturante para a região metropolitana de São Paulo e avançamos na transição energética, por se tratar de um financiamento de mobilidade urbana com matriz elétrica”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O BRT contará com 92 ônibus elétricos e o financiamento do BNDES será para a empresa ABC Sistema de Transporte SPE S.A., concessionária estadual responsável pelo transporte intermunicipal por ônibus da área 5 da região metropolitana de São Paulo: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Paulo). Os recursos são do Fundo Clima, com taxa fixa de 4,5% a.a.

O BRT ABC ligará o Terminal Sacomã em São Paulo, até o Terminal São Bernardo, passando pelas cidades de São Caetano do Sul, São Bernardo e Santo André, com 17,3 km de extensão. No Terminal Tamanduateí, ocorrerá a integração com Linha 2 Verde do Metrô de SP e a Linha 10 Turquesa da CPTM.

Pelo Terminal Sacomã, será possível acesso ao centro de São Paulo através do corredor Expresso Tiradentes e a Linha 2 do Metrô. O Terminal São Bernardo será integrado ao sistema de trólebus do corredor ABD (operado pela ABC Sistema).

Por: Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES)

Informações: O Grande ABC

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ABC Paulista terá 17 projetos de corredores

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, assinará hoje, a autorização para elaboração de projetos básicos de 17 corredores intermunicipais nas cidades da região do ABC.

Os recursos liberados são de R$ 31,6 milhões no âmbito do PAC regional e atenderá antiga reivindicação dos mais de 2,5 milhões de habitantes dos sete municípios que sofrem com os constantes congestionamentos. O ato de assinatura será realizado em Santo André (SP), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com a presença de autoridades da região e do Estado, além dos sete prefeitos que compõem a região.

Com a autorização, serão elaborados projetos básicos para coordenar os levantamentos preliminares de campo e o desenvolvimento das atividades que envolvem os 17 corredores intermunicipais incluídos no Plano de Investimentos em Infraestrutura para Mobilidade da Região do Grande ABC. Esse Plano tem os seguintes eixos: Guido Aliberti, Lauro Gomes / Taioca / Corredor Sudeste / Ligação Leste-Oeste e Corredor Alvarenga / Robert Kennedy / Couros. A contratação contempla ainda o projeto de criação do Centro de Controle de Operações.

Parcerias

No ABC, o ministro Kassab irá também lançar as ações conjuntas entre o Ministério das Cidades e a Universidade Federal do ABC (UFABC) para programas urbanos e do caderno técnico "Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC) e IPTU progressivo no tempo".

Durante o evento, o secretário nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos, Luis Oliveira Ramos, coordenará um debate sobre "Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória", em que serão discutidas as experiências das prefeituras de São Bernardo do Campo e de São Paulo.

Também serão assinados o Plano de Trabalho do Ministério das Cidades em conjunto com o Tribunal de Justiça de São Paulo, denominado "Pesquisa sobre Conflitos Fundiários Urbanos"; os termos de execução descentralizada Parceria SNAPU-UFABC em regularização fundiária de assentamentos urbanos e para elaboração de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização; e a entrega das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização aos municípios de São Bernardo do Campo e Rio Grande da Serra.

Consórcio

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC reúne os sete municípios do Grande ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) para o planejamento, a articulação e definição de ações de caráter regional. Desde 2003, o governo federal investiu, por meio do Ministério das Cidades, R$ 895,5 milhões nas áreas de habitação, saneamento ambiental, mobilidade urbana e infraestrutura somente em Diadema. Em Mauá, o investimento total é de R$ 1,4 bilhão e, em Santo André, é de R$ 1,6 bilhão. Em São Bernardo do Campo, o investimento total é de R$ 7,6 bilhões. No Estado de São Paulo, o investimento total é de R$ 121,1 bilhões, sendo R$ 27,8 bilhões para obras de mobilidade urbana. Em todo o Brasil, o investimento é de R$ 566,4 bilhões. (Estadão Conteúdo)

Informações: DCI

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Licitação do monotrilho do ABC sai em 90 dias, diz Alckmin

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O monotrilho da Linha 18-Bronze do Metrô, que vai ligar São Paulo a três cidades do Grande ABC (SP), deve ter a licitação para obras publicada em 90 dias. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta terça-feira que as obras do novo modal, primeiro a entrar no Grande ABC, deverão começar ainda neste ano.

Cerca de 300 mil passageiros deverão usar a nova linha. As cidades do Grande ABC estão entre as regiões mais carentes de transporte público de toda a região metropolitana - os ônibus são os mais mal avaliados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos. A Linha 18 deverá ter 12 estações e 14,3 quilômetros de comprimento. Ela vai ligar a Estação Tamanduateí, da Linha 2-Verde, na zona sul da capital paulista, onde haverá conexão gratuita com o metrô, até a futura Estação Paço Municipal, no centro de São Bernardo do Campo, passando por São Caetano do Sul e por Santo André.

Os estudos básicos dessa linha preveem que, posteriormente, o ramal poderá ser estendido até o bairro Alvarenga, nas proximidades da divisa entre São Bernardo e Diadema. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos espera que a linha seja feita por meio de uma parceria público-privada (PPP).

As cidades do ABC, grande parte sob comando de prefeitos petistas, fez durante os últimos dois anos várias negociações com o governo federal para obter recursos para essa linha. "A linha 18 finalmente parece que vai", disse o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). "Era uma linha prevista para 2025. A partir de nossa intervenção em 2009, São Bernardo apresentou o projeto funcional, portanto há viabilidade técnica para fazer", disse. Os repasses são do governo federal, parte deles obtidos pelo Plano de Aceleração do Crescimento para Grandes Cidades (PAC 2). Ele classificou a obra como estratégica para toda região do ABC. "E ajuda São Paulo também, porque se você tira carros e pessoas que vêm para São Paulo de transporte coletivo, ajuda todo mundo", afirma.

O restante dos recursos virá do parceiro privado, segundo a modelagem feita pelo governo do Estado. A previsão é de que o prazo de concessão da linha seja de 25 anos. As obras devem demorar até quatro anos para ficar prontas. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Cidades do ABC Paulista querem corredores de ônibus integrados

quarta-feira, 6 de março de 2013

As cidades do ABC Paulista devem ter corredores de ônibus interligados para aumentar a velocidade operacional do transporte coletivo da região, que hoje é considerada baixa e que não permite que o transporte público consiga convencer o proprietário do automóvel a deixar o carro em casa.

A integração de corredores municipais e criação de espaços preferenciais para ônibus de caráter intermunicipal fazem parte dos estudos das sete cidades da região sobre mobilidade urbana.

A ligação entre os futuros corredores municipais de São Bernardo do Campo com os de Diadema e a criação de espaços preferenciais no eixo entre São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires estão nos planos. No entanto, a maior parte das propostas não tem datas e especificações técnicas definidas.

Nesta segunda-feira, dia 04 de março de 2013, os prefeitos se reuniram no Consórcio Intermunicipal do ABC e após reuniões e estudos das pastas municipais de transportes que atuaram em conjunto, listaram um pacote de 116 possíveis obras que devem atender 16 eixos principais da região.

Nem todas estas obras se referem ao transporte coletivo. Há intervenções simples como adequações geométricas de vias até mais complexas como novas avenidas e viadutos.

Em aproximadamente 15 dias, a lista deve ser entregue à equipe da Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, para que a região consiga liberação de recursos federais para algumas destas propostas de obras.

O prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, Luiz Marinho, disse que nem todas as obras propostas receberão financiamento do Governo Federal, mas que a partir da aprovação das obras, será possível definir as prioridades. A partir deste momento, ele acredita que será possível estabelecer convênios com o Governo Federal dentro de um prazo de 90 dias. Mas as obras só devem sair do papel em 2014.

Ele estima que entre as intervenções viárias e de transportes coletivos, o pacote de obras deve custar entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões.

“Não podemos dizer que temos um projeto ainda. A equipe técnica contratada está trabalhando. Nós demandamos olhando as sete cidades. Hoje podemos chamar de pré-estudo para ser complementado para virar um plano de mobilidade regional de intervenções viárias e de intervenções para o transporte coletivo” – disse Marinho se referindo ao fato de que as propostas só devem virar planos depois de o Governo Federal definir o quando deve liberar de recursos para a região.

“Se você for analisar que o Governo Federal tem R$ 38 bilhões disponíveis agora para a mobilidade em todo o País, R$ 10 bilhões só para o ABC é algo ousado. Mas querermos mostrar ao Governo Federal o tamanho problema da mobilidade na região” – complementou Marinho.

O Consórcio também pretende apresentar as propostas ao Governo do Estado para também ter a contrapartida estadual nas intervenções de mobilidade.

Mesmo desenvolvendo corredores municipais, as cidades estudam a possibilidade de integrar estes espaços com corredores de municípios vizinhos.

Entre as propostas estão a comunicação de corredores de São Bernardo do Campo com Diadema e a criação de espaços prioritários para os ônibus no chamado eixo Sudeste entre São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires.

A coordenadora do GT (Grupo de Trabalho de Mobilidade) do Consórcio, Andrea Brisida, diz que obras viárias são importantes, mas destaca que somente o investimento em transporte público é que vai permitir uma melhoria no ir e vir das pessoas para o futuro.

“Na verdade, todas as obras que priorizam o transporte coletivo visam o futuro. Hoje todo nosso sistema viário está saturado. Não há via que se faça que dê contra do aumento da frota. Os prefeitos já começaram a perceber que o foco está no transporte público. Apesar de ser um grande pacotão de obras viárias (a lista das 116 intervenções aprovada pelos prefeitos nesta segunda-feira) ele não perde a priorização do transporte coletivo. 

A bifurcação da linha 18 (monotrilho, formando um “Y”passando pela região do Córrego Taioca, sendo interligado ao Terminal de Ônibus de Vila Luzita) já visa o futuro. Repactuar com o Estado a necessidade do Expresso ABC – Guarulhos e do Expresso ABC, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também precisa ser reforçado. 

Um dos corredores mais importantes que nós elencamos como eixo é o Corredor Sudeste, que é a ligação desde o limite de São Caetano do Sul com São Paulo, vindo pela Dom Pedro II, Perimetral (Santo André), Avenida João Ramalho, Avenida Capitão João (Mauá) até a Avenida Humberto de Campos (Ribeirão Pires). Todo este eixo é o principal de Transporte Coletivo da Região do ABC. O tipo de priorização, ainda não conseguimos detalhar. 

Pode ser um corredor de ônibus, faixas preferenciais em horários de pico. Depende do detalhamento de cada trecho destes projetos. Esse viário tem características diferentes em cada trecho. Mas a gente identificou que é um eixo prioritário de transporte coletivo sim.” – explicou a coordenadora do GT – Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio Intermunicipal do ABC, Andrea Brisida.

Ela também disse que o Consórcio aguarda as definições sobre a licitação da área 5 da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, corresponde aos serviços de ônibus intermunicipais do ABC Paulista, o único lote da Grande São Paulo que não opera de acordo com a lei e ainda tem contratos de permissão precária e não de concessão. A proposta principal quanto a área 5 é eliminar as sobreposições de linhas municipais com intermunicipais de ônibus.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, disse que espaços para ônibus da cidade serão ligados às vias para transporte coletivo de Diadema.

“Os corredores das cidades se integrarão. Por exemplo, o corredor Leste/Oeste de São Bernardo do Campo vai até dentro do Terminal de Diadema. Então este corredor estará conectado a outros corredores de Diadema.  Assim será com outras cidades. Essas intervenções de divisas (propostas pelo Consórcio) vão ajudar na ligação de corredores municipais. 

Exemplo, essa intervenção da Lauro Gomes com São Caetano do Sul dando sequencia da Guido Aliberti, do lado de São Paulo, que não existe. A Lauro Gomes segue até a divisa com São Paulo e dá sequencia na marginal na regiã., no lado de São Caetano e do outro lado do rio até a Avenida Goiás” – contou Marinho que revelou também que Santo André já realiza um estudo para a implantação de corredores municipais de ônibus e que Mauá vai também iniciar estudos para corredores de ônibus do sistema da cidade, hoje servido pela Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros.

Entre as obras viárias, Luiz Marinho citou a duplicação da Rodovia Índio Tibiriçá e Caminho do Mar, eliminação de cruzamentos livres na Avenida do Estado e a extensão da Lauro Gomes, que pode vir a cruzar a Avenida Pereira Barreto.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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Governo estuda modelo de trem para ligar metrô ao ABC

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, informou hoje que nesta semana deve ser definido o modelo do veículo sobre trilhos que ligará o metrô de São Paulo ao Grande ABC (SP). Fernandes disse que se reunirá nesta semana com os prefeitos da região para decidir se será adotado o modelo de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), uma espécie de metrô de superfície, ou de monotrilho.

De acordo com ele, provavelmente o padrão de monotrilho é o mais adequado para a região. "Nós esperamos que a empresa consultora nos dê elementos definitivos para que tomemos a decisão, se vai ser VLT ou monotrilho", disse. "Aparentemente, a impressão que se dá é que o monotrilho é o mais adequado." Mais cedo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), havia antecipado que o monotrilho deve ser o escolhido e que, nos próximos dias, o projeto será enviado à assessoria técnica do governo de São Paulo.

De acordo com Marinho, a atual proposta está programada para ligar São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul à Estação Tamanduateí da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Linha 2 - Verde. O governo do Estado estuda a inclusão ainda de Santo André, o que deve ser determinado também nesta semana. Fernandes disse ainda que a previsão é de que as obras do empreendimento só sejam iniciadas em maio de 2012.

O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e o prefeito de São Bernardo do Campo participaram hoje da entrega, pelo governo estadual, de 26 novos ônibus para o Corredor Metropolitano ABD, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que liga Jabaquara, na zona sul da capital paulista, a São Mateus, na zona leste, passando por Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. O evento contou com a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Fonte: Estadão

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Prefeituras de Guarulhos e Grande ABC anunciam reajuste na tarifa de ônibus a partir de janeiro

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022


As prefeituras de Diadema, São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC paulista, anunciaram o aumento da passagem de ônibus a partir de janeiro de 2023. A cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, também confirmou o aumento. Confira os novos preços:

Diadema
O valor da passagem paga em dinheiro subirá de R$ 5,10 para R$ 5,50 a partir do dia 1º de janeiro na cidade de Diadema. Os usuários do cartão SOU, porém, continuarão a pagar R$ 4,25 pela passagem e o vale-transporte seguirá por R$ 6.

São Caetano do Sul
Em São Caetano do Sul, a tarifa do ônibus passará a ser R$ 5 a partir do primeiro dia de útil de 2023, na segunda-feira (2). O decreto foi assinado pelo prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) e publicado no Diário Oficial do município na quarta-feira (28).

A última vez que a passagem teve alteração foi em 11 de janeiro de 2019, quando subiu de R$ 4,20 para R$ 4,50.

Santo André
A partir de terça-feira (3), os usuários do transporte público de Santo André precisarão pagar R$ 5 pela passagem, um aumento de 25 centavos. De acordo com a prefeitura da cidade, esse reajuste tem o objetivo de repor a inflação.

"Nos últimos três anos, quando a passagem era R$ 4,75, as empresas responsáveis pelo transporte coletivo de Santo André investiram mais de R$ 70 milhões. Entre os investimentos, foram entregues 148 novos ônibus zero-quilômetro", destacou a prefeitura em nota ao R7.

São Bernardo no Campo
São Bernardo do Campo também terá reajuste na tarifa, que passa a ser R$ 5,75 a partir de 1° de janeiro. A prefeitura afirmou que o município terá uma única tarifa, sendo R$ 5,75 para o Cartão Legal e vale-transporte.

"O valor adotado foi o menor possível para minimizar o impacto aos usuários, uma vez que o aumento foi considerável nos itens que compõem o sistema operacional, como o óleo diesel", ressaltou a Prefeitura de São Bernardo.

Em Guarulhos, na Grande São Paulo, o reajuste será de 3,3%, e passa a ser R$ 5,10 para quem usa o Cartão Cidadão, a partir de 1° de janeiro. Para quem paga a tarifa em dinheiro, o valor cobrado na catraca será de R$ 5,30. Já das empresas que fornecem vale-transporte aos funcionários será cobrado R$ 6,20.

Estudantes e professores que usam o Cartão Escolar têm direito a um desconto de 50% e passam a pagar R$ 2,55. Pessoas com mais de 60 anos continuam com gratuidade no transporte público. A gestão da cidade destaca que o reajuste é "bem abaixo da inflação".
São Paulo
Na capital paulista, a tarifa de ônibus segue a mesma, de R$ 4,40, pelo terceiro ano consecutivo. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (PSDB), o objetivo é incentivar o uso do transporte coletivo. “Isso melhora o trânsito da cidade, a questão do ambiente com relação à poluição causada por veículos."

Informações: R7.com
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Atrasado: BRT-ABC estar longe de virar realidade

domingo, 2 de julho de 2023

Há quatro anos um dos maiores retrocessos da mobilidade urbana de São Paulo era protagonizado pela gestão do ex-governador João Doria (sem partido). Em 3 de julho de 2019, o agora ex-político anunciou com pompa o projeto do BRT-ABC, um corredor de ônibus que prometia substituir a Linha 18-Bronze do Metrô custando menos e, sobretudo, sendo de implantação mais rápida.

Desde então o que se viu não tem parecido em nada com o quadro que Doria pintou. Notadamente atrasada, a obra do corredor de ônibus, sob responsabilidade da Next Mobilidade (antiga Metra), empresa de ônibus responsável pela operação do corredor ABD e área 5 da EMTU, está começando a dar os primeiros sinais de existência apenas agora.

Segundo o comunicado publicado pelo governo do estado na época, o BRT poderia ser implantado em 18 meses, a partir do início de sua construção, e teria capacidade para transportar até 340 mil passageiros por dia.

“Hoje, vamos anunciar um novo modal de transporte metropolitano no ABC. Uma decisão importantíssima do Governo do Estado, depois de vários anos de retardo. Será uma opção de menor custo, de menor tempo, de mais eficiência e de menos manutenção”, disse João Doria.
Na prática, o corredor de ônibus vai transportar, se muito, metade da capacidade do monotrilho cancelado e num tempo de viagem 50% maior na melhor das hipóteses (serviço expresso).

De quebra, já custa bem mais que os R$ 680 mil informados no anúncio e pode sair ainda mais caro já que há outros processos em paralelo ocorrendo, como a indenização à concessionária VEM ABC, que teve o contrato da Linha 18 extinto após ficar cinco anos à espera de o governo cumprir sua parte no acordo.

Se com a Linha 18 o passageiro do ABC ganharia uma integração gratuita com o restante da malha metroferroviária, com o BRT-ABC isso não é garantido já que a Next/Metra vai recuperar seu investimento com o preço da tarifa, bastante cara no Corredor ABD, que ela gerencia desde 1997.

Nesta semana, às vésperas do aniversário de quatro anos do engodo criado pela gestão anterior, o site foi até São Bernardo do Campo conferir in loco como estão as obras do corredor de ônibus.

Terminal São Bernardo
O terminal de ônibus São Bernardo do Campo é o ponto de partida do BRT-ABC. O local que outrora atendia aos ônibus municipais e intermunicipais agora está interditado, com sinais de abandono e sem quaisquer tipo de melhorias visíveis.

O local está cercado por tapumes que mostram fotografias de funcionários trabalhando, possivelmente algo feito nos primórdios do empreendimento, mas que não reflete a situação atual do local.

Por de trás dos tapumes o que se vê é o entulho decorrente da demolição do piso em concreto, que foi removido. A cobertura também foi retirada, deixando a estrutura metálica exposta às intempéries.

Talvez a única grande atualização tenha sido a placa das obras que recebeu uma nova coloração, que remete a atual gestão do governador Tarcísio de Freitas. O valor das obras foi aumentado para R$ 919 milhões e o período igualmente, para 24 meses.
As obras, pelo o que consta na placa, iniciaram-se em fevereiro de 2022, ou seja, mais de 30 meses após o anúncio.

Não bastasse o atraso, os passageiros dos ônibus são furtados de uma qualidade digna de embarque. A quantidade de linhas de coletivo concentradas em apenas uma calçada ao lado do terminal é assustadoramente grande.

Paço Municipal
Na região do Paço Municipal de São Bernardo, parte inicial do trajeto do BRT-ABC, não há nenhum sinal de obra. Depois de mais de um ano do início das intervenções o trecho mais próximo ao ponto inicial de parada sequer tem tapumes, máquinas, ou indicações de melhorias.

Nesta região o BRT vai circundar todo o paço com uma via no sentido Sacomã e outra no sentido São Bernardo do Campo. Neste trecho o BRT estará sujeito a interferência semafórica, o que descaracteriza a operação do serviço que deveria ser, por essência, totalmente segregado.

Avenida Aldino Pinotti
Nesta região surge a primeira edificação, de fato, nova do BRT-ABC. A estrutura metálica do primeiro ponto de ônibus do sistema de coletivos rápidos e as intervenções para a implantação do pavimento de concreto são os pontos de maior visibilidade.

A parada de ônibus pode ser considerada generosa dada a sua ampla cobertura, mas não deverá passar disso. Em que pese a estrutura metálica extravagante a área de embarque é relativamente estreita. A impressão que se tem é de se estar em uma parada de VLT de baixo custo.

A plataforma é levemente alterada, possibilitando uma facilidade no acesso caso sejam empregados ônibus com piso baixo. Foi possível notar dutos onde deverão ser alocados cabos para diversos sistemas.

A premissa do BRT é de haver cobrança prévia ao embarque, portanto, existirão bloqueios nas extremidades do ponto de ônibus.

O pavimento de concreto, ao que se pode notar, está sendo bem executado. Talvez, esta seja de fato uma das poucas melhorias que o BRT pode proporcionar: um pavimento de melhor qualidade na região, o que pode gerar viagens minimamente confortáveis.

Destaca-se o nível de organização e isolamento da obra. Envolta apenas por uma rede, fazendo um verdadeiro papel de “cerca mole”, o acesso às obras do BRT nesta região são absolutamente irrestritas com praticamente nenhuma sinalização de segurança.

Pedaços de madeira estão jogados de qualquer forma na obra. Não existe vigilância no local. Os equipamentos como escavadeiras e plataformas elevatórias ficam expostos, absolutamente largados como se estivessem em um pátio, seguras e protegidas.

O único espaço que está de fato coberto por tapumes é o canteiro de administração da obra. Ali se pode ver alguns containers e um relógio de luz.

Visão geral
Após quase 18 meses de obras é possível arriscar dizer que o BRT-ABC não estará pronto em fevereiro de 2024, como promete o governo. São apenas sete meses para literalmente implantar quase tudo, algo fora da realidade até para um projeto sem complexidade como um corredor de ônibus.

Irresponsabilidade como essas, em que o dinheiro do contribuinte foi jogado no lixo, não podem ser esquecidas com o intuito de evitar outros absurdos no transporte público do estado.

Informações: Metro CPTM
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Novas linhas do transporte coletivo são criadas para beneficiar região Oeste da grande Goiânia

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Oito novas linhas começam a operar no sábado, 19. Três pontos de conexão serão criados para facilitar o acesso ao Eixo Anhanguera nas rodovias GO-060 e 070. Integração reduzirá preço da tarifa para R$ 1,65

O atendimento do transporte coletivo será ampliado na Grande Goiânia com a criação de novas linhas de ônibus na região Oeste, às margens das rodovias GO-060 e GO-070, que vão beneficiar cerca de 30 mil pessoas por dia. As melhorias contemplam também a extensão de linhas e a construção de três pontos de conexão (PC) com integração eletrônica ao Eixo Anhanguera, o que garantirá o subsídio da tarifa. 

Elaboradas pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Metrobus e Consórcio RMTC, as ações fortalecem a extensão do Eixo Anhanguera, que passou a circular nos municípios de Trindade, Goianira e Senador Canedo em setembro do ano passado. Atualmente, cerca de 300 mil pessoas usam o Eixo Anhanguera diariamente.

Os novos serviços serão implantados no sábado, 19 de setembro, quando entram em operação 151 viagens em dias úteis, 101 no sábado e 73 no domingo, em 15 bairros e residenciais (Planalto, Cora Coralina, Paranaíba, Vila Adilair II, Limoeiro, São Bernardo, Arco do Triunfo, Triunfo I, II e II, Paineiras, Florença, Goiânia Viva, Mendanha e Portinari).

No total, serão criadas oito linhas: 009 - Terminal Isidória/Avenida Castelo Branco/Terminal Padre Pelágio, 352 - PC Cora Coralina/Res. Planalto, 353 - PC Cora Coralina/Res. Paranaíba, 354 - PC Cora Coralina/Vl. Adilair II, 355 - PC Cora Coralina/Res. Limoeiro, 356 - PC Triunfo/Res. São Bernardo/Res. Paineiras, 357 - PC Triunfo/Triunfo II/Res. Florença e 702 - Terminal Goiânia Viva/Res. Mendanha/Res. Portinari. 

O presidente da CMTC, Murilo Guimarães Ulhôa, explica que a ligação entre os Terminais Padre Pelágio e Isidória ficará muito mais ágil com a nova linha, que dará atendimento às avenidas Castelo Branco, Mutirão, 85 e T-63. Diariamente, a linha oferecerá 75 viagens, que vão integrar as regiões Oeste e Sul. Ulhôa destaca ainda a implantação da linha que ligará o Residencial Portinari e o Setor Nações ao Terminal Goiânia Viva (702). “Esse novo serviço atende uma demanda antiga dos moradores da região, que terão mais conforto e segurança, pois vão direto ao terminal”.

As linhas 310 - PC Triunfo/Res. Triunfo e 150 - PC Triunfo/Res. São Bernardo/St. Palmares foram estendidas para atender os moradores dos Residenciais Triunfo III, Arco do Triunfo e São Bernardo, às margens da GO-070.  A linha 354 – PC Cora Coralina/Vl. Adilair II e 355 – PC Cora Coralina/Res. Limoeiro vão realizar o atendimento ao Setor Cora Coralina, Residencial Adilair e Limoeiro, antes feito pela linha 309 – T.Pe. Pelágio/Cora Coralina.

Por solicitação dos moradores do Jardim do Cerrado, os horários das linhas 338 – T.Vera Cruz/GO-060/Jd. do Cerrado e 344 – T.Vera Cruz/GO-060/Res. Cerrado VII foram ampliados e os ônibus, que antes circulavam somente nos horários de pico, vão prestar atendimento o dia todo aos bairros. Com a alteração, o atendimento antes feito pela linha 347- TPe. Pelágio/T. Vera Cruz/Jd. Cerrado serão transferidos para a 338 e 344.
Os bairros Cora Coralina, Residencial Adilair e Limoeiro também vão ser atendidos por duas novas linhas 354 – PC Cora Coralina/Vl.Adilair II e 355 – PC Cora Coralina/Res.Limoeiro, que serão integradas ao Eixo Anhanguera pelo Ponto de Conexão Cora Coralina.

Novos pontos de conexão

Três novos pontos de conexão (PC) serão criados na GO-070, entre Goianira e Goiânia, para a integração com o Eixo Anhanguera. Os PCs estão situados nas proximidades dos bairros Primavera, Triunfo e Cora Coralina. O PC Triunfo fará a integração das novas linhas (356 - PC Triunfo/Res. São Bernardo/Res. Paineiras, 357 - PC Triunfo/Triunfo II/Res. Florença) ao Eixo Anhanguera, assim como as linhas 310 e 150, que foram ampliadas. 

O PC Cora Coralina fará a integração das linhas 352 - PC Cora Coralina/Res. Planalto, 353 - PC Cora Coralina/Res. Paranaíba, 354 - PC Cora Coralina/ Vl. Adilair II e 355 - PC Cora Coralina/Res. Limoeiro. Já no PC Primavera, a integração será pela linha 599 – PC Primavera/Conjunto Primavera.

Nova integração ao Eixo Anhanguera na GO-060

Para oferecer mais agilidade e conforto às viagens, 11 linhas do transporte coletivo serão integradas ao Eixo Anhanguera pelos Terminais Vera Cruz e Terminal de Goianira a partir de sábado, 19: linhas 137 – T. Vera Cruz/Renata Park/St. Pontakayana; 703 – T. Vera Cruz/St. Cristina/Jd. Marista; 141 – T. Vera Cruz/ St. Cristina/Jd. California; 140 – T. Vera Cruz/Maysa/Dona Iris; 311 – T. Vera Cruz/Dona Iris/Maysa; 344 – T. Vera Cruz/GO 060/Res. Cerrado V II; 338 – T. Vera Cruz/GO 060/Jd. Do Cerrado; 324 – T. Vera Cruz/Monte Pascoal/Eldorado Oeste e 701 – T. Vera Cruz/Eldorado Oeste/Monte Pascoal.

Com a alteração, as viagens, que antes se iniciavam somente nos terminais de Trindade e Padre Pelágio, vão começar também no terminal Vera Cruz, reduzindo a integração dos passageiros da região do Trindade II entre os terminais. Os passageiros com destino a Brazabrantes terão integração no Terminal de Goianira com a linha 214, que terá acréscimo de três viagens em dias úteis e sábados.

Com as mudanças, os moradores do entorno da rodovia GO-070 também terão benefícios nas tarifas. Os usuários vão utilizar gratuitamente as linhas locais (150, 310, 352, 353, 354, 355, 356, 357, 599), mas será necessária a validação pelo Cartão Fácil Sitpass nas catracas para a entrada no ônibus. O cartão é gratuito na primeira via e pode ser adquirido em um dos mais de dois mil pontos de recarga disponíveis na região metropolitana. Ao embarcar no Eixo Anhanguera, linhas 112 e 113, o usuário ao utilizar o Cartão Fácil Sitpass pagará a tarifa subsidiada de R$ 1,65.

Os novos serviços estão sendo implantados para atender às solicitações dos moradores da região metropolitana de Goiânia. A CMTC está à disposição da população para avaliar o serviço pelos telefones 0800 646 1851/ 3524-1851 (Ouvidoria) e whatsapp 9943-1620.

Confira as novas linhas:

009 - Terminal Isidória / Avenida Castelo Branco / Terminal Padre Pelágio 
352 - PC Cora Coralina / Res. Planalto 
353 - PC Cora Coralina / Res. Paranaíba 
354 - PC Cora Coralina / Vl. Adilair II 
355 - PC Cora Coralina / Res. Limoeiro 
356 - PC Triunfo / Res. São Bernardo / Res. Paineiras
357 - PC Triunfo / Triunfo II / Res. Florença 
702 - Terminal Goiânia Viva / Res. Mendanha / Res. Portinari

Por Lourdes Souza, da editoria de Transportes – Secretaria Municipal de Comunicação 
Informações: Prefeitura de Goiânia






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