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Nova Rodoviária de Belo Horizonte é tema de exposição

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Nova Rodoviária de Belo Horizonte, que será construída no bairro São Gabriel, é tema de uma exposição, no saguão de entrada da Rodoviária de Belo Horizonte (Tergip), a partir desta quarta-feira, 12/12, como parte das comemorações dos 115 anos da capital mineira. A mostra compõe-se de plantas e perspectivas do futuro prédio do novo terminal, bem como mapa com a localização e imagens das modernas instalações que vão oferecer melhor funcionamento e mais conforto aos usuários.

Quem passar pelo estande montado no Tergip poderá assistir a um vídeo sobre a Nova Rodoviária e a uma microssimulação de tráfego, também em vídeo, da região. Painéis, banners e folhetos vão informar sobre as características da construção, a infraestrutura local com os variados serviços oferecidos e os benefícios para os passageiros.

Como exemplo do que será mostrado na exposição são as imagens da moderna plataforma de embarque e desembarque, do local das bilheterias que terão acesso facilitado, do estacionamento coberto, da ampla praça de alimentação, da área comercial e de serviços. Segundo a empresa que vai construir e operar o empreendimento, o Novo terminal Rodoviário de Belo Horizonte vai funcionar num ambiente agradável e foi projetado para atender plenamente os usuários.

O novo terminal será construído pela empresa SPE Terminal Belo Horizonte S/A, que venceu a concorrência pública 006/2011 para delegação da construção, implantação, gestão, manutenção e operação do Novo Terminal Rodoviário de Belo Horizonte.

A nova Rodoviária terá 41 plataformas, com expansão prevista para 56 plataformas, área de estocagem com capacidade para 23 ônibus, 400 vagas de estacionamento para automóveis, embarque e desembarque no mesmo nível, praça de alimentação próxima à área de espera, área de assentos e de comércio maior do que a atual do TERGIP.

Uma das novidades da nova Rodoviária, que terá 35.500 m² de área construída, é que ela será integrada ao sistema de BRT (Transporte Rápido por Ônibus) em implantação na Av. Cristiano Machado e também será ligada, por uma passarela, à Estação BHBUS São Gabriel, no bairro São Gabriel, com integração com o metrô, linhas municipais e intermunicipais.

No entorno do Novo Terminal será implantado projeto de melhoria do sistema viário de forma a facilitar o acesso ao equipamento e às vias próximas ao Anel Rodoviário.
A nova Rodoviária de Belo Horizonte deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2014.

Informações: BHTrans

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BRT: Um sistema de transporte desconhecido da população

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A dona de casa Valéria Oliveira, de 44 anos, sempre utiliza o ônibus do transporte coletivo para se locomover em Belo Horizonte. Ela já notou como as obras do BRT (Bus Rapid Transit, ou Transporte Rápido por Ônibus) nas avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos e Pedro I causam atrasos em suas viagens. No entanto, assim como boa parte da população, Valéria não faz ideia para qual fim são as intervenções que prometem mudar o transporte público e reduzir em até 50% o tempo das viagens de ônibus.

Em uma pesquisa informal feita pelo Hoje em Dia em pontos de ônibus na Avenida Cristiano Machado e na Área Hospitalar, das 50 pessoas questionadas, 41 não souberam explicar o que é o BRT ou o propósito das intervenções. "Só tinha ouvido algo a respeito, mas não sei do que se trata. Acho que vai melhorar, pois piorar mais não tem jeito", afirma o serralheiro Alvair Teixeira, de 49 anos.

Segundo o gerente de coordenação de mobilidade da BHTrans, Rogério Carvalho, as ações para apresentar o BRT à população já começaram. Porém, as estratégias de comunicação que serão usadas para informar os belo-horizontinos sobre o sistema estão sendo elaboradas, pois haverá uma reorganização das linhas nas regiões do Vetor Norte.

Neste ano, as ações estão focadas em reuniões e seminários internos na BHTrans e também em encontros com a comunidade e entidades de classe, além da produção de folders, folhetos, banners, campanhas publicitárias e informativos em mídias digitais.

Para o próximo ano, a estratégia será manter os informativos, além de investir em comunicação por meio da imprensa, portal na internet, visitas itinerantes e a criação de dois centros de referências sobre o BRT.

A cidade pretende inaugurar, no primeiro semestre de 2013, dois corredores de ônibus para o BRT: o da Cristiano Machado e o da Antônio Carlos/Pedro I.

O modelo que será implantado foi inspirado no existente em Curitiba, na Região Sul do país, o que sugere que Belo Horizonte também adote a tarifa única integrada para todo o sistema. Na Capital do Paraná, o BRT transporta 560 mil passageiros por dia. Quase 45% da população usa o transporte público e somente 22% se locomovem de carro, conforme a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs).

Segundo a BHTrans, o BRT em Belo Horizonte vai funcionar da seguinte forma: linhas de ônibus convencionais (que serão chamadas de alimentadoras) irão levar os passageiros até as cinco estações de integração (Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel e José Cândido). O usuário pagará a passagem, no mesmo valor atual, na entrada da estação.

Como não haverá cobrador nos veículos, como funciona hoje, esses profissionais serão aproveitados como bilheteiros e fiscais. Os novos ônibus terão quatro portas, distribuídas nos 18 metros de comprimento, e 2,60 metros de largura. Os veículos poderão transportar entre 120 e 150 passageiros, sendo 40 a 50 sentados.

Os corredores de ônibus, com duas faixas exclusivas em cada sentido, terão mini-estações elevadas pré-fabricadas em módulos, nos canteiros centrais, a cada 500 metros. Esses locais vão disponibilizar informações em painéis sobre a localização e a hora de chegada dos veículos, monitorados por uma nova central de operação.

"Algumas linhas continuarão seguindo pela pista exclusiva e outras serão alteradas", diz Rogério.

 

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Em Belo Horizonte, BRT terá "versão light" na Avenida Pedro II

sábado, 9 de junho de 2012

Sem perspectiva de expansão das linhas de metrô a curto ou médio prazo e com um trânsito em que o volume de veículos já é equivalente ao de São Paulo, com 4,3 automóveis para cada mil metros quadrados de área urbana, Belo Horizonte tenta apelar para soluções “light” para um problema que de leve não tem nada. Uma delas já está nos planos oficiais, e surge como uma espécie de compensação para o fato de o município não ter conseguido viabilizar a implantação do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) na Avenida Pedro II. Um dos dois grandes corredores de acesso ao Mineirão – o outro é o complexo das avenidas Antônio Carlos/Pedro I –, a Pedro II deve ganhar um modelo simplificado do BRT, sem corredores exclusivos de coletivos ou obras de peso. A outra solução ainda será apresentada ao poder público e também consiste em uma “versão dietética” de um grande meio de transporte de massa: o chamado metrô leve em monotrilho é a sugestão da Sociedade Mineira de Engenheiros para lidar com o transporte público na capital.

Na Avenida Pedro II, corredor que liga o Complexo da Lagoinha, no Centro de BH, ao Anel Rodoviário, na Região Noroeste, o BRT light – definição usada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar – será uma versão mais simples que os modelos das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I, já em implantação. Em comum, o sistema Pedro II tem operação do transporte público pela esquerda – no canteiro central da via –, embarque no mesmo nível do ônibus e passagem pré-paga em estações. A diferença fundamental é a ausência de pista exclusiva para ultrapassagem. Ou seja, para passar um ônibus que estiver parado em uma das nove estações o coletivo que vier atrás precisará entrar em uma das faixas reservadas ao trânsito misto, mais à direita da avenida. A expectativa é de que as obras comecem no início de 2013, podendo se estender até 2014, ano da Copa.

Com o novo modelo de transporte coletivo, a estimativa da BHTrans é de que o tempo de viagem no corredor Pedro II tenha redução de 45%. “Operamos hoje com uma média de velocidade de 11km/h. Em alguns pontos chega a 18km/h, mas em outros não passa de 6km/h. O BRT vai permitir aumento para uma média de 20km/h”, explica o diretor de Desenvolvimento e Implementação da BHTrans, Daniel Marx Couto. Segundo ele, o BRT da Pedro II terá ligação com a estação de integração São José, que será construída na interseção da avenida com o Anel Rodoviário. “A estação é fundamental para início da operação do sistema na Pedro II”, disse.

O terminal deve receber 22 linhas alimentadoras, que vão trazer os passageiros dos bairros. Eles vão embarcar em linhas troncais que seguem pela Pedro II em direção a outras partes da cidade. Atualmente, 22 linhas municipais passam pelo corredor, número que será reduzido para as cinco troncais. Entre as rotas estudadas estão os destinos Centro, via BRT Área Central; Centro, via Avenida Afonso Pena; Região Hospitalar; Avenida José Cândido da Silveira; e Região da Pampulha, todas partindo da Estação São José. Além das troncais, outros coletivos que passam pela Avenida Presidente Carlos Luz e seguem pela Pedro II – a exemplo da 3503 (Santa Terezinha/São Gabriel) – permanecem no corredor. Rotas alternativas, passando pelos pelo interior dos bairros, serão estudadas.

“Toda a frota será readequada. As linhas troncais terão ônibus articulados, com 18,6 metros e capacidade para 180 passageiros. Também serão usados ônibus menores, de 13 metros, capazes de levar 90 pessoas”, explica Couto. Os ônibus convencionais, atualmente em circulação, não terão ponto na avenida . “Podem até passar por ela em pequenos trechos, mas não vão parar”, informou.

Outro impacto para o corredor por onde passam 68 mil veículos diariamente será a racionalização da frota e consequente diminuição da emissão de poluentes. “No pico entre as 6h e as 7h, 171 ônibus passam pela Pedro II, fora as linhas metropolitanas, operadas pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER). Com o BRT, o número cairá para 51.”

O BRT light da Pedro II receberá R$ 10 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e terá contrapartida do governo municipal, em valor ainda não definido. A obra está em fase de elaboração do projeto executivo, que dará condições de calcular o orçamento.

MUDANÇA DE PLANOS A Pedro II chegou a entrar no pacote de corredores aptos a receber a versão completa do BRT, com corredores exclusivos. Mas, devido ao alto custo das desapropriações, a prefeitura desistiu do projeto. A obra havia sido orçada em R$ 233,5 milhões. Na ocasião, foram levados em conta os fluxos diários de passageiros de cada corredor para estabelecer a prioridade das intervenções. Os BRTs da Antônio Carlos e da Cristiano Machado terão condição de transportar 36 mil e 24 mil passageiros no horário de pico, respectivamente, enquanto o da Pedro II teria capacidade para 8 mil. Segundo a prefeitura, a versão light do BRT não vai requerer desapropriações.


PALAVRA DE ESPECIALISTA: RONALDO GUIMARÃES GOUVêA, PROFESSOR DA UFMG E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES URBANOS

Bom, mas insuficiente

“O BRT da Avenida Pedro II vai trabalhar com uma restrição operacional, já que os ônibus precisam entrar na faixa mista para fazer ultrapassagens. Ainda assim, qualquer BRT já significa um tratamento viário que prioriza o transporte coletivo e oferece uma condição melhor de tempo de viagem ao motorista. O sistema contribui para a política de transporte público, mas não isenta a cidade de implantar um modelo de maior capacidade, como o metrô. Belo Horizonte tem que continuar na busca incessante por recursos para ampliar a rede metroviária como espinha dorsal e o BRT e outros modais como complementares. No caso da Pedro II, bem como da Antônio Carlos e Cristiano Machado, onde as obras do BRT estão em andamento, já há demanda para mais passageiros do que a capacidade total. Os 8 mil passageiros estimados pela BHTrans para a Pedro II são pouco diante da real demanda, que hoje gira em torno de 20 mil passageiros.”


TIPOS DE BRT
1 – Completo
Semelhante ao modelo da Avenida Antônio Carlos, é operado à esquerda, com passagem pré-paga em estações no canteiro central, uma pista exclusiva para ônibus do BRT e outra para ultrapassagem. Ou seja, enquanto um ônibus estiver parado em uma das estações, outro poderá passar livremente por uma faixa lateral.
2 – Intermediário
Como o que está sendo implantado no corredor Cristiano Machado, esse modelo só tem ultrapassem exclusiva no trecho das estações.
3 – BRT Light
Previsto para a Pedro II, terá operação à esquerda, estações para pagamento de passagens e faixa exclusiva para ônibus, mas a ultrapassagem será feita na faixa dos carros.
4 – BRT Simples
Como na Avenida Nossa Senhora do Carmo, é operado à direita da via, sem estações nem faixa para ultrapassagem.

Fonte: Estado de Minas

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Em BH, BRT Antônio Carlos inicia operação com ônibus cheios e estação em obra

domingo, 18 de maio de 2014

O Move iniciou neste sábado (17) as operações na Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. Mesmo com parte da Estação de Integração Pampulha em obras, a operação começou com três linhas troncais, que vão integrar o novo sistema de transporte da capital, utilizando uma frota de cerca de 50 ônibus articulados.

Nesta manhã, alguns passageiros tiveram dificuldades para se localizar, e se queixaram da poeira e do risco de acidente por causa das obras. Muitas pessoas tiveram que viajar em pé nos coletivos. A expectativa é que, nos dias úteis, 40 mil usuários sejam atendidos nesta fase.

O prefeito da capital, Marcio Lacerda, e o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Ramon Victor César, estiveram presente na inauguração do Move Antônio Carlos. Eles pegaram um ônibus que vai direto do Centro para a Pampulha.

De acordo com a BHTrans, a linha 50 (Estação Pampulha/Centro - Direta) tem como destino o Centro, sem fazer paradas ao longo do trajeto. Já linha 51 (Estação Pampulha/Centro/Hospitais) vai parar nas estações de transferência da Antônio Carlos e do Centro, além dos pontos de embarque e desembarque na área hospitalar. A linha 52 (Estação Pampulha/Lagoinha) vai até a Lagoinha, de onde retorna à Estação Pampulha.

Na área central, as linhas 50 e 51 operam nas estações Carijós, na Avenida Paraná, e Rio de Janeiro, na Avenida Santos Dumont. A Estação Rio de Janeiro é também o novo ponto de embarque e desembarque na Avenida Santos Dumont dos usuários da linha 83P (Estação São Gabriel/Centro – Paradora). Com isso, é permitida a integração entre as linhas dos corredores Antônio Carlos e Cristiano Machado.

As linhas 2215 A, B, C e D, que atendiam ao bairro Céu Azul, foram transformadas em alimentadoras. Agora, os usuários têm à disposição as novas linhas 614 (Estação Pampulha/Céu Azul A), 615 (Estação Pampulha/Céu Azul B) e 616 (Estação Pampulha/Céu Azul C). Além disso, a linha 2213 (Trevo via Garças) foi substituída pela alimentadora 510 (Estação Pampulha/ Trevo via Garças), enquanto a linha 2212A (Jardim Atlântico) foi atendida pela linha alimentadora 645 (Estação Pampulha/Santa Mônica via Jardim Atlântico). As linhas 2212B (Jardim Leblon) e 2212C (Copacabana via Monte Carmelo) foram substituídas, respectivamente, pelas alimentadoras 618 (Estação Pampulha/Jardim Leblon) e 643 (Estação Pampulha/Copacabana via Monte Carmelo).

Atraso
O Move passa a operar na Avenida Antônio Carlos depois de, pelo menos, cinco adiamentos. Inicialmente, a expectativa era que usuários contassem com o serviço na avenida já em março de 2013. Em fevereiro deste ano, a previsão era que o serviço estivesse implantado no mês passado.

Durante anúncio da terceira fase do Move na Avenida Cristiano Machado, em 23 de abril, o presidente da BHTrans, Ramon Victor César, reconheceu que os trabalhos na Estação Pampulha ainda precisavam avançar. Às vésperas da inauguração do terminal, ainda faltam ser concluídos o estacionamento, o restaurante, as áreas destinadas a ônibus de turismo e sinalizações para passageiros. Diretor de obras da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Cláudio Neto, ressaltou que as obras não oferecem perigo aos cidadãos.

Custos
De acordo com dados divulgados no site da Prefeitura de Belo Horizonte, na seção Transparência Copa 2014, os investimentos no BRT Antônio Carlos/ Pedro I, Área Central e Avenida Cristiano Machado foram estimados em R$ 822 milhões e até o momento foram gastos R$ 735,54 milhões. A implantação do sistema inclui obras complementares, como a adequação viária no Corredor Pedro II, e também a expansão da Central de Controle de Trânsito, que consiste em ações de modernização de equipamentos, com valores previstos de R$ 200,09 milhões.

Em Belo Horizonte, quatro consórcios - de nomes Pampulha, BHLeste, DEZ e Dom Pedro II - operam o transporte público, incluindo linhas tradicionais e do BRT-Move. Eles foram definidos em concorrência pública em 2008 e tem a concessão do serviço por 20 anos, de acordo com a BHTrans.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), as concessionárias investiram R$ 290 milhões, sendo R$ 50 milhões em tecnologia, para a aquisição de 428 ônibus.

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Candidata à abertura da Copa, BH está parando

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Em janeiro de 2010, Belo Horizonte assumiu vários compromissos para a Copa de 2014 ao assinar a matriz de responsabilidades com o governo federal. A cidade se comprometeu a realizar uma série de obras de mobilidade urbana que, em tese, facilitariam o acesso de torcedores ao estádio, ao setor hoteleiro e ao aeroporto da capital mineira.

De quebra, as novas intervenções ficariam como legado para a cidade, que há tempos sofre com a lentidão provocada pelo 1,29 milhão de carros que circulam por suas vias apertadas e também com a falta de um transporte de massa adequado às mínimas necessidade de sua população.

Segundo o documento assinado em janeiro de 2010 (veja em formato PDF), as obras de transporte para a Copa deveriam ter começado no ano passado. No entanto, várias datas foram alteradas, repetindo um padrão observado nas 12 cidades-sede do Mundial, todas com problemas para desenvolver os seus projetos de mobilidade urbana. 

Vencidas algumas etapas, Belo Horizonte começou finalmente a se transformar num canteiro de obras em 2011. A necessidade de um novo calendário foi explicada por Tiago Lacerda, presidente do Comitê Executivo da Copa: “Quando a matriz foi assinada estávamos no início do processo, e alguma coisa sempre muda nos projetos executivos. Mas todas as alterações foram acordadas com o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica. Todas essas intervenções estão dentro dos novos prazos acordados, e as conclusões estão todas previstas para antes da Copa”, completou.

O comitê sempre fez questão de deixar claro que até 2014 não havia tempo e condições para a construção do metrô, um velho sonho do belo-horizontino. Assim, a solução para o transporte de massa na cidade ficará a cargo do sistema Bus Rapid Transit (BRT), um corredor de ônibus de alta capacidade.

As obras na avenida Antônio Carlos para a adequação da avenida ao sistema do BRT já começaram, mas diferente da previsão inicial de entregar tudo em  setembro de 2012, a nova data é de 2013. Segundo a prefeitura da capital mineira, a cidade estará pronta a tempo de receber a Copa das Confederações.

A ampliação da Antônio Carlos chegou a ser alvo do Tribunal de Contas da União (TCU). Em relatório de fevereiro, o órgão alertou para o atraso em diversas obras da Copa, incluindo as de transporte. Segundo a análise, as dimensões da Antônio Carlos não comportam a construção de estações nem de pontos de ultrapassagem para o BRT. “O principal achado (da análise) é o seguinte: apenas está sendo feita uma adequação viária, mas a obra deveria ser para melhoria do transporte público de massa, no caso, BRT”, diz o relatório do TCU. Caberá ao município fazer as adaptações para implantar o sistema.

Fonte: Portal 2014


Além da Antônio Carlos, outros dois corredores de acesso ao Mineirão estão sendo reformulados: a avenida Pedro II, que receberá uma linha de BRT, e a Presidente Carlos Luz, também chamada de Catalão. As obras começam no segundo semestre de 2011 e terminam em dezembro de 2013.
Em junho próximo devem começar as ações do BRT em outra avenida crucial no trânisto de BH: a Cristiano Machado, que fica pronta para o segundo semestre de 2012. No caso desta obra, as datas ainda são as mesmas da Matriz de Responsabilidades.
Outras obras importantes são aquelas da Via 710 (Andradas/Cristiano Machado) e da Via 210 (Tereza Cristina/Via do Minério). A primeira deveria terminar em julho de 2012, mas na nova previsão será entregue no segundo semestre de 2013. O atraso nas obras da chamada Via 210 também foi de um ano: de novembro de 2011 para o segundo semestre de 2012.

E por fim, o Boulevard Arrudas, atualmente em obras, terá concluído o trecho entre a rua Carijós e a avenida Barbacena no máximo até junho. O percurso restante, até a rua Extrema, deve ficar pronto no segundo semestre de 2012.

Quase parandoOutra avenida que receberá o BRT é a Pedro I, que liga o aeroporto de Confins ao Mineirão. O projeto prevê a duplicação de suas vias e das pistas da barragem da lagoa da Pampulha. As obras começarão após o fim das intervenções na trincheira da avenida Santa Rosa, estratégica ao local, e que começou a ser reformada no mês passado. Por causa desses trabalhos os motoristas que cruzam a cidade no sentido norte-sul ganharam um pouco mais de dor de cabeça – problema que deve se agravar no começo de 2012, quando a maior parte das obras previstas terão começado e quase nenhuma estará finalizada.

No final de março, o trânsito de Belo Horizonte parou com a visita da presidenta Dilma Rousseff. O problema exigiu que, dias depois, fosse montado um esquema intensivo por ocasião do velório do ex-presidente José Alencar para que os problemas não se repetissem.  Contudo, uma manifestação de agentes da Polícia Civil, pouco depois, parou novamente o trânsito na cidade, evidenciando uma incapacidade da cidade em gerar alternativas fora de eventos planejados.

Obra                                                                          Prazo inicial   Prazo ajustadoBRT Antonio Carlos/Pedro I                                     Set 2012          Dez 2013
BRT Pedro II/ Carlos Luz (Catalão)                         Set  2012         Dez 2013
BRT Área Central                                                      Jun 2012         Jun 2012
Central de Controle de Trânsito (expansão)            Mar 2012        Mar 2012
Via 210 (Via Minério-TerezaCristina)                      Nov 2011      2º Sem 2012
Via 710 (Andradas-Cristiano Machado)                   Jul 2012           Jul 2013
BRT Cristiano Machado                                           Mar 2011         Fev 2012
Boulevard Arrudas/ Tereza Cristina                         Set 2012           Set 2012



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Em Belo Horizonte, Ônibus articulado em teste para o BRT trava em avenida do Mangabeiras

sábado, 2 de junho de 2012

Um ônibus articulado, do modelo que pode fazer parte do sistema BRT (transporte rápido por ônibus) de Belo Horizonte, travou no meio da Avenida José Patrocínio Pontes, no Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O veículo seguia em uma caravana pelas ruas da capital, na tarde desta sexta-feira, quando houve a parada repentina. Segundo testemunhas, membros da comitiva contaram que o combustível do coletivo acabou durante o trajeto. No entanto, o responsável pelo veículo afirmou durante a tarde que foi apenas uma parada para descansar e fazer fotos.

O coletivo branco circulou junto com outros veículos pelas ruas da capital na caravana. Passou pela Praça da Liberdade, Raul Soares e Praça do Papa. Seguiu pelo Bairro Mangabeiras para sessões de fotos organizada pela Treviso e Volvo. De acordo com o diretor-executivo do grupo Treviso, Márcio Paschoalin, quando chegou na José Patrocínio Pontes houve uma parada para que o motorista lanchasse e fotógrafos registrassem o veículo na praça que fica perto do Hospital Hilton Rocha. Contradizendo essa versão, às 15h45 testemunhas viram funcionários colocando combustível no ônibus em plena via púbica.

No início da noite, Márcio Paschoalin informou que o BRT flagrado no Mangabeiras parou para aguardar abastecimento, uma vez que para rodar depende do diesel s-50 (combustível especial, encontrado em poucos postos). O veículo seguirá para a sede do grupo em Betim, a 40 km de BH, e por isso dependia do abastecimento.

O modelo Marcopolo Viale BRT, chassi Volvo B-340 M, foi configurado pelo grupo Treviso – que controla as viações Torres e Santa Edwiges – atendendo sugestões dos operadores de Belo Horizonte e especificações dos atuais ônibus que circulam na capital e região metropolitana. O Estado de Minas adiantou, em reportagem divulgada nesta sexta, que esse pode ser o modelo adotado pela BHTrans no sistema.

Enquanto a prefeitura luta contra o calendário e enfrenta questionamentos nas licitações para o projeto, o grupo Treviso trouxe o primeiro veículo articulado para servir ao BRT, dentro dos parâmetros exigidos pela BHTrans. O veículo tem quase 10 metros maior que modelos mais simples de coletivos e tem capacidade para até 180 passageiro, o dobro os ônibus comuns. Amanhã o coletivo segue para a Lagoa da Pampulha e para a Cidadade Administrativa em caravana.


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Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As obras para a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) em Porto Alegre começam a evoluir, e as melhorias esperadas pelas alterações na estrutura do transporte coletivo porto-alegrense devem ser sentidas gradualmente. No total, onze projetos estão em andamento para qualificar a mobilidade urbana e o sistema viário da cidade, sendo que três deles contemplam as necessidades para a operação dos BRTs. “Cada etapa terminada irá proporcionar algum benefício, tanto para o usuário do transporte coletivo quanto para o trânsito em si”, indica Luiz Cláudio Ribeiro, engenheiro da EPTC e coordenador do projeto.

Mesmo que o cronograma para conclusão das obras aponte para maio de 2014 o prazo para as adequações – a tempo de melhorar os serviços antes do início da Copa do Mundo –, a prefeitura espera terminar a troca do piso dos corredores de ônibus, o que é essencial ao sistema, até o final de 2013. O asfalto antigo está sendo substituído por placas de concreto, mesmo material utilizado na Terceira Perimetral e na freeway, que liga Porto Alegre ao Litoral Norte do Estado. Em um primeiro momento, enquanto os cinco terminais integrados do sistema BRT não estiverem finalizados, os ônibus regulares trafegarão pelos novos corredores. 

Atualmente, são 400 linhas em operação na Capital. Esse número cairá drasticamente, uma vez que diversas delas deverão desaparecer ou ter seu trajeto diminuído.  Os serviços transversais devem permanecer, integrando-se ao novo sistema. Mas as linhas que saem do bairro e vão ao Centro, chamadas radiais, passarão a funcionar como alimentadoras dos novos terminais de ônibus BRT, onde os passageiros devem escolher a linha do seu interesse. “Hoje temos cerca de 30 mil viagens que vão ao Centro da cidade. Vamos diminuir muito o volume de ônibus nesse trajeto”, sinaliza Vanderlei Cappellari, secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre.

As facilidades do novo sistema devem garantir uma viagem mais rápida, confortável e segura para os passageiros das onze linhas BRT que serão criadas. Dependendo do horário, a viagem pode levar metade do tempo na comparação com um ônibus comum, pela estimativa da EPTC. Tudo por causa da priorização que os ônibus especiais terão em cruzamentos e pela rapidez no embarque de passageiros nos terminais. O BRT chega à estação ao mesmo nível do solo, não há escadas, o que facilita o acesso de cadeirantes e idosos, principalmente. O serviço segue os moldes do sistema de metrô, quando a passagem é paga nos terminais, e, quando a condução chega, o passageiro deve apenas entrar, sem precisar formar fila para pagamentos.

“Hoje, quando um ônibus vai coletar passageiros, ele pode levar até quatro minutos parado para que todas as pessoas entrem. Com o BRT, vai demorar 15 ou 20 segundos, no máximo, o que reflete em uma agilidade muito maior. Esse é principal benefício, além de conforto, segurança, acessibilidade, qualidade e tecnologia”, exalta Luiz Cláudio Ribeiro.

Cinco estações de integração fazem parte do projeto

As obras para construção dos terminais ainda não começaram, está sendo realizada apenas a troca da pista dos corredores. Mas os locais onde a integração entre o sistema atual e as novas linhas BRT serão possíveis já são conhecidos: Av. Protásio Alves com a Av. Manoel Eilas (terminal Manoel Elias), Av. Bento Gonçalves com a Av. Antônio de Carvalho, Av. Icaraí, beirando a futura Av. Tronco, Av. Voluntários da Pátria (Estação São Pedro) e no corredor da Av. João Pessoa (Terminal Azenha). 

Atualmente, Porto Alegre conta com 55 km de corredores de ônibus, sendo apenas 11 km, na Terceira Perimetral, com piso de concreto. Após as obras para a Copa do Mundo, a cidade passará a ter 78 km de vias segregadas para o transporte coletivo, e os novos 23 km também serão feitos com concreto, material mais adequado para o conforto do passageiro por se desgastar menos com o uso. A partir da implementação dos terminais e da finalização dos corredores, será possível iniciar a operação do sistema BRT.

“No terminal, o usuário não vai esperar mais do que um minuto na parada, a todo o momento vai ter um ônibus BRT passando. Assim, temos um sistema de dimensionamento de frota conforme demanda, tudo é calculado matematicamente”, explica Cappellari. “O usuário terá várias alternativas para se deslocar para diversos pontos da cidade, sem custo adicional se já tiver utilizado algum ônibus para se chegar ao terminal”, completa. A tabela horária que determinará a frequência das linhas BRTs será elaborada a partir de um estudo realizado pela EPTC que vai projetar o aumento do número de passageiros até 2035.

As estações de integração serão fechadas e climatizadas, com informações sore o itinerário das linhas em painéis eletrônicos. Os novos veículos são maiores, com capacidade para transportar até 140 passageiros, se forem articulados, terão 18 metros de comprimento, se forem biarticulados, 23 metros. No princípio da operação, devem ser utilizados entre 150 e 200 ônibus nesses moldes.

Conceito adaptado às características da Capital

Para ser considerada uma operação de Bus Rapid Transit (BRT) completa, são exigidas algumas características do sistema, como corredores exclusivos ou preferenciais, embarques e desembarques rápidos, sistema de pré-pagamento e veículos modernos e de alta capacidade. Estas recomendações estão previstas no projeto preparado para Porto Alegre. Porém, algumas peculiaridades da cidade devem dificultar o serviço em determinados pontos. Na Av. Protásio Alves,  por exemplo, não haverá pontos de ultrapassagem nos corredores. Como as linhas regulares também terão acesso à mesma pista, o BRT terá que esperar para poder seguir sua rota. “Para colocarmos uma faixa a mais na Protásio Alves quantos prédios teriam que ser derrubados, quantas desapropriações teríamos que fazer”, reflete o secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.

Nesses pontos, a velocidade do serviço será prejudicada. “Desapropriar áreas quase iguala o valor despendido para a montagem da infraestrutura do BRT. Em Belo Horizonte, o valor de um corredor foi orçado em R$ 600 milhões, e as desapropriações necessárias ficaram em volta de R$ 500 milhões”, exemplifica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU).

Como os financiamentos da Caixa Econômica Federal para os projetos da Copa de 2014 não preveem recursos para cobrir desapropriações de áreas, as prefeituras estariam responsabilizadas por esse gasto. Em Belo Horizonte, a prefeitura assumiu a conta. “O BRT é um serviço muito eficiente que precisa ser operado como tal, senão vira um corredor comum e não traz o resultado que se espera dele”, adverte Cunha Filho. 

Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, organização internacional não governamental voltada para o auxílio aos governos no planejamento de mobilidade urabana, o saldo final com as adequações deverá ser positivo. “Se tu consegues transportar pessoas de forma mais rápida e eficiente, já será um sistema melhor. É preciso formatar o projeto de acordo com a realidade de cada cidade e de cada corredor”, salienta.

Outras 14 cidades brasileiras investem no sistema BRT

Depois de aproximadamente 20 anos sem realizar grandes investimentos para a melhoria da infraestrutura urbana para os transportes coletivos por ônibus, o governo federal reaparece em cena, motivado pelos eventos esportivos que serão realizados no Brasil, a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Porto Alegre deverá receber aproximadamente R$ 560 milhões para os projetos de mobilidade urbana, sendo R$ 484 milhões com financiamento federal garantido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total, serão 30 projetos de BRT em 15 cidades.

Segundo a Embarq, organização voltada à mobilidade urbana, atualmente 160 sistemas de BRT estão em operação ou construção no mundo. “Os projetos estão explodindo por todos os lados. O Rio de Janeiro está preparando mais de 150 km de prioridade para o transporte coletivo. O corredor da Avenida Brasil vai carregar um milhão de pessoas por dia”, ressalta Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, que presta consultoria para os projetos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

Inaugurado há menos de quatro meses, o Transoeste, no Rio de Janeiro, já conta com a aprovação de 90% dos usuários. “Estamos falando em dobrar a velocidade comercial, reduzir pela metade o tempo de percurso”, empolga-se Cunha Filho. A previsão é de que os benefícios proporcionados pelo sistema BRT acabem por induzir que aproximadamente 10% da população que utiliza veículos próprios migre para o sistema público. “As pessoas vão notar que estão paradas no trânsito enquanto poderiam se deslocar muito mais rápido ao seu destino”, indica Daniela.  

Desde que começou a operar, o Transoeste já teve seis acidentes. Isso aconteceu, segundo Daniela Facchini, porque os usuários no Rio de Janeiro não estavam acostumados com vias segregadas para o transporte público, e a adaptação pode levar algum tempo. “Estamos adicionando aspectos de qualidade e segurança ao corredor. Fizemos uma inspeção para evitar acidentes e estamos cuidando dos detalhes para que o serviço seja o mais seguro para o passageiro”, defende.

Licitação apontará empresa encarregada de operar o sistema

Até o começo de 2014, será conhecida a empresa vencedora da licitação para operar as linhas BRT em Porto Alegre. “Um grupo dentro da prefeitura já está preparando um edital de licitação para o transporte coletivo da cidade. No início do ano que vem já estaremos sabendo quem vai operar”, conta o secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt. O processo para a escolha da empresa deve ser semelhante ao utilizado na eleição da operadora em outras cidades, como o Rio de Janeiro.

“Normalmente as licitações são abertas. Evidentemente que como são corredores de alta capacidade, que exigem investimentos de certa envergadura, exige-se alguma experiência anterior. Isso normalmente é suficiente para que haja uma seleção natural”, explica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU). Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro as licitações foram feitas antes mesmo que os corredores existissem. O modelo foi realizado por áreas e a empresa vencedora passaria a ter a responsabilidade de operar também os possíveis projetos de expansão da linha, na área em que foi vencedora. “Como tinham muitas empresas atuando no serviço de transporte coletivo, bastante fragmentado, eles se uniram e constituíram um consórcio”, relata Cunha Filho. 

Se as empresas que operam o sistema de transporte coletivo atualmente em Porto Alegre conseguirem renovar o direito, as linhas alimentadoras do sistema BRT deverão receber um reforço de frota, tendo em vista que diversas linhas deverão ser canceladas ou ter o trajeto diminuído para que os ônibus adaptados comecem a ser utilizados.  “Temos cerca de 1.600 ônibus atualmente. Essa frota deve permanecer, mas será aproveitada no itinerário entre os bairros e os terminais, o que vai garantir um aumento da frequência do serviço”, aponta Vanderlei Cappellari. 

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Após incêndio, Ônibus articulados do BRT/Move podem passar por recall

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Uma perícia que vai apontar as causas do primeiro incêndio de um coletivo do Move pode motivar um pedido de recall às empresas Mercedes-Benz e Marcopolo, principais fornecedoras de ônibus do BRT em Belo Horizonte. A BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) admitiram que, caso fique comprovado algum problema que pode se estender a outros veículos, irão requisitar um reparo preventivo em toda frota. Proprietário do BRT queimado, o grupo Saritur confirmou a perícia para determinar a causa do incêndio, iniciado na articulação – parte sanfonada que une as duas composições do ônibus –, na noite dessa segunda-feira, na Avenida Pedro I. 

O exemplar de prefixo 10701 que pegou fogo tem carroceria Marcopolo Viale BRT, chassi Mercedes-Benz O-500 MA e estava nas ruas desde o primeiro dia de operação do Move, em 8 de março. Desde então, rodou em diversas linhas, como a 82 (Estação São Gabriel/Savassi via Hospitais), 83D (São Gabriel/Centro - Direta) e 83P (São Gabriel/Centro - Paradora), sendo utilizado, depois da inauguração das estações Pampulha e Vilarinho, na linha 51 (Estação Pampulha/Centro/Hospitais) e, por último, na 61 (Estação Venda Nova/Centro - Direta). Marcopolo e Mercedes-Benz disseram que só irão se posicionar a respeito depois da conclusão de laudo técnico.

Embora o incêndio tenha começado no centro da carroceria, o ônibus sofreu perda total, segundo a Saritur. A BHTrans apontou a obrigatoriedade de vistoria em toda a frota e a exigência de pelo menos um extintor de incêndio com fácil acesso a motorista e passageiros. O órgão ressaltou que aguarda a perícia para analisar se se tratar de uma ocorrência pontual, e, caso seja necessário, no papel de gestora e fiscalizadora do sistema, irá cobrar das concessionárias a realização do recall.

Fabricante do chassi do coletivo, a Mercedes-Benz informou que uma equipe técnica da fábrica foi enviada para Belo Horizonte para entender o ocorrido. “Uma análise já foi iniciada para ser apurado o que de fato ocorreu. Só iremos nos manifestar sobre o caso após a conclusão dessa análise técnica”, disse, em nota. Já a Marcopolo garantiu que não há histórico de casos semelhantes envolvendo BRTs da marca, sediada em Caxias do Sul (RS). 

O incêndio no BRT da Viação Jardins, empresa do Grupo Saritur, aconteceu por volta das 18h de segunda-feira, na Avenida Pedro I, próximo ao Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, Bairro Planalto, Região Norte da capital. O motorista Maurício Ferreira de Lima contou que percebeu uma fumaça estranha e parou o ônibus. Sete passageiros desceram e embarcaram em outro coletivo da linha 61. O motorista foi até a sanfona e observou que havia chamas na parte de baixo. Funcionários de um posto de gasolina ficaram assustados com o fogo. “Dava para sentir o calor aqui no posto, a 35 metros de distância. O fogo apagou antes que os bombeiros chegassem. Explodiu o que tinha que explodir e com cinco minutos o ônibus já estava todo queimado”, afirmou o frentista Flávio Vieira da Silva. 

TESTES Em 7 de março – um dia antes do início da operação do BRT da capital –, o Estado de Minas apontou a realização de testes de refrigeração em um ônibus articulado Mercedes-Benz O-500 MA do Move, ainda na fábrica da Marcopolo, para evitar casos de superaquecimento. A falha paralisou parte da frota do Transoeste, primeiro corredor do Rio de Janeiro. A explicação dada pelo fabricante de chassi na época foi de que o corte da grama ao longo da margem do BRT e o compressor do ar-condicionado levavam ao aquecimento do radiador e do compartimento do motor, respectivamente. 

Dos 428 ônibus previstos até a implantação total do novo sistema –192 articulados e 236 do tipo padron (com motor dianteiro e também usado em linhas mistas) –, 248 já estão em operação. A frota presente nas ruas é distribuída entre 145 ônibus articulados e 103 padrons. (colaborou Pedro Ferreira)

Guilherme Paranaiba e Bruno Freitas
Informações: Estado de Minas


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Especialista diz que Brasil vive colapso da mobilidade urbana

domingo, 29 de agosto de 2010


O Brasil vive um momento de colapso na mobilidade urbana. A afirmação é do presidente do Instituto de Mobilidade Sustentável Rua Viva, João Luiz da Silva Dias. Ele foi um dos participantes do painel de encerramento do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizado nesta quinta-feira (26), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

As causas do colapso da mobilidade, na avaliação do presidente do Rua Viva, são o crescimento urbano desordenado, a metropolização dos grandes centros, a visão do transporte público como bem de mercado e o modelo econômico baseado na indústria automobilística. Dias deu como exemplo dessa situação o aumento do número de motos nas ruas das cidades. As altas tarifas e a baixa qualidade do transporte público tornaram vantajosa a compra de motos pela população de baixa renda que vive longe do local de trabalho. Os resultados são a piora do trânsito e o crescimento do número de vítimas de acidentes. "No futuro, a indústria automobilística vai ser tratada como tratamos a indústria bélica ou do cigarro. Ela está produzindo mortes", declarou Dias.

Para o presidente do Rua Viva, a estruturação do transporte público como bem de mercado faz com que ele exclua as pessoas mais pobres. Dias citou dados segundo os quais 60% dos brasileiros deslocam-se majoritariamente a pé, 30% pelo transporte coletivo e 10% por meios de transporte privados. Quando a renda aumenta, a tendência de parte da população é comprar um carro ou uma moto e desprezar o transporte público.

Dias apresentou propostas para que a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) saia dessa situação de colapso. São elas: a constituição de um consórcio das linhas de ônibus que ligam os municípios; a estruturação de uma rede de transporte por meio de estações intra e intermunicipais; a transformação do metrô de BH em empresa federal com sede na Capital; e a mudança do modelo fiscal do transporte público.

BH não suporta expansão desordenada

"Belo Horizonte atingiu a fronteira de seu território e de eficácia dos serviços públicos". O alerta é do diretor geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de BH, José Osvaldo Lasmar, para quem a cidade não sofre apenas com a saturação nos transportes, mas também com problemas de lixo, saneamento e moradia, entre outros. Diferentemente de outras capitais, diz ele, BH é pequena e não comporta a expansão desordenada. A Região Metropolitana concentra 25% da população do Estado, em apenas 1,6% de seu território. É responsável, ainda, por 34% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. Lasmar lamentou a falta de integração institucional entre os diversos órgãos responsáveis pela circulação viária na RMBH, o que, segundo ele, começou com o esvaziamento do Plano Metropolitano de Belo Horizonte, o Plambel, órgão de planejamento criado nos anos 1970 e extinto na década de 1990.

O diretor geral da agência criticou, ainda, o sucateamento da malha ferroviária de Belo Horizonte. Para ele, a recuperação é um dos grandes desafios da cidade. Além da fragilidade dos transportes sobre trilho, ele apontou como um grande problema a escassez no repasse de recursos federais para o setor.

Copa e Olímpiada - No mesmo painel, o subsecretário de Projetos de Urbanismo Regional e Metropolitano do Governo Estadual do Rio de Janeiro, Vicente de Paula Loureiro, fez um diagnóstico da situação da mobilidade em seu estado. Segundo ele, a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 e uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, associada à conjuntura econômica favorável, tem gerado perspectivas estimulantes de soluções urbanísticas.

Entre as obras em curso na Região Metropolitana do Rio, o subsecretário citou o arco metropolitano, que vai ligar a BR-040 à Rodovia Rio-Santos. Com apoio do Governo Federal e investimentos de R$ 1 bilhão, o arco permitirá a integração de cinco municípios. Outras obras listadas pelo subsecretário são a instalação de uma faixa especial para transporte rápido de ônibus (BRT) na Avenida Brasil; a expansão da Linha 4 do metrô até a Barra da Tijuca; e a Via Light, corredor que aproveita as linhas de transmissão da concessionária de energia elétrica para a implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT) e BRT.

Articulação - O painel foi encerrado pelo arquiteto urbanista e assessor da presidência do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), José Abílio Belo Pereira. Segundo ele, o desafio de uma mobilidade sustentável é complexo, porque significa articular transporte, trânsito, meio ambiente, questão social e espaço físico.

Pereira apresentou uma proposta específica para a RMBH, com a transformação da atual estrutura de deslocamento, voltada para o Centro da cidade, em uma estrutura de rede. Para isso, é necessária a articulação de corredores rodoviários e ferroviários e a construção de novas vias. O arquiteto mostrou, ainda, alguns exemplos de boas práticas de mobilidade em cidades como Curitiba, Brasília, São Paulo, Goiânia e Medelin, na Colômbia.

As discussões do Ciclo de Debates Desafios da Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte começaram na tarde de quarta-feira (25) e seguiram durante toda esta quinta-feira (26). O evento, solicitado pelos deputados Carlin Moura (PCdoB) e Maria Tereza Lara (PT), teve como objetivo discutir as políticas públicas de transporte e trânsito na Capital e em seu entorno.

Fonte: ABN News


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Em BH, Cobradores ficam sem vaga no sistema BRT

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Depois de passar pelas comissões de Legislação e Justiça e Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, o Projeto de Lei 2.444/2012, que prevê a extinção de cobradores dos ônibus articulados do BRT, foi aprovado em primeiro turno pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. Conforme o Estado de Minas adiantou em reportagem publicada em 1º de junho, a implantação do novo sistema de transporte pode causar uma redução de 2.967 postos de trabalho de motoristas e cobradores, o que representa 11,41% dos postos de trabalho do sistema BHBus. O dado de redução de pessoal consta de apresentação feita pelo diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, no México.

A mensagem enviada pelo prefeito Marcio Lacerda à Câmara garante que os agentes de bordo serão transferidos para as bilheterias das estações de integração do sistema BRT. A previsão é de que sejam construídas 13 estações metropolitanas – uma em Betim, três em Contagem, três em Ribeirão das Neves, uma em Vespasiano, duas em Santa Luzia, uma em Ibirité, uma em Sarzedo e uma em Sabará –, além das instalações da rodoviária do Bairro São Gabriel e do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, no Centro da capital, que atenderá apenas a ônibus metropolitanos.
Contudo, o PL aprovado deixa brechas para futuras demissões. Apesar de garantir que as concessionárias de serviço de transporte público coletivo vão reenquadrar os agentes de bordo “cujos postos de trabalho sejam extintos em bilheterias ou outras funções pertinentes”, há uma ressalva: isso ocorrerá “observada a necessidade de serviço”.

O Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana tomou conhecimento do projeto no início de junho e não imaginava que ele seria votado tão rápido. Ronaldo Batista, presidente da entidade, diz que no dia 13 foi feita uma reunião com representantes da prefeitura e que, a partir de agora, o sindicato vai participar de um fórum sobre o reenquadramento de cobradores e motoristas.

“O mais importante é termos esse fórum para discutir. Acredito que esse número será menor, porque vamos ter no máximo 300 ônibus articulados, o que não substitui 1,5 mil ônibus convencionais. Mas nesse mundo tecnológico os trabalhadores estão sempre em desvantagem, por isso, vamos acompanhar de perto o que vão colocar nessa lei e, se preciso, vamos mobilizar a categoria”, afirma Ronaldo.

O projeto do BRT prevê o transporte de 750 mil do 1,2 milhão de passageiros diários do sistema público de transporte, reduzindo em 49% o número de ônibus que circularão nos seus corredores. O Projeto de Lei prevê que a aquisição de créditos e cobrança das passagens serão feitas nas bilheterias dos terminais, nos moldes das estações de metrô. Já nas linhas alimentadoras e troncais o sistema de cobrança não será alterado.

A BHTrans respondeu por meio de sua assessoria que só vai comentar a mudança após ser comunicada pelo Executivo. As entidades que representam os donos das empresas de ônibus – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) também não quiseram se pronunciar.


Tarifas
Conforme mostrou a reportagem publicada pelo EM em 1º de junho, a redução de pessoal e a economia em outros itens do quadro com a composição da tarifária dos ônibus não deverá reduzir o preço das passagens. Na divisão dos custos, a mão de obra responde por 40%, o óleo diesel por 25%, o custo dos veículos por 20%, a despesa administrativa por 20% e a rodagem dos ônibus por 5%. Ou seja, 90% dos custos que formam o valor da passagem para os passageiros serão reduzidos com a introdução do sistema BRT, teoricamente permitindo que as passagens tenham seus preços reduzidos. Mas segundo a BHTrans, o órgão trabalha para “manter o valor da tarifa do BRT no mesmo valor da dos ônibus atuais”.
Previsão

750 mil

do 1,2 milhão de passageiros diários devem ser transportados pelo BRT

2.967

postos de trabalho de motoristas e cobradores podem ser extintos

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Ônibus elétrico é um caminho sem volta em Belo Horizonte

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O ônibus para no sinal ao lado de um motociclista, que se assusta com o veículo que chega silencioso. Curioso, o homem lê a lateral do coletivo e pergunta ao motorista: “É tudo elétrico mesmo? Não polui nada? Deve ser caro, né?”. O condutor, que consegue conversar na mesma altura do motorista pelo piso baixo do novo veículo, responde: “É todo movido a bateria, muito bom”. E enquanto ele arranca suave e em silêncio, o coletivo convencional, à direita, sai “roncando e tremendo”.

Há quase um mês em teste em Belo Horizonte, o ônibus elétrico ainda chama atenção, não apenas pelo pouco barulho, mas também por seu estilo baixo e pelos dizeres na lataria como “zero de poluentes”. Mas é bom a população ir se acostumando, porque a novidade silenciosa e ecologicamente pura veio para ficar. A expectativa é que a capital receba dez ônibus movidos 100% à bateria ainda neste ano. A fabricante chinesa BYD (Build Your Dreams), que ofereceu o carro para avaliação, fará uma proposta para as concessionárias do transporte público, semelhante à que já foi fechada em Campinas (SP).

Antes mesmo de uma oficialização, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) se mostra interessada em implantar na cidade soluções de mobilidade menos impactantes ao ambiente. “Esse é um caminho sem volta. É natural que daqui para frente novas tecnologias não poluentes surjam e, gradativamente, sejam inseridas, sobretudo no transporte público”, manifestou a autarquia, sem se antecipar sobre os resultados dos testes e uma previsão de inserir os elétricos na frota da capital.

O diretor de marketing da BYD, Adalberto Maluf, garante que os empresários do setor de transporte podem economizar na operação dos veículos elétricos ao longo dos anos, pois a maior finalidade – além de não poluir o meio ambiente – é que o investimento não aumente a tarifa. “Começamos oferecendo uma espécie de aluguel operacional de dez ônibus, por cinco anos, sem que a empresa precise aumentar seus custos atuais”, adiantou Maluf.

O período de experiência em Belo Horizonte termina em fevereiro, mas o modelo esteve em outras capitais do país nos últimos anos e, segundo o diretor da BYD, apresentou uma redução média de 75% nos custos operacionais. Como a capital mineira tem muitos morros, ainda não dá para saber de quanto será a economia na comparação dos gastos do diesel e com a energia para recarregar a bateria do veículo.

“Temos muito interesse em Belo Horizonte, que é o terceiro maior mercado de ônibus do país, e já vimos que os empresários e a prefeitura também estão interessados na sustentabilidade do transporte elétrico”, declarou Maluf. Em fevereiro, a BYD vai apresentar aos empresários mineiros e à Prefeitura de Belo Horizonte veículos elétricos articulados. A ideia é trazer para a capital modelos adaptados para o sistema BRT/Move. “Em função dos morros de BH, temos que colocar um motor mais forte. Estamos aguardando o retorno dos testes para iniciar a negociação”, completou o diretor.

Aceitação. Para motoristas e usuários, o novo modelo é bem-vindo. Para aqueles que trabalham em ônibus barulhentos, o veículo à bateria é “um sonho”. “Eu nem preciso gritar para falar com o motorista”, brincou a cobradora Marilúcia Vieira, 57, que atua há 15 anos no transporte.

O condutor José Vitorino Filho, 63, trabalha há 43 anos em coletivos, mas bastou um mês no ônibus elétrico para não querer mais voltar ao convencional. “Ele (o novo veículo) ganha em tudo. E essa questão de poluição é séria”, argumenta. Os veículos à bateria foram apontados na Conferência do Clima (COP 21), em Paris, em dezembro, como uma das principais soluções para uma mobilidade limpa. 

Fabricante

Chinesa. A BYD é a maior fabricante de baterias e a que mais vende carros elétricos no mundo. No ano passado foram 62 mil veículos. Em julho de 2015, a empresa abriu uma fábrica em Campinas (SP).

Veículos podem ser adaptados

Viajar em pé não é algo que o belo-horizontino gosta. Muitos usuários fazem filas nos pontos de ônibus para conseguir uma vaguinha sentados. Como o modelo elétrico que está em teste na capital tem poucos assentos (16 a menos que o convencional), essa foi uma reclamação entre os que se surpreenderam com o novo coletivo da linha 9105 (Nova Vista/Sion).

A fabricante BYD explica que o carro em uso é apenas para teste, mas ele pode ser adaptado à realidade de cada cidade. “A gente monta um ônibus conforme a agência de trânsito sugere: tipo de banco, quantidade de assentos, ar-condicionado, Wi-Fi, carregador USB. Este que está em BH já tem três anos de uso e ainda é silencioso”, explicou Adalberto Maluf, diretor de marketing da BYD.

Ele ressalta que as cadeiras a menos são uma estratégia de deixar espaço livre para viajar mais pessoas em pé, assim como ocorre no modelo do Move e no metrô.

Por Joana Suarez
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