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CPTM terá mudanças na circulação neste fim de semana para realização de obras de manutenção e modernização

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

O fim de semana de 17 e 18 de agosto terá duas importantes mudanças na circulação do Serviço 710 e de plataforma na Linha 11-Coral, ambos administrados pela CPTM, para a realização de obras de manutenção e modernização, com o objetivo de sempre melhorar o conforto e a segurança dos passageiros.

A partir das 21h de sábado (17/08) os trens que seguem em direção a Rio Grande da Serra não irão parar na Estação Utinga, na Linha 10-Turquesa. Desta forma, os passageiros que querem embarcar nesta estação devem seguir até a Estação São Caetano, trocar de plataforma e prosseguir viagem. Já quem quer desembarcar no local deve ir até Prefeito Saladino e retornar para Utinga. A alteração permanecerá até as 21h de domingo (18/08). Serão realizados serviços como instalação de postes metálicos e lançamento de cabos. Além disso, obras no Viaduto Independência, em São Caetano, tornarão necessário o desligamento de parte da rede aérea, fazendo com que os trens utilizem a plataforma 1 nas Estações Prefeito Saladino e Capuava, plataforma 3 em Santo André e Mauá (somente no sábado) e plataforma 4 em São Caetano.
Já no domingo, entre 08h e 17h, os trens que seguem em direção a Jundiaí, na Linha 7-Rubi, não irão parar na Estação Piqueri, na Linha 7-Rubi. Os passageiros que chegam à estação e querem seguir sentido Jundiaí devem retornar até a Estação Lapa e embarcar novamente. Quem quer desembarcar em Piqueri deve seguir até Pirituba e retornar sentido Rio Grande da Serra. Essa alteração na circulação permitirá que a CPTM realize a demolição de Aparelhos de Mudança de Via (AMVs) desativados, além da execução de alívio de tensão, soldas e limpeza de faixa.

Durante toda a operação comercial de domingo (18/08) os trens da Linha 11-Coral que chegam e partem da Estação Mogi das Cruzes utilizarão a plataforma 5. Neste período, será realizada a manutenção preventiva da rede aérea e a substituição de dormentes de madeira por dormentes de concreto nas proximidades da plataforma 1 da estação.

Concurso Público Nacional Unificado
No domingo a equipe operacional da CPTM vai monitorar a movimentação de passageiros e manterá trens de prontidão para atender eventual aumento de fluxo para atender aos candidatos do Concurso Público Nacional Unificado.

Os colaboradores estarão à disposição para auxiliar os passageiros nos seus deslocamentos. Todas as mudanças na operação estão sendo informadas aos passageiros por avisos sonoros, painéis eletrônicos e sinalização no local. É possível também acompanhar pelas redes sociais da companhia e esclarecer dúvidas pelos canais de atendimento: Central de Relacionamento no 0800 055 0121 ou pelo WhatsApp (11) 99767-7030.

Informações: CPTM

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EMTU reforça frota com 51 novos ônibus em linhas que atendem Itapecerica da Serra, Embu das Artes e região do ABC

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Seis linhas gerenciadas pela EMTU (Empresas Metropolitana de Transportes Urbanos) e operadas pela NextMobilidade e Viação Miracatiba receberam novos ônibus zero quilômetro. São 51 veículos para atender linhas que ligam Itapecerica da Serra e Embu das Artes a São Paulo e municípios da região do ABC, beneficiando cerca de 238 mil passageiros que utilizam diariamente os serviços.

A renovação da frota contempla 30 veículos adquiridos pela Viação Miracatiba e 21 pela NextMobilidade, para operar no corredor ABD, com motor Euro 6, tecnologia mais moderna e limpa do mercado a diesel, com menor emissão de poluentes. 

Os ônibus são equipados com ar-condicionado, tomadas USB para recarregar dispositivos móveis, suspensão pneumática e plataformas elevatórias de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos da NextMobilidade também oferecem WiFi para conexão de dispositivos móveis.

Os 51 ônibus estão sendo incorporados à operação gradualmente. Com as inclusões, as linhas gerenciadas pela EMTU já somam 511 novos veículos 0 km recebidos desde janeiro de 2023. 

Confira abaixo as linhas já beneficiadas com os novos veículos:

001 - Itapecerica da Serra (Parque Paraíso)/São Paulo (Metrô Capão Redondo)

032 - Itapecerica da Serra (Parque Paraíso)/São Paulo (Metrô Vila Sônia)

193 - Embu das Artes (Jardim Santa Tereza)/São Paulo (Metrô Capão Redondo)

285 - São Paulo (Terminal Metropolitano São Mateus)/São Bernardo do Campo (Terminal Metropolitano Ferrazópolis)

287 - Santo André (Terminal Metropolitano Santo André Oeste)/Diadema (Terminal Metropolitano Diadema)

288 - São Bernardo do Campo (Terminal Metropolitano Ferrazópolis)/São Paulo (Terminal Metropolitano Jabaquara)

Informações: EMTU

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Metrô de SP suspende licitação de projeto básico da Linha 20-Rosa

segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Metrô de São Paulo suspendeu a licitação para a elaboração do projeto básico de arquitetura e engenharia da Linha 20-Rosa, que pretende conectar a região da Lapa com a cidade de Santo André, no ABC paulista.

A decisão foi divulgada na última sexta-feira (26/7) após atender a dois pedidos feitos por concorrentes ao contrato que contestaram a escolha do Consórcio MNEPI Linha 20, formado pelas empresas Maubertec, Nova Engevix, Pólux e Intertechne, como vencedor da concorrência conforme as especificações do edital.

Curiosamente não apenas o segundo colocado, o Consórcio Sener Setepla – Egis – Setec, deu entrada em recurso administrativo como o próprio vencedor reclama do resultado apontado pelo Metrô.

O MNEPI Linha 20 afirma que a comissão de licitação errou a nota técnica atribuída a ele e deve revisá-la para cima. Além disso pede a desclassificação dos concorrentes Sener Setepla – Egist – Setec e CASL20 – Civil – Arquitetura – Sistemas porque teriam usado como comprovante de experiência profissionais com diplomas obtidos no exterior.

Além disso, o vencedor do certame pede que o Metrô revise para baixo as notas atribuídas aos dois consórcios.

Já o consórcio Sener Setepla – Egis – Setec diz que o MNEPI Linha 20 teria obtido a melhor nota comercial por meio de um artifício, o de ter considerado uma mesma equipe de técnicos para produzir os projetos das duas partes da Linha 20-Rosa.

O Metrô dividiu a licitação em dois blocos, o primeiro entre as estações Santa Marina e Abraão de Morais e o segundo a partir dela até Santo André.

Os dois blocos têm um cronograma de execução paralelo, o que exigiria duas equipes diferentes, mas o consórcio derrotado alega que o MNEPI Linha 20 apenas considerou um pequeno grupo de 10 profissionais, insuficiente para dar conta da demanda dos trechos.

“Este consórcio recorrente requer se digne a ilustre comissão de licitação e julgamento da companhia do metropolitano de São Paulo – Metrô, proceda ao reexame da classificação final do certame do edital de licitação nº 10019740, reconsiderando a decisão proferida anteriormente, para o fim de dar provimento ao presente recurso administrativo, desclassificando o Consórcio MNepi Linha 20 em um dos dois lotes, a fim de que não seja considerada nenhuma vantagem não prevista ou exigida neste edital, com fundamento no item 8.3 do Edital, conforme apontamentos realizados no presente recurso”, diz o documento apresentado pelo consórcio.

Com a suspensão do processo, o Metrô de São Paulo analisará os documentos para decidir se acatará ou não os recursos apresentados. A decisão sobre a continuidade ou modificação do processo licitatório será tomada após a avaliação detalhada das alegações e evidências fornecidas pelos consórcios concorrentes.

O projeto básico da Linha 20-Rosa é importante para que o governo de São Paulo possa modelar a futura concorrência para concessão do ramal à iniciativa privada, que deverá construí-la e operá-la.

Metrô prevê entrega até 2035
A Linha 20-Rosa está prevista para ser entregue até 2035, com extensão de 33 km, 24 estações e dois pátios de manutenção, conectando diversos pontos da capital e do ABC Paulista.

Estima-se que a linha atenderá cerca de 1,3 milhão de passageiros diariamente, com uma frota de 50 trens.

Informações: Metropoles

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Prefeitura de Belém solicita ao TCM a anulação da medida que suspende compra de frota de ônibus elétricos

quarta-feira, 17 de julho de 2024

A Prefeitura de Belém esclarece à população que não há irregularidade na aquisição dos ônibus elétricos e já requereu ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), a anulação da medida cautelar, que suspendeu o contrato da compra, emitida pela conselheira Ann Pontes.

Tal medida não se justifica, porque a licitação foi concluída há mais de um mês e os recursos públicos estão assegurados na Lei Orçamentária Municipal para viabilizar a compra dos coletivos. Não há justificativa social e nem amparo legal para manter a decisão. Todos os esclarecimentos em relação ao contrato de compra serão prestados, uma vez que se trata da aquisição de um tipo de tecnologia nova (ônibus elétricos) e que há uma nova lei de licitações em vigor.

A Prefeitura de Belém confia que o pedido de anulação da decisão da conselheira será acatado pelo colegiado pleno do TCE e que a conselheira terá sensibilidade, uma vez que será um prejuízo para os trabalhadores e a população em geral, que sofre com o sistema de transporte público.

Belém é a primeira cidade da Amazônia a obter uma frota própria de ônibus com ar-condicionado e elétricos, um avanço observado em poucas cidades do Brasil como em São Paulo, Santo André e São José do Rio Preto.
Os ônibus elétricos, que vão compor a primeira frota própria da Prefeitura de Belém, foram adquiridos com recursos obtidos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, com autorização da Câmara Municipal de Belém. No total, são 112 ônibus, dos quais 20 são elétricos.

Financiamento - A Prefeitura de Belém também informa, que já solicitou empréstimo de mais R$ 100 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de mais 100 ônibus, sendo mais 10 elétricos. No total, serão 182 ônibus a diesel e 30 ônibus elétricos. 

A compra dos ônibus foi realizada por meio do contrato nº 02/2024-Semob, gerado pelo pregão eletrônico SRP Nº 90001/2023-Semob e inclui, além dos ônibus, cinco carregadores elétricos. Até agora, cinco ônibus elétricos foram entregues no início deste mês. 

Frota será renovada em parceria

No que se refere aos 300 novos ônibus a diesel com ar-condicionado e wi-fi, a aquisição desses veículos para renovação da frota é resultado de um acordo judicial entre a Prefeitura Municipal de Belém, o Governo do Estado do Pará e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Belém (Setransbel).

O acordo visa garantir isenção tributária às empresas na compra dos ônibus, que será realizada diretamente pelo Setransbel, sem envolver processo de licitação, já que não está sendo conduzida pela administração pública municipal.

A previsão inicial para a circulação dos novos ônibus é no mês de agosto e a entrega dos veículos será feita de forma gradual, uma vez que os novos ônibus deverão passar pelo processo de regularização junto aos órgãos competentes e, posteriormente, por vistoria. Somente após esses procedimentos, estarão autorizados a operar.

Cabe reforçar, portanto, que não há qualquer irregularidade na aquisição dos ônibus elétricos e que a Prefeitura de Belém está em contato com o TCM/PA para dar agilidade e andamento ao processo o quanto antes.

Informações: Agência Belém

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No Dia Mundial da Bicicleta, CPTM reafirma seu compromisso com a mobilidade urbana

domingo, 2 de junho de 2024

No Dia Mundial da Bicicleta, comemorado dia 03 de junho (próxima segunda-feira), a CPTM reafirma seu compromisso na promoção do uso de bicicletas, contribuindo, significativamente, para a redução do tráfego de veículos nos municípios onde atende com seus bicicletários e sua política abrangente de mobilidade urbana, no qual amplia a opção de movimentação para passageiros, ciclistas e simpatizantes do modal.

Atualmente, a companhia oferece 20 bicicletários nas estações, totalizando quase 6 mil vagas. Desses, 18 são administrados diretamente pela CPTM. Esses espaços são bem equipados, com iluminação adequada, piso de concreto e medidas de segurança para controlar o acesso. Para utilizar os bicicletários, basta se cadastrar com o RG e levar um cadeado e corrente para prender a bicicleta.
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Em 2023, 783.826 passageiros utilizaram os bicicletários, uma média de 65.300 bicicletas guardadas por mês.
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“Nós entendemos a importância de criarmos espaços para este meio de locomoção para nossos passageiros. Além disso, com esta atitude temos a ciência que minimizamos a presença de mais carros nas ruas e avenidas na região central e metropolitana de São Paulo, ajudando assim a mobilidade urbana”, diz Pedro Moro, presidente da CPTM.
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Estão em andamento obras para a implantação de bicicletários nas estações Engenheiro Manoel Feio e Aracaré, da Linha 12-Safira. Na Estação Guaianases, o bicicletário está em fase de preparação de edital para a contratação das obras. Além disso, o projeto de reconstrução da Estação Itaquaquecetuba também inclui um espaço para bicicletas. “Reconhecemos a necessidade de cada vez mais criar locais para esse meio de transporte. Desta forma, estamos com obras e projetos em andamento para reafirmar o nosso compromisso com a mobilidade urbana. Além disso, em todos os novos projetos estudamos a implantação de bicicletários”, ressalta Moro.
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Outra iniciativa importante da CPTM é permitir o acesso de ciclistas nos trens em horários específicos durante a semana, fins de semana e feriados. As regras de uso estão disponíveis no site oficial da CPTM.
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Todos os bicicletários da CPTM são gratuitos e funcionam durante o horário comercial, de segunda a domingo, das 4h à meia-noite. Há também dois bicicletários administrados pela iniciativa privada, localizados em Santo André e Mauá, que oferecem vagas adicionais.
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Além dos bicicletários, a CPTM disponibiliza paraciclos em algumas estações, permitindo que os ciclistas estacionem suas bicicletas de forma segura.

Informações: CPTM

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Tarifa Zero em Natal custaria R$ 16 milhões por mês, mostra estudo

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Professor de Engenharia de Transportes da UFRN, Rubens Ramos é um dos principais defensores da Tarifa Zero em Natal. Ele estuda sistemas de transporte público há mais de 20 anos, mas desde 2008 suas atenções estão voltadas para os sistemas de transporte público gratuitos.

Entre 2011 e 2012, foi professor pesquisador visitante na Universidade de Lyon, onde estudou a Tarifa Zero em cidades da França. Em 2013, ministrou uma palestra sobre o assunto na Câmara Municipal de Natal. No mesmo ano, levou a ideia para a Secretaria de Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) e para o prefeito.

Nada foi feito. Na época, menos de 20 cidades do Brasil tinham Tarifa Zero. Hoje são mais de 100. E passados dez anos daquela primeira ida à Câmara de Vereadores, Rubens voltou ao local para defender a proposta, mostrando o peso no orçamento municipal com o custeio de um sistema de transporte público gratuito para a população e os impactos na economia local.  

De acordo com os estudos do professor, o investimento mensal necessário para o funcionamento da Tarifa Zero em Natal é de R$ 16 milhões. O custo anual seria então de R$ 192 milhões. O montante representa 4% do orçamento do município.

A mudança, segundo Rubens, tiraria o gasto das empresas com o vale-transporte dos funcionários, o que permitiria aumento dos salários ou investimentos na contratação de novos empregados. E entre os usuários que pagam a passagem do próprio bolso, a mudança permitiria elevação do consumo. Outro impacto seria na empregabilidade, com o local de moradia deixando de ser um fator limitante.

A Saiba Mais conversou com o professor Rubens Ramos, que detalhou custos e desdobramentos da implantação de um sistema gratuito de transporte público em Natal.

Professor, você fala em R$ 16 milhões mensais para custear a tarifa zero em Natal. Como foi feito esse cálculo, uma vez que um dos grandes problemas do sistema de transporte público na capital é a falta de transparência?

A estimativa decorre das estatísticas dos municípios de Caucaia (CE) e São Caetano do Sul (SP) quanto à capacidade de transporte de um sistema tarifa zero. Os dados desses municípios mostram uma capacidade de 30 a 34 mil passageiros por ônibus por mês, remunerando a cerca de R$ 50 mil por ônibus. Então, 320 ônibus custariam cerca de R$ 16 milhões e teriam capacidade de transportar entre 9,6 a 10,8 milhões de passageiros mensais. Isso cobriria um aumento esperado de 100% da demanda atual do sistema de Natal, que é o que se tem verificado. Então, um ponto de partida é esta ordem de grandeza, R$ 16 milhões por mês, 4% do orçamento. Mas claro, se pode ir além, colocar ar condicionado, fazer a migração para ônibus elétrico, um pouco mais de frota para maior conforto, e se chegar a R$ 20 milhões mensais, 5% do orçamento do município. Entretanto, um sistema como o atual, com redesenho das linhas para melhor atendimento, com frota renovada, sem ar condicionado, para atender o dobro da demanda custaria cerca de R$ 16 milhões.

Caucaia tem 365 mil habitantes. É metade da população de Natal. Outro ponto: será que os fluxos de mobilidade dentro dessas cidades não tornariam os custos por viagem diferentes?

365 mil habitantes já torna a cidade complexa. E temos também São Caetano do Sul, em SP (outra cidade com Tarifa Zero), com 165 mil habitantes, mas colada a São Paulo, São Bernardo do Campo e Santo André. Menor que Natal, mas mais urbanizada e com mais carros por habitante. A base de referência aqui é a capacidade de transporte. Em Natal, atualmente, temos menos de 14 mil passageiros transportados por veículo por mês. Caucaia e São Caetano do Sul estão com mais de 30 mil. A referência então é quantos passageiros por veículo se consegue transportar em um sistema Tarifa Zero, e ele é mais do que o dobro do que se transporta em Natal hoje.

Sabemos que o sistema atual não contempla algumas populações, por exemplo, o pessoal da Zona Norte, que reclama que é mais fácil pegar um ônibus para o Midway do que visitar um parente dentro da própria região. Não seria uma dinâmica complicada para a implantação do novo sistema?

Não há nenhum problema com a geografia de Natal, ao contrário. Natal tem dimensões ótimas para transporte coletivo. É uma cidade relativamente pequena. E sobre o atual atendimento deficiente de certas regiões da cidade, a Tarifa Zero muda toda a perspectiva. Pode-se reorganizar a oferta do serviço independente de se ter linhas rentáveis. A Tarifa Zero permite oferecer mobilidade a toda a cidade sem ter a preocupação de arrecadar com receita na operação. Isso muda totalmente o entendimento da modelagem do sistema. Inclui a revisão da rede de linhas para racionalização e para atendimento a todas as demandas da cidade.

De onde viria o dinheiro para a Tarifa Zero? Remanejamento de outras áreas ou criação de fontes de receitas novas, como propagandas nos ônibus, IPTU progressivo, taxação de aplicativos de transporte, pedágio para carros, privatização de estacionamentos em vias públicas?

Propaganda, zona azul, multas de trânsito, etc, são fontes irrisórias e não conseguem dar conta do sistema. O orçamento do município é de R$ 4,8 bilhões por ano. É grande o suficiente para abrigar esse programa. O dinheiro sairia basicamente da reorganização do orçamento municipal. Assim foi feito em todos os mais de 100 municípios brasileiros que adotaram a Tarifa Zero. Grosso modo, dos 4% do orçamento municipal necessários para custear a Tarifa Zero, 1% é de estudantes, 1% de idosos e demais gratuidades, e 2% é o que representa o vale transporte e pagamento avulso. Pode-se usar parte do recurso da Educação para cobrir os estudantes. O financiamento da Tarifa Zero é uma questão de política de gestão do uso dos impostos arrecadados.

Será que vale a pena deixar de ofertar com melhor qualidade serviços essenciais em outras áreas, em troca de isentar a passagem de quem teria condições de pagar? Não seria melhor implementar uma espécie de bolsa transporte para os mais necessitados, somente?

Um elemento importante a favor da Tarifa Zero é que ela, efetivamente, aumenta a demanda. Ou seja, ela viabiliza movimentos que não aconteciam por falta de dinheiro. A ideia de bolsa ou vale-transporte para determinados grupos de usuários não resulta em aumento de demanda e permanece a necessidade das empresas operadoras em buscar receita. O que acaba por gerar a deficiência de oferta do serviço em linhas deficitárias. A Tarifa Zero acaba com a questão de linhas rentáveis e linhas deficitárias. É uma espécie de modelo Netflix. Você usa como quiser, quando quiser por um valor fixo de assinatura (pago pela prefeitura). Versus o modelo "pay-per-view". O modelo de pay-per-view, que é o da passagem ou do vale transporte, não funciona e reduz oferta e atendimento.

Você falou que a Tarifa Zero aumenta o número de usuários. Que novos usuários seriam esses? Isso implicaria em menos carros nas ruas?

Qualquer redução de 5 a 10% no tráfego de carros já será um impacto gigantesco em Natal. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe Tarifa Zero para estudantes universitários em várias cidades e muitos deles deixaram de ir de carro para o campus para irem no transporte público gratuito, passando a usar o dinheiro da gasolina em outras coisas mais importantes. Na UFRN, dos 25 mil alunos, cerca de 15 mil vão para o campus de carro. Esse uso do carro entre estudantes universitários certamente iria cair. Mas a redução de carros nas ruas não depende só da Tarifa Zero, mas da qualidade do serviço. Para uma comparação, em São Caetano do Sul, cidade com mais carros por habitante que Natal, e renda per capita anual de R$ 95 mil, houve migração em alguns dias e horários da semana, reduzindo o tráfego de carros. Natal tem renda per capita na ordem de R$ 27 mil, a tendência então é possivelmente um impacto ainda maior.

Que outros impactos a implantação da Tarifa Zero causaria?

Uma consequência nas cidades que adotaram foi a revitalização dos centros das cidades e do comércio de rua. As pessoas passaram a ir ao centro porque não precisavam pagar. Uma ida e volta a R$ 4,50 cada, dá mais que 1kg de feijão. Então, com a Tarifa Zero ocorrem movimentos para fazer compras que não se realizariam quando há tarifa. A Tarifa Zero movimenta o dinheiro na economia, no comércio. Também iria zerar o custo das empresas empregadoras com o vale-transporte e reduziria o custo de transporte para outros trabalhadores. Do lado da empresa, essa redução pode se tornar mais emprego, ou mais investimento na empresa. Do lado dos trabalhadores, vai virar mais consumo, o que movimenta a economia. Ainda mais, além da redução do custo com o vale transporte, acabaria o problema atual de empregar uma pessoa em função de onde ela mora. O mercado de trabalho de Natal se tornaria, efetivamente, um só mercado, independente da geografia, pois o deslocar-se para o trabalho teria Tarifa Zero. As empresas passariam a contratar a pessoa pelo que ela é, não por onde ela mora. 

Informações: SaibaMais.jor.br

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BRTs e os deslocamentos sobre trilhos: mais rapidez, menos poluição

domingo, 24 de março de 2024

Em fase de implantação, o proje­to BRT-ABC é um sistema rápi­do de ônibus elétricos movidos a bateria e não poluentes – o pri­meiro com frota 100% elétrica do Brasil. A previsão de entrega é para 2025, com 92 ônibus elétri­cos e 16 estações ao longo de 18 quilômetros, ligando a região do Grande ABC à capital paulista, com benefício para mais de 600 mil passageiros.

O projeto terá integração com o metrô e o trem: no terminal Ta­manduateí, com a Linha 2 Verde do Metrô e a Linha 10 Turquesa da Companhia Paulista de Trens Me­tropolitanos (CPTM); no terminal Sacomã, com o corredor Expresso Tiradentes e a Linha 2 do Metrô.

“O BRT será um grande passo para levar maior eficiência ener­gética ao sistema de transporte metropolitano. Representa uma solução moderna, ágil e sustentá­vel para a mobilidade de milhares de passageiros que se deslocarão, diariamente, entre São Bernardo do Campo, Santo André, São Ca­etano do Sul até a capital. A frota será composta de ônibus com tec­nologia limpa, totalmente elétricos e articulados, fabricados no Brasil, com ar-condicionado, silencio­sos e não poluentes. Para facilitar ainda mais o deslocamento da po­pulação, o novo modal vai se co­nectar ao sistema de trens metro­politanos, ao Metrô, ao Corredor Metropolitano ABD e ao Expresso Tiradentes”, afirmou à reportagem Felipe Santoro, chefe de departa­mento da Assessoria Financeira e Orçamentária da Empresa Metro­politana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU).

Também está em curso a ex­pansão do transporte sobre trilhos na região metropolitana de São Paulo: há obras de ampliação da Linha 2-Verde, entre Vila Pruden­te e Penha; da Linha 9-Esmeralda, até a estação Varginha; e da Linha 15-Prata, para as regiões de Jacu­-Pêssego e Ipiranga. Também estão sendo construídas duas linhas: a 6-Laranja, entre a Brasilândia e São Joaquim, com potencial para transportar cerca de 630 mil pas­sageiros; e a Linha 17-Ouro, entre Morumbi e o Aeroporto/Washing­ton Luiz, que irá beneficiar 93 mil passageiros ao dia.

Em 2023, conforme dados do Metrô e das concessionárias Via­Quatro e ViaMobilidade, foram transportadas 1,19 bilhão de pes­soas nos seis ramais metroviários, aumento de 8% no comparativo com o ano anterior.

Por Roseane Welter
Informações: Osaopaulo.org.br

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SPTrans cria a linha circular 3098/31 São Mateus - Jd. Elizabeth (circular)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024


A SPTrans informa que a partir de sábado (17) a linha 3098/31 São Mateus – Jd. Elizabeth (circular) entrará em operação nos dias úteis, sábados e domingos, e passará a atender a Rua Santo André Avelino, para ampliar o atendimento aos moradores do Parque São Rafael, na Zona Leste.

Conheça as informações da linha:

3098/31 São Mateus - Jd. Elizabeth (circular)

Ponto inicial: Rua Maria Luiza do Val Penteado, nº 49 (oposto)

Horário de operação:

Dias úteis: 3h50 às 23h20
Sábados: 4h25 às 23h25
Domingos: 4h30 às 22h30

Sentido único – R. Maria Luiza Do Val Penteado, Av. Claudio Augusto Fernandes, R. Edmur Whitaker, Av. Mateo Bei, Pça. Felisberto Fernandes da Silva, Av. Sapopemba, Av. Rodolfo Pirani, R. Santo André Avelino, retorno sob os viadutos da Av. Oscar Niemeyer (município de Mauá), R. Santo André Avelino, Av. Rodolfo Pirani, Av. Sapopemba, Pça. Felisberto Fernandes da Silva, Av. Sapopemba, Av. Claudio Augusto Fernandes, R. Dr. Felice Buscaglia, R. Maestro João Balan e R. Maria Luiza Do Val Penteado.

ATENÇÃO

Com a criação da linha 3098/31, a linha 3098/10 terá seu itinerário alterado e passará a circular direto pela Rua Morro das Pedras e Av. Rodolfo Pirani. 

Os passageiros interessados na ligação com o Shop. Aricanduva deverão realizar a transferência para a linha 3098/10 na Av. Rodolfo Pirani nº 901.

Dessa forma, a linha passará a ter o seguinte itinerário:

3098/10 Jd. São Francisco – Shop. Aricanduva

Ida: normal até a Rua Morro das Pedras, Av. Rodolfo Pirani, Av. Sapopemba, prosseguindo normal.

Volta: normal até Av. Sapopemba, Av. Rodolfo Pirani, Rua Morro das Pedras, prosseguindo normal.

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