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Metrô de Salvador completa dez anos e se consolida como a maior obra de mobilidade da capital

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Uma obra de mobilidade que tem transformado a vida de milhares de soteropolitanos, o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas completa 10 anos de operação neste mês. E para celebrar esta data especial, passageiros que utilizam diariamente o modal, contaram as suas experiências diárias. 

Desde o início da operação, em 11 de junho de 2014, foram investidos mais de R$ 6,7 bilhões na operação do modal, que já atendeu cerca de 620 milhões de pessoas, em 34 milhões de quilômetros rodados. O metrô é um sistema de transporte urbano que se consolidou na capital por oferecer eficiência, comodidade e segurança. 

A estagiária do setor ambiental, Larissa Nascimento, 23 anos, moradora da cidade de Dias D'ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), precisava acordar bem cedo para chegar ao estágio no Caminho das Árvores. O trajeto era realizado todo de ônibus, e durava mais de 2h. Com o modal, esse tempo foi reduzido em 30 minutos. "Chegava sempre atrasada no trabalho por causa do trânsito intenso e agora diminuiu bastante. Após o trabalho sigo para a faculdade, em Ondina. A volta pra casa tem sido mais rápida e mais confortável também", contou.

A autônoma Maria Lúcia Santos vivia uma situação semelhante: levava uma manhã inteira para chegar à capital baiana de ônibus. "A gente saía da Ceasa, em Simões Filho, pegava essa BR toda, para chegar na Estação Pirajá, e outro ônibus. Era uma viagem. Agora, não, o metrô facilita", pontuou.

São 38 quilômetros de extensão e 22 estações, que compõem a Linha 1 (Estação Lapa, Estação Campo da Pólvora, Brotas, Bonocô, Retiro, Bom Juá, Pirajá, Campinas e Águas Claras) e a Linha 2 (Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto). O metrô faz ainda integração com dez terminais de ônibus e tem mais de 2 mil câmeras de monitoramento.

"São dez anos de uma história de desafios e 400 mil pessoas transportadas por dia. Sentimos de perto o resultado na vida das pessoas, que se traduz em mais qualidade de vida quando elas conseguem chegar mais cedo ao trabalho, em casa, quando tem segurança e pontualidade. Com o metrô, é possível programar os deslocamentos", comentou a presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Ana Claudia Nascimento. 

Entregue há menos de um ano, o Tramo 3, que liga Pirajá ao bairro de Águas Claras tem contemplado áreas populosas. A advogada Márcia Guedes mora na região e vai trabalhar todos os dias de metrô, no Centro da cidade. Mesmo sendo proprietária de um veículo, prefere fazer o percurso no modal. “Economizo tempo, em torno de duas horas. Levantava 5h30, 6h, para eu sair; agora, às 7h. Dá tempo de fazer tudo e eu consigo sair por volta de 8h30, 9h", explicou. 

Para o estudante de administração Marcos Nunes, 22, a experiência tem sido bastante positiva e se configura como uma mudança ímpar em sua vida. "Pego o metrô em Pirajá e desço em Brotas para assistir às aulas. Para chegar ao trabalho, após o curso, uso as linhas 1 e 2. Faço todo o trajeto de metrô. Antes era bastante demorado, agora consigo realizar todo esse percurso em pouco tempo. Tem melhorado muito a minha vida". 

Ampliação do modal

O Governo da Bahia segue trabalhando para a ampliação da Linha 1. Serão criadas duas novas estações: no Campo Grande e na Barra. "Em dezembro inauguramos cinco quilômetros do Tramo 3. O anteprojeto já está pronto e inscrito no PAC Seleções para adotarmos as providências necessárias. Dez mil passageiros deverão ser atendidos por dia. A obra ainda vai promover uma maior valorização da área, onde está localizado o Teatro Castro Alves", reiterou a presidente da CTB, que prevê para este ano ainda o início dos trabalhos ampliar o metrô até essa região.

Mobilidade sustentável

Outro ponto positivo do sistema metroviário diz respeito à sustentabilidade ambiental. Por serem movidos à energia elétrica, evitou-se a emissão de mais de 45 mil toneladas de CO2 (gás carbônico) em sete anos. A CCR Metrô Bahia, empresa que opera os trens, também investiu em outras inovações que racionalizam os recursos energéticos naturais. Como exemplo, a telemetria nos hidrômetros que evita desperdício com vazamentos, o reaproveitamento de água na lavagem de trens e a presença de sensores nas escadas rolantes para reduzir a velocidade na ausência de clientes.

De acordo com Júlio Freitas, diretor da Unidade de Negócios da CCR, essa redução de emissão de poluentes é bastante significativa. "Retiramos o equivalente a 22 mil veículos todos os anos das ruas. Isso impacta diretamente na vida das pessoas. Temos um compromisso com a sustentabilidade e a mobilidade. Enquanto reduzimos drasticamente o tempo de viagem, utilizamos uma energia limpa”. 

Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), os sistemas de transporte ferroviário de massa seriam os principais protagonistas da descarbonização do transporte urbano. No Brasil, o setor de transporte, em 2021, foi responsável por 8,39% das emissões, sendo que as emissões do transporte rodoviário, em específico, corresponderam a 7,79%.

Informações: Governo da Bahia

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Governo da Bahia assina com empresas responsáveis por obras do VLT

domingo, 9 de junho de 2024

O Governo da Bahia assinou contratos com as empresas responsáveis pelas obras do VLT nesta semana. Ao todo, são três grupos, que farão os três trechos do sistema.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (7) pela Companhia de Transportes da Bahia (CTB), empresa do Governo que responde pelo empreendimento.

Segundo os dados, os contratos com os consórcios Expresso Mobilidade Salvador e Mota-Engil/OHLA/Meir, que construirão o primeiro trecho, foram assinados na quarta-feira (5).
Já na quinta (6), o Governo assinou com o grupo Cetenco/Agis/Consbem, responsável pelo pelo segundo e terceiro trechos.

Obra do VLT deve começar em julho
A previsão é de que as obras do VLT comecem em junho. De acordo com a licitação, a estimativa é de que o primeiro lote seja entregue em 2027, três anos depois da previsão inicial.

A obra prevê ainda uma interligação com os outros meios de transporte de Salvador. O orçamento total é de quase R$ 4 bilhões.

Os trechos previstos são:
1º trecho: entre Ilha de São João, Subúrbio e Calçada (17 paradas e uma estação na Calçada);
2º trecho: entre Paripe e Águas Claras (8 paradas e interligação com metrô);
3º trecho: entre Águas Claras e Piatã (9 paradas e interligação com metrô).

Ilegalidades em licitação
Em maio deste ano, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) apontou ilegalidades na licitação e no contrato de construção do VLT, que foram suspensos no ano passado pelo governo.

Os documentos são os mesmos suspensos por medida cautelar aprovada pelo TCE em 2018. No entanto, por causa de uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a administração estadual seguiu com os procedimentos e assinou em 2019 com a concessionária Skyrail.

O contrato seguiu de pé até agosto de 2023, quando o Estado rompeu com a empresa. Então, foi iniciado o processo atual.

Informações: iBahia



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Sindicatos se unem e ônibus de Salvador, Feira e RMS podem parar

domingo, 5 de maio de 2024

O indicativo de greve segue pairando as negociações entre trabalhadores e empresários do transporte público em Salvador; a novidade é que essa tensão pode sair da bolha soteropolitana e seguir por outros municípios da Bahia. Isso porque o Sindicato dos Rodoviários da Bahia convocou as os trabalhadores e organizações da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e de Feira de Santana para unificar as pautas e trazer força para o movimento.

O presidente do sindicato, Fábio Primo, destacou que a categoria tem pontos em comum em todos os locais, por isso a oportunidade de unificar as reivindicações. "Essa ideia partiu da gente depois da rodada de negociação de ontem [quinta-feira, dia 2] com os empresários. Às vezes parece que é algo direcionado, uma questão política, e nós queremos mostrar que não é. Não temos problema com o Governo do Estado ou com a Prefeitura de Salvador, temos a nossa política sindical, direcionada aos nossos representados que têm necessidades reais", disse.

Ainda segundo Primo, as pautas em comum incluem os cortes de linhas de ônibus, a integração com o metrô e o problema com o transporte clandestino. "Todos nós estamos sofrendo, e por esses pontos nós convocamos o Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro), o sindicato dos rodoviários de Feira de Santana e o sindicato do transporte intermunicipal", disse.

A convocação foi aceita pelo Sindmetro e o presidente Mário Cleber garantiu que vai apoiar a categoria na capital de acordo com o que for decidido. "Nós vamos acompanhar nossos companheiros. Atendemos a esse pedido, um chamado de urgência do sindicato, tivemos uma reunião importante e somos um sindicato parceiro, por isso temos uma pauta unificada. Estamos juntos contra o assédio das empresas, contra o transporte clandestino e a favor da licitação para o metrô. Se eles pararem nós vamos parar também", afirmou.

Mário Cleber explica que a RMS tem sofrido um problema latente com a existência do transporte clandestino. "Nós temos um transporte em Lauro de Freitas, por exemplo, péssimo. Nós reconhecemos isso, e está cada dia decaindo mais devido ao número alto dos transportes clandestinos, vans que estão rodando sem nenhuma fiscalização nem restrições", explica o presidente do Sindmetro.

Lauro de Freitas está enfrentando agora a saída de uma empresa. A Costa Verde deixou de operar e, segundo Mário, o sindicato teve conhecimento de que pessoas já estavam e organizando com vans para rodar pela orla. "Isso acontece com o sem ônibus, eles ocupam o espaço, fazem transporte de casa em casa, entrando nas ruas e vielas e não há nenhum tipo de fiscalização", conta.

Informações: A Tarde

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Costa Verde fecha e aumenta crise do transporte em Salvador

sexta-feira, 3 de maio de 2024

A crise do transporte metropolitano de Salvador, que atende diversos municípios da RMS, incluindo Lauro de Freitas, resultou, ontem, na suspensão de três linhas da Empresa Costa Verde.

As linhas extintas foram Vilas do Atlântico/ Campo Grande via Orla Marítima; Lauro de Freiras/ Vale dos Barris, via Avenida Centenário; e Portão/Piatã, via Itapuã.  A empresa Costa Verde vem, há anos, alegando aos órgãos públicos dificuldades financeiras por diversos fatores, entre eles o preço defasado da tarifa e ausência de licitação do transporte metropolitano.

Embora a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), tenha informado que acertou com a empresa Expresso Luxo Vitória Transportes para dar continuidade a operação das linhas em caráter excepcional, a população se mostra preocupada.  Os rodoviários também.

“Sabemos que se não houver  licitação do transporte público isso não vai mudar, pois não vão acabar com os clandestinos facilmente. É o emprego de muita gente em jogo”, disse um motorista que preferiu não se identificar. |Cerca de 1,5 mil empregos diretos e indiretos foram afetados com o fim da Costa Verde.

O encerramento das linhas  aumentou o temor da  população de que, diante da ausência de resolução, a Avanço Transporte também finalize de vez as atividades, conforme já anunciou para o dia 14 de maio. A empresa fez um acordo com a Agerba, dando a data como prazo final.

A expectativa é  que  prefeitura de Salvador, governo do Estado e empresas resolvam a situação junto com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), órgão que está intermediando a situação.  Dentre as cidades afetadas, Lauro de Freitas, por exemplo, é uma das mais prejudicadas, pois depende de 60% do transporte rodoviário metropolitano de Salvador.

Caso a Avanço encerre as atividades, nove linhas são extintas: (A0800) Camaçari X Águas Claras; (A0812) Camaçari X Simões Filho; (A0813) Candeias X Simões Filho; (A814A) Camaçari X Águas Claras via Parafuso; (A0834) Madre de Deus/Candeias X  Lauro de Freitas;  (A0835) Passé X Calçada; (A0903A) Candeias X Simões Filho via OutletPremium; (874A)  Simões Filho X Lauro; (811URB) Candeias X São Francisco do Conde .

Segundo o Sindicato do Transporte Metropolitano de Salvador (Sindmetro), as medidas emergenciais são necessárias, mas os problemas precisam ser resolvidos na base: combater o transporte clandestino apontado por empresas como causador de prejuízos e  licitar o transporte público com uma forma de subsídio ou de metodologia contratual que dê viabilidade operacional.  “Já é um sufoco andar de ônibus em Salvador, pois  BRT e o metrô não atende toda cidade. Se essas sucatas pararem, a situação só vai piorar”, reclamou  a moradora de Itapuã, Diva Aragão de Souza, 59.

De acordo com o MP-BA, desde o ano de 2017,  o órgão  busca solucionar a questão do transporte metropolitano - que funciona sem licitação - junto ao Município e ao Estado, tendo promovido, em 2023, a judicialização da questão.

Com o agravamento da crise e o anúncio das empresas de encerramento da operação, o MP-BA enviou no dia 11 de abril recomendações à Agerba, Semob e às empresas, estas últimas criticada pela instituição por tomarem decisão de forma unilateral. Informou, também, se debruçar na construção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).  Na última sexta-feira (26), duas audiências ocorreram na sede do MP. Estiveram presentes líderes comunitários de Lauro de Freitas, Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro), a empresa Avanço, Defensoria Pública estadual; Agerba e Semob. |A condução foi dos promotores de Justiça Pablo Almeida e Rita Tourinho, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Patrimônio Público e Moralidade Administrativa (Caopam).

O diretor do Sindmetro, Catarino Fernandez, já havia dito à Tribuna da Bahia que a falta de licitação, de subsídio, e os transportes clandestinos,  ajudaram a piorar a crise.  “ A ilegalidade dura anos e junto com a falta de equilíbrio tarifário aumenta a bola de neve", pontua. Para se ter uma ideia, Fernandez explica que  diariamente a empresa Atlântico pega 25 mil passageiros por dia, mas quando o clandestino roda, este número diminui para 11 mil.

O subsídio, assim como a licitação, também colabora com o equilíbrio da receita das empresas evitando fechamentos, aponta o sindicalista. “A empresa só equilibra se equilibrar o sistema, e assim, elas poderão pagar as dívidas trabalhistas. Se não fizer isso, só vai adiar o encerramento das empresas, pois elas voltam a trabalhar e a aumentar a dívida trabalhista”, afirmou Catarino.

Informações: Tribuna da Bahia

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Metrô de Salvador tem ganho de 14% em número de passageiros

segunda-feira, 18 de março de 2024

O Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL) registrou uma média diária de 389 mil passageiros nos primeiros 13 dias do mês de março de 2024, conforme dados obtidos pelo portal A TARDE junto à CCR Metrô Bahia, concessionária do modal. O número representa um aumento de 14% na quantidade de usuários, com relação ao mesmo mês de 2023, quando a média ficou em 341 mil pessoas.

A CCR já esperava um aumento no número de usuários do sistema. Ainda assim, o ganho de passageiros superou em 5% a expectativa da concessionária, alcançando a meta que estava estabelecida apenas para 2025.

Na avaliação da empresa, o aumento tem relação com a inauguração, no fim do último mês de dezembro, da Estação Águas Claras, que finalizou a implantação do chamado “tramo 3” da Linha 1 do metrô. Segundo a análise da CCR, a chegada do SMSL ao coração da periferia de Salvador teria levado ao sistema uma parte da população que, antes, não utilizava o modal.

Os números e a análise deles foram levados pela concessionária, nesta quarta-feira, 14, ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), durante uma reunião. O gestor estadual demonstrou empolgação com os resultados e sinalizou que a tendência é que, com a inauguração da Nova Rodoviária de Salvador, também em Águas Claras, a circulação de passageiros cresça ainda mais.

“Hoje, eu tive acesso ao relatório e o último tramo, o tramo 3 que fizemos, em Águas Claras, está dando superávit de passageiros. Já bateu a expectativa que era para 2025. Imagine quando a gente estiver com a rodoviária funcionando. E estamos trabalhando para isso. Já já vocês também terão novidades sobre ela”, disse Jerônimo na oportunidade.

Outras movimentações do governo do estado, como a criação da Estação Campo Grande, na chamada “Expansão Sul”, tendem a aumentar ainda mais o número de usuários do SMSL. Em entrevista ao portal A TARDE em janeiro, o ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil, apontou que essa ampliação poderia acrescer 100 mil pessoas ao sistema.

A própria gestão estadual, que chegou a estudar a possibilidade de investir mais dinheiro no contrato para acelerar a implantação do tramo 2 da Linha 2 — a Estação Lauro de Freitas —, agora considera que o gatilho de 6 mil usuários hora/pico previsto em contrato será batido em breve, não havendo necessidade de um esforço extra para a ampliação do SMSL em seu vetor norte.

Informações: A Tarde

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Estação Águas Claras do metrô de Salvador supera expectativas de circulação

quinta-feira, 14 de março de 2024

A Estação Águas Claras, trecho mais recente construído pelo governo do estado no Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL), já superou a média de usuários prevista para 2024, alcançando a expectativa da CCR Metrô Bahia — concessionária do serviço — para 2025. A informação foi revelada na tarde desta quarta-feira, 13, pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que ainda sinalizou para um avanço da construção da Nova Rodoviária, a ser instalada próxima ao local.

“Hoje também eu tive uma reunião com a empresa que dirige o metrô, a CCR, e nós ali conversamos sobre outras frentes. Vocês já já terão novidades. Uma delas é a avaliação positiva que nós tivemos. Hoje, eu tive acesso ao relatório e o último tramo, o tramo 3 que fizemos, em Águas Claras, está dando superávit de passageiros. Já bateu a expectativa que era para 2025. Imagine quando a gente estiver com a rodoviária funcionando. E estamos trabalhando para isso. Já já vocês também terão novidades sobre ela”, contou Jerônimo.

A reunião entre Jerônimo e a CCR também teria passado por outros debates, como a chamada “Expansão Sul”, que levaria o metrô de Salvador para o bairro do Campo Grande, no Centro da cidade, a partir da Estação da Lapa. Conforme apuração do portal A TARDE, um projeto para essa ampliação deve ser apresentado pelo governo do estado ainda neste primeiro semestre.

A Expansão Sul é um projeto que, segundo o ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil, já estaria inscrito para receber verbas oriundas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O investimento federal no sistema de transporte de Salvador pode chegar a R$ 7 bilhões.

Outro tema abordado no encontro entre Jerônimo e a CCR foi a elaboração de estudos de viabilidade para a implantação de um trem regional entre Salvador e Feira de Santana. Nesta quarta, o governador citou ainda a possibilidade desse novo sistema ferroviário passar pelo município de Camaçari, o que ainda não havia sido especulado.

“[Discutimos] também um estudo sobre chegar até Feira de Santana, chegar a Camaçari, ver se tem a possibilidade de implantação de um sistema ferroviário — um trem ou algo equivalente — que possa expandir e aumentar a captação de passageiros”, revelou o governador.

Por fim, Jerônimo deixou escapar que o VLT (veículo leve sobre trilhos) de Salvador, que está em processo licitatório, também foi pauta da reunião. Nos bastidores, o governo considera a possibilidade de incluir o novo modal no SMSL, o que daria à CCR a administração do serviço. A ideia chegou a ser citada por Rui Costa, durante uma entrevista ao portal A TARDE em janeiro.

“O outro que conversamos com eles foi o VLT: no dia 25 ou 26, abriremos os envelopes. Essa é a parte de valor. São duas licitações: uma da parte de valor e a outra é licitação da área técnica. Então, no dia 25, a gente abre os envelopes das empresas apresentando valores e, mais adiante, a gente abre os envelopes das propostas técnicas. E aí eu espero que a gente possa, muito em breve, também iniciar as obras do VLT”, finalizou Jerônimo.

Informações: A Tarde

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Empresa responsável por implantar estruturação do VLT Salvador é divulgada

quarta-feira, 6 de março de 2024

O governo da Bahia divulgou, nesta quarta-feira (6), a empresa que será responsável pela realização de estruturação para implantação e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), nos trechos de Ilha de São João a Calçada, considerado prioritário para o governador Jerônimo Rodrigues (PT), e o de Paripe a Piatã.

O serviço custará a gestão estadual R$ 1,9 milhão, e será destinado a empresa Eggis – Engenharia e Consultoria Ltda, que foi vencedora da licitação para dar segmento a implantação do novo modal, que foi idealizado ainda governo Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil.

Conforme publicação da BahiaInveste (Empresa Baiana de Ativos S/A), que consta no Diário Oficial do Estado (DOE), o empreendimento contratado prestará serviços especializados de estudos técnico-operacionais para a realização de estruturação da implantação e operação do transporte.

Em razão da construção do VLT, que se arrasta desde 2021, os trens do Subúrbio Ferroviário precisarão ser desativados. Com isso, uma parte da população que pagava apenas R$ 0,50 para se deslocar do seu bairro até a Calçada passou a desembolsar R$ 5,20, atual valor dos ônibus de Salvador. Para além, a desativação do transporte ainda resultou em um tempo maior de deslocamento por conta dos engarrafamentos.

Informações: Bahia.ba

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Governo da Bahia faz planos de investimentos para o transporte ferroviário

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

São diversos os projetos ferroviários que o governo do estado vem trabalhando para melhorar a mobilidade na Bahia. Dentre os projetos, estão a ampliação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL); a criação do VLT (veículo leve sobre trilhos) na capital baiana; e a instalação de um novo trem de passageiros intermunicipal, atendendo a cidades importantes do interior do estado.

Todas essas ideias já estavam previstas, de uma forma ou de outra, no Programa de Governo Participativo publicado pela campanha do então candidato a governador Jerônimo Rodrigues e construído após plenárias com militantes partidários em todos os cantos da Bahia.

VLT de Salvador

O plano mais avançado é o do VLT de Salvador, que já teve suas licitações publicadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) no último mês de dezembro de 2023. O recebimento das propostas para o projeto está marcado para o próximo dia 12 de março de 2024, enquanto o início das obras estão previstas para julho deste ano.

O anteprojeto entregue pelo governo Jerônimo prevê um VLT dividido em três eixos. O primeiro primeiro trecho compreende a região do Subúrbio Ferroviário, entre o bairro da Calçada, em Salvador, e a localidade de Ilha de São João, no município de Simões Filho, substituindo a fracassada ideia de instalação de um monotrilho na região.

Na avaliação da gestão estadual, esse primeiro eixo é primordial, pois o governo da Bahia estaria em dívida com a população do Subúrbio desde a retirada da linha de trem que atendia a região, em fevereiro de 2021.

O segundo trecho ligará, através da Estrada do Derba, os bairros de Paripe, no Subúrbio, e de Águas Claras, no miolo de Salvador, onde haverá a primeira integração com o SMSL. De lá, o eixo final partirá pelas avenidas 29 de Março e Orlando Gomes, em direção a Piatã, na orla Atlântica de Salvador.

A previsão do governo do estado é de término completo das obras em agosto de 2028. Porém, a expectativa é que o primeiro trecho, que atende especificamente ao Subúrbio Ferroviário, esteja em funcionamento já em junho de 2027.

A obra do VLT será pública, mas a administração deve ser concedida à iniciativa privada. Uma das possibilidades é que a CCR Metrô Bahia assuma a gestão do futuro equipamento, interligando definitivamente ao SMSL.

O que é VLT?

O veículo leve sobre trilhos é um modal de transporte essencialmente urbano, que costuma circular próximo a carros, ônibus e bicicletas nos centros das cidades. Comum há décadas na Europa, onde é muitas vezes chamado de “tram”, o VLT começou a ser falado no Brasil a partir dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Diversos projetos foram pensados no Brasil, mas nem todos saíram do papel. O VLT que ligaria os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, não foi implantado e o governo da Bahia negocia a compra de todos os 280 vagões adquiridos pela gestão mato-grossense há mais de 10 anos.

No Rio de Janeiro e em Santos, litoral paulista, porém, o sistema funciona. O VLT carioca, por exemplo, foi acompanhado de um grande processo de urbanização na região portuária da cidade, com a derrubada de elevados e a criação de espaços públicos.

No caso de Santos, o governo baiano estuda como um exemplo a ser seguido. A Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) chegou a enviar um representante ao litoral paulista, para uma visita técnica, em que o sistema VLT da cidade foi analisado.

Expansão Sul

O próximo passo do governo Jerônimo Rodrigues deve ser a Expansão Sul do SMSL, com a instalação de uma nova estação no bairro do Campo Grande, ligada através da atual Estação da Lapa, na Linha 1 do metrô.

O projeto da Expansão Sul do metrô até o Campo Grande foi aprovado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), através do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para receber investimentos federais do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A licitação para a ampliação do SMSL em sua Linha 1 está prevista para ser publicada ainda no primeiro semestre de 2024.

Inicialmente, a Expansão Sul previa uma ampliação ainda maior do sistema, com estações também nos bairros da Graça e da Barra. Entretanto, neste momento, devido ao alto custo do projeto, o foco da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur-BA), comandada pela secretária Jusmari Oliveira (PSD), é dar o primeiro passo rumo ao Campo Grande.

Isso não significa, porém, que o governo Jerônimo tenha desistido de levar o metrô até a orla da Barra. Estudos foram solicitados pela Sedur-BA, ainda em 2023, para que a CCR Metrô Bahia analisasse a demanda e os custos da construção da nova estação.

Dois modelos são estudados. O primeiro seria o cumprimento do projeto inicial da Expansão Sul do metrô, com estações subterrâneas no Campo Grande e na Graça, até chegar na Barra, na superfície. Já a segunda opção, avaliada neste momento como menos custosa, seria a criação de uma nova linha de VLT, ligando a Estação da Lapa à Barra.

Tramo 2 da Linha 2

O governo do estado também estuda acelerar a ampliação da Linha 2 do metrô, no chamado “vetor norte” do sistema, com a construção de uma nova estação no centro de Lauro de Freitas, nas proximidades do Parque Shopping.

A estação Lauro de Freitas já está contratada junto à CCR Metrô Bahia, mas seu destravamento está ligado a um gatilho no contrato de concessão: para que a concessionária seja obrigada a ampliar o SMSL, a Estação Aeroporto deverá alcançar, durante seis meses, a média de 6 mil passageiros/hora-pico, entre 17h e 19h.

Tratada contratualmente como “Tramo 2 da Linha 2”, a ampliação pode ser acelerada pelo governo da Bahia através de um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, destravando a obra antes do gatilho ser atingido. Atualmente, a média de circulação na Estação Aeroporto é de 4,5 mil passageiros/hora-pico.

Em outubro, a gestão estadual chegou a contratar a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para avaliar o possível reequilíbrio contratual da entre o Estado e a CCR Metrô Bahia, visando entender quanto seria necessário aportar no contrato para tirar a Estação Lauro de Freitas do papel.

O que é metrô?

Assim como o VLT, o metrô também é um sistema ferroviário essencialmente urbano. Porém, como o próprio nome diz, o modal é ideal para fazer transporte metropolitano, entre cidades conurbadas, sem uma separação definida, como é o caso de Salvador e Lauro de Freitas.

O metrô começou a ser construído em Salvador em 1999, pela prefeitura de Salvador, sob o comando do então prefeito Antônio Imbassahy (na época, no PFL, atual União Brasil; hoje, filiado ao PSDB).

A obra, entretanto, foi paralisada durante a gestão de João Henrique Carneiro (primeiro no PDT, depois no MDB; atualmente, sem partido) e só voltou a ser tocada em 2013, quando foi assumida pelo governo da Bahia, com o então governador Jaques Wagner (PT), que colocou o SMSL para funcionar.

No passado, havia a ideia de iniciar a Linha 2 do sistema no bairro da Calçada, passando por Água de Meninos e Dois Leões, até chegar ao Acesso Norte, de onde o metrô partiria rumo ao Aeroporto de Salvador. O projeto, então, acabou sendo mudado com o passar do tempo.

O governo da Bahia, sob o comando de Rui Costa (PT), também chegou a estudar a possibilidade de construir uma terceira linha do metrô, saindo da Estação da Lapa em direção à Pituba. Mas a ideia foi abortada após a prefeitura de Salvador lançar seu projeto de BRT (sigla para “ônibus de trânsito rápido”, em tradução livre do inglês), que faz o mesmo percurso.

Trem regional

O terceiro modelo de transporte ferroviário estudado pelo governo da Bahia é o velho e conhecido trem. O plano é construir uma linha regional saindo de Salvador e chegando a Feira de Santana. O traçado, todavia, ainda está sendo avaliado.

No Plano de Governo Participativo da campanha de Jerônimo, a intenção divulgada era estudar a construção de um trem regional ligando Salvador a Feira de Santana e à região da Chapada Diamantina.

Em agosto de 2023, o portal A TARDE revelou os estudos de viabilidade contratados pelo governo do estado junto à CCR Metrô Bahia para a realização do novo trem regional entre Salvador e Feira de Santana, com paradas em Simões Filho, Candeias e Santo Amaro e duração máxima da viagem estimada em 45 minutos.

De acordo com a avaliação da CCR, o novo modal atingiria cerca de 4 milhões de pessoas, com um custo de R$ 2,6 bilhões para construção e R$ 280 milhões anuais para manutenção.

Com o passar do tempo, porém, a ideia ficou mais simples: reativar a antiga linha de trem entre Salvador e Alagoinhas, passando por Simões Filho, Camaçari, São Sebastião do Passé e Dias D’Ávila. Desse percurso criado em 1860 e desativado completamente em 2021, haveria um novo trecho, que levaria até Feira de Santana.

O que é trem regional?

Diferentemente do VLT e do metrô, o trem regional é um modal pensado para longas distâncias, com passagens por áreas pouco habitadas e até mesmo rurais. Além disso, o modelo pode transportar mais do que passageiros, mas também cargas comerciais.

Em 1860, a Bahia inaugurou uma das mais importantes linhas férreas do país: a Bahia and San Francisco Railway. A ferrovia passou por uma grande reforma, com duplicação, em 1940 e, em 1957, passou a ser controlada pela União, através da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA).

Com o passar do tempo, o transporte ferroviário foi perdendo espaço para o rodoviário, fazendo com que a linha férrea fosse encurtada, até ficar restrita ao Subúrbio Ferroviário de Salvador, a partir da privatização da RFFSA pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1996.

Em fevereiro de 2021, o governo da Bahia desativou 100% a linha ferroviária, com a promessa de colocar um VLT no local.

Interior

Durante a campanha, Jerônimo fez diversas críticas ao projeto de BRT instalado pela prefeitura de Feira de Santana e prometeu um novo projeto de mobilidade para a “Princesa do Sertão”. Na época, ele afirmou que o modal instalado pelo prefeito Colbert Martins (MDB) parecia “casas de pombo”.

“Feira tem um desafio muito grande para a gente. Eu vou assumir a responsabilidade aqui, para a gente poder pensar um programa de mobilidade em Feira de Santana. Uma cidade importante, daquele porte, e o que nós temos é o mesmo modelo que temos aqui [em Salvador]. Um BRT que não serve para nada, que parece umas casas de pombo”, disparou o então candidato.

Durante o governo, Jerônimo já revelou qual é a sua ideia, não só para Feira de Santana, mas para outras grandes cidades do estado, como Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna e Ilhéus: a instalação de sistemas VLT.

Esses modais no interior, porém, ainda são ideias para o futuro, sem estudos de viabilidade contratados pelo governo da Bahia.

Informações: A Tarde

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Metrô de Salvador transportou 100 milhões de pessoas em 2023

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A movimentação de passageiros no metrô de Salvador, enfim, se recuperou da pandemia de Covid-19 e, em 2023, voltou a superar a marca de 100 milhões de pessoas, de acordo com dados da Companhia de Transporte do Estado da Bahia (CTB).

Durante todo o ano de 2023, o sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas registrou a passagem de 101.684.054 pessoas, a segunda maior marca de sua história, atrás apenas dos 106 milhões de passageiros registrados em 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19.

Com a chegada da Covid-19, os números de movimentação de passageiros, que vinham crescendo ano após ano, desabaram para 61 milhões em 2020. A recuperação foi lenta, à medida que as vacinas foram sendo aplicadas na população, chegando a 72 milhões em 2021 e 94 milhões em 2022.

A expectativa do governo do estado, para 2024, é que a circulação de passageiros no metrô de Salvador supere os 106 milhões de 2019, estabelecendo um novo recorde de movimentação no sistema, especialmente devido à inauguração completa do tramo 3, com as estações Campinas de Pirajá e Águas Claras.

Com a retomada do movimento e a chegada do sistema a bairros populares do miolo de Salvador, a CTB também aguarda um possível alcance do gatilho de 6 mil passageiros por hora/pico na Estação Aeroporto, o que dispararia contratualmente a construção de uma nova parada do metrô, no centro de Lauro de Freitas.

Caso o gatilho não seja alcançado, o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) já tem estudado uma alternativa para levar o sistema metroviário ao centro de Lauro de Freitas, com um possível reequilíbrio econômico do contrato com a CCR Metrô Bahia. Até o momento, a média de circulação na Estação Aeroporto é de 4,5 mil passageiros hora/pico.

Em 2024, a gestão estadual também deve licitar também a chamada “Expansão Sul” do metrô, com a ampliação da linha 1, a partir da Estação da Lapa, até o bairro do Campo Grande, no Centro Antigo de Salvador. O projeto está na fase final de seus estudos, mas já foi cadastrado no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.

Informações: A Tarde

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Passe Livre bate recorde e registra maior crescimento no país em 2023

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O fim da cobrança da passagem no transporte coletivo público urbano avançou em 2023 no país como nunca registrado antes. Desde janeiro, foram 31 municípios que adotaram o sistema pleno, que abrange a tarifa zero no transporte durante todos os dias, para toda a população. O ano de 2021 foi o segundo em mais adesões: 15 cidades. No total, o país hoje conta com 94 municípios com Passe Livre pleno. Os dados são do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Santini.

São Paulo é o estado com maior número de municípios com tarifa zero: 29, seguido de Minas Gerais (25), Paraná (11), e Rio de Janeiro (10). O estado paulista também lidera na quantidade de cidades que adotaram o Passe Livre em 2023. Dos 31 municípios que implementaram o sistema neste ano, dez estão em São Paulo, seguido de Minas Gerais (6), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5), Paraná (3), Goiás (1), e Rondônia (1).

“A gente está vivendo um momento de expansão da política de tarifa zero no Brasil. 2023 foi o ano em que houve mais adesões e a gente está vivendo uma tendência muito clara. Existe aí uma multiplicação de experiências, tem o que a gente chama de efeito contágio, ou seja, uma cidade vizinha influencia a outra, que influencia a outra, e a coisa vai se multiplicando”, destaca Santini.

Ele ressalta que o crescimento do número de cidades com tarifa zero no país ocorre dentro de um contexto de queda acentuada no número de passageiros do transporte público e da, consequente, crise do sistema de financiamento baseado na cobrança de passagens.

Dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostram que, no mês de outubro de 2013, foram transportados 398,9 milhões de passageiros no país. Em outubro de 2022, essa quantidade caiu para 226,7 milhões, com redução de 43%.   

De acordo com o pesquisador, a situação é de um círculo vicioso. Para manter a mesma receita com menos passageiros é necessário aumentar o valor da passagem; o aumento da passagem, no entanto, faz reduzir o número de passageiros.

“O modelo de financiamento baseado na receita das catracas não se sustenta mais. A gente tem vivido repetidos ciclos de perdas de passageiros, e isso tem uma influência direta aí na manutenção e gestão dos sistemas. E a tarifa zero surgiu como uma alternativa, como uma possibilidade, e é uma política especialmente interessante por reunir uma dimensão que ela é social e ambiental ao mesmo tempo”.

O engenheiro Lúcio Gregori, secretário de transportes da gestão de Luiza Erundina na prefeitura de São Paulo (1989-1993), e elaborador do Projeto Tarifa Zero em São Paulo, afirma que, com as seguidas elevações no preço das tarifas do transporte, parte da população deixou de ter condição financeira de se locomover pelo transporte público. 

“[A diminuição das viagens é decorrência] de reajustes de tarifas cada vez maiores; por exemplo, em função do aumento do preço de combustíveis. Mas no geral, a questão é tarifária. Quer dizer, a tarifa foi aumentando numa proporção que os usuários foram perdendo as condições de pagá-la e foram deixando de usar o transporte coletivo. Fundamentalmente é isso”.

Dos 94 municípios que adotaram o Passe Livre no país, apenas 11 têm mais de 100 mil habitantes, encabeçados por Caucaia, no Ceará, com população de 355 mil pessoas; Luiziânia (GO) (209 mil); e Maricá (RJ) (197 mil). A complexidade dos sistemas de transporte das cidades mais populosas é apontada como um empecilho para adoção da tarifa zero nessas localidades.

No entanto, 2023 foi o ano em que mais cidades com mais de 100 mil habitantes adotaram o sistema gratuito para os passageiros, apontando uma nova tendência. Foram seis municípios: Luiziânia (GO) (209 mil habitantes); Ibirité (MG) (170 mil); São Caetano do Sul (165 mil) ; Itapetininga (SP) (157 mil); Balneário Camboriú (SC) (139 mil); e Ituiutaba (MG) (102 mil).    

“As cidades com mais de 100 mil habitantes estão adotando a tarifa zero, é parte de uma tendência. Existe agora uma maior percepção de que é possível estruturar tarifa zero também em cidades mais populosas, com redes de transporte público mais complexas”, diz Santini.

“Ao mesmo tempo que é mais desafiador você trabalhar com uma rede mais estruturada, é preciso lembrar também que as cidades mais populosas costumam ter um orçamento maior do que cidades menores. Isso também é um potencial”, acrescenta o pesquisador.

São Paulo

De acordo com dados da prefeitura, o número de passageiros que utilizaram o sistema no primeiro domingo de passe livre cresceu 35% em relação aos domingos anteriores: passou de 2,2 milhões para 2,9 milhões de pessoas. Nas regiões periféricas, o aumento de usuários chegou a 38%.

“A cidade de São Paulo adotar a tarifa de anos nos domingos é um grande passo. A gente entende, cada vez mais, a mobilidade urbana como uma ferramenta de acesso à cidade. E a tarifa é uma barreira. Mesmo com pouca divulgação, já no  primeiro dia, teve 35% a mais. Isso demonstra que, de fato, a cobrança de passagem é uma barreira de acesso à cidade”, destaca a diretora do Instituto Multiplicidade e Mobilidade Urbana, Glaucia Pereira.

Ela ressalva que a decisão, mesmo tomada em véspera de ano eleitoral, vai ao encontro da Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, que prevê que o transporte nas cidades deve ser gerido para reduzir desigualdades e diminuir barreiras sociais.

“São Paulo sempre teve medidas eleitoreiras no transporte, só que a medida principal eleitoreira sempre foi fazer asfalto [para o carro]. E esse prefeito vem fazendo asfalto [para o carro]. Mas mesmo que essa medida [do Passe Livre aos domingos] seja eleitoreira, é a primeira vez que há uma medida eleitoreira de acordo com a política que diz que a mobilidade deve, na verdade, reduzir desigualdades e diminuir as barreiras”, ressalta Pereira.

Informações: Agência Brasil EBC

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