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360 km de metrô. Era a previsão em 1968 em São Paulo

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Uma linha amarela ligando a Estação Jockey Club, na zona oeste, à Via Anchieta, na sul, cruza com a linha vermelha, que vai da Estação Casa Verde à Vila Maria, ambas na zona norte. O projeto original do metrô paulista, que está completando 45 anos, se parece só um pouco com o que virou realidade. A proposta indicava que São Paulo deveria ganhar 75 estações, oito a mais do que as existentes hoje.

O traçado da rede básica, entregue em 1968 à gestão do prefeito José Vicente Faria Lima (1965-1969) - à época, a Companhia do Metropolitano pertencia ao governo municipal -, era composto por quatro linhas, denominadas conforme o traçado.

Elaborado pelo consórcio alemão HMD (das empresas Hochtief, Montreal Empreendimentos e Deconsult), o esquema era ousado, com ambição de transformar a mobilidade em uma metrópole que já sofria com os congestionamentos e a falta de um bom transporte coletivo.

Visto hoje, o projeto pode ser interpretado como o "futuro do pretérito" da rede metroviária da capital, feito para uma cidade que acabou não acontecendo. Talvez, a própria não concretização dessa cidade idealizada se deva, em parte, ao fato de que apenas algumas das projeções para o metrô tenham saído do papel. A principal é o que se chama atualmente de Linha 1-Azul, aberta em 1974, três anos após a data prometida.

No tempo de Faria Lima, até os prazos eram arrojados. Os estudos tinham como cenário e meta o ano de 1987.

Pela proposta alemã, naquele ano, os paulistanos deveriam ter à disposição 66,2 quilômetros de metrô, uma extensão que só seria atingida (pasmem) mais de duas décadas depois.

Hoje, a rede metroviária tem 74 quilômetros de comprimento, acanhada perto de cidades menores, como Londres (402 quilômetros) e Santiago do Chile (103 quilômetros).

Cultura do carro. O então prefeito foi ainda mais longe e, na introdução que escreveu para o projeto original, afirmou que São Paulo precisaria de 360 quilômetros de linhas de metrô em 1990. Mas por que os sucessivos governos do município e, depois, do Estado falharam em seguir até mesmo o plano de 1968, entregando os ramais em um ritmo muito lento?

De acordo com o Metrô, além da insuficiência de recursos, a cultura do automóvel "refletiu-se diretamente, então, no ritmo insatisfatório de metrô para a dimensão em que a metrópole foi se transformando".

Por sua vez, o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), José Geraldo Baião, avalia que a execução foi estancada porque a fonte de dinheiro secou. "Depois de inaugurarmos a primeira linha em 1974, houve a crise do petróleo. Foi um incentivo a mais para investir em transporte eletrificado, mas, ao mesmo tempo, tivemos problemas financeiros que ficaram mais latentes nas décadas de 1980 e 1990."

Em 1968, a cidade tinha 5,8 milhões de habitantes. Hoje, são 11 milhões de moradores. Muitos deles vivendo nos extremos da capital, que são carentes de metrô.

A arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora do Movimento Defenda São Paulo, acredita que a capital seria melhor hoje se, em 1987, todo o projeto tivesse sido concretizado. "Provavelmente, teriam a capacidade de continuar planejando mais metrô conforme o crescimento da cidade." Para ela, o curso da administração pública na época da ditadura militar seguiu pelo caminho errado, apostando no modelo rodoviário.

Fantasmas. A maior das linhas do projeto inicial era a que ligaria o Jockey à Via Anchieta, com 23,8 quilômetros e 26 estações. A mais parecida com as de hoje, a Santana-Jabaquara, teria 21 quilômetros, 23 estações e um ramal até Moema, na zona sul, parcialmente construído a partir da Estação Paraíso.

Na atual Estação Pedro II é possível ver outra construção fantasma: a plataforma do que seria a parada do ramal Pedro II-Vila Bertioga, na zona leste.

O atual governo do Estado promete "a maior ampliação de metrô" da história paulistana, com quatro linhas em obras (extensões da 4-Amarela e da 5-Lilás e construção da 15-Prata e 17-Ouro).

Espera-se que, desta vez, o plano seja seguido. 

ARTUR RODRIGUES E CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo

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Metrô do Cariri circula com apenas um veículo

Os usuário do Metrô do Cariri estão insatisfeitos com o funcionamento do equipamento. Atualmente, as linhas entre as cidades de Crato e Juazeiro do Norte estão sendo atendidas por apenas um vagão. Há cerca de um ano, os outros dois Veículos Leves sobre Trilhos (VLT s) existentes estão parados no galpão da fabricante aguardando manutenção. A previsão era que as composições retornassem às atividades ainda no início de dezembro de 2012. Devido ao problema, o percurso entre uma viagem e outra demora cerca de uma hora.

Na estação Teatro, em Juazeiro do Norte, uma das mais movimentadas, o primeiro horário de circulação é a partir das 7h29. Um segundo trem só volta a passar às 8h49. No turno da noite, a última viagem é feita até às 19h29. Já nos sábados, o expediente é reduzido até às 14h09.

Outro grande obstáculo para quem utiliza o Metrô do Cariri está relacionado à quantidade de estações e a localização das mesmas. De acordo com os passageiros, os pontos de embarque e desembarque são distantes dos centros comerciais e também não contemplam a maioria dos bairros das duas cidades.

Como alternativa para solucionar a questão, eles indicam que o meio de transporte deveria funcionar através do modo de integração com as linhas de ônibus que circulam nos municípios, como acontece na Capital. Segundo o excursionista Paulo Rodrigues Bezerra, os trens oferecem segurança e são limpos, mas, ainda não atendem às necessidades dos caririenses. "Quanto a demora, a gente pega a tabela de horários e se adequa à ela. Mas, não dá para evitar ter que pegar um ônibus após o desembarque. Acho que está faltando um investimento em integração. Enquanto isso, a gente deixa de andar no metrô".

Apesar de oferecer conforto, muitos acentos e ambiente refrigerado, o Metrô do Cariri ainda não conquistou a adesão dos passageiros. Entre eles, a preferência é pelos meios de transporte viário. Quando optam por embarcar nos ônibus que fazem o transporte coletivo ou em vans alternativas, os viajantes, em muitas ocasiões, enfrentam o calor e aperto dentro dos veículos. Entretanto, contam com uma quantidade bem maior de paradas para embarque e desembarque, o que contempla aqueles que desejam parar próximo aos centros comerciais, além de abranger os bairros. Enquanto a viagem de metrô dura apenas 20 minutos, nas linhas feitas pela empresa Via Metro, entre Crato e Juazeiro do Norte, o intervalo entre a saída dos ônibus é de apenas dez minutos. O percurso é realizado em 45 minutos.

Manutenção

Em nota, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, que administra o Metrô do Cariri, informou que há dois Veículos Leves sobre Trilhos em manutenção junto a empresa Bom Sinal, que deveriam ter voltado ao funcionamento no início de fevereiro. Contudo, durante os testes prévios para retorno de circulação, os VLTs apresentaram problemas no freio e aquecimento, sendo recolhidos novamente para reparos. O novo prazo que a empresa deu para voltar a operação comercial foi até o próximo dia 15 de abril. A empresa ressalta ainda que, desde o início do atraso, a Companhia vem cobrando a volta dos equipamentos para atender à população o mais rapidamente possível. Infelizmente, mesmo assim houve problemas com os fornecedores.

O Metrô foi inaugurando em 1º dezembro de 2009, quando foi iniciada a operação assistida, a chamada fase de testes. Antes gratuito, agora cobra o valor de R$ 1,00. É o primeiro do Interior e foi projetado pelo Governo do Estado para requalificar o transporte ferroviário de passageiros, integrar as cidades e fomentar o desenvolvimento local.

Valor

R$ 1 é o preço cobrado na passagem do Metrô do Cariri. O transporte foi instalado em dezembro de 2009 e, durante a fase de teste, as viagens eram gratuitas.

Informações: Diário do Nordeste - Fortaleza

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Governo de Pernambuco dá ordem de serviço para mais um trecho do Corredor Norte-Sul

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um transporte público mais ágil e de qualidade é o que espera o governador Eduardo Campos, com a implantação do Corredor Norte-Sul - Exclusivo Transporte Coletivo, ligando Igarassu à Estação Joana Bezerra. A Ordem de Serviço para trecho Tacaruna-Joana Bezerra, com 4,7 quilômetros de extensão, foi assinada em solenidade na manhã desta quinta-feira (03/04), na Sede Provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções.

O Corredor Norte Sul é um dos dois grandes sistemas viários exclusivos para ônibus na Região Metropolitana do Recife, totalizando 100 quilômetros de vias segregadoras de tráfego. Há, ainda, o corredor Leste-Oeste, ligando Camaragibe à Praça do Derby. Somente no Norte-Sul, serão investidos R$ 250 milhões.

Para Eduardo, o corredor “é uma opção muito clara pelo transporte público de passageiros. É uma solução que preserva o fundamental: fazer o transporte público como opção política de visão de cidade, de desenvolvimento que queremos para este País. O importante agora é a aposta no transporte público. O público vem antes do particular, o coletivo é maior do que o individual. É preciso continuar a sonhar com um país sem as marcas da exclusão”, defendeu o governador.

Orçado em R$ 96 milhões, o projeto prevê um corredor exclusivo para Transporte Rápido por Ônibus (TRO), ciclovia e requalificação do calçamento, em toda a extensão da avenida Agamenon Magalhães. As paradas vão se transformar em nove estações, climatizadas e com capacidade para 1.200 pessoas. “O embarque e o desembarque serão feitos em nível, muito mais rápido, é muito mais confortável aos passageiros”, disse o prefeito do Recife, Geraldo Julio.

Além disso, o pedestre que passar nas proximidades da antiga Fábrica Tacaruna vai ganhar uma passarela, como lembrou o secretário estadual das Cidades, Danilo Cabral. “É uma antiga reivindicação das comunidades do Chié. É um ponto de muitos acidentes”, afirmou. O cronograma traz julho como mês de início das obras,  e outubro de 2014 como data de término.

O projeto faz parte da primeira etapa do Corredor Norte/Sul, que já está em obras de Igarassu ao centro do Recife, e do Programa Estadual de Mobilidade Urbana, que vai construir 100 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus até 2014. “É um conjunto de obras que vai legar à Região Metropolitana do Recife importantes corredores, numa opção muito clara pelo transporte público de passageiros tomada desde o primeiro programa de governo ainda em 2007”, ressaltou Eduardo.

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Após protestos, liminar do TJ suspende aumento do ônibus em Porto Alegre

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) suspendeu nesta quinta-feira, em caráter liminar, o aumento da tarifa de ônibus em Porto Alegre, que havia sido reajustada de R$ 2,85 para R$ 3,05 em 25 de março. A decisão do juiz Hilbert Maximiliano Akihito Obara, da 5ª Vara da Fazenda Pública, considerou que "há fortes indicativos de abusividade no aumento das passagens, de conformidade com aprofundada análise realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)".

No início de março, o TCE determinou a revisão do cálculo de reajuste das passagens de ônibus em Porto Alegre. A decisão negava o pedido da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) para manter no cálculo de reajuste a frota reserva das empresas. Além disso, a desoneração da folha de pagamento do setor, conforme o órgão, deveria ser considerada. Segundo o Ministério Público de Contas (MPC), que pediu a revisão, a decisão poderia deixar a tarifa até 10% mais barata que a atual.

A ação cautelar, de autoria dos vereadores do Psol Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, argumentava que a suspensão era necessária pela "ocorrência de ilegalidades administrativas e infringências aos princípios da legalidade e moralidade administrativa, em flagrante prejuízo da população".

Em sua decisão, o magistrado afirma que "a documentação referida evidencia a não contabilização de receitas com publicidades, despesas não permitidas sendo contabilizadas, além de aparente cálculo tarifário equivocado, utilizando-se de metodologias impróprias para mascarar uma inexistente necessidade de aumento, saltando aos olhos especialmente a inclusão indevida de frota reserva, que cria um aumento de despesa não real". "Percebe-se, assim, não haver sustentação para o aumento tarifário pretendido pelos réus", escreve o juiz.

Akihito Obara também levou em consideração as supostas irregularidades nas licitações do transporte público na capital gaúcha. "Diante dessa situação, é de se presumir que terceiros possam estar indevidamente se beneficiando de um valor tarifário incompatível com o serviço prestado com prejuízo irreparável e de longa data da população que utiliza esse meio de transporte."

O juiz ainda destacou que "a esmagadora maioria dos cidadãos que utilizam frequentemente esse serviço público de transporte são pessoas de parcos recursos e raramente dispõem de outros meios alternativos de locomoção. Desse modo, acabam tendo um comprometimento considerável da renda utilizada para a manutenção dos mesmos e de seus familiares". 

Segundo o TJ-RS, a decisão vale a partir do momento em que as os réus tomarem ciência do oficio informando a sentença. Para agilizar os procedimentos, o documento já foi emitido e está em posse dos vereadores, que vão entregá-lo diretamente aos réus - prefeitura, EPTC e Conselho Municipal de Trânsito Urbano (Comtu).

Protestos reúnem milhares em Porto Alegre
Desde 2012, diversos protestos contra o aumento da tarifa de ônibus foram realizados na capital gaúcha. Após o último reajuste, as manifestações tomaram mais força. No último dia 1º, pelo menos 5 mil pessoas paralisaram o centro da cidade em uma passeata que percorreu as principais ruas.

Cinco dias antes, um protesto terminou em confronto entre estudantes e policiais militares em frente à prefeitura. Pelo menos uma pessoa ficou ferida e outra foi presa durante a manifestação, que reuniu cerca de 300 pessoas. Segundo o relato de testemunhas, os manifestantes tentaram forçar a entrada no prédio e foram impedidas pela polícia, que reagiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. O secretário municipal de Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto, tentou falar com os manifestantes, mas foi atingido com tinta. Durante o tumulto, foram quebradas várias janelas do prédio.

No dia 26 de março, um dia após o reajuste entrar em vigor, um protesto fechou duas das principais avenidas de Porto Alegre por cerca de três horas: a Ipiranga, sentido centro-bairro, nas proximidades da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e a Bento Gonçalves, no bairro Agronomia, próximo ao campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

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Ônibus de Santos não vai mais aceitar dinheiro, apenas o Cartão Transporte

Os usuários de ônibus de Santos, no litoral de São Paulo, serão obrigados a ter o "Cartão Transporte" a partir do próximo dia 23 de abril porque os ônibus não vão mais aceitar dinheiro. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da cidade está com ônibus itinerantes para quem pretende fazer o cartão.

Quatro ônibus estão circulando pela cidade para quem ainda não tem o cartão. Alguns usuários concordam com a nova medida. "Agiliza mais a viagem. O motorista fica com mais atenção ao trânsito ao invés de ficar pegando troco, dando troco", conta o aposentado Gilmar Henry Mulfait.

Na Rua João Pessoa, bem em frente ao Poupatempo, no bairro Centro, um dos ônibus realiza o atendimento. "Aqui a gente montou um escritório de uma loja que faz o cadastro do cartão transporte. Os postos fixos são os mesmos que já tinham, são oito lojas que a Viação Piracicabana tem pela cidade. Além disso, pode cadastrar o cartão pela internet", explica o diretor de transporte da CET Rogério Vilani.

O cartão é de graça, sai na hora, e só é preciso o número do CPF para fazer o cadastro. Para quem não tiver o cartão quando a nova norma passar a valer a opção também são os cartões múltiplos com 2, 4 ou 10 passagens. "Já é um produto que existe e que está sendo distribuído nos locais que já estão cadastrados e nos que estão ampliando também vai ter. O cartão múltiplo ainda tem uma terceira opção de comprar com os vendedores de passagem nos próprios pontos de ônibus", completa o diretor.

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Apesar de lei, motoristas de ônibus ainda cobram passagem em Curitiba

Mesmo tendo entrado em vigor no dia 27 de março de 2013, a lei municipal nº 14.150, que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus em Curitiba, está sendo descumprida pelas empresas concessionárias do transporte público. A reportagem do G1 registrou uma série flagrantes de motoristas cobrando passagens e dirigindo veículos na manhã desta quinta-feira (4).

Publicada em Diário Oficial do Município em 27 de novembro de 2012, com 120 dias para passar a vigorar, a lei justamente coíbe a prática adotada em alguns veículos do transporte público da cidade. “É proibido às empresas concessionárias de serviços de transporte coletivo em Curitiba incumbir aos motoristas a atribuição simultânea de condução do veículo e cobrança de passagens”, diz o artigo 1º da lei. De acordo com a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que administra o transporte na capital, 194 micro-ônibus adotam este modelo atualmente, entre convencionais e alimentadores.

Entre as justificativas apresentadas durante a tramitação do projeto na Câmara Municipal, além da questão do emprego, está o desrespeito ao Código de Trânsito, já que os motoristas precisam, além de prestar atenção ao trânsito e às portas, receber o dinheiro da passagem, calcular e distribuir o troco aos passageiros. O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) reagiu à época, dizendo que a mudança acarretaria em um aumento na tarifa porque os veículos foram concebidos sem espaço para o cobrador.

O aumento do preço da passagem de fato ocorreu no mês de março, passando de R$ 2,60 para R$ 2,85. Segundo a Urbs, a aplicação da lei só deve ter efeito na tarifa quando ela for novamente calculada, na data-base de 2014. Contudo, passados os 120 dias de adaptação, a dupla função segue sendo exercida na capital paranaense. A maior parte dos motoristas abordados pelo G1 evitou comentar o assunto, mas, sem serem identificados, alguns deles lamentaram a situação. “É complicado. Não tem como fazer direito as duas funções”, afirmou um condutor.

Entre as situações encontradas pela reportagem estão as longas filas que se formam quando há um número maior de passageiros no mesmo ponto. Como o motorista não pode receber o pagamento com o veículo em movimento – o que é reforçado por um painel luminoso que fica diante do condutor – é preciso aguardar a entrada e a passagem pela catraca de todos os usuários.

A reportagem fez um teste pagando o motorista de um micro-ônibus com uma nota de R$ 20 – o troco máximo permitido. Apesar do aviso luminoso, o motorista arrancou e devolveu o troco com o veículo em movimento, em uma operação que levou 33 segundos. Segundo o condutor, a medida é necessária para evitar atrasos nos horários estabelecidos.

Fiscalização

O texto da lei estabelece que o primeiro descumprimento registrado deve ser alvo advertência escrita por parte da Urbs, que deve receber uma defesa da empresa infratora em até 30 dias. A reincidência implica multa de R$ 10 mil por situação, e após o trânsito em julgado destas multas, em caso de persistência da dupla função, a permissão da empresa pode ser cassada pela prefeitura de Curitiba.

O G1 questionou a Urbs sobre os procedimentos de fiscalização, que informou que optou por conceder mais 30 dias para adaptação da estrutura física dos veículos – um “período de orientação”, segundo o órgão. Este prazo deve terminar ao fim do mês de abril, quando as empresas que descumprirem a lei devem, de fato, receberem a primeira advertência por escrito. Desta forma, as multas de R$ 10 mil só poderão ser aplicadas após o indeferimento do recurso das empresas, 30 dias após a notificação, se este for o caso, empurrando para o mês de junho as possíveis sanções financeiras às concessionárias.

Em nota publicada no site oficial, o Setransp afirma apenas que “A referida lei não apresenta fonte de custeio para a readequação de frota e contratação de novos funcionários”. A reportagem entrou em contato com o órgão questionando o descumprimento da lei e aguarda retorno.

Fonte: G1 Paraná
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