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Prefeitura de São José dos Campos implanta sistema de reconhecimento facial nos ônibus da cidade

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A Prefeitura de São José dos Campos está usando a tecnologia para garantir ainda mais avanços no transporte público da cidade. Já está em funcionamento o novo sistema de reconhecimento facial, capaz de identificar as pessoas com benefícios na tarifa (estudantes, idosos e deficientes).

O objetivo é verificar se o portador do cartão é realmente o dono do bilhete, evitando que terceiros utilizem o benefício que é pessoal e intransferível. Atualmente a média de viagens registradas por estes passageiros passa de 2 milhões por mês. O reconhecimento facial foi adquirido pelas empresas concessionárias a partir de uma exigência da Prefeitura, sem custo adicional ao município.

O funcionamento é simples. Ao passar pela catraca, um aparelho instalado próximo ao leitor do cartão capta em segundos três imagens do passageiro, por meio da geometria e das proporções do rosto. Esses pontos são gravados e armazenados em um banco de dados, que os reconhecem por meio de cálculos, fazendo o comparativo automático com as imagens já cadastradas pelos usuários no Consórcio 123.

Quando é verificado que o cartão está sendo utilizado por uma pessoa não autorizada é feito um bloqueio e o titular é chamado para esclarecer a situação, podendo ter o uso do cartão bloqueado por até 30 dias caso a irregularidade seja confirmada.

Esta tecnologia, chamada de biometria facial, é considerada um dos métodos mais seguros de identificação. O sistema consegue se ajustar às variações de idade, a um novo estilo de cabelo, óculos ou alterações de iluminação temporária.

O usuário que perder ou tiver o cartão roubado deve comunicar o Consórcio 123 imediatamente pelos telefones 156 ou 0800-7727730, evitando que outra pessoa utilize o documento e seja flagrado pela biometria. A nova via estará disponível na sede do consórcio 24 horas depois do extravio ter sido comunicado.

O uso de tecnologias no transporte público de São José dos Campos já está facilitando a vida de milhares de usuários. O E-Passe, lançado no início deste ano, já beneficiou cerca de 20 mil estudantes na compra de passe escolar. O aplicativo Moovit já foi adquirido sem custo por mais de 19 mil usuários, que acessam em poucos cliques todo mapa do transporte coletivo de São José.

Prefeitura de São José dos Campos

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São José dos Campos renova a frota de ônibus e amplia oferta de viagens

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

A Prefeitura de São José dos Campos inicia, nesta terça-feira (8), uma nova etapa do processo de renovação da frota de ônibus para ampliar a oferta de viagens no sistema de transporte público.

Vão entrar em operação na cidade 20 ônibus zero quilômetro e 3 veículos com menos de quatro anos de uso.

Os ônibus irão operar em linhas das empresas Expresso Maringá e Joseense Transporte, duas das três empresas que formam o Consórcio 123, responsável pelo serviço no município.

Na Joseense, as linhas que terão a troca no modelo de veículo serão: 237, 201, 202, 205, 243, 103 e 244. Já na Maringá, a alteração será nas linhas 340, 307, 209, 343, 333 e 325.

A renovação da frota garante mais qualidade nos serviços prestados aos passageiros e reduz custos. Nesta terça-feira, começa a substituição de 15 veículos da frota, com a circulação gradativa dos veículos.
Já a partir da próxima segunda-feira (14), sete novos ônibus serão incorporados à frota, ampliando a disponibilidade de veículos e o número de viagens nas linhas com maior volume de passageiros.

Nesta etapa, sete linhas das regiões Leste e Sudeste receberão reforço na frota operacional com a inclusão de veículos e viagens.

São elas: 201 (Bairrinho/Terminal Central), 202 (Bom Retiro/Terminal Central), 212 (Putim/Terminal Central - via Av. dos Astronautas), 219A (Jd.Santa Luzia/Terminal Central), 242 (Majestic/Praça Afonso Pena), 244 (Jardim São José/Termina Central) e 341(Eco Campos de São José/ Terminal Central).

Sustentabilidade

Todos os veículos novos possuem a tecnologia Euro6, um padrão internacional de redução na emissão de poluentes por veículos movidos à diesel.

No Brasil, o Euro6 faz parte do chamado da fase 8 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve P8), regulamentado pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

Reforço na frota operacional

A Prefeitura vem promovendo ajustes na operação do transporte coletivo. São ações que envolvem aumento de frota, alterações nos horários e nas programações, mudanças e ampliações de itinerários e a criação de novas linhas. As medidas buscam melhorar o sistema até a implantação da operação da frota 100% elétrica.

Ao todo já foram incluídos oito ônibus na frota operacional nas linhas. Em maio foram incluídos ônibus nas linhas 308, 231 e 237 e no mês de junho, nas linhas 107, 115, 304, 331 e 311.

E os VLPs 100% elétricos continuam oferecendo viagens nos horários do pico da manhã e tarde nas linhas 331, 204A e na linha 341-B. Também são realizadas viagens extras, no pico da manhã, na linha 128.

Acompanhe o horário e itinerário das linhas

São José dos Campos também conta com os aplicativos “Cittamobi” e Moovit, disponíveis para sistemas operacionais Android e iOS que informam, em tempo real, o horário da chegada do ônibus, locais de embarque e desembarque, itinerários, acessibilidade, entre outras funcionalidades.

Informações: Prefeitura de São José dos Campos
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Projeto básico do BRT será desenvolvido pela Fusp em São José dos Campos

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A Prefeitura de São José dos Campos e a Fusp (Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo) vão firmar convênio para o desenvolvimento de pesquisas para a implantação do Mobi – sistema de transporte de massa, com o uso do BRT (Bus Rapid Transit), que será adotado na cidade.

O contrato será assinado nesta quinta-feira (16) pelo prefeito e os representantes da Fundação e prevê, entre outros itens, a elaboração do projeto básico, incluindo os elementos arquitetônicos dos terminais, paisagismo e iluminação.

A Fusp foi escolhida pela Prefeitura por conta da sua capacidade técnica no campo de pesquisas e pela expertise no desenvolvimento de projetos na área de logística e transportes.

A Fundação foi responsável, por exemplo, pela elaboração dos estudos para a implantação do Centro Integrado de Mobilidade Urbana e do Sistema Integrador do Controle de Semáforos, ambos no município de São Paulo.

A entidade também é reconhecida pela capacidade no desenvolvimento de pesquisas em outras áreas, com extenso currículo de atendimento ao poder público. Foi da Fusp, por exemplo, o estudo realizado em 2009 que antecipou o quadro de crise hídrica vivenciado no Estado de São Paulo atualmente.

A Fundação, inclusive, foi contratada recentemente pela Sabesp para identificar áreas para a perfuração de 200 poços artesianos na capital, como medida para minimizar os problemas no abastecimento.

Por se tratar de instituição voltada à pesquisa e sem fins lucrativos, a contratação da Fusp será por dispensa licitação (artigo 24, inciso XIII, da Lei 8.666). O contrato terá validade por 10 meses, com valor de R$ 12 milhões. O projeto básico, um dos produtos previstos no convênio, será concluído até 30 de junho.

O montante destinado à elaboração do projeto já está previsto no convênio assinado entre a Prefeitura e o Governo Federal (R$ 800 milhões do Governo Federal e outros R$ 42 milhões de contrapartida do município) para a implantação do Mobi.

Na semana passada, a Prefeitura publicou o edital de pré-qualificação para as empresas interessadas em participar da concorrência. O documento está disponível no site da Prefeitura e prevê entrega dos envelopes até o dia 20 de maio.

Mobi

No Mobi, os ônibus vão trafegar em canaleta segregada, com uma extensão aproximada de 51 Km em todas as regiões cidade. Também serão construídas estações que permitam a cobrança externa, para tornar mais rápido o acesso dos passageiros e aumentar velocidade operacional.

O sistema conta ainda com monitoramento centralizado, ônibus com GPS, semáforos inteligentes para passagem preferencial aos coletivos, integração com o sistema de transporte público e informações em tempo real ao usuário. Esse sistema tem sido adotado em cidades de médio porte para o transporte rápido de massa.

Informações: Prefeitura de São José dos Campos

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Tarifa de ônibus vai a R$ 3,80 em São José dos Campos

domingo, 17 de janeiro de 2016

A tarifa do transporte coletivo vai subir de R$ 3,40 para R$ 3,80 a partir do próximo dia 24 em São José dos Campos (SP). A nova tarifa, reajustada em 11,7%, foi anunciada na noite desta sexta-feira (15) pela Secretaria de Transportes.
Foto: Antonio Basílio/Divulgação PMSJC
Com o novo valor, a passagem em São José se iguala à de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, que também reajustaram a tarifa neste mês - nas duas cidades, a passagem é parcialmente subsidiada pelas prefeituras.

Segundo a prefeitura, o reajuste autorizado acompanha o índice da inflação no ano e está abaixo do pedido pelas concessionárias, R$ 4,59.

A passagem do transporte coletivo foi reajustada pela última vez em São José há um ano. Na ocasião foi elevada de R$ 3 para R$ 3,40 - reajuste de 13%.

Cerca de 180 mil pessoas utilizam diariamente o transporte coletivo de São José.

Cálculo
De acordo com a administração municipal, a nova tarifa foi calculada com base no contrato de concessão do transporte público. A fórmula considera custos como salário dos funcionários, preço do combustível e índice da inflação medido pelo IPC-Fipe.

Aos domingos está mantido o desconto para quem usa Bilhete Único. Com isso, a tarifa neste dia será de R$ 3,30 para quem utilizar o cartão e R$ 3,80 para pagamento em dinheiro.

O presidente do Sindicato dos Condutores de São José, Elias Pereira, foi procurado pelo G1, mas informou que não comentaria a decisão porque não foi informado.

Informações: G1 Vale do Paraíba e Região

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Transporte coletivo de São José dos Campos tem quarta-feira de protesto e com operação tartaruga

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A quarta-feira (04) começou em marcha lenta em São José dos Campos. A operação tartaruga no transporte público começou na avenida José Longo e seguiu pelas ruas do centro. Os veículos formaram um grande corredor e todos os ônibus que passavam pela manifestação entravam na fila. Quem não quis começar o dia nesse ritmo lento ou tinha compromisso marcado, não teve opção.

"Chegamos na [avenida] José Longo e estava tudo parado", disse a auxiliar de faturamento, Franceli Oliveira Polidoro. "Ninguém informava nada, os motoristas não abriam a porta e todo mundo querendo descer porque está tudo parado."

O lavador de veículo Wagner Moraes saiu de casa no horário e pegou o ônibus certo. Achou que chegaria ao trabalho na hora, mas teve que descer antes do ponto final, sem saber direito o que estava acontecendo.

"Isso não foi avisado", reclama Wagner. "Eu e muitas pessoas foram prejudicadas. Se chegarmos atrasado, o patrão manda embora, levamos advertência, manda voltarmos para casa..."

A manifestação durou pouco mais de uma hora. Segundo o sindicato dos condutores, essa operação foi realizada porque desde maio estão sendo realizadas negociações para reajuste salarial. Os trabalhadores querem 8%, a empresa chegou a oferecer 6%. Mas teria anunciado este mês que pagaria somente a inflação, cerca de 4,8% de reajuste.

"É uma inflação mentirosa e o trabalhador não acredita que a inflação neste ano foi de 4.88%", disse o presidente interino do Sindicato dos Condutores.

Assim que os ônibus chegaram à Rodoviária Velha, voltaram a circular normalmente.

Sobre a reclamação dos passageiros, a Secretaria de Transportes de São José dos Campos informou que o sindicato só tem obrigação de avisar com antecedência em caso de greve.

"Essa questão (salarial) é algo que as empresas tem que negociar com o sindicato", afirma a secretária interina de Transportes, Dolores Moreno Pino. "A prefeitura já entrou em contato com as empresas e acompanhamos de fora essa negociação. Mas não podemos interferir no que vai ser ofertado e aceito pelo sindicato. Uma vez que o dissídio não seja totalmente consolidado, para nós há negociação sempre. Para nós, sempre é possível."

Um diretor do Sindicato dos Condutores de Sorocaba, que participou da manifestação, foi preso acusado de agredir e roubar um fiscal da prefeitura. O Sindicato de São José dos Campos confirma a prisão, mas nega a agressão e o roubo.
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Transporte público de São José dos Campos não vai mais ter passe de papel

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Consórcio 123, que administra o transporte público em São José dos Campos, vai interromper no sábado a venda dos passes de papel usados nos ônibus e vans.

A medida faz parte do processo de integração do transporte coletivo na cidade. A intenção é fomentar o uso dos cartões eletrônicos  usados nas linhas de ônibus.

Pelo menos por enquanto, os perueiros estão de fora do plano de integração e não usarão cartão eletrônico.

Integração
A integração do transporte coletivo em São José começou em 2004. Desde 15 de abril deste ano, o passageiro pode utilizar mais de um ônibus no deslocamento de uma região para a outra pagando uma passagem, no período de duas horas.

Segundo o secretário de Transportes Anderson Farias Ferreira, o passe de papel não terá um prazo de validade, mesmo depois da suspensão das vendas. “Se os passageiros ainda tiverem os passes de papel podem continuar usando. A ideia é que os passageiros troquem esses passes por créditos do cartão eletrônico, para que os de papel não circulem mais.”

Ainda de acordo com o secretário, a intenção é tornar o processo mais seguro.

Nas ruas
Ambulantes que vendem, ilegalmente, o passe de papel na praça Afonso Pena, no centro de São José, já começaram a sentir os efeitos da integração dos ônibus.

De acordo com Tânio Roberto Chagas, 37 anos, as vendas dos passes caíram. “Há 10 anos eu vendo passes na praça e desde abril as coisas andam devagar por aqui. Eu vendia uma média de 300 passes por dia, agora só vendo 100”, disse Chagas.

Outro ambulante, que não se identificou, confessa que a procura pelos passes não é mais como antes. “Eu vendo os passes para ajudar na complementação da minha renda. Mesmo vendendo R$ 0,20 mais barato, não está saindo muito”, afirmou.



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Em São José, corredor de ônibus começa a operar na Av. dos Astronautas

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O novo corredor de ônibus na Avenida dos Astronautas, região sudeste de São José dos Campos, começa a operar nesta segunda-feira (17), privilegiando o deslocamento por meio do transporte público na cidade. Esse corredor é o primeiro a ser planejado fora da região central e, diferente dos implantados anteriormente, funcionará somente em horários de pico.
Foto: Beto Faria/PMSJC
O sentido bairro da Avenida dos Astronautas terá faixa exclusiva de segunda a sexta-feira das 6h às 8h e das 16h às 18h. Nestes dois períodos poderão circular no corredor somente os veículos do transporte público e ônibus fretados. Os demais veículos poderão utilizar a faixa apenas para realizar conversões ou acessar estacionamentos e garagens.

No sentido centro da avenida, inicialmente será implantado o corredor preferencial para que seja avaliado o desempenho dos ônibus na via. A medida foi adotada após reunião com empresas locais, que informaram que o fluxo na saída dos fretados está migrando gradativamente para a Via Tamoios/Aeroporto, o que indica uma diminuição do tráfego na Avenida dos Astronautas.

A faixa preferencial pode ser utilizada por todos, desde que respeitada a preferência ao transporte de passageiros. Na Avenida Brigadeiro Faria Lima, que se conecta com a Astronautas, também serão implantadas faixas preferenciais nos dois sentidos da via.

Com a implantação dos corredores, estacionar no sentido centro da via passa a ser proibido de segunda a sexta-feira entre 6h e 8h, na parte da manhã, e entre 16h e 19h, da Rua Tenente Benedito Dias Pereira até a Rua Avião Bandeirante. Atualmente, a proibição já existe neste trecho no período da tarde.

A sinalização viária já está em fase final de implantação, informando os novos horários em todo trajeto do corredor.

Fiscalização
Mesmo com o início dos corredores de ônibus, a população contará com um período de adaptação às mudanças antes que a fiscalização tenha início e receberá orientações por meio de faixas e agentes de trânsito que estarão no local.

A fiscalização está prevista para iniciar no mês de setembro, com agentes de trânsito e o novo sistema de monitoramento por câmeras, realizado à distância pela equipe de trânsito do CCO – Centro de Controle Operacional de São José dos Campos, conforme previsto na resolução 532/2015 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A via é a primeira a receber este modelo de monitoramento, que será expandido para a região central ainda este ano.

Informações: Portal R3

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Prefeitura de São José dos Campos vai implantar corredores de ônibus na cidade

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Prefeitura de São José dos Campos vai implantar no ano que vem faixas exclusivas para os ônibus em corredores como as avenidas São José e Adhemar de Barros, na região central.

Elas e outras seis avenidas foram apontadas em pesquisa de Origem e Destino dos moradores, realizada pelo Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), como as que mais recebem coletivos.

Com a divulgação dos dados preliminares do levantamento na semana passada, o projeto dos corredores exclusivos, que está sendo estudado pelo governo há dois anos, ganhou força.

De acordo com a pesquisa do Ipplan, apenas 17,3% dos deslocamentos diários feitos na cidade são pelo transporte coletivo urbano. A maior parte das viagens é com o automóvel --43,9%.

O número é considerado preocupante por especialistas já que em São Paulo, cidade onde o fluxo já é saturado, 50% dos deslocamentos são por transporte público. No Rio de Janeiro, este índice chega a 80%.

Projeto. O secretário de Transportes, Anderson Ferreira, disse que o projeto de implantação das faixas exclusivas depende da conclusão da pesquisa, prevista para março de 2012. Por isto, ele afirmou que ainda não é possível estipular quando os corredores serão criados.

Segundo ele, além das faixas --que poderão ter em alguns pontos a intersecção de carros-- também está prevista a criação de linhas semiexpressas, que param em apenas alguns pontos. As medidas têm como objetivo diminuir o tempo de viagem dos coletivos.

“Nossos estudos já estavam caminhando para isto \[implantação de faixas exclusivas\]. Com a pesquisa concluída, terei dados mais detalhados, como onde implantar primeiro, e poderemos fazer ações específicas em cada lugar.”

Avaliação. Para Sérgio Ejzemberg, especialista em Trânsito de São Paulo, as faixas exclusivas irão atrair mais usuários e baratear o custo do sistema de ônibus. Ele também recomendou implantação de metrô.

“Hoje, como os ônibus têm dificuldade em trafegar, é preciso ter o dobro de coletivos para atender o mesmo número de usuários.”
 

Saiba Mais

Centro
A avenida Madre Tereza (extensão da avenida São José) recebe 183 ônibus por hora, de acordo com a pesquisa do Ipplan. Na avenida Adhemar de Barros, são 117 ônibus por hora. O levantamento aponta ainda 110 ônibus por hora na Francisco José Longo e 80 na Francisco Rafael
Zona sul
Na avenida Andrômeda, são 68 ônibus por hora. Na Estrada Velha Rio-São Paulo (Anel Viário), o fluxo é de 145 ônibus por horaZona norte
Olívio Gomes e Rui Barbosa: 45 ônibus por hora Zona leste
Avenida Juscelino Kubitschek: 140 ônibus por hora
 
Fonte: O Vale

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Tecnologia em teste permite comprar passagem pelo celular em Curitiba

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Foi-se o tempo em que era preciso carregar fichas para andar de ônibus ou metrô. Mesmo o pagamento em dinheiro é preterido por grande parte dos usuários, que prefere utilizar o cartão-transporte. Para facilitar ainda mais a vida de quem usa transporte coletivo, muitas empresas de bilhetagem eletrônica estão investindo no desenvolvimento de tecnologias que otimizem o tempo dessas pessoas, e o futuro parece estar na tela do celular. Em São Paulo, a SPTrans implantou um sistema de recarga de créditos que é feito inteiramente pelo aparelho.

Quem desenvolveu o sistema foi a Rede Ponto Certo, que fornece a tecnologia do Bilhete Único, usado na capital paulista. De acordo com o presidente da rede, Nelson Martins, foram cerca de nove meses de desenvolvimento do produto. O sistema é simples (veja no gráfico desta página): basta baixar um aplicativo no celular para efetuar a compra de novos créditos. O próprio aparelho fará a recarga no cartão. “Atualmente, você precisa ir em loja ou entrar na fila para fazer uma recarga do bilhete único. Com o aplicativo, todo mundo tem um encriptador para fazer as transações”, conta.

Como a tecnologia já foi desenvolvida, pode ser replicada rapidamente por todo o país. A Rede Ponto Certo atua em cerca de 300 cidades brasileiras, que já poderiam receber um sistema igual. Por enquanto, cerca de 100 mil pessoas já baixaram o aplicativo na Google Play e as avaliações são positivas. Segundo Martins, o próximo passo é transformar o próprio celular em cartão e usá-lo para liberar as catracas.

Curitiba

Embora a Ponto Certo seja a única empresa que tenha recebido a homologação da SPTrans para operar essa tecnologia em São Paulo, outras companhias também realizam projetos semelhantes. Esse é o caso da curitibana Dataprom, que desenvolveu o sistema de bilhetagem eletrônica em operação na Rede Integrada de Transporte (RIT).

A empresa está criando duas soluções para pagamento utilizando o celular, conforme explica o gerente de integração, João Franqueto. A primeira é substitui o chip SIM CARD de celulares por um modelo compatível com a tecnologia dos validadores. “Isto permitirá que qualquer celular possa se tornar um meio de pagamento, dispensado o usuário da necessidade de utilizar o cartão-transporte, pois o mesmo estará incorporado ao celular”, explica.

Outra é a Comunicação por Campo de Proximidade (NFC, na sigla em inglês), similar ao que já é realizado pela Rede Ponto Certo no sistema Bilhete Único, em São Paulo. “Esta tecnologia, apesar de não ser recente, ainda é muito pouco associada ao transporte público, pois os celulares compatíveis são relativamente caros”, pondera. Ele também acredita que esse modelo não é tão difundido porque não é usado pela Apple, detentora dos iPhones.

Reconhecimento facial será usado em Araucária

As inovações na bilhetagem não servem apenas para facilitar a vida do usuário do transporte coletivo, mas também são aliadas da gestão pública. Como em muitas cidades há registro de fraude com o cartão-transporte, especialmente aqueles que são isentos de pagamento, a empresa curitibana Dataprom desenvolveu um sistema biométrico por imagem. A tecnologia está presente nas cidades de São José dos Campos (SP) e Manaus (AM) e será testada em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, em 30 ou 40 dias.

De acordo com Sandro José Martins, diretor presidente da Companhia Mu­nicipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC), a ideia da biometria facial surgiu da necessidade de melhoramento do transporte urbano e também para ajudar a conter os custos do sistema. “Em Araucária, a utilização de cartões com isenção custa em torno de R$ 360 mil a R$ 380 mil por mês. O interesse em implantar o sistema é diminuir a fraude, porque nas fiscalizações pegamos muitos casos de uso indevido do cartão. Tenho certeza de que esse custo vai cair pela metade”, explica.

Na cidade, a fiscalização já percebeu que os cartões de isentos circulam pelas mãos de filhos, netos e companheiros dos verdadeiros donos do benefício. Por isso, há cerca de cinco meses o município já vem recadastrando esses usuários. A medida, que é periódica, agora é acompanhada de uma foto, que vai servir de comparação com o que for registrado nos validadores, que já foram instalados em toda a frota.

O gerente de integração da Dataprom, João Fran­­queto, explica como o sistema funciona. Ele registra três fotos do usuário no momento do embarque: um segundo antes de encostar o cartão, ao encostá-lo no validador, e um segundo depois. Assim, são obtidas três imagens que são usadas para identificar uma possível fraude. A comparação entre a foto tirada no validador e a registrada no cadastro é feita automaticamente, por meio de algoritmos.

“Se confirmarmos a frau­­de, o cartão é bloqueado no dia seguinte”, explica Martins. Ele conta que o sistema custou cerca de R$ 900 mil para implantação – só falta realizar o treinamento para os motoristas. A estimativa da prefeitura é de que em até cinco meses seja recuperada essa verba, só com o que for economizado em fraudes. Na cidade, o valor da passagem é de R$ 2,70, assim como na rede integrada.

Por Fernanda Trisotto
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Prefeitura de São José dos Campos implanta corredor de ônibus na Av. dos Astronautas em horários de pico

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A Prefeitura de São José dos Campos está implantando um corredor exclusivo para ônibus na Avenida dos Astronautas, região sudeste da cidade. A faixa, que terá cerca de 3,5 quilômetros de extensão em cada sentido da via, chega até à Avenida Brigadeiro Faria Lima e funcionará apenas nos horários de pico, de segunda à sexta-feira das 5h às 9h e das 15h às 19h, permitindo a circulação do transporte público e também dos ônibus fretados. Nos demais horários, a circulação permanecerá livre para todos os veículos.

A via recebe um fluxo de 40 mil veículos diariamente e grande parte desta demanda é formada pelo transporte coletivo, que atende a mais de 35 mil trabalhadores nas empresas e instituições instaladas na região, como Embraer, Aeroporto e o Inpe. A faixa de ônibus terá início na Rua Ceci, ainda no Jardim Paulista, atravessando a Via Dutra pelo Viaduto dos Bandeirantes.

A implantação dos corredores de ônibus foi iniciada em julho de 2013 na região central da cidade. São quatro corredores com faixas exclusivas e preferenciais ao transporte coletivo e seis com faixa somente preferencial.
Estudos realizados pela Prefeitura em 2014 mostram que o ganho para o usuário foi de cinco minutos, em média, nos corredores em relação ao período em que não havia a faixa exclusiva.

Obras de preparação da via
Para a implantação do corredor na Avenida dos Astronautas, a Prefeitura está realizando algumas obras de adaptação da avenida. O retorno que dá acesso ao Jardim Uirá será ampliado, ganhando mais uma faixa para a conversão de veículos, mais segura e adequada à via.

Com isso, o retorno de quem segue no sentido centro e deseja voltar para o bairro será fechado. Como alternativa, o motorista poderá utilizar o acesso na rotatória do Jardim da Granja, próximo à portaria do Inpe.

Outra melhoria será no ponto de ônibus da portaria do CTA, que ganhará mais espaço para a acomodação dos passageiros e recuo dos ônibus. Todo procedimento está sendo acompanhado pela equipe de agentes de trânsito para sinalização adequada na via.

A Prefeitura tem realizado constantes melhorias viárias na região sudeste da cidade. Desde janeiro deste ano, a população já conta com a nova Via Aeroporto-Tamoios, que recebeu cerca de R$ 10,5 milhões de investimento do município em desapropriações, concretizada por meio de uma parceria com o governo do estado.

São mais de 1.500 metros de extensão, ciclovia, canteiro central e duas faixas de rolamento em cada sentido, contribuindo para desafogar o trânsito na Avenida dos Astronautas, no Viaduto Bandeirantes e no acesso à Rodovia Presidente Dutra.

Informações: Guia SJC

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TROLEBUS 61 ANOS: Sistema de ônibus elétrico foi inaugurado no Brasil em 1949

sábado, 19 de junho de 2010

Ele completa no Brasil 61 anos de trabalho. Neste período, evoluiu muito, cresceu, mudou de visual várias vezes. Ficou mais bonito, mais forte e bem “práfrentex”. Mesmo assim, não recebe o valor que merece e foi rejeitado em muitos lugares. E mesmo por onde ainda anda, agora faz uma “caminhada” muito menor. Sinal de desgaste, do cansaço, de idade? Não, apenas uma evidência de que ele não é considerado mais prioritário.Este “senhor sexagenário” , porém bem moderno, é o trolebus no Brasil.

As primeiras operações comerciais deste tipo de ônibus, ainda o único cem por cento não poluente já com operação mais que aprovada, foram em São Paulo, quando no dia 22 de abril, de 1949, a CMTC inaugurava a linha Aclimação / Praça João Mendes, de 7,2 quilômetros de extensão, em substituição à linha 19 dos bondes da antiga Light, empresa que teve os bens assumidos pela CMTC entre 1946 e 1947.

Apesar de os primeiros trolebus terem sido importados em 1947 e começarem a operar dois anos depois, a idéia de implantar um sistema de ônibus elétrico (já consagrado na Europa e Estados Unidos) na cidade de São Paulo é bem anterior a esta época. Em 1939, a Comissão Municipal de Transportes Coletivos entregou a Prefeitura parecer favorável à adoção de ônibus elétricos na cidade. Neste mesmo ano, foi iniciado o estudo para a implantação da primeira linha, justamente servindo o bairro da Aclimação.

Mas as coisas andavam lentas demais no poder público municipal. Os transportes na cidade, nesta época, estavam completamente desorganizados. As empresas de ônibus disputavam regiões de alta demanda e melhor infra-estrutura, enquanto as demais eram abandonadas pelos prestadores de serviços.
A Ligth, que operava os bondes na Capital, depois dos sustos das Guerras Mundiais estava desinteressada no serviço. Tanto é que ela teve de ser obrigada por força de lei a operar o sistema pelo menos até o final do segundo grande conflito, que provocou uma crise sem precedentes no fornecimento de Petróleo. O transporte de tração elétrica, até então com os bondes, tinha de ser mantido para que a mobilidade na cidade não entrasse em colapso total.

A visão de vários administradores públicos em todo o mundo se voltava para os ônibus elétricos. Mas quem assumiria este sistema? Quem investiria na implantação de redes aéreas e novos veículos, importados e mais caros. Os empresários, que tinham passado por muitas dificuldades para manter suas operações devido ao encarecimento do combustível e das peças no período da Segunda Guerra Mundial, não se arriscariam num investimento tão alto.
Assim, pode-se afirmar que o trólebus no Brasil teve sua implantação e manutenção ligadas ao investimento público.

E foi justamente a recém criada empresa pública de São Paulo, a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos – que assumiu o investimento para colocar o Brasil na rota dos ônibus elétricos.Para operar a primeira linha, foram importados 30 veículos com as seguintes configurações:- 06 unidades de chassi Pulman Standard, carroceria da mesma marca e sistema elétrico Westinghouse norte-americanos,.
- 20 unidades de chassi War La France, carroceria Wayne e sistema elétrico Westinghouse, também dos Estados Unidos e- 04 unidades de chassi English Associated Equipament Company, carroceria da mesma marca e sistema elétrico BUT – British United Traction, da Inglaterra.

O INÍCIO DOS PRINCIPAIS SERVIÇOS NO PAÍS
O sistema de ônibus elétrico, apesar de alguns problemas de implantação, agradava os administradores públicos. Os veículos eram mais modernos, confortáveis, econômicos e, apesar de na época não ser tão forte a consciência ambiental, o fato de não poluírem e de emitirem bem menos ruído também pesava favoravelmente em relação aos trólebus.Dez anos depois, em 1959, a rede de São Paulo que era de pouco mais de sete quilômetros de extensão já chegava a 31,9 quilômetros, servidos por 4 linhas.

Outras cidades brasileiras também aderiam ao “novo” sistema de transportes. Novo para nós, mas para a Europa e Estados Unidos já com décadas de existência.

No ano de 1953, Belo Horizonte adquire 04 veículos elétricos e começa a operar seu primeiro serviço de trolebus. No mesmo ano, 1953, meses depois, a cidade fluminense de Niterói se tornaria a terceira do País a ter os ônibus cem por cento não poluentes.

Uma curiosidade é que os 45 ônibus elétricos franceses tinham sido importados para Petrópolis, também no Rio, mas por questões financeiras e administrativas, a cidade sequer implantou o sistema.
Campos, no Rio de Janeiro, inaugura, em 1957, o sistema com 09 trólebus que já tinham sido usados de Niterói.Em 1958, Araraquara, no Interior Paulista, criava a CTA – Companhia de Troleibus de Ararquara, empresa de economia mista para implantar o sistema na cidade.

Recife investe pesado na implantação dos trólebus. Em 1960, logo de cara, compra 65 veículos Marmom Herrington, com tração Westinghouse, norte-americana.
Cinqüenta trolebus Fiat/Alfa Romeo/Marelli começaram a atender a população de Salvador, no ano de 1959.

No ano de 1962, Rio de Janeiro adere aos trólebus. Mas a entrada da cidade neste tipo de serviço foi marcada por dificuldades e fatos inusitados. A começar por um acidente quando os veículos italianos Fiat/Alfa Romeo/General Eletric eram desembarcados no Porto. Em lotes diferentes, a cidade havia adquirido 200 veículos, mas um deles caiu no mar, não podendo ser resgato. Portanto, o Rio ficaria com 199 carros, apesar de ter comprado 200. Se não bastasse isso, por falta de pagamento de taxas, 164 veículos ficaram retidos no Porto ao relento por mais de um ano. Muitos se deterioraram e tiveram de ser restaurados.

A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, começou a operar ônibus elétricos em 1963, com nove veículos.

Em agosto de 1963, Santos apresenta aos usuários 5 trólebus italianos, então operados pela SMTC – Secretaria Municipal de Transportes Coletivos. Pouco tempo depois, pelo sucesso inicial do serviço, a cidade do Litoral Sul Paulista já tinha 50 carros e 76 quilômetros de rede aérea.

A cidade de Fortaleza teve seu primeiro serviço de trolebus implantado em 1967, com 9 carros já de fabricação nacional Massari/Villares.Bem mais tarde, em 1980, era criada a Transerp – Empresa De Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A., de economia mista. O início das operações de ônibus elétricos ocorreu em 1982.


Rio Claro, no interior Paulista também, inaugura serviços de trolebus, em 1986, com 10 veículos comprados da CMTC. Dois anos depois, em 1988, entra em operação o sistema considerado mais moderno e eficiente do País, os trólebus entre São Mateus (zona Leste de São Paulo) e Jabaquara (zona Sul), via Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, incialmente sob responsabilidade do governo do Estado de São Paulo. O diferencial do serviço é que ele opera desde o início em corredor segregado, com pavimento especial de concreto, e recebe constantes investimentos em renovação de veículos e manutenção da rede fornecedora de energia.


A PRIMEIRA DECADÊNCIA DOS TRÓLEBUS
Como foi possível notar, o trólebus no Brasil teve sua consolidação atrelada ao investimento público. E aí a situação era um pouco delicada, principalmente pela chamada visão imediatista de algumas administrações. O trólebus era um veículo mais caro (ainda é, mas na época a diferença para um ônibus convencional era maior ainda). Além disso, a manutenção dos veículos, muitos com peças importadas, e das redes exigiam recursos maiores.

Na segunda metade dos anos de 1960, muitas cidades desativaram ou reduziram significativamente suas redes. O poder público, em muitas ocasiões, achava caro manter e comprar trólebus, mesmo com todas as vantagens que ele oferecia, como emissão zero de poluentes, pouco ruído e mais conforto.

A demanda de passageiros em algumas regiões crescia muito rapidamente e, como solução imediata, as administrações preferiam oferecer dois ou três ônibus pelo menos preço a oferecer um trólebus. Isso sem contar a influência da indústria automobilística que estava em expansão e queria mercado, com uma oferta maior de ônibus convencionais, e dos empresários, que queriam expandir seus negócios com investimentos menores.

Para se ter uma idéia, acompanhe as cidades que desativaram seus sistemas nesta época: Campos e Niterói, no Rio de Janeiro, em 1967, Salvador em 1968, Belo Horizonte e Porto Alegre, em 1969, Rio de Janeiro, em 1971, Fortaleza, em 1972, A situação atingiu em cheio a indústria nacional de trólebus. Com a e mercado, as indústrias decidiram não investir mais na produção.

As operadoras públicas que se prestavam ainda a operar trólebus tiveram de achar soluções. As importações não eram viáveis devido às restrições tributárias impostas pela política de incentivo à indústria automobilística nacional, e as produtoras brasileiras apresentavam veículos caros e com poucas opções. Claro que pela falta de demanda, as fabricantes nacionais não investiam em mais desenvolvimento que poderia deixar os trolebus na época mais baratos e a falta de escala de produção, por si soja contribuiria para o aumento do valor do produto.

Algumas empresas operadoras optaram por reformar suas frotas, o que era possível, devido ao maior tempo de vida útil que um trolebus possui e, em especial a CMTC, de São Paulo, passou a fabricar seus próprios trólebus.

Certamente, a CMTC foi uma das maiores produtoras de ônibus elétricos do País e isso não significou apenas números de fabricação, mas o desenvolvimento de pesquisas, modelos e inovações que tornariam o trólebus viável. Assim, como não é nenhum exagero afirmar que a consolidação do trolebus no Brasil se deveu ao investimento público, não exacerbada a informação de que se não fosse pela CMTC, a situação deste meio de transporte no Brasil estaria mais complicada.

O período da CMTC como fabricante de trolebus compreendeu os anos de 1963 a 1969. A produção atingia 144 unidades, número invejável para qualquer indústria especializada, inclusive internacional. Com kits de carroceria da Metropolitana, do Rio de Janeiro, a CMTC criou seu padrão próprio de modelo. Convertia veículos diesel para elétricos, encarroçava trólebus mais antigos, e fazia veículos novos. As produções nas oficinas da CMTC, com mão de obra própria, não só representou a manutenção do sistema em São Paulo e no País, como uma boa oportunidade de negócios para fabricantes nacionais de chassis e sistemas de tração. Assim, não só para os passageiros, mas a atuação da CMTC, foi boa também para as indústrias. A empresa fez parcerias e usou equipamentos, tanto de chassi como de tração, da Westram, Villares, Siemens, GM, FNM e Scania.

Mesmo após seu período de produção, a CMTC continuava com as conversões de ônibus. Em 1971, por exemplo, transformou em trolebus, um veículo de chassi Magirus Deutz, carroceria Striulli, usando sistema de tração da Villares.Veículos usados de outros sistemas desativados também eram adquiridos pela CMTC, o que mostra que, além contribuir para um melhor transporte para o passageiro, para a manutenção do sistema no País, para o mercado das industrias nacionais, a Companhia Municipal de São Paulo auxiliou muitas administrações que deixaram de operar trólebus a não saírem no prejuízo total. Em 1972, foram adquiridos nove modelos Massari Villares do sistema de Fortaleza, que havia sido paralisado.
DO PUBLICO AO PRIVADO

Se a consolidação do trólebus no Brasil se deu graças ao investimento público, com a criação de grandes companhia municipais operadoras e, em especial a CMTC de São Paulo, que foi muito mais que prestadora de serviços, mas produtora nos anos de 1960 e responsável por estudos que mudariam definitivamente os trólebus no Brasil, nos anos de 1990, com a redução da participação do Estado intervindo no mercado, o que restara dos serviços de trolebus foi passado à iniciativa privada.

A esta altura, apenas poucas cidades operavam trólebus, em especial, Santos, no Litoral Paulista, São Paulo, Capital, e o serviço metropolitano, entre a Capital e a região do ABC.

Mesmo assim, com exceção do ABC Paulista, as cidades que ainda resistiam com os trólebus tinham reduzido e muito suas frotas e redes aéreas. Os serviços de ônibus elétricos eram entregues à iniciativa privada em todas estas cidades.

Entre 1993 e 1994, com a privatização da CMTC, os trolebus da copanhia foram dividos em lotes/garagens, assumidos por prestadores particulares. Aliás, a última e mais difícil fase de privatização da CMTC foi justamente a venda dos trólebus. O serviço já não recebia investimentos públicos há um bom tempo e parte da frota estava sucateada. Para conseguir um valor melhor nas negociações, antes de vender os trólebus, a CMTC foi obrigada a reformar uma grande quantidade de veículos.

Em abril de 1994, os serviços de trolebus que antes era da CMTC foi assumido por três empresas: a Transbraçal, especializada em terceirzação de serviços, que passou a operar a garagem do Brás, a Eletrobus que comprou as operações da garagem do Tatuapé, e a TCI – Transportes Coletivos Imperial, assumindo a garagem de Santo Amaro. Era o fim da era das operações de ônibus e trólebus pelo poder municipal, em São Paulo.

Mais tarde, surgiram outras empresas para assumir os serviços que eram deixados de lado por estas empresas que compraram o sistema e a frota da CMTC. Na zona Sul de São Paulo, chegou a operar a empresa Soares Andrade. O patrimônio e as linhas desta empresa e da Imperial, que encerrou as atividades em 1997, foi adquirido pela Viação Santo Amaro.

A empresa foi buscar no mercado nacional soluções para a renovação da frota, como os Trolebus Caroceria Neobus Mega Evolution, Mercedes Benz, com equipamento elétrico da Gevisa.Em 2002, a Eletrobus encerra suas operações, sendo seu patrimônio transferido após venda para a Eletrosul. A empresa fica pouco tempo no mercado, o que mostra que o sistema de trólebus não recebia mais os mesmos incentivos das administrações públicos, pelo menos em relação à infraestutura de rede e viária, e se tornava interessante para um número cada vez menor de operadores. Em 2003, no lugar da Eletrosul entra a Viação São Paulo São Pedro. Os veículos foram transferidos para a garagem de Itaquera.

A Transbraçal, que havia adquirido os serviços da garagem do Brás e a maior parte da forta “velha” da CMTC, com trólebus dos anos de 1960, deixa de operar em 2001. Os veículos mais novos da empresa foram adquiridos pela Expandir – Empreendimentos e Participações, empresa ligada ao Grupo Ruas, um dos mais influentes no setor de transportes da cidade e hoje detentor da encarroçadora Caio, a maior fabricante de carrocerias urbanas do País. Mais tarde, a empresa conseguiu do poder público a possibilidade de operar somente com veículos diesel. Eram mais linhas de trolebus extintas.Processo de extinção de linhas que se intensificou a partir de 2001, quando assumira a Prefeitura, Marta Suplicy.

O corredor de trólebus da Avenida Santo Amaro, um dos maiores de São Paulo, foi desativado. O sistema entrava numa queda vertiginosa, apesar de conhecidos os ganhos ambientais e econômicos da operação com veículos com maior durabilidade, rendimento energético e emissão nula de gases poluentes. Consórcios de trolebus começavam a operar com ônibus diesel.

Para justificar as constantes desativações, o poder público utilizou argumentos como o maior valor dos trólebus em comparação aos ônibus convencionais, a maior flexibilidade dos ônibus diesel e os problemas de quedas de pantógrafo, que ocasionavam congestionamentos Dificuldades estas que poderiam ser contornadas com investimento em modernização de rede e criação de vias prioritárias, como a do ABC Paulista. Em 2003, as redes das regiões da Praça da Bandeira e da Rua Augusta também eram aposentadas. No dia 6 de maio de 2004, foi a vez da rede do corredor Nove de Julho ser retirada.

Com o fim das atividades da Eletrobus em 2002, assume em caráter provisório o Consórcio Aricanduva, na zona Leste de São Paulo. Logo em seguida, a garagem passaria para a responsabilidade da Himalaia Transportes . A empresa, além de assumir a garagem do Tatuapé, operou os serviços de outros consórcios que também saíram do sistema de trolebus municipal de São Paulo, como o SPBus.

A Himalaia, empresa originária da Himalaia Transportes e Turismo, de 1968, assinou em 2004, quando o mandato de Marta Suplicy chegava a sua reta final, um contrato emergencial de prestação de serviços.Atualmente pertence ao Consórcio 4 Leste, da zona Leste de São Paulo, e é a única empresa a operar a reduzida frota de ônibus elétricos na cidade.

O processo de privatização dos serviços de trólebus também marcou a história deste tipo de veículos em outras cidades.Em Santos, o sistema agonizava desde os anos de 1990. Em 1995, por exemplo, de 57 quilômetros de rede aérea, apenas 13,7 eram operados em uma única linha. A cidade litorânea que contou com mais de 50 trólebus, só tinha nesta época em operação sete veículos.

Em 1998, as operações da CSTC – Companhia Santista de Transportes Coletivos foram privatizadas. A empresa passaria a ser apenas gerenciadora. O processo de venda do braço operacional da CSTC contemplou também o remanescente serviço de trólebus. Que foi assumido pela Viação Piracicabana.
O único processo de privatização que não foi concomitante com a redução da oferta de trólebus ocorreu com o Corredor Metropolitano do ABD (São Mateus/Jabaquara, na Capital, via Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, com extensão para a Berrini, na zona Sul de São Paulo e Mauá, também no ABC Paulista).

Ao contrário, o cronograma para o sistema incluía a colocação de mais trólebus e a eletificação do restante do corredor operado somente por veículos a Diesel, entre a cidade de Diadema, no ABC, e o bairro do Jabaquara, na zona Sul de São Paulo.Apesar de já ter a participação de empresários, com a propriedade de veículos, como as Viações ABC, Santa Rita e Diadema, as operações do corredor começaram com a atuação da Companhia do Metropolitano e logo em seguida da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, ambas autarquias do Governo do Estado de São Paulo.

Em 1997, as operações e responsabilidade sobre a manutenção da rede aérea, do corredor, e dos terminais, passam para a iniciativa privada, no primeiro regime de concessão e não de mera permissão, para o setor de transporte público no Brasil. Em 24 de maio de 1997, entra em operação a empresa Metra, consórcio liderado pelo Grupo da Auto Viação ABC com participação de outros empresários da região, como Baltazar José de Souza.

A Metra possui atualmente mais de 70 trólebus e tem o projeto de corredor verde para o futuro, com 100 por cento da frota ambientalmente correta. A Eletra, produtora de veículos para transporte coletivo com tecnologia limpa nacional, também pertence ao grupo da Viação ABC, o mesmo dono da Eletra. Sendo assim, o corredor é palco de diversas inovações, como os veículos de corrente alternada por exemplo, desenvolvidos pela Eletra, que chegou a transformar um trolebus mais antigo de corrente contínua para a de alternada.

No corredor também operou o primeiro ônibus elétrico híbrido a funcionar comercialmente no mundo, em 1999, e vai entrar em funcionamento, sem uma data prevista, o ônibus a hidrogênio desenvolvido com chassi e carroceria nacionais.Mas o sistema do ABC, operado pela Metra, vai na contramão das realidade atual do trólebus no Brasil. No país, há apenas três sistemas em funcionamento.

As cidades que abandonaram os veículos elétricos não acenam a possibilidade de retornar com as operações tão já, apesar de o trânsito se intensificar na maior parte dos municípios grandes e médios, assim como a poluição.
São Paulo, apesar de ainda manter o sistema, também não apresenta um projeto consistente de investimento em ônibus elétricos que não emitem gases tóxicos que contribuem para a piora na qualidade do ar e no aquecimento da cidade. Um sistema de trolebus não exige tantos investimentos, chega a ser 100 vezes mais barato que o metrô e também mais em conta que VLTs __ Veículos Leves Sobre Trilho e que o Monotrilho.

Mas ele requer um mínimo de investimento, em vias segregadas ou mesmo convencionais, mas com melhor pavimento, e uma rede aérea modernizada que não apresente tantas falhas, evitando transtornos para usuários do transporte público e motoristas de carros particulares.

Apesar das já comprovadas vantagens do trólebus, tanto econômicas como ambientais, os números da cidade de São Paulo provam que ele está longe de ser encarado ainda como prioridade.

De acordo com levantamento de Jorge Françoso, estudioso da história e das inovações dos ônibus elétricos e presidente da ONG Respira São Paulo, a cidade de São Paulo chegou a ter até o ano 2000, 474 veículos. Ocupava nesta época, a posição de número 22 entre todos os sistemas de trólebus do mundo.

Com as desativações feitas a partir deste período, como dos corredores de Santo Amaro, Pinheiros, Butantã e na zona Norte, quando na administração de Marta Suplicy, o poder público alegou que o sistema era caro e apresentava problemas de operação, a cidade foi perdendo destaque neste setor de tecnologia limpa. As linhas se restringem à zona Leste de São Paulo, operada pela Himalaia Transportes, com pouco mais de 200 veículos.

Não bastasse isso, há denúncias constantes de sucateamento da frota em bom estado, como a “baixa” de alguns trólebus sem a substituição de veículo similares. De acordo com a ONG, muitos destes veículos estão em plenas condições de uso, dada à durabilidade maior dos trolebus em relação aos veículos diesel.De acordo com o levantamento de Françoso, com esta diminuição da rede existente, São Paulo passou do 22º lugar para a 58ª posição entre os sistemas mundiais de trólebus

Fonte: ônibusbrasil
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