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Governo de Minas lança Plano de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) lançou, nessa quarta-feira (13/12), o Plano de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PlanMob – RMBH).

Durante o lançamento, o secretário adjunto da Seinfra, Pedro Calixto, reforçou a necessidade da participação dos municípios para que o planejamento seja efetivamente colocado em prática.

“A Região Metropolitana de Belo Horizonte transcende os limites de cada município e para termos uma solução de mobilidade é impossível que cada município pense de forma isolada. Por isso, a gente trabalhou arduamente neste planejamento. Agora, precisamos avançar para além do plano, em ações concretas que vão mudar e melhorar a vida do cidadão metropolitano”, reforçou.

O plano tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento urbano sustentável da RMBH, visando a melhoria da acessibilidade e da mobilidade das pessoas e cargas na região.

“Um dos principais problemas que as regiões metropolitanas enfrentam é a questão da mobilidade. O plano vem como uma tentativa de resposta a esses diversos desafios”, enfatizou o diretor-geral da ARMBH, Marcus Vinícius Lopes.

As discussões sobre o PlanMob foram iniciadas em 2017 e contaram com ampla participação dos municípios, entidades, sociedade civil, instituições e demais atores que fazem a gestão da mobilidade urbana na RMBH.

Ele se desdobra em planos de caráter multimodal para a Mobilidade Ativa, o Transporte Coletivo, a Logística Urbana, e o Transporte Individual Motorizado e Sistema Viário de Interesse Metropolitano. Cada um desses planos é composto por programas e ações, e projetos de infraestrutura que assegurem a melhoria da mobilidade urbana.

Além dos planos multimodais, os municípios e a sociedade em geral terão acesso a todos os insumos (estudos, projetos, pesquisas, matrizes, dentre outros) usados para construção deste planejamento, permitindo o desenvolvimento de ações na área da mobilidade urbana, por meio do site da Seinfra.

“O plano tem um viés para que cada município consiga pensar sobre o fenômeno da mobilidade com uma visão um pouco mais ampla”, concluiu o subsecretário de Transporte e Mobilidade da Seinfra, Aaron Dalla.

Detalhamento

O Plano de Mobilidade conta com 13 programas, que se desdobram em aproximadamente 150 ações, além de propostas de melhoria da infraestrutura para ampliar a mobilidade na RMBH.

Como principais projetos, o eixo transporte coletivo prevê a implementação de uma Nova Rede Estruturante de Transporte Coletivo, a integração entre os sistemas e a modernização do marco regulatório do transporte metropolitano.

O eixo Mobilidade Ativa tem o foco na integração com o transporte coletivo por meio do desenho de regulamentações, incentivos e a implantação de uma rede de pontos de integração metropolitana que possa ser facilmente acessada a pé e por bicicleta. Propõe ainda a implementação das Redes de Turismo por Modos Ativos e Cicloviária Estruturante Metropolitana.

Já o eixo de Logística Metropolitana, prevê como principais projetos, a implementação uma rede de plataforma logística de distribuição, abastecimento e consolidação de cargas, o reforço do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, como o operador logístico multimodal do Estado e o aumento do acesso das cargas gerais ao modo ferroviário promovendo a integração modal.

Por último, o Plano Viário Metropolitano e de Incentivo ao Uso Racional dos Modos Individuais prevê a implementação de uma rede viária de interesse metropolitano de caráter perimetral e um rol de ações para racionalização do transporte individual motorizado.

Participação

O plano já foi amplamente discutido com a sociedade civil e as prefeituras da RMBH. Além de visitas e audiências locais nos vetores de desenvolvimento da RMBH no período anterior à pandemia, foram realizadas reuniões específicas e reuniões de acompanhamento das fases do projeto, durante a pandemia, totalizando 29 encontros virtuais, no Comitê de Mobilidade da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de BH, que tem participação de todas as prefeituras da RMBH.

Além disso, foi realizada Consulta Pública para colher sugestões e contribuições dos produtos elaborados a partir do desenvolvimento do Plano.

O PlanMob – RMBH e todos os insumos relacionados ao planejamento podem ser acessados clicando aqui.

Informações: Agencia Minas

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Recarga do cartão integração do Metrô Bahia poderá ser feita por meio do aplicativo KIM

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Com o objetivo de oferecer mais facilidade aos clientes, a CCR Metrô Bahia firmou parceria com o aplicativo KIM para a recarga do Cartão Integração - mais uma oportunidade de efetuar a compra de créditos de forma prática e rápida.

Atualmente o aplicativo já é utilizado para recarga dos cartões de ônibus de Salvador e Região Metropolitana, e passa a disponibilizar essa facilidade no metrô da cidade, com pagamentos que podem ser feitos pelo celular, a partir do dia 12 de dezembro.

“Temos quase 600 mil usuários cadastrados em Salvador e um crescimento registrado de 25% somente neste ano na região. É uma cidade que vem se destacando cada vez mais no uso do KIM. Nosso compromisso é continuar oferecendo as melhores soluções para a mobilidade urbana na região por meio de tecnologia e inovação”, destaca o CEO do aplicativo KIM, Rubens Filho.

Para realizar a recarga, é preciso baixar o KIM, disponível para download gratuito nas lojas virtuais Apple Store e Google Play. Depois, o usuário deve selecionar a opção “Recarga Cartão Transporte” na aba “CCR Metrô Bahia”. Em seguida, basta cadastrar o número do cartão integração, escolher o valor da recarga e o método de pagamento, que pode ser PIX ou cartão de crédito. Para validar os créditos, basta aproximar o cartão nos validadores das estações.

“A parceria entre a CCR Metrô Bahia e a Kim busca agilizar o dia a dia do cliente, para que a sua experiência com o metrô seja cada vez mais confortável e rápida”, explica Frederico Pimentel, Coordenador de Arrecadação e Clearing da CCR Metrô Bahia.

Atualmente, a tarifa exclusiva do metrô é de R$ 4,10 e a integrada do metrô com os ônibus urbanos, STEC e BRT é de R$ 5,20. Essa nova parceria entre a KIM e a CCR Metrô Bahia é mais uma alternativa para pagamento da passagem do metrô, atendendo os cerca de 370 mil passageiros que circulam por dia nas estações.

Sobre KIM*

KIM é um aplicativo de mobilidade urbana que tem o objetivo de facilitar a jornada dos passageiros de transporte público. Criado em 2017, o aplicativo está disponível em mais de 75 cidades no Brasil, incluindo as capitais Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e Vitória. Por meio do app, o cliente consegue recarregar seu cartão de transporte, da forma que lhe for mais viável, entre PIX, cartão de crédito ou débito e boleto, acompanhar toda a movimentação de uso do cartão através do extrato, revalidar o cartão de estudante, pedir uma segunda via do bilhete eletrônico e bloqueá-lo em caso de perda, roubo ou furto. O app também permite o pagamento da passagem com QR Code, diretamente na catraca do ônibus e usando o celular, e conta com um mapa, onde é possível acompanhar os horários dos ônibus e traçar rotas para chegar ao destino desejado. A disponibilidade dos serviços pode variar de acordo com a localidade.

Informações: CCR Metrô Bahia

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Fortaleza é a primeira capital do País a conceder passe livre para todos estudantes

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Foi aprovado por unanimidade, nesta quarta-feira (08/11), na Câmara Municipal de Fortaleza, o projeto de Lei que garante o passe livre estudantil no transporte público. O benefício contempla todos os estudantes da Capital, das redes privada e pública de ensino dos sistemas municipal, estadual e federal.

Com a aprovação, a cidade se torna pioneira entre as capitais do país, ofertando o benefício sem restrição de rede de ensino, nível escolar, sem critérios socioeconômicos ou outros fatores limitantes de público beneficiado, ou seja, de maneira universal para todos os estudantes.

“Essa é uma conquista histórica para a cidade e para todos os estudantes. Somos a primeira capital do País a implementar o passe livre para todos que possuem a carteirinha estudantil, sem distinção de nível ou rede de ensino, nem por critérios socioeconômicos. Além disso, o passe livre não retira direitos. Se for preciso realizar mais de duas viagens, a tarifa estudantil é garantida. Essa é uma política pública de inclusão social através da educação, mas também uma política econômica, pois vai dar mais tranquilidade, tirar esse custo das famílias fortalezenses”, afirmou o prefeito José Sarto.

Outras capitais, por exemplo, como Belo Horizonte e Manaus, oferecem o passe apenas a estudantes que moram a mais de 1km da instituição de ensino. Já Brasília e Maceió exigem um cadastramento prévio para que o aluno seja beneficiado. Em Fortaleza, todos os estudantes residentes no município, independente do seu endereço, terão direito a duas passagens diárias, não cumulativas, válidas em dias úteis, durante dez meses do ano (excetuando-se apenas janeiro e julho) e o documento utilizado para a validação será a própria carteirinha de estudante, sem necessidade de nenhum cadastramento.

De acordo com a mensagem enviada junto ao projeto de lei, o benefício busca a promoção da educação e do bem-estar dos estudantes, uma vez que incentiva a mobilidade sustentável, a garantia do acesso à educação e a redução da carga financeira para as famílias mais carentes, entendendo a educação como um direito fundamental de todos.

Para Isabela Castro, coordenadora de Mobilidade Urbana, o passe livre é uma medida de acessibilidade à educação e consequentemente a outros serviços públicos. “A partir do momento em que eles [estudantes] têm as duas passagens garantidas, eles podem utilizar os seus recursos para outras viagens, tendo acesso a lazer e outros serviços. Essa também é uma medida que está alinhada à priorização do transporte público coletivo como uma alternativa de deslocamento. Com isso, nós estamos incentivando estudantes a utilizarem esse modal”, explica ela.

Dentre as justificativas técnicas para criação do projeto estão a sustentabilidade social e ambiental, entendendo os impactos socioeconômicos que a medida traz. Além disso, a política do passe livre é também uma ferramenta de segurança viária, reduzindo o tráfego durante as horas de pico e desencorajando motoristas a utilizarem veículos individuais, como o carro e a moto, diminuindo, portanto, possíveis acidentes.

A política do passe livre foi pensada e desenvolvida a partir de um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP). Após meses de estudo, a opção pelos dois passes diários foi determinada a partir de análises aprofundadas de dados de bilhetagem de abril de 2022 a março de 2023.

Com a análise do comportamento das viagens, ficou demonstrado que, aproximadamente 95% dos deslocamentos realizados com carteirinha de estudante ocorrem nas duas primeiras viagens do dia, geralmente pela manhã. A opção por fazer a medida com garantia de duas passagens permite que, durante a primeira fase de implantação, a Prefeitura possa ter um controle melhor dos custos de execução do projeto.

Foram avaliados diferentes cenários com variação de custos para a implementação da política pública. A partir dos critérios tomados, a Prefeitura estima que o passe livre estudantil terá um impacto de R$ 23,1 milhões por ano no Tesouro Municipal.

Em 2023, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) emitiu 361 mil carteiras de estudante, que foram responsáveis por 25,4 milhões de viagens. Destas viagens, 18,6 milhões foram realizadas apenas nos dias úteis e 28,4% ocorreram na hora-social, ou seja, fora da hora-pico do sistema, demonstrando que o benefício não gera pressão excessiva nesses horários. Além disso, apenas 6% das viagens excederam o proposto no projeto de duas passagens diárias.

Além do grupo de trabalho, a gestão municipal manteve o diálogo com as entidades estudantis, que representam diversas categorias de estudantes da cidade. Em setembro, antes do envio do projeto de lei à Câmara, o prefeito Sarto participou de uma reunião com onze entidades municipais, estaduais e federais. Na ocasião, ele garantiu, além do passe livre, a manutenção do benefício da tarifa estudantil para as demais passagens. Ou seja, após a utilização das duas passagens gratuitas, as demais passagens estudantis estão garantidas no valor de R$ 1,50.

Informações: Prefeitura de Fortaleza

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Uberlândia ganha 21 novos ônibus com chassi Mercedes OF1721 Euro 6

terça-feira, 26 de setembro de 2023

O Sistema Integrado de Transporte (SIT) da Prefeitura de Uberlândia (MG) passou a contar com 21 novos ônibus a partir desta semana. Os novos ônibus adquiridos são equipados com chassi Mercedes OF1721 Euro 6 e carroceria Marcopolo Torino e contam com catalisadores em conformidade com as regulamentações ambientais e caixas de marchas modernas que, ao otimizarem o uso de combustível, permitirão a redução das emissões de carbono. O investimento é superior a R$ 13 milhões.

De acordo com o portal da prefeitura de Uberlândia, os  novos ônibus vão renovar a frota da empresa Sorriso de Minas, uma das três concessionárias a operar no sistema, e contribuirão para o aprimoramento da mobilidade urbana e da prestação de serviços no âmbito do transporte público municipal. Os novos modelos vão beneficiar diversos bairros, principalmente, na região Oeste, mas também nos setores Central, Norte e Leste.

A renovação da frota se soma a outras políticas públicas implementadas no município para ampliar e potencializar a mobilidade urbana, como, por exemplo, a manutenção da tarifa do transporte nos últimos  4 anos (sem reajuste) e o investimento em infraestrutura por meio do programa Uberlândia Integrada, dentre outros.

As informações são do portal da Prefeitura de Uberlândia. 

Informações: Prefeitura de Uberlândia

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Transporte coletivo é o serviço mais criticado em Belo Horizonte

terça-feira, 12 de setembro de 2023

A primeira pesquisa DATATEMPO para a eleição municipal de Belo Horizonte em 2024 levantou a avaliação dos eleitores sobre os serviços públicos prestados na capital. Entre oito quesitos, o transporte coletivo foi o mais criticado: 66,6% dos entrevistados estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Apenas 11,9% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho prestado, enquanto 19,8% veem o serviço como regular.

Os números reforçam o peso do transporte coletivo para o futuro político da cidade. Nos últimos meses, o prefeito Fuad Noman (PSD) e a Câmara Municipal, sobretudo por meio de seu presidente, Gabriel Azevedo (sem partido), travaram uma batalha sobre o tema. Houve até mesmo ameaça de anulação do atual contrato com as empresas do setor por parte de Azevedo, justamente quando o Executivo defendia um novo subsídio para as concessionárias para impedir um reajuste da tarifa cobrada ao cidadão. 

O transporte coletivo tem sido tema de frequentes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara. Atualmente, o Legislativo tem aberta a CPI do Ônibus sem Qualidade, que investiga a má qualidade do transporte coletivo e a possível omissão da prefeitura de BH. O passado recente também mostra que a bandeira rende votos. Em 2016, o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi eleito com a promessa de “abrir a caixa-preta da BHTrans”. Com a caneta nas mãos, Kalil fez duas auditorias na empresa pública, mas não rompeu o atual contrato com as empresas de ônibus, assinado em 2008. O processo de desgaste fez com que a prefeitura colocasse em curso um processo de extinção da BHTrans, que passará a se chamar Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte (Sumob), a partir de um cronograma que pode durar até 2036.

Para além do transporte público, a pesquisa DATATEMPO mostra que a saúde e a segurança também são alvo de críticas por parte dos belo-horizontinos. Do total de entrevistados, 44,4% avaliam esse primeiro serviço com insatisfação, enquanto 42,6% julgam o segundo como ruim. Vale lembrar que, neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as guardas municipais, vinculadas às prefeituras, são parte do sistema de segurança pública, enquanto as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros estão subordinados ao governo de Minas Gerais.

O maior problema
A pesquisa perguntou aos entrevistados qual o maior problema da capital. Nos primeiros lugares do ranking, estão trânsito e transporte (27,7%), saúde (23,9%) e segurança (18%). Área elogiada em termos de prestação pública, a educação é vista por 6,8% dos ouvidos como a maior limitação da capital mineira. Assistência social, empregos, obras de infraestrutura e serviços administrativos variam entre 1,1% e 2,1%. 

Oito áreas são bem avaliadas por 21,6%
De maneira geral, a maioria dos moradores de BH avalia os serviços públicos como regulares: 66,3% estão nessa condição, conforme o DATATEMPO. Aqueles que julgam o tema de forma positiva somam 21,6%, enquanto 12,1% acham que os serviços ofertados pelo Poder Público são negativos.

No recorte por regionais, há pouca variação entre os entrevistados. Ainda assim, moradores da Pampulha são os que mais elogiam os serviços: 28,1% avaliam como positivos, 65,6% como regulares e 6,2% como negativos. Por outro lado, a regional Centro-Sul é mais crítica: 16,7% se enquadram no positivo, 68,9% no regular e 14,4% no negativo. 
A pesquisa avaliou as seguintes áreas, de oito grupos: educação, escolas e creches; cultura, esporte e entretenimento; assistência social; segurança pública; serviços administrativos; saúde, postos de saúde e hospitais; infraestrutura (obras); transporte público e mobilidade urbana. 

Entre os serviços pesquisados pelo DATATEMPO, a educação é a mais bem avaliada em BH: 39,2% estão muito satisfeitos ou satisfeitos com escolas e creches. Depois, vem cultura, esporte e entretenimento, área na qual 37,6% dos entrevistados estão muito satisfeitos ou satisfeitos – percentual tecnicamente empatado com a educação, considerando a margem de erro de 2,83 pontos. 

A educação teve seu chefe trocado recentemente. A pedido, Charles Martins Diniz deixou a secretaria municipal em agosto, dando lugar à professora e pedagoga Roberta Rodrigues Martins Vieira. Também em agosto, o prefeito Fuad assinou termo de pactuação para receber R$ 987 mil do Programa Nacional de Segurança nas Escolas, vinculado ao governo federal. 

Informações: O Tempo
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Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Ainda de maneira tímida, o País começa a incentivar a eletrificação do transporte público. Empresas instaladas no Brasil se preparam para essa nova demanda, mas a frota em circulação ainda é pequena quando se consideram apenas os ônibus elétricos alimentados por bateria.

Essa foi uma das conclusões a que chegaram os participantes do painel “O estágio atual da eletrificação do transporte coletivo e avanços na implantação da eletromobilidade no Brasil”, que reuniu cinco profissionais do segmento na sexta-feira, 23 de junho, durante o Parque da Mobilidade Urbana (PMU), realizado em São Paulo entre 22 e 24 de junho.

“O Brasil precisa sair da inércia. Não é possível ter um número tão baixo, menos de 100 ônibus elétricos rodando em um País que tem a terceira maior frota de ônibus urbanos do mundo”, afirmou a diretora comercial da Eletra , Iêda Oliveira, que defende o incentivo à eletrificação.

“Subsídio não é crime. A capital paulista reduzirá, por ano, a emissão de 1,4 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2)”, diz a executiva da Eletra, empresa que produz, desde o início de junho, em uma nova fábrica em São Bernardo do Campo (SP). A capacidade anual é de 1.800 ônibus.

“A cidade de São Paulo deu um passo gigante ao estabelecer emissão zero em 20 anos”, disse a executiva durante o painel “O estágio atual da eletrificação do transporte coletivo e avanços na implantação da eletromobilidade no Brasil”.

Outro participante, Bruno Paiva, diretor de vendas da BYD, lembrou que o subsídio à eletrificação ocorre “no mundo inteiro” e acredita que mudanças estabelecidas pela capital paulista acabam servindo de referência para outras grandes cidades: “São Paulo quer eletrificar a frota e, como se sabe, o que ocorre na cidade torna-se referência no País.” A BYD tem fábrica em Campinas (SP) com capacidade instalada para 2.000 ônibus. Também produz carregadores no interior paulista e baterias em Manaus (AM).

Potencial enorme para mais ônibus elétricos
Para o gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Marcopolo , Renato Florence, “o Brasil tem uma frota com 100 mil ônibus rodando, com potencial de eletrificação principalmente nos grandes centros e custo operacional menor que o diesel.”

Segundo o executivo, a frota asiática de ônibus elétricos já soma 420 mil unidades, enquanto as Américas têm cerca de 12 mil unidades e a Europa, 8,5 mil. Também, de acordo com o gerente da Marcopolo, os principais motivos para a substituição do diesel são a sustentabilidade e o baixo custo operacional. “Ainda este ano entregaremos 130 veículos elétricos”, diz.

A Marcopolo tem três fábricas no Brasil. Os elétricos são feitos na unidade Ana Rech, em Caxias do Sul (RS). No futuro, a planta de São Mateus (ES) também montará esses modelos.

O diretor da Higer Bus Company Limited, Marcelo Barella, acredita em uma demanda elevada nos próximos anos: “Se ocorrer tudo o que se imagina, faltarão ônibus elétricos”, estimou o executivo.

A empresa trouxe da China um lote de 50 ônibus montados, mas vai fabricar seus veículos no Brasil. A primeira linha de montagem foi confirmada para a região de Fortaleza (CE), com início da produção previsto para 2024.

Durante o painel, o mediador, Carlos Souza, responsável pela divisão E-City da Enel X ), afirmou: “O Brasil tem não apenas produtos, mas também diferentes modelos de negócios. Estamos aqui reunidos com quatro fabricantes diferentes. Todos estão no mesmo caminho, de conduzir a eletrificação. Vamos contribuir com a redução de emissões e os impactos ambientas.”

A Enel X acumula experiência na implantação de infraestrutura de recarga. Pode atuar, por exemplo, na concepção do projeto a ser instalado na garagem dos ônibus, de acordo com a quantidade de veículos, carregadores e o consumo de energia.

Prontas para atender o mercado
Durante os debates no PMU, as empresas falaram sobre o atendimento ao mercado nacional. Enquanto não inicia a produção local, a Higer já define alguns dos futuros fornecedores.

“Parte dos nossos investimentos é para transferir tecnologia para Bosch, Dana e outros fabricantes de autopeças”, diz Barella. Segundo o executivo, o modelo de negócios da empresa inclui o fornecimento de componentes em consignação para os operadores de transporte, “para uma resposta imediata em caso de falha”.

Renato Florence, da Marcopolo, ensina: “A segunda venda se faz a partir da qualidade de assistência técnica dada para o operador. Todas as nossas regionais estão se estruturando para atendimento aos ônibus elétricos.”

A BYD informa que tem um centro de distribuição de peças e seu corpo técnico consegue direcionar um número maior de profissionais, conforme o contrato de manutenção. Ele recorda ainda que os veículos elétricos são mais simples e que mecânicos especializados em diesel não têm dificuldade em assimilar a nova tecnologia. “E o índice de falha dos elétricos é bem mais baixo, uma a cada 60 mil quilômetros, enquanto nos modelos a diesel é de uma a cada 10 mil quilômetros.”

A diretora da Eletra, Iêda Oliveira, ressalta que a empresa atua há mais de 20 anos na produção de trólebus e faz parte do Grupo Next Mobilidade, que opera linhas no ABC paulista e um extenso corredor com trólebus, ônibus híbridos e elétricos a bateria feitos pela Eletra. “Podemos aproveitar essa nossa experiência como operadores não só no desenvolvimento dos produtos, mas no treinamento das equipes.” 

Informações: Estadão
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Campanha de boas práticas para o uso de bikes compartilhadas é lançada em BH

terça-feira, 13 de junho de 2023

Com uma frota de 40 milhões no Brasil, de acordo com o portal Bicycler Guide, as bicicletas têm sido cada vez mais escolhidas por pessoas que visam unir atividade física e a escolha por um meio de transporte limpo. O uso das bicicletas em vias urbanas têm sido cada vez mais expressivo, porém, é necessários alguns cuidados com essa prática. O Dia Mundial da Bicicleta (3/6) marcou o início da campanha educativa Pedale na Boa, proposta pela Unimed-BH para ser divulgada no projeto Bike BH – uma iniciativa da Serttel, em parceria com a cooperativa de saúde e a Prefeitura de Belo Horizonte. Ao longo do mês, a ação tem dado dicas sobre segurança pessoal, manutenção do equipamento e de boa conduta no trânsito, além de mobilizar influenciadores digitais para tratar sobre o assunto em suas redes sociais.

O Bike BH é o único serviço de compartilhamentos de bicicletas existente em BH, uma solução para as pessoas que não querem ou não podem investir em um equipamento. Hoje, os usuários contam com 240 bicicletas em 24 estações nas regiões da Pampulha e Centro Sul. A campanha traz informações em totens e displays com todas as principais dicas, além de um convite para acessar, via QR Code, mais dicas e dados importantes. A ação faz, também, blitzes nas estações do projeto, com distribuição de material educativo.

O diretor Comercial da Serttel, Israel Araújo, acredita que campanhas como essa são essenciais, visto que temos presenciado diariamente nos jornais notícias sobre acidentes com ciclistas. “Acidentes com ciclistas são uma triste realidade, mas que pode facilmente ser mudada, se levarmos a sério as campanhas de conscientização. Mês passado, falamos sobre o Maio Amarelo, que trata o tema, mas o assunto tem que ser dito todos os dias, abrangendo tudo o que envolve o transporte”, explica.

Garibalde Mortoza Jr, diretor de Mercado da Unimed-BH, destaca a importância da parceria da Unimed no Projeto Bike BH, pois mostra que a cooperativa de saúde se preocupa com as necessidades da sociedade que fica no entorno do serviço de assistência. “Faz parte do DNA da Unimed-BH o apoio a projetos que beneficiam a sociedade. Parcerias como o Bike BH são importantes para a cidade, para a mobilidade dos cidadãos e para o meio ambiente, com menos automóveis ou transporte coletivo, emissores de CO2 circulando. Essa é mais uma forma da Unimed-BH devolver para a sociedade tudo o que conquista a cada ano”, afirma. 

APP Bike BH com 50% de desconto em junho

Em comemoração ao Dia Mundial da Bicicleta, durante todo o mês de junho, os passes Diário e Mensal do APP Bike BH estarão com 50% de descontos durante todo o mês – válido somente para primeira compra do mês por CPF cadastrado no APP. Desta forma, a assinatura mensal de R$ 25,00 estará por R$ 12,50 e, o passe diário, de R$ 6,00, será R$ 3,00 durante todo o mês de junho. Vale destacar que em abril o APP Bike BH chegou a 30k usuários cadastrados e bateu a marca de 100k viagens realizadas.
Bicicleta: uma união de boas escolhas

No geral, a bicicleta pode ser uma escolha sustentável, econômica e saudável como meio de transporte. Por ser um investimento caro, a solução de compartilhar o equipamento faz sentido para pessoas que querem gastar menos, mas ainda estarem em dia com a saúde e com o planeta. Sendo assim, essas são as vantagens de se utilizar esse meio de transporte:

Saúde: andar de bicicleta é uma forma de exercício físico que pode melhorar a sua saúde e condicionamento físico. Pedalar regularmente pode fortalecer os músculos, melhorar a saúde cardiovascular e ajudar a controlar o peso.
Economia: a bicicleta compartilhada é uma alternativa muito mais barata em comparação com outros meios de transporte, mesmo a sua versão pessoal. Você economiza dinheiro em combustível, estacionamento e manutenção da bike, além de não correr o risco de tê-la furtada.
Sustentabilidade: a bicicleta é ecologicamente correta, pois não emite poluentes. Ao escolhê-la, você contribui para a redução da poluição atmosférica e do congestionamento nas cidades.
Mobilidade urbana: com congestionamentos cada vez mais frequentes, a bicicleta, muitas vezes, é mais rápida do que os carros. Com ciclovias e infraestrutura adequada, você pode chegar ao seu destino de forma mais eficiente e evitar o tráfego.
Flexibilidade: pode facilmente percorrer distâncias curtas e médias, evitando a necessidade de encontrar estacionamento ou depender do transporte público. Você também pode se deslocar facilmente em áreas onde os veículos motorizados não são permitidos.
Bem-estar mental: a prática pode proporcionar benefícios para o seu bem-estar mental. Pedalar ao ar livre, sentir o vento no rosto e estar em contato com a natureza pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o seu humor.

Sobre o Bike BH

O Bike BH bateu recorde de usuários cadastrados e viagens realizadas com as bicicletas do serviço no mês de abril: 100 mil viagens realizadas e 30 mil usuários cadastrados no aplicativo. Lançado em setembro de 2019, o projeto é executado através do Termo de Credenciamento da Serttel, com apoio da Unimed-BH. A Serttel tem expertise na prestação do serviço, pois está à frente do sistema desde a implantação do projeto em diversas capitais brasileiras. O Sistema Bike BH é composto por estações inteligentes, conectadas a uma central de operações via wireless, distribuídas em pontos estratégicos da cidade. A pessoa cadastrada pode retirar uma bicicleta, utilizá-la em seus trajetos e devolvê-la em qualquer estação.

Por Marcella Carvalho
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Empresa brasileira de mobilidade é reconhecida por suas inovações em evento internacional de transporte público

domingo, 11 de junho de 2023

Os trabalhos de inovação desenvolvidos pelo aplicativo de mobilidade urbana KIM junto ao Sistema do Transporte Metropolitano da Grande Vitória – Transcol foi reconhecido mundialmente durante o UITP Global Public Transport Summit, realizado em Barcelona, na Espanha, nesta semana. O KIM faz parte do Grupo TACOM, empresa brasileira que possui mais de 40 anos de atuação no mercado de transporte. Durante o evento, o Grupo também foi reconhecido por sua filiação como membro da Associação Internacional do Transporte Público (tradução do inglês para UITP).  

Desde 2019, o Grupo TACOM atua na Grande Vitória por meio da colaboração com empresas locais de transporte coletivo, oferecendo soluções que ajudam a levar mais tecnologia e qualidade para a mobilidade urbana na região. O sistema de bilhetagem é oferecido pela TACOM, enquanto a recarga do cartão GVBus é feita por meio de serviços exclusivos do KIM.  

Além do destaque mundial, o KIM também foi reconhecido regionalmente com certificação do UITP Latin America pelo mesmo projeto junto ao Sistema Transcol, na categoria de sustentabilidade. O CEO do KIM, Rubens Filho, esteve presente no evento em Barcelona e recebeu o certificado. “Somos um aplicativo com atuação completa na região, fornecendo nossos múltiplos serviços. Na prática, esse reconhecimento é um reflexo do valor que essas soluções levam para a população da Grande Vitória e como estamos ajudando a transformar a experiência dos passageiros do transporte coletivo no dia a dia”, destacou o executivo. 

Mais recentemente, além da recarga do cartão GVBus e do mapa que permite acompanhar em tempo real a localização dos ônibus e a identificar pontos de parada, o KIM lançou o QR Code para pagamento da passagem diretamente do celular. A funcionalidade dispensa o uso do cartão físico e permite ainda o pagamento da integração nos ônibus, proporcionando mais facilidades para a população.  

O UITP Global Public Transport Summit é um congresso realizado pela Associação Internacional do Transporte Público que reúne especialistas e stakeholders de todo o mundo para discutir as mais recentes ideias e insights na mobilidade urbana sustentável. Esta edição acontece entre 4 e 7 de junho em Barcelona, com 85 sessões, 300 palestrantes e 335 expositores, em um espaço de 40.000 m². São esperados mais de 15 mil visitantes internacionais nos dias do evento.  

Sobre KIM* 

KIM é um aplicativo de mobilidade urbana que tem o objetivo de facilitar a jornada do passageiro de transporte público. Criado em 2017, o aplicativo está disponível em mais de 50 cidades no Brasil, incluindo as capitais Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Vitória. Através dele, o cliente consegue recarregar seu cartão de transporte, da forma que lhe for mais viável entre PIX, cartão de crédito ou débito e boleto.  

Por meio do aplicativo, o passageiro consegue acompanhar toda a movimentação de uso do cartão através do extrato, revalidar o cartão de estudante, pedir uma segunda via e bloquear em caso de perda, roubo ou furto. Ele também permite o pagamento da passagem com QR Code, diretamente na catraca do ônibus e usando o celular. 

Informações a imprensa
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Brasil destoa de experiência internacional de sucesso na mobilidade sustentável

segunda-feira, 22 de maio de 2023

O Brasil destoa da experiência internacional em mobilidade sustentável, perdendo relevância, inclusive, na região da América Latina. Para mudar esse cenário, o país precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país. Essa é a conclusão do estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Mobilidade Urbana no Brasil: marco institucional e propostas de modernização.

O estudo aponta que os principais desafios enfrentados para a evolução da mobilidade urbana incluem a falta de financiamento, fator apontado pelo estudo como o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil. Além disso, a CNI defende que sejam viabilizadas fontes de investimentos, com recursos nacionais e estrangeiros, além de participação pública e privada nos projetos de transformação.

Destoando não apenas de exemplos internacionais de sucesso de mobilidade urbana sustentável, o Brasil também fica atrás de outros países latino-americanos. Por exemplo, o país aparece entre as economias com a menor participação de veículos elétricos – somente as cidades de Santiago e Bogotá têm três vezes mais ônibus elétricos em operação que em todo território brasileiro.

Dos R$ 295 bilhões estimados para a modernização da mobilidade urbana, R$ 271 bilhões precisariam ser destinados para expansão de linhas de metrô. Conforme destaca o estudo, esse montante equivale ao necessário para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. Em seguida, estão os investimentos para ampliação das estruturas de rede de trens (R$ 15 bilhões) e de BRTs (R$ 9 bilhões).

De acordo com o estudo da CNI, 74% dos 116 municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes cumpriram os prazos estipulados pela Lei de Mobilidade Urbana, que estabeleceu que essas cidades elaborassem e aprovassem um Plano de Mobilidade Urbana (PMU) até abril do ano passado. A mesma lei determinou que todos os municípios com população entre 20 mil e 250 mil pessoas apresentassem um PMU até o dia 12 de abril de 2023.

Entre as 1.908 cidades nessa situação, apenas 13% atestaram – até setembro do ano passado – ter um plano de mobilidade.

O diagnóstico referente às maiores regiões metropolitanas brasileiras é de que as cidades cresceram, foram amplamente urbanizadas, mas os transportes não acompanharam o ritmo de crescimento dessas metrópoles. Entre as recomendações estão investir em transporte coletivo e transporte individual não motorizado.

As 15 regiões metropolitanas avaliadas no trabalho são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Recife e Teresina.

“A urbanização não foi acompanhada por um planejamento voltado à redução das distâncias percorridas pelos cidadãos, para a qual o adensamento das cidades e a melhor distribuição de suas principais funções – moradia, trabalho, serviços e lazer – constituiriam seu alicerce”, diz o estudo.

Destaque para o fato de que cidades com maiores níveis de renda têm maior demanda por transporte individual. Como exemplo disso, em Curitiba 49% das viagens são feitas de carro ou moto, apesar do reconhecido sistema de BRT (Bus Rapid Transit) e de a cidade apresentar uma boa infraestrutura de transportes para os padrões brasileiros. 

Por outro lado, em Salvador e Recife – que possuem uma rede de transporte público menos estruturada –, esse modal representa somente 22,1% e 16,7%, respectivamente. Já no Rio de Janeiro, a baixa participação dos transportes individuais (19,5%) pode estar associada a uma confluência de fatores ligados tanto a um menor nível de renda de amplos setores da população metropolitana, quanto à existência de uma extensa – ainda que precária – rede de transportes na metrópole.

A bicicleta ainda é subaproveitada nas principais metrópoles do país: em todas as RMs brasileiras, a participação da bicicleta oscilava entre 0,8% e 2,4%, em contraposição a cerca de 4% em Santiago, 7% em Bogotá e 13% em Berlim, na Alemanha.

Por outro lado, é reconhecido que o Brasil empreendeu importantes avanços de natureza institucional no aperfeiçoamento da mobilidade urbana, de modo que o país dispõe de um moderno ordenamento jurídico que disciplina não apenas o planejamento, mas também a execução de políticas no setor.

Outro dado interessante é que o preço da gasolina, um balizador da escolha modal, nos últimos 15 anos, excluindo o período mais recente, teve aumento inferior ao das tarifas de transporte público coletivo, o que, na prática, sinaliza um barateamento relativo das viagens com transporte privado em detrimento das viagens com meios de transporte públicos.

Em termos de comportamento, o estudo mostra outras mudanças nos padrões de deslocamento urbano, particularmente com o aumento do trabalho sob a forma de home office e do comércio digital – processo que foi acelerado com a pandemia de Covid-19 –, e do advento do transporte por aplicativo – ainda não captado em sua magnitude por boa parte das pesquisas.

Nas duas maiores metrópoles brasileiras, por exemplo, a demanda por transportes coletivos ainda se encontra bastante abaixo ao último ano pré-pandemia: em São Paulo, as viagens de metrô e de ônibus em 2022 estão cerca de 25% abaixo dos níveis de 2019; no Rio de Janeiro, a queda da demanda por metrô é de mais de 30% e a de ônibus, da ordem de 15%.

O estudo conclui que é necessário assegurar instrumentos mais efetivos para a modernização dos sistemas de mobilidade, com o aperfeiçoamento institucional e de governança no âmbito dos municípios, e uma lei municipal como ferramenta de efetivação dos planos de mobilidade.

E também viabilizar fontes para o financiamento de investimentos de infraestrutura de mobilidade urbana, ampliando o número de Parcerias Público-Privadas em um modelo de PPP que agrupe a construção do sistema, operação e manutenção, em contratos de concessão de duração relativamente longas (em torno de 30 anos).

Por: Julio Cesar
Informações: CNI
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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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