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Operação do metrô curitibano vai custar R$ 170 milhões por ano

sexta-feira, 22 de junho de 2012


A operação dos primeiros 14,2 quilômetros do metrô de Curitiba deve custar R$ 170 milhões por ano, segundo projeções feitas pela prefeitura. O edital da licitação que definirá qual concessionária administrará o trecho, que vai da estação CIC-Sul até a Rua das Flores, no Centro da capital, está em fase de consulta pública. O documento prevê a construção do modal (em até quatro anos) e a concessão da operação por três décadas, bem como determina que a vencedora seja a que oferecer o menor valor de tarifa técnica por passageiro, cujo valor máximo é de R$ 1,81. O custo total do metrô curitibano será de R$ 2,33 bilhões.

Para aumentar a rentabilidade da concessão, o executivo municipal também aposta na agilidade da concessionária em executar a obra, já que, quanto mais cedo a construção for finalizada, maior a possibilidade de lucro da empresa, que poderá explorar por mais tempo o serviço. A secretária municipal de Administração, Dinorah Botto Portugal Nogara, explica que a concessão, baseada em um modelo de parceria público-privada (PPP) patrocinado, não poderá ser prorrogada. Após os 34 anos de concessão, o poder público pode assumir a administração do metrô ou lançar nova concorrência.

Ainda de acordo com Dinorah, a secretaria está recebendo muitas sugestões e dúvidas em relação ao edital e deve prorrogar, por mais trinta dias, o período de consulta pública ao documento. A expectativa do município é de que até o fim do ano já exista um vencedor da concorrência, para que as obras possam começar em 2013.


Custo
A tarifa técnica contempla, além do custo operacional do sistema, que é mais baixo por causa da verba de R$ 1 bilhão repassada a fundo perdido pelo governo federal, o lucro da concessionária, com uma taxa interna de retorno (TIR) de 6,5% ao ano. Segundo Wilson Justus, superinten­­dente de concessões da Secretaria Municipal de Administração Pública (Smad), a operação do sistema vai custar R$ 1,15 por­ ­­passageiro, somado a R$ 0,66 de retorno para a concessionária.

O advogado Rodrigo Pi­ronti, doutorando em Direito Econômico e professor de Direito Administrativo, lem­bra que o valor da tarifa técnica poderá ser inferior, dependendo dos lances ofertados pelas empresas. Na opinião do advogado, como o metrô será integrado ao sistema de ônibus, com o pagamento de uma única passagem pelo usuário, não há risco de não atratividade do sistema. “Além disso, a taxa interna de retorno do projeto é bastante atrativa ao mercado”, pondera.

Para o professor Garrone Reck, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é preciso ter clareza para definir como será feita a integração dos dois sistemas, considerando que enquanto a obra não estiver finalizada os ônibus vão continuar trafegando pelas canaletas exclusivas. O metrô passará embaixo das faixas que hoje são exclusivas para os biarticulados, e o local por onde passam os ônibus será destinado para o uso das pessoas. “O metrô é uma obra complexa e de impacto prolongado. Podemos saber quando vai começar, mas é difícil prever quando termina”, analisa.

Cidades optam por modelos distintos
O modelo de parceria público-privada (PPP) adotado por Curitiba é bem diferente do escolhido por outras capitais. Em São Paulo, por exemplo, a gestão de quatro linhas do metrô é pública, feita pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. Apenas uma linha, a Amarela, inaugurada em 2010, é operada em regime de concessão.

Município contemplado pelo mesmo pacote de recursos federais que beneficiou Curitiba, Belo Horizonte também optou por um caminho diferente. Na capital mineira, que já possui rede metroviária administrada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a gestão é participativa, mas a administração é pública, embora a empresa seja de economia mista. O mesmo modelo será aplicado na ampliação da rede.

Consulta pública
Edital é alvo de questionamentos


O período de consulta pública ao edital do metrô tem movimentado setores da sociedade civil interessados na construção do modal. Um exemplo do interesse pelo projeto é o documento com sugestões e questionamentos protocolado nesta semana por sindicatos e entidades representativas. A principal dúvida refere-se à composição da tarifa técnica. “Não sabemos como foi criado esse item, quais os critérios e parâmetros que serviram de base para chegar a esse valor. Se você não sabe quais são os custos, é complicado para investir”, analisa Fabiano Camargo da Silva, economista do Dieese e assessor do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), uma das entidades que assinam o documento.


A oportunidade de questionar e sugerir modificações ao edital foi avaliada positivamente por Ulisses Kaniak, presidente do Senge-PR. Para ele, o metrô é um meio de transporte muito importante e Curitiba já deveria contar com essa opção de modal. “Em nome da sociedade, temos de prezar para que tudo ocorra de forma clara e com menor custo para que a população usufrua sem que paire nenhuma dúvida sobre a transparência do processo”, diz.


Indicadores de qualidade


Assim como ocorreu com a licitação do sistema de ônibus da capital, indicadores de qualidade do serviço de metrô também podem influenciar a remuneração da concessionária responsável pela operação do modal. O poder público vai fiscalizar o serviço com base em seis indicadores, já definidos no edital de licitação: cumprimento de viagens, reclamação dos usuários, falhas em veículos e sistemas de controle e fiscalização, disponibilidade de veículos e de estações e terminais de integração, e autos de infração.


Cada descumprimento dos indicadores representará um desconto de 2% do valor mensal bruto na remuneração devida por meio da tarifa técnica. O valor máximo a ser descontado é 12%. 


Continuação
Não há previsão para obras da segunda etapa do metrô


A Linha Azul do metrô deverá ter ao todo 22 quilômetros de extensão, ligando o bairro CIC ao Santa Cândida. A construção e operacionalização dos 7,8 quilômetros restantes, entre o centro e a zona Norte da cidade, ainda não tem previsão de sair do papel. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já conta com estudos sobre a implantação da segunda fase do sistema, mas não é possível estimar quando a linha será concluída, porque o município depende da arrecadação de recursos para a obra. Para a conclusão do traçado, um novo edital será lançado. 


Segundo o presidente do Ippuc, Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida, o trecho do eixo Norte-Sul é o único que preenche os requisitos para receber o transporte metroviário. “Nenhuma outra linha tem demanda suficiente para a implantação de um metrô”, diz. (FT)


Impacto
O efeito das obras no cotidiano da cidade não pode ser previsto, apesar de vários cenários elaborados pelo poder público. Embora o projeto inicial pressuponha a construção do metrô em três sistemas – elevado, cut and cover (corta e cobre) e túnel –, o edital deixa a escolha da tecnologia de construção em aberto. A empresa vencedora pode optar por melhorias no projeto, desde que não representem custos adicionais. 



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Metrô de Curitiba deve virar realidade em breve

domingo, 7 de agosto de 2011

Ao que tudo indica, o metrô curitibano está próximo de sair do papel e se tornar realidade. Em última visita ao Paraná, no último mês de julho, a presidente Dilma Rousseff declarou que Curitiba está muito bem cotada para receber recursos do Governo Federal para a construção do metrô. O anúncio do PAC da Mobilidade, que estava previsto para acontecer nas últimas semanas de agosto, foi prorrogado e deve acontecer ainda em 2011. Além da verba federal, o metrô curitibano contará ainda com recursos do governo estadual, da prefeitura municipal e de um investidor privado, que será escolhido através de licitação.

Todo o planejamento e a captação de verba junto ao governo federal estão sendo feitos para a construção da primeira fase do metrô curitibano, e a capital sai na frente pelo fato dos estudos técnicos e ambientais já estarem prontos. "Curitiba tem o melhor e mais adiantado projeto e também temos pouquíssimos casos para desapropriação de terrenos. Tudo isso nos coloca em vantagem em relação às demais cidades que disputam recursos do governo federal", afirmou o prefeito Luciano Ducci, durante apresentação do projeto em reunião Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná).

Diante esse cenário, o assunto voltou à tona e o os curitibanos já querem saber o que de fato o novo meio de transporte da capital irá mudar em suas vidas durante e após as obras de construção. Para o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), a capital não irá sofrer grandes mudanças durante os quatro anos de obras da primeira fase do metrô. Segundo o presidente da instituição, Cléver de Almeida, o fato de o metrô ser construído exatamente abaixo traçado das canaletas dos biarticulados faz com que as obras gerem pouco impacto no dia a dia da cidade. "Como há espaço nas canaletas e ainda temos as vias marginais, quase não teremos grandes interferências no trânsito. Nos pontos de cruzamentos será possível a colocação de lajes sob as obras para que o trânsito flua normalmente. As canaletas nos dão uma grande vantagem", diz.

Pouco impacto
Em relação ao fornecimento de água, luz e gás nas regiões próximas à linha de metrô, Almeida afirma que haverá poucas interrupções nesses serviços. De acordo com ele, qualquer obra de grande porte exige planejamento das fornecedoras. "Empresas como a Copel e Sanepar estão acostumadas a fazer intervenções para que seus serviços não sejam interrompidos nas proximidades de qualquer obra. Além disso, elas já estão com o projeto do metrô em mãos. Então, creio que não teremos problemas neste sentido", confirma.
Sistema integrado
Apesar das grandes mudanças que causará na cidade, o Metrô será integrado ao atual sistema de transporte da capital. Desta maneira, o usuário continuará podendo se utilizar dos outros meios de transporte através dos terminais e pagando uma única passagem. Segundo o IPPUC, é impossível tentar determinar hoje o preço que será cobrado pela passagem do metrô, já que o valor depende de uma série de fatores, como inflação, preço de combustível e energia, além do custo operacional.



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Em Curitiba, Promessa do Metrô ficou no papel

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Uma das principais promessas de Beto Richa quando foi reeleito prefeito de Curitiba em 2006 foi o metrô na capital. A proposta, no entanto, durou pouco. No fim do ano passado, o então prefeito Beto Richa se reuniu com o ministro do Planejamento Paulo Bernardo para tentar incluir a obra do metrô no PAC da Copa, mas não teve sucesso. O governo federal propôs que Curitiba financiasse toda a obra e ofertou R$ 960 milhões em financiamentos.

A prefeitura afirmou que não teria condições de bancar o projeto sozinha e admitiu que a cidade não teria o metrô para a Copa de 2014.Em julho de 2007, a prefeitura de Curitiba lançou edital para a elaboração dos estudos preliminares para implantação do metrô. No entanto, apesar de 44 empresas terem demonstrado interesse, nenhuma entregou documentação para participar da licitação.

Em dezembro do mesmo ano, a prefeitura lança novo edital. Em abril de 2008 o processo licitatório foi suspenso por determinação judicial. Em janeiro de 2009 a justiça autoriza a retomada da licitação do projeto básico de engenharia e dos estudos de impacto ambiental. Em março de 2009 foram assinados os contratos entre a Prefeitura Municipal de Curitiba e as empresas que venceram a concorrência pública para a realização dos estudos e projetos de engenharia para a construção do metrô de Curitiba (lote 1) e o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente - EIA-Rima (lote 2).

Em julho de 2009 dá-se início ao processo de sondagem do subsolo, para determinar a profundidade que deverá passar a primeira linha do metrô curitibano. Os estudos continuam, mas não há previsão para o financiamento da obra.

Fonte: Bem Paraná


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Licitação do metrô de Curitiba será retomada até março

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A licitação do metrô de Curitiba deverá ser retomada ainda no primeiro trimestre deste ano. Para isso, a prefeitura de Curitiba está fazendo ajustes técnicos solicitados pelo Ministério das Cidades no edital e aguarda uma resposta do Planalto sobre a recomposição do aporte federal no projeto. A ideia da gestão municipal é garantir a recomposição da inflação.

Segundo apurou a reportagem da Gazeta do Povo, os ajustes técnicos realizados no edital foram solicitados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao Ministério das Cidades.

A solicitação do TCU não impactou apenas a obra do metrô de Curitiba, mas outros grandes projetos de mobilidade espalhados pelo país. O órgão está pedindo mais detalhes nos projetos por conta dos desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato e das denúncias de cartel nas obras do metrô e trens de São Paulo.

Logo após a liberação do edital do metrô de Curitiba pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, a prefeitura encaminhou ao Ministério das Cidades um pedido para que o órgão federal se comprometa a corrigir o valor do aporte (hoje orçado em R$ 1,8 bilhão) de acordo com a inflação acumulada durante a obra. O mesmo pedido também foi feito ao governo estadual e municipal, que se comprometeram a aportar cada um R$ 700 milhões no projeto.

Pelo contrato, a obra pode levar até seis anos. A expectativa é de que a inflação acumulada do período não ultrapasse os 24%.

O edital do metrô de Curitiba foi suspenso no segundo semestre do ano passado após o TCE-PR solicitar informações e determinar que o texto fosse melhor detalhado. No final do ano passado, o órgão de controle liberou o certame, desde que a prefeitura adotasse recomendações feitas pelos auditores.

Informações: Gazeta do Povo

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Curitiba estima baratear metrô em R$ 250 milhões

quinta-feira, 17 de março de 2011

A prefeitura de Curitiba espera diminuir em R$ 250 milhões o custo do metrô, estimado em R$ 2,25 bilhões, com a isenção de impostos municipais (Imposto Sobre Serviço), estaduais (ICMS) e federais (PIS, Cofins e IPI). Após o carnaval, os prefeitos de Curitiba, Lu­­ciano Ducci, de Porto Alegre, José For­­­tunati, e de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, vão a Brasília ne­­gociar o corte de tributos. O objetivo das capitais é garantir a maior fatia possível dos R$ 6 bilhões disponíveis a fundo perdido (sem a necessidade de devolução) do PAC Mobilidade Grandes Cidades. Outras seis capitais estão na disputa: São Paulo, Rio de Janeiro, Bra­sília, Recife, Fortaleza e Salvador.

Na manhã de ontem, os três prefeitos se reuniram em Curitiba e saíram com o discurso afinado, sem detalhar o que deve acontecer na negociação que deve seguir com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro das Cidades, Mário Negromonte. “Va­­mos tentar viabilizar recursos em comum do orçamento da União. Há um quantitativo que vamos buscar por meio de empréstimos”, diz Ducci. Além disso, o projeto do metrô gaúcho deve usar o mesmo tipo de bitola (largura dos trilhos) e de carros, a fim de facilitar a negociação para importação. “O projeto de Porto Alegre não está pronto e pode vir a ser igual”, afirma.

O metrô curitibano está orçado em R$ 2,25 bilhões para os 14,2 quilômetros do trecho Sul; o projeto gaúcho, com extensão entre 12,5 e 15 quilômetros, deve custar entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,3 bi­­lhões; enquanto a expansão do metrô de Belo Horizonte é mais ampla, com 30 quilômetros em diferentes linhas ao valor de R$ 3,5 bilhões. Somados, eles ultrapassam os R$ 6 bilhões a fundo perdido e, por esse motivo, negociam uma composição. Também há outros R$ 12 bilhões disponíveis pelo PAC para empréstimos. De acordo com os prefeitos, a esperança de garantir o recurso se deve à existência de uma linha específica de financiamento federal para projetos de alta capacidade, caso dos metrôs.

Contrapartida
Curitiba espera garantir ao menos de 80% do valor total do metrô a fundo perdido, e os 20% restantes viriam de empréstimos do governo federal com uma contrapartida municipal. “Conside­rando o custo de R$ 2 bilhões, estamos fazendo equação financeira. Ninguém sabe com clareza como será essa composição”, despista Ducci. O eixo Norte-Sul, onde deve ser implantado o metrô, responde por cerca de 20% dos deslocamentos diários da capital e está no limite de sua capacidade operacional, com a saída de um biarticulado a cada 50 segundos no horário de pico, segundo o instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).






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Metrô de Curitiba volta à estaca zero

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Depois de uma década de projetos e estudos técnicos que consumiram quase R$ 11,5 milhões, o projeto do metrô curitibano voltou à estaca zero. A prefeitura anunciou ontem que convocará empresas para aprofundar os estudos para implantação do novo modal. O objetivo é viabilizar a obra, considerada “inconsistente” pela Comissão de Revisão do Projeto do Metrô de Curitiba.

Da proposta inicial, apresentada ainda na gestão do ex-prefeito Luciano Ducci, apenas o traçado deve ser mantido – 14,2 quilômetros, entre a Cidade Industrial e a Rua XV de Novembro, no Centro da capital. O custo da construção também deve ser bem maior do que os R$ 2,3 bilhões previstos anteriormente.

Isso porque a prefeitura pretende executar a obra por meio de uma nova modalidade construtiva, chamada Shield, que é mais cara. O método consiste em uma escavação mais profunda, a pelo menos 30 metros da superfície, feita por uma máquina conhecida como Tunnel Boring Machines, ou “Tatuzão”.


O relatório da Comissão de Revisão informa que o Shield tem um custo de execução aproximadamente 30% maior que o NATM (túnel escavado próximo à superfície) e entre 40% e 50% maior que o Cut and Cover (túnel mais raso em um sistema em que se escava e cobre), as modalidades construtivas inicialmente previstas e que agora serão abandonadas.

Segundo o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Fábio Scatolin, a vantagem é que o método Shield gera menos impactos sociais, econômicos e ambientais ao longo do processo de construção. A prefeitura temia os transtornos do trânsito na região em obras e o prejuízo causados a moradores e comerciantes com a interdição de ruas e quadras.

A comissão confirma que o metrô curitibano vai custar mais caro com a alteração do projeto, mas não revela valores. Em Porto Alegre – onde o projeto inicial de implantação do metrô é semelhante ao de Curitiba – abandonou-se a modalidade Shield justamente por causa do alto custo. A proposta apresentada pela Invepar/Odebrecht nesta modalidade apontava custo de R$ 9,5 bilhões: três vezes mais que os R$ 3 bilhões previstos inicialmente. Depois disso, a prefeitura de lá decidiu convocar as empresas para apresentar propostas na modalidade Cut and Cover.

Manifestação

O nome oficial da convocação a ser feita pela prefeitura é Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), um instrumento legal de consulta pública do mercado previsto na Lei das Parcerias Públicos Privadas (PPPs). As empresas que quiserem executar a obra poderão realizar estudos complementares e apresentar suas conclusões em até 90 dias. Neste processo, não haverá custos para o município. Ao fim, a prefeitura escolherá o projeto mais viável, adotado integral ou parcialmente, por meio de uma PPP.

Pressa
Prefeitura tem até agosto para confirmar verba federal de R$ 1 bilhão

Curitiba tem até o dia 30 de agosto deste ano para garantir o aporte de R$ 1 bilhão do governo federal para o projeto do metrô. Para isso, o município precisa confirmar à União que vai executar a obra. Não é preciso que o projeto esteja concluído. Basta um sinal verde da prefeitura para que a verba seja incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA) federal.

“É um dinheiro para a mobilidade que vamos fazer todo esforço para não perder”, garante o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Fábio Scatolin. Outros R$ 300 milhões devem ser destinados ao projeto pelo governo estadual. A contrapartida do município é menor: R$ 82 milhões. O restante virá de uma futura parceria público-privada com a empresa que se habilitar para a execução da obra. A estimativa mais otimista da prefeitura prevê que, se todo o processo de projeto for realizado dentro do previsto, as obras do metrô comecem a sair do papel em março do ano que vem.

Pires na mão

Ao comentar a provável elevação dos custos do metrô, Scatolin não descartou a hipótese de pedir uma nova ajuda federal. “Acho que o governo federal é sempre uma opção importante. Hoje a concentração de recursos federais é grande e a União é sempre parceira nesse tipo de processo”, disse.

Cronologia
O projeto do metrô levou uma década para ser concebido:

2002 – O Ippuc contrata estudos e projetos de engenharia para construção do metrô ao custo de R$ 6,9 milhões.

2007 – Prefeitura inicia os estudos de viabilidade técnica e financeira. O trabalho foi desenvolvido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que já apontava a necessidade de implantação de uma linha Norte-Sul.

2009 – O Consórcio Novo Modal vence a licitação para a execução dos estudos básicos que resultaram no atual projeto do metrô. O consórcio era constituído pela Empresa Brasileira de Engenharia e Infraestrutura, Esteio Engenharia S.A, Vega Engenharia e Consultoria Ltda e Engefoto Engenharia e Aerolevantamentos.

2010 – Consórcio entrega o projeto ao Ippuc, que previa a construção do metrô em duas etapas independentes. A primeira num trecho de 14,2 quilômetros, dos quais 2,2 quilômetros são em via elevada e o restante em via subterrânea.

2012 – O projeto do metrô curitibano é aprovado pelo governo federal, que confirmou o aporte de R$ 1 bilhão a fundo perdido e deu sinal verde para o início do processo licitatório. A publicação do edital, prevista para o exercício de 2012, acabou não acontecendo.

Por FELIPPE ANIBAL
Informações: Gazeta do Povo


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Metrô gera discussão no primeiro debate eleitoral de Curitiba

sábado, 4 de agosto de 2012

O primeiro debate eleitoral da campanha pela prefeitura de Curitiba teve 3h15 de duração e contou com a participação de seis candidatos. O debate começou às 21h45 de quinta-feira (2) e foi encerrado por volta da 1 hora de sexta-feira (3). O evento foi organizado pela TV Bandeirantes e teve transmissão interativa da Gazeta do Povo.
Inicialmente, os candidatos Bruno Meirinho (PSol), Gustavo Fruet (PDT), Luciano Ducci (PSB), Rafael Greca (PMDB) e Ratinho Júnior (PSC) foram convidados para o debate. Carlos Moraes (PRTB) conseguiu liminar para participar do evento. Ficaram de fora Avanilson Araújo (PSTU) e Alzimara Bacellar (PPL), pois seus partidos não têm representação na Câmara Federal.
Logo no primeiro tema sorteado – mobilidade urbana –, o transporte coletivo do município foi colocado em xeque. Fruet afirmou, por exemplo, que Curitiba é a única capital do Sul e Sudeste que vem perdendo passageiros por causa da queda na qualidade do serviço.

Já Greca acusou a gestão de Ducci de tratar o trânsito como um negócio privado e não como um serviço público: “São os radares malditos em cada esquina, prontos para multar com suas imagens corrompidas. Vou acabar com os radares caça-níqueis e substituí-los por lombadas eletrônicas”.
No contra-ataque, Ducci destacou seus feitos como prefeito e citou projetos como o do Ligeirão e do metrô. “Curitiba tem obras viárias por todos os cantos, tudo para dar fluidez ao trânsito. O metrô, por exemplo, foi uma batalha nossa em Brasília, que será realidade nos próximos quatro anos”, disse.
O metrô, inclusive, foi tema de discórdia entre ele e Ratinho. O candidato do PSC atribuiu a si próprio a inclusão de recursos para a obra no orçamento da União. Ducci, por outro lado, afirmou que, na verdade, o dinheiro está previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Já no debate sobre habitação, Fruet criticou a atuação da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) e a suposta criação da Secretaria de Habitação para acomodação de interesses eleitorais – o primeiro a assumir a pasta foi o deputado estadual Osmar Bertoldi (DEM), que era cotado para vice Ducci. “Temos de fortalecer o quadro funcional e o papel Cohab, que passa por uma situação de depressão”, atacou. Em complemento, Ratinho acusou Ducci de entregar moradias sem infraestrutura necessária, que seriam “depósitos de gente”.
“Não temos depósito de gente, mas um trabalho muito articulado para oferecer moradia digna à população que vive em áreas de risco”, afirmou o prefeito. Logo em seguida, Ducci passou a dar destaque à sua ligação com o governador Beto Richa (PSDB), citando ações que ambos realizaram quando o tucano era prefeito. Ao ser questionado sobre o aumento da criminalidade na cidade, por exemplo, Ducci citou as Unidades Paraná Seguro (UPSs), que estão sendo instaladas numa parceria da prefeitura com o governo do estado.
Antes do início do debate
O prefeito Luciano Ducci (PSB) chegou acompanhado do candidato a vice, Rubens Bueno (PPS), e do vice-governador, Flávio Arns (PSDB). Ele cumpriu a promessa de ir de ônibus ao debate. Mas era um ônibus alugado para o transporte dele e dos correligionários, e não um ônibus de linha.
Ao comentar o fato de estar a poucos minutos de participar do primeiro debate da sua vida, Ducci reconheceu que estava com um pouco de ansiedade. “Mas a minha preparação foi conhecer bem a cidade. Hoje, por exemplo, passei o dia inteiro visitando obras”, afirmou o prefeito de Curitiba e candidato à reeleição.
Gustavo Fruet (PDT) chegou acompanhado apenas da esposa, a jornalista Marcia Oleskowski. “Farei um debate propositivo. Me preparei [para o debate] a vida inteira, desde quando meu pai [Maurício Fruet] era prefeito”, disse o candidato do PDT.

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Recursos para metrô de Curitiba estão garantidos

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta terça-feira (24/04), em Brasília, a liberação de R$ 1 bilhão em recursos federais para o metrô de Curitiba. A obra, orçada em R$ 2,33 bilhões, terá também um aporte de R$ 300 milhões do Governo do Estado. O restante dos recursos será de responsabilidade do município e da iniciativa privada, por meio de uma Parceria Público Privada (PPP).

A verba para a obra foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento 2 - Mobilidade de Grandes Cidades. “A confirmação da transferência do recurso demonstra o bom entendimento entre o Paraná e o governo federal, que não se nega a liberar recursos para bons projetos”, afirmou o governador Beto Richa. Segundo ele, o metrô terá investimentos do Estado porque é fundamental para sustentar o crescimento e o desenvolvimento da capital e dos municípios que integram a Região Metropolitana de Curitiba.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o País precisa investir em metrôs para assegurar a sustentabilidade urbana nas grandes cidades. “Vamos apoiar projetos consistentes em conjunto com prefeitos e governadores, que conhecem a realidade local", disse a presidente ao liberar R$ 22 bilhões do governo federal para o PAC 2 para várias obras no País.

O prefeito Luciano Ducci, que participou da solenidade no Palácio do Planalto, afirmou que dará início ao processo de execução da obra nos próximos dias. Segundo ele, serão realizadas audiências e consultas públicas para a elaboração do edital da concorrência. “O objetivo é que possamos começar as obras do metrô até o fim deste ano", disse.

TRAJETO - O projeto do metrô de Curitiba deve ser concluído em quatro anos a partir do início das obras. A linha ligará os bairros da zona Sul da cidade, uma das mais populosas do município ao Centro. O trajeto terá 14,2 quilômetros de extensão e 13 estações.

Além de Curitiba, também foram contempladas com recursos para a implantação de sistemas de metrô as cidades de Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza. No total, as obras nessas capitais somarão 107 quilômetros de linhas de metrô.

Os recursos do PAC 2 Mobilidade de Grandes Cidades atenderão outros 51 municípios de 18 estados brasileiros. O investimento permitirá a da implantação de 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus. "Com melhor mobilidade ganha toda a sociedade", afirmou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

Também participaram da cerimônia de assinatura de liberação dos recursos do PAC da Mobilidade o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento).

Fonte: Governo do Paraná

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Proporção entre carro e habitante em Curitiba é a quarta maior do país

quinta-feira, 29 de março de 2012

O trânsito já se tornou reclamação constante na boca do curitibano e um dos motivos pode ser a quantidade de carros nas ruas da cidade. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital do Paraná tem a quarta maior proporção entre pessoas e automotores. Existe um veículo para cada 1,3 habitante. Isso significa que são 1.746.896 curitibanos para 1.315.305 veículos. Diante de tantos carros, o tráfego intenso acaba sendo inevitável.

Na avaliação do professor de Urbanismo do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Paulo Rolando de Lima, os congestionamentos e a demora no deslocamento diário vão continuar crescendo. “Este é o preço que se vai pagar por ter optado pelo transporte individual. Todos reclamam, mas querem ir à padaria de carro”. Aliado a isso, destacou o docente, tem-se a melhoria da renda da população e o crescimento da chamada Classe C, que consome cada vez mais e a partir de agora pode concretizar o sonho do carro próprio.

Parte deste problema, que também pertence a realidade da outras grandes cidades, pode ser solucionada com investimentos no transporte público a ponto de torná-lo confortável para aqueles usuários que não têm outra opção e atrativo para aqueles que possuem carro. A ideia é que o carro não faça parte do dia a dia. "O cidadão precisa entender que ele faz parte do funcionamento do trânsito", afirmou Paulo de Lima.

Foto: Luis Antônio de Andrade Silva
De acordo com o professor Paulo Rolando de Lima, a estrutura do transporte coletivo de Curitiba já funcionou bem, mas hoje, com o crescimento da cidade, o deslocamento para algumas regiões é difícil. “Só para o Centro está resolvido, mas precisa ampliar e melhorar as linhas que ligam os bairros”, afirmou. “É necessário dar eficiência e velocidade no percurso”, acrescentou.

Conforme análise do professor, poderia se criar canaletas exclusivas para o ônibus Interbairros e para o Ligeirinho, por exemplo. “Tem que ser mais eficiente, confortável, seguro e barato. Se você tiver que sair de casa com duas pessoas é mais barato ir de carro do que de ônibus”, declarou o professor. Atualmente a tarifa do transporte coletivo é de R$ 2,60.

A questão dos táxis que rodam pela cidade também deve ser avaliada para que haja melhoras no trânsito. Contudo, na opinião do professor, deve-se pensar em medidas direcionadas para os táxis como a utilização de faixas exclusivas. O professor considera, inclusive, alguns incentivos do governo para que o serviço fique mais barato. “Isso tiraria muito carros de circulação das ruas para deslocamentos diários, como levar os filhos na escola e ir ao trabalho”, comentou.

Atualmente, a proporção de táxis em Curitiba é de um carro para cada 775 habitantes. São, ao todo, 2.252 veículos autorizados a prestar o serviço. No Rio de Janeiro, onde a 32 mil veículos disponíveis, a proporção fica em um taxi para cada 197 habitantes. Em Porto Alegre, que é menor que Curitiba, a proporção é de um carro para cada 359 moradores. Os dados são das prefeituras e do IBGE. A Câmara Municipal de Vereadores aprovou o projeto de lei que permite o número de taxis nas ruas aumente entre 200 e 1.200. O projeto foi encaminhado para sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB).

O metrô que para muitos pode amenizar o trânsito e o problema do transporte público não é visto da mesma maneira pelo professor da UTFPR. “Como o metrô veio para substituir a linha dos Expressos (ônibus que circulam em vias exclusivas, chamadas de canaletas), ele vai resolver pouco. Mas, como é um fato consumado, é necessário fazer algumas coisas para aperfeiçoar o deslocamento como criar um sistema de alimentação, que leva as pessoas para as estações de metrô com o mesmo grau de eficiência que o metrô”, explicou.

O ideal é que se tenha também bicicletários e estacionamentos, para que as pessoas possam se for o caso, fazer parte do trajeto de carro. Estes aspectos estão previstos no projeto elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (Ippuc) e aprovado pelo Ministério das Cidades.

A primeira fase, chamada de Linha Azul, vai ligar a região Sul à Norte. De acordo com a prefeitura, este eixo opera atualmente com 400 mil usuários por dia. Serão 13 estações, da Cidade Industrial de Curitiba (CIC-Sul) à Rua das Flores, no Centro da cidade. As estações estarão cerca de um quilômetro de distância uma da outra e o metrô deve levar seis minutos para percorrer o trecho de aproximadamente 14 quilômetros.

Segundo Paulo de Lima, Curitiba pode atuar para melhorar o que se tem hoje e também para evitar que os problemas no trânsito ganhem proporções ainda maiores. E chama atenção para uma outra discussão. "Todas as escolas mesmo horário, todos os shoppings, talves as melhores soluções não estejam no trânsito e sim no funcionamento das cidades".

Para Ippuc, apesar da quantidade de carros, trânsito em Curitiba flui bem

Na avaliação do presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, o trânsito na cidade está em boas condições. "O nosso trânsito tem algumas retenções, mas é um trânsito que flui".

Segundo ele, ainda que haja muitos carros na cidade, 45% da população utiliza os ônibus coletivos. Almeida destaca que o poder público prioriza o transporte público e, por isso, é utilizado não só por quem necessita mas também quem tem a opção do transporte individual.

A Linha Verde (antiga BR-476), alvo de muitas reclamações, de acordo com Almeida, é uma das obras voltadas para o transporte público que criou um novo eixo de desenvolvimento integrado à cidade. O presidente acrescentou que com a Linha Verde aqueles que utilizam a linha Boqueirão tiveram o tempo de viagem reduzido e a frota disponível é moderna e confortável. Segundo ele, a prefeitura adquiriu 557 novos ônibus que são menos poluentes e também possuem capacidade para transporte mais passageiros.

Segundo o presidente do Ippuc, a Rede Integrada de Transporte (Rit) é ampla. “A gente tem uma rede de transporte com várias possibilidades de deslocamento e ele [o usuário] escolhe como fica mais fácil para ele do ponto de vista da origem e do destino”. De acordo com Almeida, em toda a cidade em, no máximo, 500 metros há uma linha do transporte coletivo. Ele ressaltou a linha Inter 2 que diante do crescimento da demanda recebeu novos veículos com maior capacidade e teve as estações tubo ampliadas.

Cléver Almeida destacou ainda que o metrô estará ligado com toda a rede de transporte coletivo assim como hoje ocorre nos terminais e que a prefeitura também está investindo em obras para facilitar a mobilidade da população como construção de trincheiras, pavimentação e a implantação do Anel Viário com 25 quilômetros de extensão. Esta obra visa, como declarou Almeida, retirar parte do trânsito do Centro da cidade e desta forma facilitar o deslocamento das pessoas.

Fonte: G1 Paraná
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Tarifa técnica do metrô de Curitiba está em R$ 2,45

domingo, 12 de janeiro de 2014

A Prefeitura de Curitiba afirmou, na tarde desta quinta-feira (9), que a tarifa técnica do metrô da capital será de R$ 2,45, 9,5% a menos que os R$ 2,71 previstos pelo projeto original feito na gestão do Luciano Ducci. O anúncio foi feito pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) durante evento de lançamento da minuta do edital do metrô, que pode  ser consultada, a partir de hoje, no site da Prefeitura Municipal. Até o dia 10 de fevereiro, o documento estará disponível para análises, críticas e sugestões por parte da comunidade. “Esse é um passo grandioso para Curitiba e queremos contar com a contribuição de todos. Cada etapa será cumprida com muita transparência e serenidade, para que possamos decidir aquilo que é melhor para a nossa cidade”, destacou o prefeito Gustavo Fruet. 

O secretário municipal do Planejamento, Fábio Scatolin, explicou que a redução na tarifa técnica ocorreu por causa do aumento nas receitas  (dinheiro ganho com a locação de espaços comerciais no metrô, por exemplo) e à desoneração dos impostos PIS e COFINS.

Na próxima quarta-feira (15), entre 15h e 18h, será realizada a primeira e única audiência pública para discutir a minuta do edital. O evento será aberto ao público e realizado no Parque Barigui.

Apesar de ser realizada apenas uma audiência, o prefeito Gustavo Fruet ressaltou que a administração municipal deu total transparência ao projeto do metrô curitibano. “Não será apenas uma consulta ou audiência, porque desde fevereiro do ano passado estamos afinando os pontos para este edital e dando total publicidade pro processo”.

Uma das exigências é o transporte de no máximo seis pessoas por metro quadrado durante o horário de pico, com intervalo máximo de dois minutos e meio entre trens. Também há aspectos de limpeza e conforto dos passageiros que serão obrigatórios para que o consórcio cumpra e, então, receba o repasse da prefeitura.

A tarifa técnica de R$ 2,45 é o teto que seria praticado hoje, mas como o metrô só entra em operação depois da obra, o preço deverá ser corrigido com base na inflação.

Fruet destacou a principal característica que permeia todo o processo: transparência. “A consulta pública tem o objetivo de mostrar à população todos os dados e termos que deverão constar do edital, ao mesmo tempo em que permite que todos os cidadãos ofereçam contribuições ou façam críticas ao documento, bem como aos seus anexos”, explicou Gustavo Fruet.

O prefeito fez questão de destacar que todo o processo de construção do texto final do edital de licitação será marcado pela transparência e pela ampla participação da sociedade. No dia 15 de janeiro, a partir das 15 horas, no Salão de Atos do Parque Barigüi, terá início a segunda etapa desse processo que é a audiência pública sobre a implantação do metrô.

Aberta a toda a comunidade, a audiência pública vai permitir que as pessoas levem pessoalmente ao prefeito, e aos integrantes do primeiro escalão do governo municipal, todas as suas dúvidas e solicitações a respeito do assunto. “Todas as contribuições serão consideradas, e nós explicaremos para a população quais serão as sugestões que poderão ser anexadas ao processo, assim como aquelas que, por questões técnicas, não puderem ser aproveitadas”, destacou Gustavo Fruet.

Após o período de 30 dias de consulta pública ao documento, terá início a redação final do edital de licitação que deverá ser lançado dentro de aproximadamente 45 dias. Depois disso, as empresas ou consórcios empresariais que desejarem concorrer terão um prazo de 90 dias para a apresentação de propostas. Está previsto para o mês de maio o anúncio do vencedor da licitação que, além de comprovar capacidade técnica e experiência no ramo, deverá apresentar a proposta com a menor tarifa para o metrô.

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Prestes a ser lançado em BH, sistema BRT vive lotado em Curitiba e no Rio

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus), que será inaugurado no próximo dia 15 em Belo Horizonte, vem sendo adotado no Brasil e no mundo como uma das soluções em mobilidade urbana. O sistema consiste basicamente em criar faixas exclusivas para ônibus, com mecanismos parecidos com os usados no transporte sobre trilhos, como o embarque a partir de plataformas. Entretanto, dois exemplos já conhecidos de BRT no país, o de Curitiba (PR) e o do Rio de Janeiro (RJ), são alvos de duras críticas por conta da superlotação e da falta de segurança – a reportagem ouviu pelo menos dez usuários e analistas em transporte de cada cidade.

Em Curitiba, primeira cidade do mundo a ter o serviço, o transporte é referência há 40 anos por sua agilidade, tecnologia e integração com a região metropolitana. Porém, o BRT já não comporta a demanda de cerca de 20 mil passageiros por hora nos horários de pico. Tanto que um dos principais trechos, que liga o centro à zona Sul da capital paranaense, será substituído pelo metrô, conforme projeto já em andamento.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Transoeste – a primeira de quatro linhas em construção – foi inaugurada há um ano e meio e já nasceu saturada, segundo usuários e engenheiros. A prefeitura chegou a multar em R$ 50 mil a concessionária pela falta de coletivos em circulação e a má conservação das estações. O alto índice de atropelamentos, motivado por falhas no projeto, também se tornou uma marca – em um ano de funcionamento, foram dez mortes –, além dos defeitos no asfalto das faixas exclusivas.

O mesmo prognóstico de lotação é feito em Belo Horizonte por engenheiros civis, que consideram o sistema limitado para a alta demanda das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado (leia mais na página ao lado).

O professor de engenharia de transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Paulo Cezar Ribeiro diz que, para cada demanda, há um meio de transporte adequado. “O BRT, aliado à alta tecnologia, é muito bom, além de barato. Mas ele não suporta mais do que 20 mil passageiros por hora”, afirma. Para demandas maiores, ele sugere o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que carrega 30 mil usuários por hora, e o metrô, que pode chegar a 80 mil.

CUSTO. Entretanto, o BRT tem se mostrado mais atrativo pelo baixo custo de execução – dez vezes menor que o do metrô. “O BRT é a solução para acentuar o monopólio rodoviário, e quem paga por isso é o usuário”, declara Fábio Tergolino, do movimento O Metrô que o Rio Precisa.


Até mesmo o presidente da Urbanizadora de Curitiba (Urbs) – responsável pelo BRT, Roberto Gregorio, admite que o sistema tem limitações. “Não teríamos condições de chegar a 50 mil passageiros por hora. Como nossa capacidade operacional chegará ao limite em cinco anos, estamos optando pelo metrô”, argumenta.

Sobre a lotação atual, ele diz que a introdução de mais ônibus não resolve. “Estamos estudando uma tarifa sazonal, com desconto para quem usar o ônibus fora do horário de pico”, completa.

Outras cidades

Copa do Mundo. Entre as obras de mobilidade para a Copa, o BRT foi o preferido pelos governantes. Além de Belo Horizonte, Curitiba e Rio, que estão com obras, Fortaleza, Porto Alegre e Recife também vão implantar o sistema.

Problemas de planejamento e de atualização comprometem o serviço

“O sistema em si é bom, mas faltam ônibus”, diz Henrique Costa, 26, que trabalha com exportação em Curitiba. A visão dele sobre o BRT parece unânime entre os curitibanos. Todos gostam do transporte, que chega a ser um atrativo turístico da cidade, como diz Aline Motter, 28, proprietária de um hostel: “Os hóspedes elogiam, até mesmo os estrangeiros. O BRT me ajuda nos negócios”, relata.

Por outro lado, o sistema é criticado pela lotação nos horários de pico. “É preciso aumentar a capacidade das vias exclusivas do BRT”, sugere Garroni Reck, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Já no Rio, os problemas vão desde a superlotação até a demora entre um ônibus e outro, além da má qualidade do serviço. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, destaca ainda a sinalização falha. “Houve uma série de erros, como a falta de um isolamento físico entre as faixas”.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
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