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Transporte de Curitiba entre as melhores práticas na América Latina

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O transporte coletivo de Curitiba foi tema, na tarde desta quarta-feira (25), do II Congresso sobre As Melhores Práticas de Sistemas Integrados e BRT (Bus Rapid Transit) na América Latina. O Congresso, na cidade de Leon, no México, reúne 29 agências gestoras de transporte coletivo que, juntas, atendem 19 milhões de passageiros por dia. O encontro é promovido pela SIBRT, a Associação de Sistema Integrados e Bus Rapid Transit.

O sistema curitibano foi apresentado pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, que mostrou a trajetória da Rede Integrada de Transporte (RIT) até a operação do Ligeirão, ônibus expresso que faz menor número de paradas reduzindo o tempo de viagem no deslocamento entre bairro e centro.

Para implantar o Ligeirão, contou Isfer durante a apresentação, Curitiba apenas alterou em alguns metros a disposição das estações ao longo dos eixos, criando espaço para implantação de uma faixa de ultrapassagem nas canaletas. Uma medida, explicou, que reforça a tradição da cidade de buscar soluções soluções simples e eficazes. A ultrapassagem nas canaletas, afirmou, permitiu ampliar a capacidade dos eixos, implantar linhas diretas entre o centro e os bairros e agregar à frota o maior ônibus em operação no mundo – biarticulados com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros.

Isfer apresentou de forma detalhada os cálculos e itens que compõem a tarifa do transporte curitibano e o funcionamento do sistema integrado que permite ao cidadão usar quantos ônibus forem necessários, sem limite de tempo, pagando apenas uma passagem.

Boas práticas - O presidente da Urbs destacou, entre as boas práticas da cidade a integração na operação do trânsito e do transporte na cidade. Ele mostrou o funcionamento, iniciado no mês passado do Centro de Controle Operacional (CCO) que reúne no mesmo espaço agentes, técnicos, engenheiros e fiscais do transporte e do trânsito, com monitoramento em tempo real dos ônibus e das ruas.

O CCO está operando atualmente com cinco câmeras, número que subirá para 21 até junho, instaladas em ruas do anel viário – sistema que permite deslocamento entre bairros sem passar pelo centro – e com monitoramento em tempo real dos ônibus Expresso. Até o fim do ano toda a frota de ônibus será incluída no monitoramento on line e, até 2014, a cidade terá 711 câmeras instaladas em pontos estratégicos das principais ruas e avenidas.

RIT - Ao apresentar a Rede Integrada de Transporte, Isfer destacou que a cidade se prepara para implantar seu primeiro trecho de metrô que, no caso curitibano, será mais um modal do mesmo sistema integrado.

O Congresso sobre as melhores práticas no transporte coletivo da América Latina também conta com participação de cidades da Colômbia, Chile, Peru, Equador, Paraguai e do México, que sedia o encontro. Também participam representantes do Banco Mundial e especialistas em transporte coletivo dos Estados Unidos e Europa. Do Brasil também participa a empresa que gerencia o transporte coletivo de Belo Horizonte (MG), a BHTrans que também implantou o BRT. O Bus Rapid Transit é, na prática, o Expresso curitibano – ônibus que trafegam em vias segregadas, no caso de Curitiba, as canaletas, desde 1974.

Canaletas exclusivas - Curitiba tem atualmente 81 quilômetros de canaletas por onde trafegam os ônisbus do sistema Expresso – na cor vermelha, o Expresso convencional que pára em todas as estações tubo do eixo e, na cor azul, o Expresso Ligeirão que faz a ligação mais rápida entre os bairros e o centro.

Implantado em 2010, com ônibus articulados (170 passageiros) o Ligeirão ganhou a cor azul e biarticulados modernos (250 passageiros) em março do ano passado. Nestes dois anos, Curitiba já ganhou duas linhas de Ligeirão, fazendo a ligação com o centro dos bairros Boqueirão e Pinheirinho. No mês passado foram iniciadas as obras para implantação de mais um Ligeirão, desta vez fazendo a ligação do bairro Santa Cândida com a Praça do Japão.

A Rede Integrada de Curitiba atende, além da capital, 13 municípios da Região Metropolitana, com uma tarifa única. São 1915 ônibus na frota operante que percorrem por dia 490 mil quilômetros em 21 mil viagens. Por dia, são 2,3 milhões de passageiros transportados.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Em Curitiba, Relação entre tarifa e salário mínimo permanece abaixo da média histórica

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mesmo com o retorno da tarifa de ônibus na Rede Integrada de Transporte (RIT) para R$ 2,85, o peso do transporte em Curitiba e região em relação ao salário mínimo é o menor dos últimos 13 anos – com exceção dos primeiros 10 meses deste ano, quando a tarifa estava congelada.

Com a tarifa da tarifa da RIT – que inclui Curitiba e 13 municípios vizinhos – a R$ 2,85, o usuário que pagar 50 tarifas por mês vai gastar R$ 142,50 – o que equivale a 19,68% do salário mínimo, que é de R$ 724. É um percentual bem inferior à média do período 2012-2014, que é de 25,5%.

O percentual era de 18,65% desde janeiro deste ano, quando o salário mínimo teve reajuste e a tarifa permaneceu congelada. Mas, excetuando-se esse período, nunca foi tão baixo. Em abril de 2002, por exemplo, o custo de 50 tarifas equivalia a 35% do salário mínimo, e em maio de 2004 alcançou o maior patamar – 36,54% do salário mínimo.

“Ainda teremos uma das tarifas mais baixas do País, na comparação com o salário mínimo”, disse o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior.

A tarifa de ônibus em Curitiba estava congelada há um ano e quatro meses – desde julho do ano passado, quando foi reduzida de R$ 2,85 para R$ 2,70. Por causa do congelamento, desde janeiro deste ano o custo de 50 tarifas estava em 18,65% do salário mínimo.

O retorno da tarifa ao valor de março de 2013 foi definido em conjunto entre Urbs e Coordenação da Região Metropolitana (Comec). A medida reduz a diferença entre o valor pago pelo usuário e o custo real do transporte, que atualmente exige um subsídio mensal de R$ 12 milhões. No total, de fevereiro do ano passado a outubro deste ano, foram destinados R$ 194 milhões dos cofres de Curitiba e do Estado para cobrir essa diferença.

Com a tarifa a R$ 2,85, a diferença para a tarifa técnica (que equivale ao custo real do transporte e é o valor repassado às empresas de ônibus) passa a ser de R$ 0,33 – valor que continuará sendo coberto por subsídio.

Até dezembro, a Prefeitura repassará mais R$ 5,7 milhões para completar a tarifa técnica e o governo do Estado outros R$ 13,6 milhões. A parcela do Estado é maior para cobrir a diferença do custo das linhas da região metropolitana de Curitiba, integradas com Curitiba, que chegam ao valor de R$ 4.

RIT

A Rede Integrada de Transporte tem uma frota operante de 1.945 ônibus que fazem, por dia, 21,5 mil viagens. A RIT transporta 2,3 milhões por dia e destes, 1,1 milhão são passageiros pagantes equivalentes sendo que 56% das passagens já são pagas com cartão transporte, índice que era de 53% até junho. Esse crescimento no uso do cartão transporte significa que R$ 300 mil deixam de circular em ônibus, estações e terminais, aumentando a segurança de usuários e operadores.

Informações: Urbs

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Curitiba projeta transporte com nova bilhetagem, ônibus elétricos e multimodal

domingo, 2 de junho de 2019

A eletromobilidade, a multimodalidade e um novo sistema de bilhetagem são os próximos passos de Curitiba para a modernização da Rede Integrada de Transporte (RIT). Os planos da cidade neste campo foram destacados pelo prefeito Rafael Greca, na tarde desta quinta-feira (30/5), em palestra no 7º Fórum Paranaense de Mobilidade Urbana, no Salão de Atos do Parque Barigui.

À platéia formada por técnicos em mobilidade de todo o estado, vereadores e secretários municipais, Greca destacou a aprovação, pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), de um crédito de R$ 739 milhões para projetos socioambientais e de transporte.

O prefeito também destacou o credenciamento, pela Urbs, de empresas para a venda de créditos do sistema de transporte coletivo de Curitiba para o novo sistema de bilhetagem. “A tecnologia nos permite retirar o dinheiro de circulação no sistema de transporte. Quanto menos dinheiro houver disponível em estações e nos veículos, mais rapidamente nos livraremos da microcriminalidade motivada pelo uso de drogas”, disse.

Segundo Greca, as ações de mobilidade em Curitiba seguem o princípio da valorização do que é projetado e produzido pela cidade. Ele citou como exemplo o êxito do BRT e as possibilidades de avanços a partir da estrutura da Rede Integrada. “Sustentável dentro da nossa realidade é aquilo que a gente consegue pagar. O custo do quilômetro do BRT é mil vezes menor que o de um metrô e cem vezes menor que de um VLT”, observou.

Ele citou a importância da renovação da frota de transporte. Nesta sexta-feira (31/5) foram entregues mais 14 novos ônibus. “Quando entrei a frota estava sucateada, hoje está renovada. Amanhã chegaremos a 262 novos veículos e serão 450 até 2020.”

Inter 2

Parte dos recursos externos garantidos por Curitiba são para o financiamento do projeto Inter 2, de reestruturação viária, implantação de novos corredores para os ônibus e de um novo modelo de estações, climatizadas e auto-sustentáveis. A linha, que é a mais carregada entre as que circulam fora das canaletas exclusivas, deverá ser a primeira da cidade a contar com veículos movidos a energia limpa.

“Fixamos 2025 como o horizonte para a eletromobilidade e o Inter 2 integra este processo. São ações convergentes aos projetos de Curitiba contra o aquecimento global, que constam também nas prioridades do Grupo de Cidades do C40,  do qual fazemos parte.”

O avanço da micromobilidade, com patinetes e bicicletas compartilhadas, e do plano de estrutura cicloviária como componentes multimodais do transporte foram destacados. “A ideia é acoplar estações de micromobilidade aos terminais de transporte, de forma que pelo próprio sistema de bilhetagem seja possível acessar esses veículos”, disse Greca.

Na opinião dele, o tempo dos governos é o tempo de fazer. “A burocracia é um conjunto de redes tricotadas por pessoas sem imaginação que querem infelicitar as cidades, os estados e o país para que não se exerça a inteligência e para que a criatividade não flua. O segredo de Curitiba, quando desenhou o sistema de transporte no Ippuc, foi o de usufrur da alegria de fazer.”

Nova bilhetagem

A ampliação da rede de venda e carregamento de créditos em cartão-transporte facilita a vida dos usuários e deve reduzir significativamente a circulação de dinheiro nos ônibus, nas estações-tubo e nos terminais.  

As empresas RecargaPay e Qiwi já apresentaram a documentação exigida no edital da Urbs. Outras empresas poderão se credenciar até 20 de junho de 2021 e ampliar ainda mais as opções de compra e recarga para quem utiliza o transporte público na cidade.

Com o início da operação das empresas credenciadas, os usuários poderão fazer o carregamento do cartão-transporte por meio de venda assistida (com operador), máquina de auto-atendimento, aplicativos móveis, websites, totens, garantindo mais praticidade, conforto e segurança ao sistema de transporte.

De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Maia, a bilhetagem representa uma modernização da cobrança. "É uma medida com tripla finalidade: possibilitar o avanço tecnológico, aumentar a segurança de profissionais e passageiros com a retirada de dinheiro vivo de circulação e dar sustentabilidade financeira ao transporte público".

Hoje, a venda de créditos ocorre na própria Urbs, que tem sede na Rodoferroviária, no site da empresa e em locais credenciados, como bancas de jornal. 

Fórum de mobilidade

Na tarde desta quinta, foi eleita a direção do Fórum Paranaense de Mobilidade. Na presidência está Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs; na vice-presidência de Transportes, Arielly Dantas, de Campina Grande do Sul; e o vice-presidente de Trânsito é Samir Moussa, de Campo Largo.

Nas coordenações regionais estão Leônidas Martins Jr., de Paranaguá; Jair Gonçalves da Rocha, de Pato Branco; Antonio Carlos Lopes Mendes, de Apucarana; e Cristiane Coelho, de Palmas.

Para a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, o fórum é importante para a troca de experiências entre as cidades. “O que deu certo para uma cidade pode ser multiplicado para outras, fazendo as devidas customizações.”

O evento segue nesta sexta-feira com palestras e debates e a presença do secretário nacional de Mobilidade Urbana, Jean Carlos Pejo.

Informações: URBS


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Governo do Paraná não prevê verba para renovar subsídio à passagem de ônibus

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A manutenção da integração do transporte coletivo entre Curitiba e 13 municípios da região metropolitana (RMC) está novamente na berlinda. No projeto de lei orçamentária de 2014, o governo estadual prevê apenas R$ 11 milhões em subsídios ao transporte. O valor é suficiente apenas para cobrir as duas últimas parcelas do convênio que subsidia o sistema e que se encerra em fevereiro de 2014.
Transporte coletivo em Londrina
Sem novos aportes, é difícil imaginar a continuidade da Rede Integrada de Transporte (RIT) sem reajuste na tarifa. A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que gerencia o sistema, estima que o déficit nas contas da RIT seja 43% maior no ano que vem, chegando a R$ 97,7 milhões.


No início deste ano, uma longa e desgastante negociação – com ameaças de rompimento da integração – resultou na renovação do subsídio concedido pelo Estado desde 2012 para garantir uma passagem mais barata ao usuário. A Urbs alega que o transporte na capital se paga sozinho e que o rombo é causado pela integração.

Entre maio de 2013 e fevereiro de 2014, por exemplo, o déficit provocado pela integração com a região metropolitana deve chegar a R$ 68 milhões. Desses, R$ 40 milhões foram bancados pelo governo. O restante foi coberto por R$ 22,7 milhões repassados pela prefeitura e R$ 5,4 milhões viriam da isenção às empresas de transporte do ICMS de óleo diesel.

Novas negociações entre governo do estado, Urbs e prefeituras já começaram – mas há pouco ou nada de concreto. O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, afirma que é impossível manter a integração da rede sem um novo desembolso do Estado.

“Se a gente considerar só Curitiba, eu diria que o sistema está equilibrado. O que gera déficit é a operação intermunicipal, que é de responsabilidade do governo do estado. Obviamente, então, essa questão envolve necessariamente o governo do estado”, disse.

Preocupação

O presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), Luizão Goulart (PT), que também é prefeito de Pinhais, vê com preocupação a falta de definição para a integração. “Não existe um plano B. Se não houver subsídio, não há integração”, resume. “Mas acho pouco provável que, em ano de eleição, o governo queira assumir o ônus político de um rompimento na integração”, completou.

Em nota emitida pela Coordenação da Região Metropolitana (Comec), o governo do estado disse que “defende a manutenção da integração do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba, que é uma conquista de mais de 20 anos da população”. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o prefeito Gustavo Fruet (PDT) cumpria agenda nos Estados Unidos e que não se manifestaria.

Repactuação da tarifa ocorrerá no início de 2014

Os contratos de concessão dos lotes que operam no transporte coletivo da Rede Integrada de Transportes (RIT) preveem a repactuação da tarifa, o que deve ocorrer em fevereiro, database dos motoristas e cobradores. Além das reivindicações salariais que quem dirige os ônibus, investigações recentes sobre o cálculo tarifa – como a auditoria feita pelo do Tribunal de Contas do Estado e da CPI do Transporte – serão levados em consideração.

“Estamos discutindo um aprimoramento da modelagem tarifária, do ponto de vista da tarifa técnica. A vigência da comissão de auditoria, determinada pela prefeitura, foi prorrogada e essa comissão tem trabalhado também para identificar oportunidades para a redução da tarifa técnica”, disse o presidente da Urbs, Roberto Gregório.

Paralelamente, o Ins­­ti­­tuto de Pesquisa e Plane­­jamento Urbano de Curitiba (Ippuc) realiza a pesquisa Origem-Destino, com o objetivo de quantificar os usuários do sistema e mapear o deslocamento dos usuários. Com base nisso, seria possível dimensionar o sistema e saber o real peso da integração. Prefeitos da região metropolitana cobram agilidade na conclusão do trabalho.

“Nenhuma das informações que temos é confiável. O Instituto Curitiba de Informática (ICI) não disponibiliza informações claras. Ninguém sabe onde está o déficit. Vamos ter isso quando houver uma pesquisa séria e quando sentarmos numa mesa para discutir, governo do estado, prefeitos e empresas”, aponta o presidente da Assomec, Luizão Goulart.

Negociações

A renovação do subsídio entre o governo do estado e a prefeitura de Curitiba se arrastou por meses. Após declarar que não renovaria o acordo, o governador Beto Richa (PSDB) recuou e anunciou o repasse de R$ 40 milhões para auxiliar na integração do transporte com a região metropolitana.

Por Felippe Anibal
Informações: Gazeta do Povo
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Campanha em Curitiba: Nos ônibus dê lugar ao idoso e pessoas com deficiência

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Curitiba lançou nesta quarta-feira (3) uma campanha de valorização dos direitos dos idosos e pessoas com deficiência usuários da Rede Integrada de Transporte (RIT). Com o tema “Respeite a lei: o embarque de idosos e pessoas com deficiência é prioridade”, a campanha foi lançada na Praça Rui Barbosa pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, gestores das áreas de fiscalização, cadastro e operação do sistema de transporte de Curitiba e representantes do Sindicato das Empresas de Transporte (Setransp).

Na praça foram distribuídos um milhão de folhetos com o tema da campanha. Nos terminais de transporte, grandes placas repetem o alerta, informando ainda os números das leis que garantem a prioridade aos idosos e a pessoas com deficiência. Mais de 2 mil adesivos da campanha foram afixados em todas as portas das estações tubo e cartazes foram colados em ônibus, pontos de parada e em totens publicitários do mobiliário urbano. Além disso, 200 ônibus circulam com cartazes da campanha colados no vidro traseiro, os chamados busdoors.

Educação - Apesar do frio intenso, usuários do transporte paravam para ouvir as explicações. “É importante fazer esse trabalho”, afirmou dona Terezinha Coninck, que desembarcou na Rui Barbosa, parando a caminho do consultório médico para receber o folheto da campanha. “Está faltando muita educação, precisamos educar melhor nossos jovens, até para que eles não passem a vergonha de sentar num banco que é só para idoso ou deficiente”, afirmou. Consciente de seus direitos, ela conta que não hesita em pedir licença à pessoa que estiver ocupando um banco exclusivo. “Está faltando respeito aos mais velhos nesse mundo”, lamenta.

Usuária frequente do sistema de transporte, ela diz conhecer pelo nome a maioria dos motoristas dos ônibus que utiliza. “Eles são muito queridos, mas tem gente que entra e sai do ônibus e nem cumprimenta o motorista que está ali, trabalhando prá gente. As pessoas deviam se cumprimentar mais, sorrir mais, que a vida ia ficar mais fácil”, aconselha, do alto de seus 80 anos.

Respeito - O presidente da Urbs, Marcos Isfer, destaca que dar prioridade ao idoso é uma obrigação tanto do ponto de vista legal quanto por uma questão de educação e cidadania. “O que esperamos é que mais e mais pessoas sejam alertadas para esta questão e tenham uma atitude de respeito ao idoso, à pessoa com deficiência, enfim uma atitude de respeito próximo, dando um exemplo de cidadania”, afirma.

A ideia de promover uma campanha alertando para o direito de idosos e pessoas com deficiência surgiu em reuniões do Conselho Municipal do Idoso, do qual a Urbs faz parte. O diretor de Transporte da Urbs, Lubomir Ficinski, conta que a falta de educação e desobediência à lei da prioridade foram assunto de muitas reuniões, que são acompanhadas pelo Ministério Público. “Concluímos pela necessidade de fazer uma campanha falando diretamente com o usuário do transporte e tivemos a adesão imediata dos operadores, através de seu sindicato”, afirma.
Iniciativa da Urbs e Setransp, a campanha foi projetada para chegar aos 2,3 milhões de passageiros transportados diariamente pelo sistema.

Gratuidades - Além de prioridade no embarque e uso dos assentos exclusivos, pessoas com mais de 65 anos e pessoas com deficiência com renda familiar de até três salários mínimos também têm direito a gratuidade no transporte coletivo. Estão cadastrados na Urbs 174 mil idosos e 15,5 mil pessoas de deficiência que fazem 2,6 milhões de deslocamentos por mês.

A Rede Integrada de Transporte registra 2,3 milhões de passageiros transportados por dia útil e conta com 30 terminais de transporte, 82 quilômetros de canaletas exclusivas dos ônibus, 364 estações e 1915 ônibus que percorrem 490 mil quilômetros em 21 mil viagens por dia.


Fonte: Prefeitura de Curitiba


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Salvador: Resumo dos principais projetos de obras viárias

segunda-feira, 29 de março de 2010


A exposição desses projetos está percorrendo locais de grande fluxo de pessoas para que toda a população possa ter acesso. As reações tem sido de contentamento
Mobilidade Urbana - Uma ousada proposta para resolver alguns dos graves problemas do trânsito e do transporte coletivo de Salvador e Região Metropolitana. As ações estão consolidadas em dois grandes planos: Rede Integrada de Transporte (RIT) e Programa de Obras Viárias (PROVIA). Rede Integrada de Transporte (RIT) - A RIT vai implantar um Sistema Multimodal de Transporte de passageiros. As principais ações são: a modernização do Trem do Subúrbio, a complementação da linha Lapa - Pirajá do Metrô e a novidade: o Sistema BRT (Bus Rapid Transit), que em sua primeira etapa adapta 36 quilômetros do sistema viário principal, com prioridade para a circulação de ônibus. Na nossa cidade, esse sistema vai se chamar Trans Metrópole.
Programa de Obras Viárias (Provia) - O Programa de Obras Viárias vai solucionar os maiores engarrafamentos da cidade na região do Iguatemi, Bonocô e Paralela e ainda incrementar as soluções de trânsito rápido com cerca de 59 quilômetros de cinco novas vias, sendo as principais a Linha Viva e a Avenida Atlântica.
Avenida Atlântica - Uma alternativa à Paralela com 14,6 quilômetros de pista dupla, que começa da Avenida Luís Eduardo Magalhães e termina na Avenida Dorival Caymmi, integrando o Centro de Convenções. A previsão é que o tempo total de deslocamento por esta via seja menor do que 20 minutos.
Ponte Pituaçu - A Ponte de Pituaçu faz parte da Avenida Atlântica e passa por cima do Parque de Pituaçu, preservando a natureza. É a primeira ponte pêncil do Brasil, com 1 quilômetro de extensão e 600 metros de vão livre, projetada com tecnologia de ponta para ser muito leve e não interferir na paisagem.
Linha Viva - Mais uma alternativa à Paralela, com 18 quilômetros de pista dupla, ligando Bonocô e Rótula do Abacaxi ao Aeroporto.
Nova Cidade Baixa - Um projeto que vai promover a requalificação urbana, ambiental e paisagística do trecho que vai do Campo Grande até a Ribeira. A proposta principal é abrir a frente marítima da cidade para todos, criando espaços públicos de qualidade e o apoio a um sistema eficiente de transporte público que priorize a articulação de todos os setores da cidade baixa e a conexão com a cidade alta. O projeto tem também como objetivos a melhoria das moradias, através da recuperação e ocupação de edifícios e áreas degradadas, e a implantação de uma rede de equipamentos de grande porte destinados à cultura, ao esporte e ao lazer da população.
Via Expressa - É mais uma via rápida que vai ligar a BR ao Comércio, passando pela Avenida Barros Reis e Baixa de Quintas e, no futuro, ainda pode ser ligada à Ponte Salvador-Itaparica. Uma via que vai movimentar o turismo, os negócios e facilitar a vida de quem mora em Salvador e trabalha em outras cidades. Orla - Um projeto que requalifica a orla do Jardim de Alah até Itapoã. O objetivo é criar novos equipamentos de uso público, padronizar as barracas de praia, oferecer novos serviços aos banhistas e ainda organizar a circulação de transporte, melhorando o trânsito. Em alguns trechos, a pista vai ser ampliada.
Via Histórica - Uma via que liga o Campo da Pólvora em Nazaré ao Terreiro de Jesus no Centro Histórico. A grande novidade desse projeto é uma passarela rolante de 400 metros que vai dar mais conforto a quem anda a pé. Terão ainda projetos específicos o bairro de Ondina, Parque das Dunas na Praia do Flamengo, o Parque Tecnológico, a nova Fonte Nova, a Ladeira da Barra, o Cajazeiras Golf Clube e Aeroporto.

Fonte: Tribuna da Bahia
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Frota de ônibus de Curitiba cresceu 9,10% em 13 anos

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O transporte urbano de Curitiba, exportado para várias capitais principalmente pela adoção dos ônibus biarticulados, estações tubo e sistema de canaletas exclusivas, parece que não conseguiu acompanhar o próprio desenvolvimento proposto. Desde o final do século passado, a frota de ônibus operante avançou apenas 9,9%. Já a frota de veículos quase dobrou.

Segundo os dados da Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável por administrar o sistema de transporte coletivo, no ano de 2000 circulavam na Capital 1.756 ônibus do sistema de transporte público. Em 2.013, esse número passou para 1.930. 
Outro serviço de transporte coletivo que também não apresentou mudanças nem mesmo com a chegada do século 21 foi de táxis. O número de carros operando é de 2.252 carros, com idade média de dois anos. O número é o mesmo de 1973, ou seja, de 40 anos. E apenas quatro são adaptados para o uso de portadores de deficiência.

Em agosto deste ano, após várias discussões e até mesmo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal, houve a aprovação em 2012 de uma lei municipal autorizando o aumento do número de táxis na cidade. O edital de licitação foi lançado no dia 16 de agosto, prevê a outorga onerosa de 750 autorizações para a prestação de serviços de táxi em Curitiba por 35 anos, prorrogáveis por mais 15 anos.

Carros — Em contraponto a essa paralisação dos avanços do sistema de transporte público em Curitiba, do final do século 20 para cá o trânsito de Curitiba ganhou praticamente o dobro do número de carros. Em 13 anos, a frota de veículos da capital cresceu 97,83%% e as ruas da cidade ganharam 660.203 unidades automotivas, elevando a frota de 674.781 para 1.334.984 veículos, segundo o Anuário Estatístico do Departamento Nacional de Trânsito (Detran).

Esse crescimento, que pode ser classificado matematicamente como exponencial, foi bem superior ao aumento de 16,48% registrado no número de moradores da Capital paranaense em igual período. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Curitiba em 2000 era de 1.587.315 habitantes e, em 2013, é formada por 1.848.946 moradores, de acordo com as estimativas sobre os números do Censo de 2010. Considerando a frota de veículos na cidade e o número de habitantes, a proporção é de 1 automóvel por 1,3 habitantes. 

O baixo índice de ampliação e modernização do sistema de transporte público, além de absorver os 261.631 novos habitantes que a cidade ganhou em 13 anos, também foi obrigado a responder pelo aumento do número de usuários da Rede Integrada do Transporte (RIT), implantado em 1974. Atualmente, o Sistema Integrado de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana garante a integração físico-tarifária de 14 municípios da Grande Curitiba.

Para dar prioridade ao transporte coletivo, a Rede Integrada de Transporte conta com 81 km de canaletas exclusivas, garantindo a circulação viária do transporte coletivo. O sistema transporta mais e 2 milhões de pessoas por dia e liga a cidade de Norte ao Sul, Leste a Oeste.

Informações: Bem Paraná
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Em Curitiba, 120 ônibus biarticulados e dois terminais de transporte receberão TV's

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Até o fim de março, 120 ônibus biarticulados e dois terminais de transporte, ainda a serem escolhidos, receberão aparelhos de tevê para veiculação de notícias e informações de utilidade pública. Disponível atualmente em 46 ônibus, o serviço de mídia embarcada é, além de um espaço de informação, uma fonte de receita para o município. Sem qualquer custo para a Prefeitura, vai gerar recursos de publicidade que serão destinados obrigatoriamente à melhoria do sistema de transporte coletivo.

Até o início do ano, a novidade estava implantada em apenas cinco ônibus. Hoje, telas de LCD de 19 polegadas estão em toda a frota do Ligeirão Azul (26 ônibus) e em 20 biarticulados vermelhos das linhas Santa Cândida-Capão Raso e Centenário-Campo Comprido.

Para maior conforto dos passageiros, todas as mensagens são veiculadas sem áudio. A programação é dividida da seguinte forma: 40% do tempo para notícias, 15% para informações prestadas pela Prefeitura e 15% para informações prestadas pela Urbs. Com a mídia embarcada, se um determinado ônibus precisar mudar de rota ou não puder parar em uma estação,  em função de acidente ou obra, por exemplo, o usuário será informado durante a viagem.

A mídia embarcada abre espaço também para veiculação de utilidade pública, informando por exemplo, sobre campanhas de vacinação, previsão de tempo, ruas em obras etc.

O restante do tempo (30%) será destinado a publicidade, explorada pela empresa Midiaplan, vencedora de licitação feita no ano passado e responsável pelo investimento e manutenção – o que significa que não há custos para o município. O investimento inicial previsto é de R$ 54,9 milhões.

Terminais

O contrato prevê implantação de mídia embarcada com monitores de alta tecnologia dentro de no máximo três anos em cerca de 1.500 dos 1.920 ônibus da frota operante da Rede Integrada de Transporte. Dentro de um ano, o mesmo sistema, agora com telas de 32 e 42 polegadas, será instalado nos 21 terminais urbanos e no Terminal Guadalupe.

A estimativa de receita feita pela Midiaplan prevê que já no primeiro ano de operação, R$ 2,7 milhões serão destinados  ao transporte coletivo. Para o final do ano que vem, a previsão é chegar a R$ 14,2 milhões.

Ainda em processo de implantação, o sistema por enquanto oferece notícias e informações, ficando a venda do espaço publicitário para etapas seguintes, quando for maior o número de TVs ligadas nos ônibus e também nos terminais.
  
A Rede Integrada de Transporte (RIT) conta com uma frota operante de 1.920 ônibus e atende Curitiba e 13 municípios da Região Metropolitana. Por dia, são 2,3 milhões de passageiros transportados, 21 mil viagens e 490 mil quilômetros percorridos. A Rede conta com 82 quilômetros de vias exclusivas para os ônibus (canaletas), 30 terminais de transporte, 364 estações tubo e cerca de 9,5 mil pontos de paradas.

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Tecnologia em teste permite comprar passagem pelo celular em Curitiba

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Foi-se o tempo em que era preciso carregar fichas para andar de ônibus ou metrô. Mesmo o pagamento em dinheiro é preterido por grande parte dos usuários, que prefere utilizar o cartão-transporte. Para facilitar ainda mais a vida de quem usa transporte coletivo, muitas empresas de bilhetagem eletrônica estão investindo no desenvolvimento de tecnologias que otimizem o tempo dessas pessoas, e o futuro parece estar na tela do celular. Em São Paulo, a SPTrans implantou um sistema de recarga de créditos que é feito inteiramente pelo aparelho.

Quem desenvolveu o sistema foi a Rede Ponto Certo, que fornece a tecnologia do Bilhete Único, usado na capital paulista. De acordo com o presidente da rede, Nelson Martins, foram cerca de nove meses de desenvolvimento do produto. O sistema é simples (veja no gráfico desta página): basta baixar um aplicativo no celular para efetuar a compra de novos créditos. O próprio aparelho fará a recarga no cartão. “Atualmente, você precisa ir em loja ou entrar na fila para fazer uma recarga do bilhete único. Com o aplicativo, todo mundo tem um encriptador para fazer as transações”, conta.

Como a tecnologia já foi desenvolvida, pode ser replicada rapidamente por todo o país. A Rede Ponto Certo atua em cerca de 300 cidades brasileiras, que já poderiam receber um sistema igual. Por enquanto, cerca de 100 mil pessoas já baixaram o aplicativo na Google Play e as avaliações são positivas. Segundo Martins, o próximo passo é transformar o próprio celular em cartão e usá-lo para liberar as catracas.

Curitiba

Embora a Ponto Certo seja a única empresa que tenha recebido a homologação da SPTrans para operar essa tecnologia em São Paulo, outras companhias também realizam projetos semelhantes. Esse é o caso da curitibana Dataprom, que desenvolveu o sistema de bilhetagem eletrônica em operação na Rede Integrada de Transporte (RIT).

A empresa está criando duas soluções para pagamento utilizando o celular, conforme explica o gerente de integração, João Franqueto. A primeira é substitui o chip SIM CARD de celulares por um modelo compatível com a tecnologia dos validadores. “Isto permitirá que qualquer celular possa se tornar um meio de pagamento, dispensado o usuário da necessidade de utilizar o cartão-transporte, pois o mesmo estará incorporado ao celular”, explica.

Outra é a Comunicação por Campo de Proximidade (NFC, na sigla em inglês), similar ao que já é realizado pela Rede Ponto Certo no sistema Bilhete Único, em São Paulo. “Esta tecnologia, apesar de não ser recente, ainda é muito pouco associada ao transporte público, pois os celulares compatíveis são relativamente caros”, pondera. Ele também acredita que esse modelo não é tão difundido porque não é usado pela Apple, detentora dos iPhones.

Reconhecimento facial será usado em Araucária

As inovações na bilhetagem não servem apenas para facilitar a vida do usuário do transporte coletivo, mas também são aliadas da gestão pública. Como em muitas cidades há registro de fraude com o cartão-transporte, especialmente aqueles que são isentos de pagamento, a empresa curitibana Dataprom desenvolveu um sistema biométrico por imagem. A tecnologia está presente nas cidades de São José dos Campos (SP) e Manaus (AM) e será testada em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, em 30 ou 40 dias.

De acordo com Sandro José Martins, diretor presidente da Companhia Mu­nicipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC), a ideia da biometria facial surgiu da necessidade de melhoramento do transporte urbano e também para ajudar a conter os custos do sistema. “Em Araucária, a utilização de cartões com isenção custa em torno de R$ 360 mil a R$ 380 mil por mês. O interesse em implantar o sistema é diminuir a fraude, porque nas fiscalizações pegamos muitos casos de uso indevido do cartão. Tenho certeza de que esse custo vai cair pela metade”, explica.

Na cidade, a fiscalização já percebeu que os cartões de isentos circulam pelas mãos de filhos, netos e companheiros dos verdadeiros donos do benefício. Por isso, há cerca de cinco meses o município já vem recadastrando esses usuários. A medida, que é periódica, agora é acompanhada de uma foto, que vai servir de comparação com o que for registrado nos validadores, que já foram instalados em toda a frota.

O gerente de integração da Dataprom, João Fran­­queto, explica como o sistema funciona. Ele registra três fotos do usuário no momento do embarque: um segundo antes de encostar o cartão, ao encostá-lo no validador, e um segundo depois. Assim, são obtidas três imagens que são usadas para identificar uma possível fraude. A comparação entre a foto tirada no validador e a registrada no cadastro é feita automaticamente, por meio de algoritmos.

“Se confirmarmos a frau­­de, o cartão é bloqueado no dia seguinte”, explica Martins. Ele conta que o sistema custou cerca de R$ 900 mil para implantação – só falta realizar o treinamento para os motoristas. A estimativa da prefeitura é de que em até cinco meses seja recuperada essa verba, só com o que for economizado em fraudes. Na cidade, o valor da passagem é de R$ 2,70, assim como na rede integrada.

Por Fernanda Trisotto
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Curitiba amanhece sem a circulação de ônibus, greve afeta mais de 2 milhões de pessoas‏

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nenhum ônibus da Rede Integrada de Transporte está circulando nesta manhã de segunda-feira, 26, em Curitiba e Região Metropolitana. Cerca de 2 milhões de passageiros dependem do transporte coletivo na capital paranaense. A paralisação afetou o comércio e até mesmo o atendimento dos principais hospitais de Curitiba. Várias lojas do Calçadão da XV de Novembro abriram mais tarde e, as que abriram, trabalham com um número menor de funcionários.
No entanto, não foram apenas os funcionários que não conseguiram se locomover pela cidade. Com a greve, até mesmo o número de clientes caiu. Empresários falam em queda de até 80% do movimento, segundo informações exibidas na edição de hoje no Paraná TV 1ª Edição.

A greve também afetou o atendimento nos principais hospitais de cidade. Vários pacientes que vieram de outras cidades para serem atendidos e perderam a viagem. Vários funcionários dos hospitais também não conseguiram chegar ao trabalho.

Greve — A categoria está parada em protesto ao atraso no pagamento do vale, que deveria ter sido realizado no último dia 20 e não foi efeituado. Para evitar que os carros deixassem as garagens, os grevistas realizaram piquetes em frente a saída das empresas.

Os terminais de toda a cidade ficaram vazios. Pelas canaletas, desde a madrugada transitam os carros cadastrados para fazer o transporte coletivo de passageiros, cobrando R$ 6. Mas a reportagem flagrou motoristas transitando sem autorização pelas canaletas. Para ter acesso as vias de trânsito exclusivo, os carros precisam estar adesivados pela Urbs, que é a responsável pelo cadastramento dos carros do transporte alternativo.

Apesar de haver uma liminar que determinou que 70% da frota dos ônibus circulem nos horários de pico — entre 5 e 9 horas e das 17 às 20 horas — e 50% nos demias horários, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) alegou não cumprir por não ter recebido a notificação judicial, mantendo a paralisação geral dos trabalhadores. A multa no caso de descumprimento é de R$ 50 mil, revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalho.

Uma audiência de conciliação entre Sindimoc, Setransp, Ministério Público do Trabalho (MPT), Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado, Urbanização de Curitiba (Urbs) e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) deve ser realizada às 17 horas de hoje para tentar pôr fim a greve.

Congestionamento — Por conta da paralisação, há vários pontos de congestionamento por toda a cidade. Com a greve, quem tinha carro resolveu ir ao trabalho com o transporte particular. A situação ficou bastante critica na rua Ane Frank que liga o Boqueirão à Linha Verde.

Farpas — Enquanto motoristas e cobradores anunciavam a deflagração de greve por tempo indeterminado, a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e a Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) se acusavam mutuamente sobre a responsabilidade da crise na Rede Integrada de Transporte (RIT).

Assim que motoristas e cobradores anunciaram a paralisação, na tarde de sexta-feira, a Urbs publicou nota culpando o governo do Estado. Pouco depois, foi a Comec quem publicou no site do governo do Estado nota criticando uma suposta intransigência da Urbs.

Motoristas e cobradores em indicativo de greve cobravam o pagamento do adiantamento dos salários, que deveria ter sido pago até o dia 20 de janeiro, mas só foi feito integralmente por algumas empresas que atuam no sistema. No fim do expediente bancário da sexta-feira, o dinheiro para o resto dos trabalhadores não tinha sido depositado. Por isso, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc), Anderson Teixeira, confirmou a greve.

E adiantou que mesmo que o pagamento fosse feito ao longo do fim de semana, a greve aconteceria. O sindicato agora exige uma solução entre a Urbs e a Comec, para que problemas com o pagamento não voltem a acontecer.

Informaçoes: Bem Paraná

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Balanço do transporte coletivo de Curitiba em 2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Usuários do transporte coletivo de Curitiba ganharam, em 2010, o primeiro ônibus Ligeirão da cidade, dois novos pontos de integração, nova bilhetagem eletrônica, ônibus articulados no Inter 2, e 189 ônibus novos na frota da cidade. A operação do sistema, implantado há mais de 50 anos, passou a ser feita por operadores contratados a partir de licitação pública o que estabeleceu novos patamares de qualidade, conforto e segurança para o usuário.

A Rede Integrada de Transporte atende Curitiba e 13 municípios da Região e registra, por dia 2,4 milhões de passageiros em 350 linhas com 1.915 ônibus. No total, são 81 quilômetros de canaletas, 30 terminais (21 urbanos e nove metropolitanos) e 364 estações tubo. Somados, os ônibus percorrem por dia 500 mil quilômetros em 21 mil viagens.

Ligeirão Boqueirão
O primeiro Linha Direta Expressa entrou em operação em março, reduzindo em 15 minutos o tempo de viagem entre o bairro e o centro. A intenção é levar o Ligeirão também para os outros eixos de transporte. Para implantar o Ligeirão foi preciso alargar as canaletas da Marechal Floriano Peixoto, ampliando em 50% a capacidade do eixo. Contando os pontos de chegada e saída, o Ligeirão faz cinco paradas, enquanto o Expresso Boqueirão faz 19 paradas. O Eixo Boqueirão, formado pela Marechal Floriano, opera com uma frota de 22 ônibus biarticulados e transporta, por dia útil, 70 mil passageiros em média. Em torno de 20 mil passageiros passaram a usar o Ligeirão que é também opção para quem se desloca neste trajeto pelos Ligeirinhos Sítio Cercado e Boqueirão-Centro Cívico.

Integração temporal
Outra novidade no transporte na cidade, a integração temporal (feita por cartão em locais e período de tempo pré-determinados) foi implantada em março, na estação Santa Quitéria, e em agosto na estação São Pedro, na Linha Verde. É um complemento à integração física, feita em terminais e estações tubo. A integração por cartão permite ao cidadão desembarcar fora da estação e mesmo assim pegar outro ônibus sem pagar nova passagem. No estação Santa Quitéria, a novidade beneficia passageiros da linha Vila Velha/Buriti. E na estação São Pedro beneficia moradores da Vila São Pedro que se deslocam ao Pinheirinho, e passageiros  que estão entre a Linha Verde e a República Argentina e tenham interesse em se deslocar à região central. A Rede Integrada de Transporte atende quase 93% dos passageiros do transporte coletivo da cidade. Além de Curitiba, a RIT atende outros 13 municípios vizinhos, atendendo a 73% da demanda por transporte coletivo na Região Metropolitana.

Biocombustível
Os resultados da experiência com biocombustível iniciada em agosto de 2009 na Linha Verde levaram a Agência Nacional de Petróleo a autorizar, em 2010, a ampliação do projeto. Os seis ônibus que operam na Linha Verde abastecidos apenas com biocombustível (B100) que, somados, percorriam 15 mil quilômetros por mês, passaram a percorrer 60 mil quilômetros por mês. O volume de biocombustível utilizado na frota passou de 20 mil para 100 mil litros/mês. Os ônibus abastecidos só com biocombustível  apresentaram redução de 65% nos índices de opacidade e de 30% nos índices de emissões de monóxido de carbono.

Menos poluição
As medidas adotadas para redução de emissões  - renovação da frota e análises permanentes – permitem a previsão de que na frota geral do transporte coletivo os índices de poluição sejam reduzidos, até a virada do ano em 5,19 toneladas/ano de material particulado; 86,40 toneladas/ano de óxidos de nitrogênio; 19,04 toneladas/ano de hidrocarbonetos totais; e 86,21 toneladas/ano de monóxido de carbono; o que significa uma redução, em média, de quase 20% nas emissões de fumaça, contribuindo para preservação do meio ambiente.

Hibribus
Curitiba deu mais uma mostra de inovação no transporte em 2010. Foi a cidade brasileira escolhida para o teste do primeiro ônibus híbrido da Volvo, movido com motor elétrico e a diesel/biodiesel. Os testes com o Hibribus foram feitos durante três semanas em setembro na linha Interbairros II. Os resultados foram significativos: economia de combustível de 54,68% na média km/l. A projeção anual é de redução de 32 toneladas na emissão de monóxido de carbono; 473 kg de óxido de nitrogênio; e 11,2 kg de material particulado.

Ônibus novos
Neste ano, 189 ônibus foram substituídos - uma renovação de quase 10% da frota operante, o que contribui com o meio ambiente, porque os novos ônibus têm motores menos poluentes. A idade média da frota atualmente está em 4,6 anos.

Inter 2
Os quase 80 mil passageiros desta que é uma das linhas mais conhecidas da cidade foram beneficiados  com aumento da oferta de lugares em 20%. É que 40 dos 70 ônibus da frota do Inter 2 passaram a ser articulados. Neste a Urbs concluiu a reforma das 28 estações do Inter 2, ampliadas em 50%, com mais uma porta, agilizando o processo de embarque e desembarque. O Inter 2 passa em 12 bairros e percorre, a cada viagem, 38 quilômetros.

Facilidade no cartão
Desde agosto, quem usa cartão transporte já não precisa procurar por pontos onde estejam instalados carregadores de crédito. Agora, a carga é automática, feita no próprio validador que libera a catraca do ônibus, estação ou terminal. Mais rápido, mais fácil e mais seguro, o processo só exige que o usuário faça a conversão do cartão. O processo de dura menos de um minuto e, até o dia 20 pode ser feito no equipamento de conversão instalado desde setembro em todos os terminais. Depois deste período a conversão será feita, até 20 de janeiro em dez pontos da cidade. A conversão também é feita na sede da Urbs na Rodoviária.

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