Terminal Ipiranga e Corredor Oeste do BRT Sorocaba são entregues *** No Rio, Passageiro do BRT passou a economizar mais com a nova integração dos modais de transporte *** No Recife, Linha 412 – TI Santa Luzia/TI Getúlio Vargas entra em operação nesse sábado *** Reclamações sobre ônibus urbanos em São Paulo aumentaram em 2023 *** Tarifa Zero em Natal custaria R$ 16 milhões por mês, mostra estudo *** Justiça aceita recurso da Procuradoria Geral de SP e libera Trem Intercidades *** Aeroporto do Recife é eleito o melhor do Brasil *** Tarifa zero aumenta número de passageiros, mostra estudo da NTU *** SIGA O BLOG MEU TRANSPORTE
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Nova York. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Nova York. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Ônibus Ligeirão será destaque na cúpula internacional de prefeitos

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O uso de biocombustível na frota do transporte coletivo de Curitiba será destaque na Rede C40 - Large Cities Climate Leadership Group – entre 31 de maio e 3 de junho em São Paulo. A quarta edição, a primeira a ser realizada na América Latina, da cúpula internacional de prefeitos reúne projetos sustentáveis de Nova York, Londres, Seul, entre outras grandes cidades do mundo.
As ações de Curitiba fazem parte do temário da cúpula e serão apresentadas pelo prefeito Luciano Ducci. Do encontro participam o presidente do Banco Mundial, Roberto Zoellick e os prefeitos Michael Bloomberg (Nova York), Boris Johnson (Londres), Marcelo Ebrad (Cidade do México) e Mauricio Macri (Buenos Aires).
A cidade mais verde da América Latina – título conquistado neste ano pela capital do Paraná - é a única metrópole a contar com uma frota de ônibus do transporte coletivo operando exclusivamente com biocombustível. O B100 (100% bio) foi implantado em agosto de 2009, em caráter experimental, com seis ônibus, frota ampliada a partir deste mês para 24 veículos. Serão 140 até o fim do ano que vem.
Resultado de uma grande parceria coordenada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, empresa gerente de trânsito e transporte, o B100 será obrigatoriamente o combustível do Expresso Ligeirão, sistema de ônibus que trafegam em canaletas exclusivas com paradas a longa distância. 
O sistema Ligeirão opera nos eixos Boqueirão e Linha Verde e será levado na seqüência para os outros quatro corredores exclusivos do transporte coletivo da cidade. Em todos os eixos, os ônibus do Expresso Ligeirão vão operar só com biocombustível.

Resultados - O esforço curitibano para ter o transporte coletivo como aliado na questão ambiental tem dado resultados significativos. Comparados a outros ônibus que fazem a mesma linha, nas mesmas condições e com o mesmo tempo de uso, os ônibus do B100 emitiram 50% menos poluentes. Na média, com a renovação contínua da frota e a utilização de biocombustível, o transporte coletivo tem reduzido a emissão de poluentes em 161 toneladas a menos, por mês.
O biocombustível utilizado em Curitiba é a base de soja, o que exigiu uma série de pesquisas para evitar a cristalização em baixas temperaturas como ocorreu com experiência semelhante, feita com apenas um ônibus, na Alemanha há alguns anos.
Testado, ele se mostrou viável e superou expectativas. A estimativa inicial era de que o consumo de bio seria em torno de 8% maior do que de diesel. Quase dois anos depois do início do projeto, o aumento no consumo ficou em 2,5% mais do que o diesel. O ganho ambiental e de saúde pública, garantem os técnicos, compensam largamente o consumo maior.

Pioneira – As experiências de Curitiba na área de combustíveis alternativos começaram há 15 anos, com tentativas de mistura no óleo diesel, em diferentes percentuais, de álcool ou óleo de fritura de cozinha reaproveitado.
A experiência tinha, há época, várias limitações. Os ônibus em que eram feitos os testes eram antigos e as montadoras não participavam do projeto. Apesar das dificuldades, em Curitiba as pesquisas evoluíram para testes de misturas de biocombustível à base de soja de 5% e de 20% chegando ao biocombustível sem mistura, o B100.
Agora, o quadro é outro. A busca pelos combustíveis “verdes” envolve desde as montadoras, que fornecem chassis e motores – cruciais para o início dos testes, até operadores e institutos de pesquisa, além de produtor e distribuidor.

Linha Verde – Não por acaso, a experiência com o B100 começou no eixo Linha Verde Sul, construído ao longo de 10 quilômetros do trecho urbano da antiga BR 116. Transformada em uma ampla avenida, com canaletas exclusivas para o ônibus, a Linha Verde é um ícone da busca pelo desenvolvimento sustentável na cidade.
Todos os detalhes, do projeto à operação, passando pela execução da obra levam em conta o cuidado ambiental. Feita dentro de critérios técnicos rigorosos, a obra demorou dois anos e movimentou em torno de 200 máquinas, aí incluídos tratores e caminhões.
Mesmo assim, a emissão de ruído foi menor do que o emitido pelo trânsito no período anterior à obra. A poluição do ar, com a movimentação de terra, areia e outros materiais, ficou bem abaixo dos níveis máximos toleráveis, segundo atestaram técnicos da Universidade Federal do Paraná, contratada para acompanhar obra.
Os mais de 700 mil metros cúbicos de terra retirados nas escavações foram utilizados no aterro de uma área íngreme onde agora está sendo construído mais um parque curitibano, na Vila Audi, no Uberaba.

Estações - Pronta, a Linha Verde tem luminárias que direcionam a luz para o chão, evitando dispersão; tem 2,5 mil árvores nativas, com as de maior porte concentradas no entorno das estações tubo para formação futura de bosques nos pontos de parada dos ônibus. Ao longo de 10 quilômetros do eixo, foram plantados 13,6 mil arbustos e mais de 700 mil mudas de flores.
As estações tubo da Linha Verde são climatizadas, com entrada de ar puro e fresco a cada 90 segundos. A climatização é um sistema inédito, desenvolvido para a Linha Verde e que utiliza uma lâmpada comum.
Canos por entra o ar passam por um espaço aquecido e em seguida pelo meio de um tanque de água. O ar purificado, frio, entra na estação e mantém a temperatura agradável e o ambiente mais saudável.
É nestas estações que param os primeiros ônibus a circular apenas com biocombustível, mais um projeto pioneiro de Curitiba e que tem, como ponto central, a conservação ambiental.


Fonte: Prefeitura de Curitiba

READ MORE - Ônibus Ligeirão será destaque na cúpula internacional de prefeitos

Curitiba se destaca pelo uso de biocombustível na frota do transporte coletivo

sábado, 21 de maio de 2011

O uso de biocombustível na frota do transporte coletivo de Curitiba será destaque na Rede C40 - Large Cities Climate Leadership Group – entre 31 de maio e 3 de junho em São Paulo. A quarta edição, a primeira a ser realizada na América Latina, da cúpula internacional de prefeitos reúne projetos sustentáveis de Nova York, Londres, Seul, entre outras grandes cidades do mundo.

As ações de Curitiba fazem parte do temário da cúpula e serão apresentadas pelo prefeito Luciano Ducci. Do encontro participam o presidente do Banco Mundial, Roberto Zoellick e os prefeitos Michael Bloomberg (Nova York), Boris Johnson (Londres), Marcelo Ebrad (Cidade do México) e Mauricio Macri (Buenos Aires).

A cidade mais verde da América Latina – título conquistado neste ano pela capital do Paraná - é a única metrópole a contar com uma frota de ônibus do transporte coletivo operando exclusivamente com biocombustível. O B100 (100% bio) foi implantado em agosto de 2009, em caráter experimental, com seis ônibus, frota ampliada a partir deste mês para 24 veículos. Serão 140 até o fim do ano que vem.

Resultado de uma grande parceria coordenada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, empresa gerente de trânsito e transporte, o B100 será obrigatoriamente o combustível do Expresso Ligeirão, sistema de ônibus que trafegam em canaletas exclusivas com paradas a longa distância.

O sistema Ligeirão opera nos eixos Boqueirão e Linha Verde e será levado na seqüência para os outros quatro corredores exclusivos do transporte coletivo da cidade. Em todos os eixos, os ônibus do Expresso Ligeirão vão operar só com biocombustível.

Resultados - O esforço curitibano para ter o transporte coletivo como aliado na questão ambiental tem dado resultados significativos. Comparados a outros ônibus que fazem a mesma linha, nas mesmas condições e com o mesmo tempo de uso, os ônibus do B100 emitiram 50% menos poluentes. Na média, com a renovação contínua da frota e a utilização de biocombustível, o transporte coletivo tem reduzido a emissão de poluentes em 161 toneladas a menos, por mês.

O biocombustível utilizado em Curitiba é a base de soja, o que exigiu uma série de pesquisas para evitar a cristalização em baixas temperaturas como ocorreu com experiência semelhante, feita com apenas um ônibus, na Alemanha há alguns anos.

Testado, ele se mostrou viável e superou expectativas. A estimativa inicial era de que o consumo de bio seria em torno de 8% maior do que de diesel. Quase dois anos depois do início do projeto, o aumento no consumo ficou em 2,5% mais do que o diesel. O ganho ambiental e de saúde pública, garantem os técnicos, compensam largamente o consumo maior.

Pioneira – As experiências de Curitiba na área de combustíveis alternativos começaram há 15 anos, com tentativas de mistura no óleo diesel, em diferentes percentuais, de álcool ou óleo de fritura de cozinha reaproveitado.

A experiência tinha, há época, várias limitações. Os ônibus em que eram feitos os testes eram antigos e as montadoras não participavam do projeto. Apesar das dificuldades, em Curitiba as pesquisas evoluíram para testes de misturas de biocombustível à base de soja de 5% e de 20% chegando ao biocombustível sem mistura, o B100.

Agora, o quadro é outro. A busca pelos combustíveis “verdes” envolve desde as montadoras, que fornecem chassis e motores – cruciais para o início dos testes, até operadores e institutos de pesquisa, além de produtor e distribuidor.

Fonte: Jornale

READ MORE - Curitiba se destaca pelo uso de biocombustível na frota do transporte coletivo

Bicicleta, o transporte do futuro

sábado, 31 de julho de 2010

O problema de deslocamento em grandes cidades não é exclusividade do Brasil. Aqui isso tem se agravado. Em vez de investirmos em transporte coletivo, baixamos impostos para o transporte individual. Em vez de apostar em trens e navios para o transporte de cargas, mandamos tudo por caminhões. (Já notaram que, em grande parte dos acidentes, tem um caminhão ou ônibus envolvido?).
Um amigo foi perguntado por um europeu como era o transporte por trens no Brasil. “Incipiente”, respondeu. Comentário do europeu: “Então as estradas de vocês devem ser péssimas!”. Consequência disso? Somos os campeões mundiais em acidentes de trânsito e engarrafamentos.Enquanto isso acontece por aqui, os mais desenvolvidos centros urbanos do mundo caminham no sentido contrário.
Usar bicicletas para trabalhar ou se deslocar está deixando de ser coisa de pobre, para se tornar transporte de gente consciente. A cada dia que passa, mais gente tem escolhido a bicicleta como seu meio de transporte preferido, especialmente nas cidades mais ricas do mundo, como Nova York, Londres, Tóquio, Berlim. Frankfurt, há anos, vem estreitando ruas, para circularem menos carros no centro.
Em Copenhague, muitas ruas antes dominadas por carros em busca de estacionamento hoje são espaços para pedestres e bicicletas. Nova York já estuda pedágio e taxa de engarrafamento para carros no centro. E começou a fechar algumas ruas, em determinados períodos, para carros. Também lá estão trocando estacionamentos de carros, para estacionar bikes. Cresce a quantidade de ciclovias.
O número de bicicletas aumentou em 35% entre 2007 e 2008. Tóquio já tem cinemas com estacionamentos de bicicletas. Em algumas dessas cidades já acontecem festas com manobristas para bikes.
Em Paris, muitos conhecem a tentativa de usar bicicletas públicas, as Vélib (velo, de bicicleta, em francês e lib, de livre/liberdade). A pessoa passa o cartão de crédito e libera uma bike para uso próprio. Tem uma hora de graça, para estimular pequenos trajetos. Depois disso é cobrada uma taxa. O cartão serve como garantia: roubou=comprou.
No Brasil, cidades como Blumenau e Joinville sempre tiveram grande tradição em usar bicicletas. Por aqui, bicicleta tem sido coisa de pobre, ou veículo de passeio em fins de semana. Somos dependentes de automóveis.Com o aquecimento global, o uso dos carros é questionado fortemente. Imaginem quando os dois países mais populosos do mundo – China e Índia – tiverem grande quantidade de carros circulando. Em Porto Alegre, como em quase todas as cidades brasileiras, não temos metrô.
Nas poucas capitais que têm, como São Paulo, o metrô não tem grande capilaridade. Talvez agora, quando um dos principais artistas da novela da Globo é um ciclista, essa moda pegue.Mas, para que possamos usar a bicicleta no dia a dia, precisamos de ciclovias e locais para deixar as bicicletas, que não amarradas em postes e cercas.
E os motoristas precisam respeitar quem quer cuidar melhor do ar que respiramos e, junto com isso, fazer um bom exercício diário.Quando teremos iniciativas consistentes e corajosas para equipar Porto Alegre para esse que já está sendo considerado por muitos como o transporte do futuro?

Fonte: Alfredo Fedrizzi ao Zero Hora
READ MORE - Bicicleta, o transporte do futuro

BRT, Criado em Curitiba e aperfeiçoado pelos colombianos é hoje um dos principais projetos de transporte no Brasil

segunda-feira, 5 de julho de 2010


Se existe uma certeza na comunidade técnica é a de que uma rede de metrô, integrada com outras modalidades de transporte urbano, é o que se pode ter de melhor numa cidade com mais de 1 milhão de habitantes – a nossa Salvador e sua região metropolitana já ultrapassam 3 milhões… As grandes metrópoles mundiais construíram suas redes, há mais de um século, a exemplo de Londres, Paris, Buenos Aires, Moscou e Nova York. Londres chegou a ter trens subterrâneos movidos a carvão, para desespero dos lordes e ladies que usavam vestimentas mais claras. Com o advento dos motores a eletricidade, no início do século passado, trens subterrâneos (metrôs) e bondes passaram a circular no subsolo e nas superfícies das vias, aí ocupando o lugar de charretes e carruagens.

Surge, então, o motor de combustão interna, movido a derivados de petróleo, viabilizando assim os automóveis e ônibus que nos acompanham até hoje. No caso dos veículos de transporte coletivo, os ônibus chegaram trazendo baixos custos de operação e flexibilidade nos roteiros pré-estabelecidos, já que podiam compartilhar o sistema viário de superfície com os veículos individuais. Isso facilitou, sobremaneira, o atendimento das novas demandas das cidades que cresciam e se espalhavam com muitavelocidade, gerando uma demanda por transporte, difícil de ser atendida pelos sistemas ferroviários urbanos, de implantação lenta e custos elevadíssimos.

Surge, então, o motor de combustão interna, movido a derivados de petróleo, viabilizando assim os automóveis e ônibus que nos acompanham até hoje. No caso dos veículos de transporte coletivo, os ônibus chegaram trazendo baixos custos de operação e flexibilidade nos roteiros pré-estabelecidos, já que podiam compartilhar o sistema viário de superfície com os veículos individuais. Isso facilitou, sobremaneira, o atendimento das novas demandas das cidades que cresciam e se espalhavam com muitavelocidade, gerando uma demanda por transporte, difícil de ser atendida pelos sistemas ferroviários urbanos, de implantação lenta e custos elevadíssimos.

Enquanto isso, os veículos privados, notadamente os automóveis, caíram no gosto popular pela comodidade operacional, status social e preços acessíveis, a ponto de, nos dias atuais, estarem se transformando numa verdadeira praga urbana em termos de congestionamentos, poluição ambiental, uso privado de espaços públicos para estacionamento e, acima de tudo, inviabilizando a cada dia a operação dos transportes coletivos que compartilham o sistema viário.

Diante do impasse que já vinha se caracterizando desde os anos 1970, a criatividade brasileira reinventou uma forma de extrair do prosaico ônibus um desempenho operacional bastante superior a todas as tecnologias disponíveis para o transporte urbano, com exceção obviamente, do metrô pesado que reina sozinho nas faixas de demanda superiores a 50 mil passageiros por hora e por sentido. Trata-se do BRT, sigla inglesa do Bus Rapid Transit, ou seja, transporte rápido de alta capacidade por ônibus.

De Curitiba, cidade em que a ideia foi concebida e implantada,até Bogotá, onde brasileiros e colombianos, ingleses e franceses aperfeiçoaram o sistema, consolidando inclusive a sigla BRT para esta tecnologia, resultou nos dias atuais cerca de 160 projetos em todo o mundo. Alguns em funcionamento, outros em construção e outros, inclusive aqui em Salvador, em fase de projeto básico. O mais interessante é que, na virada do milênio, o Brasil já pode se orgulhar de deter uma tecnologia de transporte urbano de alta capacidade, que pode ser implantada a custos praticáveis e em tempo recorde.

O Brasil já dispõe de consultorias experientes de planejamento e projetos de BRTs, empreiteiras preparadas para grandes obras, veículos especiais de grande capacidade sobre pneus, tecnologia de bilhetagem eletrônica e controle operacional via GPS e GPRS, além de operadores da logística urbana competentes, todos forjados na realidade brasileira, com resultados testados e consagrados em diversos países.

Não é por acaso que Londres prepara-se para as olimpíadas de 2016 incluindo o BRT como fator de mobilidade e de expansão da rede de transporte, seguindo exemplo de Xangai, Los Angeles, Nova York, Bogotá, Santiago, Cidade do México, dentre outras. Também não é por acaso que, além do presidente Lula, apenas o arquiteto brasileiro Jaime Lerner foi escolhido para figurar na lista da revista Time como uma das personalidades que exercem influência no mundo atual, “pelo seu maravilhoso legado para a sustentabilidade urbana”, segundo o prefeito de Vancouver-Canadá, em declaração àquela revista.

Fonte: Bahia em Movimento
READ MORE - BRT, Criado em Curitiba e aperfeiçoado pelos colombianos é hoje um dos principais projetos de transporte no Brasil

Metrô de Brasília é o mais caro do mundo, mostra pesquisa do Idec

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Andar de metrô em Brasília está mais caro do que em Londres, Paris e Nova York. Com uma população de mais de 2,5 milhões de pessoas, a capital federal lidera o ranking de preço alto entre 19 grandes cidades de todo o mundo em relação ao salário mínimo local, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Durante 20 dias úteis, a tarifa de R$ 3 no Distrito Federal consome por mês 22,02% do salário mínimo de R$ 545. Para chegar ao resultado, foram analisadas seis cidades brasileiras e 13 estrangeiras.

O Rio de Janeiro, segundo no ranking, tem uma tarifa de R$ 3,10, o que compromete 20,43% de uma renda mínima mensal de R$ 607. Em seguida vem São Paulo, que cobra R$ 2,90 a passagem e consome 19,02% do piso paulista de R$ 610. Em Belo Horizonte, com a tarifa de R$ 1,80, o gasto mensal com metrô corresponde a 13,21% do piso nacional pago ao trabalhador. Nesse ranking do Idec, Recife e Fortaleza ficaram, respectivamente, em 8ª e 14ª posição. Nova York, Londres e Paris, estão, pela ordem, em 11º, 12º e 17º lugares. Caracas tem a menor tarifa. O trabalhador venezuelano, com renda mensal de R$ 848,34, gasta 1,95% do salário com metrô.

No Distrito Federal, diariamente passam 135 mil pessoas pelas 24 estações do metrô. Somados os dois dias do fim de semana (sábado e domingo), o número de usuários é o mesmo. O diretor Comercial e Financeiro, Nilson Martorelli, que responde pela presidência do Metrô-DF, discorda do resultado da pesquisa realizada pelo Idec. Para ele, qualquer comparação realizada com Brasília colocará a cidade como a mais cara. “Não podemos utilizar como parâmetro o salário mínimo. Na Europa, ele custa, em média, entre R$ 14 e R$ 16 por hora. Em Brasília, é R$ 2,48 a hora, e a capital tem a renda per capta mais alta do país. Se compararmos isso, a tarifa daqui é a mais barata”, avalia.
 
Martorelli pondera que a idade do metrô também influencia o valor da tarifa. “O mais novo é o de Brasília, com 10 anos. Os de São Paulo e do Rio de Janeiro têm 30 anos. Na Europa, ele é centenário. O metrô do DF está crescendo e nossa meta é melhorar cada vez mais e oferecer um transporte de qualidade.”

Preços
A tarifa do metrô no Distrito Federal é definida pelo governo local. Martorelli lembra que o último reajuste foi em 2006, quando o valor passou de R$ 2 para R$ 3, um aumento de 50%. Segundo ele, se o cálculo técnico fosse analisado e a passagem não fosse subsidiada, o custo da passagem seria muito maior. “O GDF estipula um valor coerente com a evolução do salário do brasiliense. A tarifa hoje ultrapassaria os R$ 3 devido aos custos operacionais, mas a população não suportaria, então o governo arca com o restante”, explica.Com 42,38km de extensão, o metrô atende apenas parte do DF, que inclui Asa Sul, Epia, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia.

O preço do bilhete é criticado pelos usuários. O agente de segurança Francisco de Assis de Sousa Guedes, 44 anos, mora em Sobradinho e leva mais de cinco horas para ir e voltar ao trabalho. Ele também concorda que o preço poderia ser mais baixo. “Eu tenho vale-transporte, mas se o preço fosse diferente, meu salário seria maior. Faz diferença na hora de colocar a comida na mesa, na hora do lazer”, diz Francisco, que é casado e tem três filhos.

Redução de preço está descartada


Com as novidades, a expectativa é que o tempo de espera para os passageiros diminua. Atualmente, os trens passam a cada cinco minutos, em média. “Deverá cair para dois minutos e meio”, prevê o diretor. Ele também aposta que até 2012 haverá integração total entre o metrô e outros meios de transporte público, como os ônibus e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ainda em construção.

Com relação aos espaços nas estações destinados a lojas, Martorelli explica que há um estudo para as ocupações. Na Galeria dos Estados, o DFTrans vai instalar o sistema de bilhetagem. Outros locais ainda estão vazios devido a problemas jurídicos. São espaços que ainda não estão no nome do Metrô-DF. Logo que forem regularizados também serão licitados para a instalação de estabelecimentos comerciais. As mudanças não implicarão queda no valor da tarifa. “O que vai acontecer é a diminuição do subsídio por parte do governo, mas nada tem a ver com o valor dos bilhetes”, acrescenta.

A partir do próximo ano, o metrô passará por uma série de melhorias. O diretor comercial e financeiro, Nilson Martorelli, anuncia que o número de carros passará de 24 para 28. “Para colocá-los em circulação precisamos que a CEB (Companhia Energética de Brasília) amplie a oferta de energia, o que já está sendo providenciado. No momento, também estamos lançando o edital para o projeto de expansão: duas novas estações em Ceilândia, duas em Samambaia e uma próxima ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran)”, diz o diretor.

Apesar de concordarem na qualidade dos serviços, os passageiros reclamam do preço. Gilsilene Vieira de Sousa, 25 anos, está desempregada e optou pelo transporte para frequentar as aulas da autoescola. “Esta semana vou gastar R$ 30 com o metrô. Para quem precisa utilizar todo dia, fica difícil. O preço poderia voltar a ser R$ 2 e ter a integração com os ônibus", diz. Mesmo pagando mais, Gilsilene elogia. “Todos preferem o metrô. É mais rápido, mais limpo, não tem perturbação e violência”, analisa.

De emprego novo, o professor de educação física Danilo de Oliveira Miranda, 25 anos, se prepara para utilizar o metrô diariamente. Morador de Samambaia, ele considera o preço “bem salgado”. Com o vale-transporte garantido, Danilo, que também atua na área de telemarketing, reclama do valor que poderia ser acrescentado ao salário. “Com as passagens, deixo de ganhar R$ 45. É o lanche do fim de semana”, brinca.

O cozinheiro Agnaldo Rodrigues de Souza, 31 anos, morador de Samambaia, usa o metrô com frequência e afirma que gasta em média R$ 140 por mês. Além do metrô, o cozinheiro precisa de ônibus em algumas ocasiões, o que pesa no bolso no fim do mês. Embora reconheça que o serviço é bom, ele se queixa do preço. “Poderia ser mais barato.” Com um salário de R$ 800, Agnaldo diz que, se a tarifa caísse para R$ 2, conseguiria economizar R$ 30 por mês. (RA)

Tarifa
Durante a semana - R$ 3
Fim de semana - R$ 2

Horário
Funcionamento das 6h às 23h30  de segunda-feira a sábado e das 7h às 19h nos domingos e feriados



READ MORE - Metrô de Brasília é o mais caro do mundo, mostra pesquisa do Idec

BRT/Move melhora a vida dos usuários mas não reduz engarrafamentos

terça-feira, 19 de maio de 2015

Prometida como um dos benefícios da implantação do BRT/Move, a melhora do trânsito de Belo Horizonte foi tímida depois de um ano de funcionamento do sistema na comparação com os 12 meses anteriores. De acordo com dados do sistema de mapeamento on-line do site Maplink feito a pedido do Estado de Minas, a média de engarrafamentos nos horários de pico, entre 7h e 9h e entre 17h e 19h, caiu apenas 3,4% no período de funcionamento do BRT/Move, baixando de uma média de 89 quilômetros para 86. Um resultado modesto frente ao volume investido, da ordem de R$ 1 bilhão. Mais ainda, se for considerado que antes do Move muitas vias de BH estavam em obras para implantação do sistema e os poucos corredores exclusivos de ônibus tinham sido ocupados pelos canteiros, direcionando os ônibus para as vias de circulação comum.

Várias vezes a empresa de transporte e trânsito de BH indicou que a simples implantação do Move melhoraria o tráfego. No site da BHTrans sobre o BRT/Move, está destacada a informação de que a “retirada dos ônibus metropolitanos e municipais das pistas mistas” fará com que “a circulação de veículos melhore bastante e possibilite mais fluidez ao tráfego”. A empresa chegou a declarar que “na área central houve uma concentração dos ônibus na região da Paraná e Santos Dumont, aliviando, por exemplo, outras áreas do Centro que recebiam um grande volume de linhas”.

A redução de fato ocorreu, mas sem o desafogo previsto. De acordo com a BHTrans, no trecho entre a Avenida Portugal e o Anel Rodoviário, por exemplo, o número de ônibus que circulam durante o horário de pico pela manhã antes do Move caiu de 290 para 14. Entre o Anel Rodoviário e a Lagoinha, de 354 para 78. Já nas pistas mistas da Avenida Cristiano Machado o volume de ônibus municipais era de 293 e agora é de 135.

Na Avenida Antônio Carlos, por exemplo, a redução de ônibus por hora nos momentos de pico chegou a mais de 90%, e, na Cristiano Machado, a mais de 50%. A organização em corredores exclusivos e a alimentação das estações teria feito cair o tempo das viagens na Avenida Antônio Carlos de 75 minutos para 40 (– 46,7%) e, na Avenida Cristiano Machado, de 35 minutos para 20 (– 42,9%). O Move transporta cerca de 500 mil usuários por dia e conta hoje com uma frota de 450 veículos, entre ônibus articulados e os do tipo padron.

Para o doutor em Engenharia de Transportes e diretor da consultoria Imtraff, Frederico Rodrigues, o pequeno impacto na redução do tráfego era esperado. “O Move não necessariamente melhoraria o trânsito, pois sua implantação não pressupõe que os usuários de carros vão migrar para os ônibus. Isso leva tempo e amadurecimento de uma cultura. Além disso, o sistema não é tão capilar. Não leva a toda cidade”, afirma. 

Segundo Rodrigues, acabar com engarrafamentos é uma tarefa dificílima. Para fazer um comparativo, ele cita Belo Horizonte, onde 55% das pessoas utilizam o transporte coletivo, e Nova York, onde o índice é de 91%. “Nas duas cidades o que vemos nas vias durante o horário de pico? Engarrafamentos. A diferença, então, é que em Nova York você tem opções públicas de chegar mais rápido aos seus destinos, seja pelo metrô ou outros sistemas”, exemplifica. Esse fenômeno se explica pelo equilíbrio dinâmico da oferta e demanda, de acordo com o especialista. “Se você migra em grande quantidade para o sistema público, as ruas ficam mais vazias e se torna mais interessante usar o carro do que um metrô lotado. Com isso, em pouco tempo as vias urbanas voltam a ficar congestionadas. A tendência é sempre ter um equilíbrio”.

A BHTrans informou, por meio de nota, que não comentaria o estudo da Maplink por não ter conhecimento dos detalhes do levantamento, mas também não apresentou informações sobre o impacto do Move na fluidez do tráfego desde a sua implantação. A nota diz ainda que a principal missão do Move é “incentivar o uso do transporte coletivo. O objetivo é garantir um serviço de maior qualidade e aumentar a atratividade do sistema para o usuário do veículo privado e assim melhorar a mobilidade urbana na capital, priorizando o transporte coletivo e garantindo uma cidade melhor e mais sustentável”.

Por Mateus Parreiras
Informações: Estado de Minas

READ MORE - BRT/Move melhora a vida dos usuários mas não reduz engarrafamentos

Audiência pública vai debater metrô 24 horas em São Paulo

domingo, 17 de março de 2013

Uma audiência pública organizada pelos deputados estaduais Leci Brandão (PCdoB) e Luiz Cláudio Marcolino (PT) vai ocorrer na Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima quarta-feira (20), às 18h30, para debater o funcionamento do metrô paulistano 24 horas por dia.

A proposta aparece no Projeto de Lei 621, de 2011, de autoria de Marcolino, e tomou grandes proporções no debate sobre o tema quando as redes sociais repercutiram a criação de uma petição online, criada no site Avaaz.org, que se propõe a fazer mobilizações sociais pela internet reivindicando a operação ininterrupta dos trens na cidade.

A descrição da petição se utiliza de argumentos comparativos com a cidade de Nova York, que conta com o funcionamento do metrô em tempo integral. “Vamos nos mobilizar para que o governo coloque o metrô sempre em operação, como em Nova York, pois uma cidade como São Paulo, que tem a quarta maior população do mundo, não pode ficar na inércia de não ter transporte coletivo após a meia-noite.” A petição foi criada no mês passado, e até hoje (17) contava com pouco mais de 89.000 assinaturas.

Estão convidados para a audiência os secretários de Transportes e Segurança do Estado e do município de São Paulo, os presidentes do metrô e da Empresa de Transportes Urbanos (EMTU) e representantes dos sindicatos dos metroviários, dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (Seeb-SP), da União Geral dos Trabalhadores, e o autor da petição no Avaaz.org, Rômulo Zillig.

O PL de Marcolino está anexado a outro projeto, de autoria da deputada Leci Brandão, o PL 379, de 2011, que dispõe sobre o horário de funcionamento das estações do metrô nos finais de semana. A proposta é que os trens operem ininterruptamente nos fins de semana, sendo que no período entre 01h e 05h o intervalo entre eles seja de 30 minutos.

A criação de empregos e a locomoção com segurança na cidade são os pontos levantados por Marcolino em seu projeto. Ele cita a demanda crescente pela circulação dos trens 24 horas por dia, vinda principalmente de trabalhadores e estudantes. “[Existem] empresas que funcionam com até quatro turnos de trabalhadores, call centers, hotéis, supermercados, restaurantes e hospitais funcionando a todo vapor mesmo durante a noite. Alunos que estudam em escolas distantes de sua casa e muitas vezes não conseguem retornar tendo que ficar na porta da estação”, diz o texto.

A vida cultural e o lazer noturnos da cidade também são lembrados pelo deputado como fatores que pesam para a aprovação do projeto. Em reportagem da RBA sobre a questão, o secretário de Comunicação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Ciro Moraes, contestou a possibilidade da operação ininterrupta, afirmando que seria “impraticável, devido à própria negligência do governo do estado em investir na construção de mais linhas de metrô para suprir a carência de transporte”.

O principal entrave apontado por ele é a manutenção preventiva dos trens, que é feita da 1h da madrugada, quando a circulação de trens termina, até as 4h. A operação recomeça às 4h40.

READ MORE - Audiência pública vai debater metrô 24 horas em São Paulo

São Paulo terá empréstimo de bikes em estações de trens e ônibus

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou projeto de lei que institui o programa Integra-Bike São Paulo, para empréstimo de bicicletas públicas nos principais terminais rodoviários, estações de trem e de metrô. De autoria do vereador petista Paulo Reis, ele oficializa o sistema de compartilhamento de bicicletas na cidade e prevê sua expansão para periferia.

Segundo a nova lei, publicada no Diário Oficial de sábado, 5, o empréstimo deve ser por meio de mecanismos de autoatendimento, nos quais o ciclista retira sua bike depois de realizar um cadastro prévio no sistema. O processo pode ser feito por meio do bilhete único.

A legislação não impõe a forma, mas prevê que as bicicletas sejam colocadas para empréstimo pela iniciativa privada, após processo de licitação ou chamamento público. O negócio poderá ser feito por concessão ou convênio, como o firmado com o Banco Itaú para a operação do Bike Sampa, rede privada de empréstimo de bicicletas que conta com 279 estações na cidade - a maioria em bairros do centro expandido.

"O programa lntegra-Bike buscará inserir um grande sistema de bicicletas públicas em São Paulo, assim como existem em grandes metrópoles do mundo, como Nova York, Paris, Berlim e Barcelona. Trata-se de tornar a bicicleta parte do sistema de transporte público da cidade, interligando os transportes de massa, como o metrô e os trens da CPTM, aos bairros do subúrbio", pretende o vereador, na justificativa do projeto.

A expectativa é de que o processo de licitação defina uma ou mais empresas para operar o sistema. Hoje, apenas o Itaú exerce essa função - o Bradesco também empresta bikes, mas somente nos percursos das ciclofaixas, ativadas aos domingos ao longo de 120,7 km.

Na teoria, a intenção do programa é conectar bairros mais distantes aos terminais de transporte público, por meio do uso da bicicleta - o metrô chegou a emprestar bikes em dez estações de sua rede, mas suspendeu o serviço em 2013, após desistência da empresa responsável.

A nova legislação não define, no entanto, se a rede deverá ser montada dentro ou fora das estações e dos terminais rodoviários nem quantas estações ou quantas bikes ela deve ofertar. Segundo a gestão Haddad, o detalhamento só será conhecido na regulamentação da lei, prevista para sair em 60 dias.

A expectativa, segundo Reis, é que a implementação das estações seja realizada com "participação popular", possibilitando a escolha de locais seguros e de rotas corretas.

Crítica

Para o ciclista Daniel Guth, consultor em mobilidade, o projeto não traz inovação em relação ao sistema que funciona hoje na cidade. "Nem o nome do programa é novo. Sorocaba, no interior, também tem o seu Integra-Bike", diz.

Segundo Guth, a Prefeitura perde a chance de aprimorar a rede atual, ao não exigir um número mínimo de estações e de bicicletas, ao não ampliar o horário de funcionamento (hoje, o Sampa Bike funciona até as 22 horas) e ao não definir como se dará a divisão das estações pela cidade. "Não precisamos de nova lei. Precisamos é de regras mais rígidas para o operador, a fim de aprimorar o serviço e torná-lo mais democrático."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia também sobre:


Colabore com o Blog Clicando nos anúncios da página
READ MORE - São Paulo terá empréstimo de bikes em estações de trens e ônibus

Especialistas elogiam medida sobre o uso de ônibus híbridos em Curitiba, mas alertam sobre custos

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O uso de ônibus híbridos é elogiado por especialistas, que, no entanto, alertam sobre a relação custo-benefício desses veículos. Como o custo é até 70% superior ao dos convencionais, o temor é de que a conta acabe sendo paga pelos usuários – e aumento de tarifa inibe o uso do transporte público. “É preciso encontrar fontes para financiar esse transporte que não sejam a própria tarifa. O desenvolvimento de uma nova tecnologia é ótimo, mas é preciso ver quem vai pagar essa conta”, diz Garrone Reck, ex-diretor de operações da Urbs.

Inédito no Brasil, o uso de híbridos no transporte coletivo é comum no Estados Unidos – em Nova York, praticamente toda a frota é composta por esse tipo de veículo. Na Europa, os ônibus com dois motores começaram a se popularizar no ano passado. Londres, por exemplo, inicia no ano que vem a troca de toda a frota de 8 mil veículos por híbridos.


O uso de carros menos poluentes é a segunda inovação no transporte público de Curitiba em poucos meses, depois de mais de 15 anos com poucas alterações no sistema – a outra foi o complexo Linha Verde/Ligeirão. Conhecida no passado por ser um laboratório do transporte público, a cidade dá sinais de que pode reconquistar o posto de vanguardista na área, avalia o coordenador do mestrado e doutorado de Gestão Urbana da PUCPR, Fábio Duarte.

“Talvez seja um sinal, pelo menos em nível nacional, de que Curitiba voltou a se preocupar com soluções inteligentes de transporte público”, diz Duarte. “A exposição positiva desse anúncio também pode levar a prefeitura a adotar outras medidas, que não tecnológicas”, afirma, citando a semaforização inteligente plena e a duplicação das estações-tubo, medidas que dariam mais agilidade ao transporte.

Para Marcos Bicalho, superitendente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), governo e indústria precisam pensar em incentivos para que a nova tecnologia não pese no bolso do usuário. “Se querem apostar numa nova tecnologia, eles precisam se comprometer a reduzir custos.”





READ MORE - Especialistas elogiam medida sobre o uso de ônibus híbridos em Curitiba, mas alertam sobre custos

Governo destrava BRT Metropolitano e obra deve ser entregue em 2024

domingo, 29 de outubro de 2023

No ano que vem, o Pará assistirá ao capítulo final de uma novela de 33 anos: a construção do BRT Metropolitano. Por incrível que pareça, o convênio para os estudos que resultariam nesse BRT foi assinado no começo da década de 1990. Mas só a partir de 2019 é que ele começou a sair do papel. A estimativa é que entre em operação, em fase experimental, no começo do ano que vem, e que mude a cara e o cotidiano da BR 316, a única via de entrada e saída da capital.

Se tudo der certo, os quilométricos e diários engarrafamentos da BR serão coisa do passado, assim como os ônibus sempre lotados, além do longo tempo das viagens entre os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB). A humanização do transporte trará mais qualidade de vida aos 2,5 milhões de habitantes da região, ou quase um terço da população paraense. É o maior e mais importante projeto de transporte público da RMB, dos últimos 100 anos. Ou, provavelmente, de todos os tempos.

A bem da verdade, o BRT Metropolitano já deveria estar pronto desde o ano passado. No entanto, a pandemia de covid-19 impediu que fosse finalizado em tempo recorde, como queria o governador. Mesmo assim, já são visíveis as transformações da BR, que também está sendo reestruturada, para deixar de ser uma rodovia urbana e se transformar em uma avenida. Enormes tubulações de aço vão substituindo as antigas, para melhorar a vazão da água das chuvas e acabar com os vários pontos de alagamento daquela via.

Grandes passarelas de metal e concreto vão substituindo as antigas, para que também os cidadãos mais vulneráveis (idosos, grávidas, deficientes físicos) possam utilizá-las, assim como os ciclistas. É muito mais segurança para as milhares de pessoas que precisam cruzar a BR. Uma providência simples, mas que tende a salvar centenas de vidas. Até porque aliada a campanhas educativas do governo, para estimular o uso das passarelas.

Ao todo, o BRT Metropolitano terá 10,7 km de extensão, entre a saída de Belém e o município de Marituba. Mas a utilização de faixas exclusivas para ônibus normais, que também farão parte do sistema, permitirá levar passageiros até Ver-o-Peso, no centro da capital. O BRT e a nova BR são executados pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

Os recursos financeiros são do Governo do Estado e da JICA, a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Além de drenagem, a nova BR ganhará calçadas, ciclovias, nova iluminação, arborização. Já as obras do BRT incluem pistas de concreto com canaletas, para a circulação exclusiva de seus ônibus; 13 estações de passageiros, 13 passarelas, um viaduto de quatro pétalas, no km 7 da BR, já entregue; dois terminais de integração, nos municípios de Ananindeua e Marituba, já em fase de acabamento; túneis para o acesso de seus ônibus a esses terminais; e um Centro de Controle Operacional (CCO), na rodovia Augusto Montenegro.

‘CORAÇÃO DO BRT’

Também quase concluído, o CCO será o coração do BRT. Lá, com o auxílio de computadores, telões e outros equipamentos, os técnicos saberão, em tempo real, tudo o que se passar nesses ônibus e em cada pedacinho dessa teia de transportes. É que o BRT não se resumirá ao chamado “tronco central”, da pista de concreto e canaletas, bem visível ao longo da BR.

O Centro de Controle Operacional (CCO), em Belém, vai centralizar toda a operação do sistema integrado de transporte do BRT Metropolitano
Ele também abrangerá as chamadas linhas de ônibus “alimentadoras”, que trarão passageiros dos bairros de Ananindeua e Marituba. No CCO, será possível saber, imediatamente, se um ônibus quebrou, se houve algum acidente que está atravancando o tráfego. Assim, os técnicos poderão agir rápido, para manter o fluxo normal desses ônibus. Todos as estações de passageiros, terminais de integração e corredores do BRT contarão com câmeras de segurança, conectadas ao CCO e ao SIOP (Sistema Integrado de Operações Policiais).

Segundo documentos apresentados pelo NGTM, em uma audiência pública de março deste ano, o BRT poderá transportar 187 mil passageiros por dia, nos dias úteis. Isso significa 935 mil passageiros por semana, apenas de segunda à sexta, ou 3,740 milhões por mês, 44,880 milhões por ano. A expectativa é que ele reduza a menos da metade o tempo das viagens entre os municípios metropolitanos: se hoje alguém gasta até 5 horas para ir e voltar de Benevides ao Ver-o-Peso, por exemplo, isso cairá para apenas 2 horas. E tudo em ônibus confortáveis e seguros, com ar condicionado, wifi, GPS, câmeras de segurança. Além disso, também não haverá burocracia: todo o trajeto poderá ser feito com uma única passagem, que poderá ser comprada nos ônibus “alimentadores”, nos terminais de integração e nas estações de passageiros ao longo do trajeto.

Mas quem preferir, poderá validar cartões de passagens nessas estações ou até pela internet. As estações, assim como os ônibus e terminais de integração, serão seguras, confortáveis e acessíveis a idosos e portadores de deficiências. Além disso, animaizinhos de estimação, com até 10 quilos, também poderão viajar nesses ônibus.

Obras avançadas e 256 ônibus a caminho

No último mês de junho, as obras do BRT Metropolitano foram aceleradas, para aproveitar o verão, e hoje contam com mais de 30 frentes de trabalho. Já foram entregues à população quatro novas passarelas, das 13 previstas. Com 52 metros de extensão e apenas 600 ou 700 metros de distância entre elas, todas possuem, além de escadas, rampas para deficientes e ciclistas e, também, de acesso às estações do BRT. Segundo o NGTM, a previsão é que todas estejam prontas até o final do próximo mês de janeiro.

Outra obra importante é o viaduto de quatro pétalas do km 7 da BR. Junto com a nova avenida Ananin, ele ajudou a interligar a BR aos bairros da Cidade Nova e Guajará, agilizando o trânsito. O viaduto também facilitará o acesso dos ônibus “alimentadores” ao terminal de integração de Ananindeua.

Ele será um espaço amplo e confortável, com ar condicionado, elevadores, banheiros, bilheteria, lanchonete, Estação Cidadania, estacionamentos e bicicletários cobertos, para que os viajantes possam deixar seus veículos em segurança, enquanto viajam de BRT.

Só em Ananindeua, diz o NGTM, serão 10 linhas “alimentadoras”, que circularão pelos bairros. Já em Marituba, serão 12 dessas linhas, o que permitirá atender também a população do município de Benevides. Haverá linhas Expressas, que irão dos terminais de integração de Marituba e de Ananindeua até o terminal de São Brás, parando apenas ali e no Entroncamento. Outra linha, a “Parador”, que também sairá desses terminais, irá parando nas estações de passageiros da BR e da Almirante Barroso.

Já do terminal de São Brás sairão duas linhas, que irão até o centro de Belém. Uma seguirá pela Governador José Malcher até o Ver-o-Peso, retornando pela avenida Gentil Bittencourt. A outra seguirá pela avenida Conselheiro Furtado até a Praça da Bandeira, voltando pela rua dos Mundurucus. Em todos os casos, tudo será feito com a compra de apenas uma passagem. Ou seja: um morador de Marituba poderá adquirir o bilhete no ônibus “alimentador” de seu bairro, ou no terminal de integração, e ir até São Brás e daí até o centro de Belém, sem pagar mais nada.

Segundo o NGTM, todas as obras estão bastante avançadas e o projeto já entrou na fase de “operação do sistema”. Nela, o governo vai adquirir 256 ônibus para o sistema do BRT e a licitação já se encontra em andamento.

CRONOLOGIA

O BRT (Bus Rapid Transit, ou ônibus rápido) é um sistema de transporte de massa criado em 1974 pelo arquiteto e então prefeito de Curitiba (PR), Jaime Lerner. De lá, espalhou-se por várias grandes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Distrito Federal, por exemplo. Também se espalhou por vários países, como Estados Unidos, França, Itália, China. E hoje já pode ser encontrado em mais de 200 cidades do mundo. Entre elas, Los Angeles, Nova York, Londres e Paris.

No Pará, são dois sistemas de BRTs, um administrado pela Prefeitura de Belém, outro, o Metropolitano, pelo Governo do Estado. Mas ambos já formaram, no papel, um todo integrado e, no futuro, devem voltar a se integrar. É que todos fazem parte do projeto Ação Metrópole, que foi negociado pelo Governo do Estado, junto à Jica, ainda em 1991, para reorganizar o trânsito da RMB.

Mas o Ação Metrópole, que era dividido em três fases, enfrentou um atropelo por 20 anos. Resultado: a sua primeira fase só começou a ser executada entre 2006 e 2010, durante a administração da ex-governadora Ana Júlia Carepa, do PT. Em 2011, com Simão Jatene (PSDB), o Ação Metrópole voltou a emperrar. E o BRT Metropolitano, cuja construção poderia ter iniciado em 2012 ou 2013, só começou de fato em 2019, com a posse do governador Helder Barbalho (MDB).

Além do BRT Metropolitano, o Ação Metrópole inclui os elevados “Gunnar Vingren” e “Daniel Berg”; o prolongamento das avenidas Independência e João Paulo II, a recuperação da Rodovia Arthur Bernardes. O BRT Metropolitano, ou Sistema Integrado de Transporte da RMB (SIT), ainda será ampliado, em uma próxima etapa, a partir de Marituba.

Informações: Diário do Pará

READ MORE - Governo destrava BRT Metropolitano e obra deve ser entregue em 2024

São Paulo: A expansão do metrô

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Em reunião com a bancada paulista no Congresso Nacional, realizada recentemente, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital, Gilberto Kassab, defenderam propostas de emendas no Orçamento da União para 2011 que destinem recursos para a construção de duas linhas de metrô, cujos beneficiários serão os moradores da zona leste da capital. O governador pediu R$ 200 milhões para a Linha 15-Branca, projetada para ligar os bairros de Vila Prudente e Penha. Kassab, por sua vez, solicitou recursos para uma nova linha a ser construída sob a Avenida Celso Garcia. Isso aliviaria o ramal de metrô mais lotado do mundo, a Linha 3-Vermelha, entre a Barra Funda e Itaquera. Em cada metro quadrado dos seus vagões, dez pessoas se espremem - é 1 milhão de passageiros por dia - para chegar aos seus destinos.
Em entrevistas concedidas logo após as eleições, Geraldo Alckmin reafirmou que são prioritários os investimentos na ampliação do metrô e nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Além da Linha 4 (Luz-Vila Sônia), já em fase de conclusão, ele anunciou o prolongamento da Linha 5, entre Santo Amaro e Chácara Klabin, e a construção da Linha 6 (São Joaquim-Freguesia do Ó). Há projetos ainda para a construção da Linha 17-Ouro (Jabaquara-Congonhas-Morumbi) e do Expresso Guarulhos e para a ampliação da Linha 9, do Grajaú até Varginha.
O governo já contraiu empréstimos internacionais para ampliação da Linha 2-Verde, entre Vila Prudente e Cidade Tiradentes, e para a construção da Linha 17-Ouro. O Orçamento estadual para 2011 reserva R$ 4,4 bilhões para obras do metrô, modernização das linhas em operação e compra de equipamentos.
Nunca na história do metrô paulista o esforço para a expansão da rede foi tão grande. E o motivo é que não há outro caminho para evitar o colapso do sistema de transporte da região metropolitana de São Paulo. Só a aceleração da expansão do metrô pode eliminar um dos principais gargalos urbanos da Grande São Paulo, que tende a se agravar num cenário que combina o crescimento econômico e a realização da Copa do Mundo de 2014.
Apesar do alto custo de construção e operação, o metrô, nas grandes cidades, é considerado "a solução para a mobilidade urbana" por causa da sua alta capacidade de transporte e por não disputar espaço com os automóveis. Para acomodar a frota paulistana, que cresce aceleradamente e deve chegar em janeiro a 7 milhões de veículos, o urbanista Cândido Malta estima que seriam necessárias pelo menos 125 novas Avenidas Paulistas por ano.
Das 140 redes de metrô existentes no mundo, Londres e Nova York têm as maiores malhas, com aproximadamente 408 quilômetros cada. São Paulo tem menos de 70 quilômetros de linhas que já atingiram picos de 3,79 milhões de passageiros por dia. É um dos sistemas mais eficientes, limpos e modernos do planeta, mas muito pequeno para as necessidades da região metropolitana.
Apesar dos esforços para a sua expansão, o metrô paulistano cresce apenas 2 quilômetros por ano. Segundo os especialistas em trânsito, esse crescimento anual deveria ser de pelo menos 6 quilômetros.
Os prefeitos da região metropolitana podem dar importante contribuição a esse esforço, formando uma força-tarefa para organizar de maneira efetiva a correlação entre a oferta de sistemas de circulação e o zoneamento das cidades. Distribuir de forma planejada as atividades e os polos de geração de tráfego pelo território das cidades, considerando a capacidade do transporte, é essencial. Além disso, investimentos em outros meios de transporte, como o ônibus, não devem ser esquecidos.
O prefeito Gilberto Kassab pode ajudar a buscar verbas para a nova linha de metrô na Avenida Celso Garcia - iniciativa que o governo do Estado tem melhores condições de levar a cabo. Deveria empenhar-se com todo o afinco, entretanto, em melhorar o serviço de ônibus, que ano após ano se deteriora, levando à superlotação do metrô.

Fonte: Estadão
READ MORE - São Paulo: A expansão do metrô

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960