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Em Teresina, 67% dos pontos de ônibus não possuem abrigo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A poucos dias do início do período das chuvas, que tradicionalmente começa em dezembro, os usuários do sistema de transporte coletivo de Teresina que aguardam ônibus debaixo do sol agora preparam- se para enfrentar a espera debaixo da chuva. Segundo um levantamento feito com à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), 67% dos 1.700 pontos de ônibus da Capital não possuem abrigo. São 1.130 paradas sem cobertura.

Com isso, só resta aos usuários improvisar. Alguns usam guarda-chuva ou sombrinha, outros procuram marquises de comércios próximos e alguns ainda buscam sentar em bancos de vendedores ambulantes, que são comuns nos pontos de espera mais movimentados. “A gente procura uma sombra para fugir do sol porque às vezes a condução demora muito e a única sombra é a do poste de iluminação”, afirma o funcionário público Carlos Silva, que toma ônibus na zona Sul de Teresina, onde mora.

Mas mesmo nos abrigos existentes, 570 no total, as reclamações são muitas. Os
passageiros alegam que o teto é pequeno, não protegendo do sol e muito menos da chuva, quando é grossa. Além disso, alguns abrigos possuem bancos de ferro, que esquenta muito com as altas temperaturas de Teresina. “Queria ver um desses políticos sentado aqui 5 minutos para vê se ele agüenta”, provoca a estudante Cibele Rodrigues.

Por conta disso, a Strans já decidiu modificar o material utilizado em algumas paradas, principalmente na Avenida Frei Serafim, a mais movimentada da cidade. Lá, os abrigos de ferro foram substituídos pelos de madeira, mais confortáveis.

A diretora de Transportes e Trânsito da Strans, Alzenir Porto, explica que o problema das paradas de ônibus não é tão fácil de ser resolvido e diz ainda que é preciso da compreensão  e participação da população na solução do problema.

“Apesar de existir somente 570 abrigos com cobertura construída pela Prefeitura de  Teresina, isso não significa que os demais há a necessidade de se construir um. Há alguns pontos de ônibus, por exemplo, em que os usuários aguardam o transporte na marquise de lojas que ficam em frente ao local de parada do veículo. Nesses lugares, a colocação de um abrigo causaria transtornos ao comércio, com a perda do estacionamento, acúmulo de sujeira por conta dos próprios usuários”, explica a diretora.

Alzenir ressalta também que há centenas de pontos de ônibus que não há motivo para a construção de abrigos, porque são localizados em finais de linhas e os passageiros, assim que descem os ônibus, seguem logo para suas casas. “São pontos de desembarquedas linhas centrobairro,  onde ninguém fica esperando por condução. É somente ponto de chegada e não de partida”, conta Alzenir Porto. Nas contas dela, cerca de 800 pontos de ônibus da capital estão incluídos nas duas situações: ou são áreas de desembarque ou os usuários utilizam as marquises de comércios.

Fonte: Tribuna do Sol
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Passagem de ônibus mais cara aumenta movimento no metrô em Teresina

sábado, 22 de maio de 2010


Após o aumento da passagem de ônibus, que passou a vigorar desde o último sábado, 15, cada vez mais os teresinenses vêm optando por formas alternativas de deslocamento. Utilizando o metrô ou mesmo através de caminhadas mais prolongadas, a população tenta diminuir os gastos ao sair de suas casas para o trabalho. Esse é o caso da cabeleireira Sandra Maria, residente no bairro Dirceu II, zona Sudeste da cidade. Sempre que necessita ir ao Centro comercial à procura de produtos de beleza, a empreendedora não pensa duas vezes em esperar um pouco mais pelo metrô.

“Desde que o metrô foi inaugurado passei a usá-lo, pois além de ser um meio mais econômico, é muito mais confortável do que os ônibus da cidade”, enfatiza Sandra. Segundo ela, o gasto quase quatro vezes menor com transporte representa uma economia significativa para a renda familiar. “Enquanto que se anda uma vez de ônibus, se pode andar quase quatro vezes de metrô”, salienta a cabeleireira. Preocupada com os gastos, a dona-de-casa e estudante Teresa Antunes também engrossa a lista de pessoas que resolveram abandonar o ônibus.

Teresa comenta que o último reajuste no preço da passagem de ônibus foi decisivo para que ela descartasse o uso do meio de transporte. “O preço cobrado nem de longe justifica a qualidade do serviço oferecido, pois os ônibus sempre vivem lotados e demoram muito a passar pelas paradas”, argumenta. De acordo com Conceição Castro, supervisora da subestação da Praça da Bandeira, somente na última semana houve um aumento de 10% no número de pessoas que utilizam o metrô da capital.

“Após a euforia da população em conhecer a nova estrutura do metrô, está havendo uma consolidação desse meio de transporte, já que o aumento do número de passageiros é crescente a cada dia”, ressalta Conceição ao comentar que nos fins de semana o movimento de passageiros é ainda maior. “Desde que começamos a abrir a estação aos sábados e domingos, percebemos que a quantidade de pessoas na estação é bem maior do que em dias comuns”, afirma a supervisora. Durante a semana a estação abre às 6h30 e fecha às 19h. Já nos fins de semana, abre às 6h30 e fecha às 14h.

CMTP aponta metrô como um “avanço atrasado”

Questionado sobre uma matéria veiculada nacionalmente, na qual constava que o serviço metroviário de Teresina é o pior do país, Antônio Sobral, diretor administrativo da Companhia Metropolitana de Transportes Públicos, afirma que: “O metrô da cidade é um avanço atrasado, se compararmos com outros Estados, a exemplo de São Paulo, onde esse tipo de transporte começou a funcionar ainda na década de 70”, analisa.

Entretanto, mesmo o metrô aparecendo tardiamente na cidade, Sobral destaca que ao todo, somente seis Estados possuem esse tipo de serviço, dois deles no Nordeste. “Não podemos comparar a quantidade de pessoas que utilizam o serviço em Teresina com aqueles que usam em São Paulo, pois além da última possuir um número maior de habitantes que a da nossa capital, ainda estamos passando por um processo de consolidação desse tipo de transporte”, ressalta Antônio Sobral.

A despeito da matéria publicada pelo jornal de circulação nacional, onde consta que 1,6% da população utiliza o metrô, Sobral elenca que atualmente esse número atinge os 4%. Segundo a Companhia Metropolitana de Teresina (CMTP), dentro de aproximadamente 45 dias o órgão deve concluir os últimos reparos na obra da Estação Bandeira. Banheiros, cadeiras e bebedouros serão fixados no local para dar maior conforto aos usuários, sem mencionar no desenvolvimento de projetos que otimizem o tempo que o usuário passa nas dependências da estação.

Além de terminar a construção do projeto original, Antônio Sobral garante que até o final deste ano os projetos de prolongamento do metrô devem ser entregues para os órgãos competentes. “Nosso intuito é estender o serviço metroviário para o Centro Administrativo, zona Sul, Altos e Campo Maior”, acrescenta Sobral.

Governador anuncia dois novos trens

O metrô de Teresina vai ganhar uma série de inovações, começando pela operação de dois novos trens. Também serão realizados dois cruzamentos de linhas, instalação de bicicletário e duplicação da linha férrea no trecho entre os bairros Renascença e Matinha.Todas essas mudanças foram discutidas ontem, em Brasília, pelo governador Wilson Martins e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Parte das inovações serão realizadas com recursos do próprio Estado, enquanto outras serão fruto de convênio entre o Governo do Piauí e a União. Os dois novos trens devem começar a operar nos próximos dois meses, segundo informou o diretor da Companhia do Metrô, Antônio Sobral, que acompanhou o governador na audiência. Com os dois novos trens, o tempo de espera entre as viagens será reduzido de 33 para 12 minutos, o que aumentará o uso do transporte ferroviário em Teresina.

Já o prefeito Elmano Ferrer disse ontem, em reunião com os vendedores do Shopping da Cidade, que vai construir a passarela que vai ligar a Estação do Metrô ao segundo piso do shopping. “A construção dessa passarela é um pedido meu e não importa se vai ser compartilhado com o Governo ou será somente a Prefeitura. Só sei que iremos fazer”, afirmou Ferrer.

Fonte: Portal O Dia
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Em Teresina, Strans organiza pontos de paradas para ônibus intermunicipais

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Com o objetivo de desafogar o trânsito na área central da cidade, a Prefeitura de Teresina por meio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), organizou os pontos de paradas para os ônibus intermunicipais já existentes.
Foto: Gabriel Tôrres/CT
De acordo com a Diretora de Transportes Públicos da Strans, Cintia Machado, as mudanças estão acontecendo para melhorar a fluidez do trânsito na área central da cidade, especialmente na Avenida Maranhão. “A cidade cresceu e a frota de veículos esta a cada dia maior, por isso a circulação desses ônibus na área central da cidade ficou inviável, mas os novos pontos foram instalados em locais estratégicos que irá atender ás necessidades dos usuários”, acrescentou.

Além do disso, as faixas exclusivas para ônibus serão implantadas, com isso os locais onde estavam as paradas não poderiam continuar. “Já informamos para as empresas das mudanças e aquelas que não estão respeitando as alterações serão notificados. Estamos fiscalizando intensamente para evitar problemas. Uma parada que foi alterada foi a que ficava próximo ao Cemitério São José, que criava um conflito no local, por isso ela foi deslocada para as proximidades do terminal da Matinha”, disse.

Os ônibus e vans que fazem linha em percurso cuja distância máxima de Teresina seja até 85 km devem obedecer aos seguintes pontos:

1. Linhas a Norte e Leste chegando em Teresina:

. Avenida Miguel Rosa (Norte) na Estação Ferroviária;
. Avenida Miguel Rosa (Norte) com a Rua João Cabral – próximo a AMAPI;


2. Linhas a Norte e Leste saindo de Teresina:

. Avenida Miguel Rosa (Norte) com Rua João Cabral – próximo a AMAPI;
. Avenida Miguel Rosa próximo ao Cemitério São José;
. Avenida Miguel Rosa (Norte) – próximo a Praça do 25º BC;
. Rua Rio Grande do Sul – próximo a Avenida Frei Serafim;


3. Linha Sul chegando e saindo de Teresina:

. Avenida Joaquim Ribeiro, nº 840, sentido Oeste/Leste;
. Avenida Pedro Freitas – em frente ao Centro Administrativo;

Já os ônibus e vans que fazem linha em um percurso acima de 85 Km de Teresina devem obedecer aos seguintes pontos de paradas para o desembarque:


4. Linhas a Norte e Leste chegando em Teresina:

. Avenida Miguel Rosa (Norte) na Estação Ferroviária;
. Avenida Miguel Rosa (Norte) com a Rua João Cabral – próximo a AMAPI;


5. Linhas Sul chegando em Teresina:

. Avenida Pedro Freitas – em frente ao Centro Administrativo.

Além disso, os ônibus e vans que fizerem linha em um percurso acima de 85 Km devem fazer a saída do terminal rodoviário em direção as rodovias e seus destinos.

Informações: Capital Teresina

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Mulher no volante, sensibilidade constante dentro dos ônibus de Teresina

sábado, 27 de março de 2010


Quem nunca ouviu um homem por aí dizer que mulher no trânsito, o perigo é constante? As piadas são diversificadas, mas será que eles têm razão? Núbia Maria Mousinho (foto acima), uma piauiense de 39 anos, mostra que nem sempre é assim. Para a surpresa de muita gente, ela é motorista de transporte coletivo em Teresina. Em uma cidade onde o trânsito a cada dia fica mais difícil, guiar um ônibus por ruas abarrotadas de carro não é tarefa simples.
Núbia é motorista há 22 anos. São 15 como profissional e dez dedicados a empresa Transcol. Tem uma rotina de trabalho que chega a 9h por dia e ainda encontra tempo para cuidar da família. É mãe de dois garotos gêmeos.

  • “Eu levanto às 3 da manhã, saio de casa às 4h, 4h30 eu já estou na garagem. Saio de lá por volta de 5 da manhã. É tudo muito corrido”, afirma à reportagem do Acessepiauí.
    “Tenho dois filhos que amo demais, mas acabo me distanciando deles por conta do trabalho. Eles chegam a me chamar de pãe, pois eu mais pareço um pai, que só serve para trabalhar, ganhar dinheiro e levá-los ao médico”, fala emocionada, lembrando que por conta do dia-a-dia agitado, seus filhos passam a maior parte do tempo com os avós.
    “Eu tenho uma vida muito difícil, quase não paro durante o dia, mas no mínimo que posso, dou carinho”, afirma.
Muito marmanjo não teria pique para acompanhar nossa motorista, que revela já ter ouvido e visto de tudo em suas viagens. Como é de se imaginar, um dos principais entraves para ela permanecer no emprego foi o preconceito, mas nada que uma boa dose de força de vontade não contribuísse para a vitória.
  • “É claro que no início havia preconceito, as pessoas não gostavam muito de pegar ônibus com uma motorista mulher, mas isso foi mudando com o tempo. Também foi difícil convencer os outros motoristas de trabalhar ao lado de uma mulher, hoje isso é diferente. Com o tempo eu conquistei o respeito das pessoas e dos colegas de trabalho”, comemora.
    Para o estudante Carlos André, ver uma mulher no volante de um ônibus é diferente, mas tem seu lado positivo. "Eu não vejo problema algum uma mulher dirigir um ônibus. É diferente, confesso, mas por outro lado temos mais confiança. Elas são mais atentas e não são de brigar no trânsito", afirma.

Se no trabalho o preconceito é coisa do passado, na vida afetiva a realidade é outra. “Acho que o maior preconceito em minha vida é no tratamento como mulher. Hoje em dia ainda é difícil encontrar um homem que aceite uma mulher que trabalha como motorista, São raros os que aceitam uma mulher que sai 3h da manhã e quando volta para casa já é tarde. Acho que esta é uma das maiores dificuldades que tenho de enfrentar”, destaca.

  • Mas nem por isso ela desanima. Ainda comemorando o mês da mulher, Núbia conta que sempre arruma um tempinho para se cuidar. “Nos finais de semana eu sempre tiro um tempo para poder arrumar o cabelo, fazer uma escova, as unhas, sempre cuido de mim. Saio para trabalhar sempre bem maquiada, perfumada, uso filtro solar e óculos escuros. Não me descuido. E neste sentido é uma coisa boa de trabalhar com homens, eles sempre notam quando mudamos alguma coisa no visual. Sempre que corto o cabelo eles percebem” comenta.
Com tanto capricho, o assédio é inevitável. É rotina da motorista sempre ouvir um “gatinha”, tanto de outros motoristas, como dos passageiros. “Mas nunca houve nada demais, algo que me incomodasse. Os meninos aqui costumam comentar que se para cada beijinho que os homens me dedicam, eu ganhasse um real, no final do dia eu tava rica”, brinca.
  • Brincadeiras a parte, o que mais Núbia gosta no trabalho, além de dirigir, é o contato com seus passageiros. É nestas horas que a sensibilidade do sexo feminino leva vantagem na profissão. Ela contou ao Acessepiauí que ao ser transferida para outra linha, cerca de três ou quatro meses depois, seus antigos passageiros ligaram para a empresa pedindo que voltasse.
    “Eles são a principal causa de eu estar neste trabalho há tanto tempo. Tem dias que saio de casa estressada e encontro um passageiro, amigo de todos os dias, o humor muda. Sempre tem aquele passageiro que sobe no mesmo ponto, conversa com a gente, é um bom relacionamento”, finaliza.
Todo esse carinho das pessoas pela motorista não é à toa. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (SETUT), Herbert Miúra (foto ao lado), as mulheres são mais atenciosas no que fazem e se dedicam com maior afinco a profissão.
“Elas são muito eficientes. Para você ter uma ideia, eu não encontro com as mulheres da minha empresa. Quando eu vejo funcionário é porque está dando problema”, afirma.
Segundo o presidente, a maioria das mulheres que trabalham no transporte público de Teresina está na área administrativa e serviços gerais dentro dos veículos. “Os ônibus mais limpos de Teresina são os da Piauiense, porque só as mulheres limpam. Lá, só elas cuidam dessa parte. Na verdade, elas são bem mais caprichosas. As duas motoristas que eu tive nunca bateram carro”, disse Miúra.

  • Teresina possui 13 empresas de ônibus urbanos. A Emtracol é a mais feminina, com cerca de 20 funcionárias. No total, as catracas do transporte público da capital são acionadas 7 milhões de vezes por mês. São 93 linhas em toda a cidade.
Fonte: Acessepiauí
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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Fortaleza: Iniciada ações para implantar sistema de integração

domingo, 21 de novembro de 2010

Os primeiros passos para a integração de linhas de ônibus em Teresina foi dado neste mês. Após a avaliação das paradas de ônibus existentes pela Strans. O prefeito de Teresina, Elmano Férrer, visitou neste domingo (21) a cidade de Fortaleza (CE) para conhecer o funcionamento do sistema de integração dos ônibus coletivos na capital do estado vizinho.
A intenção é captar informações sobre a sistemática de funcionamento do transporte urbano e aplicar as ações positivas no sistema que será implantado em Teresina.

Nesta segunda(22), o prefeito terá uma reunião com empresários do setor de transporte de Fortaleza para discutirem sobre a forma como o sistema de integração foi implantado. Hoje ele visitou os terminais de integração. 

A diretora técnica da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Calina Barros e o superintendente técnico dos Sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (SindiÔnibus), Pessoa Neto, coordenaram a visita a terminais de integração de ônibus e explicaram o funcionamento do sistema na cidade, que possui sete terminais de integração distribuídos por várias regiões da cidade.
 
“O sistema de integração de Fortaleza foi implantado em 1992 e tivemos boas experiências com a atividade. Atualmente, são 22 empresas e cerca de 750 veículos na frota, o que atende a demanda de mais de 1 milhão de passageiros por dia”, informa Celina Barros ao comentar que toda a frota trabalha com bilhete eletrônico e possui monitoramento de horários e percursos via GPS.

Pessoa Neto, ressaltou que a implantação do sistema de integração no transporte coletivo ajudou a desafogar o tráfego pesado nas ruas do centro, além de reduzir o tempo de espera dos usuários nos pontos de paradas dos coletivos. “Fizemos um trabalho coordenado para a implantação deste sistema. Foi necessário muito estudo e combate ao transporte clandestino, além do apoio da Prefeitura no desenvolvimento do sistema”, declarou Pessoa.
 
Elmano Férrer, enfatizou que a visita teve como objetivo conhecer os pontos positivos e as experiências de êxito aplicadas no sistema de Fortaleza. “Estamos aqui na cidade justamente para conhecer de perto as ações que tiveram bons resultados e levar para Teresina ações que necessitamos implantar na capital piauiense. Em Fortaleza tudo já está implantado e testado, o que nos ajuda a identificar o que há de bom e que pode melhorar”, finalizou.

O prefeito de Teresina também irá a São Luís-Ma para conhecer como o sistema funciona na capital maranhense. 

Em Fortaleza,  Elmano Férrer estava acompanhado pelo secretário de governo, João Henrique, o superintendente de Transportes e Trânsito, Ricardo Freitas, o secretário de Planejamento, João Alberto e a secretária de Finanças, Vanessa Neiva, além de membros do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut).

O sistema de integração está previsto para ser implantado no próximo ano. Serão instalados oito terminais de integração: no balão da avenida dos Expedicionários, Buenos Aires, Matadouro, Santa Isabel, Piçarreira, Dirceu, Bela Vista e Parque Piauí. O primeiro terminal já em construção é o da zona norte, no bairro Buenos Aires. 
 
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Prefeitura de Teresina abre licitação de R$ 134 milhões para compra de 100 novos ônibus

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A Prefeitura de Teresina planeja adquirir mais ônibus para que possam somar ao transporte público da capital. Para aumentar a frota, a gestão pública teresinense concluiu o edital de lançamento para pregão eletrônico com a estimativa de investimentos em R$ 134 milhões. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (07).

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que atualmente 300 ônibus circulam por todas as regiões da cidade. Com a proposição de novos investimentos, a pasta espera adquirir 100 novos veículos e, assim, auxiliar no ir e vir dos usuários teresinenses.

Em abril deste ano, a prefeitura iniciou uma proposta de aumentar a frota mensalmente com 20 veículos. A meta, segundo a PMT, era chegar em agosto, mês do aniversário da cidade, com 300 veículos circulando.

“Já atingimos o número da proposta inicial que era o aumento de 20 a cada mês, que começou em abril até agosto com 300 veículos no total e dobramos o número de viagens nas principais linhas de ônibus”, disse a pasta municipal.
A retirada do edital para compra dos novos ônibus inicia nesta quarta-feira (09). As propostas irão ocorrer no dia 23 deste mês, a partir das 9h30.

Sindicato não confirma quantitativo
O secretário de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Cláudio Gomes, não confirmou que os 300 ônibus estejam de fato circulando em Teresina. Ele argumentou ao O Dia que antes do período de pandemia da covid-19, cerca de 450 veículos rodavam na cidade, juntamente com os corujões, transportes que circulavam no período da madrugada.

“Infelizmente, esses números a gente não pode tanto afirmar como negar, até porque o sistema está cheio de picos. Na hora de pico algum ônibus extra pode circular e essa quantidade pode variar no decorrer do dia”, ressaltou o secretário.

O Sintetro argumentou, ainda, que trabalha para fiscalizar o sistema de transporte público da capital para certificar que o percentual informado pela prefeitura seja cumprido.

Atualmente, eu sei que a quantidade de ônibus circulando gira em torno de 250 ônibus, ou até menos que isso. Os empresários estão faltando com a população, quando recebessem recursos destinados para o transporte público, esses valores seriam transformados em mais ônibus para a cidade

Informações: Portal O Dia
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Novos ônibus começam a circular em Teresina

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Já cameçaram a circular pelas vias públicas da cidade uma frota de 40 veículos, de um total de 60, adquiridos pelos consórcios detentores da concessão do transporte coletivo em Teresina. Atualmente, a frota que compõe o sistema de transporte público coletivo da capital conta com 470 veículos. A renovação atinge pouco mais de 10% do total.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Teresina, os novos veículos, cumprem o que estabelece as regras impostas pela licitação ocorrida ainda em 2014 e são dotados de equipamentos de acessibilidade e inovações tecnológicas destinadas a proporcionar maior conforto e segurança. 

Os novos ônibus são maiores 1,2 metros, tendo 13,2 metros de cumprimento, o que representa um total de 16 passageiros transportados a mais do que os veículos disponibilizados na frota anterior. Na configuração entregue pelas empresas, há mais espaços para cadeirantes, bancos para obesos, e grande quantidade de botões de solicitação de parada.

Plataforma elevatória

Uma plataforma elevatória, para cadeiras de roda, e cinco portas – duas do lado do motorista, uma novidade – completam o conjunto de equipamentos instalados nos novos ônibus. As novas portas são destinadas ao embarque e desembarque dos passageiros nas estações de transbordo e terminais de integração, que deverão ser construídos pelo poder público. “Trata-se de ônibus acessíveis, amplamente sinalizados, mais confortáveis e seguros”, afirmou Herbert Miura.

Essa segurança alcança usuários, motoristas e cobradores. “Isso comprova que esses ônibus estão adequados às novas necessidades e exigências da comunidade, que pede mais qualidade no serviço”, afirmou Fábio Reis, gerente geral do Setut. Os novos veículos também são equipados com cortinas, mais saídas de emergência e lixeiras. E serão operados pelos consórcios Poty, Urbanus e Theresina, e pela empresa Transcol.

Os consórcios, integrados pelas 13 empresas associadas ao Setut, foram formados por ocasião da licitação realizada em 2014, e são os responsáveis pelo serviço nas quatro zonas da capital. O Consórcio Poty será o responsável na Zona Norte; o Urbanos, na Zona Leste, o Consórcio Theresina ficará responsável pelo transporte na Zona Sudeste; e a empresa Transcol, na Zona Sul da capital.

Idade da Frota

Faixas coloridas pintadas na carroceria dos ônibus agora passam a sinalizar as zonas nas quais esses veículos estão em operação. Aqueles com faixa verde circularam na Zona Norte; os que possuem uma barra vermelha operam na Zona Leste; os ônibus pintados com faixa azul circulam na Zona Sudeste; e os de faixa amarela já atendem a população que transita pelas vias públicas da Zona Sul de Teresina.

Com a entrada dos novos veículos, a frota, hoje composta por 450 ônibus, sofreu redução importante em sua idade média, de seis para cinco anos. Portanto, a frota teresinense passa a ser avaliada como uma das mais novas do Nordeste. “Vamos continuar investindo, adquirindo novos veículos, procurando tornar a nossa frota melhor e a mais nova possível, o que irá beneficiar a todos, sobretudo a comunidade”, finalizou Herbert Miura.

Informações: Capital Teresina

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A profissão de motorista e Cobrador em Teresina

segunda-feira, 29 de março de 2010


Para quem trabalha durante sete horas corridas todos os dias da semana e dependendo da escala, havendo a possibilidade de trabalhar até nos finais de semanas ou feriados, prestar atenção mantendo o equilíbrio físico e mental no trânsito de Teresina é uma tarefa bastante difícil, uma vez que nos últimos anos o tráfego de veículos na capital tem crescido bastante, sem contar no dever de atender bem o passageiro que possui os mais diferentes estilos, gostos, religiões e costumes.
Tudo isso são atribuições dadas aos 1200 condutores de transporte coletivo nas ruas da cidade de Teresina. Mas para ser motorista de ônibus na cidade são necessários critérios mais específicos, como ser habilitado na categoria D e possuir o curso de Transporte Urbano e Rodoviário de Passageiros, ministrado pelo SEST/SENAT.
Segundo a coordenadora do curso em questão, Caubyra Nery, o número de profissionais que o fazem é bastante grande, isso porque todas as 13 empresas de ônibus urbanos que operam na capital possuem convênio com o órgão e sempre encaminham seus funcionários para qualificação.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), Herbert Miúra, afirmou que além de qualificação, o curso traz motivação aos funcionários. “Todas as empresas enviam seus motoristas para participarem desse curso porque é uma forma de qualificar o trabalhador e estamos sempre melhorando o desempenho do profissional em suas atividades diárias e de certa forma deixá-lo mais motivado e dedicado ao ofício”, pontuou.

A função de cobrador
O Ministério do Trabalho não atende o ofício de um cobrador de ônibus como profissão. Para o órgão, o trabalho desses homens e mulheres são apenas funções que podem ser exercidas por qualquer pessoa com ensino médio.

Para os cobradores de ônibus, ser responsável pelo recolhimento do dinheiro ou do vale transporte do passageiro e a entrega do troco, pela leitura correta do passe verde e controle do interior dos ônibus (após o passageiro passar a catraca), são algumas das atribuições de um cobrador e por isso a categoria não deixa de considerar esse trabalho como uma profissão.
Para exercer a função de cobrador de ônibus em Teresina, além de ensino médio é necessário o curso de Relações Humanas para Cobrador de Transportes Urbanos e Rodoviários, também oferecido pelo SEST/SENAT.

Fonte: TV Canal 13
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Teresina: Passagem de ônibus aumenta para R$1,90

quinta-feira, 13 de maio de 2010


A passagem de ônibus de Teresina aumentou novamente. A partir do próximo sábado, dia 15, os usuários de transporte coletivo de Teresina vão pagar R$1,90. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Governo João Henrique Sousa na manhã desta quinta-feira (13/05), durante entrevista ao programa Notícia de Manhã, da TV Cidade Verde.
O secretário João Henrique Sousa disse que o aumento se deve ao reajuste no salário dos motoristas, cobradores e outros funcionários (fiscais, despachantes etc) do setor do transporte coletivo. Os motoristas passam a ganhar R$ 1.020, os cobradores de ônibus R$ 624 e os fiscais despachantes, R$672. O sindicato pediu 15% de reajuste nos salários e conseguiu 12% para os motoristas e 5,5 % para cobradores e despachantes fiscais.
Foi esse reajuste que assegurou que não houvesse greve dos motoristas de ônibus. "É importante lembrar que há 17 meses não há reajuste no valor da passagem de ônibus em Teresina. Com este aumento para a categoria, a situação tornou-se inevitável. Então a partir de sábado o preço da passagem de ônibus passa a ser de R$ 1,90 em toda Teresina", afirmou. Atualmente o preço cobrado é de R$ 1,75. O prefeito de Teresina Elmano Ferrer (PTB) se pronuncia ainda nesta quinta-feira.

Fonte: 180 Graus
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Em Teresina, Integração de Transporte Coletivo começa a funcionar

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Das 92 linhas de ônibus de Teresina, 33 começam a operar, a partir desta segunda-feira (02), dentro do sistema de integração temporal, que permitirá ao usuário pagar a metade da passagem anterior no segundo trecho do seu itinerário. Para isso, devidamente identificado pelo cartão eletrônico, o passageiro tem uma hora para se utilizar do benefício. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) orienta que nas paradas de ônibus, o usuário encontrará equipes com cerca de 60 estudantes e técnicos da instituição, nos três turnos, para tirar as dúvidas da população.

As paradas de ônibus que servirão de referência para utilização da integração são as localizadas no Balão do São Cristóvão, avenidas João XIII, Frei Serafim, Maranhão e José dos Santos e Silva, Rua 24 de Janeiro, praças do Fripisa, João Luiz Ferreira, da Bandeira e Saraiva, além do Balão da Tabuleta. Ao todo, a capital contará com 34 pontos de embarque e desembarque de passageiros que permitirão a integração.

"Fizemos um levantamento para identificar os locais onde há maior demanda de passageiros para pegar o segundo ônibus e chegar ao seu destino. Chegamos a esse resultado para então iniciar a implantação do sistema, que começa em 40% das linhas de transportes urbanos da cidade", explica a superintendente da Strans, Alzenir Porto.

Segundo ela, o sistema de integração só trará benefícios para o usuário, principalmente quanto à economia de tempo como no próprio orçamento, pois em vez de pagar duas passagens inteiras para se utilizar de dois ônibus, pagará apenas uma e meia, ou seja, R$ 2,10 e R$ 1,05, respectivamente. O estudante pagará meia passagem (1,05) na primeira viagem e a metade deste valor na segunda. "Nosso objetivo é extinguir o pagamento do segundo trecho nos próximos seis meses", adianta.

Para a estruturação do sistema de integração, a Prefeitura de Teresina providenciou a construção de baias para facilitar o embarque e desembarque de passageiros, melhoria nos abrigos com uniformização e identificação para o sistema, câmeras de monitoramento, começando pela Frei Serafim, criou faixas exclusivas para o sistema, que já diminuíram, em média, 15 minutos nas viagens de ônibus e melhoraram o fluxo de veículos, entre outras intervenções.

"Estamos bastante otimistas de que o transporte coletivo de Teresina vai melhorar bastante e, aos poucos, o usuário vai perceber que todas essas intervenções tornarão o sistema mais eficiente e funcional, operando a favor dos interesses da população usuária", finaliza Alzenir Porto.



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Strans Teresina vai voltar linhas extintas de ônibus e usará modelo do Rio de Janeiro

quarta-feira, 12 de abril de 2023

A Strans (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito) prepara uma série de medidas no sistema de transporte coletivo após acordo de R$ 3,3 milhões com os consórcios de ônibus. 

Entre as ações que serão implementadas nos próximos dias está o retorno de linhas/rotas extintas, o aumento da frota de ônibus e mudanças nas paradas de ônibus. Outra novidade é a aquisição de 150 novos ônibus para serem geridos no mesmo modelo que acontece no Rio de Janeiro.

“Vamos usar o modelo do Rio de Janeiro em que as linhas troncais do BRT é feito por uma empresa em conjunto com a prefeitura. Vamos copiar o que é bom e melhorar ainda mais o sistema”, disse o superintendente da Strans, Bruno Pessoa.  
Ontem, mais 20 ônibus foram integrados a frota. Com isso, segundo o surpreendente, 240 veículos estão circulando na capital. 

“Estamos retornando algumas linhas como o itinerário do IAPC na zona Sul de Teresina a partir de segunda-feira e acredito que aos poucos a gente consegue melhorar significativamente o transporte”.

O superintendente informou ainda que a diretoria de fiscalização está em campo para que o acordo seja cumprido, principalmente no horário de pico. Rastreadores serão instalados em cada veículos para que as ordens de serviços sejam cumpridas. 

Segundo o superintendente, a proposta é que aumente cada mês 20 ônibus para chegar em agosto com 300 veículos circulando. 

“Está tramitando na Strans uma licitação para que a gente possa adquirir ônibus novos e incrementar ainda mais a frota. Até a próxima semana lançaremos o edital”.

A ideia é a prefeitura adquirir os 150 ônibus para serem geridos em conjunto (Setut/Strans) em uma espécie de financiamento. Cada mês, a prefeitura abaterá um valor, que será acordado com os empresários, referentes aos ônibus comprados. O contrato ainda está sendo elaborado.

O diretor de Transportes da Strans, Felipe Leal, informou que além da linha IAPC que retornará na próxima semana, a superintendência estuda o retorno de rotas desativadas como Saci – Shopping, Promorar-Barão, linhas da zona Norte  que passa pela Uespi, além de rotas do Pedra Mole, Vale do Gavião e vila Irmã Dulce.

“Vamos também modernizar as paradas de ônibus e melhorar as estações para melhor acomodação dos passageiros”, disse Felipe Leal, que finaliza o projeto das paradas de ônibus.


Flash Yala Sena
Informações: Cidade Verde
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Em Teresina, Setut testa sistema de rastreamento de ônibus visando maior segurança

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Segurança e eficiência são fases primordiais para que uma empresa alcance o bom serviço prestado. Visando satisfazer esses objetivos é que o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) traz ao Piauí um dos mais sofisticados sistemas de rastreamento de veículos do país.

Foto: Acervo Cidadeverde.com


“O sistema vem do Estado de Minas Gerais e utiliza tecnologia tipo GPS para acompanhar toda a rota dos veículos dotados do equipamento. Assim podemos controlar o trajeto, a velocidade e principalmente a eficiência dos motoristas”, informa o coordenador do Departamento Técnico do Setut, Vinicius Rufino.

A novidade está operacional nas capitais Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador. Em Teresina, encontra-se na fase de teste, já funcionando em três unidades da frota, que totalizou, no mês de março de 2011, 476 ônibus operantes.

“Os dados são envidados dos veículos para a central de informações a cada 30 segundos desde a saída do ônibus da garagem até a conclusão da rota. O Setut e a Strans irão acompanhar os dados e ter uma mapeamento mais verídico do trânsito na capital”, disse Rufino.

Foto: Acervo Setut

Painel de Controle - Mapa com o itinerário da(s) linha(s) a serem
acompanhadas, com visualização do veículo monitorado.

De posse desse monitoramento, os agentes de trânsito poderão identificar com mais rapidez a ocorrência de um engarrafamento o excesso de velocidade de um determinado veículo. Ainda sobre segurança, poderá ser determinado se um desvio de rota está acontecendo.

“Isso representa mais confiabilidade para o passageiro. Estamos percebendo que os assaltos aos ônibus tem acontecido dessa maneira. Os bandido fazem o motorista desviar do trajeto planejado para uma região inóspita. Ao perceber uma situação dessas entraremos em contato imediatamente com o cobrador para saber o que está acontecendo de estranho”, explica o  coordenador do Departamento Técnico do Setut.

Inicialmente, toda a comunicação com o veículo será feita através de telefone celular que estará em posse do cobrador. A intenção, é que cada veículo possua, em um futuro próximo um aparelho fixo no ônibus que permita a comunicação entre a base e a unidade.

Foto: Acervo Setut

Painel Sinótico - Visualização do itinerário em uma linha reta, como uma
segunda visualização do posicionamento do veículo no percurso da linha.

“Queremos aperfeiçoar e investir nessa tecnologia. Em um futuro próximo, quem sabe, poderemos instalar painéis nas principais paradas de cada linha para que o passageiro possa acompanhar o veículo e saber quanto tempo falta para que o ônibus chegue no ponto”, planeja Vinicius.     

Visão do passageiroPara a professora Eleusa Nascimento a segurança pessoal, e da família, é um fator de grande importância. A servidora estadual, inclusive, já mudou de casa e bairro visando o bem estar dos filhos que faziam uso do transporte coletivo público para se deslocar.

“Antigamente, vivia em uma casa longe da parada de ônibus. Meus filhos e eu fomos assaltados várias vezes. Por isso, um dos fatores determinantes da minha mudança foi ficar próximo de um ponto bem serviço de ônibus”, conta a professora.

Foto: Yala Sena/Cidadeverde.com


Atualmente, ela faz uso diário de 4 ônibus para ir para o trabalho e retornar a casa. A servidora vê com alegria as modificações propostas pelo Setut para garantir ainda mais segurança para os usuários do transporte coletivo.

“Fiquei satisfeita quando colocaram as câmeras para registrar as viagens. Agora, com essa nova tecnologia de rastreamento, acredito que os assaltos diminuirão e poderemos ter mais segurança ao pegar um ônibus”, afirma.

Entenda melhor o sistemaO sistema contem uma série de alarmes que informarão em tempo real a constância de algum problema pré-definido na execução da rota. Os principais são:

Foto: Reprodução arcevo Setut

Linha azul representa a rota a ser seguida; trechos
em vermelho indicam desvio no trajeto.

- alarme de desvio de rota: um fiscal será determinado para conferir, de acordo com as informações vindas por satélite, o porquê do problema e buscará soluções para o mesmo;
- alarme de comboio: o sistema informará a pertinência dois ou mais veículos da mesma linha em determinado trecho da rota. A informação será repassada aos cobradores e auxiliará no combate a superlotação dos veículos;
- alarme de excesso de velocidade: caso o motorista exceda a velocidade máxima cadastrada no sistema, a central emitirá um sinal para que o veículo volte a praticar a aceleração ideal que não prejudique a rota, nem cause mal estar para os passageiros.

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Em Teresina, Strans estuda implantar "corredor de ônibus"; economia é de 50%

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Uma das medidas do sistema de integração do transporte coletivo urbano, ou BRT (Bus Rapid Transit), é a implantação de corredores de tráfego exclusivo para ônibus. De acordo com a Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU) a medida pode reduzir em 50% o tempo de deslocamentos dentro da cidade.
A capital do Paraná, Curitiba, é pioneira na implantação do sistema no país e já exportou o modelo para cidades fora do país. Bogotá, na Colômbia, há dez anos iniciou a execução do projeto e atualmente possui um dos sistemas de transporte coletivo com maior qualidade do mundo. “Um deslocamento que antigamente durava duas horas, hoje dura apenas 52 minutos”, afirma o Arturo Fernando Rojas, representante do governo de Bogotá.
Em Teresina, a Strans estuda a implantação dos corredores de tráfego nas vias mais movimentadas . Uma das avenidas que deve receber a novidade é a Frei Serafim, onde passam diariamente mais de ônibus. “Não é possível pensar em mobilidade sem viabilizar os corredores de tráfego. Estamos fazendo um estudo para detectar os pontos de maior necessidade e com viabilidade”, informa Alzenir Moura Fé, diretora de Transporte Público da Strans.

Para o Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina), a necessidade de mudança no sistema de transporte coletivo de Teresina é urgente e deve começar com investimentos do poder público. “É preciso se tomar providências. Temos um sistema deficitário porque não temos a infra-estrutura necessária. E para estruturar é preciso aplicar recursos”, defende Alberlan Feitosa, presidente do Setut.

De acordo com a Strans a conclusão de todo o sistema de implantação do sistema integrado deve acontecer em um prazo máximo de dois anos. Além dos corredores de tráfegos, oito terminais de integração de linhas coletivas devem ser construídos. O primeiro já está em construção no bairro Buenos Aires, na zona norte de Teresina.

A implantação dos sistemas BRT é um dos temas do Seminário Nacional da NTU 2010, que iniciou hoje em Brasília (DF). Com a Copa de 2014, nove cidades brasileiras deverão investir em projetos de mobilidade urbana.O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai financiar 20 sistemas de BRT no país. “Temos recursos disponíveis para financiar outros sistemas, porém, é necessário que as prefeituras enviem projetos para que possamos analisá-los”, disse o secretário Nacional de Transportes do Ministério das Cidades, José Carlos Xavier.

Fonte: CidadeVerde.com


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Cidade de Sorocaba tem a 3ª maior tarifa de ônibus do Brasil

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O reajuste no custo das tarifas de transporte coletivo de Sorocaba, que passa a valer a partir do dia 5 de junho, consolida a cidade como a terceira maior tarifa ranking nacional, entre as cidades com mais de 500 mil habitantes. Se excluídas as capitais, Sorocaba tem o segundo maior preço da passagem de ônibus do país e também do interior paulista. Com o aumento de 5,49%, anunciado anteontem pela Urbes - Trânsito e Transporte, a tarifa social passará dos atuais R$ 2,95 para R$ 3,15. Esse valor é apenas R$ 0,15 abaixo do praticado por outras seis cidades paulistas e R$ 0,10 a menos que a tarifa que passará a vigorar na Capital a partir do dia 2 de junho.

Segundo levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), as cidades com a maior tarifa do país são Campinas, Guarulhos, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e São José dos Campos, que têm um custo de R$ 3,30 nas passagens de ônibus. As tarifas mais baixas são praticadas em Brasília (DF) e Jaboatão de Guararapes (PE), com custo de R$ 2. Ribeirão Preto é a cidade paulista com mais de 500 mil habitantes onde é mais barato andar de ônibus (R$ 2,90).


De acordo com a Urbes, o cálculo do valor de tarifa do transporte coletivo leva em consideração uma série de variáveis, que podem ser comuns entres diversas cidades. Contudo, alega a empresa, outras variáveis são específicas de cada sistema de transporte como, por exemplo, a política de gratuidade, o sistema de integração (bilhete único), a tarifa reduzida para domingos e feriados e a renovação da frota. Na avaliação da equipe técnica da Urbes, uma eventual comparação de tarifas deve considerar, além desses aspectos mencionados, os Estados onde essas cidades estão localizadas.

De acordo a empresa responsável pelo transporte urbano, a definição do índice a ser aplicado no reajuste das tarifas foi definido com base no aumento dos custos operacionais do transporte coletivo urbano, face ao aumento salarial e benefícios concedidos aos trabalhadores do setor, e também a reposição da variação de preços de insumos básicos utilizados na operacionalização do serviço. O maior variação, segundo a Urbes, ocorreu em relação aos combustíveis e lubrificantes (15,9%), seguidos dos materiais de rodagem (10,5%), pagamento de pessoal (9,74%) e despesas administrativas e operacionais (7,9%). Segundo a Urbes, os gastos com pessoal, encargos e benefícios correspondem a cerca de 56% dos custos tarifários.

O índice médio de 5,49% para a correção da tarifa, enfatizou a empresa, está abaixo da inflação do período (6,38%), calculada pelo índice IGPM/FGV. Além da tarifa social, que passará de R$ 2,95 para R$ 3,15, também serão corrigidos os valores do vale-transporte (R$ 3,15 para R$ 3,35) e do passe estudante (R$ 1,50 para R$ 1,55). O último aumento no preço das tarifas de ônibus em Sorocaba aconteceu no dia 1º de junho de 2012 e o índice aplicado foi de 4,1%.

Usuários reclamam

O anúncio do novo aumento da tarifa de ônibus não foi bem recebida por quem utiliza o transporte coletivo diariamente. Além de considerar alto o valor que é praticado na cidade, os usuários cobram melhorias no serviço oferecido. A auxiliar de produção Rosana Marques, 35 anos, considera um "absurdo" um novo aumento de tarifa diante do qualidade do serviço que vem sendo oferecido na cidade. "Já cansei de perder hora no trabalho por causa das filas que se formam nos terminais. Tem que melhorar o serviço ao invés de só aumentar o preço para quem pega o ônibus." Rosana conta que já gasta cerca de R$ 130 por mês só com ônibus e agora o custo do transporte vai pesar ainda mais. "O negócio e antecipar a compra do passe antes que aumente. Pelo menos economizo um pouco."

A estudante Gabriela Quini, 19 anos, também critica o novo aumento. "O custo do ônibus em Sorocaba já é alto demais. Os usuários não tem que pagar pelo aumento concedido para os motoristas, quem tem que fazer isso são as empresas que já lucram bastante." A cozinheira Zilda Ribeiro Pimenta, 47 anos, ficou surpresa com a notícia do novo aumento de ônibus programado para acontecer no dia 5 de junho. "Não sabia. Já está caro demais. O problema é que o salário da gente não sobe e quando sobe, tudo aumenta ainda mais", reclama. Luciana conta que já gasta R$ 17 por dia só de transporte coletivo, pois mora num cidade da região, e agora terá que arcar com um custo ainda maior. "É desanimador."

O professor de Educação Física, Wagner dos Santos, 36 anos, conta que há algum tempo tem evitado andar de ônibus, tanto por conta do preço da tarifa como da má qualidade do serviço. "Além de pagar caro, a gente ainda tem que se submeter à desorganização dos terminais de ônibus, onde ninguém respeita as filas e as pessoas têm que esperar um tempão para conseguir pegar um ônibus. Eu tenho preferido andar a pé do que me submeter a isso." Na avaliação de Wagner, a Urbes deveria investir mais na qualidade do serviço que é oferecido aos usuários do que simplesmente aumentar o preço das passagens. 

A técnica de enfermagem Luciana Viviani, 31 anos, diz que com o preço que está sendo cobrado no transporte coletivo de Sorocaba, compensa mais reunir um grupo de pessoas e andar de carro. "Além de sair mais barato é bem mais rápido e confortável." Ela afirma que todo o mês chega a gastar até R$ 180 só com passagem de ônibus. "É um absurdo ter que pagar ainda mais por esse serviço." Mas nem todos são unânimes em criticar o aumento. A aposentada Edna Vilela, 63 anos, considera normal o reajuste, pois na sua avaliação os motoristas merecem gastar mais e já era esperado que ocorresse um aumento, como em todos os anos. "Eu não pago a passagem, mas mesmo se pagasse eu concordaria com o aumento."

Manifestação

O anúncio do reajuste da tarifa de ônibus já repercutiu também nas rede sociais, onde está circulando uma mobilização para que seja realizada uma manifestação contra o aumento nas passagens e por melhorias no transporte coletivo de Sorocaba. O ato está para marcado para o próximo dia 5 de junho, quando começa a vigorar a nova tarifa, a partir das 15h, no Terminal Santo Antônio.

Ranking das cidades com mais de 500 mil habitantes

3,30 - Campinas (SP)/Guarulhos (SP)/Osasco (SP)/Santo André (SP)/São Bernardo do Campo (SP)/São José dos Campos (SP)
3,20 - São Paulo
3,15 - Sorocaba
3,00 - Joinville (SC)
2,95 - Cuiabá (MT)/Contagem (MG)
2,90 - Florianópolis (SC)/Ribeirão Preto (SP)
2,85 - Campo Grande (MS)/Porto Alegre (RS)/Uberlândia (MG)
2,80 - Belo Horizonte (MG)/Duque de Caxias (RJ)/Feria de Santana (BA)/Nova Iguaçu (RJ)/Salvador (BA)/São Gonçalo (RJ)
2,75 - Goiânia (GO)/Manaus (AM)/Rio de Janeiro (RJ)
2,60 - Curitiba (PR)/Porto Velho (RO)
2,50 - Palmas (TO)
2,45 - Vitória (ES)/Aracaju (SE)
2,40 - Londrina (PR)/Rio Branco (AC)
2,30 - Macapá (AP)/Maceió (AL)/João Pessoa (PB)
2,25 - Boa Vista (RR)/Recife (PE)
2,20 - Belém (PA)/Fortaleza (CE)/Natal (RN)
2,10 - São Luís (MA)/Teresina (PI)
2,05 - Juiz de Fora (MG)
2,00 - Brasília (DF)/Jaboatão dos Guararapes (PE)

- Fonte: Associação Nacional dos Transportes Públicos (ABTP)

Por Rosimeire Silva
Informações: Cruzeiro do Sul
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