Governo de SP assina concessão do Trem Intercidades que vai ligar Campinas à capital *** Ônibus da MobiBrasil 100% movido a gás natural entra em operação no Grande Recife *** Cuiabá reduz em 87% reclamações com monitoramento de frota inteligente *** Trensurb retoma operação do metrô de forma emergencial *** Terminal do Tatuquara completa três anos integrando a região Sul de Curitiba *** Campinas atinge mais de 107 km de rotas para bicicletas *** Metrô de BH receberá 24 novos trens em 2026
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Alerta vermelho para o VLT de Pernambuco

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A substituição dos velhos trens a diesel pelos modernos VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos) na linha férrea que liga os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, foi concluída pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no início de 2012. Representava novos tempos na mobilidade de cerca de 4,5 mil passageiros por dia, que desfrutariam de um transporte mais rápido e climatizado. Passados pouco mais de três anos, o modal – que faz integração com o Metrô do Recife na estação Cajueiro Seco, em Jaboatão – deu um nó. Dos nove trens comprados por R$ 69 milhões, apenas três funcionam. As outras seis composições permanecem paradas no pátio da CBTU, no bairro de Areias, Zona Oeste do Recife, se deteriorando em meio à grama, expostas à chuva e ao sol. A duplicação da linha entre Jaboatão e o Cabo foi interrompida quando a torneira com recursos do governo federal foi fechada, no final de 2014.

Desde a inauguração do sistema, os trens circulam por apenas uma linha, o que traz empecilhos óbvios à operação. O maior deles é o fato de apenas uma composição fazer o trajeto de 18,5 quilômetros entre Jaboatão e Cabo. O percurso é feito em cerca de 45 minutos, mas o tempo total entre uma viagem e outra – descontando os momentos de parada – é de uma hora. “Tudo bem que o intervalo entre os trens não possa ser igual ao metrô do Recife, que é de 10 minutos. Mas uma hora é tempo demais. Quando a gente perde o trem, chega dá um desgosto”, explica o auxiliar de serviços gerais Luiz Carlos Silva, que mora no Cabo e trabalha na capital.

Em pouco mais de três anos, os veículos também experimentam problemas operacionais. As quebras são frequentes e o sistema de ar-condicionado não dá conta da climatização dos vagões em dias de forte calor. “Só à noite, quando o tempo já esfriou, é que a gente sente o ar-condicionado. Nunca durante o dia. E se tiver muita gente no vagão, fica insuportável”, reclama a vendedora Mayria Silva, moradora do Cabo e que usa o VLT todos os dias para ir ao Recife trabalhar.

A reportagem sentiu na pele o martírio diário de Mayria e de outros milhares de passageiros: nas duas viagens completas feitas pela equipe, a climatização não passava de um vento quente que soprava dos dutos do ar-condicionado. Por ter um volume menor de passageiros, se comparado ao metrô do Recife, o VLT é poupado de um dos maiores problemas do sistema da capital: a proliferação de vendedores ambulantes, muitas vezes invasivos e agressivos.

A duplicação da linha férrea continua paralisada desde que a Construtora Sam, responsável pela obra, abandonou os serviços, por falta de pagamento, no final de 2014. Ao longo do percurso é possível observar trilhos e dormentes (peças usadas para sustentar os trilhos) largados pelo chão, alguns já cobertos com vegetação. Alguns trechos de trilhos já colocados foram cobertos pela grama e em várias localidades as construções irregulares avançam perigosamente para a pista atualmente em operação. Uma complicação a mais para quando a obra for retomada. Em dois trechos, já no município do Cabo de Santo Agostinho, pode-se ver campos de futebol colocados ao lado da linha onde passa o VLT. Lixo também é artigo em abundância ao longo do percurso.

A implantação do VLT também deveria ser estendida ao Recife. No início de 2014 a prefeitura da cidade chegou a anunciar um audacioso plano para fazer um corredor de 13,4 quilômetros de extensão ligando o Terminal Integrado da Macaxeira, na Zona Norte, ao de Joana Bezerra, na área central, passando pela Avenida Norte. O custo do projeto: R$ 1,9 bilhão, provenientes de recursos liberados pela presidente Dilma Rousseff para a mobilidade urbana no Estado. A expectativa, ainda na época em que a crise não tinha batido à porta: as obras deveriam começar no segundo semestre de 2014, com duração de dois anos. A realidade, hoje: nada saiu do papel.

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No Recife, Rodoviários fazem protesto nesta segunda-feira

domingo, 2 de agosto de 2015

Motoristas e cobradores de ônibus fazem paralisação no Recife nesta segunda-feira e deixam a Região Metropolitana sem condução. A categoria reagiu em protesto a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, que reduziu o aumento 12% para 9% e o tíquete caiu de 59,57% para 9%. A paralisação parece que teve adesão quase total da categoria. Os coletivos só devem voltar a circular após às 10h. Para evitar tumultos, a Polícia Militar já foi acionada para fazer a segurança nos principais terminais da RMR.  

Sem ônibus nas ruas, a Avenida Conde da Boa Vista ficou deserta às 7h desta segunda-feira. Por toda a Região Metropolitana, paradas de ônibus lotadas. Na Integração do Joana Bezerra, centro da cidade, a mesma situação. As pessoas têm dificuldade para pegar um transporte. "Estou aqui desde às 6h, esperando um ônibus para ir para Boa Viagem. Acho que vou me atrasar", disse a doméstica Teresa Inácio, que trabalha na zona sul do Recife.

Para piorar a situação, nesta segunda-feira, começam as aulas na rede particular de ensino. No terminal de Xambá, em Olinda, as pessoas agurdam desde às 5h, mas não conseguem uma condução. No terminal da Macaxeira, na Zona Norte, a situação é a mesma. Sem ônibus, a alternativa é pegar um táxi. Mas a maioria já passa cheio.

O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana convocou os trabalhadores para uma reunião na manhã desta segunda-feira, às 9h, na sede do Simpere (Avenida Visconde de Suassuna, 94, em Santo Amaro). O TST acatou um pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE). A decisão também inclui o adiamento do pagamento dos salários da categoria com o reajuste.

A reunião desta segunda-feira, no entanto, pode virar um protesto, de acordo com a ala de oposição do sindicato. "Estamos sentindo que o clima é de parar e protestar. Amanhã (esta segunda-feira), talvez este protesto aconteça antes mesmo da reunião. A categoria está insatisfeira e o sindicato desmoralizado", comentou Aldo Lima, líder da oposição ao Sindicato dos Rodoviários. Alegando "estratégia da categoria", Aldo não detalhou como seria esse provável protesto. No começo do mês, antes da greve, a categoria chegou a se manifestar parando os ônibus com passageiros no centro do Recife.

Em meados de julho os rodoviários ficaram em greve por quase três dias e só terminou quando o Tribunal Regional do Trabalho julgou o dissídio e concedeu reajuste de 12% nos salários e de 59,57% no tíquete de alimentação. Satisfeitos, os rodoviários encerraram a greve.Decisão agora revertida pelo TST, pelo menos provisoriamente.

Salários - Atualmente, os trabalhadores recebem R$ 188 no tíquete de alimentação. Com o aumento de 59,57%, o benefício chega a R$ 300. Os motoristas de ônibus ganham R$ 1.765 e passarão a receber R$ 1.976,80, os cobradores, que ganham R$ 812, receberão R$ 909,44, e os fiscais, pagos por R$ 1.141, vão ganhar R$ 1,277,92.

Informações: Diário de Pernambuco

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Greve de ônibus no Recife: Rodoviários param os ônibus na Avenida Cruz Cabugá

terça-feira, 14 de julho de 2015

A Avenida Cruz Cabugá, no centro do Recife, recebe na manhã desta terça-feira o primeiro ponto de manifestação dos rodoviários, em greve desde a zero hora. Os motoristas começaram a parar os ônibus na via, como aconteceu no dia 3 de julho nas avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes. Protesto semelhante também foi visto no Terminal de Joana Bezerra.

De acordo com Aldo Lima, membro da Central Sindical Popular - CSP Conlutas e representante da executiva estadual da central, apontado como articulador da paralisação, outras mobilizações como esta serão realizadas em diversos pontos da cidade, ao longo da manhã.

Na garagem da empresa Globo, localizada na Avenida Norte, bairro de Beberibe, zona norte do Recife, seis coletivos foram depredados. Funcionários da empresa disseram que o vandalismo foi praticado por motoqueiros que passaram pelo local atirando pedras e causando um prejúizo em torno de R$ 14 mil.

O sindicato da classe patronal, o Urbana-PE apresentou um balanço inicial da circulação. Segundo a assessoria de comunicação, o dia começou com 40% da frota nas ruas, índice que teria aumentado para 55% por volta das 8h30.

Em entrevista nesta manhã ao Diario, Aldo Lima adiantou que a categoria compareceu às garagens para cumprir a determinação do Tribunal Regional do Trabalho em garantir 70% da frota de ônibus circulando nos horário de pico, mas que a classe patronal estaria descumprindo a medida em não liberar os veículos e também utilizando mão de obra terceirizada. "Os patrões estão cometendo duas irregularidades", acrescentou. 

Os rodoviários deverão se reunir às 14h na sede do sindicato, no bairro de Santo Amaro e de lá seguir em passeata pelas ruas do Recife.

Informações: Diário de Pernambuco


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Passageiros enfrentam insegurança e riscos em ônibus do Grande Recife

domingo, 21 de junho de 2015

Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife, 18h da última quarta-feira (17). A dona de casa Rosângela Marques está há mais de 30 minutos na fila da linha Zumbi Do Pacheco e já viu quatro ônibus passarem sem conseguir entrar. Do seu local, ela vê jovens, homens e mulheres que, ansiosos para chegar em casa, avançam em cada coletivo que estaciona. 

Alguns entram pela janela e um estudante chega a violar a entrada de ventilação instalada no teto do veículo para conseguir embarcar. O cenário de agonia e estresse nos horários de pico, flagrado pelo G1, é rotina no Grande Recife, de Norte a Sul. Passageiros sofrem com veículos que não suprem a demanda, falta de fiscalização e também de educação de usuários. “Tem que mudar tudo, porque do jeito que está funcionando, está tudo errado”, afirmou Rosângela.

A situação diária, somada aos frequentes acidentes, de pequenas ou grandes proporções, vem mudando o comportamento de alguns passageiros, que, amedrontados, tentam evitar ônibus superlotados, quando possível. Em cerca de 45 dias, pelo menos quatro casos de violência no transporte público chamaram a atenção na Região Metropolitana. 

No início de maio, a universitária Camila Mirele morreu após cair de ônibus em movimento, perto da Cidade Universitária, no Recife. No começo de junho, um passageiro foi agredido por um motorista que trafegava em alta velocidade; no mesmo dia, um motorista foi agredido a pedradas por passageiros que queriam descer fora do ponto. No último dia 16 de maio, o estudante Harlynton Souza morreu, também após cair de um coletivo, no Cais de Santa Rita.

Com a consciência de que os casos poderiam acontecer com qualquer uma das milhões de pessoas que usam ônibus no Grande Recife, a mãe da estudante de engenharia Raísa Dias fez uma reunião em casa, com os dois filhos universitários, para orientar como eles devem se comportar ao utilizar o transporte. “Ela ficou muito nervosa com o que aconteceu e pediu que, pelo amor de Deus, a gente não entrasse em ônibus em que a gente fique imprensada na porta. É melhor perder uma prova, uma cadeira, até um período, do que sofrer um acidente e ficar numa cadeira de rodas ou até morrer”, disse a jovem, que diariamente faz o percurso de Peixinhos, em Olinda, até a Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, na Madalena, Zona Oeste da capital.

As aulas de Raísa começam às 7h10, e, antes mesmo das 6h, a estudante já está na parada, na Avenida Presidente Kennedy. Ela deixa até cinco ônibus passarem pelo ponto, porque fica impossibilitada de entrar em veículos superlotados que saem do Terminal de Xambá, em Olinda. Só encara quando tem prova ou não pode perder a chamada. Na volta para casa, o martírio continua, no Terminal Joana Bezerra, área central do Recife. A estudante, como a maioria das pessoas que frequenta a estação, se arrisca na entrada do local e não na área destinada a cada linha. O problema é que, se esperam na fila, os passageiros encontram os ônibus já lotados, porque as pessoas “invadem” o perímetro de embarque e desembarque na chegada dos veículos. 

O TI Joana Bezerra atualmente é um dos mais desestruturados do Grande Recife. Não há espaços adequados para filas e fiscais, que ficam sentados enquanto passageiros que saem e entram nos veículos duelam uma batalha nas escadas, como flagrou a reportagem do G1. Gessina Magno, usuária do terminal, tem osteoporose e, todos os dias, encara a dor por conta das pessoas que batem em sua perna. “Eu me machuco sempre, porque as pessoas não esperam a gente descer do veículo, e eu não consigo ser rápida. Já sei que tenho que sair empurrando, para poder chegar ao metrô”, disse a senhora de 60 anos, que sai do Jordão à Ilha do Leite, enfrentando dois terminais: Joana Bezerra e Aeroporto.

No TI do Barro, local onde o G1 flagrou a invasão dos passageiros por janelas laterais e superiores, o respeito pela área de desembarque é maior, por conta da presença de fiscais do Grande Recife. Mas, nas filas, pessoas ficam onde querem, até sentadas no meio-fio, correndo o risco de serem atropeladas. “Se todo mundo respeitasse, apesar de não evitar que os ônibus saíssem lotados, iria melhorar. Mas o povo mesmo faz cachorrada, às vezes o motorista nem tem culpa, com a ignorância dessa gente. Eu fico na fila até conseguir embarcar”, disse o pedreiro Edson Marinho, que vai da UR-7 ao Centro diariamente, gastando mais de duas horas em percurso de ônibus e metrô. “A gente sabe a hora que sai de casa, mas nunca a de voltar, por conta desse inferno”, completou Rosângela Marques, na mesma fila.

Mas os problemas não ficam restritos aos terminais integrados, de onde os ônibus saem cheios e até com portas já quebradas, como registrou a reportagem, na linha PE-15/Joana Bezerra. A doméstica Jailma Souza, no último mês, ficou com o braço preso em uma porta e viu a filha cair, em plena Avenida Agamenon Magalhães, após o motorista acelerar o veículo. “Por um triz, poderia ser minha filha a acidentada. Eu agora espero o tempo que for para não me arriscar”, disse.

Nem dentro dos coletivos os passageiros se sentem seguros. A assistente Cristiane Ferreira, 42, relatou que sofreu um acidente após pegar um ônibus da linha Casa Caiada, em Olinda, na última segunda (15). Ela estava pagando a passagem quando foi arremessada contra o para-brisa dianteiro do veículo depois que o motorista deu uma freada brusca. Com o impacto, o vidro do coletivo ficou rachado e a usuária precisou ser socorrida a um hospital, onde colocou um colar cervical. “A batida foi toda nas costas, e ainda está doendo. A sorte foi que o acidente aconteceu quase em frente a um hospital e uma enfermeira que largava do trabalho me atendeu. Eu fui jogada da catraca até o para-brisa. Se fosse um idoso ou uma criança, poderia ter ocorrido algo pior. O motorista foi imprudente na direção”.

Irmã de Cristiane, Josiane Ferreira, 35, ficou indignada com o acidente e cobra atenção das autoridades. “Em fevereiro, uma amiga do trabalho levou uma queda ao subir em um ônibus. Resultado: cirurgia no punho, onde colocou pinos e recebeu afastamento de 4 meses do trabalho. Minha irmã também está uma semana sem trabalhar. Minha intenção não é prejudicar o motorista e o cobrador, mas sim fazer um alerta a toda sociedade, empresas de transporte público e governo do estado para fiscalizar o transporte público coletivo”, argumenta.

Já a estudante Raísa Dias, que mudou seus hábitos, não consegue ver melhora por onde circula na cidade. “A gente vê essas tragédias e nota que pode ser com você ou com alguém muito próximo. Mas não vejo uma solução, perco as esperanças, porque não tem medida sendo tomada. É como ser assaltado no seu bairro. Você presta queixa e fica por isso mesmo, sabendo que no outro dia pode ser assaltado de novo. É um ciclo vicioso”, disse. No futuro, ela sonha comprar um carro, para tentar se livrar dos ônibus lotados e encarar o trânsito do Recife. “Pelo menos vou estar no ar-condicionado e escutando meu som”, completou, mesmo sabendo que deixa um problema por outro.

Problema estrutural e motoristas atrasados
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, 26 mil viagens são feitas por dia, com 2,8 mil veículos circulando na Região Metropolitana. Esses números poderiam ser muito maiores, caso o trânsito não fosse tão congestionado. Em um seminário realizado pela Prefeitura do Recife para discutir o Plano de Mobilidade, no último dia 11 de junho, o doutor em Planejamento e Engenharia de Transportes Cesar Cavalcanti foi categórico: "No Recife, não faltam ônibus. O problema é o trânsito, porque os veículos ficam presos. O sistema tem ônibus suficiente e poderia ser otimizado e ter mais viagens, caso tivessem o caminho livre".

A reportagem do G1 também conversou com motoristas, que, atrasados para cumprir horário, precisavam se apressar.  "O sistema é cansativo. O ônibus só anda lotado, em todas as viagens. Tem gente que surfa no ônibus, que sobe por trás. A gente é instruído a parar e mandar a pessoa descer, mas eles não descem, e a gente não pode fazer nada. Dá medo, porque não sabemos quem é quem", reclamou o motorista Alexandre dos Santos, 38 anos.

A violência também é um problema recorrente para os profissionais que trabalham nos coletivos. "Nas quatro viagens que damos por dia, é muito difícil ter pelo menos uma em que a gente não seja ameaçado por um passageiro", conta o motorista de ônibus Leandro Soares, 35. Ele trabalha na linha CDU/Caxangá/Boa Viagem há cerca de quatro meses e diz que violência, cansaço e ônibus lotados fazem parte da rotina da profissão. "É complicada a relação com os passageiros. Quando acontece algo, eles culpam o motorista. Mas muitas vezes a culpa é do passageiro. Acho que deveríamos ter mais educação no trânsito, para o passageiro e para o motorista", disse.

O cobrador Geovani dos Santos, 31, que exerce a função há 13 anos, conta que já soube de um colega ter sido ameaçado por um homem armado, apenas por não ter aberto a porta do ônibus. Ele reclama também dos assaltos. “Eu mesmo já perdi quatro celulares em assalto. Infelizmente, tem gente que perde a vida. O dia a dia é esse", lamenta.

Procurado pela reportagem, o diretor de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, André Melibeu, informou que está investindo no sistema de monitoramento de linhas e negociando com as empresas para melhorar a circulação e o acesso do usuário ao transporte. “Também estamos fazendo pesquisa com os passageiros, tantos nos terminais, quanto nas paradas intermediárias, para identificar pontos de superlotação, além de aumentar o efetivo de facilitadores de fila, que organizam o embarque e desembarque”.

No último mês, o Consórcio também pediu o apoio da Polícia Militar, que passou a fiscalizar os terminais integrados. “O policiamento presente não é o ponto central, mas a polícia tenta evitar que pessoas entrem no veículo de forma irregular, arrombem portas, basicamente para conter a ação de vândalos”, explica.

Melibeu acrescentou que com o sistema de monitoramento, que vem sendo implantado nos veículos desde 2003, será possível, por exemplo, prever o horário de passagem dos ônibus pelos pontos. “Hoje, nós já temos computadores e televisões que mostram a situação real da circulação. Os terminais também têm um sistema para se comunicarem e, dessa forma, fazemos a interlocução com os motoristas. Assim, se está ocorrendo algum problema na Conde da Boa Vista, por exemplo, podemos atuar para otimizar a circulação. Até o fim do ano, acredito que essa tecnologia possa ser utilizada não só pelo sistema gestor, mas pelo usuário.”

Sobre as licitações das linhas, processo que se arrasta há pelo menos dois anos, o diretor de operações contou que dois lotes – os que englobam os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste – já foram homologados e estão em operação desde meados do ano passado. Juntos, eles correspondem por 25% do total da frota do Grande Recife.

O consórcio Conorte, formado pelas empresas Cidade Alta, Rodotur e Itamaracá, opera o Norte/Sul. Atualmente, o corredor possui três linhas e atende a uma demanda de 44 mil passageiros por dia. A previsão é que, com a conclusão das obras, até o fim do próximo mês, a via para coletivos possa dispor de 9 linhas para uma demanda diária de 180 mil usuários. Já o Leste/Oeste é administrado pelo consórcio Mobrasil (empresa Metropolitana) e opera hoje com 3 linhas para uma demanda de 62 passageiros/dia. A previsão é que passe para 7 linhas e 150 mil usuários diariamente. No entanto, as obras do corredor estão atrasadas e não há prazo para a conclusão, conforme a Secretaria Estadual das Cidades.

"À medida que os corredores são entregues, podemos substituir as linhas convencionais pelos veículos BRTs. O que temos hoje é uma operação transitória porque estamos com corredores incompletos”, ressaltou Melibeu. Além dos dois lotes homologados, há outros corredores que ainda aguardam o fim do processo de licitação. São eles: José Rufino e Abdias de Carvalho; Mascarenhas de Moraes; Rosa e Silva, Rui Barbosa e Avenida Norte; Beberibe e Presidente Kennedy; Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca. O Grande Recife informou que, por questões técnicas, as licitações estão sendo avaliadas e que não há prazo para conclusão.

Em relação às investigações das mortes ocorridas no sistema de transporte coletivo, o responsável pelo Departamento de Delitos de Trânsito, Newson Motta, disse que os inquéritos estão em andamento. Ele aguarda perícia do Instituto de Criminalística (IC) para dar prosseguimento ao caso da universitária Camila Mirele. A apuração sobre a morte do estudante Harlynton Lima dos Santos está na fase inicial e ainda depende da ouvida de testemunhas.

Fotos: Vitor Tavares e Penélope Araújo/G1
Por Vitor Tavares e Penélope Araújo
Do G1 PE
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No Recife, Motoristas da empresa de ônibus Caxangá cruzam os braços

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Motoristas da empresa de ônibus Caxangá cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira. Em Olinda, município atendido pela empresa de transportes, as paradas de ônibus estão lotadas. Os trabalhadores realizaram um protesto na garagem da empresa, localizada nas imediações do Terminal Integrado de Xambá, que teve o movimento afetado. Os passageiros reclamam da falta de informação. 

Localizado na Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, o TI de Xambá atende diariamente cerca de 44 mil pessoas. O terminal oferece 19 linhas de ônibus e 160 veículos, que fazem 2.034 viagens por dia. Entre as linhas, 11 transportam os usuários do subúrbio para o terminal; cinco ligam Xambá aos TIs Joana Bezerra, Afogados e Rio Doce; e outras três têm o Centro do Recife como destino

Outro caso - Em fevereiro deste ano, os passageiros sofreram a ausência de ônibus da empresa Vera Cruz nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR). Na garagem da empresa, na BR-101, bairro de Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, cerca de 30 trabalhadores bloquearam a saída dos coletivos. A Vera Cruz possui 35 linhas, atendendo ao Grande Recife. Segundo os trabalhadores, apenas 10% da frota circula hoje.

Os trabalhadores alegaram falta de pagamento das horas extras, além outras irregularidades como desconto de horas mesmo com a apresentação de atestado médico e carga-horária abusiva. Os passageiros foram pegos de surpresa. Nas ruas, grandes filas se formaram nas paradas de ônibus. Leitores enviaram imagens para o WhatsApp do Diario de Pernambuco.

Informações: Diário de Pernambuco

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No Recife, Linhas de ônibus serão reforçadas durante o carnaval

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

No próximo sábado (14), o maior bloco de rua do mundo irá tomar conta do Centro do Recife. Os ajustes finais para o desfile do Galo da Madrugada já estão sendo traçados e o Grande Recife Consórcio de Transporte irá disponibilizar um esquema exclusivo de ônibus para o dia da agremiação. 

As linhas que atendem ao bairro de São José e a outros bairros no centro da cidade, onde acontece o desfile, serão reforçadas e também terão mudança de itinerário. Ao todo, 40 linhas terão reforço e 534 coletivos estarão em operação. Neste dia, serão realizadas 4.572 viagens para ajudar os foliões a chegar ao local. Isso quer dizer, 160 ônibus e 1.145 viagens a mais que um dia normal de operação. Para que o desfile do Galo da Madrugada aconteça, algumas ruas do centro da cidade serão interditadas. Devido a isso, 117 linhas convencionais terão seus itinerários alterados a partir das 0h do sábado (14) até as 0h do domingo (15), além disso, 114 paradas serão desativadas no centro do Recife e 14 paradas serão implantadas em pontos estratégicos para atender os novos trajetos das linhas. 

Os usuários devem ficar atentos aos novos itinerários dos ônibus. A maioria das linhas que vem da Zona Sul da Região Metropolitana do Recife farão retorno no Terminal de Passageiros de Santa Rita. Os ônibus da Zona Norte e Olinda, que trafegam pela Av. Norte, PE-15 ou Olinda, terão ponto de retorno na Av. Mário Melo e Rua dos Palmares. Já as linhas da Zona Oeste terão dois trajetos: os ônibus que circulam pela Av. José Rufino e Av. Sul retornarão ao Terminal de Passageiros Santa Rita, já os que passam pela Av. Conde da Boa Vista farão retorno na Rua Gervásio Pires. 

O Consórcio também vai colocar a disposição dos foliões a linha especial 117 - Circular do Galo. Esta linha irá operar das 5h às 20h do dia 14 de fevereiro, com tarifa de R$ 2,45 e um intervalo de 7 a 30 minutos entre um ônibus e outro. Os ônibus farão o trajeto que ligará a Av. Cruz Cabugá ao Terminal de Passageiros Santa Rita, com ponto de retorno no Shopping Tacaruna. 

Bacuraus – Os ônibus que circulam pela madrugada também receberão reforço de frota no dia do Galo. Ao todo, serão 34 linhas realizando 312 viagens. O que significa 170 viagens a mais do que um sábado normal. Além disso, 42 linhas de bacuraus também terão seus itinerários alterados. É importante lembrar que todas as linhas de bacuraus têm como ponto de partida o Terminal de Passageiros do Cais de Santa Rita. 

Linhas reforçadas: 

018 – BRASÍLIA TEIMOSA
033 – AEROPORTO
050 – PE-15/BOA VIAGEM
061 – PIEDADE
062 – JARDIM PIEDADE
071 – CANDEIAS
103 – UR-11/BARRO
121 – VILA DA SUDENE
166 – TI CAJUEIRO SECO/RUA DO SOL
167 – TI TANCREDO NEVES (IMIP)
168 – TI TANCREDO NEVES (CONDE DA BOA VISTA)
183 – PONTE DOS CARVALHO/ TI CAJUEIRO SECO
185 – TI CABO
193 – TI TANCREDO NEVES (RUA DO PRÍNCIPE)
206 – BARRO/PRAZERES
437 – TI CAXANGÁ (COND. DA BOA VISTA)
622 – VASCO DA GAMA (CABUGÁ)
631 – NOVA DESCOBERTA (CABUGÁ)
910 – PIEDADE / RIO DOCE
930 – RIO DOCE / DOIS IRMÃOS
948 – ARTHUR LUNDGREN II / TI MACAXEIRA
1900 – TI PE-15 (PCR)
1905 – TI IGARASSU / TI PELÓPIDAS
1909 – TI PELÓPIDAS / TI JOANA BEZERRA
1913 – TI PE-15/ TI JOANA BEZERRA
1946 – IGARASSU (PCR)
1964 – TI IGARASSU / TI MACAXEIRA
1967 – TI IGARASSU (DANTAS BARRETO)
1968 – ILHA DE ITAMARACÁ / TI IGARASSU
1971 – AMPARO
1973 – CASA CAIADA
1974 – JARDIM ATLÂNTICO
1976 – TI PELÓPIDAS (PCR)
1983 – RIO DOCE (PRINCESA ISABEL)
1990 – PAU AMARELO / VARADOURO
1992 – PAU AMARELO
1994 – CONJUNTO BEIRA MAR
1996 – ARTHUR LUNDGREN II / RIO DOCE (PARATIBE)
2480 – TI CAMARAGIBE / DERBY
2920 – RIO DOCE / CDU

BACURAU
036 – AEROPORTO (BACURAU)
038 – RESIDENCIAL BOA VIAGEM (BACURAU)
063 – JARDIM PIEDADE (BACURAU)
073 – CANDEIAS (BACURAU)
131 – UR-02 (BACURAU)
145 – ALTO DOIS CARNEIROS (BACURAU)
146 – UR-11 (BACURAU)
154 – JORDÃO (BACURAU)
170 – MURIBECA DOS GUARARAPES (BACURAU)
172 – MARCOS FREIRE (BACURAU)
184 – CABO (BACURAU)
333 – TOTÓ (BACURAU)
352 – CURADO II (BACURAU)
362 – CURADO IV (BACURAU)
426 – TORRÕES (BACURAU)
427 – MONSENHOR FABRÍCIO (BACURAU)
435 – CDU (VÁRZEA) (BACURAU)
515 – NOVA DESCOBERTA (BACURAU)
523 – DOIS IRMÃOS (BACURAU)
533 – CASA AMARELA (BACURAU)
613 – MORRO DA CONCEIÇÃO (BACURAU)
626 – BREJO (BACURAU)
643 – CÓRREGO DO JENIPAPO (BACURAU)
715 – ALTO SANTA TEREZINHA (BACURAU)
846 – ÁGUAS COMPRIDAS (BACURAU)
1928 – MARANGUAPE II (BACURAU)
1936 – MIRUEIRA (BACURAU)
1956 – IGARASSU (BACURAU)
1957 – CAETÉS I (BACURAU)
1975 – AMPARO (BACURAU)
1985 – RIO DOCE (BACURAU)
1995 – PAU AMARELO (BACURAU)
2462 – LOTEAMENTO SANTOS COSME E DAMIÃO (BACURAU)

Informações: GRCT
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No Recife, Recursos aprovados para construção do BRT na Av. Agamenom Magalhães

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Suspensas em junho do ano passado, as obras do ramal Agamenon Magalhães do Corredor de BRT (ônibus de trânsito rápido, em português) Norte-Sul vão, enfim, ser retomadas. Na última sexta-feira, a Caixa Econômica Federal aprovou a liberação dos R$ 96 milhões para execução do projeto, por meio do PAC Mobilidade. As empresas contratadas – o Consórcio Heleno Fonseca Construtécnica S.A. e a Consbem Construções e Comércio – estão sendo convocadas a reinstalar os canteiros de obras e a previsão é de que os serviços tenham início em janeiro de 2015, com prazo de 18 meses.

O projeto – que passou por vários ajustes – prevê a construção de nove estações de embarque e desembarque de passageiros sobre o Canal Derby-Tacaruna, numa extensão de 4,8 quilômetros entre a altura da antiga fábrica Tacaruna e o Terminal Integrado de Joana Bezerra. Os dois viadutos sobre a Avenida João de Barros serão alargados, permitindo faixas exclusivas para ônibus. E uma passarela de pedestres será erguida nas imediações das comunidades do Chié e Ilha do Joaneiro, em Campo Grande.

A Agamenon Magalhães é considerada a espinha dorsal do trânsito no Recife, por ligar a cidade de norte a sul, além de ser passagem para municípios vizinhos. Várias intervenções já foram projetadas para a via, inclusive a polêmica construção de quatro elevados que fariam parte desse projeto, posteriormente descartada.

No plano atual, a via será um dos dois ramais do Corredor Norte/Sul, que tem início em Igarassu, bifurcando na altura do Shopping Tacaruna. O outro ramal é o da Avenida Cruz Cabugá, que vai até o Centro do Recife e conta com oito das 28 estações projetadas em funcionamento, embora a previsão seja de que as obras fiquem prontas em dezembro.

“Trabalhamos com essa perspectiva, mas se houver atraso não vai passar de dois meses, pois falta pouca coisa para concluir as estações”, declara o secretário estadual das Cidades, Evandro Avelar. “Também estamos pensando em eliminar uma das estações (perto do Cemitério dos Ingleses), que ficaria muito próxima da outra”. 
Usuários são prejudicados nas calçadas estreitas da via
Obras projetadas para a Copa do Mundo, os corredores de BRTs ainda funcionam de forma tímida, cinco meses depois de inaugurados. Pelos 33 quilômetros do Norte-Sul, circulam apenas duas linhas de ônibus. Dos 90 BRTs previstos para o percurso, apenas 28 estão operando. 

No Leste-Oeste (que liga o Recife a Camaragibe), 11 das 26 estações estão em funcionamento, com 33 dos 96 BRTs previstos. A maioria dos ônibus já foi adquirida e está se depreciando nas garagens. Cada um custa R$ 750 mil. 

Além das estações inacabadas, as pendências incluem o alargamento de duas pontes: uma sobre o Rio Beberibe, nas proximidades do Parque Memorial Arcoverde, e a outra sobre o Canal da Malária, ambas em Olinda; o túnel da Abolição, na Madalena; e os terminais da III e IV perimetrais.

Apesar do atraso, Avelar destaca a importância e dimensão do trabalho realizado. “O Sistema Estrutural Integrado (SEI) ganhou os dois corredores que faltavam (Norte-Sul e Leste-Oeste). Estruturamos um serviço de primeiro mundo, aprovado pela população. Desenvolvemos e implantamos ferramenta de gerenciamento eficaz (a licitação). Se chegarmos ao final de uma mudança desse porte com um atraso de 1 ano e 5 meses (tudo deve estar pronto em maio), não é nada significativo para um governo que investiu mais de R$ 1,3 bilhão e deu um novo rumo ao serviço de transporte do Grande Recife”, conclui.

Por Margarette Andrea

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