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No Recife, Licitação do transporte coletivo pena a mais de 11 anos

domingo, 2 de junho de 2024

Com idas e vindas que já se arrastam por mais de 11 anos, a licitação das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife ganhou, este mês, um capítulo que é novo, mas ainda distante do desfecho do processo. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) é a mais nova parceira do Governo de Pernambuco na revisão da modelagem da rede de transporte público. A contratação da entidade, oficializada no Diário Oficial do Estado, é válida por seis meses, até novembro deste ano, quando deverão ser entregues estudos para subsidiar uma consulta popular e, posteriormente, o lançamento do certame.

A medida se refere aos lotes 3 a 7 do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), que, embora abarquem apenas cinco dos 14 municípios metropolitanos – Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Moreno –, correspondem a 78% da rede, com cerca de 260 linhas atualmente operadas por empresas permissionárias, ou seja, em regime jurídico precário. Esses lotes chegaram a ser licitados pelo Governo do Estado em 2013, com previsão de investimentos de R$ 10,5 bilhões ao longo de 15 anos, mas os contratos nunca foram assinados porque os custos previstos ficaram altos demais após 2014, em um contexto de inflação com dois dígitos e uma crise econômica no Brasil.

O processo acabou suspenso em 2019 por recomendação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e só foi retomado em 2022, quando uma consultoria chegou a ser encomendada à Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) para atualização da modelagem da rede. Uma consulta pública também foi aberta para que outras entidades pudessem contribuir. Naquele momento, o Governo de Pernambuco já falava que, diferentemente do certame de 2013, seria feita uma Parceria Público-Privada (PPP), tamanha a necessidade de aportes públicos para manter a saúde financeira dos contratos com as empresas concessionárias.

Com a mudança de gestão no Governo de Pernambuco, em 2023, a nova administração do Grande Recife Consórcio de Transporte identificou a necessidade de atualizar os estudos feitos em 2022 para ter mais segurança no lançamento da licitação, o que demandou a contratação da Fipe. O valor pago à entidade será de R$ 170,9 mil, por dispensa de licitação. “Em nenhum momento, a gente fala em revogar ou refazer o que foi feito, mas em atualizar, tendo em vista que o período de dois anos desde aquele estudo anterior é um deadline que as boas práticas de gestão nos orientam a considerar para uma atualização”, afirma o diretor de Planejamento do Grande Recife Consórcio de Transporte, Jonathan Valença.

O executivo também explica que a contratação de um novo estudo se justifica porque novos instrumentos de operação foram inseridos na rede recentemente. A integração temporal, por exemplo, foi iniciada em 2016 e só concluída em novembro de 2023. Por meio dela, os passageiros conseguem usar o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) para fazer integrações com outros ônibus, no período de até duas horas, sem necessariamente estar dentro de terminais. Outra novidade foi o bilhete único, em vigor desde março deste ano, que extinguiu a tarifa B, com valor de R$ 5,60, e provocou a migração de 13% da rede para a tarifa A, que custa R$ 4,10.

“Em um corredor como o da PE-15, por exemplo, temos uma realidade em que passageiros que antes embarcavam nos ônibus de uma linha que era mais barata agora podem entrar no primeiro ônibus que passar, pois todos estão com a mesma tarifa. Tivemos também a conclusão da integração temporal. Tudo isso muda a dinâmica do sistema, e os estudos de antes não tinham como prever alguns cenários que hoje se concretizaram”, diz Valença.

Estudo anterior foi feito na pandemia e está defasado, diz órgão gestor
A nova gestão do Governo de Pernambuco espera que a Fipe entregue um diagnóstico atualizado sobre a metodologia do processo licitatório que está sendo preparado e que faça verificações da rede de linhas proposta e do modelo de remuneração das empresas concessionárias. Também foi encomendada uma análise sobre o impacto operacional e financeiro da concessão dos lotes 3 a 7 sobre os lotes 1 e 2, os dois únicos que foram licitados em 2013 e que abrangem os corredores de BRT Norte-Sul e Leste-Oeste e linhas de ônibus convencionais metropolitanas que operam nos municípios de Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, Araçoiaba, Camaragibe e São Lourenço da Mata.

“A nova gestão, quando assumiu, sentiu essa necessidade e obteve algumas evidências de que a gente precisava fazer essa revisão. Quando a pesquisa de origem/destino anterior estava em campo, veio a pandemia, e isso trouxe impactos. Hoje temos linhas históricas cujo percurso não faz mais tanto sentido. Temos os bairros de Boa Viagem e Pina, no Recife, que eram de origem e, devido à intensa atividade comercial, se tornaram destino. E a gente aprendeu muito com os lotes 1 e 2, que têm uma operação que se mostrou onerosa para o Estado ao longo dos anos. Essa vivência foi incorporada a esse processo”, completa Valença.

Licitadas, linhas de ônibus de outros dois lotes têm padrão melhor
Licitar as linhas do transporte público é uma medida avaliada como importante para dar mais segurança jurídica ao poder público e às empresas operadoras, o que se traduz em melhorias para os usuários. Os lotes 1 e 2, por exemplo, contam com garantias de investimentos para a renovação e a climatização da frota, que ocorrem de forma gradativa, anualmente. A ideia é que o mesmo padrão possa chegar às demais linhas do sistema. “A gente tem muita urgência que aconteçam os estudos necessários para que os lotes 3 a 7 possam ter andamento e a gente possa fazer essa entrega para a população”, afirma Jonathan Valença, do Grande Recife.

Após obter os resultados dos estudos da Fipe, a gestão estadual pretende submeter o modelo proposto a uma nova consulta pública, que deve ser aberta entre o fim deste ano e o início do próximo. Somente depois da consolidação das contribuições da sociedade é que o processo licitatório deve ser lançado, já em meados de 2025. Internamente, o Grande Recife Consórcio de Transporte trabalha com janeiro de 2026 como mês em que, após mais de uma década, os novos operadores estarão com os ônibus nas ruas da Região Metropolitana do Recife.

por Luiz Filipe Freire
Informações: Movimento Economico
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No Recife, Novos ônibus entram em operação no Sistema BRT

sexta-feira, 31 de março de 2023

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura e do Grande Recife Consórcio de Transportes, inicia a renovação da frota nos ônibus que circulam no Sistema de BRT Via Livre. Neste primeiro momento, serão 27 coletivos alongados especiais em substituição a 15 veículos articulados especiais e convencionais que operam em quatro linhas do Corredor Leste/Oeste. A troca possibilitará uma diminuição no tempo de espera do usuário, uma vez que haverá redução no intervalo entre os ônibus. Em três meses, a gestão estadual já renovou mais de 100 veículos da frota na RMR. 

Os novos ônibus entram em operação na segunda-feira (03/04) e guardam as principais características dos veículos utilizados no Sistema BRT, como motor traseiro, suspensão a ar e câmbio automático, por exemplo. Eles têm 14 metros de comprimento, possuem ar-condicionado, cinco portas, podem transportar até 94 passageiros por viagem e fazem 1,8 km/litro de combustível. Um rendimento de 35% em comparação com os articulados que fazem 1,2 km/litro de combustível.

Confira, abaixo, as linhas que terão as primeiras trocas e como acontece a substituição:

2437 – TI Caxangá (Conde da Boa Vista)
Sai 1 articulado especial e entram 4 alongados especais

2441 – TI CDU (Conde da Boa Vista)
Saem 7 articulados especiais e entram 11 alongados especiais

2444 – TI Getúlio Vargas (Conde da Boa Vista)
Saem 2 convencionais e entram 2 alongados especiais

2043 – TI CDU/TI Joana Bezerra (Parador)
Saem 7 articulados especiais e entram 10 alongados especiais

Com isso, algumas linhas irão operar com equipamento misto – alongados e articulados, aumentando o número de veículos da frota; à medida que outras terão 100% da frota substituída. Já as linhas 2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista) e 2480 – TI Camaragibe/TI Derby permanecem circulando exclusivamente com veículos articulados especiais devido à demanda dos usuários.
Em operação há dez anos, toda a frota do Sistema de BRT será gradativamente substituída nos dois corredores operados pelos consórcios Conorte (Norte/Sul) e Mobi Brasil (Leste/Oeste).

MAIS ÔNIBUS –  Além destes 27 novos veículos alongados especiais, outros 15 ônibus convencionais estão passando pelo processo de emplacamento e vistoria para entrarem em circulação. São oito da empresa Caxangá e mais sete da Metropolitana. Entre os meses de janeiro e fevereiro, 64 coletivos foram cadastrados no Grande Recife Consórcio, renovando a frota de toda a Região Metropolitana.

Informações: GRCT
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No Recife, Nova Estação de BRT da Avenida Conde da Boa Vista é inaugurada

segunda-feira, 6 de julho de 2020

A mais nova Estação de BRT da Avenida Conde da Boa Vista foi reaberta neste sábado. A EBRT Soledade segue o mesmo modelo das demais existentes no Corredor Leste/Oeste, ou seja, com embarque e desembarque de passageiros dos dois lados do equipamento. Quatro linhas de BRT deverão atender o espaço.

A Estação de BRT Soledade faz parte do projeto de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista que previa a substituição das seis EBRTs transitórias por duas nos mesmos moldes das demais existentes nos Corredores Norte/Sul e Leste/Oeste. A nova Estação é a segunda* das duas que estavam planejadas e deverá ser atendida pelas linhas:

2437 – TI Caxangá (Conde da Boa Vista)
2441 – TI CDU (Conde da Boa Vista)
2444 – TI Getúlio Vargas (Conde da Boa Vista)
2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista)

*a primeira é a Estação Rua do Hospício e está operando desde o dia 14 de maio.

Para tirar dúvidas ou enviar sugestões e reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou WhatsApp (99488.3999), exclusivo para reclamações.

Informações: Blog Meu Transporte
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BRT do Recife ganhará três novas estações neste ano

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Duas estações do sistema Bus Rapid Transit (BRT), uma localizada na Avenida Benfica, no corredor Leste/Oeste, e outra no Complexo de Salgadinho, no Norte/Sul, vão começar a funcionar em junho. Outra estação do Norte/Sul, que não estava incluída no projeto original, foi relocada das imediações do Cemitério dos Ingleses, no Recife, para Paulista, onde irá atender a demanda do público que frequenta o Shopping North Way e a Faculdade Joaquim Nabuco, na PE-15. A obra deve ficar pronta no segundo semestre. Atualmente os passageiros de Paulista são obrigados a ir até os terminais para ter acesso ao BRT.  

“Houve uma solicitação por uma estação nessa localidade de Paulista e decidimos relocar a do Cemitério dos Ingleses, na Avenida Cruz Cabugá, que deixará de existir”, justicou o secretário das Cidades, Francisco Papaléo.

Em janeiro deste ano foi assinada pela Secretaria das Cidades a ordem de serviço para a finalização da estação do BRT Derby-Benfica, que estava abandonada desde 2015 e teve os serviços retomados. Os últimos reparos estão sendo feitos na estação, que tem uma área de 160 metros quadrados. A obra custará R$ 1 milhão. Por enquanto, os passageiros se deslocam para as paradas do Derby, no sentido cidade, e da Avenida Caxangá, no sentido surbúbio. “Espero que essa obra saia o quanto antes”, comentou a estudante Eduarda Cabral, que utiliza o BRT como opção todos os dias e desce no Derby para voltar andando até a unidade da Universidade de Pernambuco na Benfica.

Já na estação que fica em frente ao Centro de Convenções, no Complexo de Salgadinho, as obras ainda estão lentas. No local é possível encontrar materiais como ferro, areia e vidro espalhados. A estação, incluída no corredor Norte/Sul está 50% concluída e a previsão é que a parada fique pronta em junho.

De acordo com a Secretaria das Cidades, a demora para a conclusão das obras se deu após o consórcio Mendes Jr/Servix abandonar os serviços em março de 2014. Desde então, foi preciso refazer o levantamento do que já havia ficado pronto e do que ainda faltava construir. Somente neste ano a implantação das estruturas do BRT foram novamente licitadas. Os dois corredores transportam atualmente 86 mil usuários por dia.

Licitações
No começo deste ano outras licitações foram abertas pelo governo do estado e devem retomar o fôlego das obras de mobilidade em Pernambuco. Entre elas estão as finalizações dos terminais da 3ª Perimetral e da 4ª Perimetral e a urbanização da praça localizada em cima do Túnel da Abolição, na Madalena, assim como a instalação de elevadores naquela localidade. Também está programada a reabertura do acesso de veículos ao museu pela Avenida Real da Torre assim que os reparos terminarem. 

Informações: Folha de Pernambuco
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No Recife, Oito linhas da zona leste passam a ser integradas com o BRT

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Cerca de 27 mil usuários que utilizam diariamente oito linhas que trafegam pela Avenida Caxangá devem ficar atentos quanto à mudança na operação dessas linhas. A partir dos dias 4 e 11 de fevereiro, elas começarão a realizar integração temporal com o Corredor Leste/Oeste do BRT. As linhas que atendem os bairros e comunidades de Engenho do Meio, Brasilit, Sítio das Palmeiras, Cordeiro, Roda de Fogo, Torrões, Iputinga e Detran passarão a fazer parte do Sistema Estrutural Integrado (SEI), que possibilita o deslocamento na Região Metropolitana do Recife com o pagamento de apenas uma passagem por trecho. Os primeiros quatro locais já passam pela mudança neste sábado (4), enquanto o restante só será alterado a partir do dia 11.
Foto: Clayton Leal

Na integração temporal, o usuário tem direito a pegar mais de uma linha, no período de até duas horas, pagando o valor de uma, ou um complemento de valor menor, no caso da integração com linhas opcionais. Com isso, é possível circular nos Terminais Integrados e percorrer a Região Metropolitana do Recife sem custo adicional. Atualmente, 64 linhas já fazem parte desse sistema. Para os usuários da Av. Caxangá, após pegar a linha no seu bairro de origem, eles poderão entrar no BRT Leste/Oeste sem a necessidade de pagamento de uma nova passagem. Esses passageiros terão como referência quatro estações do BRT Leste/Oeste – BR-101, Caiara, Parque do Cordeiro e Getúlio Vargas –, mas poderão realizar a integração temporal na estação de seu interesse, dentro do tempo estabelecido. 

Além do benefício da integração temporal e do Sistema Estrutural Integrado, a reconfiguração da rede de linhas terá um impacto positivo na mobilidade, uma vez que causará a retirada de 40 veículos do Centro e de 36 da Avenida Caxangá. Isso será possível devido à redução no itinerário das oito linhas, tornando mais leve o tráfego da área. E com as novas integrações, os usuários também passarão a ter acesso ao Terminal Integrado Recife.

Para que o usuário seja beneficiado com a integração, no entanto, é necessário utilizar o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). Ele pode ser adquirido nas máquinas de autoatendimento das estações de BRT e na sede do VEM da Rua da Soledade, nº 259, Boa Vista. Também foram entregues 2 mil cartões VEM às lideranças comunitárias dos bairros já citados anteriormente, que serão responsáveis pela entrega do VEM aos usuários. Essas unidades serão gratuitas, estando os usuários somente encarregados pela recarga dos créditos. O passageiro que ainda não tiver VEM, quando embarcar em uma das oito linhas, pegará com o cobrador um ticket que dará direito ao recebimento do cartão com a liderança comunitária.

Com o ajuste, as seguintes linhas passarão a integrar o SEI: 413 – Avenida do Forte, 415 – Sítios das Palmeiras, 416 – Roda de Fogo, 421 – Torrões, 422 – Monsenhor Fabrício, 423 – Engenho do Meio, 425 – Barbalho (Detran) e 433 – Brasilit. Para auxiliar os usuários dessas linhas, serão criadas outras três: a linha convencional 2439 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, que terá parada perto das estações de BRT mencionadas, e as linhas de BRT 2443 – Av. Caxangá (BR-101)/Derby e 2441 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, esta última que possibilitará a integração entre os corredores de BRT Norte/Sul e Leste/Oeste, por meio das estações Maurício de Nassau, Istmo do Recife e Forte do Brum. Foram implantadas ainda quatro paradas na Avenida Caxangá e no entorno, para que o usuário possa fazer o deslocamento com facilidade até a estação de BRT. 
Foto: Clayton Leal

Novidade – A grande novidade é que aqueles usuários que quiserem ir à Prefeitura do Recife terão como opção a linha de BRT 2441 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, que realizará atendimentos naquela área, integrando nas estações Maurício de Nassau, Istmo do Recife e Forte do Brum. Para se deslocar até a Avenida Conde da Boa Vista e Avenida Guararapes, o usuário poderá realizar a integração temporal com a 2438 – TI Caxangá (Centro) ou com a linha 2439 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, ambas convencionais. Caso o passageiro esteja na Praça do Derby e queira ficar em um ponto mais próximo da Avenida Cde. da Boa Vista, ele poderá realizar a integração temporal ainda com as linhas 100 – Circular (Cde. da B. Vista/Prefeitura) e 101 – Circular (Cde. da B. Vista/R. do Sol).

Os que têm como destino o entorno da Rua do Príncipe, José Osório, Graças e Madalena poderão integrar com a linha 2460 – TI Camaragibe (Príncipe), que atende a Avenida Caxangá. Já os usuários que vão para a Ilha do Leite terão que se deslocar até o Derby, tendo as seguintes opções: 2439 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, 2441 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro, 2443 – Av. Caxangá (BR-101)/Derby e 2438 – TI Caxangá/Centro. Do Derby, o usuário poderá integrar ou com a 100 – Circular (Conde da Boa Vista/Prefeitura) ou com a 101 – Circular (Conde da Boa Vista/Rua do Sol), ambas com parada no Terminal Integrado Joana Bezerra, onde o usuário deverá integrar com a linha 104 – Circular (Imip). 

Saiba mais detalhes sobre cada uma das linhas abaixo:

Dia 4:

413 – Avenida do Forte

A linha passa ser a 2413 – Avenida do Forte/EBRT Getúlio Vargas e terá parada próxima à estação de BRT Getúlio Vargas, na Rua Elizeu Cavalcante, no lado oposto ao número 513, e na Avenida General San Martin, próximo ao Hospital Getúlio Vargas.

415 – Sítio das Palmeiras

A linha passa ser a 2415 – Sítio das Palmeiras/EBRT Getúlio Vargas e terá parada próxima à estação de BRT Getúlio Vargas, na Rua Elizeu Cavalcante, no lado oposto ao número 513, e na Avenida General San Martin, próximo ao Hospital Getúlio Vargas.

423 – Engenho do Meio

A linha passa ser a 2423 – Engenho do Meio/EBRT Caiara e terá parada próxima à estação de BRT Caiara, na Avenida Caxangá, em frente à Igreja Assembleia de Deus.

433 – Brasilit

A linha passa ser a 2433 – Brasilit/EBRT BR-101 e terá parada próxima à estação de BRT BR-101, na Avenida Caxangá, junto ao viaduto da BR-101.

Dia 11:

416 – Roda de Fogo

A linha passa ser a 2416 – Roda de Fogo/EBRT Parque do Cordeiro e terá parada próxima à estação de BRT Parque do Cordeiro, na Avenida Caxangá.

421 – Torrões

A linha passa ser a chamar 2421 – Torrões/EBRT Parque do Cordeiro e terá parada próxima à estação de BRT Parque do Cordeiro, na Avenida Caxangá.

422 – Monsenhor Fabrício

A linha passa ser a 2422 – Monsenhor Fabrício/EBRT Caiara e terá parada próxima à estação de BRT Caiara, na Avenida Caxangá.

425 – Barbalho (Detran)

A linha passa ser a 2425 – Barbalho (Detran)/EBRT BR-101 e terá parada próxima à estação de BRT BR-101, na Avenida Luís de Lacerda. A linha continuará a atender a Avenida Maurício de Nassau em algumas das viagens.

Veja o itinerário das novas linhas:

2439 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro – convencional 

Terminal/ponto de retorno: Av. Historiador J. Emerenciano, R. Ministro João Alberto, Av. Caxangá, R. Benfica, Ponte Estácio Coimbra, R. Dr. Severino Pinheiro, Praça do Derby, Av. Gov. C. de Lima Cavalcanti, Av. Cde. da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes, Av. Dantas Barreto, Av. N. Sra. do Carmo, Av. Martins de Barros, Rua 1º de Março, Av. Guararapes

Ponto de retorno/terminal: Av. Guararapes, Av. Cde. da Boa Vista, Av. Gov. C. de Lima Cavalcanti, Praça do Derby, Rua Dr. Severino Pinheiro, Ponte Estácio Coimbra, Rua Benfica, Avenida Caxangá, Avenida Luís de Lacerda, Av. Historiador J. Emerenciano.

2441 – Av. Caxangá (BR-101)/Centro – BRT 

Terminal/ponto de retorno: Av. Historiador J. Emerenciano, R. Ministro João Alberto, Av. Caxangá, R. Benfica, Ponte Estácio Coimbra, R. Dr. Severino Pinheiro, Praça do Derby, Av. Gov. C. de Lima Cavalcanti, Av. Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes, Avenida Dantas Barreto, Avenida Nossa Senhora do Carmo, Avenida Martins de Barros, Rua 1º de Março, Av. Guararapes

Ponto de retorno/terminal: Av. Guararapes, Av. Conde da Boa Vista, Av. Gov. C. de L. Cavalcanti, Praça do Derby, Rua Dr. Severino Pinheiro, Ponte Estácio Coimbra, Rua Benfica, Avenida Caxangá, Avenida Luís de Lacerda, Av. Historiador J. Emerenciano.

2443 – Av. Caxangá (BR-101)/Derby – BRT 

Terminal/ponto de retorno: Av. Historiador J. Emerenciano, R. Ministro João Alberto, Av. Caxangá, R. Benfica, Ponte Estácio Coimbra, R. Dr. Severino Pinheiro, Praça do Derby

Ponto de retorno/terminal: Praça do Derby, Av. Gov. Agamenon Magalhães (pista local), Rua Amauri de Medeiros, Rua Jenner de Sousa, Rua Dr. Severino Pinheiro, Ponte Estácio Coimbra, Rua Benfica, Avenida Caxangá, Avenida Luís de Lacerda, Av. Historiador J. Emerenciano.

Informações: GRCT
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No Grande Recife, 26 ônibus BRT novos estão parados devido a obras inacabadas

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Mais atrasos nas obras dos dois corredores de BRT da Região Metropolitana do Recife. Depois do anúncio em março, de que o corredor Norte/Sul - de Igarassu ao Centro do Recife - ficaria pronto em dezembro deste ano, a Secretaria das Cidades informou que “não há prazo estipulado” para a conclusão das obras. Sem data de conclusão também para o corredor Leste/Oeste, que vai de Camaragibe até a área central da capital pernambucana. Quando lançados, em 2010, os corredores exclusivos de ônibus deveriam ficar prontos para a Copa do Mundo de 2014.
Foto: Rafael Martins/ DP/ DA Press
De acordo com o cronograma inicial do Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob), o Leste/Oeste seria entregue em dezembro de 2013. E o Norte/Sul ficaria pronto três meses depois, em maio de 2014. De lá para cá, várias datas foram divulgadas. Em março deste ano, o secretário das Cidades, André de Paula, disse que, “se tudo corresse de acordo com o previsto”, até o fim deste ano “a maioria das intervenções seria concluída”. Segundo ele, essa era uma exigência do governador Paulo Câmara, que havia definido os trabalhos de mobilidade como prioridade número 1. 

O Diario visitou estações inacabadas. No corredor Norte/Sul, a Estação Complexo do Salgadinho, que está pronta, ainda necessita de conclusão do sistema viário do entorno para começar a operar. Rodeada de tapume e com um matagal crescendo ao seu redor, a estação permanece fechada. A Estação da Benfica, do corredor Leste/Oeste, está com as obras completamente paradas. 

Sobre os atrasos, a Secretaria das Cidades informou que está finalizando a contratação da empresa para concluir as obras do Leste/Oeste e abandonadas pelo consórcio de empresas contratado para a execução dos serviços. Com relação ao corredor Norte-Sul, a Secid está buscando uma programação com a empresa para finalizar os serviços. Mas sem definir prazo.

Frota de ônibus está ociosa

O atraso na conclusão das obras do BRT causa prejuízos aos veículos que já estão prontos para rodar, mas que permanecem ociosos. Nas garagens das empresas do Consórcio Conorte - formado pelas operadoras Itamaracá, Rodotur e Cidade Alta e que opera no corredor Norte/Sul - 26 coletivos novos estão sem uso há um ano e três meses. 

No total, são 88 BRTs do consórcio, dos quais 62 estão rodando. “Temos um custo de manutenção porque esses ônibus se desgastam pelo não uso. Colocamos os veículos para circularem internamente nas garagens para retardar esse desgaste”, explicou o diretor institucional da Conorte, Gbson Pereira, sem precisar, no entanto, o valor mensal do prejuízo. A frota parada fica dividida nas garagens das três empresas do consórcio.

Segundo Gbson, o preço de um ônibus que opera no sistema BRT é três vezes maior que um convencional. Já os custos de operação dos veículos são de 30 a 40% maiores que os dos ônibus tradicionais. “A licitação previa um sistema de operação integrada e com vias segregadas. Sem as vias segregadas, a operação, que custa caro, é comprometida”, afirmou Pereira.

Por Anamaria Nascimento
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Passageiros enfrentam insegurança e riscos em ônibus do Grande Recife

domingo, 21 de junho de 2015

Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife, 18h da última quarta-feira (17). A dona de casa Rosângela Marques está há mais de 30 minutos na fila da linha Zumbi Do Pacheco e já viu quatro ônibus passarem sem conseguir entrar. Do seu local, ela vê jovens, homens e mulheres que, ansiosos para chegar em casa, avançam em cada coletivo que estaciona. 

Alguns entram pela janela e um estudante chega a violar a entrada de ventilação instalada no teto do veículo para conseguir embarcar. O cenário de agonia e estresse nos horários de pico, flagrado pelo G1, é rotina no Grande Recife, de Norte a Sul. Passageiros sofrem com veículos que não suprem a demanda, falta de fiscalização e também de educação de usuários. “Tem que mudar tudo, porque do jeito que está funcionando, está tudo errado”, afirmou Rosângela.

A situação diária, somada aos frequentes acidentes, de pequenas ou grandes proporções, vem mudando o comportamento de alguns passageiros, que, amedrontados, tentam evitar ônibus superlotados, quando possível. Em cerca de 45 dias, pelo menos quatro casos de violência no transporte público chamaram a atenção na Região Metropolitana. 

No início de maio, a universitária Camila Mirele morreu após cair de ônibus em movimento, perto da Cidade Universitária, no Recife. No começo de junho, um passageiro foi agredido por um motorista que trafegava em alta velocidade; no mesmo dia, um motorista foi agredido a pedradas por passageiros que queriam descer fora do ponto. No último dia 16 de maio, o estudante Harlynton Souza morreu, também após cair de um coletivo, no Cais de Santa Rita.

Com a consciência de que os casos poderiam acontecer com qualquer uma das milhões de pessoas que usam ônibus no Grande Recife, a mãe da estudante de engenharia Raísa Dias fez uma reunião em casa, com os dois filhos universitários, para orientar como eles devem se comportar ao utilizar o transporte. “Ela ficou muito nervosa com o que aconteceu e pediu que, pelo amor de Deus, a gente não entrasse em ônibus em que a gente fique imprensada na porta. É melhor perder uma prova, uma cadeira, até um período, do que sofrer um acidente e ficar numa cadeira de rodas ou até morrer”, disse a jovem, que diariamente faz o percurso de Peixinhos, em Olinda, até a Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco, na Madalena, Zona Oeste da capital.

As aulas de Raísa começam às 7h10, e, antes mesmo das 6h, a estudante já está na parada, na Avenida Presidente Kennedy. Ela deixa até cinco ônibus passarem pelo ponto, porque fica impossibilitada de entrar em veículos superlotados que saem do Terminal de Xambá, em Olinda. Só encara quando tem prova ou não pode perder a chamada. Na volta para casa, o martírio continua, no Terminal Joana Bezerra, área central do Recife. A estudante, como a maioria das pessoas que frequenta a estação, se arrisca na entrada do local e não na área destinada a cada linha. O problema é que, se esperam na fila, os passageiros encontram os ônibus já lotados, porque as pessoas “invadem” o perímetro de embarque e desembarque na chegada dos veículos. 

O TI Joana Bezerra atualmente é um dos mais desestruturados do Grande Recife. Não há espaços adequados para filas e fiscais, que ficam sentados enquanto passageiros que saem e entram nos veículos duelam uma batalha nas escadas, como flagrou a reportagem do G1. Gessina Magno, usuária do terminal, tem osteoporose e, todos os dias, encara a dor por conta das pessoas que batem em sua perna. “Eu me machuco sempre, porque as pessoas não esperam a gente descer do veículo, e eu não consigo ser rápida. Já sei que tenho que sair empurrando, para poder chegar ao metrô”, disse a senhora de 60 anos, que sai do Jordão à Ilha do Leite, enfrentando dois terminais: Joana Bezerra e Aeroporto.

No TI do Barro, local onde o G1 flagrou a invasão dos passageiros por janelas laterais e superiores, o respeito pela área de desembarque é maior, por conta da presença de fiscais do Grande Recife. Mas, nas filas, pessoas ficam onde querem, até sentadas no meio-fio, correndo o risco de serem atropeladas. “Se todo mundo respeitasse, apesar de não evitar que os ônibus saíssem lotados, iria melhorar. Mas o povo mesmo faz cachorrada, às vezes o motorista nem tem culpa, com a ignorância dessa gente. Eu fico na fila até conseguir embarcar”, disse o pedreiro Edson Marinho, que vai da UR-7 ao Centro diariamente, gastando mais de duas horas em percurso de ônibus e metrô. “A gente sabe a hora que sai de casa, mas nunca a de voltar, por conta desse inferno”, completou Rosângela Marques, na mesma fila.

Mas os problemas não ficam restritos aos terminais integrados, de onde os ônibus saem cheios e até com portas já quebradas, como registrou a reportagem, na linha PE-15/Joana Bezerra. A doméstica Jailma Souza, no último mês, ficou com o braço preso em uma porta e viu a filha cair, em plena Avenida Agamenon Magalhães, após o motorista acelerar o veículo. “Por um triz, poderia ser minha filha a acidentada. Eu agora espero o tempo que for para não me arriscar”, disse.

Nem dentro dos coletivos os passageiros se sentem seguros. A assistente Cristiane Ferreira, 42, relatou que sofreu um acidente após pegar um ônibus da linha Casa Caiada, em Olinda, na última segunda (15). Ela estava pagando a passagem quando foi arremessada contra o para-brisa dianteiro do veículo depois que o motorista deu uma freada brusca. Com o impacto, o vidro do coletivo ficou rachado e a usuária precisou ser socorrida a um hospital, onde colocou um colar cervical. “A batida foi toda nas costas, e ainda está doendo. A sorte foi que o acidente aconteceu quase em frente a um hospital e uma enfermeira que largava do trabalho me atendeu. Eu fui jogada da catraca até o para-brisa. Se fosse um idoso ou uma criança, poderia ter ocorrido algo pior. O motorista foi imprudente na direção”.

Irmã de Cristiane, Josiane Ferreira, 35, ficou indignada com o acidente e cobra atenção das autoridades. “Em fevereiro, uma amiga do trabalho levou uma queda ao subir em um ônibus. Resultado: cirurgia no punho, onde colocou pinos e recebeu afastamento de 4 meses do trabalho. Minha irmã também está uma semana sem trabalhar. Minha intenção não é prejudicar o motorista e o cobrador, mas sim fazer um alerta a toda sociedade, empresas de transporte público e governo do estado para fiscalizar o transporte público coletivo”, argumenta.

Já a estudante Raísa Dias, que mudou seus hábitos, não consegue ver melhora por onde circula na cidade. “A gente vê essas tragédias e nota que pode ser com você ou com alguém muito próximo. Mas não vejo uma solução, perco as esperanças, porque não tem medida sendo tomada. É como ser assaltado no seu bairro. Você presta queixa e fica por isso mesmo, sabendo que no outro dia pode ser assaltado de novo. É um ciclo vicioso”, disse. No futuro, ela sonha comprar um carro, para tentar se livrar dos ônibus lotados e encarar o trânsito do Recife. “Pelo menos vou estar no ar-condicionado e escutando meu som”, completou, mesmo sabendo que deixa um problema por outro.

Problema estrutural e motoristas atrasados
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, 26 mil viagens são feitas por dia, com 2,8 mil veículos circulando na Região Metropolitana. Esses números poderiam ser muito maiores, caso o trânsito não fosse tão congestionado. Em um seminário realizado pela Prefeitura do Recife para discutir o Plano de Mobilidade, no último dia 11 de junho, o doutor em Planejamento e Engenharia de Transportes Cesar Cavalcanti foi categórico: "No Recife, não faltam ônibus. O problema é o trânsito, porque os veículos ficam presos. O sistema tem ônibus suficiente e poderia ser otimizado e ter mais viagens, caso tivessem o caminho livre".

A reportagem do G1 também conversou com motoristas, que, atrasados para cumprir horário, precisavam se apressar.  "O sistema é cansativo. O ônibus só anda lotado, em todas as viagens. Tem gente que surfa no ônibus, que sobe por trás. A gente é instruído a parar e mandar a pessoa descer, mas eles não descem, e a gente não pode fazer nada. Dá medo, porque não sabemos quem é quem", reclamou o motorista Alexandre dos Santos, 38 anos.

A violência também é um problema recorrente para os profissionais que trabalham nos coletivos. "Nas quatro viagens que damos por dia, é muito difícil ter pelo menos uma em que a gente não seja ameaçado por um passageiro", conta o motorista de ônibus Leandro Soares, 35. Ele trabalha na linha CDU/Caxangá/Boa Viagem há cerca de quatro meses e diz que violência, cansaço e ônibus lotados fazem parte da rotina da profissão. "É complicada a relação com os passageiros. Quando acontece algo, eles culpam o motorista. Mas muitas vezes a culpa é do passageiro. Acho que deveríamos ter mais educação no trânsito, para o passageiro e para o motorista", disse.

O cobrador Geovani dos Santos, 31, que exerce a função há 13 anos, conta que já soube de um colega ter sido ameaçado por um homem armado, apenas por não ter aberto a porta do ônibus. Ele reclama também dos assaltos. “Eu mesmo já perdi quatro celulares em assalto. Infelizmente, tem gente que perde a vida. O dia a dia é esse", lamenta.

Procurado pela reportagem, o diretor de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte, André Melibeu, informou que está investindo no sistema de monitoramento de linhas e negociando com as empresas para melhorar a circulação e o acesso do usuário ao transporte. “Também estamos fazendo pesquisa com os passageiros, tantos nos terminais, quanto nas paradas intermediárias, para identificar pontos de superlotação, além de aumentar o efetivo de facilitadores de fila, que organizam o embarque e desembarque”.

No último mês, o Consórcio também pediu o apoio da Polícia Militar, que passou a fiscalizar os terminais integrados. “O policiamento presente não é o ponto central, mas a polícia tenta evitar que pessoas entrem no veículo de forma irregular, arrombem portas, basicamente para conter a ação de vândalos”, explica.

Melibeu acrescentou que com o sistema de monitoramento, que vem sendo implantado nos veículos desde 2003, será possível, por exemplo, prever o horário de passagem dos ônibus pelos pontos. “Hoje, nós já temos computadores e televisões que mostram a situação real da circulação. Os terminais também têm um sistema para se comunicarem e, dessa forma, fazemos a interlocução com os motoristas. Assim, se está ocorrendo algum problema na Conde da Boa Vista, por exemplo, podemos atuar para otimizar a circulação. Até o fim do ano, acredito que essa tecnologia possa ser utilizada não só pelo sistema gestor, mas pelo usuário.”

Sobre as licitações das linhas, processo que se arrasta há pelo menos dois anos, o diretor de operações contou que dois lotes – os que englobam os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste – já foram homologados e estão em operação desde meados do ano passado. Juntos, eles correspondem por 25% do total da frota do Grande Recife.

O consórcio Conorte, formado pelas empresas Cidade Alta, Rodotur e Itamaracá, opera o Norte/Sul. Atualmente, o corredor possui três linhas e atende a uma demanda de 44 mil passageiros por dia. A previsão é que, com a conclusão das obras, até o fim do próximo mês, a via para coletivos possa dispor de 9 linhas para uma demanda diária de 180 mil usuários. Já o Leste/Oeste é administrado pelo consórcio Mobrasil (empresa Metropolitana) e opera hoje com 3 linhas para uma demanda de 62 passageiros/dia. A previsão é que passe para 7 linhas e 150 mil usuários diariamente. No entanto, as obras do corredor estão atrasadas e não há prazo para a conclusão, conforme a Secretaria Estadual das Cidades.

"À medida que os corredores são entregues, podemos substituir as linhas convencionais pelos veículos BRTs. O que temos hoje é uma operação transitória porque estamos com corredores incompletos”, ressaltou Melibeu. Além dos dois lotes homologados, há outros corredores que ainda aguardam o fim do processo de licitação. São eles: José Rufino e Abdias de Carvalho; Mascarenhas de Moraes; Rosa e Silva, Rui Barbosa e Avenida Norte; Beberibe e Presidente Kennedy; Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca. O Grande Recife informou que, por questões técnicas, as licitações estão sendo avaliadas e que não há prazo para conclusão.

Em relação às investigações das mortes ocorridas no sistema de transporte coletivo, o responsável pelo Departamento de Delitos de Trânsito, Newson Motta, disse que os inquéritos estão em andamento. Ele aguarda perícia do Instituto de Criminalística (IC) para dar prosseguimento ao caso da universitária Camila Mirele. A apuração sobre a morte do estudante Harlynton Lima dos Santos está na fase inicial e ainda depende da ouvida de testemunhas.

Fotos: Vitor Tavares e Penélope Araújo/G1
Por Vitor Tavares e Penélope Araújo
Do G1 PE
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Recife: Parece com tudo de ruim, menos estações de BRT

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Enquanto a licitação para contratar uma nova construtora que substitua o Consórcio Mendes Júnior – Servix Engenharia S/A não sai, as estações de BRT (ônibus de trânsito rápido) do Corredor Leste-Oeste não concluídas se degradam a olhos vistos. As seis paradas da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife (por onde circulam 22% das linhas de ônibus da Região Metropolitana) são o retrato de uma obra que se perdeu em meio à falta de planejamento do poder público. Seriam provisórias, tornaram-se definitivas e, com a obra paralisada desde novembro, estão tomadas por lixo, pichações e ferrugem. 
Estações de BRT da Conde Boa Vista são horríveis e não estão dentro do perfil do modal, fica a pergunta, onde tem R$ 316 mil em cada estação horrível dessa.

A situação mais crítica é a da estação em frente ao Colégio São José. Lá, móveis velhos dividem espaço com restos de comida, lixo e um mau cheiro insuportável. Comerciantes da área dizem que, à noite, o espaço “serve para tudo”, inclusive como abrigo de moradores de rua. Alguns pedestres se arriscam a cortar caminho por dentro da estação, outros tapam o nariz e mudam de rumo ao ver o cenário em que ela se encontra.

Na estação em frente ao Atacado dos Presentes a ferrugem se espalha por todos os lados. A estrutura de sustentação também está empenada, aparentemente vestígios de um acidente de trânsito. As outras não estão muito diferentes.

“É um descaso do poder público. Não sei o que estão fazendo com o dinheiro do povo, foi gasto muito aqui e não acredito que vão terminar a obra”, afirma a blogueira Liliane Messias, 25 anos. A aposentada Ana Falcão, 66, diz que é constrangedor não só as estações abandonadas, mas o fato de ver o BRT passando pela via sem poder usá-las. “Eu moro aqui perto, mas tenho que pegar um ônibus até a Avenida Guararapes para usar o BRT, isso é uma esculhambação”.

As estações da avenida foram projetadas como uma alternativa provisória para colocar o corredor – que liga Camaragibe a Recife – em funcionamento antes da Copa do Mundo. Ignorando quase todos os princípios do BRT, elas nasceram bem diferente das irmãs: são em chapa metálica perfura e vidro temperado, sem refrigeração como as demais. Bastante estreitas e fora do nível dos BRTs não deixam dúvida do desconforto a ser oferecido quando concluídas, apesar de terem sido orçadas em R$ 316 mil cada, totalizando R$ 1,9 milhão. Detalhe: na avenida circulam 82 linhas de ônibus que transportam, diariamente, cerca de 325 mil passageiros.
Paradas ou estações já viraram piadas entre a população

As obras do corredor não têm data para serem retomadas. A Secretaria Estadual das Cidades entrou com rescisão contratual e pedido de aplicação de penalidade contra a Mendes Júnior (acusada de envolvimento na Operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro e evasão de divisas da Petrobras, por ter parado a obra. Agora vai contratar empresa para levantar o que falta para concluir o corredor e, com esse diagnóstico, fazer nova licitação e contratar a construtora que dará continuidade à obra, orçada em R$ 145,3 milhões e prevista para ser concluída há 18 meses.

No Corredor Norte-Sul (que faz a ligação entre Igarassu e Recife), o passeio da Estação Nossa Senhora do Carmo, no Centro do Recife, também é utilizado como abrigo para a moradora de rua Rosali Freire da Silva, 60 anos. Ela diz que já está lá há dois meses, pois o local a protege do sol e chuva. Lá mesmo acomoda as doações que recebe da população. "Você não arruma uma casa da Cohab para mim?", perguntou ela quando falava com a reportagem. Há pouco tempo, um bar também se instalava no local às sextas-feiras.

Informações: JC Online

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Licitação dos ônibus da Região Metropolitana do Recife está sendo refeita

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A segunda etapa da licitação das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife, que deveria estar com os contratos assinados desde o segundo semestre de 2014, será refeita. A principal razão: corte nos custos da operação dos lotes 3, 4, 5, 6 e 7, que respondem por mais de 60% do sistema de transporte. Somente entre o fim de junho e o mês de julho é que um novo desenho da licitação deverá ser apresentado e, se houver acordo com os consórcios vencedores, os contratos serão assinados. Até lá, os passageiros terão que esperar pelas melhorias associadas à concorrência pública.

Quem está propondo a revisão é o governo do Estado, através do Grande Recife Consórcio de Transportes e da Secretaria das Cidades. “Em 2013, quando a licitação foi concluída, a realidade financeira do Estado era outra. Não é mais a de hoje. Não temos condições de andar de BMW, teremos de andar de Palio ou
Fusca”, foi assim, com um exemplo prático, que o presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, Francisco Papaléo, resumiu a situação.

Papaléo não quiz dar detalhes das mudanças – até porque elas ainda estão sendo ajustadas e serão adotadas somente em comum acordo com os consórcios vencedores da licitação. Mas, na prática, as alterações deverão passar pela ampliação do prazo para aquisição de parte da frota de ônibus com ar-condicionado, flexibilização das exigências dos modelos de veículos a serem adquiridos pelo setor empresarial, entre outras mudanças técnicas.

“Deveremos flexibilizar alguns desses prazos, mas essas mudanças também terão impacto na remuneração por passageiro transportado, por exemplo.
Será algo balanceado, que não comprometa a saúde financeira dos contratos. E também só promeoveremos as mudanças em acordo com os consórcios.
Estamos fazendo o possível para não ter que fazer uma nova licitação. Por isso precisamos nos prender às limitações legais da Lei das Licitações (8.666/93)”,
ponderou Papaléo.

Uma portaria autorizando a revisão do processo foi assinada no dia 25 de março por Papaléo e uma comissão composta para promover as mudanças, que podem alterar em até 25% o valor da concorrência, seja para mais ou para menos. Nesse caso, deverá ser para menos, já que a intenção do governo é reduzir custos. 

A grande questão é o subsídio que o Estado sabe que terá que aplicar no sistema. Hoje, com os Lotes 1 e 2, operados pelos Consórcios Conorte e Mobibrasil,  respectivamente, o governo já é obrigado a subsidiar R$ 4 milhões por mês, o que representa R$ 48 milhões por ano. A questão, pelo que explicou Papaléo, não passa por querer subsidiar o sistema de transporte – algo elogiável e prática comum em países que levam o transporte público a sério -, mas poder, ter recursos para tal.

Os dois lotes representam a operação dos BRTs (Corredores Norte-Sul e Leste-Oeste), que custa caro. Além do subsídio mensal de R$ 4 milhões, o Estado tem
gasto, em média, 22 mil reais com a manutenção de cada uma das estações de BRT (refrigeradas e com vidros temperados). Os dois corredores de BRT terão
mais de 50 estações, mas atualmente pouco mais da metade está funcionando. Ou seja, quando tudo for concluído, o custo de manutenção aumentará.

Lotes da 2ª Etapa:
Lote 3 – Corredor José Rufino (metrô) e Corredor Abdias de Carvalho
Lote 4 – Corredor Mascarenhas de Moraes
Lote 5 – Corredor Rosa e Silva/Rui Barbosa e Corredor Avenida Norte
Lote 6 – Corredor Beberibe e Corredor Presidente Kennedy
Lote 7 – Corredor Avenida Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca
* Lote CRT (corredor da Caxangá, já licitado e operado pela empresa CRT)

Informações: NE10

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