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Ônibus movidos a etanol começam a circular em São Paulo

sábado, 28 de maio de 2011

Depois dos automóveis, ônibus vão circular com etanol no Brasil. Cinquenta deles integram a partir desta quinta, dia 26, a frota de transporte coletivo de São Paulo, a maior cidade do país. A mudança representa um ganho para o meio ambiente e um desafio para o setor sucroalcooleiro, que precisa atender a demanda cada vez mais crescente pelo biocombustível.

Não é pra menos que a experiência começou por São Paulo. A cidade tem a maior frota de carros e também de ônibus do país. Juntos, eles são responsáveis por um dos grandes problemas da metrópole, a poluição, que em grande parte é causada pela fumaça que sai dos escapamentos.

Os testes para trocar o diesel pelo etanol, que polui menos, começaram a ser feitos em ônibus há quatro anos. O compromisso de mudar foi assinado pela prefeitura no fim do ano passado. E agora enfim, os primeiros ônibus estão prontos para circular. Serão 50. 10 foram apresentados nesta solenidade na capital.

– Tendência existe de que a frota inteira possa efetivamente ser movida a etanol. Pra isso precisa um pouco mais de pesquisa, um pouco mais de estudo. Tenho a certeza absoluta de que em especial as entidades vinculadas ao setor têm interesses econômicos de que essas pesquisas, sejam realizados pra que a gente possa melhorar ainda mais a performance deste combustível em relação a estes veículos – destacou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Os ônibus foram produzidos em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. São do mesmo modelo e tecnologia dos que são usados na cidade de Estocolmo, na Suécia, o primeiro país do mundo a utilizar o etanol em grande escala no transporte público urbano. Lá circulam 700 ônibus com o combustível brasileiro. A fábrica tem capacidade para produzir até quatro mil ônibus com esta tecnologia por ano.
É um etanol diferente dos que a gente utiliza nos nossos automóveis porque leva um aditivo que permite ele funcionar nestes motores. A diferença tecnológica, é que ele utiliza o que a gente chama de ciclo diesel. O mesmo ciclo dos motores convencionais a diesel, com algumas pequenas adaptações pra funcionar no combustível etanol – explica o gerente da Scania, André Oliveira.

Os novos ônibus paulistas vão liberar menos fumaça preta dos escapamentos. A redução deve ser de 90% em relação aos veículos a diesel, segundo os especialistas. Em São Paulo circulam atualmente 15 mil ônibus movidos a diesel. Se fossem a etanol o impacto ambiental seria equivalente a uma frota de apenas três mil ônibus.

A decisão de incluir ônibus movidos a etanol na frota do transporte público de São Paulo foi baseada numa pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Além das vantagens para o meio ambiente e para a saúde, os especialistas defendem que o etanol é a melhor solução entre os combustíveis renováveis pelo custo e para disponibilidade de matéria prima no Brasil. Isso que a demanda pelo combustível cresce a cada dia. No ano passado, 86% dos automóveis registrados no país eram flex.

O crescimento é comemorado pelas indústrias do setor sucroalcooleiro, mas não deixa de ser uma preocupação também.

– A gente vai ter que produzir pelo menos 400 milhões de toneladas a mais de cana ao longo destes próximos dez anos, além daquilo que a gente prevê, o que são em torno de 130 novas usinas – ressalta o presidente Unica, Marcos Jank.

Em SP os ônibus a etanol foram identificados com um selo e fazem parte de um programa que pretende usar a chamada tecnologia limpa em toda a frota. Não há uma previsão de quando todos os ônibus serão substituídos, mas a iniciativa que começou a ser colocada em pratica agora com o etanol, deve ter logo um outro tipo de efeito.

– A gente sabe que na medida em que São Paulo adota esses ônibus, automaticamente outras capitais virão atrás, outras grandes metrópoles – complementa Jank.

Segundo a pesquisadora da USP, Silvia Velazquez, durante o desenvolvimento do projeto já havia solicitações de outras localidades.

– É necessário [para que a expansão aconteça] que haja incentivos e que se desperte a consciência de que reduzindo a emissão de poluentes, certamente vamos melhorar a qualidade do ar, melhorar a qualidade de vida e a saúde da população.Economia com saúde, pode-se despender outros recursos para melhorar a qualidade do ar da cidade – afirma a pesquisadora.


Fonte: Midia News

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Com 565 ônibus, Mercedes-Benz é destaque na renovação de frota na cidade de São Paulo

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A marca Mercedes-Benz tem grande destaque numa expressiva renovação da frota de ônibus urbanos na cidade de São Paulo: 565 chassis da família O 500 foram adquiridos para várias empresas de capital paulista, num lote que chega a 600 unidades, que operam em todas as regiões do município. Isso permite uma melhor qualidade na prestação de serviços à população, com mais agilidade, conforto e acessibilidade. 

"Assim como reafirma a confiança das empresas de São Paulo nos produtos da nossa marca, essa renovação de frota consolida especialmente o êxito do chassi superarticulado O 500 no complexo e exigente transporte coletivo urbano de São Paulo", afirma Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. "Do total de 565 chassis adquiridos pelo cliente, 342 unidades são do O 500 superarticulado, sendo 250 com ar condicionado, o que é uma grande novidade no mercado".

Os 342 superarticulados, do modelo O 500 UDA de piso baixo receberam carroçaria Millennium BRT da Caio Induscar. O lote adquirido pelo cliente junto à Mercedes-Benz engloba mais 50 chassis articulados e 173 chassis para ônibus do tipo padron, igualmente da linha O 500 e também com carroçarias Caio Induscar.

"Os veículos da linha O 500, amplamente reconhecidos no mercado por seu elevado padrão de qualidade e conforto, contribuem muito para a melhoria do transporte público e a mobilidade urbana, conquistando a satisfação dos usuários", diz Walter Barbosa. "Eles se destacam pela consagrada suspensão totalmente pneumática, que proporciona um elevado nível de conforto a bordo, bem como pelo piso baixo e pelo sistema de ajoelhamento, que facilitam notavelmente o embarque e o desembarque de passageiros. A segurança dos usuários fica a cargo de um eficiente sistema de freios, que inclui ABS, Top Brake e freios a disco".

Além da força, robustez e resistência para operações severas, como na cidade de São Paulo, os ônibus O 500 da Mercedes-Benz se caracterizam por um baixo custo operacional, com reduzido consumo de combustível, maiores intervalos de manutenção, alta produtividade, longa durabilidade e uma excelente relação custo/benefício. Isso garante a confiabilidade e rentabilidade para o cliente.

Mais de 400 superarticulados Mercedes-Benz vendidos no Brasil

Com as primeiras unidades comercializadas em outubro de 2012, a Mercedes-Benz superou, no mês de julho, a marca de 400 superarticulados vendidos no Brasil. "Isso confirma o amplo sucesso deste produto, uma solução especialmente concebida para os sistemas de transporte coletivo urbano, como BRT e corredores exclusivos, devido a sua alta capacidade de transporte", diz Walter Barbosa.

O êxito comercial do superarticulado contribui para que a Mercedes-Benz mantenha sua destacada liderança de mercado no segmento de ônibus urbanos, com cerca de 60% de participação. A marca também é tradicional líder nas vendas totais de ônibus no Brasil, com aproximadamente 50% de participação de mercado.

Superarticulado tem capacidade para mais de 200 passageiros

O superarticulado O 500 da Mercedes-Benz é oferecido ao mercado nas versões UDA (piso baixo) e MDA (piso normal). O principal destaque do veículo são seus 4 eixos, sendo o último eixo na parte traseira direcional, o que possibilita a instalação de carroçarias de até 23 metros, para o transporte de mais de 200 passageiros no modelo O 500 MDA, dependendo da configuração interna do ônibus.

Outro grande diferencial dos superaticulados Mercedes-Benz é que eles são operacionalmente rentáveis durante todo o período de sua utilização e não apenas nos horários de pico, aumentando assim as vantagens para os operadores, gestores e planejadores dos sistemas de transporte urbano de passageiros.

Mercedes-Benz oferece quatro modelos de ônibus articulados

Com os superarticulados, a Mercedes-Benz oferece mais opções para os clientes. Às já conhecidas versões de articulados O 500 MA e UA (piso baixo), a marca agregou os O 500 MDA e UDA (piso baixo).

Os modelos O 500 UA e UDA são indicados para pontos de embarque ao nível da calçada. Já os O 500 MA e MDA são mais adequados para corredores que utilizam plataformas de embarque elevadas. Todos esses chassis Mercedes-Benz são indicados para corredores exclusivos e para o sistema BRT (Bus Rapid Transit), ficando a cargo dos gestores e operadores a escolha do modelo que melhor atenda ao dimensionamento da capacidade do seu sistema de transporte.

Informações: Agência WT Press

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Prefeitura de SP estuda liberar fretados em faixas de ônibus

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta quinta-feira (29) que a Prefeitura discute flexibilizar as faixas exclusivas de ônibus da cidade para os fretados, em determinados locais e horários fora do pico de trânsito.

A afirmação foi feita em reunião do Conselho Municipal de Trânsito. O pedido é uma antiga reivindicação do setor, que afirma contribuir com a diminuição do trânsito, ao receber passageiros que deixam seus carros em casa, mas os ônibus acabam ficando presos nos congestionamentos por não poder usar as faixas.

"Desde que não atrapalhe o ônibus [do transporte público municipal], vamos abrir esse diálogo com muita calma", disse Tatto.

A possibilidade é comemorada pela Assofresp, que representa parte do setor. "Seria ótimo. As pessoas perdem muito tempo no trânsito hoje", afirma Anderson Souza, presidente da entidade. Ele calcula que 1.500 fretados circulem na capital todos os dias.

155 pedidos
As faixa exclusivas de ônibus de São Paulo, que se multiplicaram na cidade nos últimos anos, além dos corredores à esquerda, motivaram pelo menos 155 empresas, associações ou moradores da capital paulista a pedir à Prefeitura de São Paulo liberações para uso desses espaços.

A origem dos pedidos é variada. Além das empresas de fretados, associações para transporte escolar, para carros fúnebres,  escolas, comerciantes, taxistas e moradores inconformados com a restrição pediram para trafegar pela via e tiveram a solicitação negada.

Além dos ônibus urbanos e dos táxis transportando passageiros em horários pré-definidos, podem circular nas faixas livremente  veículos em condições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

É o caso de viaturas policiais e ambulâncias com giroflex ligado. Além dos táxis, que incialmente foram proibidos, mas depois conseguiram liberação para circular.

Um morador de Cidade Dutra, por exemplo, pediu que a Prefeitura de São Paulo voltasse atrás em relação à construção de uma faixa exclusiva de ônibus na Avenida Senador Teotônio Vilela. “Os transtornos são enormes, como comércio vazia e grande fluxo de trânsito em ruas que não foram planejadas para este fim”, disse.

Na mesma linha, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Mateus, na Zona Leste, pediu a flexibilização da faixa de ônibus da via sob pena do fechamento de 12 mil vagas de emprego no local. A alegação de muitos comerciantes da cidade é que as faixas impedem hoje o estacionamento de clientes e que isso causa queda nas vendas.

Entre os últimos pedidos a chegar à Prefeitura de São Paulo neste ano está um da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Parnaíba e Litoral Centro de Detenção. As solicitações eram para o transporte de presos.

Resgate de ônibus
Tatto também afirmou nesta quinta que a Prefeitura começou a discutir uma operação-resgate para ônibus que fiquem parados no trânsito em locais onde não existam faixas exclusivas para os coletivos.

Isso poderia ser implantado em locais com poucas linhas, onde a Prefeitura não viu a necessidade da criar faixas exclusivas. Ele citou o exemplo da Avenida Juscelino Kubitschek, na Zona Sul, que em alguns trechos chega a ter seis faixas de rolamento.

Tatto admitiu que a discussão é "muito prematura ainda". "Estamos começando a discutir", afirma. "Não tem sentido um ônibus, um biarticulado, cheio de gente, ficar junto com os carros", completou.

Segundo o secretário, um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) liberaria a passagem de um ônibus preso no trânsito.
Tatto comparou a operação a um serviço de ambulância com o giroflex ligado.
"Se a ambulância vai socorrer alguém, a mesma lógica deveria servir para o transporte público", diz.

O diretor de planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) diz que o impacto é significativo na rede de saúde. Além da liberação de 60 leitos por dia, há uma economia de R$ 6,2 mi em despesas hospitalares.

Por Márcio Pinho
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São Paulo bate a marca de 8 milhões de veículos

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A frota da capital paulista chega a 8 milhões de veículos nesta segunda-feira (25), segundo projeção feita pelo G1 com base no número de novos emplacamentos diários feitos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que é de 723. O último dado oficial do departamento é o balanço de abril, quando a frota da cidade fechou em 7,98 milhões de veículos.

A nova marca evidencia a briga crescente por espaço nos 17 mil kms de vias da cidade e, para especialistas, torna ainda mais importante o investimento maciço em transporte público. Os números do Detran mostram que todos os tipos de veículos seguem crescendo em São Paulo, desde motos, ônibus e caminhões.

O avanço do número de automóveis por pessoa é, porém, um dos quesitos mais alarmantes. Em março de 2011, quando a frota da capital bateu a casa de 7 milhões, a capital tinha aproximadamente um carro para cada 2,19 habitante se levadas em conta as projeções populacionais da Fundação Seade. Hoje, essa relação baixou para 2,03.

Já no Brasil, essa proporção é de 4,1 habitantes para cada carro, segundo os últimos dados disponíveis do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço da frota ao longo dos anos tem impacto direto em problemas como congestionamentos e acidentes. Também em uma comparação com 2011, o trânsito no horário de pico foi nos primeiros quatro meses de 2015 foi 14% maior do que o verificado há quatro anos, chegando a picos de 109 km de lentidão.

Segundo especialistas em transporte, é um problema crescente, apesar da diminuição do trânsito se comparado com o ano passado em 16,3% -fato atribuído à crise econômica. A Prefeitura de São Paulo credita a melhoria no trânsito às obras de mobilidade da gestão Fernando Haddad que estariam contribuindo para a redução do uso do automóvel na cidade. Já em relação aos acidentes, o ano de 2014 teve 1.195 fatais, 7,2% mais do que o ano anterior.

Investimento em transporte público
Para especialistas em transporte ouvidos pelo G1, não há outra solução que não investimento maciço em transporte público. “Gastar com pontes e túneis hoje em São Paulo é jogar dinheiro fora. Em um mês se exaure”, afirma o consultor Horácio Figueira.

Ele cita o exemplo da Marginal Tietê, que teve faixas ampliadas em 2009, canteiros eliminados, e que teve um ganho de velocidade apenas por um período, voltando a ser rapidamente um dos pontos caóticos do trânsito da capital.

Segundo o especialista, não seria possível colocar mais de 1 milhão de veículos ao mesmo tempo nos 17 mil km de vias de São Paulo, segundo cálculos feitos por ele considerando o tamanho médio dos carros e a malha viária da capital.

A opinião é semelhante à do professor área de transportes da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães, que compara a cidade de São Paulo a um baile. "Vai chegando gente e o salão não aumenta de tamanho. O espaço viário para circularem não cresce nessa proporção.”

Para ele, as melhorias trazidas por uma linha de Metrô ou um corredor de ônibus são permanentes. Ele afirma que o investimento em faixas de ônibus na atual gestão Fernando Haddad (PT), quando foram inaugurados 475,4 km de faixas e corredores de ônibus, teve o mérito de melhorar a velocidade dos coletivos, tornando o serviço mais atrativo.

A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, cita também os investimentos em ciclovias como motivo da recente queda de lentidão no município – hoje são 210 km. Bandeira Guimarães discorda que elas possam ter tido algum efeito significativo no trânsito. "Melhora no trânsito de São Paulo, só se houvesse uma grande melhoria e ampliação do transporte público num projeto de médio prazo. “É preciso investimento em massa em transporte público de qualidade", avalia.

Nesse mesmo sentido, Horácio Figueira lamenta a velocidade de crescimento do Metrô de São Paulo, que é de cerca de dois quilômetros novos por ano, menor do que outras metrópoles como Cidade do México. Para ele, a saída mais rápida é a construção de corredores de ônibus.

Figueira opina também que a mudança precisa ser cultural. “As pessoas já se acostumaram no padrão de conforto do carro, mesmo sofrendo duas horas, a pessoa não vê outra alternativa”, diz.

Informações: Márcio Pinho
Do G1 São Paulo
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São Paulo luta para melhorar seu desgastado sistema de transportes

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Com enormes engarrafamentos, vias cheias de buracos à beira do colapso e uma infraestrutura deficiente, São Paulo enfrenta um enorme desafio enquanto corre contra o tempo para melhorar seu saturado sistema de transporte antes de ser o palco do pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014.

A vibrante capital econômica do Brasil tem a sétima área metropolitana mais populosa do mundo, com 20 milhões de habitantes, que incluem os 11 milhões que vivem dentro dos limites da cidade. A cada dia, os ônibus transportam cinco milhões de pessoas; o metrô, quatro milhões, e outros dois milhões de paulistanos viajam em trens de subúrbio, segundo as autoridades.

O pesadelo do transporte público em São Paulo ficou evidente em 23 de maio, quando uma greve no metrô paralisou a cidade, obrigando milhões a usarem seus carros ou tentar pegar algum dos ônibus lotados para chegar ao trabalho. "Como resultado disso, tivemos 249 km de ruas e estradas congestionadas, um recorde para o horário da manhã", disse Katia de Cassia Jouanini, agente do centro de controle de tráfico da cidade (CET). O recorde histórico foi alcançado em 1º de junho, com um engarrafamento de 295 km à tarde.

O CET parece uma colmeia que funciona 24 horas por dia, com 374 pessoas monitorando o trânsito em tempo real, analisando informações de 140 das 370 câmeras instaladas em toda a cidade. Uma central de atendimento recebe informações do público e agentes posicionados em pontos estratégicos informam bombeiros e serviços de emergência em caso de acidentes. Outros monitoram 868 km de vias em 25 telas que transmitem imagens ao vivo do trânsito, enquanto um amplo mapa destaca os maiores engarrafamentos.

Quatro milhões de veículos - carros, ônibus e motos - saturam os 17.000 km de vias e autopistas nos dias de semana, acrescentaram as autoridades. Para piorar as coisas, centenas de carros novos saem às ruas diariamente como resultado da crescente prosperidade econômica e do crédito mais barato, comentou Jouanini. "Todos os dias temos mais carros. É um desafio manter a qualidade do serviço com os recursos de que dispomos", declarou à AFP Hercules Justino, encarregado de trânsito no CET. "Precisamos de mais investimento", acrescentou.

Às vésperas da Rio+20, a palavra sustentabilidade ressoa nas ruas de São Paulo. Em seminário recente sobre logística no Brasil, diretores empresariais pediram um investimento adequado em projetos de infraestrutura, inclusive um transporte mais eficiente. "Os investimentos em infraestrutura no Brasil não acompanham a demanda porque não há planejamento", afirmou Carlos Cavalcanti, diretor do departamento de Infraestrutura da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Assim como as outras 11 cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014, São Paulo investe bilhões de dólares para melhorar seu estádio, aeroporto, vias e sistema de transporte público para fazer frente a um maciço fluxo de visitantes.

São Paulo sediará o jogo de estreia do Mundial, em 12 de junho de 2014. O secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge, é um dos que mais incentiva os esforços para dar a São Paulo um futuro sustentável. Infelizmente, o sistema de transportes tem que competir por recursos com outros serviços chave como saúde e educação, que juntos consomem até 50% do orçamento da cidade, disse Jorge.

De qualquer forma, o secretário enfatizou que o sistema do metrô está em ampliação, com quatro linhas adicionais, e que a frota de ônibus está sendo renovada, com 80% de seus 15.000 veículos novos e eficientes do ponto de vista energético.

O primeiro VLT (veículo leve sobre trilhos) da cidade está em construção para ligar o aeroporto de Guarulhos ao sistema de metrô. O projeto, de US$ 862 milhões, deve ser concluído ao final de 2014. Alguns dos 2.000 novos ônibus são movidos a etanol, eletricidade, biomassa ou outro combustível alternativo à gasolina.

O secretário municipal de Meio Ambiente destaca que São Paulo foi a primeira cidade brasileira a instaurar uma inspeção anual para assegurar que os veículos estejam em boas condições e cumpram os padrões para o controle da contaminação.

A cidade também promove o uso da bicicleta, estendendo seus 55 km de ciclovias e ensinando regras de trânsito e segurança. A cada domingo, outros 67 km de vias são liberadas exclusivamente para os ciclistas. Mas Jorge admitiu que "a solução para o desafio do transporte é impor severas restrições ao uso de automóveis e motos". "Temos que multar os contaminadores para desestimular o uso supérfluo de carros e garantir recursos adicionais para financiar o transporte público", acrescentou.

Fonte: France Presse

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Estudantes protestam contra alta na tarifa do transporte por trilhos

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Diversas pessoas se reuniram nesta quinta-feira (4), na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o aumento no preço das tarifas de transporte coletivo sobre trilhos, decretado pelo governador Tarcísio de Freitas.

O ato ocorreu sob forte chuva. Mesmo assim, os manifestantes decidiram caminhar do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, até a Praça Roosevelt, no centro da capital. Desde a última segunda-feira (1º), a população de São Paulo paga mais caro para utilizar o Metrô e os trens metropolitanos. As passagens subiram de R$ 4,40 para R$ 5.


O aumento, no entanto, não ocorreu nos ônibus, que são administrados pela prefeitura de São Paulo. Nos ônibus da capital paulista, o preço das passagens foi mantido em R$ 4,40. A prefeitura também anunciou gratuidade para esse tipo de transporte aos domingos.

“Contra a tarifa eu vou lutar. Sou estudante e São Paulo vai parar”, cantaram os manifestantes, a maior parte formada por estudantes. “Ei, Tarcísio, deixa eu te falar. Ou abaixa a tarifa ou São Paulo vai parar”, gritaram.

Tentativa de privatização
Para os manifestantes, o aumento da tarifa em São Paulo está aliado a uma tentativa do governador de São Paulo de privatizar o transporte público. “O ato de hoje é uma manifestação contra o aumento da tarifa e pelo passe livre”, disse Diego Ferreira, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“Somos também contra a privatização de um espaço que é público. O transporte deve ser público. Ele deve ser acessado por toda a população não só para ir à universidade, mas para ter direito à cidade. A privatização, além de sucatear um serviço de transporte que é público, também faz com que as pessoas não tenham acesso à cidade. E sabemos que, com a privatização, as tarifas vão aumentar”, acrescentou Ferreira, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Sofia Rocha, dirigente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de São Paulo (DCE Livre Alexandre Vannucchi Leme), o ato de hoje tem também várias outras bandeiras. “Estamos retomando também as pautas de 2013 como o passe livre e a tarifa zero para os trabalhadores”, argumentou.

Segundo os manifestantes, o aumento na tarifa provoca uma série de problemas, entre eles, o crescimento da evasão escolar. “A gente sabe que a evasão hoje está institucionalizada. E nós, da UNE, defendemos o passe livre e entendemos que ele é um avanço nesse processo. A falta de assistência estudantil e de políticas efetivas nesse cenário faz com que se amplie agora a luta pelo passe livre não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. O aumento da tarifa em São Paulo foi significativo. Foi um aumento de R$ 0,60 e isso não é fácil. No final do mês, é ali que iria o seu almoço da semana, é ali que iria o seu lanche no intervalo das aulas. Sabemos que isso vai influenciar e muito [no aumentou da evasão escolar]”, protestou Ferreira.

Para Sofia, os mais prejudicados com esse aumento são os estudantes mais pobres. “Ele prejudica claramente os estudantes mais vulnerabilizados. Um estudante precisa se locomover para ir para a universidade ou para a escola. Esse aumento na tarifa é pesado para o bolso. Então, é fundamental estar nessa luta”, finalizou.

Procurado pela Agência Brasil, o governo de São Paulo ainda não se manifestou sobre o protesto.

Por Kleber Sampaio
Informações: Agencia Brasil EBC

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Em SP, Pagamento por aproximação chega às linhas de ônibus gerenciadas pela EMTU

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Os ônibus que atendem linhas gerenciadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) na capital paulista e região metropolitana de São Paulo agora contam com pagamento por aproximação. Os passageiros podem embarcar utilizando cartões de crédito ou débito, aproximando no validador diretamente na catraca do veículo. Além dos cartões com essa tecnologia, celulares e relógios smartwatches também poderão ser utilizados. 

Para o secretário dos Transportes Metropolitanos, Marco Antonio Assalve, a expansão de novas tecnologias no transporte público facilita o dia a dia do usuário. “O recurso de pagamento por aproximação no transporte público de São Paulo é uma inovação na mobilidade que se adequa aos dias atuais e possibilita maior praticidade e agilidade à viagem dos passageiros, melhorando o fluxo na hora do embarque”, afirma Assalve.
A modalidade de pagamento por aproximação, também conhecido como EMV, já está disponível, no formato piloto, em 1.022 ônibus das operadoras Next Mobilidade, Viação Miracatiba e Viação Raposo Tavares. A ABASP (Associação de Apoio e Estudo da Bilhetagem e Arrecadação nos Serviços Públicos de Transporte Coletivo de Passageiros do Estado de São Paulo), por meio da Autopass, está expandindo o recurso e, na primeira quinzena de julho, o pagamento por aproximação estará disponível em mais de 4 mil ônibus de linhas da Região Metropolitana de São Paulo gerenciadas pela EMTU.

Para o gerente de marketing da EMTU, Paulo Reis, a ampliação do pagamento por aproximação nos transportes metropolitanos traz mais agilidade para o dia a dia dos passageiros. “Evoluímos do ponto de vista tecnológico e estamos oferecendo mais praticidade aos passageiros com mais de 85% dos ônibus da EMTU já aceitando pagamento por aproximação”, destaca. 

Com a ampliação, a modalidade de pagamento estará disponível em 100% da frota de linhas da EMTU da região metropolitana de São Paulo e municípios, como Grande ABCDM, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Cotia, São Roque, Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Embu das Artes, Juquitiba, São Lourenço, Embu-Guaçu e Ibiúna. Os ônibus com a tecnologia receberam adesivos nos validadores e portas, sinalizando a possibilidade de pagamento por aproximação e os cartões aceitos.

Como funciona o pagamento por aproximação nos ônibus

Com a modalidade, os passageiros do transporte público paulista podem passar pela catraca utilizando um cartão de débito ou crédito (tanto físicos, como os digitais, disponíveis nas carteiras digitais nos smartphones e wearables) das bandeiras Mastercard, Visa e Elo. Caso o usuário do transporte coletivo tenha dúvidas se o seu cartão é ou não habilitado para o uso via pagamento por aproximação, basta contatar seu banco para confirmar a funcionalidade.

Para a Mastercard, bandeira líder de mercado no Brasil, o recurso contribui para a melhoria da jornada dos turistas e passageiros não frequentes, trazendo simplicidade, agilidade e segurança no pagamento da passagem.

“Na Mastercard, trabalhamos em conjunto com nossos parceiros para desenvolver soluções que facilitem a vida das pessoas e contribuam para o desenvolvimento inclusivo e sustentável das cidades. Por isso, a aceitação de cartões de débito e crédito através da tecnologia de pagamento por aproximação no transporte público é um pilar importante para nós. Além de trazer eficiência, o pagamento por aproximação oferece mais facilidade e segurança para o dia a dia dos cidadãos”, explica Fernanda Caraballo, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Mastercard Brasil.

Tecnologia também pode ser usada nos trilhos

Além dos ônibus intermunicipais gerenciados pela EMTU, a Autopass também ampliou o projeto piloto do sistema de pagamento por aproximação em estações do Metrô, CPTM e ViaMobilidade em 2023. Até o momento, essa forma de embarque está disponível em 13 estações: João Dias (Linha 9), Jabaquara (Linha 1), Ipiranga (Linha 10), Consolação (Linha 2), Brás (Linha-11), Belém (Linha-3), Tatuapé (Linha-12), Estação Aeroporto (Linha-13), Trianon (Linha-2), Campo Belo (Linha-5), Osasco (Linha-8) e Granja Julieta (Linha 9).

Informações: Governo de São Paulo
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Bilhete Único Mensal pode deixar 30 mil cobradores ‘sem função’ em São Paulo

sábado, 16 de novembro de 2013

A chegada do Bilhete Único Mensal, que começa a funcionar no dia 30 de novembro na capital paulista, acendeu o alerta no Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano) de São Paulo. É que, segundo o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, um dos objetivos do novo cartão é tirar a moeda de circulação do sistema de transporte municipal. Assim, os usuários não poderiam mais pagar passagem com dinheiro e os 30 mil cobradores da cidade ficariam sem função.

“É uma política para dizer que o cobrador está sem função. Se você olhar, nos últimos anos, têm diminuído os assaltos (em ônibus). Não têm mais a mesma frequência do passado porque já se reduziu muito o dinheiro dento do carro. Então redução total é para dizer que o cobrador está sem função”, critica o cobrador e assessor da diretoria do Sindmotoristas, Antonio Ferreira Mendes.


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Atualmente, apenas 7% dos quase três milhões de passageiros transportados por dia usam dinheiro para pagamento da passagem. Os demais optam pelo cartão com créditos, como vale transporte, bilhete comum, estudante e integração. Isso sem contar os isentos, como os idosos e as pessoas com deficiência.

Mas, ainda que a cobrança dentro dos ônibus seja interrompida e estes profissionais “percam a função”, o emprego destes trabalhadores está garantido. Uma lei municipal, sancionada no ano de 2001, impede que o motorista conduza um veículo de transporte público sem um auxiliar dentro.

Apesar disso, para Getúlio Hanashiro, ex-secretário de Transportes de São Paulo e especialista no assunto, o cobrador não perde sua importância por não precisar mais fazer a troca de dinheiro para os passageiros. Na opinião dele, o trabalhador desempenha outros papéis para que o motorista fique concentrado na direção.

“Essa lei assegura que o auxiliar de bordo pode ser o cobrador. Ele ajuda em manobras, auxilia quando algum passageiro está fora de consciência. É mais uma pessoa que está assistindo, sobretudo, no período noturno já que o ônibus percorre lugares muito abandonados até o ponto final”, argumenta. Ainda assim, Hanashiro critica o provável fim da cobrança manual da passagem dentro dos ônibus, fato comum em outras cidades como Nova York, nos Estados Unidos.

“Essa é a tendência (fim da cobraça)a longo prazo. No Brasil, por uma necessidade de gerar empregos e por uma questão da segurança, não dá. Se não tivéssemos problema de segurança, realmente, era dispensável, uma vez que você pode ter cobrança eletrônica interna e externa . Eu não recomendo, neste momento, você tirar a figura do auxiliar. Você pode fazer isso a médio e a longo prazo, requalificando o cobrador e não criando novas vagas”, opina.

Outro lado

O iG procurou a assessoria de imprensa da SPTrans para saber, entre outras coisas, se há previsão de quando o dinheiro deixará de ser utilizado nos ônibus municipais, mas o órgão respondeu apenas que não existe "nenhum estudo por parte da SPTrans que preveja a extinção da função do cobrador de ônibus".

Leia a nota na íntegra:

"A SPTrans informa que existe em São Paulo a Lei Municipal 13.207/01, que prevê em seu Artigo 1º: "Os ônibus que integram o sistema de transporte coletivo do Município de São Paulo deverão ter, no mínimo, um funcionário, além do motorista, para fins de orientação e auxílio ao usuário, além da cobrança da passagem quando for o caso."

Não existe, neste momento, nenhum estudo por parte da SPTrans que preveja a extinção da função do cobrador de ônibus. Atualmente, a Cidade tem cerca de 30 mil cobradores e 30 mil motoristas operando no sistema municipal de transportes.

Vale lembrar que, atualmente, cerca de 7% das viagens realizadas nos ônibus são pagas em dinheiro e que este índice não ocasionou na demissão de cobradores.

A função do Bilhete Único Mensal será de proporcionar uma nova alternativa aos usuários, que poderão utilizar o sistema de ônibus municipais livremente por até 31 dias, pagando uma tarifa única de R$ 140,00. Não há qualquer relação entre sua implantação e a demissão de cobradores."

Informações: Último Segundo
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Mercedes Benz quer atender demanda de ônibus de São Paulo

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A licitação da Prefeitura de São Paulo para o transporte público da cidade terá impacto positivo nas fabricantes de ônibus. A modernização do sistema da cidade pode resultar na compra de 2,7 mil veículos novos. A maior parte deste volume está prevista para entre 2016 e o começo de 2018. Ainda assim, a Mercedes-Benz estima que de 300 a 350 unidades podem ser encomendadas ainda este ano. “Não sabemos qual será o mix de produto, qual é o volume de ônibus grandes e o de modelos menores. De qualquer forma, nos antecipamos e já estamos nos programando com os nossos fornecedores para atender a uma demanda maior”, admite Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da montadora.

O executivo ainda não projeta qual parcela das compras de chassis em São Paulo será atendida pela companhia, mas a empresa mantém expectativas elevadas por ser líder do segmento, com 53,7% de participação no mercado nacional de ônibus no primeiro semestre deste ano. A presença da companhia é ainda maior quando analisadas as vendas de urbanos, chegando a 68,1%. “Se considerarmos o cenário atual, o segmento urbano ainda teve um resultado bom, com melhor performance”, destaca ao lembrar que, enquanto a demanda total por ônibus caiu 27% no Brasil entre janeiro e junho, a retração da demanda por modelos da categoria foi bem menor, de 7,7% para 4,7 mil unidades.

A promessa é que, com a concorrência pública em São Paulo, as vendas de urbanos se mantenham mais fortalecidas. A iniciativa é a maior concorrência pública já realizada no Brasil para o transporte coletivo e terá efeito pelos próximos 20 anos, com impacto em 10 milhões de passageiros que usam o sistema diariamente. Mesmo sem o detalhamento dos produtos que a cidade precisará, a expectativa é que a maior dos ônibus que serão adquiridos sejam modelos de grande porte, já que a frota vai diminuir das atuais 15 mil para cerca de 13 mil unidades, mas o objetivo é aumentar em 24% a oferta de viagens e em 13% a de assentos.

“É uma oportunidade para o nosso segmento”, avalia Barbosa. A Mercedes-Benz larga na frente com o modelo superarticulado, que promete alta capacidade de transporte com custo de operação inferior ao de biarticulados. “Temos um portfólio muito completo e, portanto, podemos atender diversas especificações para os veículos”, explica o executivo, sem detalhar qual parcela da demanda a empresa projeta abocanhar. 

MAIS QUALIDADE 

O edital da licitação para o transporte público de São Paulo (veja aqui) impõe a criação de uma central de controle deve ser construída pelas concessionárias que vencerem a concorrência pública para monitorar a frota. O objetivo é ter grande número de ônibus de alta capacidade nos corredores e faixas exclusivas das vias principais da cidade. Esta estrutura será alimentada por linhas locais que circularão nos bairros.

A atualização do sistema trará melhoria expressiva aos usuários. Além do aumento da capacidade de transporte da frota, os passageiros terão veículos mais confortáveis. O edital determina que os ônibus sejam equipados com rede wi-fi de internet, ofereçam pontos de recarga de baterias para celulares e outros dispositivos e tenham letreiros luminosos com informações das paradas. A mudança vai afetar toda a frota. Os veículos que já estão em circulação também terão de se adequar. 

Outra iniciativa que deve gerar forte impacto é que, no novo modelo, a avaliação dos passageiros sobre o transporte vai afetar a remuneração da empresa. Por meio de pesquisa de satisfação, a impressão dos usuários entrará no cálculo ao lado de gastos com a operação, número de passageiros e ganho de produtividade. Atualmente, os repasses para as concessionárias são feitos baseados no tipo de veículo e no número de pessoas transportadas, o que inclui os passageiros isentos de pagar a tarifa.

Informações: Automotive Business

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Faixas exclusivas de ônibus dobram circulação de pessoas em avenidas de São Paulo, diz especialista

domingo, 1 de setembro de 2013

As faixas exclusivas para ônibus inauguradas recentemente em São Paulo permitem tranportar o dobro de pessoas em algumas das principais avenidas da cidade, afirma o engenheiro e especialista em mobilidade urbana Horácio Augusto Figueira. 

Pela conta do engenheiro, em uma avenida de três faixas — Paulista, Faria Lima e Rebouças, por exemplo —, circulam, em média, 700 carros por hora e por faixa, o que resulta no transporte de, aproximadamente, 1.000 pessoas, já que a capacidade dos veículos é de 1,4 passageiro. 

As três faixas somariam, então, 3.000 usuários na avenida

Ao se tirar a faixa da direita e destiná-la só para o ônibus, a via ficaria com apenas duas faixas para carro, que transportariam 2.000 pessoas. 

No entanto, por hora, a faixa de coletivos permite a circulação de 80 ônibus transportando 50 usuários, o que totaliza 4.000 pessoas em uma única faixa. Ao somar esse resultado com as outras duas voltadas para carros, as vias transportam 6.000 pessoas, ou seja, o dobro da primeira situação, como comentou o engenheiro.
— Na mesma avenida, sem destruir o meio ambiente, sem desapropriar ninguém, sem fazer túnel, elevado, viaduto, ponte, sem gastar milhões inúteis, eu consegui dobrar a capacidade de transporte daquela avenida em número de pessoas por hora.

O especialista argumenta que esse número pode ser ainda maior se na via exclusiva para ônibus circulassem coletivos biarticulados, transportando 100 pessoas por veículo. Depois de uma hora, 8.000 passageiros teriam passado pela faixa e, somadas às outras duas vias, a avenida registaria 12 mil clientes, o quádruplo do primeiro número.

A cidade de São Paulo ganhou, na última segunda-feira (26), mais de 12 faixas exclusivas para ônibus, que totalizam 6,7 km. Os diversos trechos são apenas uma parte das diversas instalações que a prefeitura de São Paulo tem feito na capital. Até agosto, o município soma 257,41 km destinados só para os coletivos, dos quais 135,32 km implantados em 2013.

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As faixas exclusivas têm agradado os usuários. Paulo Sérgio Mendes, um dos passageiros dos coletivos municipais, aprovou a ideia.

— Está melhor e mais rápido. É bom para a população de São Paulo, que chega mais cedo em casa. 

No entanto, outros usuários defendem, antes de mais nada, a melhoria no transporte público, como afirmou Flávia Soares, que também utiliza os ônibus da capital.

— Não adianta querer que as pessoas usem o transporte público se é ruim. Os ônibus, o metrô e o trem estão sempre cheios. Primeiro precisa melhorar o transporte público para depois tentar fazer alguma coisa para as pessoas usarem.

Heitor Augusto Neves, outro passageiro, também vê a situação da mesma forma.

— Eu acho importante, mas paralelo a isso deveria ter investimentos no transporte público. Se tivesse investimento, diminuiria o número de carros nas ruas.

Além da falta de melhorias nessa área, os motoristas dos ônibus também reclamam da invasão de carros nas faixas, o que prejudica o fluxo dos veículos no trecho. Milton Domingues Portella, um dos condutores, comentou o que vê diariamente pelas ruas da cidade.

— Do hospital Rubem Berta até a esquina da avenida Indianópolis com a [avenida Professor] Ascendino Reis você vê os carros invadindo a faixa. O pessoal não quer nem saber. Se vai dar multa ou não, que "dane-se".

CET multa 708 em faixa de ônibus de SP em um dia

O motorista de coletivos Eduardo Luís dos Santos, também afirmou que, mesmo com a fiscalização da SPTrans (São Paulo Transporte) e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os motoristas invadem a via exclusiva. Ele problematiza também outro fator.

— O trânsito melhorou, mas deveria colocar todo o tempo, não só as três horas, em tempo permanente, como na 23 de maio.

Esta é exatamente umas das questões levantadas pelo especialista em trânsito. Para Figueira, os diferentes horários das faixas confundem a cabeça do usuário do automóvel.

— Tem rua que é das 6h às 9h, outra é das 6h às 22h, algumas é só pico da manhã e tarde, então é só trocar o horário na placa. É fácil mudar isso, na medida que a coisa vai dando certo. Com isso, se eu sair de casa às 7h vai ter faixa exclusiva. Se eu sair 12h vai ter faixa exclusiva. Se eu sair 17 h vai ter faixa exclusiva. Não pode ser algo quebra-galho, só três horinhas de manhã, é muito pouco.

O engenheiro afirma ainda que, de acordo com a pesquisa OD (Origem e Destino) do Metrô, realizada em 2007, com dados sobre as viagens dentro do município de São Paulo, as quinta e sexta horas mais carregadas do dia são das 12h às 13h e das 13h às 14h, horários frequentemente não atendidos pelas faixas. 

— Você tem três picos hoje, na verdade. É o pico da manhã, pico da tarde e o pico do almoço. Incluir o sábado também é muito importante.

Figueira argumentou também que a maior velocidade dos ônibus já é um grande atrativo para a população. Para ter uma noção sobre o assunto, de acordo com um levantamento feito pela CET no corredor Norte/ Sul referente aos trechos 2 e 3 da faixa exclusiva, entre 12 e 16 deste mês, a velocidade dos coletivos aumentou 50% nos períodos da manhã, entre pico e da tarde.

De acordo com a pesquisa, o melhor desempenho da velocidade foi observado no sentido centro, no período da tarde, onde a velocidade média saltou de 12,72 Km/h para 23,25 Km/h. Um ganho de 83%. Já nos picos manhã, a melhoria foi de 59%, passando de 13,26 km/h para 21,13 km/h. No entre pico, a velocidade média dos coletivos aumentou 67%, de 14,64 km/h para 24,46 km/h. 

Faixa exclusiva aumenta em 108% a velocidade dos ônibus no Corredor Norte/Sul

Caso a iniciativa desses trechos exclusivos se consolidassem, o engenheiro defende que as vias à direita deveriam, sem exceção, virar corredores à esquerda. Hoje, Figueira já afirma ainda que os ônibus estão indo para o nível do metrô. 

— O metrô anda lotadíssimo e as pessoas continuam, teimosamente, usando, pois tem velocidade. O ônibus, alguns meses atrás, estava largado às moscas. Hoje, ele ainda está cheio, mas está começando a andar em várias avenidas. A hora que você tiver melhorado a frequência e velocidade, para mim, o ônibus vai ficar melhor que o Metrô.

Futuro

O objetivo da CET é implantar até o final de 2013, 220 km de faixas exclusivas, ou seja, faltam pouco mais de 84 km para atingir a ideia inicial, já que a cidade já conta com 135,32 km instalados.

Para o especialista em transporte, o número deveria ser bem maior.

— Eu tenho falado desde o ano passado em 400 km. A cidade tem 96 distritos e mais ou menos em cada uma você consegue colocar 4 ou 5 km de faixa tranquilamente.

*Colaborou o estagiário Thiago Pássaro
Fonte: R7.com
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