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Passagens de ônibus não terão reajuste no Dist. Federal

domingo, 5 de junho de 2011

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, anunciou na ultima sexta-feira que não haverá reajuste de tarifas no Transporte Público do Distrito Federal. “Não será repassado à sociedade mais um custo para se resolver um impasse entre empresários e rodoviários. A população deve ser preservada. Meu governo está buscando alternativas para equacionar esta situação por meio da Secretaria de Transporte”, afirmou o governador Agnelo Queiroz.

Além disso, será publicado na próxima segunda-feira o edital de licitação de 900 ônibus comuns e 300 ônibus articulados. O sistema conta hoje com 45% de sua frota com idade superior ao permitido (7 anos) e com cerca de 75% das permissões vencidas.

O governador fez reuniões com os setores e realizou uma avaliação técnica da situação entre rodoviários e empresários. Sua decisão política foi tomada no sentido de vedar qualquer reajuste no momento. “Os dados que temos hoje não são confiáveis, pois são apenas os que os empresários nos apresentam. No entanto, baseados nos cadastros do passe estudantil que o governo fez este ano, calculamos que os rodoviários podem ter um reajuste de cerca de 10% se o governo injetar entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões”, afirmou o secretário de Transporte, José Walter Vazquez Filho.

A proposta da Secretaria de Transporte é de subsidiar os custos do reajuste dos salários e dos benefícios, aumentando a sua participação no pagamento do Passe Livre estudantil, que hoje é de um terço, na proporção do que for concedido pela aplicação do INPC e de ganho real baseado na média dos anos recentes.

O governo também está disposto a incluir, nesse cálculo do subsídio, os gastos que os empresários terão com o pagamento de horas extras decorrente de decisão judicial que derrubou o pagamento da produtividade dos trabalhadores. O GDF pretende aumentar o valor da sua participação no pagamento do Passe Livre por meio de projeto de lei a ser encaminhado imediatamente à Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O Executivo enviará ainda outro projeto à Câmara Legislativa disciplinando a relação entre permissionários e o poder público e definindo os direitos dos usuários, tão logo o sistema de arrecadação, hoje administrado pela Fácil, esteja integralmente nas mãos do Estado.

Nos próximos 60 dias, será publicado edital de licitação para que o DF adquira o Sistema Inteligente de Transporte (ITS), que permitirá ao governo uma nova forma de acompanhamento e fiscalização do transporte coletivo; aos usuários informações precisas sobre as linhas e horários; e aos empresários uma operação eficiente e moderna.

O Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), sancionado pelo governador Agnelo Queiroz, permitirá, nos próximos anos, investimento de recursos superiores a R$ 5 bilhões na melhoria do sistema de transporte urbano da capital, entre os quais, a implantação de corredores exclusivos para ônibus, o que, além de diminuir o tempo de viagem dos usuários, significará relevante economia nos custos operacionais.



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Em Brasília, Usuários do transporte público aprovam faixa na EPNB

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Os usuários de transporte coletivo tiveram um alento na disputa com os carros particulares. No primeiro dia de funcionamento, o único corredor exclusivo para ônibus do Distrito Federal reduziu o tempo de viagem dos passageiros, mas provocou congestionamento de mais de quatro quilômetros nas outras duas faixas da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). Entre as 7h e as 9h de ontem, motoristas de carros particulares levaram pelo menos 45 minutos para percorrer o trecho entre o Riacho Fundo e a Candangolândia em um período de férias, às vésperas do réveillon, quando o trânsito costuma ser tranquilo. Já os usuários do transporte coletivo chegaram mais rápido ao trabalho. A faixa exclusiva será instalada em mais sete pontos do DF.

Enquanto o corredor dos ônibus fluía bem durante a manhã de ontem, os carros das duas faixas restantes avançavam com lentidão. Diante da dificuldade, muitos condutores de automóveis de passeio e motociclistas arriscaram violar a proibição, mas a presença dos carros da Companhia de Polícia Militar Rodoviária (CPRV) e do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) intimidou os infratores. Nos cruzamentos, o corredor também não funcionou, pois, para retornar, os motoristas dos ônibus precisavam invadir a faixa dos carros.

O secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, diz que a prioridade é garantir a fluidez e a pontualidade do transporte público, por conta do número de passageiros. Segundo ele, Brasília seguirá a tendência de grandes centros brasileiros para garantir uma “melhor mobilidade urbana”. “A medida adotada pelo Governo do Distrito Federal na EPNB e, em sequência, em outras vias de grande movimento prioriza o usuário do transporte público coletivo sobre o individual”, disse.

A expectativa do governo é reduzir o tempo das viagens de ônibus em até 20 minutos. Ontem, segundo balanço do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), a viagem dos passageiros entre o Recanto das Emas e a Rodoviária do Plano Piloto, que durava 1h05, caiu para 55 minutos, em média. Com isso, ao fim de um mês, os usuários do transporte coletivo terão economizado 6h40 no trânsito. Em um ano, são três dias, oito horas e 20 minutos a menos dentro do ônibus. Ainda de acordo com o DFTrans, um cálculo preliminar da empresa São José, que tem diversas linhas em operação na EPNB, mostra que ontem quase não houve atraso de ônibus no trecho entre o Recanto das Emas e a Rodoviária.

Abrangência
Pela pista passam diariamente 80 mil veículos. Segundo o DFTRans, desse total, automóveis e caminhões somam 94,26%, enquanto os ônibus, apenas 5,74%. Porém, os coletivos levam 70,31% dos usuários da via. São cerca de 14 mil passageiros por hora nos horários de pico. O presidente do DFTrans, Marco Antônio Campanella, afirmou que, diante dos números, “não é justo que os usuários de transporte coletivo não tenham prioridade”.

Por outro lado, com o intuito de minimizar os transtornos sofridos pelos motoristas de carros de passeio, Campanella disse que existem estudos para proibir o tráfego de caminhões durante o horário de pico na EPNB. Outra possibilidade é criar uma faixa exclusiva para carros próximo do viaduto da Candangolândia.

Quem desrespeitar a proibição de trafegar pelo corredor exclusivo está sujeito a multa de R$ 53 e pode ganhar três pontos na Carteira de Habilitação. No entanto, de acordo com o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fauzi Nacfur Júnior, os infratores não serão punidos pelos próximos dois meses. Durante esse período, serão realizados ações educativas. “Somente quando toda a sinalização (faixas, placas indicativas e front-lights) e as câmeras de segurança estiverem instaladas, a penalidade começa a valer”, ressaltou.

Motoristas e passageiros de ônibus dividiram as opiniões sobre o corredor exclusivo para ônibus. A gráfica Maria Vilani, 49 anos, moradora do Riacho Fundo II, enfrenta congestionamento diário na EPNB e, com a via destinada a coletivos, espera poder sair um pouco mais tarde de casa. “É um grande avanço, mas não vai melhorar muito se os ônibus continuarem quebrando no caminho”, ressaltou. Já o funcionário público Fábio Seridó, 23, morador do Riacho Fundo, não gostou. “O trânsito já era lento. Eu perdia uma hora por dia para ir de carro de casa para o trabalho. Agora vai demorar ainda mais”, queixou-se.

O DFTrans e o DER também estudam a ampliação da faixa exclusiva até o viaduto Camargo Corrêa, na Estrada Parque Aeroporto (Epar), passando pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) e Estrada Parque Guará (EPGU). Com a mudança, o corredor passaria de oito para 12 quilômetros de extensão.

Mudanças
Veja onde estão previstas mais faixas exclusivas para ônibus:
BR-020 — Entre Sobradinho e a entrada da Ponte do Braguetto (nos dois sentidos).
BR-040 — Entre os viadutos de Santa Maria e da Candangolândia (dois sentidos).
Eixo Monumental — Entre o Cruzeiro Velho e a Rodoviária do Plano Piloto (dois sentidos).
Avenida Hélio Prates — Entre o centro/Feira de Ceilândia e o antigo Buritinga (dois sentidos).
DF-085 — Entre o Estádio e o Centro de Taguatinga.
Via Estrutural — Entre a Cidade do Automóvel e a entrada do Viaduto Ayrton Senna (início da manhã).
Via Estrutural — Entre o posto do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e o viaduto do Pistão Norte (fim de tarde).




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No DF, Rodoviários decidem encerrar paralisação nesta quarta-feira

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Após reunião com o Governo do Distrito Federal na tarde desta terça-feira (26/11), o Sindicato dos Rodoviários resolveu encerrar a paralisação dos ônibus à meia-noite de quarta-feira (27/11).

De acordo com o presidente do Sindicato, José Osório, o GDF se comprometeu a acelerar o processo de renegociação da data-base salarial, um dos principais motivos da greve . "O que foi tratado com o governo, foi o que ele poderia fazer", disse Osório. No entanto, eles não tiveram uma resposta ao principal ponto da negociação, o recebimento dos direitos trabalhistas e a garantia de que terão seus empregos nas novas companhias contratadas. 

Os rodoviários cruzaram os braços durante toda esta terça-feira (26/11). A paralisação é um apelo à decisão do GDF em manter contrato com apenas duas das atuais 13 empresas de transporte do DF.

No total, nove empresas - Pioneira, Planeta, Cidade Brasília, Satélite, Piracicabana, São José, Riacho Grande, Viplan e Condor - não rodaram pelas vias do DF.

Além da renegociação da data-base salarial, os rodoviários exigiam que a transição das novas empresas que vão operar no sistema público de transporte seja feita com cautela. Isso porque as companhias perdedoras das licitações alegaram que não dispõem de recursos para acertar os pagamentos referentes aos direitos trabalhistas com todos os empregados. Além disso, segundo o sindicato as empresas vencedoras disseram não aceitar contratar os trabalhadores enquanto não estiverem com a situação regularizada com a empresa anterior.

Desde o início da manhã, os usuários do transporte público encontraram bastante dificuldade para chegar ao trabalho. Muitas paradas de ônibus ficaram lotadas. Já quem se arriscou no transporte pirata teve que pagar até R$ 10 pela corrida.  

Para reduzir os impactos no trânsito, que tiveram mais carros que o habitual,  todas as faixas exclusivas do Distrito Federal estão liberadas também para o tráfego de veículos comuns. De acordo com o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), a decisão foi tomada junto com o Departamento de Trânsito (Detran) e o Departamento de Estrada e Rodagem (DER).

Informações: Correio Braziliense


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Rodoviários do Distrito Federal encerram greve de três dias

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Após três dias de paralisação, os rodoviários do Distrito Federal decidiram, há pouco, retornar ao trabalho. A categoria fechou um acordo com empresários do transporte público sobre o percentual de aumento, e os ônibus já começaram a circular normalmente, informou o secretário-geral do Sindicado dos Rodoviários do Distrito Federal, Cláudio Galvão.

Segundo Galvão, os empresários aceitaram os percentuais de 10% no salário e 11% no tíquete-alimentação, aprovados hoje (10) em assembleia dos rodoviários. Inicialmente, os rodoviários pediam reajuste salarial de 20% e acréscimos de 30% no tíquete e no plano de saúde. As empresas ofereciam 8,34%.

Galvão considerou positivo o movimento de greve iniciado segunda-feira (8). “Foi positivo para a categoria e para o fortalecimento dos trabalhadores”, disse ele. Segundo Galvão, um dos avanços do acordo foi conseguir que os rodoviários afastados por motivo de saúde tenham o plano mantido por dois meses após o início da licença.

Mais ced,o a audiência de conciliação entre rodoviários e empresários no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) terminou sem acordo. Uma nova audiência havia sido marcada para sexta-feira (12). 

Nos três dias de greve do transporte público, a população do Distrito Federal enfrentou dificuldades para sair de casa. A maioria teve de recorrer aos ônibus, micro-ônibus e vans piratas que circularam pelas diversas regiões da cidade.

Durante a paralisação, o metrô colocou o número máximo de trens em circulação nos horários de pico e o trânsito foi intenso nas vias do Distrito Federal.

Por Yara Aquino 
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Governo do DF abre licitação para renovar 100% da frota de ônibus até janeiro de 2013

sábado, 3 de março de 2012

A frota total deverá chegar a 3 mil ônibus
O governado do Distrito Federal lançou nesta sexta-feira (2), o edital de licitação para selecionar as empresas que vão integrar o novo sistema de transporte público da capital do país. Praticamente toda a frota de ônibus deverá ser substituída até janeiro do ano que vem. O novo sistema muda a forma de licitação, que antes era feita por linhas. Agora será por áreas de atuação. O Distrito Federal vai ser dividido em cinco grandes regiões e a empresa que ganhar a licitação para cada uma delas vai explorar os serviços por dez anos.

Apenas a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), empresa pública do DF, e as cooperativas de microônibus não serão atingidas pelas mudanças. A TCB, no entanto, ampliará a participação no setor seletivo de transporte. Atualmente, a estatal opera uma linha exclusiva de ônibus executivo que liga o Aeroporto Internacional de Brasília aos setores hoteleiros Sul e Norte e à Esplanada dos Ministérios.

Segundo o governador do DF, Agnelo Queiroz, sem mudanças radicais no atual modelo, em dez anos a locomoção no Distrito Federal ficará inviável. “O sistema de transporte do DF está superlotado e só há uma solução: criar um sistema de transporte público de qualidade".

Atualmente, o sistema de transporte público na capital é dominado por um duopólio. No novo modelo, as empresas só poderão operar em uma única região. Dessa forma, cada empresa não deverá deter mais de 20% do mercado. A frota total deverá chegar a 3 mil ônibus.

“Esse é o momento para fazer uma mudança radical na mais essencial garantia da população, que é o direito de ir e vir”, disse o governador. Ele explicou que, após a consolidação do novo sistema, estudos serão feitos para reformular as tarifas. Mas Queiroz garantiu que não haverá aumento nas passagens com a mudança do sistema. “Esses estudos permitirão conhecer onde está o maior fluxo e não descartamos a possibilidade de haver redução de passagens”.

O edital de licitação faz exigências quanto ao tipo de ônibus que vai circular no DF. Os veículos deverão permitor o acesso de pessoas com deficiência, bancos estofados com encosto para a cabeça, piso antiderrapante, ar-condicionado, sistema de localização por satélite (GPS), TV, cestas de lixo e direção hidráulica. O edital também determina que os trabalhadores das empresas que operam atualmente no DF devem ter prioridade nas contratações das empresas vencedoras da licitação.

Poderão participar do certame empresas de todo o país. Segundo o secretário de Transportes do DF, José Walter Vazquez, será a maior licitação desse tipo já feita no Brasil. As empresas interessadas poderão apresentar propostas até o dia 10 de abril. O anúncio das vencedoras será no dia 10 de julho. As empresas terão até seis meses para adquirir os novos veículos e capacitar a mão de obra.

Fonte: dci.com.br

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Tarifas de ônibus de oito cidades goianas no Entorno do Distrito Federal foram reajustadas em 18,39%.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O valor da tarifa do transporte coletivo em linhas que atendem a oito cidades goianas no Entorno do Distrito Federal foi reajustado em 18,39%. Para passageiros que fazem, de segunda-feira a sexta-feira, o trajeto entre os municípios e Brasília, o impacto mensal do novo preço deve ser de R$ 32. O reajuste atinge mais de 250 mil pessoas.
Serviços precários com ônibus sucateados
O anúncio do aumento foi publicado no Diário Oficial da União na sexta-feira (13) e o novo preço já entrou em vigor no domingo (15). Entretanto, como era carnaval, muitos passageiros só ficaram sabendo da mudança ao voltar ao trabalho nesta quarta-feira (18).

Em Águas Lindas de Goiás, o valor da passagem entre o município e a capital federal passou de R$ 4,60 para R$ 5,45. Em Planaltina de Goiásx os passageiros pagam o maior valor da região: R$ 5,55.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alega que a tarifa foi reajustada com base no aumento do preço do combustível. Além disso, argumenta que o valor das passagens não sofria reajuste desde 2012.

A Associação de Municípios Adjacentes à Brasília (Amab) afirma que pretende se reunir ainda nesta semana para discutir uma proposta que tire a responsabilidade do transporte coletivo na região da ANTT. Atualmente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres regulamenta o transporte porque o serviço acontece entre duas unidades da federação, Goiás e Distrito Federal.

Capital
Na Grande Goiânia, a tarifa de ônibus também sofreu reajuste que entrou em vigor na segunda-feira (16). A tarifa que antes era de R$ 2,80 aumentou para R$ 3,30.

De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), a alta de 17,85% foi definida após um estudo tarifário, aprovado pela Agência Goiana de Regulação (AGR).

Ainda segundo a CMTC, a medida foi necessária depois que o governo estadual não cumpriu um acordo, firmado em abril do ano passado, para arcar com metade dos custos das passagens gratuitas. O pacto foi feito durante as discussões para o último reajuste, ocorrido no dia 3 de maio do ano passado, quando a tarifa passou de R$ 2,70 para R$ 2,80.

O anúncio do reajuste, véspera de carnaval, pegou de surpresa os usuários. “Isso é um roubo, uma facada no bolso da gente”, reclamou na ocasião a dona de casa Aparecida Pereira da Silva. A gari Olívia Maria dos Santos afirmou que o valor atual já era alto. “Nossa, como fiquei surpresa. Antes era caro, imagina agora com R$ 0,50 a mais”, reclamou.

Em maio do ano passado, após o reajuste de R$ 0,10 na tarifa dos ônibus, uma série de protestos foram realizados em Goiânia. Em um deles, no dia 8 de maio, manifestantes reclamaram do aumento e das más condições do transporte. Revoltados, atearam fogo a um veículo coletivo.

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No Dist. Federal, Empresas de ônibus querem aumentar a tarifa dos ônibus para R$ 3,30

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os empresários do transporte coletivo de Brasília empacaram na já tumultuada negociação do aumento de preços da tarifa de ônibus. Isso porque as empresas subiram ainda mais o percentual pedido para o reajuste das passagens. Antes, a categoria queria 56%. Na segunda-feira, foi enviado um documento à Secretaria de Transportes do Distrito Federal mudando o índice para 64,57% — o que significa que o passageiro que paga R$ 2 hoje passaria a desembolsar R$ 3,30 e a tarifa de R$ 3 subiria para R$ 4,94. O motivo da nova porcentagem de reajuste seria a decisão da Justiça do Trabalho que determinou a extinção do regime de produtividade e incorporação desse valor no salário dos motoristas e cobradores de ônibus.

De acordo com a nota enviada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Coletivos do Distrito Federal (Setransp) ao Secretário de Transportes José Walter Vasquez Filho, embora os representantes do setor já paguem esse valor aos funcionários, a despesa com pessoal cresceria 6,12% por causa dos encargos sociais. Como o relatório enviado à Secretaria de Transportes do DF não somava nenhum reajuste salarial, a porcentagem do aumento teve que ser recalculada.

Os novos números pedidos pelos empresários do transporte coletivo pegaram o governo de surpresa. Tanto que a reunião entre o Setransp e o secretário de Transportes, que ocorreria na segunda-feira, foi desmarcada e não tem nova data prevista. Dessa forma, por enquanto, as negociações estão paradas. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Transportes, “o diálogo vinha sido mantido, mas, em razão da nova reivindicação, o governo terá que reestudar a proposta”.

Durante o I Encontro Empresarial Brasil-África no DF, realizado ontem, na sede da Federação das Indústrias (Fibra), o governador Agnelo Queiroz comentou que ainda é cedo para falar em porcentagens exatas de aumento na tarifa dos ônibus. “Os valores estão em negociação. Vamos discutir, ver a relação atual. Sabemos que é importante manter o funcionamento das áreas, mas sempre o interesse público e da população vem em primeiro lugar”, destacou .

Atraso
A nova porcentagem apresentada pelos empresários atrasou o relatório final de reajuste nas tarifas previsto para esta semana. Nesse documento, o governador tomaria a decisão de arcar ou não com o ônus do possível aumento. Agora, as negociações voltam para a etapa inicial. Se na semana passada o aumento de 56% representava um índice alto para o governo, os 64,57% dificultam ainda mais a negociação. O governo trabalha com a hipótese de que as planilhas apresentadas pelo Setransp em fevereiro deste ano estejam superestimadas. Para isso, o DFTrans está confrontando os dados apresentados pelas empresas de trânsito com os utilizados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A análise considera 22 mil itens, segundo o DFTrans.

O governador não precisa acatar as recomendações da área técnica do DFTrans. Nos anos anteriores, durante o governo Arruda, as tarifas foram mantidas graças a medidas compensatórias, como isenção do ICMS do diesel e pagamento integral, pelo GDF, do passe estudantil. Mas os benefícios duraram pouco: seis meses depois, acabou a dispensa do pagamento do imposto e, durante a gestão de Rogério Rosso, o pagamento de dois terços do passe foi transferido para as empresas de ônibus.

Como os preços das passagens no DF — desconsiderando os micro-ônibus — encontram-se inalterados desde 2005 e as medidas compensatórias não estão valendo, os empresários do setor pressionam o governo para a aprovação do reajuste. Mas a população não quer pagar mais por um transporte público ainda considerado de má qualidade, com ônibus velhos e sempre lotados.

Colaborou Luísa Medeiros


Ameaça de greve
Além da incorporação da produtividade no salário real, os trabalhadores ameaçam paralisação no próximo mês caso não recebam o tíquete-alimentação no valor de R$ 271. O acordo coletivo da categoria terminou em 30 de abril e o dinheiro referente a maio só foi depositado na conta dos trabalhadores depois da interferência da Secretaria de Transportes, que prometeu, na ocasião, analisar o caso dos empresários.


Ônibus fora de circulação
Em 13 de maio, 168 ônibus piratas — de propriedade dos grupos Amaral, Viplan e Planeta — foram lacrados pela Polícia Civil do DF em cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. A operação rendeu ainda o indiciamento dos empresários Wagner Canhedo, Victor Foresti e Eduardo Queiroz. Ao todo, 284 policiais participaram da ação. Segundo o diretor da Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública, Flamrion Vidal, além de todos os veículos serem piratas, pelo menos 20 deles não estavam registrados no sistema do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), além de estarem em débito, desde 2009, com todas as taxas cobradas pelo Detran, como licenciamento e IPVA. A ação deu continuidade à Operação Drakkar, iniciada em março, que rendeu o indiciamento do ex-secretário de Transportes Alberto Fraga e o ex-diretor do DFTrans Paulo Munhoz por dispensa de licitação, crime previsto np artigo 89 da Lei Federal nº 8.866.



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Metrô-DF lança edital para planejamento de transportes sobre trilhos

quinta-feira, 5 de março de 2015

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) lançou, nesta quarta-feira (4), edital de concorrência para contratação de serviços de elaboração do Plano de Desenvolvimento do Transporte Público Sobre Trilhos do Distrito Federal (PDTT/DF) e da Pesquisa de Mobilidade Urbana do DF (PMU/DF).

A sessão pública para recebimento da documentação e das propostas das empresas interessadas será dia 23 de abril, às 10h, no auditório da Companhia, em Águas Claras. O contrato será no valor de R$ 5.562.419,06.

Com o PDTT, a companhia fará um planejamento, a médio e a longo prazos, do Sistema de Transporte Público sobre Trilhos do Distrito Federal (STPT/DF). A intenção é seguir um modelo de desenvolvimento físico-sustentável e adequado ao padrão de atendimento da demanda por transporte urbano no DF, idealizado para um horizonte futuro de 20 anos.

Para subsidiar esse planejamento, será necessário levantar dados referentes à mobilidade urbana no DF, como viagens geradas por domicílio, modo de transporte dos deslocamentos, atributos socioeconômicos dos viajantes, entre outros.

"É bom deixar claro que transporte de alto impacto no mundo tem nome: trilho. O trem é a única forma de recuperarmos a mobilidade urbana e semiurbana nas médias e grandes cidades brasileiras. Precisamos recuperar o tempo perdido", afirmou o diretor presidente do Metrô, Marcelo Dourado.

O edital e seus anexos estão à disposição, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h, no Edifício Sede do Complexo Administrativo e Operacional do Metrô-DF, na Avenida Jequitibá, 155, térreo, Águas Claras e no sítio www.metro.df.gov.br. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (61) 3353-7155/7112.

Informações: Metrô DF

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Licitação para as obras de expansão do metrô em Ceilândia está aberta

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal deu início hoje à fase externa da licitação para a contratação de empresa (ou consórcio de empresas) para as obras de expansão da Linha 1 em Ceilândia.

O edital foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e inclui a elaboração dos projetos de engenharia (básicos e executivos) e execução das obras civis das estações 28 e 29, de duas subestações retificadoras, além da implantação dos sistemas fixos referentes à expansão da Linha 1.

A expansão será de 2,3 km. No percurso, terão duas novas estações, cruzando Ceilândia até próximo à BR-070, na saída para Águas Lindas. As estações serão construídas entre as QNO 5 e 13 e entre as QNO 7 e 15. Projeta-se o acréscimo de 12 mil passageiros por dia.

Parte dos recursos para a execução do contrato virá dos R$ 600 milhões já garantidos ao Governo do Distrito Federal, dentro do programa de investimentos do Novo PAC.

A expansão de Ceilândia é mais um projeto do pacote de investimentos que o Governo do Distrito Federal planeja para os próximos anos do Metrô-DF. Serão investidos aproximadamente R$ 2,5 bilhões em recursos do tesouro local, da companhia e do governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal e do BNDES, num período de três a cinco anos.

Pacote de investimentos

Além da expansão no trecho Ceilândia, já está em fase final de licitação a expansão para Samambaia. Nos próximos dias, será conhecida a empresa (ou consórcio) vencedora, responsável pela ampliação da Linha 1 em Samambaia em 3,6 km, a partir do atual Terminal Samambaia.

No novo trecho de Samambaia, as duas novas estações serão construídas nas proximidades da unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade e do Centro Olímpico, sendo que esta última passará a ser a estação terminal do trecho de Samambaia. A obra vai durar quatro anos, a partir da aprovação do projeto, e deve custar cerca de R$ 362 milhões.

Também está garantido o investimento na modernização do sistema de energia, com previsão de investimento de R$ 40 milhões oriundos de recursos do GDF e da Caixa Econômica.

“Também está tramitando no Ministério das Cidades o pedido para a compra de 15 novos trens, no valor de R$ 900 milhões”, informou o presidente do Metrô, Handerson Cabral.

A companhia também pleiteou junto ao governo federal outros R$ 400 milhões para a modernização do sistema de sinalização e controle, que é a tecnologia empregada para o funcionamento do sistema. Também já iniciou os estudos para a conclusão das estações Onoyama e Estação 104 Sul, projeto que deve somar R$ 50 milhões em investimentos.

Além disso, está praticamente concluído o processo para iniciar a compra de um sistema novo de CFTV e monitoramento de intrusão por fibra ótica, uma medida para reforçar a segurança e evitar, por exemplo, furtos de cabos. Serão R$ 35 mil em recursos do GDF.

Informações: SEMOB

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Maior parte dos ônibus do DF pertence a apenas três grupos empresariais

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ao longo das últimas décadas, o serviço de transporte público no Distrito Federal passou a refletir o total descontrole por parte do poder público. O oligopólio na exploração do serviço e a falta de licitação pública são as outras marcas registradas do sistema. A maior parte dos 2.975 ônibus pertence a três grandes grupos empresariais — Grupo Amaral, Viplan e Viação Planeta —, que, juntos, detêm 2.042 ou, 68,6% dos coletivos. Coincidentemente, também são eles que insistem em manter veículos velhos em circulação. Alguns rodam com 25 anos de fabricação, quando o limite fixado pelo governo é de sete anos.

A pedido do Correio, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) destrinchou o perfil do sistema que causa tantos transtornos à população. O documento mostra que a idade média da frota do grupo de Wagner Canhedo é a mais alta. No total, ele é dono de 730 veículos distribuídos entre as empresas Viplan, Condor e Lotaxi. Os carros dessa última têm, em média, 15,4 anos, mais que o dobro do permitido. Em seguida, vem o grupo do empresário Nenê Constantino, composto pela Viação Cidade Brasília, Satélite, Pioneira e Planeta. O tempo médio de uso dos 878 ônibus de sua propriedade varia de 5,41 a 7,12 anos. Apesar de estar dentro do limite tolerado pelo governo, ele mantém veículos com 19 anos de fabricação (veja quadro).

No dia a dia, os reflexos para os usuários são os piores possíveis. Viagens interrompidas por falhas mecânicas, bancos e barras de ferro quebrados e pneus carecas são algumas das situações relatadas pelos usuários. Na avaliação do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Setransp), no entanto, ônibus quebrado é uma “fatalidade” que acontece em qualquer cidade. Mas, no DF, a frota está mais sujeita a problemas porque “há quase seis anos, não ocorre equilíbrio da tarifa, motivo pelo qual a renovação da frota foi cancelada”.

Os empresários também se isentam dos constantes atrasos atribuindo o problema ao congestionamento das vias. Por meio da assessoria de imprensa, o presidente do Setransp, Wagner Canhedo, disse que “nas saídas das principais cidades-satélites, esse problema é patente nos horários de pico, o que gera atrasos”. E citou que os governantes de cidades como Rio de Janeiro e Londrina “adotaram medidas simples que viabilizaram o transporte público por meio de faixas exclusivas, com baixíssimo custo e em curto espaço de tempo”.

Insegurança
Motoristas e cobradores também sofrem as consequências da falta de investimentos. Estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários aponta que pelo menos 25% dos 12 mil funcionários enfrentam até 12 horas de serviço, quando deveriam cumprir metade desse tempo. “Para reduzir o custo com a mão de obra, as empresas estimulam o trabalhador a fazer uma jornada maior e paga pela produtividade. Mas isso gera estresse e o profissional acaba não sendo tão cortês e tolerante com o passageiro”, avalia João Osório da Silva, presidente da entidade. O problema do excesso de trabalho deve chegar ao fim após o último acordo coletivo. Ficou acertado que os trabalhadores podem fazer hora extra, mas, no máximo, duas horas por dia.

A falta de terminais e a precariedade dos existentes são fatores que também contribuem para a má prestação do serviço. No fim da Asa Norte, por exemplo, não existe estrutura para parar os ônibus, que acabam estacionados em um terreno próximo, de terra. “Na época da seca, o veículo já sai coberto de poeira. No tempo da chuva, é barro. Sem falar que o motorista e o cobrador ficam impossibilitados de satisfazer suas necessidades fisiológicas básicas”, destaca Osório Silva.

Os congestionamentos e a violência também fazem parte da rotina dos funcionários. “Fui assaltado nove vezes em 11 anos de profissão. Continuo trabalhando por falta de opção. Mas é difícil sair de casa e ouvir meu filho dizer: ‘Papai, cuidado com o bandido’”, desabafa um motorista de Ceilândia que pediu para ter o nome preservado. Na última investida dos criminosos, ele ficou sob a mira de um revólver engatilhado. O rapaz que apontava a arma para a sua cabeça parecia descontrolado. “Em uma das vezes, acertavam o cabo do revólver na minha cabeça. Não cheguei a desmaiar, mas fiquei passando mal por muito tempo”, relata.(AB)

Décadas de desmando
O Governo do Distrito Federal reconhece os problemas, mas destaca que tomou decisões para ter o controle do sistema de transporte público e promover a renovação da frota. A retomada do Sistema de Bilhetagem Automática, gerida pela Fácil até 15 de junho, é apontada como uma grande conquista. Também foi lançada a concorrência pública de 1,2 mil veículos, 300 deles destinados a operar na Linha Verde, na Estrada Parque Taguatinga. Os certames estão suspensos por determinação do Tribunal de Contas do Distrito Federal, mas a meta é licitar todos os veículos em circulação até o fim do mandato de Agnelo Queiroz. O Executivo também tem projetos de melhoria das vias e controle automatizado do sistema.

O secretário de Transportes, José Walter Vazquez, revela que 75% da frota opera sem licitação. “Tínhamos uma figura atípica na relação entre permissionários e governos. A Fácil detinha todo o sistema de informação e era totalmente controlada pelos empresários. O governo recebia informações de segunda mão e apenas o que era de interesse deles”, explica.

Segundo Vazquez, isso implicava em desconhecimento sobre a realidade do sistema. O governo não sabia quantos passageiros eram realmente transportados, quantas linhas existiam ou o número de veículos em circulação. Também eram os empresários que informavam ao GDF quantos estudantes, idosos e deficientes físicos beneficiados com a gratuidade haviam sido transportados. “A retomada não foi fácil. Se o sistema saísse do ar, o transporte público no DF teria parado. Mas conseguimos fazer a transição com relativo sucesso”, avalia Vazquez.

Dentro da estrutura do governo, o DFTrans é responsável por fiscalizar e garantir transporte público de qualidade à população. Mas, para tanto, conta apenas com 80 auditores fiscais em seu quadro. Há um concurso público em andamento com previsão de 25 vagas. Diretor-geral do órgão, Marco Antônio Campanella detalha que, entre 26 de julho e 5 de agosto, o governo atendeu a 28,5 mil novos estudantes e recarregou 78 mil cartões do programa Passe Livre sem os tradicionais transtornos causados pelas longas filas. “Isso já é benefício para a população, mas não aparece. A tarifa foi mantida e não houve greve”, destaca.

Para Campanella, o momento ainda é de combate às fraudes relativas à gratuidade das passagens. O governo já está economizando R$ 2 milhões por mês ao rever benefícios concedidos de forma irregular. Desde que assumiu o SBA, foram cancelados 17.065 cartões. Para se ter ideia do tamanho do problema, em um único mês, 17 cartões geraram uma despesa de R$ 67 mil ao Executivo. “Descobrimos que ônibus da Viplan estavam cadastrados para circular em praticamente todas as localidades do DF. Havia linhas cadastradas na Fácil e que o DFTrans desconhecia a existência. Hoje, sabemos quantos quilômetros foram rodados e o número de passageiros transportados. Isso vai nos permitir fazer o planejamento estratégico”, pontua.



READ MORE - Maior parte dos ônibus do DF pertence a apenas três grupos empresariais

Transporte público de Brasília, Novas promessas para 2012

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O automóvel foi um dos grandes privilegiados na construção de Brasília. Pode-se constatar isso quando se observam o comprimento e a largura de suas avenidas. No entanto, o Distrito Federal tem demonstrado estar chegando ao seu limite. O caos provocado pela frota de 1,3 milhão de carros particulares em circulação não escolhe classe social. Pobres e ricos perdem muito tempo se deslocando de um ponto a outro da capital e pagam um preço alto pelo descontrole do trânsito, que tira vidas e polui o meio ambiente.

Mas o trabalho desenvolvido ao longo desse ano pela Secretaria de Transportes do GDF criou bases para uma profunda transformação, e os primeiros sinais deverão ser sentidos já no começo de 2012. Quem nos explica isso, entre um chimarrão e outro, é o secretário de Transportes do Distrito Federal, o gaúcho José Walter Vazquez. Ele faz um balanço deste primeiro ano de governo, fala sobre o projeto que cria um novo modelo de mobilidade urbana para a cidade e antecipa como será a mudança estratégica que vai priorizar o transporte coletivo no lugar do particular.


Qual o principal ponto atacado pelo governo na nova política de transportes do DF?
Quando o atual governo assumiu, fazia mais de três décadas que Brasília não tinha um Plano Diretor de Transporte. Havia milhares de linhas e um emaranhado de 75% dos contratos vencidos, porque não existia uma visão de longo prazo. Não houve preocupação com isso. Sempre se achou que, porque Brasília era uma cidade planejada, com avenidas longas e largas, nós nunca iríamos ter problemas. O que aconteceu? Fomos fazendo tudo no improviso. Então, o primeiro ponto que este governo atacou foi enviar à Câmara Legislativa do Distrito Federal o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU). Esse Plano Diretor foi aprovado com esforço, colaboração e aprimoramento da Câmara, e nós pudemos ter uma visão de um prazo mais longo.

Como o PDTU ajudou na elaboração de um novo modelo de transporte para a capital?
Encontramos o transporte público nas mãos de um consórcio de empresários que controlava o Sistema de Bilhetagem, por meio da empresa Fácil. Eles tinham a competência operacional para implantar e controlar as linhas, e ainda geravam todas as informações. Dessa maneira, não era possível planejar, porque os dados primários já vinham tratados por eles. Essas informações eram, portanto, de confiabilidade duvidosa para o governo. Em junho, nós retomamos a Fácil e tanto a bilhetagem como o sistema de informações saiu das mãos dos empresários e veio para o GDF. Isso nos permitiu, de um lado, ter uma visão clara de que precisaríamos de uma transformação estrutural do sistema de transporte e, de outro, que não adiantaria fazer remendos.

A licitação de uma nova frota de ônibus faz parte dessa transformação?
Sim. Nós realizamos uma audiência pública no dia 14 de dezembro e anunciamos à população como nós iríamos tratar o Transporte dali para frente. Temos até o final de fevereiro para apresentar o edital de licitação de todos os contratos que não têm cobertura, o que representa cerca de 75% da frota. Essa licitação vai mudar todo o sistema e aí nós começaremos a ter realmente a transformação para o usuário. Por enquanto, nós estamos plantando as bases.

O que vai ser exigido das empresas vencedoras da licitação, em termos de qualidade?
Vamos exigir a troca, a contratação e a colocação de uma frota de ônibus novos. A expectativa é de que, até o final de 2012, nós não tenhamos nenhum ônibus com mais de sete anos de uso rodando no DF.

Como vai funcionar o sistema integrado de transportes coletivos? Haverá bilhete único?
A partir do julgamento da nova licitação, vamos implantar o sistema de integração, ou seja, todas as diferentes modalidades de transporte coletivo como ônibus, metrô, VLP* (que é como o BRT** está sendo chamado) e o VLT*** serão integradas. O usuário que tiver o cartão da passagem vai poder pegar, dentro de um tempo limitado, mais de um transporte coletivo sem precisar pagar a mais pela viagem, por meio do bilhete único. No entanto, estamos estudando a manutenção das tarifas menores para os deslocamentos regionais, como, por exemplo, de um ponto de Taguatinga para outro, também em Taguatinga. O sistema tem que ser compensador para quem utiliza várias modalidades de transporte para se deslocar de casa para o trabalho e vice-versa, mas sem onerar com a mesma tarifa quem faz pequenas viagens.

Qual é o desafio do GDF, em matéria de transportes, para a Copa do Mundo e para os grandes eventos esportivos que se aproximam?
O nosso desafio é bem diferente de outros centros urbanos: tirar o turista do aeroporto e levá-lo até o Setor Hoteleiro. Os outros eixos vão estar consolidados, como o metrô, que levará passageiros para todos os lados. O turista vai ficar nos hotéis estará a, no máximo, 1,5 mil metros do estádio. Além disso, a Copa do Mundo ocorrerá na época da seca – o que permitirá às pessoas irem ao evento esportivo a pé ou de bicicleta. Então, vai ser uma copa extremamente funcional no sentido do deslocamento das pessoas, tanto para as festas que vão acontecer na Esplanada, como no deslocamento para o estádio. Existia uma demanda muito grande para a implantação de um sistema de ônibus executivo para o aeroporto. Mais que isso, esse sistema do ônibus executivo deveria ser um teste para que, amanhã ou depois, pudéssemos criar outras linhas. Isso já foi implantando.

Qual vai ser a primeira grande obra para agilizar o transporte de passageiros para o Plano Piloto?
Vamos fazer o primeiro BRT (sigla em inglês para Ônibus de Trânsito Rápido) de Brasília, o BRT Sul, que vai do Gama ao Plano Piloto e que deverá diminuir significativamente o tempo de deslocamento do trabalhador que mora nessas regiões. Paralelamente, assinamos o contrato para trocar todos os elevadores e todas as escadas rolantes da Rodoviária do Plano Piloto, que hoje se encontram parados. Os tapumes das obras vão começar a ser instalados em uma semana.

Como vai funcionar a parceria com o governo federal, por meio do PAC da Mobilidade Urbana?
Esse talvez seja o grande legado que essa gestão possa deixar na área de Infraestrutura de Transporte Urbano e de Mobilidade, que são os quatro pleitos que foram feitos ao governo federal: a Linha Amarela; os BRTs Sul, que liga a Saída Sul (Gama) ao Plano Piloto, e Norte, no corredor da Saída Norte (Planaltina) até o Plano Piloto; a conclusão da Linha verde, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), que conta com apenas um terço das obras prontas, e o corredor que liga Ceilândia ao Plano Piloto. Além disso, tem a expansão do metrô. Queremos ampliar o número de estações chegando até o final da Asa Norte. Queremos ainda aumentar o número de viagens de 150 para 350 mil por dia.

Qual é o montante de investimentos para essas obras?
Os investimentos totais são da ordem de R$ 2,8 bilhões em financiamentos que virão da Caixa Econômica e do Banco Nacional de Desenvolvimento [BNDES]; do fundo perdido, que é um tipo de doação feita pelo governo federal, e ainda da contrapartida financeira do GDF, tirada do orçamento, ou seja, do imposto que a população paga. Isso foi o que o GDF pediu. Agora, temos que esperar para ver o que o governo federal vai autorizar. Isso ainda não foi divulgado. Eu tenho a expectativa muito boa de que a gente possa chegar muito perto dos 100%, mas vai depender, é claro, da conjuntura econômica federal. Até porque, como nós tínhamos um plano diretor aprovado, as nossas propostas foram consideradas, tecnicamente, as mais integradas pelo Ministério das Cidades, que é quem avalia os pleitos.

As medidas vão resolver o problema crônico do transporte no DF?
Não temos ilusão de que as coisas se transformam apenas pela boa vontade, mas temos a certeza que estamos saindo de um círculo vicioso para entrar em um círculo virtuoso. Vamos ter ônibus novos, tecnologia própria, corredores exclusivos e possibilidade de termos mais velocidade. Algumas questões ainda precisam ser resolvidas, mas isso vai se equacionar. Uma coisa é você criar condições para o transporte funcionar e outra é fazer a gestão do dia a dia.

A partir de quando os efeitos das mudanças começarão a ser sentidos?
Os primeiros efeitos a gente vai começar a sentir, agora, com os testes da primeira faixa exclusiva na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), mas as maiores transformações nós só vamos ver por volta de setembro de 2012. Os pontos mais importantes a serem melhorados são a qualidade e a pontualidade e isso vai acontecer com os novos contratos, que contam com exigências de qualidade e de prazos.



Carlos Rezende, da Agência Brasília


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