A Prefeitura de São Caetano informou, no entanto, que a data para a interligação das linhas ainda não foi definida e que o serviço não está autorizado. Antes que isso ocorra, a Secretaria de Mobilidade Urbana pretende fazer, em janeiro, pesquisa com os usuários de transporte do município.
A administração explica que a intenção da pesquisa é apontar problemas que devem ser corrigidos pela concessionária e estudar como essa integração de linhas vai funcionar. Em entrevista ao Diário, publicada no dia 14, o prefeito José Auricchio Júnior (PTB) afirmou que São Caetano tem "um transporte público interno ruim, com qualidade muito longe da que era prometida."
A direção da Vipe revelou que poderá voltar atrás caso haja determinação da Prefeitura para não iniciar a integração dia 16. O professor de Direito Administrativo da Fundação Getulio Vargas Carlos Ari Sundfeld diz que qualquer concessionária pode colocar um serviço em prática desde que a Prefeitura não peça sua modificação até o prazo estipulado em contrato.
Caso a empresa desobedeça, ela pode ser punida com multa, advertência ou até o rompimento do contrato. "É natural o poder público mudar datas, mas é importante que fiquem claras essas alterações", explica Sundfeld.
Sem aumento - O sistema de integração planejado pela Vipe é semelhante ao Bilhete Único da Capital. A empresa informou que, por enquanto, não haverá aumento da tarifa, de R$ 2,30.
"A iniciativa facilitará a vida do usuário e fará ele economizar o valor de um outro trecho que teria que pegar", disse o diretor da empresa, Fábio Eustáquio Silveira. As três primeiras linhas a serem interligadas são Circular A, Circular B e bairro Boa Vista, segundo Silveira. Após 30 dias, serão integradas no sistema as linhas circulares Gerty, Barcelona, semicircular Oswaldo Cruz e Santa Maria, Vila Gerty e Boa Vista.