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A Diretoria de Transporte e Mobilidade (DTM), órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Infra-Estrutura e Segurança, está planejando ações de melhoria para o sistema de transporte coletivo a partir dos resultados apresentados na pesquisa sobre a qualidade do transporte público, realizada no início deste ano, tomando como base a relação entre destino e origem dos passageiros. Segundo o diretor da Diretoria de Transporte, Manuel Lemos, um dos objetivos é criar um modelo de gestão de transporte que possibilite a formulação de parcerias público-privadas. As informações prestadas constituem uma base de dados sobre o transporte e o consumo sócio-econômico no município. O estudo mostrou que 82% dos entrevistados utilizam ônibus mensalmente para fazer compras em supermercados, por exemplo. No item modalidade usada, 28% dos entrevistados afirmaram usar somente coletivos, sendo que 36% disseram que se locomovem a pé, 31% de carro, 4% de bicicleta e 1% de outros veículos. “Em outro item da pesquisa, 52% dos entrevistados garantiram que andam de ônibus por ser único meio de transporte ao qual tem acesso. Isso comprova a importância do sistema público, que a partir da pesquisa estamos aprimorando na parceria com a empresa São Miguel”, explica Manuel Lemos, ressaltando os avanços no setor. “Resende tem 17% de sua frota adaptada para os portadores de necessidades especiais, num investimento de R$ 2,5 milhões nos dez coletivos e na instalação de 53 abrigos de policarbonato e laterais de vidro temperado. Novos itinerários foram criados para satisfazer à demanda de usuários, como os universitários que saem das instituições às 22 horas e tinham dificuldade em pegar condução de volta para casa”, observa.A pesquisa traçou o perfil da população, levantando as vocações comerciais e culturais de cada bairro. Entre os dados, destaque para a indicação de que 18% dos entrevistados utilizam bicicleta para fazer compras e outros 11,31% utilizam para ir ao trabalho. Segundo o secretário Ruy Saldanha, os dados reforçam a importância do projeto das ciclovias. No ano passado representantes da ONG holandesa I-CE, referência mundial no sistema de ciclovias e uso adequado de bicicletas no trânsito, discutiram com a prefeitura mecanismos para adequar ciclistas em meio aos mais de cinco mil veículos que circulam pelas ruas da cidade. “Queremos um modelo exemplar para adotar em Resende e a ONG I-CE vai nos ajudar. Esta é uma das ações complementares da pesquisa do transporte coletivo, que vai além da terra. Temos a chalana e em breve poderemos abrir nova política do transporte fluvial, pois temos toda extensão do Rio Paraíba do Sul da região da Grande Alegria até o Centro perfeitamente navegável. A pesquisa foi fundamental para nosso projeto de mobilidade”, finaliza Saldanha.
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