Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **

Falha no Monotrilho assusta e derruba passageiros

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O Monotrilho da Linha 15- Prata do Metrô, em testes com público desde a semana passada, já apresentou um número elevado de falhas. Técnicos da Bombardier, fabricante dos trens, dizem que tais falhas são normais pelo fato de ainda ser uma operação experimental.

A equipe do Mobilidade SP está acompanhando essa operação assistida e já presenciou uma série de falhas. Entre elas estão: travamento de portas, Falhas no sistema de comunicação... Entre outras.

A mais notável delas, aconteceu ontem. O trem passou o ponto de parada em Vila Prudente e, não abriu as portas pelo fato de estar desalinhado com a estação. O mesmo ficou parado por cerca de 5 minutos e, deu um tranco para trás, derrubando alguns passageiros.  Após o tranco, o trem abriu suas portas, mas, a estação não. (conforme foto acima).

Esse tipo de falha acontece também nas demais linhas que usam portas automáticas. É uma falha causada pelo Sistema de controle nos trens.

Observação: Neste domingo, O Governador Geraldo Alckmin, quase levou um tombo dentro do trem após a composição dar um tranco.

Informações: Mobilidade SP

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Novo Apache Vip da Caio promete agitar mercado de urbanos

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A Caio já começou a divulgar para frotistas e profissionais de transporte folders apresentando a nova versão do modelo urbano Apache Vip.

A carroceria é a mais vendida da Caio e figura entre os mais procurados no segmento de urbanos com motor dianteiro, que corresponde à maior parte do mercado de ônibus brasileiro.

As mudanças mais significativas são estéticas, mas também há ganhos de funcionalidade.

Os faróis, conjuntos óticos e luzes de posição são de Led. Os três faróis redondos em cada conjunto dianteiro dão lugar à dois faróis maiores retangulares estilizados. O objetivo é conferir um ar mais moderno ao veículo.

As lanternas traseiras são de Led também em blocos intercambiáveis, o que facilita a manutenção e reposição das peças.

A janela do motorista também recebeu um novo layout para facilitar a manutenção e aumentar a visibilidade do condutor.

Ainda na parte da funcionalidade, a central elétrica do veículo é mais espaçosa, o que também ajuda o trabalho dos profissionais da área de manutenção.

De acordo com o material de divulgação, as principais especificações são:

“Anteparos das portas e motorista em tubos de aço encapsulados de PVC – Iluminação de LED, itinerário eletrônico, janelas laterais com vidros temperados e incolores. Para-brisa dianteiro bipartido, laminado e incolor. Piso de Chapa de Alumínio Lavrado. Elevador para portadores de deficiência física. Portas de acesso de duas folhas com acionamento pneumático. Poltrona do Motorista com regulagem longitudinal, da altura do assento e reclinação do encosto, com cinto de segurança retrátil de 3 pontos.”

Como opcionais, o novo Caio Apache Vip pode ter: ar-condicionado, desembaçador de para-brisa com ar quente e ar frio, guarda-lama atrás das rodas, instalação para rádio, com alto falante a antena no para-brisa, isolação térmica de isopor, janelas com vidro inteiriço colado, puxador para janela com trava, quebra-sol para motorista tipo Sanefa.

As dimensões do veículo são as seguintes:

Comprimento: Entre 9,5 metros e 13,2 metros
Largura Externa: 2,5 metros
Altura Externa: 3,18 metros a 3,26 metros
Altura Interna: 2,06 metros a 2,14 metros.
O modelo pode ser encarroçado em chassis da Iveco, Agrale, Mercedes-Benz, Volvo, Scania e MAN-Volkswagen Caminhões e Ônibus.

As inovações do modelo já vinham sendo desenvolvidas pela Caio.

Com o lançamento do Novo Torino, da Marcopolo, principal concorrente, a Caio se apressou em colocar o Novo Apache Vip para divulgação no mercado.

A “briga” neste segmento promete ser interessante.

Por Adamo Bazani
Jornalista da CBN, especializado em transportes
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Novas linhas alimentadoras do BRT Transcarioca entram em circulação

O BRT Transcarioca, que percorre bairros na Zona Oeste e Subúrbio do Rio, ganha a partir deste sábado (6) mais cinco linhas alimentadoras e outras duas convencionais de ônibus. Segundo a Prefeitura do Rio, a medida é uma etapa do processo de racionalização das linhas de ônibus das regiões abrangidas pelo corredor expresso. Além da criação das linhas, a Secretaria de Transportes informou que haverá alteração no serviço de alguns trajetos já existentes.

Confira abaixo as novas linhas:
- 610A (Del Castilho - Tanque via Linha Amarela), em substituição a 610 (Praça Seca - Del Castilho), com integração ao BRT no Terminal Bandeira Brasil, junto a estação Taquara.

- 931A (Curicica - Recreio, via Arroio Pavuna), em substituição a 736 (Cascadura - Riocentro), com integração na Estação Praça do Bandolim.
- 878A (Tanque - Alvorada, via Estr. Jacarepaguá/Sernambetiba), em substituição a 748  (Cascadura - Barra, via Itanhangá).
- 800A Taquara - Curicica (via Guerenguê), em substituição à 760 (Curicica - Madureira, via Guerenguê), com integração na Taquara.
- 766A (Madureira - Madureira Shopping, via Cascadura).

- As linhas 753, 757 e 800 deixarão de circular de forma gradual até todo o sistema ser implantado.
Alterações nas linhas existentes:

Haverá alteração no serviço Vicente de Carvalho - Alvorada (Direto), que vinha operando somente nos horários de pico. A partir deste sábado, este será substituído por Vicente de Carvalho x Alvorada Expresso e vai operar de 5h às 23h, com paradas nas estações expressas Madureira-Manaceia, Praça Seca, Tanque, Taquara, Santa Efigênia e Rio2.

Segundo a secretaria, com esse serviço, a população de Jacarepaguá e Madureira poderá seguir viagem para o aeroporto, sem regressar ao terminal Alvorada. Nesse caso, o embarque deve ser feito na estação Vicente de Carvalho, no ônibus expresso e fazer a conexão nesta estação.

Serão ainda seccionadas as linhas 748 (Cascadura - Barra, via Itanhangá), em substituição a 878 (Tanque - Alvorada, via Estrada Jacarepaguá/Sernambetiba), com integração Tanque/Alvorada e 900 (Merck - Downtown), em substituição a 700 (Madureira - Ponte de Marapendi), com integração na Estação Merck.

As mudanças acima serão divulgadas nas estações e principais pontos das linhas com distribuição de folhetos explicativos. As novidades também estão nas redes sociais do BRT Rio, que atingem até 120 mil seguidores.

Informações: G1 Rio

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Internet gratuita em ônibus de SP agrada passageiros

Testes feitos em ônibus com wi-fi que circulam em São Paulo apontaram sinal instável ou com lentidão: houve dificuldade em realizar tarefas simples como postar foto em rede social ou enviar mensagens de texto. Apesar das instabilidades na rede 3G oferecida, passageiros aprovaram a conexão gratuita que está disponível desde terça-feira (2).

O serviço está disponível em apenas quatro novos veículos em duas linhas que circulam na Zona Sul (875P Terminal Campo Limpo - Paraíso e 809P-10 - Terminal Campo Limpo - Terminal Pinheiros).

"Às vezes cai, mas é melhor que usar o 3G do celular, né?”, disse a tesoureira Rose Meire Leite, de 36 anos.

O serviço é responsabilidade da concessionária SP Urbanuus, que opera os ônibus da Viação Campo Belo, e contratou o serviço de internet. Na terça-feira, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse que a internet seria um modo de tornar a viagem do trabalhador "útil”, já que ele poderia adiantar o serviço ou suas leituras de dentro do ônibus.

Durante três viagens em dias diferentes, o G1 testou a conexão na linha 809P-10 Campo Limpo. Usando um iPhone 5S e um aplicativo para testes de velocidade, a primeira conclusão foi de que o sinal cai com frequência. A velocidade mais rápida de download obtida nos testes foi de 1,44 Mbps, abaixo da velocidade obtida com o 3G do celular, que usa um pacote de dados da operadora Vivo (5,51 Mbps).

Download

A velocidade já seria baixa para atividades como ver vídeos no YouTube se ela se mantivesse constante, mas essa foi a maior velocidade disponível. Nos testes, ela chegou a ser de 0,17 Mbps, no horário de pico e com o ônibus lotado. Por usar tecnologias de rede de celular, o Wi-Fi do ônibus também depende da localização do veículo e do sinal oferecido pela operadora na região.

Segundo a concessionária SP Urbanuus, a velocidade contratada é de 2,4 MB, o equivalente a 19,2Mbps. "Ela permite acesso simultâneo e de qualidade a 46 passageiros. Acima disso a velocidade reduz”, informou a empresa. Os ônibus articulados, ainda segundo a própria empresa, têm lotação máxima de 200 passageiros (56 assentos e 144 em pé).

A informação de que a velocidade da internet dos ônibus é de 2,4MB compartilháveis foi confirmada pela responsável pela tecnologia, instalação, manutenção e suporte dos modens, a empresa Vero Tecnologia. A Nextel, fornecedora do chip de internet, não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Especialistas consultados pelo G1 afirmaram que a velocidade de 2,4 MB não é baixa, especialmente para uma internet pública. Entretanto, eles alertaram para o fato de ela ser compartilhada.

Ronaldo Prass, colunista de tecnologia do G1, avalia que a iniciativa é positiva, mas tem limitações pela escolha do 3G e da banda contratada. "É um começo. A medida que for melhorando o serviço móvel aqui no Brasil, ele já está disponível nos ônibus e pode ir melhorando, também. É válido e é um conforto", disse.

Ele, entretanto, alertou que o serviço, por ser 3G, acaba sendo tão ruim quanto os contratados para celular. Especialmente conforme mais pessoas vão acessando a rede. "Dois mega compartilhado em quarenta pessoas dá para atualizar o feed de notícias do Facebook, de repente, mas não mais do que isso. Uma foto, um videozinho do Whatsapp, se dez pessoas estiverem fazendo isso ou no YouTube, acabou a navegação de todos os usuários", avalia.

Para ele, se o serviço fosse 4G a velocidade oferecida poderia ser maior, mas a cobertura da rede no Brasil deixa muito a desejar. "Mesmo se fosse 4G é muito variável os pontos onde o sinal é melhor, depende também da quantidade de pessoas que estão usando, da maneira como estão usando", explicou.

Upload

Nos testes de velocidade de upload – quando o internauta "posta” ou envia algo - o desempenho foi pior. É comum, porém, que na contratação de serviços a velocidade de upload seja de fato inferior a de download, mas em diversos momentos a velocidade chegou a zero dentro do coletivo. Isso significa, como a equipe de reportagem constatou, tarefas como mandar mensagem pelo Whatsapp, compartilhar um novo status no Facebook ou postar uma foto no Instagram se tornam impossíveis.

A reportagem, que em momentos conseguiu visualizar imagens tranquilamente no Instagram, com o ônibus longe de sua lotação máxima, em outros não conseguiu postar uma foto na rede social. Uma mensagem enviada pelo popular aplicativo Whatsapp chegou a levar 10 segundos para ser enviada ao servidor (quando aparece aquele primeiro sinal abaixo da mensagem), mensagens com imagens mostravam falha e não eram enviadas. Um post no Facebook levou cerca de 10 segundos para ser publicado. Após erros sucessivos, sites levaram quase um minuto para carregar.

Questionada sobre a baixa velocidade da internet oferecida, a Secretaria Municipal de Transportes não respondeu à reportagem. A SPTrans, por meio de nota, que "a contratação do serviço é de responsabilidade da operadora, neste caso, a Viação Campo Belo".

Ideal para 40 passageiros

A SPUrbanuss, responsável pela Viação, respondeu que "a empresa responsável informou que a velocidade da internet funciona bem sendo compartilhada por uma média 40 usuários. Em vista de que sites com conteúdo adulto e downloads serão bloqueados, acreditamos na proposta da empresa, já que assim a internet ficará "mais leve”. Pesquisas também apontam que a grande maioria dos usuários usam mais as redes sociais como Facebook e Whatsapp, apps que não demandam de tantos MB. Podendo assim usar uma internet com boa qualidade", informou em nota.

Passageiros aprovam

O Wi-Fi é pouco conhecido por passageiros, mas o ar-condicionado e a "modernidade” dos novos ônibus impressionaram. Duas mulheres que pegaram o ônibus por volta das dez horas da manhã de quinta (4) se surpreenderam como os novos veículos, chamados de "super-articulados”. "Mas que chique que está isso aqui, hein?”, comentou Orizete Tesce, a assistente social de 58 anos, para o motorista da linha do Terminal Campo Limpo que costuma leva-la diariamente para o trabalho. Sua amiga, a monitora escolar Lúcia Saporito, de 53 anos, concordou.

"O ônibus é mais bonito, mais espaçoso, o ar-condicionado é ótimo”, diz Lúcia. Nenhuma das duas, porém, sabia que estavam em um ônibus com internet de graça. A maior parte dos passageiros daquela viagem tampouco sabia que o veículo vinha equipado com Wi-Fi livre. Informadas pela reportagem, as senhoras aprovaram, mas mantiveram os celulares guardados.

A tesoureira Rose Meire Leite, de 36 anos, também não sabia que alguns dos novos ônibus tinham Internet livre e resolveu testa-la. "Às vezes cai, mas é melhor que usar o 3G, né?”, comenta. Mas ela aprovou a experiência nos novos ônibus. "Estou pegando um desses todos os dias, nem preciso esperar. Ele é muito grande confortável, você não fica tão sufocada e esse eu nem sinto ele balançar”, disse. Os novos super-articulados, de fato, impressionam. Apesar de serem tão longos quanto os bi-articulados, o passageiro não sente aquele tremor típico e incômodo.

A linha que as três mulheres pegam diariamente é a 809P Terminal Campo Limpo, uma das poucas contempladas com os novos ônibus e uma das mais lotadas da Zona Sul - não é raro o ônibus já sair cheio do Terminal Pinheiros, nos horários de pico. No total, apenas quatro carros têm Wi-Fi. É preciso sorte ou esperar para pegar um veículo com internet livre. Os veículos "offline" super-articulados e que possuem ar-condicionado são mais comuns.

O ajudante de montagem Leandro Francisco, 20 anos, é um dos poucos passageiros que navega usando a internet de graça. Ele não precisou ser avisado pela reportagem do Wi-Fi livre e "já estava usando para tudo”. "Facebook, Whatsapp, está tudo muito bom. E o ar-condicionado é bom, também”, disse, sem tirar os olhos do celular.

Para o cobrador Erinaldo Cardoso da Silva, de 39, 17 deles no trabalho como cobrador de ônibus em São Paulo, os novos veículos são motivo de comemoração. "Melhora muito nossa qualidade de trabalho. O ar-condicionado é bom, as câmeras dão mais segurança. Você trabalha com mais conforto. Mas, assim, o ar tem que funcionar, né? Se não funciona, isso esquenta e não dá para abrir janela, aí o povo passa mal", disse. Nesse modelo de ônibus, os janelões de vidro não abrem.

O ar-condicionado, aliás, foi um consenso. "Acho melhor com ar-condicionado, vale a pena. Se conseguir colocar bastante desses ônibus nas ruas, vai ser muito bom”, disse Rose.

A temperatura do ar-condicionado varia conforme a lotação do ônibus, segundo verificou a reportagem. Pela manhã, quando o trajeto sentido Zona Sul é menos visado e o veículo fica mais vazio, o ar-condicionado quase não é utilizado. Já no período da tarde, durante o horário de pico, é possível sentir o ar gelado perto das portas.

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Inaugurado incompleto, BRT do Recife agoniza no trânsito

Não estava no script. Ver os BRTs (Bus Rapid Transit) brigando por espaço em seu próprio corredor, não só com ônibus convencionais, mas, principalmente, com o transporte individual, não era previsto ainda em 2010, quando o governador Eduardo Campos começou a pensar em adotar o sistema, criado há 40 anos por Curitiba (PR) e universalizado com o Transmilenio, de Bogotá (Colômbia), em 2000. A falta de planejamento, consistência dos projetos e o atraso escabroso das obras são os responsáveis por deixar o BRT capenga, sem o R de Rapid, rapidez. Além de incomodar ver os imponentes BRTs espremidos entre coletivos comuns e carros, a disputa por espaço está afetando a operação, reduzindo a velocidade dos veículos entre 50% e 75%. Não era o planejado para o sistema usado e abusado nos discursos governamentais como a solução para a mobilidade da Região Metropolitana do Recife.

Os corredores do Via Livre (Leste-Oeste, ligando Camaragibe ao Centro do Recife, e o Norte-Sul, entre Igarassu e a capital), além de estar ainda no início da operação, têm grandes extensões de disputa entre BRTs, ônibus comuns e automóveis. Situação potencializada pelo fato de que os corredores foram adaptações do que já existia e, não, uma construção nova. Onde há mais de uma década já existia segregação para os ônibus, ela permaneceu. Em trechos onde não havia prioridade, a promessa do governo é promovê-la, ao menos parcialmente. Hoje, do jeito que está, o Corredor Leste-Oeste possui 6,7 Km de tráfego misto dos 14,6 Km de extensão, e o Corredor Norte-Sul 5,7 Km dos 13 que estão em operação.

Na Avenida Cruz Cabugá, por exemplo, chega a dar pena ver o BRT tendo que abrir espaço para automóveis, mesmo na área das estações. A cena se repete na Avenida Belmino Correia, em Camaragibe, na Avenida Benfica, na Madalena, ou com os ônibus convencionais na Avenida Conde da Boa Vista. “Além de atrasar a viagem em pelo menos 40 minutos, estressa a gente. Temos que ter uma atenção redobrada para não danificar o veículo. É uma pena não termos a via segregada”, reclama Eduardo Gomes, motorista da única linha em operação do Norte-Sul. A falta de segregação provoca, inclusive, danos físicos. A Estação Tacaruna, na Cruz Cabugá, teve o teto externo danificado por uma carreta que passou na área apesar da altura superior à permitida – 3,9 metros.

As descaracterizações dos BRTs foram discutidas e criticadas durante o Seminário Nacional 2014 da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte de Passageiros), realizado na semana passada em Brasília. “Vivemos uma época em que os sistemas de BRT já evoluíram tanto que ganharam mais um R, de confiabilidade (reliability, em inglês). O passageiro não espera apenas o conforto do veículo e do embarque. Ele quer a confiabilidade do serviço e, no tráfego misto, é impossível o BRT conseguir essa eficiência”, alerta o diretor-presidente da Embarq Brasil e maior garoto-propaganda do BRT no País, Luis Antônio Lindau.

GOVERNO MINIMIZA IMPACTOS
O governo de Pernambuco minimiza o impacto da briga por espaço viário que o BRT Via Livre está travando nas ruas. O presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Nelson Menezes, pondera que os trechos de tráfego misto são poucos e que não havia como segregar os corredores nessa fase de implantação. Segundo ele, com as obras em execução, o impacto sobre os automóveis e os ônibus comuns seria ainda maior.

“A sociedade e a imprensa já estão promovendo uma enorme grita na Avenida Caxangá, onde o BRT trafega isolado, porque deixamos apenas duas faixas para o tráfego do restante dos veículos. Imagine se fôssemos separar os corredores em vias como a Avenida Cruz Cabugá? Por isso a operação começou sem o isolamento”, argumentou o presidente do GRCT, ponderando que em dezembro os dois corredores de BRT – Leste-Oeste e Norte-Sul – deverão ser totalmente concluídos.

Segundo Nelson Menezes, o tráfego misto tem impactado nos resultados do BRT, mas ainda não é tão prejudicial porque o sistema está em implantação. Mesmo assim, a redução de velocidade é fato: o Corredor Norte-Sul deveria ter velocidade operacional de 24 km/h e está em 16 km/h, enquanto o Leste-Oeste foi projetado para desenvolver, no mínimo, 22 km/h e está em 18 km/h, graças à faixa exclusiva da Avenida Caxangá.

Mas, mesmo em dezembro, prazo final prometido pelo Estado, serão vários os trechos em que os BRTs continuarão trafegando misturados a ônibus e/ou carros. Corredor Norte-Sul: Complexo de Salgadinho, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel, Praça da República. Corredor Leste-Oeste: Avenida Belmino Correia, Rua Benfica, Derby, Avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes.

por Roberta Soares
Informações: JC Online | De Olho no Trânsito

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BHTrans aposta nos radares para coibir invasão de carros nas faixas de ônibus

Seis meses depois da estreia das três primeiras linhas, os responsáveis pela operação do Move permanecem com o desafio de concluir a implantação do sistema. Na contramão da integração das 81 linhas já existentes, pelos menos 29 itinerários que constam no projeto inicial e já deveriam estar em operação no transporte rápido por ônibus (BRT) ainda não saíram do papel. A razão, alega o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), é a velocidade dos ônibus, abaixo do previsto – principalmente em vias de trânsito misto, fora dos corredores exclusivos das avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Pedro I e Vilarinho.

Com os ônibus padrons e articulados gastando mais tempo de viagem do que o planejado e tendo de disputar espaço com carros e motos em trechos como o Viaduto Leste, no Hipercentro, e a Região Hospitalar, a frota inicial de 450 coletivos se mostrou insuficiente para toda a rede.

O plano inicial da BHTrans previa velocidade média de 44 km/h e 30 km/h para as linhas diretas e paradoras do Move, respectivamente. Atualmente as viagens não passam de 37 km/h e 29 km/h no corredor Cristiano Machado; e 43 km/h e 30 km/h na Antônio Carlos. A empresa que gerencia o transporte na capital, entretanto, não soube informar a média de velocidade dos coletivos de embarque em nível e ar-condicionado nas pistas de tráfego misto, consideradas os pontos de maior gargalo e, consequentemente, entrave para o Move avançar em agilidade. Entre os itinerários apontados pela BHTrans com maior índice de lentidão estão as linhas 51, 82 e 85, que atendem a Floresta e a Região Hospitalar.

Contando com duas licitações de radares de invasão de faixa exclusiva para ônibus em andamento como medida para diminuir a lentidão do Move o presidente da BHTrans Ramon Victor Cesar espera que com os novos equipamentos seja possível alcançar a agilidade obtida na Avenida Nossa Senhora do Carmo – primeira via de BH a contar com esse tipo de fiscalização eletrônica. Ao todo, serão adquiridos 134 dispositivos para invasão de faixa e controle de velocidade, dos quais 50 para as pistas de tráfego misto do trajeto do Move no Hipercentro. “Espero não virar o ano sem ter esse contrato concluído, mas dependo do fim da licitação. E licitação todo dia tem um elemento surpresa”, pondera.

Na avaliação do presidente da BHTrans, o transporte rápido por ônibus ainda está na fase de ajustes e melhorias na agilidade já foram obtidas com intervenções no tráfego. “No Centro, já fizemos ajustes como a saída para a Antônio Carlos, que estava toda concentrada na Rua Saturnino de Brito. Também foi criada uma alternativa na Curitiba com viaduto exclusivo direto”. Cesar, por outro lado, evita falar em prazos para a operação dos itinerários pendentes. “Não tem previsão. São poucas linhas. Precisamos fazer os ajustes, resolver o problema da Pedro I, o que está impactando muito no tempo de viagem, para ver o que vai sobrar em termos de frota para poder avançar”, diz, reconhecendo a limitação. (B.F)

Informações: Estado de Minas

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