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Empresa de ônibus que teve 38 carros queimados não tinha seguro

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A Viação Urubupungá, que teve 38 veículos incendiados neste ano, informou que não tinha seguro dos veículos e o prejuízo com os ataques pode passar dos R$ 10 milhões. Na madrugada desta terça-feira (22), 34 veículos da empresa foram destruídos em uma garagem de apoio.

"Historicamente, os empresários do ramo não pensavam em seguro para a frota, mas creio que, por conta dos casos corriqueiros de ataques a ônibus, isso passe a ser a ser levado em conta. Só que os preços são altíssimos, incalculáveis", disse Miguel de Albuquerque, gerente geral da empresa.
Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo
Segundo João Gongora, representante do Sindicatos do Coretores de Seguro de São Paulo, nenhuma apólice prevê cobertura para incêndio ou vandalismo no país. "Há no mercado contratos para incêndio, mas em casos acidentais. Os incêndio provocados intencionalmente ou por vandalismo não são cobertos. É o tipo de sinistro que não é possível prevenir. Economicamente falando, seria inviável. É o mesmo que ter um ônibus e pagar por dois. Imagina isso em uma frota de ônibus."

De acordo com o gerente da Urubupungá, o custo para recuperação das carcaças dos ônibus destruídos pode variar de R$ 6 mil a R$ 200 mil. "Tudo depende da circunstância do evento. Ficamos suscetíveis aos preços de mercado. Sai mais barato montar um ônibus novo do que recuperar o estrago feito", afirmou Albuquerque.

O tempo para concluir a recuperação de um ônibus pode chegar a 150 dias. "Isso se precisarmos colocar motor novo, pintar, mexer no chassis, nos bancos, revestimentos, isolamento térmico. Fazemos tudo isso em nossas oficinas. É mais rápido fazermos assim do que esperarmos o processo todo de uma seguradora, como perícia, análise de apólice, burocracias. Dessa forma também conseguimos recolocar carros nas linhas em menos tempo, além de usarmos a reserva técnica", explicou o gerente da viação.

De acordo com Albuquerque, o seguro que é feito pela maioria das empresas de ônibus são os com "apólice de responsabilidade civil, com relação à vida de pessoas e atendem a casos de pequenos sinistros nos trânsito, para atender a demanda originada por terceiros ou algo que possa colocar a vida de passageiros ou outras pessoas em risco. São apólices com valores altos."

Albuquerque é porta-voz da Viação Urubupungá e de outras três empresas (Santa Brígida, Cidade Caieiras e Urubupungá Transporte e Turismo), que integram o grupo NOS. Ele explica que pensar em seguro para toda a frota do grupo pode inviabilizar a saúde financeira das viações. Nenhuma delas possui apólice de seguro para os ônibus.

"Temos uma frota de 2.239 carros. Imagina o custo para segurar cada um dos ônibus para proteger a empresa em casos de vandalismo e incêndio? Nunca pensamos em segurar ônibus contra roubo e furto, porque seria fácil localizar um ônibus, mas esse tipo de situação, que vem se tornando constante, nunca tínhamos pensando que seria preciso."

Nesta quarta-feira, a Viação Urubupungá colocou em circulação ônibus novos, ainda sem placas, para atender a população prejudicada pelo incêndio, cerca de 20 mil usuários. Dos 38 veículos queimados, 23 ficaram totalmente destruídos.

Histórico de ataques
Albuquerque disse que as empresas do grupo registraram ônibus incendiados desde 2006. Apenas em 2007, 2008 e 2011 que não foram computados casos de ataques.

Segundo levantamento feito pelo grupo NOS, 16 ônibus foram incendiados em 2006, outros oito foram destruídos da mesma maneira em 2009. Em 2010, seis veículos foram incendiados. Em 2012, o grupo registrou quatro ônibus incendiados. No ano passado, duas das empresas registraram oito incêndios. Neste ano, a conta chega a 38 ônibus da Viação Urubupungá incendiados e outros três da Viação Santa Brígida também.

Suspeito do ataque
Segundo a polícia, o fogo foi provocado em protesto contra a morte de um suspeito de tráfico de drogas na segunda-feira. Um jovem de 19 anos, Edilson Almeida Silva, que seria irmão gêmeo do morto, foi detido sob a suspeita de ter participado do ataque.

Silva, que negou a participação no crime, foi reconhecido por testemunhas e através das imagens de câmeras de segurança. Ele será indiciado por incêndio, associação criminosa, dano qualificado ao patrimônio e lesão corporal, de acordo com o delegado Seccional de Osasco, Paulo Afonso Tucci.

A ação
Pelo menos seis homens fortemente armados, entre eles dois adolescentes, invadiram a garagem de apoio da viação, renderam um manobrista e um segurança e atearam fogo aos ônibus. O pátio fica na Rua Águas da Prata, uma travessa da Avenida Presidente Médici.  

Horas antes, dois coletivos da empresa, que opera 21 linhas em Osasco, sofreram tentativas de ataque, mas não chegaram a ficar danificados.

De acordo com Albuquerque, pelo menos um dos funcionários foi obrigado pelos criminosos a ajudar a incendiar os coletivos. “Todos estavam fortemente armados. Eles renderam os funcionários. Dois garotos, que a gente acredita serem menores, foram jogando [o combustível nos ônibus]. Como os menores estavam demorando, eles mandaram dois irem lá jogar também. A ação demorou de três a quatro minutos”, afirmou.

Um funcionário que estava em outra garagem e foi chamado a prestar socorro contou que um dos colegas, obrigado a atear fogo nos coletivos, chegou a ter uma queimadura no braço.

Região metropolitana
Um levantamento feito pela TV Globo mostra que, em 2014, 364 ônibus foram atacados na capital paulista e em municípios da Grande São Paulo, sendo 115 deles incendiados.

Na Grande São Paulo, a EMTU informou que 19 de seus ônibus metropolitanos foram queimados até abril deste ano em nove cidades: Guarulhos (6), São Paulo (4), Sumaré (2), Osasco (1), Embu das Artes (1), São Bernardo (1), Itapecerica da Serra (1), Suzano (1) e Ferraz de Vasconcelos (1).

No ano passado, foram 22 ônibus queimados nas cidades de São Paulo (4), São Vicente (4), Cubatão (3), Guarulhos (3), Osasco (2), Cosmópolis (2), Sumaré (1), Cotia (1), Itapecerica da Serra (1), Taboão da Serra (1).

Ainda de acordo com a EMTU, 91 ônibus foram vandalizados este ano contra 210 no ano passado. A companhia não contabiliza os ônibus municipais incendiados ou vandalizados.

Por Glauco Araújo
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Em Uberaba, Novos ônibus devem circular só em maio

Empresas do transporte coletivo esclarecem atraso para a chegada de novos veículos, conforme chegou a ser anunciado. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o superintendente de transporte coletivo, Claudinei Nunes, revelou que a prefeitura e as concessionárias estão renovando a frota do transporte coletivo e que seriam adquiridos 25 novos veículos, que deveriam ser inseridos ao sistema na primeira quinzena do mês de abril. Entretanto, não foi o que aconteceu, e o assunto agora está sendo tratado direto com as empresas. Elas alegam que o atraso para a chegada dos ônibus partiu da fábrica.

De acordo com o representante da Lider, Diego Mansur Guimarães, a empresa está adquirindo dez ônibus, com um modelo mais moderno, lançamento da fábrica, e houve atraso na linha de produção, por isso ainda não chegaram à cidade. “Acredito que em poucos dias estarão no município, mas é preciso fazer o emplacamento, cuidar da questão burocrática, e por isso provavelmente só na segunda quinzena do mês de maio estarão nas ruas atendendo os usuários”, explica Diego.

Já com relação à Piracicabana, são 15 novos ônibus, e o atraso na entrega também foi na linha de produção. São os mesmos modelos que foram solicitados pela Lider e, segundo o gerente-geral da Viação Piracicabana, Rodrigo Oliveira, este é um novo modelo e a fábrica está demorando um pouco mais para a sua produção. “A compra de um ônibus é diferente da aquisição de um carro para passeio, por exemplo, em que na concessionária tem estoque e a pessoa pode sair para casa com o carro novo. Já o ônibus, depois que escolhemos o modelo, vai para uma linha de produção e é isso que demora um pouco”, explica Rodrigo.

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Cuiabá tem o maior projeto de mobilidade urbana, diz ministro

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta quarta-feira (23) que Cuiabá tem, entre as 12 sedes escolhidas pela Fifa, o melhor projeto de legado da Copa do Mundo.

"Na área de mobilidade urbana, não há nada no Brasil que se compare ao esforço que se faz em Cuiabá para deixar a cidade com outro panorama, depois do Mundial de Futebol", disse o ministro, em entrevista, na manhã de hoje, antes de uma visita à Arena Pantanal, no bairro Verdão.

Rebelo integra a comitiva do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que faz a última vistoria no estádio, antes que a entidade assuma o controle do estádio, em 23 de maio, para preparação do local para a Copa do Mundo.

A vistoria faz parte de uma série de visitas que começou, ontem, em São Paulo e Curitiba, e se encerra em Fortaleza.

O ministro reconheceu o atraso na maioria das obras, mas observou que a capital mato-grossense, hoje, tem um perfil bem melhor do que outras sedes, onde foram ou estão sendo executadas obras.

Ele também minimizou as críticas que alguns veículos de comunicação fizeram sobre os atrasos nas obras - entre elas, a da Arena Pantanal.

"Não concordo com algumas críticas, principalmente em relação à Arena Pantanal. Recentemente, o estádio foi palco de um jogo [Mixto x Santos, pela Copa do Brasil], que foi mostrado pela TV para todo o Brasil e revelou o andamento da obra", disse.

98% das obras

Antes de visitar a Arena Pantanal, Valcke visitou a Escola Municipal Maria Ambrósio, no bairro Jardim Imperial, onde se desenvolve o projeto Fifa Football for Health.

Além do ministro Rebelo, integram a comitiva do secretário-geral da Fifa o ex-jogador Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local (COL), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, o governador Silval Barbosa e o secretário estadual da Copa, Maurício Guimarães.

Em suas visitas anteriores à capital mato-grossense, Valcke e os membros do COL elogiaram as obras do estádio, mas cobraram celeridade na conclusão do projeto.

Desta vez, o grupo irá encontra a obra praticamente pronta, uma vez que a arena se encontra com 98% dos serviços concluídos e passa apenas por etapas de acabamento, limpeza e finalização na instalação das cadeiras.

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Em Natal, UFRN e Semob discutem hoje situação das linhas circulares

A reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), professora Ângêla Maria Paiva Cruz reúne-se, às 10 horas de hoje, com a secretária municipal de Mobilidade Urbana, Eliquicina dos Santos, para debater a manutenção do serviço de transporte circular no campus universitário, em Mirassol.  A reitora confirmou que além da permanência dos sete ônibus circulares, está sendo solicitada a inclusão de um oitavo ônibus.
Foto: Adriano Abreu
Segundo a reitora, na audiência que ela teve no dia 10 de abril com o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves,  foi entregue um ofício, no qual também se pedia uma melhoria na fiscalização dos circulares, “para que os estudantes universitários e servidores tenham, no momento em que estão chegando ou saindo das aulas, a quantidade de ônibus necessária”.

Ângela Paiva explicou que a cada semestre é feita uma vista ao prefeito e à Semob, justamente para mostrar a necessidade da melhoria e da oferta de transporte coletivo no anel viário do campus universitário,  devido a expansão e aumento do número de vagas para o público universitário.

Ela disse que essa preocupação, agora, com a manutenção dos circulares, deve-se a informações veiculadas na mídia impressa e eletrônica, a respeito da intenção do  setor empresarial de transporte coletivo em  tirar o serviço de ônibus circular do campus universitário “como sendo uma coisa que não tinha sustentabilidade financeira para as empresas”.

Porém, a reitora Ângela Paiva afirmou que não recebeu nenhuma comunicação oficial a respeito da questão. “Reitero que não recebemos documentos de ninguém”, disse ela. A reunião com a secretária Eliquicina dos Santos estava agendada oficialmente para o dia 15 de abril, mas terminou sendo adiada. A reitora confirmou, ainda, que solicitou superintendente de Infraestrutura, Gustavo Rosado e ao professor Enilson Medeiros, que é especialista em questões de mobilidade urbana, a atualização dos dados sobre o uso do circular no campus, a fim de seja mostrado  hoje na reunião da Semob.

“A responsabilidade do transporte coletivo é do setor público, o anel viário do campus pertence à malha urbana, portanto, tivemos a garantia do prefeito, que vai continuar apoiando a nossa reivindicação”, finalizou a reitora. Cerca de 40 mil pessoas circulam diariamente no campus universitário de Mirassol, uma população flutuante que inclui, também, pessoas que vão atrás dos serviços bancários, de correios e livrarias existentes no campus central da UFRN.

A estudante de Matemática, Marta Helena Medeiros de Brito, disse que usualmente pega o ônibus da linha 57 (Mãe Luiza/Nova Descoberta) porque a deixa na porta de casa, mas confirmou que, principalmente à  noite, o serviço de transporte circular é muito deficiente, “por demora muito”. Marta Brito afirma que quando está no campus na parte da noite “preferencialmente caminha a pé até a parada do Shopping Via Direta”, sempre em grupo por questão de segurança, para dali pegar o transporte coletivo com destino aos outros bairros da cidade.

O coordenador geral do  Diretório Central dos Estudantes (DCE), Gabriel Medeiros, informou, que a partir das 18 horas de hoje haverá uma manifestação na parada do ônibus circular, no Mirassol e próximo ao Via Direta. “A pauta maior é contra a retirada do circular, mas também se pede melhoria do serviço, a questão da acessibilidade, que nunca foi cumprida e aumento da frota das linhas normais dentro do campus, que foram sendo abandonadas ao longo do tempo”, disse ele.

Informaões: Tribuna do Norte
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Metrô de Porto Alegre recebe quatro propostas

Três consórcios e uma empresa previamente credenciados entregaram quatro estudos que subsidiarão o futuro edital de licitação para execução da obra e operação e a concessão do serviço.

As empresas habilitadas são o consórcio formado por ATP Engenharia, Headwayx Engenharia e AGR Projetos e Estruturação; CR Almeida Engenharia de Obras em consórcio com a Triunfo Participações e Investimentos; o consórcio da Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar) junto com a Odebrecht Transport Participações; e a Construtora Queiróz Galvão. A comissão técnica, formada por representantes do município, do governo do Estado, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e do metrô de Madri, analisarão os documentos entregues.

O prefeito José Fortunati explicou que apenas um projeto pode ser selecionado ou itens de cada um deles, além de complementos apresentados pelos técnicos da comissão. O valor total é de R$ 4,5 milhões, que pode ser dividido pelos concorrentes dependendo de como suas sugestões forem utilizadas. O valor será pago pela empresa que vencer a licitação, que pode ser uma das participantes desta etapa ou outra distinta que vier a participar da concorrência.

“Como o volume e a complexidade dos documentos entregues é muito grande, não vamos estipular um prazo para a análise. A previsão inicial era concluir em julho, mas não temos como manter este prazo, pois ele deve ser ultrapassado. Queremos realizar essa etapa com tranquilidade”, afirmou o prefeito. A intenção é publicar o edital de licitação no segundo semestre deste ano e iniciar as obras em 2015. Antes do lançamento do edital, será realizada uma audiência pública com a população para avaliar o futuro modal. A construção do metrô deve durar cinco anos. 

Os estudos apresentados ontem envolvem diversas áreas, como conhecimentos de engenharia e das esferas jurídica e financeira. Além disso, serão observados critérios como o custo de implantação e operação, durabilidade, confiabilidade e impactos das obras, sejam eles urbanísticos ou ambientais. Os técnicos também irão observar a utilização das mais modernas tecnologias para os métodos construtivos, tipo de trem, sinalização, segurança, acessibilidade, informação ao usuário, terminais e integração com os outros modais. A escavação do túnel será pelo método shield (tatuzão), com perfuração profunda mecanizada.

Fortunati ressaltou que o trajeto pode sofrer alterações. O trecho delimitado de 10,3 quilômetros entre o Centro e o Terminal Triângulo, na zona Norte, e mais 1,4 quilômetro até o Complexo de Manutenção, poderá ser ampliado. Como já está prevista a criação de uma segunda linha do metrô, de mais 10 quilômetros, entre o Centro e a zona Leste, as propostas podem incluir esta segunda fase em seus estudos se respeitarem os limites do orçamento. “As empresas podem apresentar outras alternativas, desde que encontrem um local, como existe nas proximidades do Triângulo, que possibilite a manutenção dos trens. Claro que respeitando o valor estipulado”, ressaltou.

Os R$ 4,84 bilhões definidos para a execução da obra serão divididos entre o governo federal, que destinará R$ 1,77 bilhão, o governo do Estado, que repassará R$ 1,08 bilhão, a prefeitura, com R$ 690 milhões, e o parceiro privado com R$ 1,30 bilhão. Além da construção, a prefeitura gastará cerca de R$ 195 milhões com desapropriações e R$ 500 milhões como contraprestação do serviço, pagos em 25 parcelas anuais de R$ 20 milhões. A empresa vencedora da licitação ficará com todo o valor arrecadado com o transporte dos passageiros. A expectativa é transportar, nessa primeira linha, 325 mil pessoas por dia.

O secretário estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, lembrou a importância do modal para todo o transporte da Capital e também para a Região Metropolitana. “As linhas de ônibus passarão a alimentar o metrô, que estruturará todo o sistema. A implantação é fundamental e decisiva”, observou. 

Por Jessica Gustafson
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Usuários de metrô pedem ampliação da rede no Grande Recife

Não é novidade que o sistema de transporte e a mobilidade no Recife precisam de alternativas aos carros particulares. Uma das opções é o sistema de metrô, que entrou em operação na cidade em 1985. Alternativa testada e aprovada nas cidades mais populosas do mundo, o veículo tem a vantagem de correr solto pelos trilhos sem nenhum obstáculo. Na capital pernambucana, no entanto, o metrô cresceu pouco: opera apenas em duas linhas para transportar 380 mil passageiros por dia. As opções de transporte dentro do Grande Recife são tema da terceira reportagem da série sobre mobilidade, exibida no Bom Dia Pernambuco desta quarta (23).

Pelos cálculos da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife, levando em conta as desapropriações que seriam feitas, os gastos com a implantação do metrô será de R$ 450 milhões. O valor da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) seria de R$ 120 milhões. Já para a instalação do Bus Rapid Transit (BRT), o custo fica em R$ 20 milhões.

Muitos passageiros sonham com a possibilidade de ampliação do serviço. “Se tivesse um metrô, como tem em outros estados, ou outros países, um ônibus que fosse decente, onde a frequência fosse maior. O usuário esperasse menos, as linhas funcionassem com mais frequência, eu acho que valia a pena investir pra que o usuário se sentisse melhor”, afirma o representante comercial Sérgio Lucena. “Imagine, uma linha de metrô de Piedade [Jaboatão] até Olinda, passando pelo centro do Recife, que beleza seria isso”, diz o professor Antônio Flávio. Apesar da necessidade, a ampliação do sistema de metrô está descartada no estado por enquanto.

Já o uso do VLT na Avenida Norte ainda está sendo estudado pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano. Seria necessário dispor de uma extensão de sete quilômetros, além de obras anteriores à implantação do serviço. O sistema funciona com o veículo andando sobre trilhos próprios na rua, como ônibus. Para isso, ele precisa de uma faixa exclusiva. Cada vagão tem aproximadamente 33 metros e, segundo a Prefeitura do Recife, não vale a pena fazer uma composição com menos de dois ou três vagões.
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“[É preciso fazer obras iniciais como] por exemplo, criar os binários da Avenida Norte, uma via muito demandada de trânsito, tanto de ônibus quanto de automóveis, motocicletas e bicicletas. É preciso criar as alternativas para construir a obra. Você terá que dar também uma solução para toda e qualquer possibilidade de alagamento da Avenida Norte por conta que o VLT não suporta esse tipo de situação. [...] É um equipamento novo e pode atrair, quem sabe, parcelas da classe média que usam aquelas vias no entorno para deslocamentos diários”, explica o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga.

Todas as iniciativas tomadas para tentar melhorar a circulação de veículos e pessoas na Região Metropolitana do Recife estão sendo tiradas do Plano Diretor de Transportes Urbanos, elaborado na década de 80 pela Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), ligada ao Ministério das Cidades e atualizado há seis anos. O plano defende um conjunto de alternativas e projeta soluções para até 2020.

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