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Metroviários do DF confirmam greve a partir de 1º de junho

terça-feira, 19 de maio de 2015

Após não obterem resultados com a manifestação na Câmara Legislativa, na tarde desta terça (19), os metroviários do Distrito Federal decidiram entrar em greve a partir de 1º de junho. A categoria é a favor da convocação dos concursados aprovados no certame 2013/2014 por parte da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), pois diz que o efetivo atual não é suficiente para prestar serviço de qualidade. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetro-DF) se reúne no próximo dia 31.

No último domingo (17), segundo o SindMetro-DF, foi deliberada, em Assembleia Geral Extraórdinária, "a necessidade e oportunidade de exercer o direito de greve, para efetuar a suspensão coletiva e pacífica das atividades laborais". Já na tarde desta terça (19), a categoria se manisfestou na Câmara Legistlativa do DF para exigir dos deputados a derrubada do veto à PL 2035. Ainda de acordo com o SindMetro-DF, o projeto de lei poderá garantir mais verba para contratação dos aprovados em concurso. Em protesto, no incío desta noite, os trabalhadores chegaram a bloquear algumas faixas do Eixo Monumental.

Sem resposta

De acordo com Julio Cesar Oliveira, diretor de assuntos jurídicos do SindMetro-DF, nenhum deputado atendeu os manifestantes que se pronunciaram na Câmara. "Nem o governo ou o lesgislativo se mobilizaram com o nosso protesto. Por isso, vamos efetivamente entrar em greve a partir de 1º de junho, por tempo indeterminado", revelou ele. Julio acrescentou que no dia 31 ainda haverá uma reunião para organizar e ratificar a greve. "Queremos um Metrô descente para, assim, podermos prestar um serviço de qualidade", declarou.

Em nota, o Metrô-DF informou que tem se empenhado junto ao Comitê de Governança do DF para viabilizar as contratações dos aprovados no concurso público realizado em 2013, para 232 vagas e cadastro reserva. Segundo a Companhia, a dificuldade é que "o limite prudencial definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal impede que órgãos da administração direta e indireta dependentes de recursos do Tesouro do DF, que é o caso do Metrô-DF, por ser deficitário, façam novas contratações", explicou.

Por Ana Luiza Campos
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Distrito Federal com 350 novos ônibus nas ruas

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou ontem a entrega de 350 novos ônibus para a população, durante encontro entre empresários do setor de transportes, rodoviários, representantes do DFTrans e da Secretaria de Transportes, realizado no Eixão Sul, na altura da Quadra 110, próximo ao antigo Cine Karin.

Os coletivos estarão nas ruas a parir de novembro. Estiveram presentes o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga; o diretor geral do DFTrans, Paulo Henrique Munhoz; e a administradora de Brasília, Ivelise Longhi. O governador explicou que a renovação da frota de ônibus foi possível devido ao aumento no valor da receita e a ampliação dos esforços para combater o transporte pirata no DF. “Com o aumento do número de usuários do transporte público, conseguimos exigir dos empresários a renovação da frota de ônibus sem reajustar o valor da tarifa”, afirmou Arruda, lembrando que o valor da passagem de ônibus é o mesmo de três anos atrás.

“Estamos legalizando e melhorando o transporte público, proporcionando mais segurança e conforto para os usuários, e conseguimos, em três anos de governo, colocar 1.950 novos ônibus nas ruas sem aumentar o valor da passagem, que permanece a R$ 3”, discursou o governador, frisando que a idade média da frota de ônibus em Brasília já foi de 14 anos e hoje é de apenas 4 anos.

O secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, explicou que a renovação é feita com custo zero para a população. Ele disse que Brasília possui hoje a frota de ônibus mais nova do Brasil.“Estamos entregando hoje 350 novos ônibus e conseguimos ampliar o número de viagens de 3 mil para 6,5 mil realizadas diariamente.

Hoje, Brasília é a décima-quarta cidade em valor médio de tarifa de transporte, e estamos acabando com aquela imagem de que a cidade possui a passagem mais cara do país e o pior sistema de transporte público”, disse Fraga, argumentando que faltam 250 novos ônibus para que toda a frota de veículos coletivos em circulação no DF fique abaixo da idade média de 4 anos.

O governador Arruda lembrou que Brasília e São Paulo foram as únicas capitais que não registraram aumento no preço das passagens e prometeu que não haverá reajuste. “A tarifa continuará sendo de R$ 3”, disse.
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Confederação dos usuários do transporte coletivo reage contra o aumento de 8,8% das linhas intermunicipais de São Paulo

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Preocupada com um possível superfaturamento no bolso dos passageiros de transportes rodoviários coletivos intermunicipais e metropolitanos do estado de São Paulo, devido o aumento de 8,88% nas tarifas de ônibus intermunicipais na ultima sexta dia 16, a exemplo do que já aconteceu aos usuários de transportes coletivos do estado do Rio de Janeiro em 1999.

Quando devido a complexidade das planilhas do transporte coletivo de passageiros daquele estado o então Governador Anthony Garotinho, descobriu irregularidades e distorções na planilha de cálculos, bem como o superfaturamento das tarifas dos transportes coletivos rodoviários, decretando na ocasião a imediata redução das tarifas de 47 (quarenta e sete) linhas, contrariando o parecer da FETRANSPOR – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, que continuou insistindo em dizer que os estudos técnicos do Governo conteriam falhas e que as tarifas praticadas antes da publicação do decreto estariam corretas.

É que a CONUT, Confederação Nacional dos Usuários dos Transportes Coletivos, solicita a ARTESP (Agência Reguladora de Transportes de São Paulo) que envie para sua sede em Brasília DF, as planilhas de cálculos do custo, como também a metodologia utilizada para os cálculos.

Pois de acordo com o Presidente da CONUT Dr. José Felinto: “Não há dúvida de que a fixação das tarifas do transporte coletivo pelo poder concedente deve levar em conta o custo operacional, a receita efetiva e a justa remuneração do capital investido, de modo a manter o equilíbrio financeiro do contrato, contudo, o superfaturamento das passagens constitui uma aberração, um verdadeiro crime contra a economia popular, cabendo a nossa entidade, a responsabilidade de investigar com isenção e profundidade os critérios utilizados para este aumento”

Uma vez que como legítima defensora dos direitos dos usuários de transportes coletivos, dentre eles o terrestre, a CONUT tem não só o direito, mas, o dever de se manifestar e fazer valer a voz dos passageiros deste modal. É com esta missão que exige a disponibilização das planilhas para serem analisadas e assim verificadas a adequação, ou não, deste reajuste que fará um rombo no bolso do trabalhador usuário. “ finalizou o Dr. José Felinto, ao se manifestar oficialmente sobre o assunto.

Reação popular: A notícia do novo aumento na tarifa foi reprovada por usuários dos ônibus intermunicipais.

“Os ônibus são bons, melhores que os de Brasília, mas eu não acho que isso justifica um aumento tão grande. As distâncias são pequenas e as pessoas usam muito este transporte. Acho um aumento abusivo”, opinou o piloto Leon Deniz Monteiro, 20 anos.

O aposentado Evanildo Cavalcante, 62 anos, também não gostou da notícia.
Ele mora em Guarulhos e vem a São José quatro vezes por mês para fazer um tratamento médico.

“Para quem ganha um salário mínimo, como eu ganho, este aumento é muito pesado. Mas não tem jeito. Aumenta o salário mínimo, aumenta tudo”, lamentou.

O aumento de 8,88% – calculado e autorizado pela Agência Reguladora de Transporte (ARTESP) – valerá tanto para as linhas intermunicipais quanto para as suburbanas no entanto a maior parte dos usuários foi pega de surpresa, conforme reclamou a estudante Marta Duarte, do Jardim Gutierres, que viaja duas vezes por semana a São Paulo, ao dizer: “Não sabia de nada. Nem me programei para comprar mais passagens antecipadas”.

Além de Marta Duarte, outra estudante descontente com o aumento das tarifas era Luciene Azevedo, de Votorantim. Ela viaja toda semana para São Paulo, onde está matriculada num curso de especialização. “Muito em cima da hora. Agora que eu vi o folheto no guichê”, destaca. As duas iniciaram o curso este ano. “A gente se programa e compra passagem para o mês todo”, diz Luciene. Embora o valor da passagem para estudante tenha desconto, Marta explica que um aumento sempre impacta a vida financeira de quem estuda.

A dona de casa Valéria Aguiar, de Tatuí, concorda com a estudante. Ela vêm para Sorocaba esporadicamente e sente pelos estudantes matriculados aqui, ou mesmo pelos que estudam em sua cidade, onde funciona o Conservatório de Música. “Para quem viaja todo dia R$ 1,00 faz bastante diferença”, observa.

Valéria ainda critica o percentual aplicado pela ARTESP, dizendo: “Demoram para aumentar a passagem, mas quando aumentam o valor acaba bem mais alto.”
Itamar Rodrigues
Assessoria de Imprensa da CONUT

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Promessa da Copa de melhorar mobilidade urbana não será cumprida em algumas cidades

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Copa do Mundo funciona como uma espécie de catalisador. Temos uma grande oportunidade de executar planos de investimentos e de melhorar a qualidade dos serviços nas grandes cidades, sobretudo o transporte público.”

A declaração, feita em setembro de 2011 pelo então ministro do Esporte, Orlando Silva, resume a principal justificativa do governo para que a população saudasse a realização da Copa no país: o legado para as 12 cidades-sede, que seriam beneficiadas com as obras de mobilidade urbana, necessárias não apenas para a competição, mas para os que residem ali. Um ano e quatro meses depois, porém, vários empreendimentos projetados para melhorar o transporte público e o trânsito foram cancelados – ou substituídos por obras de menor impacto.
A Matriz de Responsabilidades – documento do Ministério do Esporte que elenca toda as obras de infraestrutura para a Copa – previa 50 intervenções de mobilidade urbana e orçamento de R$ 11,59 bilhões quando divulgada em janeiro de 2010. Dessas 50, até agora foram canceladas 13 obras em dez cidades-sede: em Manaus, o Monotrilho Leste/Centro e o BRT (sigla para Bus Rapid Transit, o corredor de ônibus) do Eixo Oeste/Centro; em São Paulo, excluiu-se o Monotrilho da Linha 17-Ouro; em Brasília, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, metrô de superfície; em Curitiba, a requalificação das vias do Corredor Metropolitano, em Natal, a reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire; em Salvador, o BRT no Corredor Estruturante Aeroporto/Acesso Norte; em Fortaleza, o Corredor Expresso Norte-Sul e o BRT Projeto Raul Barbosa; em Belo Horizonte, o BRT Pedro II/Carlos Luz; em Porto Alegre, o BRT Assis Brasil, e os BRTs Aeroporto/CPA e Coxipó/Centro, em Cuiabá.

Outras 16 obras de mobilidade foram incluídas posteriormente e são 53 as obras que constam hoje na Matriz mas a maioria de menor porte do que as canceladas ou interrompidas, e quase sempre realizadas no entorno dos estádios – e portanto relacionadas com acesso aos jogos, não com a mobilidade das cidades-sede. Por isso, o orçamento tem hoje quase 3 bilhões a menos do que o previsto: é de R$ 8,6 bilhões. Só na última revisão do documento, no mês passado, seis obras de mobilidade foram substituídas por outras oito obras de entorno. De prioridade máxima, o legado para as cidades-sede vai se reduzindo.
Em Salvador, por exemplo, em vez de um corredor do ônibus ligando o Aeroporto Internacional ao norte da cidade, serão feitas duas pequenas intervenções no entorno da Arena Fonte Nova, o estádio da Copa na Bahia, com custo de R$ 35,7 milhões, o que representa R$ 532 milhões de redução do investimento previsto. Nem o governo municipal – que queria o corredor de ônibus previsto – nem o governo do estado da Bahia, que pretendia incluir na Matriz o metrô de Salvador, em vez do corredor, tiveram os projetos contemplados. Por enquanto a população ficou sem corredor de ônibus e sem metrô – depois de uma negociação com o governo federal, o governo estadual conseguiu incluir o metrô, com orçamento de 3,5 bilhões de reais, no PAC de Mobilidade Urbana. Que nada tem a ver com a Copa.

São Paulo teve um caso semelhante: em vez do Monotrilho da Linha 17-Ouro, que ligaria o bairro do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, com orçamento previsto de R$ 1,881 bilhão, ganhou intervenções viárias no entorno do estádio do Corinthians, orçadas em 317,7 milhões.

Por que as obras param?

Além dos projetos que não saíram do papel, há casos mais graves de obras interrompidas por suspeitas de irregularidades. Em Brasília, por exemplo, as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ligariam o aeroporto ao Terminal Rodoviário da Asa Sul integrando-se ao metrô, começaram em setembro de 2009, foram incluídas em janeiro 2010 na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo com orçamento de R$ 364 milhões, e paralisadas em setembro do mesmo ano pela Justiça por suspeitas de irregularidades. O responsável pela execução da obra era o governo distrital, que também contribuiria com R$ 3 milhões de custos.

A liminar que paralisou as obras foi concedida pelo juiz José Eustáquio de Castro Teixeira, da 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, ao aceitar a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que apontou fraude na concorrência do Metro-DF com o intuito de favorecer duas empresas: a Dalcon Engenharia e Altran/TCBR. Segundo o Ministério Público, ambas seriam sócias ocultas e a vencedora da licitação, a Dalcon Engenharia, teria repassado R$ 1 milhão para a empresa “concorrente”. O ex-presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza, foi acusado de manter vínculos estreitos com as duas empresas e exonerado em abril de 2010 pelo então governador do DF, Rogério Rosso (PMDB).

Em abril de 2011, o mesmo juiz exigiu que fosse aberta uma nova licitação para o VLT. Um ano depois, o secretário de Obras do DF, David de Matos, declarou que o primeiro trecho da obra do VLT não ficaria pronto até 2014 por causa dos atrasos provocados pelo cancelamento da licitação e a obra foi oficialmente retirada da Matriz a pedido do governador Agnelo Queiroz em setembro do ano passado.

Procurada pela Pública, a Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal (SECOM-DF) divulgou nota dizendo que “a retirada do VLT da Matriz de Responsabilidade da Copa será compensada pela readequação da DF 047, que liga a estação de passageiros do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek até a parte central da capital, com a implantação de uma via exclusiva dedicada a ônibus de passageiros, turistas e delegações.” E afirmou: a distância do estádio Mané Garrincha até o centro de Brasília é de 3 km, “o que facilita e incentiva o acesso a pé”.

Em termos de mobilidade urbana, Manaus ganharia duas obras importantes, previstas desde 2010: o Monotrilho Norte/Centro e o BRT no Eixo Leste/Centro, que seriam integrados. Ambas as obras, porém, foram excluídas da Matriz de Responsabilidades da Copa.
Monotrilho de Manaus não saiu do papel
A obra do monotrilho, orçada em R$ 1,307 bilhão, foi licitada em março de 2011 e quatro meses depois tornou-se alvo de investigação do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). O relatório do TCE qualificou o projeto básico da obra de “incompleto e deficiente” e fez 32 restrições a ele – desde a falta de estudos técnicos preliminares até a ausência de estudos tarifários, dos custos de desapropriação e de justificativas para os valores apresentados. Sobre o edital, alvo de outras 27 restrições, o TCE disse que “não atende aos requisitos da Lei de Licitações e Contratos (8.666/93).

O relatório também registrou que os órgãos responsáveis pelo projeto básico do monotrilho (Secretaria Estadual de Infra-Estrutura) e pela licitação (Comissão Geral de Licitação) não se manifestaram mesmo quando acionados. E pediu a anulação da licitação, “por estar eivada de vícios que a tornam ilegal”, recomendando multar os chefes dos órgãos públicos envolvidos. Também solicitou o envio de cópias dos documentos da licitação ao Ministério Público do Amazonas para prosseguir com a investigação e à Caixa, que não liberou os recursos para a obra. Ainda assim, o projeto foi levado adiante pelo governo estadual, que executou todas as etapas que não dependiam de recurso federal.

Já o BRT tinha o custo previsto de R$ 290,7 milhões. O edital de licitação foi lançado em outubro de 2010. Tanto a CGU quanto o Tribunal de Contas do Amazonas, em fevereiro de 2011, apontaram falhas no projeto. Ainda naquele mês, em ação conjunta, os Ministérios Públicos estadual e federal solicitaram explicações da Prefeitura, responsável pela execução da obra, e recomendaram à Caixa Econômica Federal (CEF) que não liberasse recursos antes da correção dos erros.

Em outubro de 2012, no primeiro encontro entre o prefeito eleito, Artur Neto (PSDB), e o governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD) foi anunciado que as obras não ficariam prontas para a Copa. “A capacidade da Arena da Amazônia é de 42 mil pessoas, isso cabe facilmente no Sambódromo. As pessoas vão, estacionam e ninguém reclama da mobilidade. No dia da Copa se decreta feriado municipal e não vai ter problema”, minimizou Aziz.

À Pública, o coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGC) em Manaus, Miguel Capobiango, disse que as críticas feitas ao monotrilho são de natureza técnica e não jurídica e que por isso o governo do Amazonas tocou o projeto mesmo com pareceres contrários da CGU, do Ministério Público e do TCE. “Entendemos que eles não tinham caráter definitivo, por isso seguimos com o projeto”, justifica. As obras do monotrilho foram incluídas no PAC de Mobilidade Urbana e devem estar prontas, segundo ele, no fim de 2015, ou início de 2016.

Pura "propaganda", diz especilialista

Para o engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário de Transportes na gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo (1989-1992), o equívoco começa ao pensar em soluções de mobilidade urbana a partir de megaeventos esportivos. “Esse tipo de investimento voltado à realização de eventos esportivos foi feito na Europa, como em Barcelona, mas as cidades europeias já dispõem de um bom sistema de transporte. Aqui, a mobilidade urbana em geral é muito ruim e a tese de que os eventos esportivos transformariam a mobilidade urbana nas cidades brasileiras me parece mais propaganda do que outra coisa.Teriam de ser feitos investimentos de outra natureza para realmente gerar mobilidade, sem a premissa de prazos, custos, e necessidades específicas dos megaeventos”, diz Gregori.

Na visão de Lúcio, a discussão sobre mobilidade urbana no Brasil e na Copa ainda esconde uma disputa de mercado entre modelos de transporte. “Há uma discussão disfarçada sob um manto de tecnicalidade, mas que na verdade disfarça a disputa de mercado: o BRT versus o VLT versus o Monotrilho. São três disputas, diferentes fornecedores, diferentes efeitos no sentido de quem fornece o que para esses sistemas e quem lucra com essa operação. A mobilidade urbana está virando um prato em que vários comensais estão interessados. Também não é possível fazer uma discussão séria sobre mobilidade urbana no Brasil pautado nessa disputa de mercados, investimentos e lucratividade”, conclui.

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Transporte coletivo nas cidades goianas que cercam Brasília é caótico

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Se o transporte coletivo no Distrito Federal é ruim e caro, nas cidades goianas que cercam Brasília a situação é ainda pior. Lá, os ônibus têm, em média, 11 anos e oito meses. As passagens chegam a custar R$ 4,85 e o serviço, assim como na capital da República, é marcado pela ineficiência. Veículos lotados, descumprimento dos horários e problemas mecânicos interrompem as viagens diariamente. No Entorno, a fiscalização e a regulamentação do sistema são responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão do Executivo federal que, a exemplo do governo do DF, tem sido omisso aos longo dos últimos anos. Resultado: em solo goiano ou candango, a população é refém do descaso.
Foto: Blog Rede Integrada de Transp. Coletivo
No Entorno, há veículos com 26 anos de uso que seguem transportando passageiros ao DF. A operação é feita pelas seguintes empresas: Viação Anapolina, Taguatur, Santo Antônio, Vastur e Rápido Planaltina. “A sensação é que os ônibus estão derretendo, de tão velhos. Aqui, o máximo que eles fazem é trocar as sucatas por veículos menos velhos”, ironiza o mecânico Daniel Davi Silva, 28 anos, morador do Jardim Ingá, bairro de Luziânia. A mulher dele, a estudante Pollyana Alves da Silva Borges, 16, lista outras falhas do sistema. “Os ônibus demoram muito. Daqui para Taguatinga só passa um por hora. E o preço é caro demais”, opina.

No que diz respeito a idade dos veículos, segundo os usuários goianos, a situação do Distrito Federal é melhor do que a realidade do Entorno. A auxiliar de costura Alzira Maria Silva Vicente, 31 anos, paga R$ 4,25 para percorrer o trajeto entre Luziânia e Brasília, em ônibus velho e superlotado. Desembolsando R$ 7,40, ela embarca em um ônibus executivo e consegue fugir do caos. Mas esse é um luxo caro demais para ela e, com certeza, para centenas de trabalhadores que vivem em municípios vizinhos e ganham a vida na capital federal. “É complicado. Aqui ou em Brasília, a gente só anda em pé e espremida por causa da superlotação. As empresas também não respeitam os horários. Eu mesmo saio de casa às 6h da manhã para começar a trabalhar às 8h”, relata.

Sem licitação
Assim como em Brasília, as linhas do Entorno nunca foram licitadas pela ANTT. A agência também não faz restrição quanto ao tempo de uso dos veículos que as empresas colocam nas ruas para transportar os passageiros. Por meio da assessoria de imprensa, o órgão informou que as fiscalizações são feitas quinzenalmente e que o Plano de Outorga dos Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros Longa Distância deve ser concluído pelo Ministério dos Transportes ainda neste semestre (leia Para saber mais).

Sobre os problemas relatados pelos usuários, a ANTT assegura que as ações de controle contam com o apoio das polícias Rodoviária Federal e Militar de Goiás e da Superintendência Municipal de Transportes do estado. As equipes fazem bloqueios e vistoriam as condições dos equipamentos de segurança — como para-brisa, pneus, extintor de incêndio, entre outros —, documentos de porte obrigatório, tais como o Certificado de Licenciamento e Registro de Veículos, quadro de tarifas e carteira de motorista, além de verificar o quantitativo de pessoas transportadas no veículo.

Presidente do Sindicato dos Rodoviários do Entorno, Reinan Ferreira Rocha diz que os veículos são antigos, mas ressalta que a malha viária precária é outro sério problema. “Algumas empresas têm renovado a frota, mas ainda temos uma situação preocupante. Qual é o empresário que vai colocar ônibus novo para andar em via sem asfalto e cheia de buraco?”, questiona.



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ANTT e prefeitos querem nova regra para transporte no Entorno do DF

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e prefeituras do entorno do Distrito Federal defendem mudança no sistema de transporte coletivo como solução para a precariedade dos ônibus que atendem a região. O tema foi discutido em audiência pública, nesta terça-feira (6), na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Prefeitos, vereadores e representantes de associações de moradores traçaram um quadro caótico do transporte público na região.

Entre os problemas, foram citados ônibus lotados e sucateados, concentração de linhas em poucas empresas rodoviárias, não atendimento dos direitos de idosos e de pessoas com deficiência, além de passagens caras. Como o transporte na região é considerado interestadual, o morador do entorno paga, em média, R$ 4,50 em cada deslocamento entre sua cidade e Brasília. Já dentro do DF, no entanto, esse valor não passa de R$ 3.

Integração
A ANTT reconhece que o sistema de transporte urbano é o melhor modelo a ser adotado na região. Para isso, no entanto, a superintendente de serviços de transporte de passageiros da Agência, Sônia Haddad, explica que seria necessário um convênio envolvendo prefeituras e governos de Goiás e do DF.

"Pela Constituição, a ANTT é responsável pelo transporte interestadual; e o município, pelo transporte local. Então, a gente tem que criar esse instrumento legal, que seria o convênio, para viabilizar essa delegação administrativa para que o governo local associe o transporte interestadual na sua gestão do transporte urbano”.

Já existe um esboço desse convênio. Os governos de Goiás e do Distrito Federal ainda discordam de alguns pontos do texto, apesar de a maioria das prefeituras defender o novo instrumento. Enquanto o convênio não sai, a ANTT mantém o cronograma de licitação de linhas de ônibus na região, prevista para março do próximo ano.

Regras diferentes
Adonis Gonçalves, representante da secretaria de transporte do Distrito Federal, explicou que um dos motivos da resistência do GDF ao convênio está na diferença de modalidade de transporte existente hoje na região. Em Brasília, por exemplo, a tarifa não é fixada em função da quilometragem rodada. "Então, a pessoa que mora em Planaltina (DF) deveria pagar R$ 4. Só que o Plano Piloto, que deveria pagar R$ 1, paga R$ 2 exatamente para compensar Planaltina porque é um subsídio cruzado: onde a sociedade ganha mais, paga mais”.

Já as linhas do entorno, segundo ele, têm um modelo tarifário diferenciado: quanto mais longe, mais a pessoa paga, porque é um modelo tarifário baseado na quilometragem. “Se o governo federal assumir a gestão do transporte na região do Entorno, terá que mudar esse modelo, para dar um tratamento igual a todo mundo".

Protestos

O prefeito de Planaltina de Goiás, José Olinto Neto, já promoveu várias manifestações em rodovias federais para denunciar a situação do entorno. Neto afirmou que está cansado de promessas e sugeriu mais pressão sobre os governos em prol do convênio. O prefeito ameaçou convocar seus colegas do entorno para fechar os acessos a Brasília.

"Licitação? Para vir uma outra empresa com uma passagem de R$ 4,50, subindo todo ano e com o mesmo sistema de transporte, não resolve mais não. Nós temos que mudar o sistema, mudar a filosofia de semiurbano para urbano. Nós precisamos é de ação agora. Ou então, junta todo mundo: eu fecho a BR 020, junto com o povo de Formosa; o povo de Águas Lindas fecha a BR 070, junto com o povo de Santo Antônio (do Descoberto); e o povo de Valparaíso, Novo Gama e (Cidade) Ocidental fecha a BR 040. Vamos sitiar o Distrito Federal e aí o Brasil inteiro vai ver a vergonha do transporte público da região metropolitana de Brasília".

Solução negociada
A autora do requerimento para a audiência pública, a deputada Flávia Morais (PDT-GO), acredita em uma solução negociada. Ela também sugeriu a mobilização popular, mas por meio das redes sociais. "Eu acredito em uma solução sem radicalização. A sensibilização em favor da causa é mais importante do que a força. E não queremos palanque. Nós queremos realmente resolver o problema e, para resolver, precisamos ter as partes interessadas sensibilizadas com a questão. Os governos precisam entender que essa é uma grande prioridade dessa região, que está sofrendo muito com a qualidade dos serviços".
Flávia Morais lamentou a ausência de representantes do governo de Goiás na audiência pública.


Informações da Câmara dos Deputados

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No DF, Passageiros correm risco de ficar sem ônibus e metrô

terça-feira, 28 de junho de 2016

Quem depende de transporte público deve enfrentar dificuldades ao longo da semana. A Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) completa 15 dias funcionando apenas em horários de pico. Além disso, desde a semana passada, os rodoviários iniciaram movimento parecido. Cerca de 26% dos ônibus direcionados para circular como extra, entre as 5h e as 8h30 e as 15h e as 18h30, ficam parados nas garagens. A categoria reivindica reajuste de 20% no salário, sendo 10% de perdas inflacionárias e 10% de ganho real, e aumento no auxílio-alimentação. A promessa de motoristas e cobradores é paralisar na quinta-feira. Ontem, pela manhã, os coletivos seguiram lotados.

Desde maio os trabalhadores pleiteiam o reajuste. “Vamos continuar dessa forma, mantendo os carros extras parados nas garagens. E, caso até quarta-feira à noite não recebamos nenhuma contraproposta das empresas, vamos paralisar todas as linhas do DF”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Jorge Farias. “Sinalizamos o indicativo de greve de 72 horas, conforme a legislação prevê. A assembleia é soberana e decidiu por esse rumo”, completou.

Desde a última quarta-feira, os rodoviários decidiram suspender os veículos extras, que atendem a população nos horários compreendidos como de pico. Moradores de Santa Maria, Recanto das Emas, Taguatinga Sul, Guará 1 e 2, Estrutural, Ceilândia, Sobradinho 1 e 2, Cruzeiro, São Sebastião, Samambaia, Gama, Paranoá e Planaltina sofreram com a suspensão horária.

Morador da QR 408 de Samambaia, o militar Wellington Batista, 32 anos, teve ontem dificuldades de pegar ônibus para o trabalho. Ele chegou à parada às 6h20 e só conseguiu pegar o coletivo após quase uma hora de espera. “Os ônibus que chegavam não paravam de tão cheios. Desde a semana passada, estamos nessa situação.” Com a sinalização da greve, Wellington terá de deixar a mulher sem carro.

Em nota, a Secretaria de Mobilidade respondeu que, embora se trate de uma relação trabalhista, representantes do órgão se reuniram nas últimas semanas com as partes para intermediar o início das negociações e evitar novas paralisações, assim como a possível greve. O órgão ressaltou que a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) ajuizou dissídio coletivo de greve em 1º de junho no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. “Na ação, a PGDF solicitou a declaração da ilegalidade das paralisações. O pedido liminar foi negado, e o juiz marcou audiência de conciliação, que ocorreu em 6 de junho, sem ter chegado a acordo. Uma nova audiência de conciliação foi marcada para 1º de julho”. A Associação das Concessionárias do Transporte Público do DF (Transit) não comentou o assunto.

Metroviários
O metrô completa 15 dias em funcionamento de horário reduzido. A principal revindicação dos metroviários é a falta de convocação dos aprovados (900) no concurso feito em 2013. O serviço funciona em esquema especial, apenas nos horários de pico, com embarque em 12 estações. Os trens circulam das 6h às 9h e das 17h às 20h30. A categoria também reivindica a reposição da inflação anual na data-base (pouco mais de 9%).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô/DF), 995 empregados compõem o sistema na capital federal. A empresa contabiliza um deficit de 320 funcionários, mas a entidade estima que seriam necessários mais 800 para atender a população. “Estamos funcionando com o mínimo estabelecido pela Justiça. Infelizmente, não temos uma solução para o impasse. Não há como marcar assembleia com os trabalhadores, pois não tem acordo a ser deliberado”, argumentou o presidente do SindMetrô/DF, Ronaldo Amorim.

Em relação aos metroviários, a Secretaria de Mobilidade informou que a categoria tem os direitos definidos em acordo coletivo, que, no caso específico, ocorre a cada dois anos. “Em 2015, a negociação estabeleceu que o governo de Brasília reajustará os salários e fará novas contratações quando sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que ainda não ocorreu e impede que sejam concedidos novos aumentos não previstos em lei”.

O Tribunal Regional do Trabalho deve decidir ainda nos próximos dias sobre a legalidade ou não No processo de negociação que antecedeu o dissídio em juízo, segundo o órgão, o Metrô-DF apresentou contrapropostas às cláusulas econômicas e sociais apresentadas pela categoria, mas nenhuma foi aceita.

Informações: Correio Braziliense
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Governo do Distrito Federal vai licitar 34 km de ciclovias

sábado, 4 de agosto de 2012

O Governo do Distrito Federal dá continuidade à concorrência pública para a construção de aproximadamente 34km de ciclovias em rodovias. As obras serão executadas com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que concedeu financiamento ao GDF para o custeio do Programa de Transporte Urbano do Distrito Federal (PTU/DF). O aviso de licitação dos serviços está na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial do DF.

As obras serão divididas em três lotes. O primeiro englobará serviços na DF-001, da DF-480 ao 3° Distrito e na DF-480, do balão do Gama ao km 4,6 – com extensão total de 12.150m. O segundo abrange obras em dois trechos: um na DF-087, da DF-095 à DF-085, com extensão de 2.486m; e o outro na DF-290, no trecho entre a BR-040 e o acesso ao Gama, com 7.192m. Já o terceiro lote compreende obras na DF-001, no trecho de 3.670m entre a interseção com a DF-025 (Estrada Parque Dom Bosco) e o acesso ao Condomínio Ville de Montaigne, no km 22,9 da DF-001 (EPTC); na DF-015, da interseção com a DF-005 (Estrada Parque Paranoá) e a DF-250 (DF-001/EPTC), e mais 8.464m entre a DF-025 e o km 12,2.

O aviso de licitação e edital estarão disponíveis no site da Secretaria de Transportes do Distrito Federal: www.st.df.gov.br, ou http://www.st.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=21706, no link: Programa de Transporte Urbano do Distrito Federal (PTU-UEGP-LICITAÇÕES 2012), a partir de hoje.

Requisitos - Os interessados podem pedir esclarecimentos por meio do e-mail: cpl.ptu@gmail.com. As respostas serão exclusivamente por e-mail. Uma mídia digital com os projetos e as especificações técnicas poderá ser obtida junto a Comissão Permanente de Licitação do PTU/DF, mediante recibo. Os requisitos de qualificação incluem: comprovações de faturamento anual com obras civis e de experiência em construção, declaração de disponibilidade de equipamentos, indicação de pessoal técnico qualificado para as obras, comprovação de possuir capital de giro líquido, de solidez de situação financeira e de não incorrência em descumprimento de contratos.

As propostas, acompanhadas de uma garantia de manutenção da proposta nos valores constantes dos documentos de licitação, devem ser entregues na Secretaria de Transportes do Distrito Federal - Anexo do Palácio do Buriti, 15º Andar, Sala 1507, até 9h30 do dia 14 de setembro de 2012.

Informações: Agência Brasília

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DFTrans estuda criação de mais seis corredores exclusivos de ônibus

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A prioridade para o transporte público do Distrito Federal será ampliada. Está em estudo pelo Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) a criação de mais seis corredores para coletivos. Além da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e da BR-020, como publicou o Correio na última sexta-feira, a circulação de ônibus terá privilégio no Eixo Monumental, na Avenida Hélio Prates, entre Taguatinga e Ceilândia, e na Estrutural (leia quadro). Os estudos estão em fase final, e os trechos podem ser alterados.

Com a medida, o governo espera reduzir o tempo de viagem dos veículos e atrair para o transporte público o cidadão que comprou o carro a fim de não chegar atrasado ao trabalho ou à escola. Os empresários do sistema também vão ganhar, segundo avaliação do diretor do DFTrans, Marco Antonio Campanella. “Se você gasta menos tempo nas viagens, isso melhora o custo operacional porque aumenta a quilometragem média rodada pelo mesmo veículo, o que aumenta o faturamento”, diz.

A previsão é de que o corredor da EPNB comece a funcionar em novembro. O da BR-020, em janeiro. Quanto aos demais, não há um cronograma de implantação. Mas Campanella destacou que se trata de uma prioridade do governo e que, além do DFTrans, envolve a Secretaria de Transportes, o Departamento de Trânsito (Detran), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Um dos critérios para a escolha dos locais é o congestionamento das vias. O governo também não quer ônibus velho rodando nas pistas que serão livres para os ônibus, pois, se um desses veículos quebrar no local, colocará por terra a eficiência do sistema. “Esse projeto fará uma grande diferença na vida do usuário e, o mais importante, será rápido e barato”, frisa Campanella.

Os estudos preliminares apontam que, somente nos corredores da EPNB e da Saída Norte (BR-020), 70 mil usuários serão beneficiados. As mudanças nas vias se restringirão, basicamente, à sinalização horizontal e vertical, à ampliação das baias de ônibus, a campanha educativa e a fiscalização.

VLP
Especialistas ouvidos pelo Correio aprovam o projeto, mas com restrições. É o caso do presidente do Instituto de Certificação e Estudos de Trânsito, José Leles de Souza. O doutor em engenharia de transportes avalia a iniciativa como positiva, mas alerta que, se a intervenção ocorrer apenas por trechos, se tornará uma medida paliativa, com poucos reflexos sobre o sistema.

O especialista em transportes e doutorando pela Universidade de Brasília (UnB) Artur Morais acredita que essa é a primeira ideia interessante para o setor. “Até que enfim há um projeto pensado para o transporte e não em grandes obras para deixar empreiteiros ainda mais ricos. A faixa prioritária é uma solução para daqui a quatro meses e pode ser implantada em todas as cidades”, avalia.

Sobre a ociosidade do corredor verde, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), Morais explica que, mesmo após a licitação, os ônibus articulados não vão melhorar em nada o fluxo de veículos, pois o trecho é muito curto. “Como é que você vai operar um ônibus com as portas invertidas dentro de Taguatinga e de Ceilândia? Sim, porque o trecho não começa e termina na EPTG. O fluxo vem de outras cidades e passa por lá”, destaca.

As faixas de rolamento com prioridade para os ônibus são medidas alternativas do governo até que o Veículo Leve sobre Pneus (VLP) seja concluído. O projeto prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus em 42km de extensão no Eixo Sul de Brasília, ligando Santa Maria, Gama, Park Way e o Entorno Sul ao Plano Piloto. O sistema atenderá 600 mil passageiros diariamente e 20 mil por hora em horários de pico. Haverá integração com o metrô.

Confira onde deverão ser implantados corredores de ônibus no DF:

» Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB): previsão de começar embaixo do viaduto do Pistão Sul e terminar na via que passa em frente ao Zoológico de Brasília. Ficará pronto em novembro.

» Saída Norte: terá início em Sobradinho e terminará na Ponte do Braguetto, no acesso ao Lago Norte.

» Avenida Hélio Prates:
com início na Feira dos Goianos até o Centro Administrativo (antigo Buritinga).
» Serejão—Taguatinga:
começará no Estádio Serejão e irá até o viaduto da Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
» Estrutural—Viaduto Ayrton Senna:
a faixa prioritária sairá da Estrutural e chegará ao Viaduto Ayrton Senna, no sentido Taguatinga—Plano Piloto.
» Estrutural—viaduto próximo ao acesso para o Pistão Norte:
começará no viaduto e irá até o posto da Polícia Militar, sentido Taguatinga—Plano Piloto.
» Eixo Monumental:
terá início no começo do Eixo e seguirá até a Rodoviária do Plano Piloto.
» Saída Sul:
sairá de Santa Maria e do Gama, passando pela BR-040 até o Plano Piloto.



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Distrito Federal: Mobilidade urbana à beira de um colapso

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A dois anos da Copa, as discussões sobre as ações necessárias para melhorar a mobilidade urbana nas cidades-sede não param de crescer. No Distrito Federal, quarta região mais populosa do país, os desafios são muitos. Como reduzir o caos instalado nas principais vias de acesso a Brasília, cada vez mais próximas da saturação? Como diminuir os transtornos à população? Como oferecer transporte coletivo de qualidade e diminuir os engarrafamentos?

Essas são perguntas que devem ser respondidas antes que o Distrito Federal entre em colapso no quesito mobilidade urbana. Um exemplo alarmante: um estudo encomendado pela Secretaria de Transportes, realizado no âmbito do Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do DF e Entorno (PDTU), aponta que, até 2020, as principais ruas e avenidas de Brasília estarão tomadas por um número de carros superior àquele que as vias conseguem comportar.

Segundo o mapa (veja abaixo), que compara o sistema de transporte da capital em 2010 e 2020, as vias destacadas com a cor vermelha apresentam entre 80% e 100% de saturação. Dez anos depois, essa cor dá lugar ao preto e mostra que a maior parte das vias – Estrutural, Eixo Monumental e BR-040, por exemplo - estarão operando acima do limite de 100%, ou seja, o número de carros, ônibus, vans e motos no DF terá superado completamente a capacidade de absorção das ruas.

“O problema é resultado da forma como a cidade foi concebida, nos anos 50. A ocupação dos espaços obedeceu a uma concepção rodoviarista, de motorização”, explica à Agência CNT de Notícias o professor de Engenharia de Tráfego da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César Silva. Segundo o especialista, apesar de a população ter se acostumado à dependência do automóvel, a mobilidade não pode ser baseada em soluções individuais. “As grandes cidades que adotaram o uso intensivo dos carros estão revendo essa possibilidade”, destaca.

De acordo com Silva, o maior problema do DF é ausência prolongada do estado no seu papel de administrador do sistema. “O caminho para buscar uma solução passa pela retomada do poder de gestão do estado, tanto no planejamento como no controle da operação. É preciso implantar sistemas de transporte coletivo eficientes, integrados e com tecnologia adequada a cada região, adaptados a cada tipo de demanda”, indica o professor.

E, se depender do governo federal, o caminho para diminuir o caos no trânsito pode ser mais difícil. Nesta terça-feira (22), entram em vigor as medidas de estímulo à economia adotadas pelo Ministério da Fazenda. Carros populares, modelos mais potentes e utilitários tiveram o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido. A medida, cuja intenção é retirar dos pátios das montadoras 360 mil veículos, vale até o final de agosto.


Transporte público coletivo
Diante do quadro preocupante, o subsecretário de Políticas de Transporte do DF, Luiz Fernando Messina, garante que o governo está adotando ações voltadas à modernização da estrutura viária e à melhoria do sistema de transporte. A principal delas, destaca, é um novo sistema de transporte público coletivo, cujo início das operações está previsto para o primeiro trimestre de 2013. Mas aí reside outro impasse: o processo licitatório está suspenso, desde a semana passada, pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

"O pedido não decorre de nenhuma irregularidade, são recomendações de caráter técnico. O Tribunal determinou que ajustássemos ou apresentássemos justificativas consistentes a alguns questionamentos”, afirma Messina. Segundo ele, a paralisação não vai acarretar mudanças significativas no novo modelo – ao invés das atuais linhas, será dividido por áreas de atuação -, que promete minimizar os transtornos dos passageiros e reduzir o número de automóveis em circulação.

Sobre as obras de infraestrutura para a Copa, o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, acredita que apenas o projeto do sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT) ficará pronto no prazo. “No DF, uma das vantagens é que não há desapropriações a serem feitas, problema comum nas outras cidades”, explica. No caso do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e da expansão do metrô, ele é mais pessimista: “os projetos de trilhos estão momentaneamente paralisados e, mesmo que sejam ativados, não vai dar tempo”.

Soluções
Na avaliação da NTU, devem ser implantadas faixas seletivas para ônibus em todas as grandes avenidas e corredores que dão acesso a Brasília, a exemplo da W3 Sul e Norte. “Os ônibus terão mais velocidade, farão mais viagens, e a oferta do serviço será maior. A outra questão é operar com veículos de maior capacidade, para resolver a questão do custo. Essa seria uma solução viável para o BRT. As pessoas deixariam o carro em casa para utilizá-lo”, acredita.
A solução desse tipo de gargalo é fundamental para resolver o que o especialista em trânsito Paulo Cesar Silva, da UnB, considera “um dos piores sistemas de transporte público do país, em termos de atendimento à população”. Segundo ele, à medida que o serviço oferecido é ruim, aumenta o número de automóveis nas vias – atualmente a taxa de ocupação é de 1,2 pessoas/veículo. O ideal, diz, é buscar melhorias para a cidade, para quem reside nela todos os dias, além de pensar apenas no evento esportivo de 2014.

O GDF garante que está fazendo o “dever de casa” para melhorar a mobilidade urbana dos mais de 2,6 milhões de habitantes do Distrito Federal. Os recursos de R$ 2,2 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes Cidades, liberados recentemente pelo governo federal, serão aplicados, por exemplo, em expansão e modernização do metrô, melhorias no sistema de ônibus e construção de ciclovias e calçamentos para quem anda a pé.

Em relação aos pedestres, eles também devem ser prioridade quando o assunto é mobilidade, lembra Paulo Cesar. “A movimentação fica reduzida. Faltam calçadas e, no lugar onde elas existem, o caminho é irregular, descontinuado. Em um local onde prevalece o transporte motorizado, os percursos naturais do dia a dia são uma tortura”, afirma o professor da UnB.
Para os especialistas, as intervenções realizadas em função da Copa podem ser o incentivo que faltava para resolver os principais gargalos de mobilidade urbana do Distrito Federal nas próximas décadas. “Os investimentos que serão feitos começam a mudar essa regra. Faltavam projetos para a melhoria da mobilidade. Agora, nossa esperança é que eles sejam exitosos”, salienta Otávio Cunha, da NTU.

Fonte: Agência CNT de Notícias

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Nova tarifa de ônibus em São José dos Campos é maior do que das 26 capitais do país

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Com reajuste na tarifa do transporte público de São José dos Campos dos atuais R$ 2,80 para R$ 3,30, nos dias úteis e aos sábados, o valor da passagem na cidade vai superar o valor cobrado nas 26 capitais do país e no Distrito Federal. A alta de 17,86% foi anunciada na noite desta sexta-feira (1º) pela prefeitura e vale a partir do próximo dia 11 de fevereiro.

Atuamente, entre as capitais, os maiores valores praticados são o da capital paulista, R$ 3, cujo valor está congelado há dois anos, e em Brasília (DF), que varia de R$ 1,50 a R$ 3. As menores tarifas estão em São Luís (MA) e Teresina (PI), R$ 2,10 (veja tabela completa com os valores abaixo).

A Secretaria de Transportes de São José dos Campos justificou que o aumento foi dado com base em análises econômicas e operacionais do sistema e que este reajuste sofre um efeito acumulado, já que desde 30 de janeiro de 2011 a tarifa não era revista. Mesmo assim, o aumento na tarifa do transporte ultrapassou a inflação oficial acumulada no período medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 12,34%.

O sistema de transporte público em São José transportou, apenas em dezembro de 2012, 6,4 milhões de usuários em 102 linhas operadas por 385 ônibus das empresas Sães Penã, Expresso Maringá e Júlio Simões.

Fórmula de reajuste
Os estudos técnicos levaram em consideração a fórmula de reajuste contratual que prevê a variação dos insumos e dos salários, os reajustes de combustível, os gastos com pessoal e a inflação acumulada com data base de 2007.

De acordo com o secretário de transportes, Wagner Baliero, a comparação do valor da tarifa do transporte público joseense com o da capital paulista, por exemplo, não pode servir como base comparativa. "São Paulo tem um aporte em subsídios para o transporte público de quase R$ 1 bilhão. Se nós tivéssemos isso aqui, o valor seria muito menor do que o de São Paulo, quem sabe até de graça?", disse ao G1.

Contrapartida
Após anunciar o reajuste, a Secretaria de Transportes informou as contrapartidas no sistema. Entre as quais estão a volta dos ônibus articulados até maio- nove veículos ao todo para atender as linhas com maior demanda; substituição de 40 ônibus da frota a partir de março, implantação de bilhete único para passageiros que utilizarem mais de uma condução em prazo de 2h, sistema de compra de crédito eletrônico pela internet e a abertura de licitação em março para implantação de corredores exclusivos para ônibus.


Confira o valor das tarifas nas capitais do país
Cidade
Tarifa
São Paulo (SP)
R$ 3
Brasília (DF)
 de R$ 1,50 a R$ 3
Cuibá (MT)
R$ 2,95
Florianópolis (SC)
R$ 2,90
Campo Grande (MS)
R$ 2,85
Porto Alegre (RS)
R$ 2,85
Belo Horizonte (MG)
R$ 2,80
Salvador (BA)
R$ 2,75
Rio de Janeiro (RJ)
R$ 2,75
Goiânia (GO)
R$ 2,75
Manaus (AM)
R$ 2,75
Curitiba (PR)
R$ 2,60
Vitória (ES)
R$ 2,45 a R$ 2,60
Porto Velho (RO)
R$ 2,60
Palmas (TO)
R$ 2,50
Rio Branco (AC)
R$ 2,40
Macapá (AM)
R$ 2,30
João Pessoa (PB)
R$ 2,30
Maceió (AL)
R$ 2,30
Recife (PE)
R$ 2,25
Aracajú (SE)
R$ 2,25
Boa Vista (RR)
R$ 2,25
Fortaleza (CE)
R$ 2,20
Belém (PA)
R$ 2,20
Natal (RN)
R$ 2,20
São Luís (MA)
R$ 2,10
Teresina (PI)
R$ 2,10


Colaboraram Ana Paula Torquetti e Edilene Faria/TV Vanguarda
Informações: G1 Vale do Paraíba e Região


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