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Em Fortaleza, Falta prioridade para o transporte público

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O transporte público urbano é um direito que está assegurado pela Constituição Federal, além disso, é um serviço de caráter essencial em qualquer cidade. No entanto, ele não é tratado como prioridade em Fortaleza. Não existem corredores exclusivos, muito menos faixas de circulação distinta dos veículos particulares. Desse modo, o que se vê, diariamente, no trânsito da Capital é uma constante disputa entre modais.

O ônibus disputa com o carro, que enfrenta o táxi, que compete com o motociclista, que concorre com a bicicleta e assim por diante. Todo mundo quer sair na frente, chegar primeiro, mas aqueles veículos que levam mais pessoas e deveriam usufruir de um fluxo livre, encontram várias dificuldades. Conclusões adquiridas na noite em que a equipe de reportagem tomou ônibus para fazer o deslocamento Centro - Edson Queiroz.

Para o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Fernando Bezerra, o problema é histórico. "Infelizmente, Fortaleza, já na década de 80, construiu alguns corredores prioritários para o transporte coletivo, mas a sucessão dos gestores foi eliminando essas determinações. Aqui nós tínhamos faixas exclusivas nas avenidas João Pessoa, Monsenhor Tabosa, Francisco Sá, Antônio Sales, e isso tudo foi suprimido. A Francisco Sá era exclusiva da Antônio Pompeu até a Castro e Silva, aí chega um novo gestor e diz: ´não, bota aí os carros de novo´,quando era para ter estendido essa prioridade".

Fazer melhorias

Outra questão observada por Bezerra é que o Plano Diretor da Cidade "foi sendo alterado irresponsavelmente, para o benefício da iniciativa privada. Antigamente, só se podia ser construído um edifício nos corredores, isso na lei antiga, aí, de repente, você pode construir prédios de 24 andares dentro de um área que é residencial e todo mundo sai colocando seus carros nas ruas. Não existe milagre a fazer, como arquiteto que sou, engenheiro de trânsito e planejador urbano, vejo uma loucura. A única solução, depois que está feito o mal, é melhorar a eficiência do transporte público".

Solução que demanda a instalação de transporte de massa, como metrô. Para muitos especialistas e urbanistas entrevistados, a primeira linha de metrô que deve ser entregue à população de Fortaleza não resolve esse problema. O presidente da AMC concorda. "Achávamos, como gestores de trânsito, que a linha Leste, que sai do Centro e vai até a região da Unifor (Universidade de Fortaleza), era a primeira a ser feita, porque tiraríamos os carros. Você imagina a quantidade de veículos privativos que vai para Unifor, Iguatemi e comércios no Papicu! A Linha Sul é simplesmente um trem melhorado que teria resolvido o problema".

Enquanto a taxa média de ocupação de um ônibus é de 45 pessoas, a dos carros não chega a 1,2. Ainda assim, restringir o uso dos veículos automotores particulares não é vista como uma solução pelos gestores de trânsito, que não acreditam na eficiência de rodízios ou pedágio. "Precisamos é de metrô, para que possamos deixar o carro em casa", encerra Bezerra.

Conforto

Quando indagadas nas ruas sobre a opção de tomar um ônibus em vez de sair de carro, muitas pessoas disseram que só o fariam se existisse conforto dentro dos coletivos. Mas para o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim, o calor e a lotação nos ônibus não é o maior problema da população. "Uma pesquisa mostra que quem anda de ônibus não quer saber de ar-condicionado, quer é uma passagem que ele possa pagar, não adianta dar mais conforto e botar uma passagem a R$ 2,30 ou R$ 2,40".

Para completar, o problema do transporte público não está só dentro dos ônibus. Do lado de fora, quem espera também se sente desconfortável, desinformado e desprotegido. Quanto a essa contestação, o presidente da Etufor respondeu que foi feita uma licitação para a colocação de mil abrigos nos pontos de ônibus em Fortaleza e os equipamentos serão colocados de forma padronizada, incluindo iluminação e itinerário.

Alargar vias para receber a demanda de veículos é também uma proposta colocada ao gestores, no entanto, muito cara para o Município. "Com R$ 10 milhões, você compra 40 ônibus, mas não desapropria uma faixa de tráfego na Avenida Desembargador Moreira com Virgílio Távora", observa Gondim.

ENTREVISTA

Mário Angelo Filho - Doutor em Engenharia de Transporte

Quais os maiores entraves do transporte público?

A velocidade média dos veículos é muito baixa. Como resolver isso? Só vai diminuindo o número de automóveis em circulação. Deve ser dada prioridade à circulação dos ônibus. Eles carregam muito mais gente. São muito mais eficientes. No entanto, as soluções não são fáceis nem de baixo custo. Algumas linhas circulam com ônibus constantemente lotados. A solução lógica seria aumentar a frota da linha, mas verifica-se que ela já opera com intervalos muito pequenos, digamos, três ou quatro minutos. Se assim for feito, teremos ônibus superlotados operando com outros de baixa ocupação, o que resultaria num serviço ruim e caro.

O que fazer diante disso?

As autoridades precisam esquecer um pouco o problema do trânsito de automóveis particulares e dar um jeito de "tirar" os ônibus dessa confusão. Com a melhoria do sistema de transporte coletivo, com a capacidade de realizar mais viagens, mais gente irá deixar o carro em casa e isso vai melhorar a vida também para aqueles que já utilizam o ônibus.

Nas paradas de ônibus, as pessoas sentem-se inseguras, sem falar na falta de sinalização indicando os itinerários e horários. Você percebe esse problema?

Abrigos adequados e informação aos usuários são muito importantes. O cidadão pode tirar melhor proveito do sistema quando entender quais são suas possibilidades. Nesse aspecto, eu acho que uma ampliação da abrangência da integração temporal seria muito interessante. Atualmente, pelas informações que disponho, ela é tão restrita que é utilizada por um percentual muito pequeno dos usuários. O mais importante, de fato, é ter um serviço confiável e rápido, diminuindo o tempo de viagem, mesmo que ela seja não tão confortável. Reportagem (Janayde Gonçalves)

Fonte: Diário do Nordeste

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Metrô e VLTs em Fortaleza geraram R$ 149 milhões em benefícios socioambientais

terça-feira, 26 de março de 2024

O mais recente Balanço Socioambiental do Metrofor revelou que as operações da empresa, em Fortaleza e cidades vizinhas, no ano de 2023, resultaram em um impacto na economia do estado de mais de R$ 149 milhões de reais. Esse valor corresponde a 80,7% dos subsídios financeiros recebidos pela empresa para a prestação do serviço de transporte público sobre trilhos.

Isso significa que uma grande parte das verbas investidas pelo poder público para garantir que o Metrô e os sistemas de VLTs continuem servindo à população é devolvida ao estado, em forma de benefícios socioambientais, que apesar de indiretos, são valores de alta relevância para a população.

O transporte sobre trilhos é o modal mais acessível à população, em termos de economia, rapidez e segurança. Enquanto a Linha Nordeste (VLT Parangaba-Mucuripe) segue gratuita para todos os usuários e a Linha Oeste (VLT Fortaleza-Caucaia) tem tarifa de R$ 1, a Linha Sul (Fortaleza – Pacatuba) está com passagem congelada em R$ 3,60 desde 2019. Sendo estas as menores tarifas praticadas no transporte público urbano e metropolitano. Em 2023, as três linhas registraram mais de 15 milhões de embarques.

Balanço socioambiental 2023
O valor de R$ 149.024.980,52 (cento e quarenta e nove milhões, vinte e quatro mil, novecentos e oitenta reais e cinquenta e dois centavos), apontado pelo Balanço Socioambiental, é a soma de todos os benefícios sociais, quantificados e valorados, conforme índices universais estatísticos, aplicados pela região de incidência, caso todos os 15,1 milhões de deslocamentos realizados pelo Metrofor – Região Metropolitana de Fortaleza, tivessem sido realizados por outros modais de transporte, tais como carros, ônibus, motos etc.
Isso acontece devido às características do transporte sobre trilhos que, além de ser mais rápido e mais seguro que o transporte rodoviário, também emitem menos poluentes, quando comparados direta ou proporcionalmente aos demais meios de transportes coletivos.

Ao gerar menos poluição, resulta numa contribuição significativa para a saúde pública; transportando trabalhadores com mais rapidez, proporciona um ganho no tempo de produtividade e de lazer da população; ao retirar carros e motos das ruas, reduz o número de acidentes e, consequentemente, as despesas do estado com saúde e com seguros de modo geral. A fórmula utilizada no Balanço Socioambiental divide o impacto dos sistemas de Metrô e de VLTs em 06 (seis) eixos, conforme detalhamento na tabela abaixo:

A metodologia para o cálculo dos benefícios socioambientais é a mesma adotada em trabalhos similares realizados em diversas outras operadoras metroferroviárias nacionais e internacionais, sendo destaque no Brasil o Metrô de São Paulo, com publicação regular na revista da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

Ao analisarmos os repasses financeiros do Governo do Estado do Ceará ao transporte público sobre trilhos – lembrando que a totalidade desses repasses foram destinados ao subsidio das passagens -, concluímos que a operadora dos sistemas de metrô e de VLT devolveu aos cofres públicos um montante de R$ 149.024.980,50 (cento e quarenta e nove milhões, vinte e quatro mil, novecentos e oitenta reais e cinquenta centavos), tendo o Estado gasto financeiramente, entre a diferença desembolsada para o subsídio e os benefícios advindos da economia pelo meio de transporte adotado, o total de R$ 35.583.057,41 (trinta e cinco milhões, quinhentos e oitenta e três mil, cinquenta e sete reais e quarenta e um centavos).

Informações: Metrofor

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Prefeitura de Fortaleza realiza audiência pública sobre a concessão dos terminais de ônibus e corredores estruturados

sexta-feira, 14 de julho de 2023

A Prefeitura de Fortaleza realiza, nesta quinta-feira (13/07), das 10h às 11h, uma audiência pública em formato virtual referente à concessão administrativa prevista para os Terminais de Ônibus Urbanos e Corredores Estruturados do Município. O ingresso dos interessados dependerá de prévia inscrição, através do e-mail: parcerias@sde.fortaleza.ce.gov.br, com o envio de dados: nome completo, telefone e indicação de órgão ou empresa, se for o caso. A iniciativa está sendo coordenada pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE).

A iniciativa trata de uma Parceria Público-Privada (PPP) para gerir 10 terminais urbanos (Antônio Bezerra, Messejana, Papicu, Parangaba, Lagoa, Conjunto Ceará, Siqueira, Washington Soares, José Walter e Coração de Jesus) e dois corredores estruturados (Antônio Bezerra/Centro e Messejana/Centro), resultando em gestão menos onerosa para o Município.

Atualmente, estes equipamentos constituem uma despesa de aproximadamente R$ 6 milhões por mês, abrangendo somente os custos básicos e diretos da operação. As receitas recebidas neste contrato serão, inclusive, destinadas ao subsídio da tarifa do transporte público coletivo urbano de passageiros.
O prazo da concessão será de até 30 anos, com fiscalização feita pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP). A regulação caberá à Agência de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (AcFor). A iniciativa da Coordenadoria de Fomento à Parceria Público-Privada (PPPFor) visa modernizar e otimizar a infraestrutura do transporte público, além de aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos.

Benefícios

Entre os benefícios diretos e indiretos proporcionados para cerca de um milhão de pessoas por dia, espera-se obter ganhos como: melhoria de infraestrutura, conforto e qualidade, conveniência e facilidades (implantação de centros de serviços e conveniência aos usuários e clientes do transporte (academias, mercados, faculdades, clínicas populares), maior segurança, geração de empregos, hub de infraestrutura, possibilidade de implantação de recarga de ônibus elétricos, padronização técnica dos terminais; atualização tecnológica; melhoria da qualidade dos serviços de administração, manutenção, vigilância e limpeza, permitindo otimização e redução dos custos diretos e indiretos.

“A iniciativa propõe, ainda, que o valor relativo à outorga recebida, no âmbito da PPP, seja destinado ao subsídio da tarifa do transporte público, bem como outros investimentos em modais alternativos e sustentáveis. É um aspecto importante e merece amplitude”, destaca a coordenadora de Parcerias Público-Privadas e Concessões, Alana Sampaio.

O investimento a ser realizado pelo setor privado encontra-se estimado em um Capex de R$ 322,30 milhões ao longo do período concedido, incluindo construção, pavimentação, usinas fotovoltaicas e tecnologias. O reflexo da redução de despesas fixas da Prefeitura foi orçado em R$ 16 milhões por ano, resultando em uma economia de R$ 490 milhões em 30 anos. Ao final do prazo da concessão, R$ 320 milhões de patrimônio reversível para o Município de Fortaleza.

“Fortaleza está dando um passo importante para melhorar o transporte público na cidade. O alto fluxo potencializa a capacidade dos Terminais para tornarem-se centralidades regionais e vetores de desenvolvimento urbano e econômico, sendo atrativos para o comércio, além de serviços públicos e privados”, pontua o secretário do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Nogueira.

Consulta Pública

A fase de consulta pública segue até o dia 31 de julho, na qual o cidadão de Fortaleza pode fazer contribuições, sugestões, questionamentos e tirar dúvidas, através do e-mail parcerias@sde.fortaleza.ce.gov.br. Para esta finalidade, os documentos estão disponíveis no Canal do Desenvolvimento Econômico.

Informações: G1 Bahia
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Cerca de 40% dos ônibus de Fortaleza dispõe de elevador para cadeirantes

sábado, 17 de julho de 2010


Profissionais e usuários do transporte público como personagens mais cidadãos. Saber usar e saber prestar o serviço são problemas observados não apenas em Fortaleza, mas em todo o Brasil.
Quem nunca presenciou um jovem sentado nas poltronas destinadas aos idosos e deficientes, enquanto uma senhora está em pé no corredor ou um cego tenta se equilibrar durante as freadas e curvas feitas pelo ônibus? São inúmeros os exemplos que ilustram a falta de educação de uma parcela da população e o despreparo de alguns motoristas dos transportes urbanos. Com o objetivo de fomentar o espírito cidadão entre os fortalezenses, neste que é um dos principais segmentos sociais de qualquer estado da Federação, hoje será realizado a palestra “Cidadania no Transporte de Passageiros”, no auditório do Sest/Senat, a partir das 14 horas.
O instrutor de treinamento do Sest/Senat, André Batista, explicou que a mobilidade e a acessibilidade urbana ligadas aos idosos e aos deficientes é um tema que precisa ser trabalhado para alavancar a qualidade de vida destes dois grupos. De acordo com ele, o evento é voltado para a população em geral, tendo como um dos focos principais tornar a população mais respeitosa e educada.
“A mobilidade, hoje em dia, se agrega à acessibilidade e, como cidadãos, temos o dever de tratar as pessoas que possuem alguma deficiência física com mais respeito. Entretanto, o cenário está mudando. Os carros estão sendo remodelados parar atender este público. Muitos deles já possuem rampas ou elevadores. Escolhemos este tema porque este setor deve ser bem trabalhado, tendo em vista que cada vez mais o público idoso vem crescendo”, salientou ele, dizendo que , em Fortaleza, cerca de 40% dos ônibus urbanos são equipados com elevadores para cadeirantes.
100% em 2013Contudo, o instrutor salientou que muitas ações estão sendo realizadas para capacitar os profissionais e melhorar a acessibilidade nos transportes urbanos. De acordo com ele, até 2013, 100% da frota da Capital será munida com os elevadores para deficientes físicos. André explicou ainda que o Sest/Senat tem um projeto chamado “Transporte e Cidadania” que tem o objetivo de levar qualidade de vida aos motoristas e cobradores.
Entretanto, apesar de todos os problemas provenientes da mobilidade urbana em Fortaleza, o instrutor ressaltou que o usuário cearense é educado e respeitador. “Com qualificação, todo o sistema vai tornar-se universal, oferecendo ao usuário um tratamento mais adequado”, relatou ele, explicando que cerca de 3,5 milhões de pessoas utilizam algum tipo de transporte público em Fortaleza.

  • A COISA ESTÁ MELHORANDO
O jornalista cadeirante Vinícius Augusto de Oliveira destacou que a situação dos transportes públicos para os usuários de cadeiras de rodas já foi pior. Segundo ele, nos últimos cinco anos houve um significativo aumento no número de carros adaptados. Porém, o jornalista lamentou o fato das ruas de Fortaleza não estarem adequadas para quem precisa se locomover com cadeiras de rodas.
“Faz algum tempo que não utilizo ônibus. Isso porque não consigo chegar aos pontos sozinho. O principal problema são as ruas que não oferecem condições para a gente locomover-se. Estive em São Paulo e percebi uma grande diferença. Lá, a maioria dos ônibus possuem rampas, e existem carros que as escadas ficam no nível das calçadas”, pontuou Vinícius.

Fonte: O Estado

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Número de automóveis em Fortaleza já supera 800 mil e, rápido, deverá chegar a 1 milhão

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Passar horas praticamente parado em um congestionamento já faz parte da rotina diária dos fortalezenses. O problema se agravou nos últimos dez anos, período em que a frota cresceu vertiginosamente, enquanto avenidas e ruas da Capital permaneceram as mesmas. Prova dessa dificuldade enfrentada no tráfego é o aumento da frota registrada em julho: cerca de 218 novos veículos por dia entraram em Fortaleza.
 
Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE). Conforme o levantamento apresentado, o número de veículos saltou de 402.386, em 2002, para 813.871, em 2012, computados apenas os sete primeiros meses do ano, o que representa um aumento de 102,26%. Em julho, um total de 6.554 veículos foi incorporado à frota que circula na Capital.
 
Estatística atualizada do Detran-CE ratifica que a média de incremento de veículos na cidade fica em torno de seis mil automóveis por mês. Baseado no crescimento, a expectativa é de que, até 2015, a frota da cidade deve ultrapassar a casa de um milhão.
 
Especialistas em planejamento urbano apontam que Fortaleza se arrasta no percurso hoje prioritário de implantação de medidas na área. Assim, a cidade não consegue comportar o crescimento contínuo da frota e da população e sobram congestionamentos ao longo do dia.
 
Como não há tempo para mudanças profundas na infraestrutura, há quem sugira alguns "sacrifícios" para amenizar o caos no trânsito de Fortaleza. É o caso do promotor Antônio Gilvan de Abreu Melo, um dos titulares do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran), do Ministério Público do Estado. Ele defende a implantação do rodízio para veículos em Fortaleza.
 
Revezamento
A proposta do especialista é fazer o revezamento durante duas semanas seguidas, tirando sábado e domingo. "Não é um sacrifício tão grande assim. O motorista não poderá circular com seu carro a cada 12 dias. O que é impossível de suportar é ter dez mil carros rodando ao mesmo tempo pela cidade", ressalta.
 
Pare ele, melhorias que podem ser implementadas rapidamente passam pela priorização e o ordenamento do transporte público. A oferta de mais coletivos para os usuários e as paradas de transporte alternativo, na sua avaliação, deveriam ser diferenciadas das de ônibus.
 
Além disso, o arquiteto e urbanista Antônio Paulo Cavalcante analisa que outras cidades do mundo, com uma frota maior que a da cidade de Fortaleza se preocuparam em equilibrar tanto a infraestruturas como a frota e o transporte de massa.
 
"Se a variável de veículos está crescendo tanto, precisamos de novos paradigmas", salientou o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Ademar Gondim. Lembrou que a Lei Federal sobre mobilidade urbana, número 12.587, de 3 janeiro de 2012, cria novos parâmetros, tais como prioridade do transporte público sobre o particular, prioridade do transporte coletivo sobre o individual e utilização do espaço público para a circulação dos veículos em lugar de estacionamento.
 
Admitiu serem necessárias intervenções e mudanças de hábitos da população. Também lembrou que, no próximo dia 28, acontecerá reunião do Fórum Nacional de Dirigentes de Municipais de Trânsito e Transportes em Brasília. Na pauta: o financiamento dos órgãos de trânsito.
 
Por Fernando Brito / Diário do Nordeste
 
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Prefeitura de Fortaleza recorre de aumento na passagem de ônibus

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A Prefeitura de Fortaleza entrou ontem com pedido de suspensão da liminar que aumentou o valor das tarifas de ônibus em Fortaleza. O caso foi levado ao Tribunal de Justiça (TJ-CE) e, segundo o órgão, tramitará em caráter de urgência. Porém, não houve nova movimentação no processo ontem. Após decisão judicial divulgada segunda-feira, 10, o preço da passagem passou de R$ 2 para R$ 2,25 (inteira) e de R$ 1 para R$ 1,10 (meia). 

O procurador geral do Município, Martônio Mont’Alverne, diz que a Prefeitura justifica o recurso com o que está previsto na Lei Municipal nº 8.968, de 14 de setembro de 2005. A lei obriga a divulgação do reajuste das tarifas do transporte público para a população com uma antecedência mínima de dez dias.

Além disso, no pedido de suspensão da liminar, o Município argumenta que foge à gerência do Judiciário decidir sobre a prestação de um serviço municipal, que não há “desequilíbrio” no contrato com as empresas de transporte coletivo e ainda que a liminar “criou uma perturbação na ordem econômica, jurídica e administrativa municipal”.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) rebate dizendo que o texto da Lei Municipal especifica a responsabilidade para o Poder Executivo. Assim, o prazo não seria obrigatório para uma decisão judicial.

Reclamações

Em meio à peleja entre a Prefeitura e o Sindiônibus, boa parte da população embarcou nos ônibus ontem alheia ao aumento da passagem. “Fui pego de surpresa. Antes tinha comunicação e dessa vez foi de repente”, afirma o auxiliar de escritório Antônio Lima, 48 anos. “Se não tivesse dinheiro, como ia fazer? Ia ser um constrangimento”, desabafa a professora Roseane Marques, 42.

A recepcionista Poliane Morais, 37, considera o reajuste injusto “porque não tem melhoria. Os ônibus atrasam e vêm lotados”. Mas houve quem não reclamasse: “Já saí de casa preparado. Achei o reajuste justo porque estava na hora”, opina o pintor Francisco Lima, 61.

No percurso de ônibus feito pela reportagem do O POVO entre os terminais do Conjunto Ceará e do Antônio Bezerra, na manhã de ontem, uma das passageiras não tinha os 25 centavos a mais e, após discutir com o cobrador, pagou apenas R$ 2.

Negociações

A respeito das conversas com as empresas de ônibus sobre o reajuste, o procurador Martônio Mont’Alverne informa que “o Sindiônibus protocolou, em 19 de novembro, o pedido na Etufor (Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza), e as negociações ainda estavam em andamento”. Mont’Alverne diz que a Prefeitura foi surpreendida com a decisão da Justiça. Lembra ainda que houve redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) no começo deste ano e “não há motivo para majoração”. O PT municipal divulgou, ontem, nota manifestando-se contra o aumento da tarifa.

Superintendente técnico do Sindiônibus, Pessoa Neto contrapôe-se ao procurador. Segundo Neto, pelo contrato assinado entre os cinco consórcios e a Prefeitura, o Município tem que fazer estudo anual de reajuste da tarifa a cada novembro. “Estávamos preocupados de que até aquela data (19/11) a Prefeitura não estaria realizando os estudos. Havia um silêncio absoluto. E decidimos cobrar formalmente.” O Sindiônibus diz que apresentou um estudo apontando que a tarifa deveria ser de R$ 2,27, já levando em conta a redução do ISS. “Sem isso, a tarifa teria um preço superior a R$ 2,30”, afirma.

Questionado se usuários seriam ressarcidos caso a Prefeitura consiga derrubar a liminar, o superintendente do Sindiônibus fala que “o que é cobrado hoje é legal, atendendo decisão judicial.”

ENTENDA A NOTÍCIA

A Prefeitura de Fortaleza entrou ontem com pedido de suspensão da liminar que permitiu o reajuste da tarifa de transporte público. O caso será analisado, em caráter de urgência, pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). 

Serviços
Para mais informações sobre o transporte público em Fortaleza, você deve entrar em contato com:
Etufor: (85) 3452 9292
Sindiônibus: (85) 4005 0990

Saiba mais 

O aumento na passagem de ônibus foi concedido por decisão liminar, na segunda-feira, pelo juiz Hortênsio Augusto Pires Nogueira, da 1ª Vara da Fazenda Pública, atendendo a pedido do Sindiônibus.

Segundo gestores do sindicato, o sistema de transporte urbano municipal opera com prejuízo diário de R$ 200 mil desde 1º/12 - quando deveria ter passado a valer o reajuste anual. 

Ainda na segunda, a Prefeitura anunciou, em nota, que iria recorrer da decisão.

Resumo da série
Desde segunda-feira, Dia Internacional de Direitos Humanos, O POVO publicou uma série de reportagens sobre adolescentes em conflito com a lei, desde o custo de cada jovem em centro educacional para o Estado, até experiências de práticas restaurativas. A série chega ao fim hoje.

Informações: O Povo Online

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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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Corredores de ônibus são opção para mobilidade em Fortaleza

sábado, 29 de outubro de 2011

Qual a solução para melhorar a qualidade do transporte público da Capital? Para Otávio Vieira da Cunha, presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), a alternativa que parece ser a mais viável são os corredores exclusivos de ônibus. "Priorizar o transporte público em detrimento do transporte individual". O especialista acredita que dessa forma será possível resolver a crise de mobilidade urbana brasileira, já que o prazo de implantação desses corredores é de no máximo dois anos.

Em Fortaleza, três corredores serão fixados. Um deles interliga os terminais do Antônio Bezerra ao Papicu. A obra está em andamento desde maio de 2008, incluindo alargamentos e restaurações de vias. Contudo, três anos depois, ainda não foi concluído.

De acordo com o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), responsável pela intervenção, a expectativa é que obra seja finalizada até o fim de 2012, totalizando quatro anos de duração, o dobro do prazo máximo estimado por Otávio Cunha para construções dos corredores.

Mais dois corredores estão previstos: interligando a Avenida Augusto dos Anjos a Avenida José Bastos; e Avenida Senador Fernandes Távora a Avenida Expedicionários. Segundo o Transfor, o processo de licitação deverá ocorrer ainda este ano.

Velocidade
De acordo com o presidente da NTU, a velocidade média do trânsito de Fortaleza é de 13 Km/h. Com a execução desses corredores, a velocidade deverá passar para 30 Km/h. "Se Fortaleza conseguir dobrar isso, ou seja, passar 26 Km/h, já vamos ter um ganho considerável no tempo de viagem. A meta é redução". Com isso, a viagem que, hoje, dura uma hora, passará a ser feita em 30 minutos.

Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014, uma série de projetos e investimentos estão sendo feitos no sentido de resolver a crise da mobilidade urbana dos grandes centros. O presidente da NTU cita que, nos últimos 30 anos, o Governo Federal não fez nenhum investimento em infraestrutura urbana, mas agora está disponibilizando R$ 30 bilhões para as cidades acima de 700 mil habitantes, o que beneficia não apenas as cidades-sede da Copa. Cunha alerta que esse recurso tem que ser aproveitado em investimentos que deixem um legado para a população.

VLT
Uma das obras de mobilidade urbana em Fortaleza para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), que ligará o Mucuripe à Parangaba. A conexão ferroviária possui 12,7 quilômetros de extensão, sendo 11,3 Km em superfície e 1,4 Km em elevado. A previsão é que o transporte seja utilizado, diariamente, por 90 mil passageiros.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), em torno de 2.700 famílias serão atingidas. Na comunidade Aldacir Barbosa, moradores estão apreensivos quanto ao futuro de suas vidas. Eles estão preocupados com o valor das indenizações, que segundo afirmam, quase sempre são avaliados abaixo do valor de mercado.

Segundo a assessoria de imprensa da Seinfra, imóveis avaliados em até R$ 40 mil, a família receberá, em dinheiro, o valor da indenização, mais um apartamento quitado pelo programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Nos imóveis acima de R$ 40 mil, a família recebe a indenização em dinheiro, mais o apartamento. Contudo, ele terá que se cadastrar no Minha Casa Minha Vida II e precisará pagar, por mês, uma quantia que pode variar de R$ 50,00 a R$ 150,00, dependendo da renda familiar.

De acordo com o órgão, no início do ano, moradores da comunidade Aldacir Barbosa não permitiram que o governo entrasse na comunidade. E, como o projeto de construção do VLT já foi aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema), o governo já pode ir novamente nas casas apresentar as propostas.

PROTAGONISTA
Resistência
A educadora Elizabeth Santos Oliveira, 43 anos, que nasceu e se criou na comunidade Aldacir Barbosa, reclama que não houve diálogo entre o governo e os moradores.

Elisabeth conta que a maior preocupação dos moradores é com a proposta de habitação que está sendo imposta pelo governo. "Estão querendo colocar a gente num programa habitacional lá no José Walter, que é um bairro distante, e nesse conjunto habitacional vão morar todas as 11 comunidades atingidas. A gente não vai ter mais os mesmos vizinhos". Elizabeth Santos Oliveira



LUANA LIMAREPÓRTER

Informações do Diário do Nordeste

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Em Fortaleza, Hora social vai equilibrar demanda por ônibus

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Novidade no sistema de transporte de Fortaleza, a hora social pretende equilibrar a demanda dos usuários de ônibus da cidade e aumentar a receita em horários fora do pico. Os horários em que a tarifa continuará R$ 1,80 foram definidos a partir de um estudo, segundo o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

A partir de 6 de março, nos horários chamados “entre pico” (das 9 às 10 horas e das 15 às 16 horas), a passagem continuará em R$ 1,80 (inteira) e R$ 0,90 (meia) para os portadores de vale-transporte eletrônico e de carteira de estudante carregada com créditos. Mais de um milhão de passageiros utiliza ônibus por dia na capital cearense.

Segundo a Etufor, Fortaleza possui uma frota operante de 1.755 veículos, variando de mês para mês, em função da flutuação esperada do número de passageiros.

“Nós temos um estudo para procurar mudar um pouco a quantidade de pessoas do horário de pico para esses horários”, destacou Ademar Gondim, presidente da Etufor. O público será principalmente o das pessoas que podem pegar o transporte público em qualquer horário.

Frota
Apesar de existirem horários de pico, em geral as maiores movimentações em cada terminal acontecem em horários diferentes. No Siqueira, por exemplo, o maior movimento acontece às 5h30min. No Papicu, o horário é às 6h30min.

Entre os terminais, segundo o anuário do transporte público de Fortaleza 2009, documento produzido pela Etufor, Parangaba e Antônio Bezerra são os mais movimentados. Naquele ano, foram 2,16 milhões de pessoas no terminal do Antônio Bezerra e 2,24 milhões na Parangaba

Sistema de transporte na capital cearense
O sistema de transporte de Fortaleza possui sete terminais fechados integrados e dois abertos não integrados. São 240 linhas de ônibus regulares, incluindo 22 “corujões”, que operam a partir das 0 hora.

Na cidade, a idade média dos veículos é de 4,6 anos, sofrendo alteração conforme a entrada e saída de ônibus do sistema. Há linhas convencionais e complementares de transporte para o tráfego entre terminais e para o centro da cidade.

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

Os horários de pico em geral são os que a população mais reclama da demora dos ônibus e da lotação. Se a medida funcionar como pretende, vai equilibrar a demanda entre os horários do dia, evitando as tradicionais filas de espera.



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Ações tentam incentivar o uso de ônibus em Fortaleza

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A demanda do transporte público de Fortaleza aumentou cerca de 20% nos últimos oito anos. De acordo com a Prefeitura, esse crescimento teve o reforço da implantação do Bilhete Único (que possui 500 mil usuários cadastrados) e da ampliação de integrações no ano passado. O anúncio do funcionamento das faixas prioritárias para ônibus em 16 avenidas, até julho de 2015, e a garantia de pelo menos 12% da frota com ar-condicionado a cada ano terão a missão de fazer com que mais motoristas possam virar passageiros.
FOTO: DEIVYSON TEIXEIRA
De acordo com o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira, a média mensal prevista de passageiros pagantes em 2014 é de 30 milhões, enquanto a média do ano passado foi de 27 milhões. “Essas ações, por si só, já aumentaram a demanda por transporte público em Fortaleza”, acrescentou o prefeito Roberto Cláudio (Pros), que destacou a intenção de reduzir em até 40% o tempo de viagem das linhas com as novas medidas. Conforme ele, a qualidade e o conforto deverão fazer do ônibus uma opção acessível para quem possui um veículo. “O ar-condicionado será também um passo ousado no sentido de termos uma nova demanda, assim como a ampliação ou reforma dos terminais”.

A previsão é de que Fortaleza tenha 122 km de faixas para os ônibus em cerca de um ano. Hoje, apenas a Bezerra de Menezes e o sistema binário das avenidas Santos Dumont e Dom Luís possuem a delimitação, que somam 15 km. A iniciativa, que faz parte do Plano de Ações Imediatas de Trânsito e Transporte (Paitt), prevê ainda novo mobiliário em todos os pontos de parada que compõem os trechos das vias por onde passarão faixas e reforço na iluminação.

As vias escolhidas são as que apresentam mais fluxo de ônibus na Capital e nove delas integram percursos de um dos seis corredores de BRT (Bus Rapid Transit) já anunciados pela Prefeitura. As seis primeiras avenidas recebem a faixa prioritária até outubro, como adiantado ontem pelo O POVO com exclusividade. O restante terá suas modificações anunciadas trimestralmente. A fiscalização com emissão de multas deverá ocorrer em até 60 dias após a implementação. As distâncias que poderão ser percorridas por veículos particulares nas faixas, compreendendo estacionamentos e conversões, poderão variar entre 100 e 300 metros, a depender da via.

Conforme o coordenador do Paitt, Luís Alberto Sabóia, estudos ainda serão feitos para definir como será feita a readequação de calçadas e de estacionamentos em escamas. “Vai depender do fluxo da via e do tipo de uso e ocupação do solo em cada espaço”, afirmou. Táxis poderão transitar nas faixas, com ou sem passageiros, ainda conforme Luís. “O volume de táxis circulando nessas vias é baixo”, justificou.

Saiba mais

Os ônibus que farão o trajeto do BRT Antônio Bezerra/Centro, a partir de setembro, já deverão ter ar-condicionado, conforme a Prefeitura. Roberto Cláudio garantiu que, a partir do dia 1º de dezembro, todas as permutas de frota de ônibus deverão ser feitas por veículos que possuem o equipamento. “Em seis anos, todos os ônibus deverão ter ar-condicionado. Sempre que houver reposição da frota, no mínimo 12,5% deverão ter”.

O impacto tarifário após a medida, de acordo com o prefeito, ainda não pode ser mensurado. “O Sindiônibus calcula cerca de 10% a mais de consumo de óleo diesel. Mas a gente precisa rodar o sistema, com o Bilhete Único e novos usuários para ver qual será esse impacto. As medidas de eficiência e integração podem compensar”, disse.

A Prefeitura pensa ainda em transformar a Washington Soares em corredor exclusivo pelo canteiro central. Mas ainda não há definições.

Até o dia 31 de julho haverá modificação na linha Canindezinho/Iguatemi. Até o fim do ano, 16 linhas serão modificadas.

Por Sara Oliveira
Informações: O Povo Online

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Etufor garante cartão gratuidade no transporte para 39.870 pessoas com deficiência

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

No dia 21 de setembro é celebrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A Prefeitura de Fortaleza oferece diversos serviços que buscam garantir a acessibilidade de todos os cidadãos e um deles é o cartão de gratuidade para as pessoas com deficiência (PCDs) no transporte público, que foi assegurado pela Lei Complementar Nº 57/2008 e é emitido pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Há 15 anos, o cartão gratuidade é emitido em Fortaleza. Atualmente, 39.870 pessoas possuem o cartão, sendo a maior quantidade de documentos emitidos para pessoas com deficiência mental/intelectual (23.440), seguido de deficiência física (9.551), visual (2.688), auditiva (2.572) e múltipla (1.619). Os usuários podem utilizá-los com direito a acompanhante, caso a presença do mesmo seja imprescindível.

Para ter direito ao cartão de gratuidade, o usuário precisa morar em Fortaleza, comprovar o tipo de deficiência por meio do laudo médico da rede pública, estar fora do mercado formal de trabalho e atender a um dos critérios socioeconômicos. A análise do enquadramento no perfil é realizada presencialmente na Diretoria de Acessibilidade, Sustentabilidade e Inclusão Social (Diasis), localizada na sede da Etufor, pelo próprio usuário ou pelo responsável legal.

Os cartões emitidos têm validade de um ano e, após esse período, o usuário deve dirigir-se novamente à Etufor para revalidação, portando os documentos atualizados que comprovem a condição da pessoa com deficiência (laudo médico padrão) e seu perfil socioeconômico atualizado.
Para David Bezerra, presidente da Etufor, o cartão gratuidade é direito fundamental para quase 40 mil pessoas em nossa cidade, tendo em vista que o ir e vir é garantido a essas pessoas que convivem com as mais diversas dificuldades.

Já Dimas Barreira, presidente do Sindiônibus, o acesso ao transporte público coletivo é um instrumento de cidadania tão essencial que, por vezes, se confunde com o próprio acesso à cidade, inclusive aos demais serviços públicos. "Garantir este direito a um público que já enfrenta tantas barreiras é algo levado a sério aqui no município de Fortaleza", considera Barreira. 

Cartão para pessoas com mobilidade reduzida não-aparente

Outro benefício que garante um ir e vir mais acessível no transporte público é o cartão para pessoas com mobilidade reduzida não-aparente. Com ele, o usuário pode realizar o embarque e desembarque pela porta da frente, dentro ou fora dos terminais de integração e o embarque prioritário quando for comprovada a restrição de passagem pela catraca.

Aprovado em 2021, atualmente 382 passageiros têm direito ao cartão. O documento pode ser utilizado no transporte público, desde que seja efetuada uma recarga, ou seja, não dá direito à gratuidade, sendo necessário apresentá-lo no validador para registro da biometria e débito da passagem, podendo usufruir das funções de integração.

Para ter acesso, o usuário deve solicitar presencialmente na sede da Etufor.

Critérios para o cartão gratuidade para pessoa com deficiência
Atender a um dos critérios socioeconômicos:
- receber o Benefício da Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS)
- estar fora do mercado formal de trabalho
- apresentar o laudo médico padrão emitido pela Rede Pública de Saúde Municipal, Estadual, Federal ou pela rede conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS)
- fazer parte de família beneficiária do programa Bolsa Família
- estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal ou dispor de renda per capita familiar de até um salário mínimo

Como solicitar Bilhete para pessoa com mobilidade reduzida não-aparente

A pessoa com mobilidade reduzida não-aparente e comprovada restrição de passagem pela catraca no ônibus deverá apresentar documentação para avaliação pela Etufor.
Agendamento: site da Etufor
Documentos: RG, CPF, comprovante de endereço e laudo médico

Informações: ETUFOR
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