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Governo Federal dá um tiro na mobilidade urbana com redução de IPI para carros

domingo, 27 de maio de 2012

A presidente Dilma Rousseff, logo após sancionar a nova Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que inverte uma lógica não escrita, porém praticada, em que o uso de carro particular orienta políticas públicas em transportes, nos surpreendeu nesta semana com as medidas anunciadas de estímulo à produção e venda de automóveis.

Nem bem a nova lei entrou em vigor, em 13 de abril, desestimulando o uso de carros e tornando possível a captação de recursos a serem investidos prioritariamente em ônibus, metrô e trem, e nos surpreendemos com essa medida. Essa medida federal vem contribuindo para que as nossas cidades, cada vez mais espalhadas e entulhadas de automóveis, continuem tornando nossas vidas mais caras, com elevado tempo de viagem no transporte público ou pessoas presas nos congestionamentos dos automóveis, sem contar os acidentes e a poluição urbana. 

CRISE NA MOBILIDADE
Este é o cenário na maioria das nossas cidades grandes e médias e, principalmente, nas regiões metropolitanas. Na segunda-feira, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um pacote de incentivos para a produção de carros de passeio. 

Os veículos flex (movidos a gasolina e álcool) tiveram o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido da seguinte maneira:
- Carros 1.0, de 7% para zero de alíquota;
- Carros 1.1 a 2.0, de 11% para 5%;

Já para os veículos com um combustível as reduções são:
- Carros 1.1 a 2.0, de 13% para 6,5%.
- Os utilitários tiveram imposto reduzido de 4% para 1%.
Os benefícios valem para os veículos produzidos no Brasil ou mesmo fora do País, que estejam inclusos no regime automotivo do Mercosul. As reduções valem até agosto, prazo que deve somar uma renúncia fiscal de R$ 1 bilhão para o governo federal.

FALTA COERÊNCIA
Com que moral o governo federal penalizará as cidades que não cumprirem as determinações da lei da mobilidade, suspendendo os repasses federais destinados às políticas de mobilidade urbana, no caso de as cidades não priorizarem o transporte público e taxarem a circulação de veículos em determinadas áreas, como fazem cidades como Londres e Estocolmo, por exemplo, e como prevê a lei? 

Como o governo federal autoriza Estados e as prefeituras a implantar um rodízio de carros e em seguida adota medidas que estimulam as vendas de carros, que impactarão diretamente na mobilidade das cidades? 

Esse incentivo aos carros estimula as famílias a comprarem mais um veículo em vez de usar o transporte público e, assim, driblar o rodízio de veículos proposto como alternativa na própria Lei Federal 12.587/12, que coloca a necessidade de racionalizar e restringir a utilização do automóvel. Aí, não tem rodízio que dê conta.

Enquanto os transportes públicos não receberem os mesmos incentivos que os carros de passeio, a qualidade não melhora. Além disso, não se pode esquecer que o transporte público também gera muitos empregos. 

Mas eu fico me questionando por que os incentivos não são direcionados de fato à mobilidade sustentável nas cidades. Precisamos de mais verbas para os PACs (Programas de Aceleração do Crescimento) e também, principalmente, de políticas públicas efetivas que garantam um transporte público de qualidade para toda a população. 

Portanto, esperamos outro modelo de cidades que satisfaça a sociedade como um todo, colocando o transporte público à frente do individual, contribuindo para a redução da poluição atmosférica, do aquecimento global, dos acidentes e congestionamentos. Queremos do governo federal políticas públicas eficazes e coerentes com uma sociedade equânime e sustentável.

Fonte: Diário do Grande ABC

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Reduzir IPI para carros vai na contramão da economia verde

sábado, 26 de maio de 2012

Nesta semana, o governo federal anunciou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, diminuindo em quase 10% o valor dos carros e, consequentemente, incentivando sua compra. Para Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e conselheiro do Planeta Sustentável, a medida é revoltante.

"Essa decisão do governo vai na contramão da economia verde. Trata-se de um incentivo ao passado. O que precisamos é de estímulos para a mobilidade do futuro, para transportes públicos de qualidade", disse o especialista durante o encontro Como podemos crescer dentro de uma economia de consumo consciente?, promovido na Editora Abril. "A primeira coisa que não deveríamos fazer, já fizemos: reduzir o IPI para carros", afirmou Mattar, fazendo referência ao tema do evento.

Para o especialista, um dos meios de transporte mais promissores para o futuro é o metrô. "E um metrô de superfície, ao invés dos subterrâneos. As obras são muito mais rápidas e fáceis, principalmente em cidades como São Paulo, que têm muitos altos e baixos em seus terrenos", explicou.

Repercussão internacional
No início desta semana, Helio Mattar também participou do encontro No caminho da Rio+20 e além, promovido em Nova York pelas Nações Unidas, e contou que, na ocasião, muitas pessoas do cenário internacional vieram questioná-lo se era realmente verdade que o governo brasileiro havia decidido reduzir o IPI para veículos.

"Ninguém conseguia acreditar que às vésperas da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que inclusive vai ser sediada no nosso país, o governo brasileiro tivesse tomado tal atitude. Minha vontade era entrar debaixo de alguma mesa e me esconder, mas tive que confirmar a notícia. Realmente, revoltante", concluiu Mattar.

Fonte: Exame Abril

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Fortaleza deve ganhar 15 mil carros nos próximos 03 meses mais devido a redução do IPI

Com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os carros, Fortaleza deve receber cerca de 15 mil novos veículos até o dia 31 de agosto, segundo o vice-presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores no Ceará (Fenabrave), Raimundo Brasileiro. Isso representa um número de 3 mil carros a mais do que a previsão sem a redução do imposto.

A medida faz parte de um pacote anunciado na segunda-feira (21) pelo governo federal e publicada nesta terça-feira (22) no Diário Oficial da União.
Expectativa de vendas

Ainda de acordo com Raimundo Brasileiro, a expectativa é que as vendas registrem um aumento de 17%. No entanto, descontada a queda de 7% na comercialização dos veículos no último mês de abril, o real crescimento será de 10%.

De acordo com os dados da Fenabrave, no mês de abril de 2012 foram emplacados 3.845 novos carros em Fortaleza. Já no mês de março foram registrados 4.290 novos veículos rodando nas ruas da capital.

Descontos
Com a redução do principal  impostode 37% para 30% em cima do veículo, um carro até 1.000 cilindradas terá o preço reduzido para o consumidor final.
“Um carro popular que atualmente custa cerca de R$ 32,00 mil, com o desconto do IPI , ele passa a custar em torno de R$ 28.400. Uma redução de R$ 3.500 que já ajuda no pagamento do seguro”, explica Raimundo. A medida é válida até 31 de agosto deste ano.

Veículos rodando em Fortaleza
De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), há 12 anos havia 353.620 veículos rodando na capital e 280.251 no interior. Em dezembro de 2010 esses números dobraram na capital, com 707. 731 veículos, e triplicaram no interior, com 998.630 automóveis registrados.
Já em 2012, a frota de veículos na Capital chega a 1.972.480.  O maior aumento notado foi no interior, onde a número de veículos aumentou 225,44%. De 363.620 carros em 2002 para 1.183.357 em 2012.

Mobilidade urbana
Os efeitos do aumento da frota de veículos na Capital poderá ser reduzido com alguma migração de veículospara cidades como Sobral, Juazeiro do Norte e Quixadá, desafogando a Metrópole, segundo o Arquiteto Urbanístico, Euller Muniz.

De acordo com Euller, com a intensificação dos congestionamentos em Fortaleza em todos os horários, além de outras dificuldades como a falta de espaço para pedestres, o investimento em transporte público de qualidade ainda é a melhor saída para melhorar a mobilidade urbana.

Fonte: Jangadeiro Online

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No Recife, Número de usuários nos ônibus cresceu apenas 6% nos últimos anos

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O número de pessoas que usam carros aumenta mais dos que utilizam o transporte coletivo, para se ter uma idéia, no período 2004 a 2009 a frota de veículos na RMR aumentou  34% enquanto o número de passageiros transportados no STPP/RMR cresceu apenas 6%. No Ano de 2009, foram transportados cerca de 438.554.393 contra 413.348.600 em 2004.
Falta de corredores de ônibus
Pode-se dizer que o número de passageiros dentro dos coletivos cresceu menos de 1% ao ano.

Isto acontece pela falta de investimentos no sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife como falta de corredores de ônibus, ônibus sem qualidade, insegurança e falta de ônibus. Para muitos especialistas e urbanistas, a resolução deste assunto é priorizar o transporte público de massa. Para isso, é preciso restringir o uso dos carros de forma a priorizar os ônibus nas principais vias da cidade.

E para somar tudo isso, o crescimento econômico do Brasil e de Pernambuco, onde as famílias passaram a terem mais renda e facilidades no crédito.
E foi justamente nesta facilidade ao crédito junto com a redução do IPI dos automóveis fez com que aumentasse ainda mais o número de pessoas com carros na cidade.

Atualmente, o Estado tem emplacado entre 1 mil e 1.300 veículos por dia. E a tendência é cada vez mais os automóveis ganharem as ruas impulsionados pelo culto ao carro comum entre os brasileiros.

Confira a invasão de carros em PE. Os números mostram a frota veicular em setembro/2011.
PE – 2.013.881 veículos
RMR – 1.002.681 veículos
Recife – 559.942 veículos



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Presidente da CTTU completa 01 ano à frente do complicado trânsito de Recife

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

No próximo 06 de outubro, a engenheira eletricista Maria de Pompéia estará completando 01 ano como presidenta da CTTU, tendo o trânsito como um dos mais problemas na cidade, a questão da mobilidade infelizmente não vem sendo tratada como prioridade na maioria das cidades brasileiras, visto que não é só da cidade do Recife como também do Brasil, e para isto, ela tem enfrentado varias dificuldades devido à falta de mobilidade que a cidade enfrenta hoje, porém para que a cidade chegasse ao caos que hoje se encontra, a falta de planejamento nas ultimas décadas como a não priorização ao transporte público fez com que o sistema de certa forma chegasse ao caos que hoje se encontra.

Porém para enfrentar todos estes problemas, o Prefeito da cidade João da Costa nomeou-a para mudar a cara do transito na cidade, e o Blog Meu Transporte teve o privilégio de conversar e tirar algumas dúvidas sobre a mobilidade urbana e os principais desafios.

Ela relata que foi difícil no começo, pois sabia que muita coisa precisava ser mudada, a começar pelo planejamento de engenharia de trânsito da cidade, pois com o crescimento da economia no Brasil e em Pernambuco mais ainda, muitas pessoas tiveram suas rendas aumentadas e conseqüentemente a comprar mais carros, principalmente pelas facilidades de compras nos financiamentos como a redução do IPI, com isso, é claro que o número de carros nas ruas da cidade cresceu, porém as vias permaneceram as mesmas de 20, 30 anos atrás. Somado a isso a falta de um sistema de transporte de qualidade. 

 “Quando assumir tinha apenas 300 agentes, e hoje já são 400 agentes de trânsito pela cidade, e mais um concurso público em andamento para contratação imediata de mais 200”.

O Prefeito João da Costa lançou em maio o plano de ação do trânsito para 2011 e 2012, para enfrentar os pequenos gargalos na cidade, e este plano já se encontra em execução, tendo em vista a sua conclusão em junho de 2012, De acordo com Pompéia, as intervenções já iniciaram, a exemplo da modernização da rede semafórica. “Esse é um trabalho que irá repercutir numa melhor sincronização dos sinais e garantir que não haja o desligamento dos equipamentos na falta ou variação da tensão de energia elétrica”, afirmou. A gestora também destacou a criação de um comitê para discutir mobilidade, uma iniciativa assumida desde quando assumiu a presidência do órgão.

Além desses planos, a prefeitura retirou vários giros à esquerda na avenida norte, melhorou a circulação dos carros na Agamenon Magalhães com proibição dos giros a esquerda e também na limitação das vias locais, ela relata que as próximas vias a serem revitalizadas na questão de sinalização será a Avenida Abdias de Carvalho, onde a intenção é melhorar o fluxo da mesma forma acontecida na Avenida Norte.

“É preciso entender que o trânsito do Recife é feito por todos. A sociedade em geral é responsável pela promoção de um trânsito melhor”, Maria de Pompéia.


Blog Meu Transporte

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Tarifa de ônibus vai custar R$ 2,90 em Mauá

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A partir da 0h deste domingo (07/08), a tarifa dos ônibus municipais ficará mais cara em Mauá. O valor da passagem passará dos atuais R$ 2,50 para R$ 2,90 (reajuste de 8,6%). Ao contrário dos demais municípios do ABCD, que reajustaram as tarifas no início deste ano, Mauá não faz a majoração desde dezembro de 2008.

O edital de licitação das empresas que operam o sistema de ônibus permite que o reajuste seja feito apenas um ano após a concessão. Como a Prefeitura havia licitado uma nova concessão em 2009, havia entraves jurídicos que impediam o aumento conjunto de Mauá com o restante das cidades da Região.

De acordo com o secretario de Mobilidade Urbana, Renato Moreira, a medida é inevitável tendo em vista todos os gastos das empresas que subiram nos últimos anos. “O que pesa mais nessa conta são os reajustes de combustível, como óleo diesel, mas há também aumento da folha de pagamento dos motoristas, cobradores, entre outros.”

Moreira afirmou ainda que é preciso discutir com o governo federal a desoneração de impostos para o setor de transporte público, o que poderia baratear as tarifas. “Vemos redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros nacionais, para o setor privado, mas para facilitar o transporte público isso ainda não acontece”, acrescentou. 


Fonte: Jornal ABCD Maior

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Governo federal vai na contramão da mobilidade urbana e reduz mais uma vez o IPI dos automóveis

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O novo regime tributário do setor automotivo, criado no Plano Brasil Maior, vai vigorar por um prazo de cinco anos. Segundo a medida provisória (MP) 540, publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, o governo vai fazer reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as montadoras instaladas no país de acordo com seus investimentos em inovação tecnológica, produção local e agregação de conteúdo nacional.

De acordo com a MP, o regime vai valer até julho de 2016. Os critérios para a redução do IPI ainda serão fixados por meio de decreto presidencial.

Lideradas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras prepararam um estudo comparando os custos de produção, que comprovam a desvantagem do Brasil em relação a outros competidores como China e México.

A direção da Anfavea avalia que com a medida anunciada nesta terça permitirá a preparação do programa de uma nova política industrial para o setor, cuja elaboração levará ainda algum tempo. Não se trata, portanto, de uma redução imediata de impostos nos carros.

O fortalecimento da engenharia local é uma das principais preocupações dos dirigentes das montadoras no Brasil, que tentam frear o aumento das importações de veículos e a chegada de novas fábricas não comprometidas com índice de nacionalização.
 
Vendas de carros batem recorde

Apesar das medidas do governo para tentar conter a expansão do crédito e o fim da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI, que vigorou até março passado), a venda de veículos manteve a trajetória de alta ao longo do primeiro semestre do ano, quando foram emplacados 1.638.082 unidades. Esse resultado representou um aumento de 9,52% em relação aos seis primeiros meses de 2010.

Em julho - mês de férias e,tradicionalmente, fraco para o setor -, as vendas alcançaram 306.202 unidades, novo recorde histórico para o setor, levando o acumulado no ano para um total de 2,043 milhões. Os dados são da Fenabrave, que representa as concessionárias de veículos, e considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

A previsão da Anfavea, entidade mantida pelas montadoras instaladas no país, é alcançar 3,69 milhões de veículos até o final do ano. Até ontem, a Anfavea dizia que não iria rever essa estimativa.
 
Inclusão digital
O governo também deu um benefício fiscal aos fabricantes de máquinas e equipamentos incluídos no programa de inclusão digital que estejam localizado nas áreas da Sudam e da Sudene.

Segundo a medida provisória (MP) 530, publicada nesta quarta-feira, essas empresas terão isenção do Imposto de Renda (IR) sobre o lucro que seja decorrente da venda dos produtos quando eles forem destinados ao programa.

Segundo o coordenador de Tributação da Receita, Fernando Mombelli, a medida resultará numa renúncia de R$ 25,3 milhões em 2011. Em 2012, ela será de R$ 79,42 milhões e, em 2013, R$ 82,99 milhões.

Fonte: O Globo

 
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No Recife, Prefeito João da Costa promete ampliar o número de corredores de ônibus e ciclovias

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Os transtornos enfrentados todos os dias pela população, com transito parado em qualquer hora, o aumento significativo de carros nas ruas da cidade, e uma falta de política pública para o setor de transporte público nos últimos anos.
O prefeito do Recife reconheceu que as futura obras de infra-estrutura na cidade tem que priorizar o transporte público, para ele, a criação de corredores de ônibus dentro da cidade é fundamental para enfrentar o aumento de carros nas ruas da cidade, segundo o prefeito, não adianta pensar em mobilidade se não priorizar o transporte público como eficiente, confortável e seguro, e hoje para muitos recifenses, é difícil deixar o carro em casa e ter que enfrentar filas e ônibus lotados.
As políticas adotadas pelo governo federal como redução de IPI, junto com o crescimento econômico da cidade foi de certa forma prejudicial para a cidade, pois com esses fatores, a frota de carros na cidade cresceu muito nos últimos 03 anos piorando a situação que já se encontrava critica.
Ainda de acordo com o prefeito da cidade, este aumento também contribui para o aumento da poluição, devido ao lançamento de co2 no ambiente.
No que diz respeito a ciclovias, onde a cidade do Recife hoje é uma das capitais brasileiras que menos tem ciclovias, apenas 20 km, o prefeito informou que será ampliado o número de ciclovias na cidade, ele lembrou que a via mangue terá 6 km de ciclovias.
Sobre a criação de corredores, o prefeito informou que os recursos do PAC da mobilidade urbana já estão bem adiantados, e que finalmente possibilitará a conclusão das 03 perimetrais, que farão ligação com outros corredores secundários, e também com os futuros BRT’s.
Com a conclusão da via Mangue, prevista para ser entregue em 2013, será possível criar um corredor na av. Domingos Ferreira, este corredor iria até o final da Agamenon Magalhães.
CTTU
O prefeito reforçou que aumentou o número de agentes de trânsito na cidade, e que fará agora em agosto vai realizar um concurso público para contratação de mais 200 agentes de trânsito.

Fonte: Meu Transporte

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Belém tem uma frota de carro superior à média nacional

sábado, 21 de maio de 2011

A taxa de motorização (relação entre a população e a frota de veículos) em Belém é de 22.3 carros para cada 100 habitantes, maior que a do Brasil, que é de 8 para cada 100 habitantes. Significa que na capital paraense, a proporção entre pessoas e carros é maior que a média nacional.

A necessidade de se investir na humanização do trânsito, para diminuir o número de acidentes e de mortos, levou os deputados estaduais a realizar, nesta quinta-feira, 19, uma sessão especial na Assembleia Legislativa, a pedido do deputado Celso Sabino, para discutir a situação do trânsito na Região Metropolitana de Belém (RBM).

Os números foram apresentados pelo Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), representado na ocasião pelo coordenador da Unidade Central de Planejamento (UCP), Carlos Valente. A sessão também teve representantes da Companhia de Transportes de Belém (CTBel), Ministério Público do Estado (MPE) e do projeto Ação Metrópole.

“Mostramos as prováveis causas desse crescimento da taxa de motorização”, explica Carlos Valente, sobre as razões para o aumento da frota, que, em todo o Pará, superou, este ano, a marca de 1 milhão de veículos. Em Belém, pelo menos ¼ da população é motorizada.

Entre as razões está o próprio crescimento da indústria automobilística no País, com as correspondentes facilidades no financiamento de carros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o aumento da renda familiar. Além disso, o automóvel é visto pela população como uma solução para as deficiências no transporte público de passageiros, como proteção contra a violência urbana e como alternativa para reduzir o tempo de deslocamento entre a casa e o trabalho.

No entanto, o aumento da motorização provoca problemas que exigem atenção urgente, pois o excesso de carros traz, como consequência, a queda da qualidade de vida nos grandes centros urbanos por conta do aumento dos congestionamentos, da poluição atmosférica e do estresse provocado pelo tempo gasto no trânsito.

Mais grave ainda é o aumento da exposição ao risco de acidentes de trânsito, com a consequente elevação dos gastos médico-hospitalares e previdenciários. Todo o estresse do trânsito também pode provocar um aumento da incidência de doenças cardíacas e neurológicas.

Entre as ações que poderão ser tomadas para melhorar a fluidez no trânsito, segundo Carlos Valente, está a reorganização do espaço público e do sistema viário, para melhor atender o aumento dos veículos motorizados e a segurança de pedestres e ciclistas, conforme recomendações do Ministério das Cidades. Como exemplo dessa reorganização, está a construção de ciclovias e o estímulo ao uso de bicicletas.
Outra sugestão fundamental é a reengenharia do sistema de transporte público de passageiros, de modo a que o motorista se sinta à vontade para deixar seu carro na garagem e usar os coletivos urbanos.

Levantamento estatístico feito pelo Detran, tomando como base o mês de abril, mostra que atualmente há 1.009.064 veículos registrados no Estado. Somente na RMB há 390.931 veículos – o que corresponde a 39% da frota. O município com o maior quantitativo é Belém, com 299.037 veículos, seguido de Ananindeua, com 73.521. Os dados mostram, ainda, entre os municípios que formam a Região Metropolitana, o registro de 11.744 veículos em Marituba, 5.481 em Benevides e 1.148 em Santa Bárbara.

Carlos Valente informa que as projeções vão além: até o final deste ano o Pará terá 1,115 milhão de veículos registrados rodando pelas ruas do Estado. Belém terá uma frota de 325 mil e a RMB de 430 mil veículos. “É um número excessivo. O Detran, no sentido de alertar a sociedade e em especial os órgãos de trânsito, vem atualizando o seu estudo da frota para que sejam viabilizadas soluções para esta situação”.

A UCP do Detran faz levantamentos diários sobre os acidentes de trânsito e suas variáveis registrados em todo o Pará. Parte do resultado desse trabalho pode ser conferido no site www.detran.pa.gov.br, no link do Observatório Estadual de Segurança Viária.

Fonte: Agência Pará

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Tecnologia para melhorar o trânsito das grandes cidades

sábado, 13 de novembro de 2010

Mobilidade urbana é um tema que, cada vez mais, está intimamente ligado aos investimentos e melhorias no transporte público. De fato, esse é um consenso entre os especialistas e deve ser alvo de atenção do Poder Público. Contudo, não podemos deixar de fora da discussão a base da política de expansão urbana do país: automóveis. Acredito que a aplicação de tecnologia pode tornar menos árdua a tarefa diária de circular nos grandes centros urbanos, e a adoção de ITS (sigla em inglês para Sistemas de Transporte Inteligente) também deve constar da pauta de mobilidade urbana.

CRESCIMENTO ECONÔMICO x CAOS NO TRÂNSITO

A estabilidade econômica e a melhoria na distribuição de renda contribuíram para o desenvolvimento das regiões urbanas, e como conseqüência, do aumento da frota nacional. Uma crise em 2008/2009 foi minimizada pelo Governo com a redução de IPI para os automóveis. Resultado: mil novos licenciamentos por dia apenas na cidade de São Paulo. A metrópole, que já sofre com uma frota de cerca de 6 milhões de automóveis, caminha para um colapso em suas ruas e avenidas. Dados do Ministério das Cidades indicam que o automóvel responde por um terço da mobilidade urbana do Brasil. Esta é a nossa realidade.

Na medida em que o tamanho da cidade aumenta, aumentam seus problemas de trânsito e as soluções se tornam cada vez mais complexas. Prova disso é que cidades como Londres e Cingapura, já tendo esgotado todas as alternativas, optaram pela restrição de veículos em suas regiões centrais: o "pedágio urbano". Ainda que a renda seja revertida para investimentos no Transporte Público, não se pode ignorar o fato de que é uma medida autoritária, que interfere no direito de ir e vir dos londrinos.

Acredito que toda medida restritiva, como o pedágio existente no exterior, ou o rodízio de veículos da cidade de São Paulo, são problemáticos e só devem ser adotados em última circunstância. Seu efeito, infelizmente, nem sempre é o esperado, e em São Paulo, mesmo com o rodízio, volta e meia surgem propostas de implantar a cobrança do famigerado "pedágio urbano" por aqui. Creio que, antes de tomar tais medidas, algumas tecnologias deveriam ser consideradas pois efetivamente podem melhorar o trânsito das nossas cidades.

TECNOLOGIA PARA ORGANIZAR O TRÁFEGO URBANO

O primeiro passo para todo trabalho de engenharia de tráfego é o mapeamento das ruas e o levantamento dos dados. Hoje isso é facilitado pelas novas tecnologias, e já é possível contar com o mapeamento por satélite e a simulação virtual. Como em um "video game", o computador digitaliza toda a região e analisa os dados obtidos pelos controladores para prever os mais diversos cenários de trânsito e as melhores soluções viárias. Isso sem investir dinheiro público em obras que demoram a ficar prontas e das quais não sabemos a real eficiência até que estejam prontas.

Outra tecnologia que já está em uso em algumas cidades, e é 100% nacional, é o Controle de Tráfego Automático em Tempo Real: os semáforos alteram o tempo de abertura conforme varia o fluxo de veículos, elevando a eficiência do sistema como um todo. Esta tecnologia foi desenvolvida em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina e já é adotada no município de Macaé, RJ. Lá, os semáforos são todos controlados pela central via celular, são sincronizados por satélite e modificam o tempo de abertura conforme o fluxo das vias. Com investimento baixo, a cidade conseguiu reduzir o tempo das viagens em até 35% e está preparada para o crescimento da sua malha urbana decorrente da intensa atividade petroleira na região.

Estes são apenas dois exemplos de uso da tecnologia em favor do trânsito das grandes cidades. Há também a possibilidade de câmeras de monitoramento, câmeras inteligentes capazes de detectar as placas dos veículos e eliminar as blitz que bloqueiam faixas. Utilizadas em conjunto com o sistema de controle dos semáforos, as tecnologias podem auxiliar e agilizar os serviços públicos, facilitando o deslocamento de ambulâncias, bombeiros e viaturas policiais.

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São Paulo perde por ano R$ 33 bilhões com o trânsito

sábado, 18 de setembro de 2010

De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a cidade de São Paulo perde, por ano, R$ 33 bilhões por conta do trânsito. Deste total, cerca de R$ 27 bilhões estão diretemante conectados ao que o município deixa de produzir. De acordo com o professor Marcos Cintra, que assina o estudo, em 2008 esse montante correspondeu a 10% do PIB do município.
Por essas e outras, ONGs e instituições da sociedade civil estão tratando de fazer barulho durante a Semana da Mobilidade - instituída aqui para coincidir com o evento europeu, que acontece de 16 a 22 de setembro, quando se comemora o Dia Mundial sem Carros. A programação está sendo capitaneada pelo Movimento Nossa São Paulo (MNSP) e uma rede de organizações da sociedade civil.
"O ponto alto da programação será a entrega, na segunda-feira, de uma proposta de diretrizes para compor o Plano Municipal de Mobilidade e Transportes Sustentáveis em um seminário organizado em conjunto com a Comissão de Transportes da Câmara Municipal de São Paulo", resslata Maurício Broinizi Pereira, coordenador da Secretaria Executiva do MNSP. "O Plano Diretor da cidade, aprovado em 2002, exige a elaboração do Plano Municipal de Mobilidade. Mas ele nunca foi feito. Fizemos um trabalho imenso de pesquisa com vários especialistas e vamos entragar à Câmara Municipal um documento de mais de 300 páginas, que inclui propostas ousadas", revela Broinizi.
Entre as propostas "ousadas" ele destaca o uso das principais artérias da cidade como corredores de ônibus expresso. "Muitas das principais vias da cidade, que poderiam ter corredores de ônibus, não têm. É o caso da Henrique Schaumman e das avenidas Brasil e Tiradentes. O que propomos é maior compartilhamento do sistema viário entre o transporte publico e o privado".
O MNSP também propõe que as 31 subprefeituras tenham um plano cicloviário que se conecte com os terminais de transporte público e com um tronco cicloviário central. "Temos consciência claríssima de que essas mudanças vão exigir intervenções urbanas enormes, mas não podemos continuar assistindo a cidade se autodestruir. Ou esperar pelas linhas de metrô prometidas para 2015, quando nada garante que elas irão sanar a imensa demanda reprimida que já existe pelo transporte público", diz Broinizi.
A proposta do MNSP inclui um novo modelo de corredores de ônibus, com bilheteria nas paradas - ao invés da cobrança ser realizada dentro do veículo, o que retarda o ingresso das pessoas no ônibus e empata o trânsito.
Além da entrega da proposta à Câmara Municipal, a programação inclui ainda a Bicicletada (passeio pelas ruas de São Paulo e de outras cidades que participam do movimento), a "Praia do Tietê", evento que vai reunir manifestantes para tomar banho e sol às margens do rio Tietê e a vaga-viva, que consiste no uso de vagas de estacionamento para atividades de lazer e convivência entre as pessoas, com o objetivo de provocar uma reflexão sobre a relação entre a cidade e o automóvel.

Mais carros
A frota de veículos em São Paulo cresceu assustadoramente nos últimos anos e, potencializada pela venda de carros livres do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), não parece ter perspectivas de redução em curto prazo. Nos últimos 29 anos, a frota da maior cidade do Brasil cresceu 695%, enquanto o sistema viário teve uma ampliação de apenas 10%, segundo dados utilizados por Juliano Borghi de Mendonça em estudo elaborado em 2009 para um MBA sobre mobilidade urbana que ele realiza na FGV.
De acordo com pesquisa encomendada pelo MNSP ao Ibope, os paulistanos perdem, em média, 27 dias por ano no trânsito da cidade. O levantamento mostra que o tempo médio gasto no trânsito para realizar todos os deslocamentos diários é de 2 horas e 42 minutos, um minuto a menos do que a média do ano passado. Ou seja: a cada mês, o cidadão passa dois dias e seis horas no carro ou no transporte público para se locomover.
O Ibope ouviu 805 paulistanos com mais de 16 anos nas cinco regiões da capital. Destes, 76% afirmaram que deixariam de usar o carro se houvesse boa alternativa de transporte público.  Cerca de 2 milhões de pessoas utilizam carros todos os dias ou quase todos os dias na capital paulista. Para 67%, o transporte público deveria receber mais atenção dos governos.
"Existe uma crise de mobilidade na cidade, isso é óbvio. Mas estamos tentando fazer com que as pessoas percebam que, da mesma forma que são parte do problema, podem também ser parte da solução", acredita Mendonça, que é coordenador de mobilização comunitária do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Ele explica que a entidade está mobilizando a comunidade por meio do site. "E vamos participar da organização de atividades como a vaga-viva, que tem como objetivo chamar atenção das pessoas para o uso privado de espaços públicos: as vagas que os carros ocupam nas ruas".
Mendonça diz acreditar nas mobilizações que utilizam manifestações artísticas para transmitir mensagens edificantes.
"Convencer os convencidos é fácil. Mas, para chegar aos que ainda não pensaram seriamente sobre o problema do trânsito nas cidades, é preciso usar uma linguagem lúdica. Precisamos fazer a população pensar seriamente sobre o uso abusivo do automóvel, refletir sobre o impacto de suas escolhas cotidianas", arremata.


Fonte: Estadão

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São Paulo: Frota de automóveis paulistana aumentou 43,2% em 13 anos

domingo, 13 de junho de 2010


A frota de automóveis paulistana aumentou 43,2% em 13 anos, período em que a malha viária se expandiu apenas 23% e o sistema de transporte público pouco evoluiu. O resultado é a lentidão: no corredor de tráfego usado pela CET como parâmetro para a sua medição ? Rua da Consolação, Avenidas Rebouças e Eusébio Matoso ? a velocidade média dos veículos caiu 33% no horário de pico da tarde, o que significa que rodam a 11,7 quilômetros por hora. Com isso, o rodízio de carros já não produz os mesmos efeitos de 11 anos atrás. Mas o fato é que, se não fosse o rodízio, a cidade estaria paralisada dia e noite.

Planejado inicialmente pelo governo do Estado de São Paulo com vistas ao controle da emissão de poluentes, o rodízio foi adotado pela Prefeitura em 1999 com o objetivo de retirar das ruas pelo menos 20% dos veículos, dando mais fluidez ao tráfego. Durante o primeiro ano em que a medida vigorou, a velocidade média aumentou 24%, mas especialistas em mobilidade urbana alertaram que esse resultado seria revertido se não houvesse investimentos urgentes e contínuos em transporte público. A parcela da população que circulava lenta, mas confortavelmente, em seus carros só aceitaria usar transporte público se o serviço fosse eficiente, confortável e seguro. Sem isso, acabaria adquirindo um segundo veículo para driblar o rodízio.

O crescimento do índice de motorização de São Paulo mostra que o transporte público não conseguiu atrair os paulistanos. Em 1997, havia na cidade 46,2 veículos para cada grupo de 100 habitantes. Hoje, são 61 veículos para esse mesmo grupo.

No governo Marta Suplicy, um projeto de reformulação do sistema de ônibus municipais foi desenvolvido com grande competência. Pelos planos, os ônibus novos e modernos circulariam em corredores exclusivos ao longo das principais avenidas, livres dos congestionamentos, monitorados por GPS para assegurar trajetos racionais e a pontualidade dos veículos. Nas linhas internas dos bairros, a população seria atendida por micro-ônibus ou vans, com maior agilidade e conforto. Esses veículos deixariam de competir com os ônibus nos principais corredores, permitindo maior fluidez. Todo o sistema de ônibus seria integrado pelo Bilhete Único com o metrô e trens, o que permitiria mais viagens por tempo determinado ao custo de uma única tarifa.

No papel, o plano era perfeito. Na prática, Marta Suplicy se limitou a instituir o Bilhete Único e a construir uma parte dos corredores exclusivos planejados ? a parte mais visível e eleitoreira para quem buscava a reeleição à Prefeitura. O governo seguinte, de José Serra e Gilberto Kassab, não deu continuidade ao sistema, permitindo que grande parte dos corredores se degradasse e que a concorrência entre vans e ônibus voltasse aos pontos de maior movimento, comprometendo a eficiência planejada para o sistema.

Hoje, apesar da lentidão do trânsito, ou por isso mesmo, chegar ao destino de carro ainda é mais cômodo do que de ônibus. Em muitos trajetos, o tempo perdido no transporte público é o dobro do que é gasto de automóvel. Os avanços do metrô, apontado como a grande solução para a melhoria da mobilidade urbana na capital, ainda são demorados e tímidos. Além disso, as facilidades do Bilhete Único fizeram milhares de passageiros trocarem os ônibus pelo metrô e o resultado foi a superlotação do sistema.

Para não viajar espremidos nos vagões ou nos ônibus, milhares de ex-usuários do serviço público aproveitaram as facilidades de financiamento, a redução do IPI, a queda dos juros e compraram automóveis e motos, o que aumentou os congestionamentos nas ruas.

É impossível fugir à necessidade de urgentes e maciços investimentos, tanto na malha viária como nos serviços de transporte público. Mas também é evidente que a Prefeitura sozinha não tem recursos suficientes para dar conta desse recado. Dada a importância da cidade de São Paulo para a economia nacional ? e o prejuízo que sua crescente paralisia pode acarretar ?, o esforço financeiro conjunto da União, Estado e Prefeitura torna-se imperativo.

Fonte: Estadão

Vejam esta matéria exibida pelo programa Profissão Reporter da Rede Globo sobre o Caos que é o Trânsito de S. Paulo.

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Fortaleza: Aumento da frota contribui para imobilidade Urbana, Solução é o Transporte Coletivo

domingo, 16 de maio de 2010


Número de carros só aumenta, mas a malha viária não cresce na mesma proporção que o caos no trânsitoA cada dia, a população de Fortaleza sente mais os efeitos do trânsito caótico. A frota da Capital fechou o mês de abril com 661.086 veículos, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Nos quatro primeiros meses do ano, foram 20.250 novas unidades, uma média de 5.062 veículos por mês.

Ano passado, na esteira da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a frota ganhou mais 70.604 veículos. De 1995 a abril de 2010, a frota de Fortaleza cresceu em 379.008 veículos, mais do que o dobro em relação aos 15 anos anteriores, quando as ruas ganharam mais 177.981 carros.

A Copa de 2014 pode ser o prazo que falta para obrigar o poder público a fazer a infraestrutura viária acompanhar o aumento de carros nas ruas. Até lá, não faltam projetos. A Via Expressa, por exemplo, terá a outra margem concluída. A legislação municipal prevê a via como integrante do 1º Anel Viário de Fortaleza, disposta dos dois lados do atual ramal ferroviário de cargas, que receberá veículos leves sobre trilhos. De cada lado, a pista terá cinco faixas de tráfego (três expressas e duas marginais), com corredores exclusivos de transporte público.

Os cruzamentos com as avenidas Padre Antônio Tomás, Antônio Sales e Alberto Sá serão eliminados com a construção de passagens inferiores.

O cruzamento das avenidas Raul Barbosa e Murilo Borges terá um viaduto, o que poderá contribuir para o fim dos engarrafamentos e a redução das ocorrências policiais. Na Raul Barbosa, uma das atuais três faixas será um corredor de transporte.

TRÂNSITO CAÓTICO

Não basta alargar vias - "Alargar vias e investir pura e simplesmente em infraestrutura, como solução para os congestionamentos e o caos urbanos, corresponde à ação de afrouxar o cinto no caso da obesidade". É assim que a professora chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Nadja Dutra Montenegro, responde à indagação de que as obras propostas até 2014, como Metrofor, Transfor e alargamentos de vias, serão suficientes para resolver o problema da mobilidade urbana na Cidade."Para mim esta frase já virou um mantra", diz.

Ela destaca a importância de investir em transporte coletivo de qualidade e também obedecer à legislação vigente quanto ao devido uso do solo. Isso significa que não deveria ser permitido a construção ou mudança de uso de equipamentos a toda hora, como acontece, desrespeitando a Lei de Uso e Ocupação do Solo, por conseguinte, o plano diretor da Cidade, pontua.

Nadja Montenegro sugere que, sempre que for proposta a mudança ou a construção de um novo equipamento, devem ser considerados os impactos de área e no seu entorno, já imputando aos interessados as medidas necessárias ao bom funcionamento do sistema viário. "Deve-se pensar na operação do sistema como um todo, respeitando os usuários, as vias, os veículos e a regulação/gestão".

A especialista pontua que, "pela própria dinâmica da Cidade, nada poderia ser considerado pleno" e ressalta que projetos estruturantes, como metrô e terminais de transportes requerem pesquisas. Por outro lado, não é possível dizer que os projetos serão natimortos. "Teríamos de investigar a atual situação dos desejos de deslocamento da população", explica.Conforme a professora, sem esse conhecimento, "tudo o que vier pode não surtir o efeito desejado". Ou quem sabe, "ainda piorar o que já não está bom". Chama a atenção para um detalhe importante: o dinamismo das cidades. Assim, projetos antigos como o do metrô pode chegar defasado.

O coordenador do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), Daniel Lustosa, reconhece que a cidade já está sentindo os efeitos da falta de mobilidade. "A frota está aumentando demais, muito rápido, e a nossa estrutura não consegue acompanhar essa velocidade", reconhece.

Prioridade

Lustosa afirma que tanto do programa quanto das obras incluídas no Plano Sistêmico da Copa trabalham com o conceito de priorizar o transporte público. Essa prioridade, considera, é fundamental para melhorar a mobilidade urbana e inverter a tendência de preferência pelo transporte particular.

"Quando a população passa a ver uma oferta interessante de serviços, conforto, segurança e, por outro lado, o stress maior [de dirigir], aliado a consciência ambiental, começa a deixar o seu carro em casa", acredita.Para a a mestre em Desenvolvimento Urbano e professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), Carla Camila Girão Albuquerque, "como instrumento essencial do planejamento urbano, os planos diretores municipais têm existido quase que somente na teoria, no discurso".

No caso brasileiro e fortalezense, "os projetos urbanos surgem como intervenções pontuais no contexto da cidade a partir do reconhecimento de oportunidades entre elas os eventos de visibilidade mundial que têm a capacidade de desencadear vultosos investimentos".

A arquiteta lembra que outros países usaram estratégias como reabilitar áreas portuárias e revitalizar centros urbanos. Essas obras "têm afetado a configuração formal da cidade e as perspectivas de desenvolvimento de fato". (Ícaro Joathan e Iracema Sales)

Fonte: Diário do Nordeste
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Ônibus de Curitiba há um ano no vermelho

terça-feira, 9 de março de 2010


O déficit no transporte coletivo de Curitiba recuou 33% em dois me­­ses, e a Urbs (sociedade de economia mista que gerencia o sistema) espera equilibrar o caixa no fim do ano ou no início do ano que vem. Des­­de o início de 2009, o número de deslocamentos de passageiros tem ficado abaixo do previsto. Segundo informações fornecidas pela empresa, o rombo, que havia chegado a R$ 9,2 milhões em se­­tembro, caiu para R$ 6 milhões no mês passado.
No início do ano, o afastamento de usuários foi atribuído ao reajuste da passagem de R$ 1,90 para R$ 2,20, ocorrido em janeiro, e à crise econômica internacional. Para a Urbs, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros novos, medida adotada para combater a crise, contribuiu para estimular o transporte individual, em detrimento do transporte coletivo.
O pior resultado foi registrado em agosto, no auge da epidemia da gripe A (H1N1) – a chamada gripe suína –, quando a população era orientada a evitar aglomerações. Naquele mês, o valor correspondente a cerca de 3,5 milhões de pa­­ssagens deixou de ingressar no cai­­xa. Para equilibrar as contas, conforme reportagem publicada pela Gazeta do Povo no dia 21 de outubro, a tarifa teria de ser reajustada para R$ 2,32, o que poderia afastar ainda mais passageiros. De janeiro a novembro deste ano, foram aproximadamente 14,2 milhões de des­­locamentos a menos que a previsão da Urbs.
Em razão do déficit, a Urbs chegou a atrasar o pagamento às concessionárias. O prejuízo poderia ser pior se o fundo que custeia o transporte coletivo não recebesse do município a transferência do Imposto sobre Serviços (ISS) recolhido das empresas de ônibus – cerca de R$ 800 mil por mês.
Para cobrir o custo do transporte coletivo de Curitiba – cerca de R$ 55 milhões por mês – sem ter de aumentar o preço da passagem, a Urbs aguarda a discussão do Projeto de Lei 1.927, de autoria do de­­putado federal Fernando de Fa­­binho (DEM-BA), que tramita no Congresso Nacional desde 2003. A proposta, que prevê a criação do bilhete único e isenções tributárias para desonerar o transporte coletivo, foi aprovada pela Câmara dos Deputados e está na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal. O prazo para o recebimento de emendas à matéria se encerra hoje.
  • A Urbs já anunciou que quitará todos os débitos com as empresas até o lançamento do edital de licitação do transporte coletivo, o que deve ocorrer provavelmente até o fim da semana que vem. Será a primeira concorrência pública da história do sistema. As concessões, outorgadas em 1955, vêm sendo renovadas sem licitação até hoje.

Fonte: Gazeta do Povo

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Há mais carros em circulação no DF, para os especialistas, uma das saídas é o investimento pesado no transporte público

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Em 2009, 91,5 mil veículos engrossaram a frota do DF, agravando problemas como a falta de vagas para estacionar. Total de unidades emplacadas foi maior no ano passado

Nunca tantos carros entraram em circulação no Distrito Federal em um período de um ano. Em 2009, foram quase 131 mil unidades emplacadas, de acordo com dados do Departamento de Trânsito (Detran), ou 11,61% a mais que em 2008, quando o número ficou em 117.367. Felizes com o lucro recorde, as concessionárias planejam ações para continuar crescendo mesmo sem a ajuda da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que acaba em março. O otimismo do mercado contrasta, porém, com a preocupação de quem teme o agravamento de problemas como engarrafamentos e a falta de vagas de estacionamento por todos os lados.

Do total de veículos emplacados em 2009, 55.808 carros, motos e caminhões foram transferidos para outros estados e 802 foram baixados do sistema, ou seja, saíram de circulação. Outros 15.863 veículos vieram de várias cidades brasileiras para serem emplacados no DF. Sobram, portanto, pouco mais de 90 mil carros (91,5 mil) a mais no último ano, um crescimento de 8,7% em relação a 2008 (veja quadro).Para o presidente do Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito (IST) e professor da Universidade de Brasília (UnB), David Duarte, construir e ampliar ruas e rodovias não serão soluções capazes de resolver problemas relacionados com um crescimento tão alto da frota. “O sistema de trânsito é como um gás perfeito. Quanto mais espaço tiver, mais vai expandir. Infelizmente, não tem limite”, diz.

Para o especialista, uma das saídas é o investimento pesado no transporte público. “As pessoas optam pela opção mais cômoda. E os números mostram que o carro está em grande vantagem”, avalia ele.Além de investir em transporte, é preciso dar espaço e segurança para os ciclistas e os pedestres, diz Duarte. “Senão, o que acontece é que a cidade fica sem espaço para acomodar essa enorme frota. Vai haver mais congestionamentos, mais acidentes, menos vagas e mais infrações de trânsito”, enumera.
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Pesquisa mostra aumento de congestionamentos nas principais cidades, só em São paulo, seria necessário construir 125 avenidas paulistas por ano.

domingo, 3 de janeiro de 2010


“Estamos correndo atrás do prejuízo”. A afirmação é do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Candido Malta Campos Filho. Nascido em 1936, este paulistano se dedica há mais de 30 anos na solução dos problemas da maior cidade do País.

Candido Malta é autor de “Cidades brasileiras: seu planejamento ou o caos” e “Reinvente seu bairro: caminhos para você participar do planejamento da sua cidade”. Com mestrado em “City and Regional Planning” pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, foi secretário de Planejamento de São Paulo de 1976 a 1981, na gestão de Olavo Setubal e Reynaldo Barros.

Entrevista concedida ao IG:

Qual a situação hoje do transporte público nas metrópoles?
Candido Malta - Vai piorando a cada dia porque a frota automobilística e o uso dela aumentam. Com esse estímulo dado à indústria automobilística, o número de carros cadastrados a mais por dia é da ordem de mil, sendo que deles, ¼ anda todo dia. São 250 carros a mais todo dia, em média. Para os 600 mil veículos no ano, precisaria de 125 novas avenidas Paulistas. Isso para os carros parados. Andando precisaria mais.

iG - É algo inviável?
Candido Malta - Não tem como atender a essa demanda. Então, como política pública, toda vez que um governante acena com a possibilidade de dar esperança de que vai melhorar com a tal obra viária é um desserviço.

iG - A ampliação da Marginal Tietê, em SP, é um desserviço?
Candido Malta - Eu entendo que foi um erro. São R$ 2,4 bilhões que estão sendo usados para manter a esperança. Melhora por poucos meses, pois aquilo que melhorou é rapidamente absorvido.

iG - Qual seria a solução?
Candido Malta - É transporte coletivo. Todo mundo diz isso. É o metrô.

iG - Mas é só o metrô?
Candido Malta - O metrô é a principal, mas não é só metrô. A nossa malha é muito pequena diante do que deveria ser. Eu participei de um trabalho em que são montados cenários futuros, e calcula qual é a correlação entre a oferta de sistema de circulação e o zoneamento da cidade. É muito importante ter a coerência entre capacidade de transporte de circulação e a distribuição das atividades no território, que é a lei de zoneamento. Esse cálculo ainda não está adotado, porque ele é baseado em pesquisa de origem e destino de tráfego, que são pesquisas renovadas a cada 10 anos, elas dão origem aos trilhos. Essa pesquisa acabou de ser feita em 2007, mas ainda não pudemos usar nesse trabalho.

iG - Como a população opta pelo transporte coletivo?
Candido Malta - É a qualidade de um versus a qualidade do outro. Essa comparação tem tendido a favor do automóvel. Porém, os congestionamentos são a resposta negativa dessa preferência.



iG - O dono do automóvel também está insatisfeito.
Candido Malta - Exatamente. Por isso é preciso tirar a esperança do motorista. Precisa colocar na cabeça do cidadão que não dá e assim vai criar um movimento a favor do transporte coletivo.


iG - O senhor acredita também em medidas restritivas, além do uso adequado de ocupação do solo e transporte confiável já citados?
Candido Malta - Se você fizer um plebiscito hoje, estimo que vai ganhar a restrição crescente dos automóveis. Um terço da população anda a pé, um terço anda de transporte coletivo e um terço, de carro. Por esse levantamento, 2/3 são a favor do transporte coletivo, em princípio.

iG - Quais seriam as restrições mais eficientes?
Candido Malta - Temos o rodízio e o pedágio urbano. O rodízio pode ser driblado, com outro carro você fica fora do rodízio. Com pedágio você vai ao mesmo tempo desestimular o uso do carro e ter dinheiro para investir no transporte coletivo. Em uma simulação, para um pedágio de R$ 2, você terá uma redução 30% de carros até 2012 e R$ 600 milhões de arrecadação, o que dá 3 km de metrô a mais por ano. Eu acho inteligente.

iG - Mas o brasileiro não quer saber de mais uma conta. Falar em pedágio não agrada.
Candido Malta - Para quem vai pagar. Para os demais, não. E os demais são 2/3. E tem muita gente que usa carro e é favorável.

iG - Mas é antipopular...
Candido Malta - Mas assegurar o direito do uso universal do carro é impossível. E só tem duas soluções: ou você reduz pelo preço ou por sorteio. Vamos sortear quem pode usar carro?
iG - Parece que o governo vai na contramão, incentivando o uso de carros, com redução de IPI, financiamentos.
Candido Malta - Eu não sou contra ter carro. É bom para indústria automobilística, para economia. Mas deixa em casa. Como na Europa, onde usam o carro nas férias para passear.

iG - Mas eles podem fazer isso porque têm um transporte público de qualidade.
Candido Malta - A questão é esta. Tem que ter o transporte de qualidade.

iG - Como ter o transporte público de qualidade?
Candido Malta - Melhorando a previsibilidade dos ônibus. Em Berlim, por exemplo, você encontra ônibus com qualidade. Tem uma condição de oferta de ônibus que está dependendo de uma equação que é a lucratividade das empresas. Nessa lucratividade é que entra uma resistência dos empresários em melhorar a qualidade dos serviços. Até por isso o metrô passa a ser uma solução mais importante porque é uma forma de você não enfrentar as empresas de ônibus.

iG - Qual cidade do mundo seria exemplo?
Candido Malta - O coeficiente de aproveitamento dos terrenos de Paris é quatro vezes e tem uma maravilhosa malha que faz com que as linhas tenham uma distância média entre elas de apenas 500 metros. Eles têm a malha estreita porque a densidade é alta. Em São Paulo, grande parte dos bairros tem densidade baixa, que não permite ter metrô. Nossa malha é aberta, não é confortável, você não consegue ir a pé para o metrô.

iG - E como resolver?
Candido Malta - É ter uma malha de micro-ônibus, completando a malha do metrô.

iG - Medidas mais radicais seriam bem-vindas? Fazer como Manhattan e não ter estacionamentos.
Candido Malta - Como secretário do Setubal implementei isso no centro histórico. Agora vem o movimento Viva o Centro com a tese oposta, dizendo que é preciso fazer garagem, fazer os carros andarem pelo centro. Veja, há pensamentos que ainda entendem que o carro vitaliza a cidade. Enquanto é ele que degrada. E você se isola na bolha do seu carro. Hoje, em São Paulo a proporção é de 1,2 pessoa por automóvel.

iG - Como o senhor avalia o plano de expansão do governo?
Candido Malta - Ele é bom, mas insuficiente, no sentido que a densidade da malha de qualidade tem que ser mais sobre trilhos e menos sobre pneus. Na revisão do Plano Diretor, esse é um elemento chave. Hoje o Plano Diretor está confuso. Além disso, a política de habitação tem de articular com a política de emprego. É preciso criar centralidades regionais.

iG - Se nada for feito, São Paulo para?
Candido Malta - Para. Daqui 4 ou 5 anos. Está previsto um crescimento de 5% do PIB em 2010. Isso aumenta a velocidade da paralisia. Hoje o desafio é fazer com que São Paulo não pare.

iG - O problema no transporte público é antigo?
Candido Malta - Há 30 anos os desafios eram os mesmos. Eram menores, os problemas eram mais brandos, mas eram os mesmos. Aumentaram de proporção. A solução cresce mais devagar que o problema. Estamos correndo atrás do prejuízo. E ainda não conseguimos virar o jogo porque não conseguimos dimensionar o problema de tempo e dinheiro.

iG - Por quê?
Candido Malta - A classe política funciona na base clientelista. Você atua por setores e atende aquela demanda específica que dará o voto porque você encaminhou aquela solução específica.

iG - Mas a solução do transporte público não daria mais votos?
Candido Malta - Sim, mas é mais difícil especificar. Você ter uma clientela específica que te dê o voto correspondente. Essa clientela mais miúda, digamos, que transforma deputado em despachante.

iG - Mas resolver o transporte não transformaria o político em presidente. O cliente é grande?
Candido Malta - O Faria Lima seguiu esse caminho. Ele fez isso e fez um grande plano de metrô e vias expressas. Isso criou uma esperança na opinião pública. Ele era prefeito de São Paulo e foi colocado como candidato à presidência da República. E morreu de enfarte.

iG - A ineficiência do transporte público pode contribuir para o fracasso da Copa e Olimpíada no Brasil?
Candido Malta - Talvez o problema inverso. Eles super dimensionem. Primeiro, o interesse das empreiteiras. Depois, por medo de errar, coloquem uma infraestrutura maior do que precisa. A tendência é mais o desperdício do que o oposto, porque errar para menos seria o fracasso.

Abaixo Infográfico sobre os 10 Principais desafios para o Transporte Público nas grandes cidades.
http://ultimosegundo.ig.com.br/infografico/transportepublico/flash.html

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