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Sem plano de mobilidade urbana, Recife ficará sem recursos para projetos

domingo, 3 de maio de 2015

Se encerrou na quinta-feira (30) o prazo para que municípios brasileiros entreguem ao governo federal o Plano Diretor de Mobilidade Urbana (PDMU). Recife, que no ano passado foi apontada como a capital de pior trânsito do Brasil por uma pesquisa, será uma das cidades que não entregará o documento no prazo estabelecido pela Lei 12.587/2012. Com isso, não receberá novos recursos federais para projetos na área até que as exigências sejam cumpridas. Nesta quarta-feira, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) foi à tribuna durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa e fez críticas diretas ao prefeito Geraldo Julio (PSB), que segundo ela se vangloria de tornar público que realiza uma gestão alicerçada pelo planejamento e monitoramento de suas ações.

Priscila, que durante o tempo em que foi vereadora do Recife sempre fez uma oposição bastante crítica ao governo do PSB, lembrou que algumas intervenções como a ampliação da Avenida Beira Rio e a implantação de corredor de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) na Avenida Norte, dois compromissos da administração socialista que dependem diretamente de recursos do Ministério das Cidades, dificilmente sairão do papel. "Onde está o monitoramento do prefeito que não apontou luz vermelha para a confecção do plano, um assunto tão importante? Nós somos, de acordo com pesquisa recente, a capital com mais trânsito do país, mas a cidade continua absolutamente defasada no que diz respeito ao seu planejamento urbano", salientou a parlamentar. A resolução, contudo, não interfere no repasse de recursos para contratos antigos.

No início do mês, o Diario publicou matéria sobre o tema. À época, a Secretaria Municipal de Planejamento informou que a construção do documento depende da entrega de uma pesquisa de origem/destino, que está sob a responsabilidade do Grande Recife Consórcio. “Em todo o país, tem sido apontada a necessidade deste estudo, com base em pesquisa domiciliar, em particular nas regiões metropolitanas”, justificou o órgão.

A pesquisa demanda abertura de licitação. “A previsão é de que a pesquisa só comece a ser realizada no segundo semestre deste ano, quando devem acontecer o lançamento do edital e a abertura da licitação para a escolha da empresa”, informou o Grande Recife no início do mês. O último trabalho feito nesse sentido foi realizado há 18 anos, pela extinta Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

A Secretaria de Planejamento também informou que houve um pedido ao Ministério das Cidades para prorrogação da entrega do plano. “Outros municípios que não conseguiram entregar o documento fizeram esse pedido. Aguardamos a sinalização do Ministério das Cidades quanto ao adiamento do prazo”, informou a pasta. Consultada novamente nesta quarta-feira, a secretaria informou que não houve mudanças no quadro, mas agregou que já trabalha com um prazo para conclusão do plano: o final do primeiro semestre de 2016.

Em 2011, ainda na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT), foi apresentado um plano de mobilidade à Câmara de Vereadores, quando foi criada uma Comissão Especial de Mobilidade para promover audiências públicas e discutir os encaminhamentos. No primeiro semestre de 2013, o projeto foi retirado da casa para análise do prefeito Geraldo Julio (PSB), alegando que faltavam estudos técnicos que embasassem o plano. Um novo projeto seria elaborado pela atual gestão. Até agora, no entanto, o Recife segue sem definições das políticas públicas de mobilidade urbana.

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Recife não ganha um corredor de ônibus a mais de 04 anos

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Obras projetadas e algumas já em execução animam um pouco quem precisa andar de ônibus todos os dias, também outras já aprovadas pelo Governo Federal prometem resolver em boa parte a solução do transporte na cidade como a Radial Sul, e conclusão da 2ª e 3ª perimetral, mas na verdade dos fatos, nenhum corredor de ônibus foi implementado nos ultimos 04 anos na cidade do Recife.
Com a chegada das eleições, volta mais uma vez as promessas no quesito mobilidade urbana, e muito se fala em resolver o problema da cidade como priorizar o transporte público, mas não foi isto o que aconteceu nos últimos anos, na qual a cidade do Recife sofreu com o aumento de carros e motos nas ruas, e pelo outro lado nenhuma solução foi implantada de fato para enfrentar os engarrafamentos. Hoje a cidade do Recife tem poucos corredores de ônibus e esse resultado poderia ser menos drástico, porém não foi construído nenhum sequer corredor na cidade nos últimos 04 anos, ou seja, o transporte coletivo foi de fato colocado em segundo plano, o que fez com que muitos deixassem os ônibus para aumentar o número dos carros nas ruas.

Os planos de mobilidade da prefeitura não priorizam diretamente os ônibus como por exemplo, a implantação de faixas preferenciais aos coletivos, na qual deixam os usuários prejudicados, pois muitos destes coletivos vão lotados o que deixam uma grande percepção de abandono do poder público em relação a população. ‘’É uma vergonha estes engarrafamentos, deveria ter mais vias para os ônibus’’, disse Dário Lima, morador de Afogados.


Se hoje a situação da mobilidade urbana na cidade do Recife está caótica, é porque temos infelizmente um sistema de transporte público ineficiente e sem prioridades. O que dizer se em todo ano as vias da cidade ficaram mais entupidas de carros em meios aos tantos engarrafamentos e pior ainda, os ônibus a disputarem o mesmo espaço com o transporte individual.

Para muitos, os corredores que estarão sendo construídos pelo Governo do Estado não vão melhorar a situação dos usuários de ônibus, pois muitos desses quilômetros anunciados pelo Governo já existem de fato, ou seja, vai apenas melhorar a infra-estrutura das paradas de ônibus que serão transformadas em estações e ônibus mais acessíveis e confortáveis, porém muitas vias importantes da cidade não têm sequer projeto.

Vias esquecidas
O que falar dos usuários que sofrem na Abdias de Carvalho, Av. Recife, Av. Mascarenhas de Moraes, Av. Norte entre outras, ou seja, essa vias não receberam nenhuma prioridade por parte do poder público, onde os coletivos disputam espaço com os carros que muitas vezes trafegam com um passageiro.

Propostas
É preciso ter medidas ousadas que venham a enfrentar de fato o problema da mobilidade urbana na cidade, com a priorização de fato do transporte coletivo e também dos não motorizados como construção de mais ciclovias, pois o usuário só vai deixar o seu carro em casa se o transporte público for confortável, seguro e o mais importante que é a eficiência, pois quando ele se torna um transporte rápido, certamente irá atrair mais e mais usuários, e essa eficiência só com corredores de ônibus.

Projetos aprovados no PAC da Mobilidade Urbana para os próximos anos

Com obras aprovadas no PAC da Mobilidade, alguns projetos parecem animar estes anos perdidos, onde a prefeitura do Recife conseguiu verbas para implentação e conclusão da I e II perimetral que irão custar mais de R$ 800 milhões, dos quais R$ 150 milhões serão para desapropriação de imóveis.

O corredor da II Perimetral terá 18 quilômetros e ligará o Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste, à Avenida Presidente Kennedy, Zona Norte do Recife, no limite com Olinda. Passará por Afogados, Madalena e Torre, na Zona Oeste, e Tamarineira e Água Fria, na Zona Norte da capital.

O corredor da III Perimetral ligará a Zona Norte, a partir do Rio Morno, na Linha do Tiro, à Zona Sul, passando por bairros como Areias, Imbiribeira e Boa Viagem. Já o corredor Radial Sul é uma ligação direta entre a BR-101 (IV Perimetral) e a Avenida Boa Viagem, utilizando vias de bairros como Ibura, Ipsep e Boa Viagem.

Blog Meu Transporte
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Investimentos em mobilidade urbana para a Copa diminuem R$ 3 bilhões em um ano

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Os investimentos previstos em mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014 diminuíram R$ 3 bilhões em relação à previsão inicial da Matriz de Responsabilidades da Copa, documento que estabelece os compromissos da União, estados e municípios com ações referentes ao evento.

Na Matriz inicial, de 2010, R$ 11,9 bilhões estavam previstos para serem investidos em projetos de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede do Mundial. De acordo com as últimas atualizações do Portal da Transparência, a previsão atual de investimentos caiu para R$ 8,9 bilhões.
Veículo Leve sobre Trilhos em Brasília estão entre as obras excluídas
A diminuição pode ser explicada tendo em vista que, apenas em 2012, seis grandes obras foram retiradas da Matriz de Responsabilidades. Estes empreendimentos estavam orçados em R$ 4,7 bilhões e equivaliam na época a 38% dos investimentos totais em mobilidade urbana – que eram de R$ 12,3 bilhões no início do ano passado. Os dados foram obtidos por meio de um levantamento no Portal da Copa.

Veja tabela das obras aqui.

A construção do Veículo Leve sobre Trilhos em Brasília, do monotrilho de São Paulo, do corredor exclusivo para ônibus em Salvador e do corredor metropolitano em Curitiba estão entre as obras excluídas da Matriz. Em Manaus, foram retiradas a construção do corredor exclusivo para ônibus e do monotrilho, tornando a cidade a única das sedes que não receberá obras em mobilidade urbana.

As obras de mobilidade urbana nas cidades que receberão os jogos da Copa e estão previstas na Matriz de Responsabilidades possuem linha de crédito especial da Caixa Econômica Federal. Como o documento prevê que apenas empreendimentos que ficarem prontos até o início do Mundial podem receber recursos da Caixa, a retirada pode ser vista como uma manobra dos governos estaduais para as obras não ficarem sem o financiamento da União. Sendo assim, os governos podem pedir outra linha de financiamento ao Ministério do Planejamento, como os recursos do PAC Mobilidade.

Embora outras sete ações tenham sido incluídas na Matriz em 2012, o valor previsto para a execução destas é bem menor do que o montante que as obras retiradas representariam nos investimentos em mobilidade urbana. Juntas, conforme mostrado na tabela acima, elas somam R$ 641 milhões ao orçamento.

As obras de mobilidade urbana, juntamente com os aeroportos, são consideradas os principais legados que serão deixados aos brasileiros após a realização do Mundial. Em relatório de dezembro, o Tribunal de Contas da União observou que há morosidade na elaboração dos projetos e na contratação por parte dos entes federados responsáveis pelos empreendimentos.

Principais obras em mobilidade urbana

Corredor Exclusivo de Ônibus - São espaços viários delimitados, destinados prioritariamente à circulação de transporte público urbano, com ônibus operando em faixas preferenciais no nível da superfície. O planejamento para a Copa do Mundo de 2014 prevê a implementação de vários corredores exclusivos de ônibus nas cidades-sede, com destaque para as cidades de Cuiabá, Natal e Porto Alegre.

BRT (Bus Rapid Transit) – Traduzido como Linha de Ônibus Rápida, o BRT é um transporte coletivo sobre pneus, rápido, flexível e de alto desempenho. O conceito evoluiu a partir dos corredores exclusivos para ônibus, como alternativa ao metrô.

Além de segregar o tráfego geral e impor medidas de prioridade na circulação, o que facilita o trânsito das pessoas, o BRT também proporciona redução dos tempos de embarque e desembarque de passageiros, por ser composto de veículos com grande número de portas e de plataformas niveladas ao piso do ônibus. Outras vantagens são o pagamento fora do veículo, as estações fechadas e seguras e os mapas de informação em tempo real. Serão implantados BRTs nas seguintes cidades-sede: Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Veículo Leve sobre Trilhos - O VLT é um trem urbano de passageiros, cujo tamanho permite que sua estrutura de trilhos seja construída no meio urbano existente. Embora possua menor capacidade para transportar passageiros e velocidade inferior a dos trens de metrô, o VLT produz menos poluição e menor intensidade de ruído. Está prevista a construção e a operação dos seguintes VLTs até o início do Mundial: VLT Cuiabá/ Várzea Grande, no Mato Grosso e VLT Parangaba/Mucuripe, em Fortaleza (CE). Os VLTs terão capacidade de 20 mil passageiros/hora e percorrerão mais de 35 km.

Metrô – Estão previstos investimentos em estações e terminais de metrô nas cidades-sede de Fortaleza e Recife. O metrô tem elevada capacidade de passageiros, atinge alta velocidade e possui um curto intervalo de tempo entre embarque e desembarque.

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Mobilidade urbana sustentável: São Paulo é a pior entre nove capitais pesquisadas

sábado, 15 de outubro de 2011

São Paulo, a maior cidade do Brasil obteve a pior posição entre nove capitais brasileiras no ranking de mobilidade urbana sustentável, segundo o Estudo Mobilize 2011, realizado pelo portal Mobilize Brasil. O trabalho reúne e compara informações de órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes.

As melhores notas foram obtidas pelo Rio de Janeiro (7,9) e Curitiba (7,0), numa escala de zero a dez. Os piores indicadores vieram de Cuiabá e São Paulo, principalmente em função do uso excessivo de automóveis e motocicletas na locomoção urbana nessas capitais.

A ideia do estudo foi comparar o desempenho das capitais brasileiras e por isso a escala de pontuação tomou como parâmetro as próprias cidades e não referências internacionais de sustentabilidade em mobilidade urbana, explica o economista e jornalista Thiago Guimarães, que coordenou o estudo.

São Paulo na lanterna
Embora conte com abrangentes infraestruturas de transportes, como o sistema metro-ferroviário mais extenso do Brasil, São Paulo apresenta um fraco desempenho nos indicadores relativos à mobilidade sustentável comparáveis aos de outras capitais brasileiras. A nota 2 de São Paulo se explica pela forte presença do automóvel no transporte cotidiano (cerca de 30% das viagens) e pelo valor proporcionalmente alto da tarifa de ônibus na cidade quando comparado com a renda média da população.

Além disso, a maior cidade do país possui a menor extensão de vias adequadas ao trânsito de bicicletas em relação à extensão do sistema viário: são apenas 35,7 km de ciclovias para 17.000 km de ruas, ou cerca de 0,0021%. A capital paulista também registrou o segundo pior índice de mortes por acidentes de trânsito (12,1 mortes por 100 mil habitantes), ficando à frente apenas de Brasília.
Metodologia

O Estudo Mobilize 2011 procurou inicialmente avaliar treze capitais brasileiras, incluindo Goiânia, Fortaleza, Manaus e Recife, mas a carência de dados resultou na exclusão das cidades. Também previa avaliação de outros indicadores da mobilidade urbana sustentável, que não puderam ser levantados em todas as localidades, como a quantidade de CO2 emitido pela frota, viagens feitas por modos não motorizados, calçadas com acessibilidade.

A maior dificuldade para a realização do estudo foi localizar fontes confiáveis de informação, já que na maior parte das cidades os números estavam dispersos por vários gabinetes, em secretarias e departamentos, ou simplesmente não existiam. Por exemplo, algumas grandes cidades brasileiras ainda desconhecem a extensão total de suas vias públicas, e raras são as que sabem quantos quilômetros de calçadas são acessíveis a pessoas com deficiência.

Ao final, foram considerados cinco indicadores:- Extensão de vias adequadas ao trânsito de bicicletas em relação à extensão do sistema viário;
- Razão entre a renda média mensal e a tarifa simples de ônibus urbano;
- Razão entre o número de viagens por modos individuais motorizados de transporte e o número total de viagens;
- Porcentagem de ônibus municipais acessíveis a pessoas com deficiência física;
- Mortos em acidentes de trânsito (por 100.000 habitantes) por ano.

Mobilidade sustentável
Mobilidade urbana sustentável é integração inteligente de vários modos de transporte urbano, com a maior eficiência e conforto possível para os passageiros, com o menor impacto ambiental para os espaços urbanos, explica Ricky Ribeiro, diretor executivo do Mobilize Brasil, um jovem administrador público que hoje luta contra uma doença que lhe roubou os movimentos e até a voz.

“O planejamento de transportes e a política urbana devem permitir que os cidadãos consigam chegar ao local de trabalho, ao mercado, ao teatro, etc., sem que necessariamente realizem um grande número de deslocamentos por meios motorizados”, afirma Thiago Guimarães. O Mobilize Brasil pretende repetir o estudo anualmente, de forma a acompanhar a evolução dos investimentos em transporte público nas cidades brasileiras nos próximos anos.
Sobre o Mobilize Brasil

O portal Mobilize Brasil é o primeiro site brasileiro dedicado ao tema da mobilidade urbana sustentável. Mobilidade urbana sustentável envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus “limpos”, com integração a ciclovias, esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade. E soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellin (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas, como os implantados em Copenhague, Paris, Barcelona, Bogotá, Boston e várias outras cidades mundiais.


Informações do Mobilize.org

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Recife não tem projeto para o PAC da Mobilidade

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Enquanto isso, as avenidas da cidade sofrem com o caos
A Prefeitura do Recife vai precisar correr contra o tempo se quiser entrar no grupo das cidades que serão beneficiadas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, lançado ontem pelo governo federal, em Brasília (DF). O PAC vai garantir um orçamento total de R$ 18 bilhões (R$ 6 bilhões de investimento da União e R$ 12 bilhões através de financiamento). O dinheiro servirá para a construção de obras de infraestrutura do transporte público coletivo nas 24 maiores cidades do país. As prefeituras podem inscrever seus projetos a partir da próxima segunda-feira até o dia 3 de abril, no site do Ministério das Cidades, o www.cidades.gov.br. O problema é que a Prefeitura do Recife ainda não tem projetos formulados para inscrever na seleção. Apenas propostas contidas dentro do seu plano de mobilidade, recém-divulgado para a imprensa, alvo de críticas.

´É impossível dizer, agora, quais projetos podem entrar no PAC. Mas muitas propostas do nosso plano de mobilidade se encaixam nos critérios exigidos pelo governo federal. O PAC pode financiar tudo o que queremos fazer no trânsito do Recife`, afirmou o coordenador do Plano de Mobilidade da Prefeitura do Recife, Milton Botler. Ele acompanhou o lançamento do PAC em Brasília. Milton explicou que a famosa Via Mangue, via expressa que vai ligar a Zona Sul ao Centro da cidade, não vai participar desse programa, já que os recursos da obra foram garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa.

Entre as propostas que têm de virar projeto em tempo recorde está a criação de teleféricos nos morros, a construção de ciclovias, a modernização do corredor de trânsito da Avenida Norte e a navegabilidade dos rios, sobretudo o Capibaribe. Recife faz parte do grupo de nove municípios, onde também estão Rio de Janeiro e São Paulo, com prioridade nesse setor, segundo o PAC. Essas regiões metropolitanas contam com, no mínimo, 3 milhões de habitantes. Cada cidade deste grupo, chamado de mob 1, pode receber até R$ 2,4 bilhões.

O secretário das Cidades de Pernambuco, Danilo Cabral, informou que o estado vai aproveitar o PAC lançado ontem para ajudar a financiar as obras dos quatro corredores de trânsito (Paulista/Estrada da Batalha, Agamenon Magalhães/Camaragibe, Igarassu/Joana Bezerra e Macaxeira/Centro). Essas vias de acesso serão implantadas, segundo ele, já a partir deste ano na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os projetos estão em fase de conclusão. Todos estarão prontos até o dia 30 de março. ´Em abril, vamos começar as obras`, prometeu o secretário. A construção dos quatro corredores custará em torno de R$ 1,5 bilhão a R$ 3,5 bilhões.

Uma parte desses recursos está garantida através do PAC da Copa e, outra, por investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). ´Poderemos fechar o orçamento com os recurso do PAC da Mobilidade. Uma quantia que varia entre R$ 500 milhões a R$ 600 milhões`, disse Cabral. (Mirella Marques)

"É impossível dizer agora quais os projetos que podem entrar no PAC. Mas muitas das nossas propostas Plano de Mobilidade se encaixam nos critérios" Milton Botler, coordenador do Plano de Mobilidade da Prefeitura do Recife






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No Recife, Prefeito Geraldo Julio fala sobre o desafio para destravar o trânsito

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Conciliar interesses divergentes não é fácil. Agradar pedestres, motoristas, ciclistas e usuários do transporte público, cada um tentando chegar ao seu destino sem aquele estresse diário, parece até impossível. Mas a cobrança por uma mobilidade melhor na cidade aumenta a cada dia e será um dos maiores desafios do prefeito Geraldo Julio (PSB). As vias do Recife hoje lembram uma panela de pressão que passou tempo demais no fogo. E o caldo são os moradores sem qualquer tipo distinção.

O Recife tem 604 mil veículos registrados, mas as ruas da capital recebem um milhão de carros por dia de toda a Região Metropolitana. Não dá nem para brincar, dizendo “parem o mundo que eu quero descer”. O mundo do recifense parou e é preciso destravar. Para isso, o prefeito promete que dará prioridade ao transporte coletivo, criará novas ciclovias, implantará sistemas de gestão de trânsito e vai reestruturar a malha viária.

O programa de governo de Geraldo Júlio abrange todos os públicos, embora nem todos se entendam, porque até o trânsito tem uma carga cultural e ninguém quer perder. Basta lembrar um dos episódios polêmicos que envolveu a retirada de 350 metros de ciclofaixa na Estrada do Arraial. Enquanto os ciclistas queriam manter o espaço para pedalar, os motoristas reclamavam do engarrafamento, o que resultou, afinal, na retirada da faixa. “É preciso ter atitude. Não vai ser fácil, mas a gente vai ter atitude”, prometeu o prefeito, sinalizando como pretende tratar as polêmicas de sua gestão.

O confronto pontual entre ciclistas e motoristas sinaliza que o projeto de transporte e mobilidade urbana vai ter de contrariar interesses para reorganizar a cidade. Segundo a plataforma de governo socialista, a mobilidade deve ter o cidadão como foco e trabalhar em parceria com os governos do estado e federal. A requalificação das vias públicas começará por grandes corredores do Recife, como a Avenida Norte, a Avenida Sul, a Mascarenhas de Moraes, a Domingos Ferreira e a Abdias de Carvalho. O prefeito ainda quer reestruturar o sistema viário e de transporte coletivo nas seis Regiões Político-Administrativas do Recife, com destaque para Casa Amarela, que tem 14 quilômetros de vias internas e o Ibura, com 10 quilômetros.

Os especialistas acreditam ser difícil convencer a classe média a deixar o carro em casa. Mas o gestor promete construir alternativas sustentáveis para melhorar a qualidade de vida dos moradores, como 76 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, além 110 quilômetros de calçadas.

O programa de Geraldo Julio diz, ainda, que o município vai complementar as intervenções viárias executadas pelo governo estadual e previstas pelo PAC da mobilidade. Ele garante, por exemplo, dar apoio ao projeto de navegabilidade do Capibaribe, aos corredores Norte e Sul, Leste e Oeste e da BR-101 que receberão o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), considerado um metrô de rodas, que já funciona com sucesso em metrópoles como Curitiba e Bogotá (Colômbia).

O prefeito acrescenta que a mobilidade exigirá planejamento urbano, porque muitas construções afetam o trânsito, a drenagem e o saneamento da cidade. “A gente quer fazer um planejamento de longo prazo para os próximos 25 anos do Recife, queremos discutir com a sociedade. Foi por isso que criamos a Secretaria da Mobilidade”, afirmou, confiante.

Inovação e integração a serviço da mobilidade
Não há dúvida de que a cidade do Recife apresenta muitos problemas graves e difíceis de solucionar. Dentre estes, um se destaca pelo caráter “democrático” com que atinge a população. Não importa a classe social nem o local de moradia, todos os recifenses estão sujeitos ao problema da mobilidade urbana, que é, ao mesmo tempo, fruto da negligência das autoridades para com o tema e da “cultura do carro” disseminada nos últimos anos graças ao aumento de renda e às facilidades para se adquirir um automóvel.

Foi pensando em mudar esta cultura que o professor e engenheiro de sistemas Mauro Silva desenvolveu o Green Street, uma plataforma colaborativa que tem como objetivo incentivar o uso de bicicletas, melhorando a mobilidade urbana e diminuindo a quantidade de carros nas ruas. O principal instrumento utilizado pela plataforma é o Bike Bus, que tem como objetivo fornecer ao usuário um modo de criar rotas para que os ciclistas interessados possam se deslocar em grupos. A ideia é que os usuários do sistema criem rotas e definam pontos específicos para o encontro com outros ciclistas ao longo do caminho. Estes pontos funcionariam como paradas de ônibus, só que para bicicletas, daí o nome Bike Bus.

“Na Europa e nos Estados Unidos os grupos se organizam naturalmente para ir de casa ao trabalho. É muito comum que os pais deixem as crianças na escola de bicicleta. A realidade no Brasil ainda não é essa. Só tenho conhecimento de um grupo que vai do bairro do Curado ao Recife Antigo”, informou.

Mauro Silva manda um recado para o novo prefeito: “Ele deve ouvir mais especialistas em mobilidade. Precisa olhar os exemplos de sucesso e insucesso no mundo para aprender com os acertos e erros. Outra coisa muito importante é focar em campanhas educativas sem aquela coisa fragmentada, só pedestre ou só motorista. A educação deve enquadrar todas as pessoas que se locomovem na cidade”, ponderou.

“Muitas vezes não somos ouvidos”
Para a maioria dos especialistas em transporte e mobilidade urbana, o Recife cresceu, nos últimos anos, sem planejamento e não é fácil mexer em infraestrutura, contrariar interesses econômicos, convencer as pessoas a mudar de rotina. Segundo os arquitetos, engenheiros e economistas ouvidos pelo Diario, um dos maiores problemas da atualidade é a verticalização de alguns bairros, que os torna adensados e de difícil locomoção, o que prejudica o transporte público. O problema em si não é a construção de prédios enormes, mas onde eles estão sendo feitos sem maiores estudos.

A preocupação com o levantamento de torres esteve presente em todas as entrevistas com acadêmicos. A professora Lúcia Leitão, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, externa o receio com as mudanças prometidas, no programa de Geraldo Julio, na Legislação Urbanística. “Como será essa mudança? Vai mexer nos 12 bairros, vai interferir em quais bairros? O programa não deixou claro”, observou. “Ficamos preocupados também com a forma que a sociedade será ouvida”, declarou.

O coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Públicos e professor aposentado da UFPE, César Cavalcanti, espera que o programa seja amadurecido, aperfeiçoado e ofereça mais alternativas para o transporte público. Para ele, inclusive, antes de iniciar as mudanças, é necessário realizar pesquisas abrangentes de origem/destino, além de domiciliar, para captar as “mudanças locacionais e temporais referentes aos deslocamentos e à localização dos centros geradores de tráfego. Sem essas informações, a eficácia das intervenções propostas fica, significativamente, fragilizada”.

César Cavalcanti fez elogios a pontos da plataforma de governo. Citou como positiva a ampliação de um programa de sinalização de pedestres e veículos e da construção de 76 quilômetros de ciclovias. Também destacou o compromisso assumido pelo prefeito de complementar as intervenções viárias executadas pelo governo estadual e previstas no PAC Mobilidade. Ele ressaltou, no entanto, ter observado muita preocupação do gestor com o sistema viário, quando o mais importante é o transporte coletivo.

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Em Recife, Fórum de Mobilidade Urbana relata os problemas a serem enfrentados e a falta de investimentos em transporte público

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Urbana-PE e o Observatório do Recife (ODR) promoveu o Fórum Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida no Brasil e em especial na Região Metropolitana do Recife, foram feitos esplanações sobre a real situação do problema como falta de infra-estrutura nas grandes cidades, desde calçadas mal conservadas, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, desorganização do trânsito e a falta de punição aos infratores como também falta de informações nas paradas de ônibus (Itinerários e horários) na qual muitas paradas são mais publicidade do que informação ao usuário, além da falta de abrigos adequados em muitos locais da cidade do Recife.
O tema também relatou o colapso no trânsito que teremos na cidade do Recife se não forem tomadas providências a curto, médio e longo prazo, como investimentos ousados em transporte público como corredores de ônibus, informação nas paradas, ônibus de qualidade, profissionais qualificados entre outros.
Para se ter uma idéia, são 8 mil novos veículos/mês que entram em operação na cidade do Recife, são números assustadores que levam os próprios motoristas reclamarem com eles mesmos, ou seja, já é de conhecimento da maioria dos condutores que o tempo gasto hoje na cidade do Recife em horários de pico equivale ao tempo gasto pelo ônibus, e em localidades como a zona leste, onde existe corredores exclusivo para ônibus como o da Av. Caxangá, já é possível levar menos tempo dentro do ônibus do que fazendo o mesmo percurso dentro de um carro, daí a importância de investimentos maciços em corredores para ônibus.
Porém vale salientar que nos últimos anos a cidade do Recife não vem investindo em corredores como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Uberlândia e Florianópolis, por enquanto são projetos audaciosos que não saíram do papel de fato, e pra complicar, a prefeitura da cidade do Recife não contrata novos agentes de trânsito há anos, deixando a cidade totalmente sem fiscalização, aumentando assim os engarrafamentos.
Se os poderes executivos (Governo e Prefeituras) mantiverem esse ritmo(lento) de cuidado com a mobilidade urbana na região metropolitana, teremos o colapso total em poucos anos, pois colapso no transito e no transporte público  já estamos vivendo, só falta agora parar. ‘’Clayton Leal’’
O encontro aconteceu no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Boa Vista.
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Recife terá novas ciclovias previstas no projeto de mobilidade

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Quando o trânsito do futuro chegar para o Grande Recife, com seus novos corredores, terminais integrados e o ramal que completa a ligação do centro da capital pernambucana ao município de São Lourenço da Mata, sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014, a Região Metropolitana dará novos passos - ainda que pequenos - nos projetos de mobilidade para ciclistas. Serão implantados 37 novos quilômetros de ciclovias e outros 11 já existentes no trajeto serão revitalizados.

O trecho contemplado está dentro do projeto de mobilidade para a cidade, que será uma das sedes do mundial de futebol daqui a três anos. A abertura para licitação das obras foi divulgada no último dia 10, mas a questão das ciclovias não ganhou destaque. "Mobilidade para ciclistas nunca foi e nem tão cedo será prioridade do governo, até porque sabemos que a fabricação de automóveis é o grande motor da economia", critica o biólogo Paulo Lima, que usa bicicleta como meio de deslocamento todos os dias.

A princípio, as ciclovias não terão ligação entre si. Haverá 6,3 km de faixa exclusiva para bicicletas ao longo de todo o Ramal Cidade da Copa, que tem início no Terminal de Integração de Camaragibe e segue pela BR-408 até a arena em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana. Por enquanto, o trecho entre a integração de Camaragibe e o centro do Recife (Corredor Leste-Oeste) não prevê ciclovia. De acordo com a Secretaria das Cidades, é uma etapa que poderá ser acrescida no futuro.

"Esse projeto é a parcela que tem que ficar pronta até a Copa. Haverão outros detalhes a serem implantados posteriormente e que estão sendo avaliados pela Secretaria das Cidades", explicou o secretário executivo de Relações Institucionais da Secopa Gilberto Pimentel. A BR 101 também terá 30,7 km de ciclovia e a já existente no corredor Norte-Sul (compreendido entre o Terminal Integrado de Igarassu até o Recife, seguindo até o Tacaruna, com bifurcação para Joana Bezerra, via Agamenon Magalhães e para o Centro do Recife, via Cruz Cabugá) terá seus 11 km revitalizados. Além das ciclovias, os novos Terminais Integrados de Passageiros cujas obras já estão em andamento (ao todo 10, além dos TIs do Barro e da Joana Bezerra, que serão reformado) também contarão com bicicletários.

"O problema é que as ciclovias do Recife estão sendo pensadas mais como forma de lazer do que para o deslocamento real da população", opina novamente o biólogo. "A ciclovia de Boa Viagem, por exemplo, é super importante, muita gente utiliza, mas ela não vai dar em lugar nenhum, chega um momento que você volta a cair na via dos carros e aí começa todo o problema, porque os motoristas também não são educados no sentido de respeitar o ciclista", diz Paulo.

De acordo com o secretário executivo de Mobilidade Urbana da Secretaria das Cidades, Flávio Figuerêdo, já existem projetos e discussões entre o órgão e o Instituto Pelópidas Silveira - órgão da Prefeitura do Recife - para a conexão entre essas ciclovias. O prazo para que elas sejam executadas, porém, não está definido. "Isto já está sendo pensado. Nós temos uma gerência de ciclovias dentro da Secretaria das Cidades e ela é responsável justamente pelo estudo dessa questão e articulações com as prefeituras e outros órgãos no sentido de estimular e favorecer a mobilidade por bicicletas dentro das cidades. Temos projetos de incentivo aos bicicletários nas escolas e em terminais integrados, entre outros. Estamos caminhando", afirmou.

Segundo dados do Plano Diretor de Circulação da Cidade do Recife (2000), 21% dos deslocamentos urbanos são realizados por bicicletas. Atualmente, a capital conta com 20 km de malha cicloviária construída. De acordo com o arquiteto e coordenador de Mobilidade do Instituto Pelópidas Silveira, Antônio Machado, um dos objetivos do município é chegar aos 390 km de ciclovias em um prazo de vinte anos. "Esta já é uma questão pensada por nós dentro do Plano de Mobilidade para o Recife, que já está na Câmara", explicou.

O Progama de Aceleração do Crecimento - Mobilidade (PAC Mobilidade): incentivo do Governo Federal para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras prevê o investimento de R$ 2 bilhões em Pernambuco. Esses recursos serão aplicados, entre outras áreas, na revitalização da Avenida Norte e implantação de 8,9 km de ciclovias. Todo o corredor será contemplado e a expectativa é de que a verba seja liberada em setembro.

Ao todo, o PAC MOB está destinando R$ 18 bilhões para as cidades do país com mais de 700 mil habitantes. Para serem contemplados com o benefício, os municípios ou estados participantes tiveram que apresentar seus projetos para seleção. No caso do Recife, o projeto foi elaborado pelas Secretarias das Cidades e Transportes, em parceria com as prefeituras de Recife e Olinda. Dentro desse plano estão o projeto de navegabilidade dos rios da capital e Região Metropolitana, além das reformas nas Avenidas perimetrais e revitalização da Avenida Norte.

Informações do NE 10




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No Recife, Corredores Norte-Sul, Leste-Oeste e da BR-101 terão um investimento de R$ 940 milhões

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cerca de um ano após o prazo estipulado para o início das principais obras de mobilidade urbana para a Copa, a Secretaria das Cidades de Pernambuco apresentou ontem (13) os projetos dos Corredores Norte-Sul, Leste-Oeste e da BR-101 (Contorno do Recife).

Os corredores terão um investimento de R$ 940 milhões, sendo R$ 180 milhões para o Leste-Oeste, que vai da Praça do Derby até a Estação Cosme e Damião, em São Lourenço da Mata (Cidade da Copa), R$ 280 milhões para o Norte-Sul, que sairá de Igarassu até o Recife, e R$ 480 milhões para a BR-101, que será requalificada e terá um corredor exclusivo de ônibus.

Os projetos receberam aval do Tribunal de Contas do Pernambuco. Até 7 de julho estão previstos ajustes para a publicação dos editais, com exceção do projeto da BR-101 que está sendo analisado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). O órgão deve concluir a avaliação dentro de dois meses.

Atraso
As obras para melhorar o acesso dos turistas e da população aos estádios, aeroportos e hotéis estão demorando para sair do papel. As intervenções no corredor Norte-Sul, que inclui uma das principais vias de acesso ao Recife (av. Agamenon Magalhães), deveriam ter começado em abril de 2010. A conclusão prevista é outubro de 2012, mas não foi revista com o atraso.

Apesar do pouco tempo para a viabilização dos novos corredores, o secretário das Cidades, Danilo Cabral, diz que até dezembro os projetos estarão licitados, conforme a exigência feita na reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores e prefeitos das cidades-sede no dia 31 de maio.

Se não cumprirem este prazo, as obras serão excluídas do PAC da Mobilidade Urbana, perdendo condições mais favoráveis de financiamento.

Ônibus rápido
O Bus Rapid Transit, faixas exclusivas de ônibus com pagamento de tarifa na estação, foi o modelo escolhido para os três novos corredores que devem melhorar o transporte público na Região Metropolitana do Recife.

Será implantado um centro de controle operacional que vai monitorar em tempo real o posicionamento dos veículos por GPS, fará a melhoria do controle da frequência de partida e vai controlar a regularidade no intervalo dos veículos.

“Foi construído um planejamento para a questão da mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife. Precisamos sair da lógica do transporte individual. Só se resolve a questão da mobilidade urbana se priorizarmos o transporte público”, declara o secretário das Cidades.


BRTsLeste-Oeste
12,3 km de extensão
22 estações
4 terminais de integração
Distância média das estações de 556m

Norte-Sul
33,2 km de extensão
28 estações
4 terminais de integração
Distância média das estações de 531m

BR-101 30,7 km de extensão
35 estações
5 terminais de integração
Distância média das estações de 762m


Fonte: Portal 2014

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Curitiba fica em segundo no ranking de mobilidade urbana sustentável

sábado, 15 de outubro de 2011

Se Mobilidade Urbana Sustentável fosse uma disciplina escolar, Curitiba passaria de ano. Mas apenas com a nota média.
Um estudo do portal Mobilize Brasil avaliou a mobilidade urbana em nove capitais brasileiras.

O Rio de Janeiro encabeça o ranking e ficou com a nota 7,9, numa escala de zero a dez. Curitiba, segunda colocada, obteve nota 7.

O levantamento teve como base informações de órgãos governamentais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes.
O estudo divulgado pelo site, entretanto, não detalhou os pesos de cada um para composição da nota.

A capital paranaense, que tem a maior frota motorizada do país por habitante teve nota acima de outras cidades como São Paulo e Cuiabá, justamente em função do uso excessivo de automóveis e motocicletas na locomoção urbana nessas capitais.

Brasília, terceira colocada no ranking, ficou com a nota 5,1, enquanto Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Natal ficaram com notas entre 3 e 4.
"A ideia foi comparar o desempenho das capitais brasileiras e, por isso, a escala de pontuação tomou como parâmetro as próprias cidades e não referências internacionais de sustentabilidade em mobilidade urbana", explica o economista e jornalista Thiago Guimarães, que coordenou o estudo.

O Estudo Mobilize 2011 procurou inicialmente avaliar treze capitais brasileiras, incluindo Goiânia, Fortaleza, Manaus e Recife, mas a carência de dados resultou na exclusão das cidades.

Também previa avaliação de outros indicadores da mobilidade urbana sustentável, que não puderam ser levantados em todas as localidades, como a quantidade de CO2 emitido pela frota, viagens feitas por modos não motorizados, calçadas com acessibilidade.

A maior dificuldade para a realização do estudo foi localizar fontes confiáveis de informação, já que na maior parte das cidades os números estavam dispersos por vários gabinetes, em secretarias e departamentos, ou simplesmente não existiam.

Ao final, foram considerados cinco indicadores:
- Extensão de vias adequadas ao trânsito de bicicletas em relação à extensão do sistema viário;
- Razão entre a renda média mensal e a tarifa simples de ônibus urbano;
- Razão entre o número de viagens por modos individuais motorizados de transporte e o número total de viagens;
- Porcentagem de ônibus municipais acessíveis a pessoas com deficiência física;
- Mortos em acidentes de trânsito (por 100.000 habitantes) por ano.

Mobilidade sustentável
"Mobilidade urbana sustentável é integração inteligente de vários modos de transporte urbano, com a maior eficiência e conforto possível para os passageiros, com o menor impacto ambiental para os espaços urbanos", conceitua Ricky Ribeiro, diretor executivo do Mobilize Brasil.
"O planejamento de transportes e a política urbana devem permitir que os cidadãos consigam chegar ao local de trabalho, ao mercado, ao teatro, enfim, sem que necessariamente realizem um grande número de deslocamentos por meios motorizados", argumenta Thiago Guimarães.

O Mobilize Brasil pretende repetir o estudo anualmente, de forma a acompanhar a evolução dos investimentos em transporte público nas cidades brasileiras nos próximos anos.



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Legado da Copa na mobilidade urbana só beneficiará cidades-sede

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Um dos argumentos para justificar a Copa do Mundo no Brasil, o legado da mobilidade urbana gerou uma divisão entre as 12 capitais que vão sediar os jogos e as 15 demais que assistirão só pela TV. As cidades que recepcionarão jogadores e turistas tiveram verbas específicas para o Mundial, prioridade quando os recursos eram distribuídos também a outros centros, e uma fiscalização mais rigorosa para que as obras pudessem ser entregues a tempo.

Apenas dentro da rubrica Copa do Mundo, o governo disponibilizou R$ 12,85 bilhões, divididos em PAC Copa, PAC Legado da Copa e Entorno das Arenas. Todas são obras apresentadas pelo governo federal à Fifa, responsável por organizar o evento. Nos projetos estão melhorias urbanas e viárias para ajudar o trajeto dos torcedores pelas cidades, do aeroporto até o estádio, além do conforto ao redor das arenas construídas para sediar as partidas.

Além dessa verba com carimbo específico, as capitais escolhidas como sede do Mundial de 2014 também acabaram entrando à frente na fila de prioridades quando foram analisados os recursos gerais do PAC Mobilidade Urbana. Lançado ainda no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff, o programa reservou R$ 32,49 bilhões para investimentos em cidades com população acima dos 700 mil habitantes.

Para melhor organizar os trabalhos, elas foram divididas em três grupos. No primeiro, estão nada mais nada menos do que nove das 12 cidades-sede: Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. No segundo grupo aparece Manaus, ao lado de outras cinco cidades, sendo três capitais (Goiânia, São Luís e Belém). E no terceiro, Natal, no mesmo bloco com outros seis municípios.

Em agosto de 2012, dois meses antes das eleições municipais, o Ministério das Cidades lançou o PAC Mobilidade Urbana para médias cidades. Para atender os 75 municípios com população entre 250 mil e 700 mil habitantes, foram reservados R$ 8,06 bilhões. Nesse grupo surge a única cidade-sede da Copa do Mundo não beneficiada no lote anterior de verbas: Cuiabá.

PRESSÃO Tudo parecia ir bem até que chegaram as manifestações de junho de 2013, às vésperas da Copa das Confederações, evento teste da Fifa. Milhares de brasileiros foram às ruas protestar contra os investimentos na Copa e pedir mais recursos para educação, saúde e saneamento. Em meio ao tumulto e em plena Copa das Confederações, a presidente Dilma convocou governadores e prefeitos de capitais para reunião de emergência no Palácio do Planalto. Além de anúncios gerais, como a defesa de um plebiscito para discutir reforma política, o anúncio da vinda dos cubanos para o Mais Médicos e dos recursos do pré-sal para educação, Dilma reservou R$ 50 bilhões para o Pacto pela Mobilidade, que buscava “melhor qualidade, menor tarifa e mais transparência nos gastos na área de transporte público”.

A tarefa de discutir os projetos foi dividida em grupos. O primeiro deles incluiu oito das 12 sedes e suas respectivas regiões metropolitanas: São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. Natal, Brasília e Manaus ficaram para uma segunda leva de capitais envolvidas no pacto.

DESIGUAL Quando se fala apenas de recursos do orçamento-geral da União, levantamento feito pela liderança do DEM no Senado junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostra que, entre 2011 e 2014, as cidades-sede tiveram dotação orçamentária para obras de mobilidade urbana de R$ 2,2 bilhões, dos quais R$ 353 milhões foram efetivamente pagos. No caso das não sedes, foram destinados R$ 751,8 milhões e pagos apenas R$ 5,8 milhões. Mas todas as obras de mobilidade são, como destacou o secretário nacional de Transportes e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Júlio Eduardo dos Santos, compostas de maneira tripartite: um terço de orçamento do governo federal, um terço de financiamento do BNDES e um terço de contrapartida de estados e municípios.

O disparate nas obras de mobilidade se repete nas reformas e ampliações dos aeroportos. O investimento total do PAC 2 em aeroportos, de responsabilidade da Infraero, foi de R$ 5 bilhões em 21 aeroportos, sendo R$ 3,27 bilhões destinados aos 12 terminais das capitais que terão jogos.

Pressa conforme o prazo de entrega

O secretário nacional de Transportes e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Júlio Eduardo dos Santos, afirmou que é um equívoco pensar que as obras de mobilidade urbana que estão sendo feitas ao longo dos últimos três anos são exclusivamente destinadas à Copa. Assim como a presidente Dilma Rousseff afirmou em relação aos aeroportos, Júlio disse que o legado para os brasileiros está garantido. “É como quando reformamos a casa para dar uma festa aos amigos. No dia seguinte, quando todos tiverem ido embora, a casa ainda estará lá para que nós possamos desfrutar”.

Júlio afirmou que a distribuição de recursos seguiu critérios populacionais e estratégicos. E também foram alavancados por juros subsidiados para facilitar o empréstimo. “Cada prefeito e governador teve que apresentar os projetos, sem os quais o dinheiro não seria disponibilizado. E este só é liberado à medida que as obras avançam em seu cronograma de execução”, assegurou.

O secretário admite, contudo, ser inevitável uma atenção maior às obras realizadas nas cidades que sediarão os jogos. “Qual a diferença entre elas e as demais, realizadas em outras cidades brasileiras? Que as primeiras têm uma data-limite para serem entregues (o início dos jogos). As demais têm um cronograma um pouco mais flexível”, completou.

PULVERIZAÇÃO Para o cientista político Leonardo Barreto, a análise de que uma parte das cidades sairá em vantagem por sediar os jogos da Copa, em comparação com as demais, é inevitável. Mas saiu em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quis que a Copa fosse realizada em 12 sede espalhadas pelas cinco regiões. “De certa maneira, isso desconcentrou os investimentos dos eixos normalmente beneficiados com recursos.” Já o cientista político da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Rui Tavares Maluf considera ser impossível falar em legado nacional em um país das dimensões do Brasil. “Minha maior preocupação é se, de fato, as obras nas cidades-sede ficarão prontas após a realização do Mundial”. 

Por Paulo de Tarso Lyra
Informações: Estado de Minas

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