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Feira de Santana ganha mais 10 novos ônibus; investimento é de R$ 5 milhões

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Mais dez novos ônibus com ar-condicionado passam a integrar a frota do transporte público urbano de Feira de Santana. A entrega foi feita pelo prefeito Colbert Filho nesta manhã, 15, na presença do secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro e diretores da Empresa São João.

Com o investimento, o atendimento com o serviço essencial à população com veículos totalmente climatizados salta de dois (Feira X e Feira VII) para 19 bairros contemplados na região sul do município. Mais 21 bairros e localidades passam a ter parcialmente frota com ar-condicionado. 

Os ônibus adquiridos pela concessionária São João são dois articulados para o sistema BRT (Bus Rapid Transit) capazes de transportar até 120 passageiros, e mais oito convencionais para circular em dez linhas.

"É muito mais conforto, qualidade e segurança na mobilidade para as pessoas", ressalta o prefeito Colbert Filho.

Outra novidade é o projeto piloto 'Primeiro as Damas' que passa a reservar no primeiro vagão dos ônibus articulados assentos preferenciais para as mulheres. 

"A iniciativa levou em consideração um dado do nosso sistema público de transporte que 64% das pessoas usuárias do serviço serem mulheres", explica Sérgio Carneiro. 

O objetivo, acrescenta o titular da Semob, é proporcionar tranquilidade, bem estar e segurança às mulheres diante da proximidade dos assentos preferenciais aos motoristas e cobradores, facilitando assim, o monitoramento da tripação embarcada e também coibir qualquer tipo de assédio contra as mulheres. 

"Estamos consolidando, mais uma vez, o compromisso que temos com o município", afirma Abel Soares, diretor da Empresa São João em Feira.

BICICLETAS NO ÔNIBUS

Os ônibus articulados BRT da Empresa São João também estão equipados com espaços integrados de mobilidade sustentável para o passageiro ciclista urbano guardar a bicicleta enquanto estiver se deslocando através do ônibus. 

A Prefeitura de Feira vem implantando novos bicicletários e fomentando a mobilidade ativa nos terminais de transbordo, a exemplo dos equipamentos gratuitos inaugurados recentemente nos Terminais Sul e da Nóide. 

BAIRROS/LOCALIDADES COM FROTA 100% AR-CONDICONADO:

Feira IX; ⁠Expansão Feira IX, ⁠Calumbi, ⁠Morada do Sol, Conjunto Luís Eduardo Magalhães; ⁠Jomafa; ⁠Brasília; Subaé; ⁠Cond. Aviário IV; ⁠Subaé/UNEF; Parque da Cidade; ⁠Feira VII; ⁠Oyama; ⁠Eucalipto; Parque Tamandari; ⁠Feira X; ⁠Muchila; Cemitério Piedade; CIS - Acesso 5.

BAIRROS/LOCALIDADES COM FROTA PARCIALMENTE AR-CONDICIONADO:

⁠Praça do Tomba; Boulevard Shopping; ⁠Av. João Durval Carneiro; ⁠Secretaria Municipal de Saúde; HGCA; ⁠Santa Monica; ⁠Capuchinhos; Terminal Rodoviário; ⁠Centro; ⁠Igreja da Matriz; ⁠Palácio do Menor; ⁠Serraria Brasil; ⁠Feiraguay; ⁠Casa de Saúde Santana; ⁠Largo do Marajó; ⁠Conjunto Viveiros; ⁠SIM; Av. ⁠Artêmia Pires;- ⁠Jardim Brasil; ⁠Avenida de Canal e ⁠Av. Thomé de Souza.

Informações: Prefeitura de Feira de Santana

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Bicicleta ultrapassa carro como meio de transporte em Paris, após forte expansão de ciclovias

terça-feira, 14 de maio de 2024


Paris, conhecida por suas icônicas avenidas e monumentos históricos, está se reinventando como a nova capital mundial da bicicleta. A cidade luz, que já foi dominada por carros e tráfego congestionado, está passando por uma transformação verde. A bicicleta ultrapassou o carro como o segundo meio de transporte mais popular em Paris, ficando atrás apenas da caminhada e do transporte público, de acordo com um estudo recente do Institut Paris Région.

Transformação Urbana
Nos últimos anos, Paris vem implementando uma política ambiciosa para promover o uso massivo da bicicleta. O centro da cidade, especialmente a histórica rua Rivoli, agora é um espaço prioritário para bicicletas, ônibus e táxis, excluindo o tráfego de carros particulares. Isso é parte de uma estratégia mais ampla para reduzir a poluição, melhorar a qualidade do ar e oferecer aos cidadãos opções de transporte mais saudáveis.

O Aumento das Ciclovias Sob a liderança da prefeita Anne Hidalgo, Paris ampliou significativamente sua rede de ciclovias. Com mais de 1.000 quilômetros de instalações adaptadas para ciclistas, incluindo 300 quilômetros de pistas exclusivas, a cidade está no caminho para se tornar “100% apta para bicicletas” até 2026. Este objetivo audacioso reflete o compromisso de Paris com a sustentabilidade e a mobilidade urbana.

O impulso para expandir as infraestruturas ciclísticas ganhou ainda mais força com a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2024. As autoridades parisienses promoveram a construção de novas ciclovias que conectam as instalações olímpicas, garantindo que os espectadores possam acessar os eventos de bicicleta, alinhando-se com os princípios de um evento sustentável.

Grand Paris Express
Enquanto Paris avança para se tornar a metrópole mais amada dos ciclistas, os subúrbios ainda enfrentam desafios estruturais. O carro ainda prevalece como o principal meio de transporte fora da cidade, o que destaca uma “dependência do carro” que persiste nas áreas menos urbanizadas. Em resposta, o governo regional está investindo no Grand Paris Express, um ambicioso plano de expansão do metrô que visa integrar melhor os subúrbios à rede de transporte público central e, idealmente, reduzir a dependência dos carros.

Um Modelo para o Mundo
A revolução das bicicletas em Paris não é apenas uma mudança de infraestrutura; é uma mudança cultural que posiciona a cidade na vanguarda das cidades sustentáveis globais. Outras metrópoles estão observando e, muitas vezes, seguindo o exemplo de Paris, à medida que procuram soluções para os desafios urbanos modernos, como poluição, congestionamento e saúde pública. A ascensão da bicicleta como uma forma de transporte principal em Paris é um testemunho do que é possível quando uma cidade se compromete com a visão audaciosa de um futuro sustentável.

Com cada pedalada, Paris está se deslocando não apenas em suas ruas, mas em direção a um novo paradigma para cidades ao redor do mundo.

Informações: RFI
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Terminal Ipiranga e Corredor Oeste do BRT Sorocaba são entregues

domingo, 5 de maio de 2024

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Urbes – Trânsito e Transportes e em conjunto com a concessionária BRT Sorocaba, às 4h deste sábado (4) inicia a operação de 13 novas linhas que compõem o Corredor Estrutural Oeste do Sistema BRT. As obras desse novo trecho da rede que integra o transporte público coletivo da cidade, bem como da construção do Terminal Ipiranga, foram inauguradas durante ato realizado no fim da tarde desta sexta-feira (3).

O evento contou com a presença de representantes do Executivo Municipal, Urbes, e Câmara de Sorocaba, além do secretário Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Denis Eduardo Andia; do Diretor Nacional de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano do Ministério das Cidades, Marcos Daniel; da superintendente de rede da Caixa Econômica Federal, Dulce Ferreira dos Santos Silvério, e do presidente da BRT Sorocaba, Renato Andere.

O Corredor Estrutural Oeste é composto por 18,8 quilômetros, 35 pontos de parada, mais o Terminal no Jardim Ipiranga, um Miniterminal no Jardim Tatiana (este para integração e cuja obra foi entregue na última segunda-feira – dia 29) e a estação de conexão Santa Cruz. Essa ativação vai interligar o eixo Leste-Oeste trazendo melhorias para a mobilidade urbana na cidade, como deslocamentos mais rápidos e confortáveis para o passageiro. Trata-se do terceiro e último trecho do BRT Sorocaba, com a conclusão do projeto em sua totalidade.

A operação desse eixo conta com uma frota de 47 novos ônibus, sendo 23 veículos do modelo “Caio Millennium V articulado”, com capacidade para 130 passageiros; 14 carros do “Caio Apache VIP V”, com performance para 82 pessoas, e 10 unidades do “Caio Millennium V Padron”, para o transporte de 91 usuários. Todos são equipados com internet sem fio, tomadas USB, ar-condicionado, câmeras e integrado ao restante da malha do BRT.

O trecho que compõe este corredor, cujas obras começaram em abril de 2023, estende-se ao longo das avenidas General Carneiro e Armando Pannunzio com ligação as ruas Américo Figueiredo e Benedito Ferreira Teles, até chegar ao Jardim Ipiranga. Por ser um corredor estrutural, o embarque/desembarque nos pontos de parada será feito pela porta da direita, a 28 centímetros de altura, alinhado com o nível das calçadas nos abrigos. O investimento privado somou R$ 117 milhões.

Essas vias tiveram requalificação asfáltica, ganharam nova sinalização viária e iluminação em LED, passaram a ter monitoramento de câmeras e os pontos de parada receberam um mobiliário urbano moderno. Além disso, os passeios públicos foram adequados para acessibilidade com rebaixamento de guias e instalação de piso podotátil. O corredor Oeste traz outras inovações, como iluminação auxiliar externa autônoma (luminária solar), sendo que outro item previsto a ser implantado é o uso de inteligência Artificial (IA) como apoio ao CCO, para identificação no monitoramento de ocorrências.

Segundo a Urbes, as melhorias realizadas nas vias no Corretor Oeste também trazem benefícios para outras empresas do transporte que circulam na cidade, pois não são exclusivas do BRT. Ônibus de fretamento, por exemplo, que passam pelos corredores, poderão também parar nos abrigos.

O projeto passou por readequações e, no novo formato, os ônibus da concessionária BRT, assim como das demais operadoras do transporte público na cidade, circularão pela faixa preferencial à direita, tal como no modelo já adotado nas avenidas São Paulo (Corredor Leste) e Antônio Carlos Comitre (Corredor Sul).

Terminal
O Terminal Ipiranga e o Miniterminal Tatiana seguem os mesmos padrões de infraestrutura dos terminais Vitória Régia e São Bento. Ambos locais possuem estruturas com coberturas, bilheteria, banheiros, assentos, wi-fi, monitoramento 24 horas, atendimento de informações aos usuários e acesso facilitado por rampas e piso podotátil para pessoas com necessidades especiais. Receberão linhas de ônibus convencionais (alimentadoras) e do eixo do BRT de Sorocaba.


O Terminal Ipiranga, que recebeu a denominação “Weber Maganhato Primo”, é constituído de duas plataformas para embarque e desembarque dos passageiros e o edifício de apoio para a equipe operacional. As plataformas foram projetadas de acordo com o modelo operacional de cada linha. O acesso à plataforma BRT é controlado por catracas. Possui áreas de uso público/operação, como a bilheteria, sala administrativa, depósito, sanitários, refeitório e vestiário para os funcionários. A obra foi executada pelo BRT Sorocaba, em conjunto com as empresas Gaia Mais Soluções, Steelmax e Sigma.

Para o passageiro que costuma percorrer parte do trajeto de bicicleta e depois integra com o ônibus, o sistema BRT apresenta uma novidade. Isso porque, quem chegar ao Terminal Ipiranga, além de ter acesso seguro ao bicicletário, contará com uma oficina mecânica exclusiva para bikes. A finalidade é auxiliar em consertos rápidos e emergenciais, sendo que estarão disponíveis equipamentos para o “passageiro-ciclista”, como bomba de ar, chaves diversas e alguns itens para reparo.

Embarque no BRT e tarifa

Para ingressar no sistema BRT, o passageiro possui mais de 150 pontos de acesso que vai desde os terminais, estações e pontos de parada que estão distribuídos nos corredores estruturais em todas as regiões da cidade. O preço da passagem não sofrerá alteração e segue o mesmo praticado no município. Durante o período de 1h, o passageiro pode realizar baldeações com uma única tarifa.

O embarque pode ser feito com o uso de cartão cidadão, bilhete eletrônico com QR Code ou carteira digital via celular. Para quem busca mais agilidade e praticidade nos deslocamentos, recomenda-se a opção com a carteira digital, que oferece mais vantagens ao passageiro, como, a atualização em tempo real sobre a posição exata do ônibus.

Para o acesso com o celular, basta fazer o download do aplicativo Cittamobi, na Play Store ou na Apple Store, preencher o cadastro do usuário e informar os dados. Em seguida, o passageiro precisa criar a sua Carteira Digital e colocar o saldo (PIX, boleto ou cartão de crédito). No momento do embarque, basta aproximar o celular do validador e a catraca será liberada.

BRT Sorocaba

O sistema BRT oferece ao passageiro dois corredores exclusivos (Itavuvu e Ipanema) na Zona Norte, oito corredores estruturais (Leste, Oeste, Centro, Sul, Américo, Hermelino Matarazzo e Binário – G. Osório e Com. Oeterer), três terminais de ônibus (Vitória Régia, São Bento e Ipiranga), um Miniterminal (Tatiana), 26 estações preferenciais, 124 ônibus, e ainda, 128 pontos de parada que propicia  a integração com os Terminais Santo Antônio e São Paulo, com as seis áreas de transferências e a integração temporal entre diferentes linhas. O sistema conta também com um Centro de Controle Operacional (CCO) que monitora e acompanhar toda operação.

Em todo o empreendimento foram investidos aproximadamente R$ 475 milhões em obras de infraestrutura, projetos, desapropriações, material rodante e Sistema Inteligente de Transporte (ITS), sendo R$ 133 milhões da subvenção da Prefeitura de Sorocaba (R$ 127 milhões via Governo Federal e R$ 6 milhões do Município) e o restante de responsabilidade da concessionária.

Atualmente, ao todo, são transportados em torno de 53 mil passageiros, por dia, no Sistema BRT e, com a ativação do Corredor Oeste, estima-se que o volume de operação cresça mais 30%. Com isso, após a efetivação do projeto todo, serão mais de 2,2 milhões de passageiros atendidos por mês.

Detalhe é que o projeto BRT Sorocaba é primeira concessão precedida de obra no segmento de transporte com ônibus no Brasil e, hoje, tornou-se referência para outras cidades pelo seu modelo de contrato. Nesse modelo, não há oneração do erário público, pois a concessionária investe na construção do viário, terminais e estações, pontos de paradas e na infraestrutura de tecnologia, opera os ônibus e faz a manutenção de todo o sistema. Ao término do período de concessão, os investimentos em infraestrutura são revertidos para o próprio Poder Público. Há ainda parceria para a manutenção de toda a infraestrutura, pela qual a empresa BRT Sorocaba, além de operar na cidade, fica responsável por manter a qualidade e segurança da estrutura física.

Mais informações podem ser obtidas pelo PABX: (15) 3519-3100; WhatsApp: (15) 99760-9621; site: www.urbes.com.br  e, ainda, pelo  WhatsApp da Ouvidoria da Urbes: (11) 98884-5218.

Informações: Prefeitura de Sorocaba

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No DF, Especialistas apontam soluções para o transporte no futuro

domingo, 28 de abril de 2024

Em alta nos anos 1960, devido ao impulso à corrida espacial, a tendência futurista apresentou ao mundo a possibilidade de convivermos com robôs, fazermos videoconferências e termos televisões planas. Foi o que mostrou, por exemplo, o desenho animado Os Jetsons. Mais tarde, no filme De volta para o futuro (lançado em 1985), o personagem Doc Brown prometeu: "Para onde vamos não precisamos de estradas". Apesar de os carros voadores serem uma realidade em 2024, não é o meio de transporte idealizado para o futuro do Distrito Federal, segundo especialistas ouvidos pelo Correio. Diferentemente do que muitos imaginam, ônibus e veículos sobre trilhos seriam as melhores opções para garantir mobilidade democrática e de qualidade. Até alcançarmos essa possibilidade, porém, é preciso vencer desafios.

O primeiro deles é o colapso dos congestionamentos nas vias do DF. Conforme o relatório mais atualizado do Departamento de Trânsito do DF (Detran), circularam mais de 2 milhões de veículos na região, em 2023, um aumento de 35,8% em relação a 2013, quando havia 1.491.539 veículos em circulação. No ano passado, as vias foram ocupadas por automóveis, enquanto os ônibus circularam com uma quantidade cem vezes menor do que os carros. Na prática, a constatação resulta em insatisfação com o serviço, tanto pelos desgastes em engarrafamentos quanto pelo número insuficiente de coletivos, segundo o especialista em trânsito Wellington Matos e o pesquisador em mobilidade urbana Carlos Penna. 

De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, desde 2019, 2.303 novos veículos entraram em circulação para substituir os coletivos mais antigos e outros 158 foram incorporados ao sistema para aumentar a oferta aos usuários. "Além disso, temos mais de 150km de faixas exclusivas para reduzir o tempo de deslocamento dos coletivos, extensão que será ampliada para os corredores Oeste e Norte, com linhas rápidas, por meio de BRTs (Bus Rapid Transit)", completa.

"A previsão é de que, até o fim deste ano, mais 850 novos ônibus entrem em operação nas ruas para a continuidade do processo de troca. Todo o processo de renovação está previsto em contrato e não impacta no valor que o usuário paga pela passagem", diz Zeno Gonçalves. Ainda segundo o secretário, para o futuro, o objetivo é dar continuidade à renovação da frota, melhorar e otimizar as linhas, modernizar o transporte coletivo e ampliar a oferta de facilidades para ter acesso à integração, ao cartão Mobilidade e a outros meios de pagamento.

A saga do metrô
Com uma frota de 32 trens, 27 estações operacionais e 42,38km de extensão, o metrô do DF atende cerca de 160 mil usuários por dia. Liga Brasília às regiões administrativas de Ceilândia e Samambaia, passando pela Asa Sul, Setor Policial Sul, Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), Guará, Park Way, Águas Claras e Taguatinga. Expandir as linhas é o segundo desafio para garantir mobilidade democrática e de qualidade. 

De acordo com Wellington Matos, os veículos sobre trilhos são essenciais, visto que têm maior facilidade de locomoção, atendem a um número maior de pessoas, têm um tempo de viagem reduzido e o risco de sinistro é bem menor do que em rodovias. "O ideal é que tivéssemos trilhos para todos os cantos", reforça. Em relação ao meio ambiente, diminui-se a quantidade de veículos na rua e, consequentemente, a emissão de gases e outros materiais poluentes. 

Carlos Penna recorda que, em 2001, com a inauguração do metrô, havia a sensação de que Brasília teria solução para a mobilidade urbana, considerando que a frota de veículos — à época com 651 mil automóveis registrados — era três vezes maior do que a quantidade esperada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para esse período. 

"Em 2007, estudou-se atualizar as linhas, passando de duas para quatro. Entretanto, em 2009, o GDF reverteu os programas e resolveu trocar as linhas de metrô por corredores de ônibus. Um erro crasso", destaca Penna, que é ex-coordenador do Metrô DF. Assim, os gastos foram direcionados para duplicar vias, fazer viadutos, construir túneis e pagar subsídios aos ônibus. "A solução seria finalizar a linha 1, chegando ao fim da Asa Norte, estendendo o ramal de Ceilândia até Águas Lindas e o ramal de Samambaia até Santo Antônio do Descoberto. As linhas 2 (ligando Asa Sul, Gama e Santa Maria), 3 (ligando Riacho Fundo, Recando das Emas e Taguatinga) e 4 (ligando Asa Norte, Sobradinho e Planaltina) têm de ser construídas com urgência", opina Carlos.

Segundo o Metrô-DF, recentemente, a licitação da expansão em Samambaia foi homologada, de forma que a linha 1 será expandida em 3,6 km. No trajeto, estão previstas as construções de duas estações e de uma subestação retificadora. O projeto deve beneficiar uma população de 10 mil pessoas. A próxima etapa é a contratação, seguida da fase de elaboração de projetos. A companhia também está com a licitação da expansão de Ceilândia em andamento, na qual serão 2,3 km a mais de linha, com mais duas novas estações, cruzando a região até próximo à BR-070, na saída para Águas Lindas. Estima-se o acréscimo de 12 mil passageiros por dia.

Mobilidade ativa
Locomover-se usando a energia do próprio corpo é, de todas as opções de transporte, a mais sustentável e acessível. É a mais viável? Ainda não. Apesar de ter a segunda maior malha cicloviária do país, com quase 700 km, muitas ciclovias e calçadas não são devidamente interligadas, levando a lugar algum. "Na prática, para se deslocar em ciclofaixas, é importante que, no destino, haja a possibilidade de tomar um banho, trocar de roupa e guardar a bicicleta", disse o especialista Wellington Matos. 

O relatório Desigualdade da Mobilidade Urbana no Distrito Federal, do Observatório de Políticas Públicas do DF, divulgado no fim de 2022, mostra que em RAs de renda mais baixa, uma das motivações principais para se caminhar é ir ao trabalho. Nos locais de renda mais alta, o caminhar é realizado sobretudo como uma atividade física. De forma semelhante, para os mais pobres, a bicicleta é usada para ir ao trabalho por 32,3% dos usuários e para fazer compras/serviços por 25,8%. Nas RAs de mais alta renda, a bicicleta é mais usada para atividade física e de lazer: 38,9% e 44,4%, respectivamente.

Atualmente, o Plano Piloto é a região com o maior número de pistas para bicicletas: 138,08 km. Em segundo lugar está o Lago Sul, com 58,2 km. Em seguida, aparecem Park Way (50,7 km), Gama (35,9 km), Lago Norte (33,9 km), Ceilândia (33,6 km) e Santa Maria (33,1 km). Para o futuro, o secretário Zeno Gonçalves aponta: "Pretendemos dotar o DF de uma infraestrutura de mobilidade ativa adequada aos padrões para uma capital brasileira, com terminais acessíveis, com paradas de ônibus e abrigos que atendam às necessidades do usuário".

Caminhos possíveis 
Para Wellington Matos, é fundamental que os transportes sobre trilhos atinjam todas as RAs, enquanto internamente seja priorizada a circulação de ônibus. "Integrar ônibus e metrô é a solução. Como isso ainda não é uma realidade, temos que trabalhar os ônibus, colocando vias exclusivas — pelo menos duas, transformando-os em coletivos de alta qualidade. No entanto, acredito que, para um futuro realista, podemos esperar o aumento de obras e, consequentemente, de veículos individuas, visto que quanto mais obras, mais convidativo será para os motoristas de veículos", ponderou. 

Carlos Penna reforçou que os transportes do futuro já existem, falta apenas implementá-los. "São o metrô; o trem do Entorno (que liga Luziânia, Valparaiso e Brasília); e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto à W3 e à L2 . Além disso é fundamental fazermos as ciclovias separadas das vias dos automóveis e calçadas lisas para todos poderem se deslocar livremente", ressaltou.

E os carros autônomos e elétricos? Bom, Matos acredita que levará tempo para que veículos autônomos possam trafegar com tranquilidade em nossas vias, pois dependem de boa sinalização e estrutura de internet elevada. "Não é algo tão simples e são veículos muito caros", esclareceu. Penna ponderou que a troca dos veículos de motor à explosão por motores elétricos é positiva, dado que não emitem gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), e nem causam poluição sonora.

"É preciso entender, porém, que um congestionamento com 50 mil veículos elétricos continua sendo um congestionamento. Portanto, são soluções individuais, enquanto devemos pensar em transporte público de qualidade", concluiu o pesquisador.

Informações: Correio Braziliense

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Curitiba já prepara nova concessão do transporte coletivo e aposta em ônibus elétrico

domingo, 14 de abril de 2024

A Prefeitura e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) deram início, nesta quarta-feira (10/4), no Salão de Atos do Parque Barigui, aos trabalhos para estruturação e modelagem da nova concessão ou Parceria Público-Privada (PPP) do transporte coletivo de Curitiba, que prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte (RIT) e a descarbonização gradual da frota, com forte aposta em ônibus elétricos.

A nova concessão, cujo leilão está previsto para o terceiro trimestre de 2025, será a primeira do País elaborada de forma estruturada, já na sua origem, para reduzir a emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética. A meta é que 33% da frota de ônibus de Curitiba seja formada por veículos zero emissões até 2030, percentual que alcançará 100% em 2050.

O novo modelo de concessão vai substituir o atual, que foi assinado em setembro de 2010 e que tem validade de 15 anos.

“A Prefeitura e o BNDES dão início aos trabalhos de formatação do novo modelo de concessão de transporte coletivo que promete ser um marco em sustentabilidade para o setor no Brasil. Vamos garantir que Curitiba adote a eletromobilidade plena em seus ônibus, a integração metropolitana e a modernização do serviço à população”, afirmou o prefeito Rafael Greca, durante o evento de abertura.

Para o prefeito, a ideia é buscar uma concessão que possa ofertar um modelo criativo e eficiente de transporte coletivo para servir a população adaquadamente.

Protagonismo histórico
"Curitiba sempre foi pioneira no setor de transporte público. Não se trata de uma presunção, mas de exercer o nosso protagonismo histórico. Nós queremos oferecer ao Brasil o melhor modelo e fomos buscar o corpo técnico mais qualificado, que é o do BNDES. Este será o meu legado pelo bem que eu desejo à Curitiba", pontuou Greca.

Durante dois dias, técnicos da Urbanização de Curitiba (Urbs), do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), da Procuradoria-Geral do Município (PGM), da Secretaria Municipal de Finanças, representantes do BNDES e do consórcio Oficina-GPO-Rhein-Adax, vencedor do edital para a coordenação do projeto, vão alinhar a condução dos trabalhos, que incluirão também uma visita técnica à Rede Integrada de Transporte.

O vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, lembrou que Curitiba está trabalhando há 2 anos com planejamento e responsabilidade para fazer a nova concessão do transporte coletivo.

"Começamos a discutir o processo dois anos antes do término do contrato, o que mostra nosso grau de responsabilidade e planejamento. Esta é uma janela de oportunidade que a cidade terá para incluir no próximo contrato as tecnologias que estão acontecendo no mundo, como a mudança para matriz elétrica, sempre procurando a eficiência do transporte, além da tarifa justa e a qualidade para o usuário", disse Eduardo Pimentel. 

A reunião de partida é mais um passo no âmbito do contrato, assinado em outubro do ano passado pela Urbanização de Curitiba (Urbs), representando a Prefeitura, e o BNDES, para elaboração desde diagnósticos e estudos preliminares até o preparo para a licitação. 

“Curitiba tem uma grande oportunidade de reformular o sistema de mobilidade urbana como um todo, permitindo a implementação de um modelo de concessão que promova o aumento da eficiência energética, a descarbonização da frota e a atração de novos usuários, pessoas que hoje utilizam transporte motorizado individual. São objetivos alinhados à estratégia do banco de incentivar projetos que visem à transição climática”, explicou a superintendente da área de Soluções para Cidades do BNDES, Luciene Machado. 

Cronograma
A primeira etapa dos estudos prevê um relatório de diagnóstico e reestruturação da RIT e estudo de demanda, que deve ser concluído no terceiro trimestre de 2024.

A segunda etapa, prevista para o primeiro trimestre de 2025, contempla relatórios de avaliação ambiental e jurídico, estudo de engenharia e técnico-operacional, avaliação econômico-financeira e proposição de modelo de concessão.

Para o segundo trimestre de 2025 estão previstas as realizações de consulta e audiência pública e a publicação do edital e, no terceiro trimestre, o leilão.

"Temos o compromisso de estruturar um novo sistema de mobilidade sustentável, inclusivo, integrado para atrair mais passageiros, melhorar o serviço prestado à população, integrá-lo com outros modais e com mudança na matriz energética. Serão meses de trabalho intenso”, disse Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs.

Modelo de negócio
No edital será definido o novo modelo de negócio do sistema, com regras de atuação, integração, investimentos, remuneração, garantias e prazo da concessão do transporte coletivo.

Reconhecida pela inovação no transporte coletivo e em soluções de mobilidade, Curitiba tem um dos sistemas de transporte coletivo mais integrados do País.

Dos 15 milhões de passageiros por mês que utilizam o transporte da capital, 3,2 milhões são da Região Metropolitana, que entram no sistema sem ter que pagar uma nova passagem. São 22 terminais de integração, 242 linhas urbanas, 62 linhas metropolitanas que integram com o sistema e três linhas mistas (urbanas e metropolitanas). A frota é de 1,1 mil ônibus.

“A nova concessão será uma oportunidade efetiva para elevarmos o patamar da Rede Integrada de Transporte. O suporte do BNDES irá garantir a possibilidade à ampla concorrência, abrindo portas para novas tecnologias nacionais e internacionais. Sabemos que o planejamento define a qualidade de vida da população de uma cidade”, afirmou o presidente do Ippuc e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur.

Ele citou o volume robusto de investimentos que o município vem aplicando no transporte coletivo. "São quase R$ 2 bilhões em projetos como o do Novo Inter 2 e do Eixo Leste-Oeste, com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do NDB (New Development Bank)", lembrou.

Atrair passageiros
Um dos desafios da nova concessão é aumentar a participação dos ônibus no deslocamento da população. O fluxo de passageiros teve queda de 30% nos últimos dez anos, processo que se agravou com a pandemia de covid-19.

Com o novo modelo de concessão, Curitiba espera aumentar os deslocamentos feitos por transporte coletivo e mobilidade ativa dos atuais 51% para 85% e reduzir de 45,8% para 7% os deslocamentos feitos por veículos individuais, metas que se alinham o Plano de Mobilidade Sustentável da Cidade.

Em 2020, Curitiba concluiu seu Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima), através do qual foi firmado o compromisso de o município se tornar neutro em emissões e resiliente aos riscos climáticos até 2050. Um dos cenários estudados para alcançar a neutralidade de carbono prevê que 85% dos deslocamentos sejam feitos por transporte coletivo e compartilhado, a pé ou de bicicleta até 2050.

Zero emissões
Como parte da preparação para a nova concessão, Curitiba promoveu testes com veículos elétricos no transporte coletivo e já definiu um investimento de R$ 318 milhões para a compra dos primeiros 70 ônibus elétricos que serão integrados à frota até junho.

No ano passado foram testados seis ônibus elétricos, das marcas Eletra, Marcopolo, BYD e Volvo. Neste ano devem entrar em teste modelos das marcas Volkswagen e Ankai.

Esses testes e a performance dos primeiros veículos incorporados à frota também servirão de base para a elaboração do novo edital de concessão.

Empresa líder do consórcio, com atuação de quase 30 anos em estudos de mobilidade, transporte e planejamento urbano. É responsável pela coordenação geral dos trabalhos, compatibilização e consolidação de todos os relatórios elaborados pelas consorciadas, realização dos estudos de demanda e correspondente elaboração do Relatório de Estudo de Demanda. 

TYLyn (GPO Sistran Engenharia)
Fundada em 1991, em São Paulo, hoje integra o grupo espanhol GPO Group e tem experiência na área de planejamento, mobilidade regional e urbana e obras de infraestrutura, dentre outros. Ficará responsável pela realização dos estudos de engenharia e técnico-operacionais.

Rhein Schirato Meireles Sociedade de Advogados
Escritório de advogados especializado em Direito Administrativo, Infraestrutura e Setores regulados que realizará estudos jurídicos e institucionais.

Addax Assessoria Econômica e Financeira
Fundada há 20 anos, é uma empresa multiprofissional de economia, engenharia e arquitetura. Sua atribuição é a realização de estudos econômico-financeiros, além da participação nos eventos de consultas e audiências públicas e road shows nacionais e internacionais.

Presenças
Participaram também do evento, pela Prefeitura, os secretários municipais Marilza Dias (Meio Ambiente), Maria Sílvia Bacila (Educação), Cínthia Genguini (Comunicação Social), Dario Paixão (Desenvolvimento Econômico, Inovação e Inteligência Artificial), Carlos Eduardo Pijak Jr. (Esporte, Lazer e Juventude) e Cristiano Hotz (Planejamento, Finanças e Orçamento); a assessora de Investimentos do Ippuc, Ana Jayme; o presidente da Cohab, José Lupion Neto; o controlador-geral do município, Daniel Conde Falcão Ribeiro; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina Castro; e os administradores regionais Fernando Wernek Bonfim (Bairro Novo) e Marcelo Ferraz (Tatuquara).

Também compareceram os técnicos do BNDES Joana Sauer, Arian Bechara, Paula Fogacci, Servio Nascimento, Isabella Muller e Rafael Chambarelli; Ana Beatriz Monteiro (Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID); Eduardo Siqueira e Carmen Araújo (World Resource Institute - WRI Brasil); e Marcel Martin (International Council on Clean Transportation - ICCT).

Informaações: URBS

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Bicicleta ultrapassa carro como meio de transporte em Paris, após forte expansão de ciclovias

sexta-feira, 12 de abril de 2024

A bicicleta superou o carro como meio de locomoção em Paris, depois de uma revolução urbana promovida pela prefeitura para incitar a mobilidade sustentável. Um estudo, divulgado nesta quinta-feira (11), aponta que uso da bicicleta agora só fica atrás do transporte público e da caminhada.

"Há 10 anos, quem poderia prever que em Paris a bicicleta superaria o carro? Bem, nós ultrapassamos", disse o secretário municipal de Mobilidade, David Belliard, na rede social X.

A pesquisa, realizada pelo Institut Paris Région (IPR) a pedido de instituições públicas e privadas, indica que "os parisienses usam mais bicicletas" quando se deslocam na capital "do que carros". Com 11,2% e 4,3% respectivamente, ambos os modos de transporte ficam atrás da caminhada, com 53,5%, e do transporte público, com 30%.


A bicicleta também supera o carro no deslocamento entre Paris e os subúrbios mais próximos, com 14% contra 11,8%. O estudo aponta, ainda, que 66,1% dos cidadãos parisienses usam transporte público, e 5,5% decidem caminhar.

Na região parisiense, carro ainda impera
Fora da cidade de Paris, o carro prevalece, observa o relatório, que aponta para uma "dependência do carro" tão logo as fronteiras da capital são cruzadas. O governo regional promove um plano para construir 200 quilômetros de linhas de metrô, conhecido como Grand París Express, para ligar os subúrbios de Paris aos transportes públicos e inverter a tendência.

O estudo, realizado entre outubro de 2022 e abril de 2023, recolheu dados de 3.337 cidadãos da região, com entre 16 e 80 anos, e que aceitaram ser acompanhados por satélite (GPS) durante uma semana.

Mais ciclovias
Paris, governada pela prefeita socialista Anne Hidalgo, tem como uma das suas prioridades reduzir o espaço de carros em benefício dos pedestres e das bicicletas. Grandes avenidas, como a central Rivoli, já foram completamente transformadas para ceder espaço à mobilidade sustentável.

Em 2021, a cidade tinha mais de 1.000 quilômetros de instalações adaptadas para os ciclistas, incluindo mais de 300 quilômetros de pistas. O objetivo é ser uma cidade "100%" apta para as bicicletas até 2026.

Por ocasião dos Jogos Olímpicos, agendados de 26 de julho a 11 de agosto, as autoridades promoveram a construção de mais ciclovias para permitir o acesso de bicicleta às instalações olímpicas.

Informações: AFP
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Projeto de lei prevê proibição de bicicletas e veículos elétricos nas ciclovias do Rio de Janeiro

domingo, 7 de abril de 2024

O projeto de lei nº 2467/2023 estabelece novas regras para o uso de bicicletas e veículos elétricos em ciclovias e ciclofaixas no Rio de Janeiro. No ano passado, a primeira versão do texto, que previa a proibição de qualquer veículo leve elétrico nas ciclovias cariocas, acabou sendo vetada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD). O texto recebeu alterações e, agora, retornou para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro para votação.

Elaborada pelo vereador Dr. Gilberto (Solidariedade), a nova proposta permite o uso de bicicletas elétricas sob algumas condições. De acordo com o texto, apenas é permitida a circulação nas ciclovias e ciclofaixas de modelos com pedal assistido, sem acelerador, com velocidade máxima de 25 km/h e potência nominal máxima de até 350 W. Procurado pela reportagem, o vereador Dr. Gilberto não respondeu à solicitação de entrevista.

O projeto de lei sobre a proibição de bicicletas elétricas também permite, em específico, o uso de equipamentos auxiliares de mobilidade para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Veículos como ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos continuam proibidos de transitar nas ciclovias.

Proibição de bicicletas elétricas
Pedro Duarte (Novo) foi o único vereador com voto contrário ao primeiro texto. “O projeto era muito ruim e não é que nós não defendemos nenhuma regulamentação, mas [ela precisa] autorizar as bicicletas elétricas, dando condições equilibradas”, afirma.

Para o vereador, mesmo o novo projeto de lei com as alterações ainda apresenta problemas. Do ponto de vista legal, de acordo com o vereador, não é competência da Câmara de Vereadores legislar sobre as regras de trânsito. “Não cabe à Câmara Municipal definir o limite de velocidade […], a gente define o que é complementar, mas a legislação de trânsito compete ao governo federal”, explica. No Rio de Janeiro, a autoridade responsável pelo gerenciamento do trânsito é a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio).

Ainda sem previsão de votação, de acordo com a assessoria de Duarte, na última terça-feira, 2, a pauta era a 28ª na ordem do dia. “Esse novo projeto se baseia na antiga resolução [996] do Contran, […] é muito difícil achar um modelo que se encaixe em todas essas restrições”, afirma. O texto a que ele se refere é a resolução de 2022 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), atualizada em 2023.

A última versão da publicação do Contran que define as categorias dos veículos leves elétricos não alterou as características que definem uma bicicleta elétrica, mas mudou os valores máximos de potência e velocidade de assistência do pedal. Desde então, as bicicletas elétricas podem conter motores com potência máxima de 1000 W (mil watts) e velocidade limite de 32km/h.

Legislação nacional

A primeira publicação sobre bicicletas elétricas a nível nacional pelo Contran aconteceu em 2009. “Em 2013, tivemos uma legislação mais específica sobre cicloelétricos e em 2023 uma atualização da legislação”, explica Sérgio Oliveira, diretor executivo da Abraciclo. Em 2022, o Contran estabeleceu novos parâmetros para as bicicletas elétricas, mas no ano seguinte, atualizou o texto novamente.

De acordo com o Ministério dos Transportes, a atualização ocorreu para acompanhar o aumento significativo desse tipo de veículo em circulação pelas cidades e a necessidade de um regramento para o tráfego. O novo texto deixou ainda mais clara a classificação dos veículos e equipamentos, e ampliou os valores mínimos de potência e velocidade das bicicletas elétricas.

Informações: Estadão

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Governo de SP reabre trechos de ciclovia às margens do rio Pinheiros

segunda-feira, 25 de março de 2024

O Governo de São Paulo, por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente Infraestrutura e Logística (Semil), reabriu dois trechos da ciclovia Franco Montoro, às margens do rio Pinheiros.

A liberação aconteceu com a conclusão da maior parte das obras de instalação dos gabiões (estruturas de grande durabilidade e resistência) nas margens do Rio Pinheiros, iniciadas em março de 2022. Com investimento total de R$ 296,5 milhões, as obras localizadas na zona sul da capital visam melhorar a estrutura e preservar as margens do rio, além de trazer mais segurança aos dois trechos da ciclovia.

O local recebe cerca de 150 mil ciclistas por mês. São dois trechos liberados, na chamada margem leste, paralelo à Linha 9-Esmeralda, sendo um deles localizado entre a Ponte Estaiada (Octavio Frias de Oliveira) e a Ponte Flutuante, com um quilômetro de extensão, e o outro entre a Ponte do Jaguaré e a Ponte Cidade Universitária e equivalente a dois quilômetros. Tanto a ciclovia quanto a operação da Linha 9 são de responsabilidade da concessionária ViaMobilidade.

A medida foi importante para a colocação de muros de gabiões ao longo do rio, o que auxilia no controle do processo de erosão das margens e na segurança dos usuários das ciclofaixas. Os novos muros também contam com rampas de acesso a cada 250 metros – intercaladas em cada margem, que permitem o acesso da fauna local à margem do rio, como as capivaras.

Com a entrega da obra, os dois trechos voltam a ser liberados para que a população possa andar de bicicleta na ciclofaixa do local. Outra novidade é que agora haverá uma conexão direta para os ciclistas irem até o Parque Villa-Lobos, o que permite maior locomoção nas opções de lazer da população e conexão com as ciclovias das avenidas Brigadeiro Faria Lima, Pedroso de Morais e Professor Fonseca Rodrigues.

A recuperação total das margens deve ser concluída em abril, com a etapa final das obras que totalizam, ao todo, aproximadamente 18 quilômetros. Com a instalação dos gabiões executada pelo DAEE, haverá a redução da erosão das encostas e do depósito de materiais dentro do leito do rio, o que também auxilia no combate a enchentes – já que esse material diminui a capacidade de o rio absorver o volume de água das chuvas.

No dia 15 de fevereiro, o Governo de São Paulo já havia liberado outro trecho com obras similares que foram executadas pelo DAEE, no sentido Interlagos do Rio Pinheiros, entre a Ponte Estaiada e a Ponte Laguna, na chamada margem oeste. A obra beneficia usuários que percorrem 3,2 km de ciclovia do Parque Bruno Covas.

Informações: Governo de SP

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