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Prefeitura do Recife constrói alça viária para dar maior fluidez à mobilidade no Centro

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Visando dar maior fluidez para quem deseja se deslocar para o centro, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), está construindo uma alça de retorno no viaduto do Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, no sentido Marco Zero. A intervenção faz parte do Novo Plano de Circulação Viária do Centro - estudo que é parte de um dos mais importantes compromissos da gestão: a requalificação estrutural da área central do município. A obra no viaduto está sendo executada pela Emlurb e vai melhorar a conexão do Centro com a Avenida Dantas Barreto. Os serviços acontecem de forma programada no período do recesso escolar, quando há uma redução do fluxo de veículos nas ruas.

A intervenção na descida do viaduto (giro à direita) consiste na demolição do pavimento em concreto e sua recomposição. A obra é necessária para realizar a ligação do novo trecho com o viaduto. Primeiro, será realizado o serviço em uma faixa e após sua liberação para tráfego, será executada a segunda e última faixa, com previsão de conclusão até o final de janeiro. O valor investido é de aproximadamente R$ 150 mil.

Quando concluída a nova alça do Viaduto das Cinco Pontas, os condutores que vêm da Zona Sul da cidade pelo Cais José Estelita terão a opção de acessar a Avenida Dantas Barreto diretamente pela nova alça. O que possibilita, também, a opção de retorno à região Sul, que ocorre no Cais de Santa Rita.

O principal objetivo do novo plano de circulação viária é ativar as vias do centro do Recife com a ocupação de pessoas. Neste caso, a mobilidade de diversos meios de transportes com a garantia de mais segurança viária no centro do Recife vai atrair as pessoas a uma vivência diferenciada do espaço urbano - seja com uso da mobilidade ativa, seja de carro ou de transporte público.  Para isso estão sendo realizadas uma série de intervenções - como obras físicas e mudanças de sentido em algumas vias - com vistas a dinamizar o fluxo de veículos (passeio e transporte público) no local.  

Informações: Prefeitura do Recife

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No Recife, MPPE dá um prazo para convocação do CSTM

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Em reunião realizada hoje pelo ministério público de maneira à híbrida com os mais diversos representantes MPPE, Grande Recife Consórcio de Transporte, Secretaria de Mobilidade, URBANA PE e mais dos representantes dos usuários Clayton Leal e Pedro Joseph foi discutida a situação do ar-condicionado nos coletivos da RMR e o percentual de renovação de frota que acordado todos os anos após reajuste tarifários, nessa discussão, foi falada que a tarifa se encontra congelada em R$ 4,10 desde janeiro de 2022 e mesmo sem o reajuste, o representante da URBANA relatou que a renovação é feita diante do regulamento com veículos com mais de 10 anos. 

A reunião tinha caráter de cobrar através de um documento como seria feita a implantação gradativa dos acondicionados nos ônibus da Região Metropolitana do Recife visando cumprir a lei e resolução aprovada dentro do próprio CSTM com metas a serem alcançadas, mas a reunião não avançou a este patamar devido aos participantes entrarem em consenso sobre a falta de reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano, onde os conselheiros tiveram seus mandatos renovados agora em dezembro bem como uma decisão do governo em definir como será a forma de repasse dos subsídios as empresas permissionárias que se venceu em 31 de dezembro através da lei de remuneração 17.878/22.

Na reunião, o Membro representante dos usuários Clayton Leal cobrou mais agilidade do Governo do Estado frente à crise que estar hoje o transporte coletivo na RMR e uma resolução rápida frente à lei. Também o conselheiro reforçou sobre a diminuição dos coletivos onde o mesmo relatou que o GRCT fez um plano férias de maneira insensata, visto que as linhas continuaram com a mesma programação do plano férias de julho.

Já o Conselheiro Pedro Joseph cobrou da SEMOBI a volta das reuniões do CSTM e que a mesma viesse já com um calendário de reuniões visando não interromper os encontros regidos por lei.

O Promotor do MPPE Leonardo Caribé determinou um prazo até o dia 26 de janeiro para que o Governo do Estado estabeleça uma data de convocação do CSTM visando resolver questões de urgências relativas ao sistema.

Blog Meu Transporte

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No Recife, Audiência busca soluções para o transporte público na RMR

terça-feira, 20 de junho de 2023


Problemas estruturais e operacionais do transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR) motivaram uma audiência pública na Assembleia Legislativa, nesta segunda (19). Gestores, trabalhadores, representantes de empresas e usuários estiveram presentes. Eles buscaram articular melhorias no sistema para garantir mais mobilidade e acessibilidade, além de diminuir o tempo esperando pelos ônibus ou nos deslocamentos. A reunião foi organizada pela Comissão de Assuntos Municipais da Alepe. 

DIMINUIÇÃO – Marcelo Bandeira, da Urbana-PE: número de passageiros é 56% do que era há 10 anos. Foto: Roberta Guimarães.

Diretor de inovação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), Marcelo Bandeira expôs dados sobre a redução do número de passageiros. O número atual corresponde a 56% do que era transportado há uma década. E, segundo ele, a principal queixa dos usuários se refere ao tempo de espera. 

Além de sugerir novos mecanismos para o financiamento do sistema (taxas, pedágios urbanos, estacionamentos), Bandeira defendeu mais diálogo entre as prefeituras da RMR: “As autarquias municipais precisam conversar e entender o planejamento do Grande Recife.”

Representante dos usuários, Clayton Leal, do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), elencou o sucateamento da frota, a falta de acessibilidade e a proposta de implantação de catracas mais altas entre as dificuldades do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP). Ele ainda cobrou a realização da licitação das linhas de ônibus, que está sob análise do Tribunal de Contas de Pernambuco. 

USUÁRIOS – Clayton Leal cobrou a realização da licitação das linhas de ônibus. Foto: Roberta Guimarães.

Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Aldo Lima, lamentou os assaltos que trabalhadores e passageiros sofrem nos coletivos. “Os rodoviários estão sendo agredidos e enfrentam riscos constantes. Muitos sofrem adoecimento psíquico devido à violência”, relatou. 

Lima ainda frisou os níveis de estresse a que os motoristas estão expostos, por conta de flores como calor, dupla função (motorista e cobrador) e congestionamentos. “Esses trabalhadores sequer têm um plano de saúde para se cuidarem”, advertiu.
Representantes do Governo

GOVERNO – Secretário Evandro Avelar avaliou que as questões do sistema são estruturais. Foto: Roberta Guimarães.

Secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar avaliou que as questões do sistema não são apenas operacionais, mas de estrutura. O gestor citou a necessidade de ações estratégicas como a construção do arco metropolitano e o investimento na atualização da operação do metrô. “É preciso garantir um financiamento público específico para o sistema de transporte”, propôs o gestor, tomando como exemplos mecanismos como o SUS e o Fundeb.

Presidente da Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU), Taciana Ferreira destacou a importância da revisão do Plano Diretor da Região Metropolitana. Superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Dorival Martins afirmou a importância da expansão do transporte metroferroviário para melhorar a qualidade de vida da população, reforçando a necessidade de que chegue ao complexo de Suape.

Encaminhamentos

PROPOSTAS – João Paulo vai encaminhar audiência com TCE para tentar destravar licitação dos ônibus.

Autor do pedido de realização da Audiência Pública, o deputado João Paulo (PT) cobrou “coragem política” para enfrentar os problemas do transporte público. “Parte dos problemas demanda grandes investimentos, mas há aqueles que podem ter soluções mais simples e rápidas. É preciso comando político e articulação entre Estado e Prefeituras, além de coragem dos prefeitos”, afirmou. 

O parlamentar apresentou os encaminhamentos da audiência desta segunda. Segundo João Paulo, será elaborado um relatório da comissão, a ser enviado aos setores competentes, e se buscará uma audiência com o TCE para tratar da licitação das linhas de ônibus. Também será sugerido ao Governo do Estado a formação de um grupo de trabalho permanente com representantes de órgãos públicos e da sociedade para discutir o sistema de transporte.

O presidente da Comissão de Assuntos Municipais, josé Patriota (PSB) lamentou que apenas dois municípios da RMR (Recife e Olinda) integrem hoje o Grande Recife Consórcio de Transporte. Ele defendeu que haja integração “horizontal”, entre os municípios, e “vertical”, com os governos estadual e federal. 

Os deputados Mário Ricardo (Republicanos), Dani Portela (PSOL) e Romero Sales Filho (União) também participaram dos debates. A audiência ainda teve a presença de representantes do Grande Recife Consórcio de Transporte, Ministério Público e OAB-PE, entre outras instituições.

Informações: ALEPE
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Brasil destoa de experiência internacional de sucesso na mobilidade sustentável

segunda-feira, 22 de maio de 2023

O Brasil destoa da experiência internacional em mobilidade sustentável, perdendo relevância, inclusive, na região da América Latina. Para mudar esse cenário, o país precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país. Essa é a conclusão do estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Mobilidade Urbana no Brasil: marco institucional e propostas de modernização.

O estudo aponta que os principais desafios enfrentados para a evolução da mobilidade urbana incluem a falta de financiamento, fator apontado pelo estudo como o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil. Além disso, a CNI defende que sejam viabilizadas fontes de investimentos, com recursos nacionais e estrangeiros, além de participação pública e privada nos projetos de transformação.

Destoando não apenas de exemplos internacionais de sucesso de mobilidade urbana sustentável, o Brasil também fica atrás de outros países latino-americanos. Por exemplo, o país aparece entre as economias com a menor participação de veículos elétricos – somente as cidades de Santiago e Bogotá têm três vezes mais ônibus elétricos em operação que em todo território brasileiro.

Dos R$ 295 bilhões estimados para a modernização da mobilidade urbana, R$ 271 bilhões precisariam ser destinados para expansão de linhas de metrô. Conforme destaca o estudo, esse montante equivale ao necessário para mais do que dobrar a extensão da malha vigente. Em seguida, estão os investimentos para ampliação das estruturas de rede de trens (R$ 15 bilhões) e de BRTs (R$ 9 bilhões).

De acordo com o estudo da CNI, 74% dos 116 municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes cumpriram os prazos estipulados pela Lei de Mobilidade Urbana, que estabeleceu que essas cidades elaborassem e aprovassem um Plano de Mobilidade Urbana (PMU) até abril do ano passado. A mesma lei determinou que todos os municípios com população entre 20 mil e 250 mil pessoas apresentassem um PMU até o dia 12 de abril de 2023.

Entre as 1.908 cidades nessa situação, apenas 13% atestaram – até setembro do ano passado – ter um plano de mobilidade.

O diagnóstico referente às maiores regiões metropolitanas brasileiras é de que as cidades cresceram, foram amplamente urbanizadas, mas os transportes não acompanharam o ritmo de crescimento dessas metrópoles. Entre as recomendações estão investir em transporte coletivo e transporte individual não motorizado.

As 15 regiões metropolitanas avaliadas no trabalho são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia, Belém, Fortaleza, Natal, Salvador, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Recife e Teresina.

“A urbanização não foi acompanhada por um planejamento voltado à redução das distâncias percorridas pelos cidadãos, para a qual o adensamento das cidades e a melhor distribuição de suas principais funções – moradia, trabalho, serviços e lazer – constituiriam seu alicerce”, diz o estudo.

Destaque para o fato de que cidades com maiores níveis de renda têm maior demanda por transporte individual. Como exemplo disso, em Curitiba 49% das viagens são feitas de carro ou moto, apesar do reconhecido sistema de BRT (Bus Rapid Transit) e de a cidade apresentar uma boa infraestrutura de transportes para os padrões brasileiros. 

Por outro lado, em Salvador e Recife – que possuem uma rede de transporte público menos estruturada –, esse modal representa somente 22,1% e 16,7%, respectivamente. Já no Rio de Janeiro, a baixa participação dos transportes individuais (19,5%) pode estar associada a uma confluência de fatores ligados tanto a um menor nível de renda de amplos setores da população metropolitana, quanto à existência de uma extensa – ainda que precária – rede de transportes na metrópole.

A bicicleta ainda é subaproveitada nas principais metrópoles do país: em todas as RMs brasileiras, a participação da bicicleta oscilava entre 0,8% e 2,4%, em contraposição a cerca de 4% em Santiago, 7% em Bogotá e 13% em Berlim, na Alemanha.

Por outro lado, é reconhecido que o Brasil empreendeu importantes avanços de natureza institucional no aperfeiçoamento da mobilidade urbana, de modo que o país dispõe de um moderno ordenamento jurídico que disciplina não apenas o planejamento, mas também a execução de políticas no setor.

Outro dado interessante é que o preço da gasolina, um balizador da escolha modal, nos últimos 15 anos, excluindo o período mais recente, teve aumento inferior ao das tarifas de transporte público coletivo, o que, na prática, sinaliza um barateamento relativo das viagens com transporte privado em detrimento das viagens com meios de transporte públicos.

Em termos de comportamento, o estudo mostra outras mudanças nos padrões de deslocamento urbano, particularmente com o aumento do trabalho sob a forma de home office e do comércio digital – processo que foi acelerado com a pandemia de Covid-19 –, e do advento do transporte por aplicativo – ainda não captado em sua magnitude por boa parte das pesquisas.

Nas duas maiores metrópoles brasileiras, por exemplo, a demanda por transportes coletivos ainda se encontra bastante abaixo ao último ano pré-pandemia: em São Paulo, as viagens de metrô e de ônibus em 2022 estão cerca de 25% abaixo dos níveis de 2019; no Rio de Janeiro, a queda da demanda por metrô é de mais de 30% e a de ônibus, da ordem de 15%.

O estudo conclui que é necessário assegurar instrumentos mais efetivos para a modernização dos sistemas de mobilidade, com o aperfeiçoamento institucional e de governança no âmbito dos municípios, e uma lei municipal como ferramenta de efetivação dos planos de mobilidade.

E também viabilizar fontes para o financiamento de investimentos de infraestrutura de mobilidade urbana, ampliando o número de Parcerias Público-Privadas em um modelo de PPP que agrupe a construção do sistema, operação e manutenção, em contratos de concessão de duração relativamente longas (em torno de 30 anos).

Por: Julio Cesar
Informações: CNI
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Semob quer evitar erros do passado em novo programa de mobilidade urbana

segunda-feira, 27 de março de 2023

A recém-criada Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, dentro do guarda-chuva do Ministério das Cidades, está estruturando um novo programa de financiamento de infraestrutura e equipamentos para projetos de mobilidade urbana. A ideia é recriar um plano nos moldes do PAC Mobilidade Urbana, lançado pelo governo Dilma em 2012, mas contemplando alguns ajustes para evitar erros do passado que resultaram num grande volume de obras inacabadas e projetos que não saíram do papel. Uma das prioridades é incentivar parcerias público-privadas para alavancar sistemas ferroviários. As PPPs do VLT do Rio de Janeiro e do Metrô de Salvador estão sendo tratadas como modelos bem-sucedidos e que devem ser replicados.

Quem está à frente desse trabalho é o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel Souza dos Santos, servidor de carreira do Ministério das Cidades. Ele foi nomeado pelo ministro Jader Filho como secretário interino, em fevereiro. “Quando equacionamos num mesmo contrato tanto a construção quanto a operação do sistema, como foram as PPPs do VLT do Rio e do Metrô de Salvador, a perspectiva de a obra ser mais rápida é muito maior do que uma obra pública, que geralmente passa de quatro anos e depende de um orçamento que, às vezes, não está assegurado”, diz Santos.

A pasta tem feito um levantamento dos projetos que receberam apoio do PAC no passado, mas se encontram hoje paralisados. Para esses e novos que venham a surgir, o governo federal discute um tipo de apoio a estados e municípios que vai além da transferência de recursos apenas. A secretaria quer atuar de forma mais próxima na elaboração e acompanhamento de projetos, fornecendo corpo técnico e auxiliando na estruturação financeira dos contratos.

O BNDES e a secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm participado das discussões junto a governos estaduais e municipais, com intermediação da secretaria, para ajudar na elaboração de estudos de pré-viabilidade de projetos. Alguns já foram mapeados pelo banco, como sistemas de VLT em Curitiba e Brasília. “Temos que avaliar o grau de maturidade de cada projeto para poder sinalizar um aporte financeiro”.

O secretário entende que o modelo de PPP é adequado a novos projetos em cidades que nunca tiveram sistemas sobre trilhos. Esse foi um dos aprendizados da pasta, segundo Santos, que cita o VLT de Cuiabá como exemplo. O sistema consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ficou anos com obras paralisadas e, recentemente, foi substituído por um corredor de ônibus BRT. 

“A estruturação do projeto ficou com o estado do Mato Grosso que nunca operou nenhum sistema sobre trilhos. E daí optou por uma obra pública, para implantar um VLT. Como uma obra metropolitana, é preciso ter de fato uma instância que discuta o projeto com as prefeituras e com os operadores locais. Faltou essa assistência. Talvez uma PPP nesse caso poderia ter trazido todo um corpo técnico para a efetivação do projeto”, pontua.

O olhar que se tem agora, diz o secretário, é de acompanhar mais de perto os projetos que recebem recursos federais. “Ou você segue o modelo de PPP integrada que compõe tudo, construção e operação, ou se faz uma obra pública, mas, em paralelo, com o apoio do governo federal de assistência técnica para estruturar como vai ser essa operação e essa participação de outras prefeituras na reorganização da rede”.

Sobre a privatização dos sistemas da CBTU, Santos afirma que está sendo avaliado o melhor modelo para cada estado. Para o de Recife, a expectativa é de retomada dos estudos para decidir se o processo se dará nos mesmos moldes do que aconteceu em Belo Horizonte (que foi concessionado recentemente pelo governo de Minas). “Teremos discussões com o governo de Pernambuco junto ao BNDES, ao PPI e à própria empresa para entender se vai ser possível aplicar o mesmo modelo de BH ou não”.

Informações: Revista Ferroviária
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Espera média por transporte público em BH foi de 24 minutos em 2022

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O Relatório Global sobre Transporte Público produzido pelo Moovit, popular aplicativo de mobilidade urbana, divulgado na última terça-feira (24/1), revelou que em 2022 o belo-horizontino esperou em média 24 minutos em pontos e paradas durante uma viagem em dias úteis. Só ficou atrás apenas de Recife onde o usuário esperou 27 minutos. Também foram  levantados dados sobre o Tempo de Viagem, Distância Percorrida, Incentivos ao Uso de Transporte Público e etc.

Comparando com outras cidades brasileiras, o usuário de transporte público em BH ainda precisou esperar mais do que o Paulista, que aguarda em média 18 minutos, e o Carioca - 21 minutos. Na capital mineira, 47,5% das pessoas ficam em esperas longas de 20 minutos ou mais durante uma viagem, o que é considerado uma experiência ruim, e apenas 9,2% esperam menos do que cinco minutos.
No quesito, BH ainda ocupa a oitava posição em um ranking internacional, “ganhando” de cidades como Aguascalientes (37 minutos), no México, Palermo e Trapani (29min cada), na Itália. O levantamento inclui dados sobre o uso de ônibus, metrô, trem e outros modais de transporte.

A pesquisa da Moovit foi feita utilizando os dados dos usuários, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo complementada por um questionário respondido por 33 mil usuários de dez cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

No Brasil o aplicativo já foi baixado mais de 100 milhões de vezes na PlayStore (Android) e ocupa a 3ª colocação na categoria “navegação” na Apple Store (iOS).

Tempo de Viagem

Para Marcelo Amaral, especialista em mobilidade urbana e coordenador de projetos do movimento NossaBH - grupo que faz pesquisas em políticas públicas da capital -, esse tipo de levantamento do Moovit é fundamental para pensar e refletir sobre o transporte. “Não necessariamente a gente precisa deles para dizer se o transporte está ruim ou bom, mas são importantes para o planejamento da Gestão Pública”, comentou.

Fundamental para a integração da cidade, o transporte público de Belo Horizonte tem sido alvo de constantes debates que, nos últimos meses, levaram a greves no metrô e greves nos ônibus.

O usuário que precisa enfrentar os problemas dos modais, no entanto, tem gastado em média 1 hora em deslocamento, tempo que inclui o tempo de caminhada, espera e no transporte.

A Capital Mineira é a quarta cidade no quesito, atrás de Rio de Janeiro (67 min), Recife (64 min) e São Paulo (62 min). Em BH 30,27% dos usuários fazem trajetos de 1 a 2 horas em viagens consideradas de média duração e quase 7% fazem viagens de 2 horas ou mais

Marcelo destaca toda a infraestrutura como fator determinante para reduzir os tempos de espera e viagem, comparando com outras cidades, principalmente aquelas que possuem mais de um milhão de habitantes. 

“A gente fala muito de metrô que é nosso sonho de consumo a décadas e que é uma solução rica, mas não dá para esperar só ele como solução. Os corredores de ônibus BRT (Move) é uma solução que BH começou a implantar, mas parou. Os corredores são um grande ganho para quem faz longas distâncias para reduzir, tanto o tempo de espera, quanto o tempo de viagem. É uma infraestrutura que tende a melhorar muitos fatores”, explicou Marcelo Amaral.

O especialista ainda destaca o BRT da Avenida Amazonas, como algo que a gestão pública deveria se ater em implantar. Em setembro do ano passado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmou um acordo com o Banco Mundial para melhorias na Avenida, onde serão investidos mais de US$ 100 milhões. A expectativa é que a fase de elaboração dos projetos seja concluída em dois anos, após esse prazo as obras devem ser iniciadas.

Distância Percorrida

O levantamento do Moovit também demonstra que o belo-horizontino percorreu uma distância média de 7,82 Km por viagem. A cidade ocupa a sétima colocação entre as participantes brasileiras da pesquisa. Brasília aparece como a primeira colocada com a distância média sendo 12,41 Km, seguida por Rio de Janeiro com 11,42 Km, e Recife com 8,22 Km.

O Moovit ainda considera trajetos que percorrem mais de 12 Km como viagens longas. Nesse sentido, em BH apenas 17,8% dos usuários percorrem essa distância em uma viagem. No Distrito Federal, 39,4% das pessoas fazem viagens de percurso longo, e no Rio de Janeiro 33,5%.

“A cidade vai se alastrando e as oportunidades não se alastram na mesma velocidade das pessoas que vão morar muito longe. O primeiro passo da cidade é o planejamento urbano, o Plano Diretor. Sendo um plano bem feito, que adensa ao longo dos corredores, tende a diminuir o tempo de viagem e as distâncias percorridas”, disse Marcelo, que destacou a política urbana como um primeiro fator a ser melhorado.
“O segundo fator é o transporte de qualidade. A velocidade depende da prioridade ao longo do corredor. Por que as faixas exclusivas são tão importantes nas grandes avenidas? pois assim os ônibus andam mais rápido do que os carros”, ressaltou Marcelo Amaral.

Incentivo ao uso do Transporte Público

Outro destaque da pesquisa promovida pelo aplicativo é a pergunta feita aos usuários: "O que faria você usar transporte público com mais frequência?". Em BH 29% dos usuários responderam que mais veículos e um tempo menor de espera seria um bom incentivo, 19,5% reivindicam passagens mais baratas e outros 15,3% horários confiáveis.

Para Marcelo, a pergunta ajuda a entender o porquê as pessoas deixam de usar o transporte público e usam outros modos. O especialista destaca a ascensão social como um dos fatores que possibilita a compra de motos e carros, no entanto, não existe solução para as cidades que seja baseado em automóveis individuais.

“A ideia de que o transporte público precisa ser atraente é fundamental. O que faria você usar? O ideal é sempre a pessoa esperar um pouco, ser barato e rápido até o destino dela. Não necessariamente dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Não dá para tornar a passagem mais barata, por exemplo, se você não tiver outra fonte de financiamento, que é o que BH faz com subsídio”, completou Marcelo Amaral.

Em nota a Prefeitura de Belo Horizonte informou que tem trabalhado para aprimorar o acesso da população ao transporte coletivo, e ainda reforça que são realizadas ações de fiscalização para melhorar o tempo de espera e garantir o cumprimento do quadro de horários.

Informações: Estado de Minas
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No Recife, implantada nova área de trânsito calmo e requalificação de ciclofaixa

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Com a implantação, a Ciclofaixa Professor Josias de Albuquerque, que era unidirecional na Rua Treze de Maio, passou a ser bidirecional. Além disso, um redesenho urbano foi implantado na Rua Frei Cassimiro para ordenar o trânsito e garantir mais segurança viária aos pedestres e ciclistas

Para investir na mobilidade ativa e segurança viária, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), implantou uma nova área de trânsito calmo com uso de urbanismo tático, dessa vez na Rua Frei Cassimiro, próximo às ruas Treze de Maio e Marquês de Pombal, no Bairro de Santo Amaro. A intervenção foi concluída nesta quarta-feira (27). O novo desenho viário ordenará o trânsito no local e trará mais segurança para os pedestres na travessia, assim também como levará à redução de velocidade dos veículos motorizados.

Foram registrados sinistros de trânsito com vítimas nessa área, por isso, o projeto foi desenhado para induzir a redução de velocidade no local e ampliar a área de pedestres. O uso de urbanismo tático tem sido um método utilizado para redução de sinistros de trânsito no Recife. Ao todo, já são mais de 350 mil pessoas beneficiadas com as intervenções, que já somam mais de 30 áreas. De acordo com as notificações da CTTU, ocorreu uma redução de 41% de sinistros com vítimas após as intervenções. Áreas como o Largo da Paz tiveram sete sinistros com vítimas entre janeiro e fevereiro de 2019 e, no período do ano seguinte, duas ocorrências. Na Avenida Cruz Cabugá, o número também caiu de 23 para 14 no mesmo período. Na Avenida Conde da Boa Vista, a mudança foi de 22 para quatro sinistros com vítimas também neste período.

Foi feita, também, uma requalificação da ciclofaixa Professor Josias de Albuquerque, no trecho da Rua Treze de Maio, que era unidirecional e se tornou bidirecional. A decisão foi tomada para facilitar ainda mais a conexão com a Ciclovia Jornalista Graça Araújo, na Avenida Mário Melo, a partir da percepção de aumento do número de ciclistas na via, com a implantação da ciclofaixa. A CTTU também fará uma expansão do equipamento para fazer as conexões entre a Ciclovia Via Norte e o Eixo Cicloviário Camilo Simões. A implantação será feita após o recapeamento da Emlurb na área. A nova rota terá 1 km de extensão e completará um total de 73 km interligados entre o Centro e a Zona Norte do Recife. Com isso, o Recife passa a ter 159 km de rota cicloviária no total. A implantação foi desenvolvida em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global e a NACTO-GDCI, instituições de referência mundial em mobilidade urbana.

A malha cicloviária do Recife vem recebendo destaque devido à sua evolução nos últimos anos. A cidade foi a que mais avançou na execução do Plano Diretor Cicloviário de Pernambuco, com mais de 70% das rotas complementares sob responsabilidade da PCR cumpridas. Em 2019, a capital pernambucana foi eleita a quarta cidade com a rede cicloviária mais acessível do Brasil em um índice do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), que contabiliza a população que está até 300 metros próximo a uma estrutura cicloviária.

Sobre Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global - A Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global (BIGRS) trabalha com as principais organizações mundiais de segurança viária para implementar atividades de segurança no trânsito e coordenar com atores governamentais e não governamentais do país. A BIGRS enfatiza a busca por resultados e o uso de mecanismos de monitoramento e avaliação de alta qualidade para avaliar continuamente o progresso. Para mais informações, visite: https://www.bloomberg.org/program/public-health/road-safety/ (em inglês).

Informações: CTTU

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No Recife, Avenida Agamenon Magalhães ganha Faixa Azul

terça-feira, 16 de junho de 2020

O principal corredor viário da cidade, a Avenida Governador Agamenon Magalhães, recebe 4 km de Faixa Azul nesta terça-feira (16). Calcula-se que o equipamento beneficiará mais de 250 mil passageiros que trafegam nas 64 linhas de ônibus que circulam na via diariamente, mais pessoas que os veículos particulares, que transportam, em média, 150 mil passageiros na avenida, apesar de ocupar mais espaço. O novo corredor exclusivo será implantado na pista central da avenida e terá 4 km de extensão, fazendo o Recife chegar à marca de 62 km de corredores de ônibus, sendo 180% implantados desde 2013, quando havia 22 km. O projeto é fruto de diversos estudos e intervenções feitos ao longo de anos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), com o objetivo de não prejudicar o fluxo de veículos na via. Além disso, para viabilizar a implantação, será feita, também, uma nova mudança de circulação para o acesso aos condutores que vêm da Avenida Governador Agamenon Magalhães para a Rua Joaquim Nabuco.

No sentido Boa Viagem, a Faixa Azul terá início a partir da imediação do Viaduto da Avenida João de Barros até a altura do Real Hospital Português. Alguns trechos terão fluxo misto de veículos para conversões ou acesso na pista, por isso, o condutor deve ficar atento à sinalização vertical e horizontal. Já no sentido Olinda, o equipamento terá início nas proximidades da Rua João Asfora e seguirá até a imediação do Viaduto da Avenida João de Barros.

Para conclusão do projeto da Faixa Azul da Agamenon, outras nove intervenções foram feitas previamente. Por ser uma implantação de grande complexidade, técnicos e gestores da CTTU estudaram o trânsito e o fluxo de veículos e pessoas na cidade por anos para entregar o corredor exclusivo da maneira mais responsável. Com os estudos, o órgão implantou o novo plano de circulação para Ilha do Retiro, para facilitar os acessos aos bairros da Torre, Madalena e Graças, assim como a faixa reversível da Avenida Beira Rio, uma solução de engenharia de trânsito baseada no fluxo de veículos em cada hora do dia. A Rua do Paissandu também passou por mudanças com realocação de semáforos no entorno e mais espaços para pedestres. Na saída da Ilha do Leite para Avenida Governador Agamenon Magalhães, houve mudança no acesso à pista local para diminuir os conflitos. A Rua Dom Bosco passou a ter sentido duplo em um dos seus trechos, uma nova entrada para o bairro da Ilha do Leite foi feita para quem vem da Avenida Governador Agamenon Magalhães, pela Rua João Asfora. Além disso, recentemente, foram implantadas a restrição de circulação de veículos na Praça do Derby e o reordenamento do trânsito na imediação entre a Agamenon e Avenida Rui Barbosa. Todas essas intervenções foram feitas em parceria com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb).

A ampliação das faixas exclusivas para transportes públicos demonstra o diferencial desta gestão da Prefeitura do Recife em fazer por quem mais precisa e o posicionamento da PCR em garantir o direito à mobilidade e mais qualidade de vida a esse público. Os usuários de transporte coletivo, em sua maioria trabalhadores e estudantes, têm a diminuição do tempo de viagem nas localidades contempladas com os equipamentos. Na Faixa Azul das avenidas Herculano Bandeira e Domingos Ferreira, por exemplo, houve um ganho de 118% na velocidade dos transportes coletivos e, na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, o equipamento garantiu mais 66% na velocidade desses veículos.

De acordo com a pesquisa de origem e destino desenvolvida pelo Instituto Pelópidas Silveira, mais de 78% dos recifenses vão ao trabalho utilizando um dos seguintes modais: transporte público, bicicleta ou a pé, o que revela a importância das faixas azuis na cidade. Para além dos grandes corredores, a CTTU garante a mobilidade dos ônibus nas periferias por meio de disciplinamento de estacionamentos e intensificação das fiscalizações para coibir irregularidades como parada sobre calçada e estacionamentos em locais em desacordo com a sinalização e, dessa forma, garante espaços na vias aos transportes coletivos.

A presidente da CTTU, Taciana Ferreira, destaca a importância de garantir mais espaço para os ônibus nas vias. “Garantir espaço para o transporte público em uma avenida de grande porte como a Agamenon Magalhães é priorizar quem mais precisa e implantar uma política de mobilidade mais justa, que prioriza espaços ocupados por pessoas, não por veículos praticamente vazios. A Faixa Azul é uma das principais marcas desta gestão e nos deixa orgulhosos porque é um caminho para avançar pela qualidade de vida dos nossos cidadãos”, explica.

OUTRAS INTERVENÇÕES – Será feita, também, na terça-feira (16), uma eliminação de giro à esquerda para os veículos que vêm da Avenida Governador Agamenon Magalhães no sentido Olinda e desejam acessar a Rua Joaquim Nabuco, o que garantirá mais tempo de verde no semáforo da Agamenon.

Para os condutores que vêm na Avenida Governador Agamenon Magalhães em direção a Olinda e desejam acessar a Rua Joaquim Nabuco, a rota alternativa será o acesso à pista local, que deverá ser feito até a última agulha antes do cruzamento com a Praça do Derby, para entrar na Rua Carlos Pôrto Carreiro, girar à esquerda na Rua Dom Bosco e cruzar a Avenida Governador Agamenon Magalhães em direção à Rua Joaquim Nabuco. A segunda parte da mudança é a implantação de um canteiro no início da Avenida Joaquim Nabuco, que servirá para redução da distância entre as travessias e o ordenamento do trânsito, dessa forma, quem vem da Rua Dom Bosco e deseja seguir em direção ao Derby, deverá acessar as faixas da esquerda no pontilhão e seguir pela pista local da Avenida Governador Agamenon Magalhães. Já os condutores que vêm da Avenida Governador Agamenon Magalhães em direção ao Pina e desejam acessar a pista local, deverão fazer na nova entrada que será sinalizada na pista, na imediação da Rua Joaquim Nabuco, já que a agulha de acesso à pista local foi fechada.

Agentes de trânsito estarão nas ruas para orientar os condutores durante os primeiros dias das novas mudanças. É importante estar atento às sinalizações verticais e horizontais para evitar infrações de trânsito e respeitar o equipamento de Faixa Azul, que garante a mobilidade de transportes coletivos.

Informações: Prefeitura do Recife e Blog Meu Transporte
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Prefeitura do Recife inicia Pesquisa de Origem e Destino

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Parte integrante da elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano (Seplan), inicia hoje (17) a Pesquisa de Origem e Destino 2015. Na ocasião, também foi apresentado detalhes sobre o Projeto de Lei da Informação de Mobilidade, que foi encaminhado à Câmara Municipal do Recife ontem (16). O projeto de lei visa normatizar direitos e deveres referentes ao procedimento de coleta de informações sobre a mobilidade urbana junto aos polos geradores de viagens do Recife. Com isso, a prefeitura busca ampliar a base de dados que auxiliem na formulação do Plano.

O Plano de Mobilidade vem sendo realizado pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão de planejamento ligado à Seplan. A partir da Pesquisa de Origem e Destino, que já está disponível por meio de um formulário eletrônico no site pesquisademobilidade.recife.pe.gov.br, os técnicos envolvidos na elaboração do plano buscam levantar dados capazes de revelar as necessidades atuais de deslocamentos da população. Também é possível responder a pesquisa pelo celular ou tablet até janeiro do próximo ano.

A construção do Plano Municipal de Mobilidade procura atender aos princípios, diretrizes e objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana, regida pela Lei Federal 12.587, tais como: acessibilidade; desenvolvimento da sustentabilidade da cidade; segurança de pedestres e ciclistas; eficiência, eficácia e efetividade da circulação urbana; prioridade dos transportes não motorizados; integração entre os modos e serviços do transporte urbano; promoção da inclusão social; e garantia da consolidação contínua do aprimoramento da mobilidade urbana; entre outros pontos destacados na lei.

Para o levantamento dos dados estão sendo analisadas duas das principais causas de deslocamentos: trabalho e educação. "Sair de casa para trabalhar ou para ir à aula são responsáveis por mais de 80% das viagens realizadas. Saber como as pessoas fazem para chegar nesses lugares, se a pé, de carro, de bicicleta, carona, ônibus ou táxi, por exemplo, possibilita que a gente possa enxergar o cenário da mobilidade do Recife de maneira mais detalhada e isso nos permitirá projetar as intervenções que serão necessárias de serem incluídas no plano de mobilidade", explica Antônio Alexandre, secretário de Planejamento Urbano do Recife.

Com um questionário simples e objetivo, os técnicos buscam conhecer a cidade, o bairro e a rua onde as pessoas moram e trabalham; como e com que frequência elas realizam esses deslocamentos: se a pé, de carro, ônibus, bicicleta, metrô, carona, táxi ou a combinação de dois ou mais meios. A Pesquisa de Origem e Destino é a base para o planejamento do sistema de transporte público, que possibilitará incluir a definição de linhas de ônibus, expansão do sistema de metrô, a definição da operação do sistema de navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe, o funcionamento do sistema complementar, a localização das estações de bicicletas compartilhadas e a identificação dos principais corredores caminháveis da cidade.

As perguntas foram formuladas para fornecerem os dados necessários aos diversos estudos que compõe o Plano, principalmente o desenvolvimento de um modelo integrado de transportes e uso do solo. Este modelo servirá de base para a avaliação de políticas de desenvolvimento da mobilidade e do ordenamento territorial do Recife.

Outras edições da Pesquisa de Origem e Destino serão realizadas anualmente com o objetivo de atualizar os dados e aprimorar os projetos implementados a partir do Plano de Mobilidade. Com os dados em mãos será possível realizar análises de cenários de desenvolvimento integrado na Região Metropolitana do Recife, além de permitir o monitoramento permanente das intervenções que serão propostas. O novo formato da consulta pretende trazer a pesquisa de mobilidade para a rotina da cidade, permitindo que instituições públicas e acadêmicas disponham de dados atualizados para desenvolverem os planos e estudos necessários para a melhoria da mobilidade urbana da cidade. 

O envolvimento da população é de fundamental importância para o levantamento das informações necessárias para a implementação do Plano. A última pesquisa do tipo foi realizada em 1997 e as modificações que aconteceram ao longo dos últimos 18 anos apontam para uma nova configuração do tecido urbano. "A dinâmica econômica da cidade também já não é mais a mesma e acabou consolidando o Recife como centro financeiro, logístico e de bens e serviços para uma cadeia produtiva que está instalada na Região Metropolitana, como é o caso do Porto de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, e da fábrica da FIAT, em Goiana, por exemplo. Essa característica metropolitana também reforça a necessidade de realização da pesquisa. Por isso, a pesquisa poderá ser respondida também por aqueles que residem nas cidades que fazem parte da RMR", explica Antônio Alexandre.

Ao responder o formulário, o sistema gera automaticamente um código de autenticação que deve ser anotado e guardado, pois é a confirmação de que o cidadão participou da pesquisa. As empresas que geram mais de 200 postos de trabalho e as escolas públicas e particulares do Recife são parceiros importantes nessa construção. Assim, suas direções recolherão os códigos dos seus colaboradores e dos pais, respectivamente, com o objetivo de garantir a participação e ajudar a equipe técnica do ICPS a alcançar o maior número possível de participantes. 

PARTICIPAÇÃO - A elaboração do Plano de Mobilidade inclui a avaliação preliminar da mobilidade da cidade a partir da aferição de dados e pesquisa de campo. Outra etapa para a construção do documento é a participação social na construção de diretrizes, objetivos e planos de ações. Assim, além da pesquisa que já envolve diretamente a participação da sociedade, há ainda debates sobre temas que envolvem a temática e reuniões setoriais a partir da mobilização junto aos representantes de associações de bairro, lideranças comunitárias e entidades representativas de classe, além do poder público.

PROJETO DE LEI – A Lei da Informação de Mobilidade tem por objetivo trazer pesquisas, como a origem e destino, para a rotina da cidade, criando a previsão legal para que o município possa requerer as informações necessárias ao planejamento da mobilidade urbana do Recife e o consequente dever do cidadão em prestar essas informações. A lei está formatada para aqueles que causam o maior impacto na mobilidade assumam o compromisso de fornecer os dados essenciais para o planejamento das ações de melhoria da mobilidade.

ICPS - Órgão ligado à Secretaria de Planejamento Urbano do Recife, o Instituto foi criado em 2009 e leva o nome do primeiro prefeito do Recife eleito pelo voto popular Pelópidas Silveira em sua homenagem. É responsável pelos estudos, pesquisas, planejamentos e projetos voltados para o desenvolvimento urbano sustentável da cidade. Entre outras atribuições está sob sua coordenação, a partir deste ano, iniciar o trabalho de revisão das legislações urbanísticas (Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Lei de Parcelamento, dispositivos legais que tratam da Transferência do Direito de Construir e da Outorga Onerosa). Essas revisões reafirmam um dos compromissos da atual gestão assumidos junto à sociedade.

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