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Dilma exige responsabilidade nos projetos de mobilidade urbana, apenas Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba estão dentro do prazo

sábado, 13 de agosto de 2011

O Palácio do Planalto mandou avisar: está acesa a luz amarela do PAC da Copa,  quanto aos prazos de entrega das obras de mobilidade urbana,  consideradas como herança benigna do maior evento do futebol mundial. Alguns projetos estão tecnicamente condenados por problemas de orçamento básico.

Mais técnica que política, a presidente Dilma Rousseff quer todas as obras previstas dentro de um cronograma de metas o mais rápido possível. Dos 55 projetos apresentados para captação do dinheiro do Fundo de Garantia, via Caixa Econômica Federal, apenas 38 foram contratados. O governo federal tem R$ 7,8 bilhões para financiar as obras, mas alguns projetos estão sendo reprovados. Mesmo os projetos contratados podem ter sua abrangência reduzida dramaticamente, caso a obra não seja entregue até dezembro de 2013.

O motivo para a rejeição de mais de 31% das propostas é a falta de competência técnica das prefeituras e governos estaduais que compõem as 12 sedes da Copa-2014, na elaboração correta das propostas e plano executivo das obras.

Em entrevistas, a presidente vem usando a chamada vacina contra o descrédito da população, afirmando que “todas obras serão entregues no prazo previsto”. Mas nos bastidores de Brasília, nove  pessoas estão dobrando o horário para estudar as planilhas na Secretaria de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades.  A chefe do grupo, Luiza Gomide, tem deixado de almoçar para cumprir a meta de consolidação dos dados.

“Acho que os projetos foram feitos com alguns problemas na origem: falta de análise para licenciamento do Ibama; falta de análise de custos  sobre desapropriações  e reassentamentos urbanos. É um problema de cultura, mesmo. Nós estamos aprendendo com tudo isso, mas a presidente quer datas e responsabilidade na execução das obras. Vamos atende-la”, explicou a diretora executiva da Secretaria de Mobilidade Urbana, órgão que existe desde 2003.

Dois casos merecem destaque especial e devem cair na malha fina do Planalto: Cuiabá e Salvador. A primeira sede apresentou projeto de corredor expresso de ônibus a um custo de R$ 323 milhões, com financiamento de 95% por parte da Caixa Econômica Federal (FGTS).  Agora, surgiu um projeto de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) com preço muito mais alto o tempo para finalizar as obras é curto.

Na avaliação do ministro do Esporte, Orlando Silva, nenhum projeto que tenha custo alterado será beneficiado pelo PAC da Copa. “ Esses governos municipais e estaduais deverão procurar outras fontes de financiamento. O governo quer a data limite de 31 de dezembro de 2011 para liberar o dinheiro de mobilidade urbana da Copa. As obras que puderem ser entregues até dezembro de 2013 ficarão no pacote. Quem não puder, ficará de fora do PAC”, explicou Orlando Silva.

Luiza Gomide conhece esses projetos de cor:  “Salvador e Cuiabá estão mudando os projetos. Nada temos contra o transporte VLT mas duas perguntas precisam de respostas  imediatamente: esses projetos podem ser entregues no prazo? Qual a maneira mais apropriada de fecharmos essa planilha de reponsabilidade sobre a obra toda? Estamos refazendo essas perguntas nessa consolidação de dados, pedida pelo Planalto”, comentou a diretora executiva, Luiza  Gomide.
Quatro sedes sem projetos

Brasília iniciou a formatação de dois projetos de mobilidade urbana a um custo R$ 364 milhões com 95% de financiamento pela CEF.  Um dos projetos tentaria montar a estrutura para operação do VLT em seis quilômetros de extensão com quatro estações. O segundo projeto iria melhorar o acesso ao aeroporto pela rodovia DF 047. Nada disso foi aprovado até agora. Manaus também apresentou dois projetos de monotrilho a um custo de R$1,3 bilhão para 20 Kms de extensão, 9 estações e 10 trens.  A CEF bancaria 42%, mas nada foi contratado até o momento porque o projeto não cumpre todo o protocolo de viabilidade ambiental e social.

Natal  parece ser o caso mais emblemático de incapacidade técnica para formatar um projeto de grande magnitude. O estádio é o mais atrasado de todas as sedes. As obras de mobilidade urbana foram desenhadas em 3 projetos para melhoria das vias públicas e construção de viadutos.  Tudo a um custo de R$ 441 milhões, com financiamento de 85% por parte da CEF. Nenhum projeto atende as exigências básicas do  Ministério das Cidades.

Recife aparece com 5 projetos  para a construção de um corredor de ônibus, melhorias urbanas, viadutos e metrô.  Custo de R$ 880 milhões  com 76% de financiamento federal. Nada foi contratado até agora.

Fortaleza montou sete projetos entre VLT e corredores de ônibus (BRT). O custo total chega a R$ 562 milhões, com financiamento federal de 72%. Apenas 2 projetos estão contratados mas o quadro de execução também é crítico.

Na opinião da diretora executiva da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, o governo vai mudar sua atitude a partir do programa que beneficiará cidades com mais de 700 mil habitantes. “Para evitar problemas de orçamentos tecnicamente comprometidos como no PAC da Copa  por falta de inclusão de vários itens como impacto ambiental e reassentamento urbano, exigiremos isso com antecedência”, explicou Luiza Gomide.

O programa de aceleração de crescimento para as 25 cidades com mais de 700 mil habitantes vai liberar R$ 18 bilhões para obras de transportes urbanos, nos próximos meses. “Nós vamos financiar o desenho do projeto. O prefeito terá de cuidar de seu plano diretor e seguir o protocolo a partir de suas necessidades estratégicas. Alguns projetos do PAC da Copa estão com contas abaixo do necessário. Agora, a soma não bate”, concluiu Gomide.

Por Raul Rodrigues
Portal Uol Notícias

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Projetos de mobilidade urbana nas capitais estão atrasados

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A demora nas obras de mobilidade urbana é um dos principais pontos em debate amanhã, em São Paulo, no 12º Fórum Legislativo das Cidades Sedes da Copa de 2014. A Assembleia Legislativa paulistana será a última a realizar o encontro e, por uma coincidência de agendas, contará com a presença do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que estará no Brasil até terça-feira. E o governo terá contra si uma dura constatação: o Brasil enfrenta dificuldades para entregar as obras de mobilidade a tempo da realização da Copa das Confederações, marcada para 15 a 30 de junho de 2013.

Das 12 cidades que abrigarão os jogos do Mundial de 2014, apenas cinco iniciaram algum tipo de obra para garantir o deslocamento de turistas e torcedores ao longo dos 30 dias do torneio. Das quatro capitais confirmadas para sediar a Copa das Confederações, duas começaram a tocar as empreitadas.
O valor total que será investido em obras de mobilidade em Belo Horizonte ultrapassa os R$ 2 bilhões
A Copa das Confederações funciona como preparação para o Mundial de 2014 e servirá para a Fifa e a CBF testarem o poder de organização do país na hora de realizar grandes eventos. Foi anunciada na última quinta-feira uma nova matriz de responsabilidade, com o cronograma e o estágio das obras de infraestrutura que serão feitas para as duas atividades esportivas. As únicas cidades que mantiveram os mesmos prazos divulgados em 14 de setembro são Salvador, Natal e Curitiba. Em todas as demais, ocorreram alterações.

Como um minilaboratório para o Mundial do ano seguinte, a Copa das Confederações é uma disputa mais curta — metade do tempo — e com apenas oito seleções. Mesmo assim, a Fifa já avisou que será o momento para testar várias situações dos jogos, como agilidade nos deslocamentos do aeroporto até os hotéis, e dali para os estádios.

Além disso, mesmo a Copa das Confederações sendo disputada apenas em Brasília, em Fortaleza, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o palco da decisão, não seria exagero pensar que os turistas que vierem prestigiar os jogos irão querer conhecer outras cidades e poderão ter uma surpresa negativa com as dificuldades de mobilidade nessas regiões.
Das 12 cidades sedes da copa, apenas 05 estão com obras em andamento
As únicas que já iniciaram algum tipo de obra de mobilidade urbana são Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Dessas, apenas mineiros e cariocas sediarão jogos da Copa das Confederações. No caso da capital mineira, a Via 710, uma transversal que ligará diversos bairros de diferentes regiões sem passar pelo centro de Belo Horizonte, ficará pronta em novembro. O corredor exclusivo para ônibus na Avenida Pedro II, que desemboca no Mineirão, previsto inicialmente para terminar em novembro, teve o cronograma antecipado para março de 2013, a tempo de ser entregue para a Copa das Confederações.

O Rio de Janeiro, que abrigará tanto a partida final da Copa das Confederações quanto a decisão do Mundial de 2014, tem apenas um projeto de mobilidade urbana, o BRT Corredor Transcarioca. Com um orçamento total de R$ 1,582 bilhão, a obra — uma avenida exclusiva para ônibus que ligará a Barra, na Zona Oeste, à Penha, na Zona Norte — tem conclusão prevista para novembro de 2013.

VLT
Brasília comemorou intensamente o direito de sediar a abertura da Copa das Confederações e assistir ao jogo da Seleção Brasileira. A capital federal receberá também sete jogos do Mundial de 2014, sendo um garantido do Brasil na primeira fase a e a decisão de terceiro lugar. Mas os dois únicos projetos de mobilidade urbana da cidade só estarão prontos, de acordo com o cronograma divulgado no mês passado, em dezembro de 2013. Apesar de a licitação não ter sido lançada, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto até a Asa Sul, continua com o início das obras previsto para dezembro e conclusão agendada para dezembro de 2013. Já a ampliação da DF-047, que liga o Aeroporto ao Plano Piloto, está prevista para ficar pronta em plena Copa das Confederações, em junho de 2013.
O monotrilho, principal obra de mobilidade em Fortaleza, deve ter licitação até o fim do ano
(foto: Fábio Lima)

Em Fortaleza, a expectativa até o momento é de que todas as obras sejam iniciadas ainda esse ano, mas nenhuma estará pronta antes da Copa das Confederações. Três delas estão previstas para terminar em junho — mês em que o torneio será iniciado — e as outras três em agosto, quando boa parte dos turistas e todas as seleções estrangeiras já terão deixado o país.

Dez dias atrás, a presidente Dilma Rousseff ficou irritada com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que anunciou a possibilidade de Salvador e Recife também entrarem como sedes da Copa das Confederações. Mas impôs uma ressalva em rede de tevê mundial: “Se elas concluírem a tempo a construção dos estádios”. Dilma interpretou essa mensagem como mais uma estocada pública da entidade, expondo a possibilidade de o governo não conseguir cumprir a sua parte no cronograma das obras.

Os estádios deverão estar prontos, já que, pelo cronograma previsto, eles serão concluídos em dezembro de 2012. O mesmo não pode ser dito das obras de mobilidade. Na capital pernambucana, o Terminal Cosme e Damião, do Metrô, tem previsão para entrar em funcionamento em novembro de 2012. Mas todas as outras intervenções de infraestrutura ficarão prontas em 2013. A única já iniciada, a Corredor Via Mangue — uma via expressa com aproximadamente 4,5 km — só fica pronta em setembro de 2013.

Em Salvador, existe apenas um projeto dentro do PAC Mobilidade Urbana: o BRT do Corredor Estruturante, exclusivo para ônibus ligando o aeroporto à zona norte da cidade. Com investimento de R$ 570,3 milhões, estará liberado para uso pela população em fevereiro de 2014.


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Obras do BRT Salvador começam no primeiro semestre de 2015

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

As obras do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) ou Transporte Rápido por Ônibus de Salvador terão início no primeiro semestre de 2015. A informação é do secretário de Urbanismo e Transporte de Salvador (Semut), Fabio Mota, em audiência pública realizada no Centro Cultural da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira, 16.

Segundo Mota, as obras devem começar pela construção de quatro complexos de viadutos no trecho entre a Lapa e o Iguatemi, que ajudarão a otimizar a mobilidade urbana na cidade. Eles devem ficar prontos até dezembro de 2016.

Segundo o secretário, serão dois complexos nas proximidades do Parque da Cidade, um na Lucaia, um na avenida ACM, próximo ao Hiperposto, e um mergulho na Praça Newton Rique (Iguatemi), ligando o local à avenida Tancredo Neves.

As obras serão financiadas pelo BNDES, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e por recursos da Prefeitura de Salvador, que terá gastos de cerca de 180 milhões oriundos das licitações das empresas de ônibus, realizadas este ano.

Enquanto os viadutos não ficam prontos, Mota informou que, a partir de janeiro, 700 novos ônibus estarão em atividade, com o intuito de amenizar os problemas de transporte público da cidade.
"Compreendo os problemas. Não é preciso ser secretário para notar a deficiência do transporte público em Salvador", disse ele, ao ouvir críticas da população e dos representantes do fórum "A Cidade Também é Nossa".

Plano de otimização
O novo sistema de transporte público de Salvador, conforme foi discutido na audiência, ainda terá um plano de otimização de mobilidade urbana.

Entre os objetivos do plano estão alterar, criar e extinguir linhas que não oferecem boa utilização do serviço à população. As mudanças terão como prioridade um melhor planejamento do transporte público em cima dos locais e períodos de maior demanda dos usuários.

Entre as exigências dos representantes da população estão ônibus com 100% de acessibilidade e novas medidas de segurança, a exemplo de veículos de GPS, com ventilação forçada e acesso de entrada pela frente. 

O encontro foi liderado pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB) e reuniu na bancada, além do secretário Fabio Mota, do Sindicato dos Rodoviários, do fórum "A Cidade Também é Nossa" e da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador).

Mariana Mendes, com informações de Luan Santos
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Projeto pretende criar 217km de ciclovias em Salvador

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Conder) lançou no ano de 2012, o Plano de Mobilidade Urbana para Salvador e o Projeto Cidade Bicicleta – apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014, com estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte. As obras devem começar no 1º semestre de 2013.

Com um investimento de cerca de R$ 41 milhões, o Projeto promete implantar um sistema cicloviário na cidade ao ampliar a malha cicloviária para 217 Km. Números não oficiais dizem que a capital baiana tem, hoje, aproximadamente 20km de ciclovias.

“Este projeto pretende dotar as cidades da Bahia, em especial Salvador e sua macrorregião, de sistemas cicloviários completos que permitam o pleno circuito do trabalhador, da população nas atividades sociais e esportivas e do turista”, diz descrição encontrada no site da Secretaria de Planejamento.

Em andamento

A primeira fase do Cidade Bicicleta já está em curso, com a abertura de licitações para os projetos executivos de cinco etapas, somando aproximadamente 64 km de ciclovias situadas basicamente em pontos de interesse para o mundial: entorno da Arena Fonte Nova (palco dos jogos na capital baiana) e no percurso do Centro até a orla, incluindo pontos turísticos da Cidade Baixa e Centro Antigo.

Para o Superintendente da Conder, Antônio Brito, o sistema cicloviário do Projeto Cidade Bicicleta é uma alternativa para solucionar a mobilidade urbana em Salvador e em mais 41 municípios baianos. “Esse modelo é uma tendência mundial e é totalmente adaptável à cidade, além de ser sustentável”, afirmou durante reunião com os membros do Grupo Executivo de Trabalho de Infraestrutura, em novembro.

Promessas não cumpridas

Apesar da iniciativa positiva, a população de Salvador continua desconfiada sobre qualquer proposta de mobilidade para a cidade. Isso por conta da quantidade de promessas não cumpridas, em especial o atraso histórico do Metrô, que teve sua construção iniciada em 2000 e até hoje não foi concluído. ”Acredito que a maioria das pessoas é a favor do projeto, mas tem tido muita resistência e ceticismo em acreditar que as propostas e anúncios do poder público saiam do papel”, disse Roque Júnior, ciclista e morador de Salvador.

Segundo o Jornal A Tarde, uma pesquisa feita pela Conder em 2009 apurou que 60% dos usuários de bicicletas na capital baiana não tem renda ou ganham até um salário mínimo. Para Antônio Brito, o projeto Cidade Bicicleta foi focado principalmente nas classes mais baixas.

“A Copa só veio a ajudar o início da sua implementação, mas não se restringe ao entorno da Arena ou locais de visitação turística. A malha chega ao Subúrbio, Lauro de Freitas, etc. Estas pessoas já se locomovem na cidade com bicicleta, até por não terem dinheiro para outros tipos de transporte. Precisamos oferecer a elas uma mobilidade sem que tenham sua segurança comprometida devido aos [demais] veículos”, diz Brito.

Além de uma questão social, a bicicleta deve ser entendida como um meio de integração entre as pessoas, promoção da saúde e mais uma alternativa viável de transporte a qualquer cidadão. Não adianta pensar nas ciclovias apenas como uma maneira prática de tirar “o pobre do caminho dos carros”, para que não atrapalhem a fluidez. A bicicleta é uma solução real, para todas as classes sociais, gostos e motivações. Segregá-la da via apenas com a justificativa da segurança é empurrar para debaixo do tapete um problema que causa desgaste político e que, por isso, ninguém quer encarar de frente.

As cidades que vão receber as Olimpíadas, Copa do Mundo e Copa das Confederações 2013 (considerado evento-teste que antecede o mundial) sofrem, em geral, com os problemas do excesso de automóveis – e já sentem a necessidade de procurar soluções menos pontuais e paliativas para garantir o deslocamento de moradores e turistas.

O ideal é que os eventos esportivos deixem legados após as competições, melhorando a qualidade de vida das pessoas, com obras de infraestrutura urbana eficientes e, claro, que continuem estimulando a prática esportiva.

Por isso os investimentos em meios de transporte mais humanos e não motorizados devem ser vistos com bons olhos e cobrados das autoridades, especialmente considerando as novas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, legislação sancionada no início de 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

Por Aline Cavalcante
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Semob quer evitar erros do passado em novo programa de mobilidade urbana

segunda-feira, 27 de março de 2023

A recém-criada Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, dentro do guarda-chuva do Ministério das Cidades, está estruturando um novo programa de financiamento de infraestrutura e equipamentos para projetos de mobilidade urbana. A ideia é recriar um plano nos moldes do PAC Mobilidade Urbana, lançado pelo governo Dilma em 2012, mas contemplando alguns ajustes para evitar erros do passado que resultaram num grande volume de obras inacabadas e projetos que não saíram do papel. Uma das prioridades é incentivar parcerias público-privadas para alavancar sistemas ferroviários. As PPPs do VLT do Rio de Janeiro e do Metrô de Salvador estão sendo tratadas como modelos bem-sucedidos e que devem ser replicados.

Quem está à frente desse trabalho é o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Marcos Daniel Souza dos Santos, servidor de carreira do Ministério das Cidades. Ele foi nomeado pelo ministro Jader Filho como secretário interino, em fevereiro. “Quando equacionamos num mesmo contrato tanto a construção quanto a operação do sistema, como foram as PPPs do VLT do Rio e do Metrô de Salvador, a perspectiva de a obra ser mais rápida é muito maior do que uma obra pública, que geralmente passa de quatro anos e depende de um orçamento que, às vezes, não está assegurado”, diz Santos.

A pasta tem feito um levantamento dos projetos que receberam apoio do PAC no passado, mas se encontram hoje paralisados. Para esses e novos que venham a surgir, o governo federal discute um tipo de apoio a estados e municípios que vai além da transferência de recursos apenas. A secretaria quer atuar de forma mais próxima na elaboração e acompanhamento de projetos, fornecendo corpo técnico e auxiliando na estruturação financeira dos contratos.

O BNDES e a secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) têm participado das discussões junto a governos estaduais e municipais, com intermediação da secretaria, para ajudar na elaboração de estudos de pré-viabilidade de projetos. Alguns já foram mapeados pelo banco, como sistemas de VLT em Curitiba e Brasília. “Temos que avaliar o grau de maturidade de cada projeto para poder sinalizar um aporte financeiro”.

O secretário entende que o modelo de PPP é adequado a novos projetos em cidades que nunca tiveram sistemas sobre trilhos. Esse foi um dos aprendizados da pasta, segundo Santos, que cita o VLT de Cuiabá como exemplo. O sistema consumiu mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, ficou anos com obras paralisadas e, recentemente, foi substituído por um corredor de ônibus BRT. 

“A estruturação do projeto ficou com o estado do Mato Grosso que nunca operou nenhum sistema sobre trilhos. E daí optou por uma obra pública, para implantar um VLT. Como uma obra metropolitana, é preciso ter de fato uma instância que discuta o projeto com as prefeituras e com os operadores locais. Faltou essa assistência. Talvez uma PPP nesse caso poderia ter trazido todo um corpo técnico para a efetivação do projeto”, pontua.

O olhar que se tem agora, diz o secretário, é de acompanhar mais de perto os projetos que recebem recursos federais. “Ou você segue o modelo de PPP integrada que compõe tudo, construção e operação, ou se faz uma obra pública, mas, em paralelo, com o apoio do governo federal de assistência técnica para estruturar como vai ser essa operação e essa participação de outras prefeituras na reorganização da rede”.

Sobre a privatização dos sistemas da CBTU, Santos afirma que está sendo avaliado o melhor modelo para cada estado. Para o de Recife, a expectativa é de retomada dos estudos para decidir se o processo se dará nos mesmos moldes do que aconteceu em Belo Horizonte (que foi concessionado recentemente pelo governo de Minas). “Teremos discussões com o governo de Pernambuco junto ao BNDES, ao PPI e à própria empresa para entender se vai ser possível aplicar o mesmo modelo de BH ou não”.

Informações: Revista Ferroviária
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Prefeitura do Recife lança plano emergêncial de mobilidade urbana

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Av. Agamenon Magalhães
A Prefeitura do Recife anunciou, no início da tarde de hoje, o Plano de Ação para o trânsito do Recife 2011/2012. Com um investimento total de quase R$ 18 milhões e prazo de um ano para a execução, o projeto traz uma série de intervenções para melhoria dos padrões de mobilidade urbana. O pacote de serviços está dividido em nove metas, desde a modernização semafórica com a implantação de equipamentos de proteção para a variação de tensão, incluindo baterias nos semáforos de trânsito, a criação de giros de quadra até a manutenção de ciclovias. Também fazem parte do plano, ações de recuperação de pavimento e estudos de engenharia de tráfego. 
O objetivo é melhorar a circulação de pedestres, veículos e ciclistas intervindo nos logradouros e realizando a manutenção de locais estratégicos como os principais corredores viários do município e o entorno dos mercados públicos.
Confira detalhes do plano, anunciados pela prefeitura:
Manutenção e sinalização – O Plano prevê a sinalização vertical e horizontal de 119 vias do Recife, que foram divididas em três blocos de acordo com o grau de prioridade. Serão iniciados primeiramente os grandes corredores metropolitanos, por onde trafegam os maiores volumes de veículos diariamente. Depois, as ações serão realizadas nos corredores secundários e nas vias coletoras – aquelas que ligam as ruas aos corredores principais -, e na seqüência as vias locais.
Entre os logradouros que irão receber serviços de manutenção de sinalização e pavimento estão as avenidas Caxangá, 17 de Agosto, Conde da Boa Vista, Conselheiro Aguiar, Conselheiro Rosa e Silva, Cosme Viana, Cruz Cabugá, Dantas Barreto, Abdias de Carvalho, Domingos Ferreira, Agamenon Magalhães, Guararapes, Hidelbrando de Vasconcelos, Mascarenhas de Morais, Maurício de Nassau, Norte, Nossa Senhora do Carmo, Otacílio de Azevedo, Parnamirim, Recife, Rui Barbosa, Uriel de Holanda, Dois Rios, Antônio Falcão, Beberibe, General Mac Arthur, General San Martin, João de Barros, Boa Viagem, entre outras. Custo das intervenções: R$5.774.080,00.
Criação de giros - Outra iniciativa do plano é a criação de giros de quadra em importantes avenidas, acabando assim com algumas entradas à esquerda. A ação visa facilitar e melhorar a fluidez dos veículos, e assim, evitar retenções que se formam com a obstrução de uma das faixas na via. As dez intervenções previstas já dispõem de estudos por parte da CTTU, são elas:
- Eliminação de dois giros à esquerda na Av. Agamenon Magalhães e o fechamento de três agulhas que dão acesso à via principal e a local.
Haverá a proibição do movimento à esquerda no horário das 7h às 22h (em dias úteis), no sentido Olinda/Recife, nos pontilhões localizados na altura da Av. Rui Barbosa e da Rua Henrique Dias. Com isso, os veículos terão que realizar giros de quadra. Será adequado o horário dos outros giros à esquerda da Agamenon situados na altura na Rua General Joaquim Inácio e Rua Bandeira Filho para também da 7h às 22h, valendo apenas para dias úteis.
O projeto inclui ainda o fechamento de três agulhas localizadas na pista Oeste, sentido Olinda/Recife. Serão eliminadas as duas entradas entre as vias São Salvador e Bandeira Filho (uma de saída e outra de entrada para a pista local) e a primeira agulha após a Rua Joaquim Nabuco. Serão implantadas e trocadas placas de sinalização advertindo os condutores para as saídas existentes na via. A iniciativa visa melhorar a fluidez tanto na via principal quando na via local da Agamenon Magalhães. Custo da intervenção: R$250 mil.
- Eliminação do giro à esquerda para retorno no sentido subúrbio/cidade na Av. Mascarenhas de Morais com destino à Av. Recife. Com essa mudança, os condutores que estiverem no sentido subúrbio-cidade deverão a fazer o retorno após a UPA (Unidade de Ponto Atendimento) da Imbiribeira e subir pela alça do viaduto Tancredo Neves no sentido Av. Recife. A ação prevê também a colocação de um semáforo para pedestres em frente à unidade hospitalar. Custo da intervenção: R$101 mil.
- Construção de pontilhão sobre o canal da Av. Agamenon Magalhães na altura do viaduto da Av. João de Barros. Serão duas alças que servirão de retorno para os dois sentidos da via. A medida servirá para melhorar o fluxo e o escoamento de veículos que vêem dos bairros da área. Custo do serviço: R$1.442.100,00.
- Criação de giro de quadra na Av. Norte para a Av. Professor José dos Anjos, no Vasco da Gama. Será eliminado o giro à esquerda do local no sentido subúrbio/cidade. O projeto da intervenção prevê a pavimentação de um trecho do Canal Vasco da Gama entre as ruas Guimarães Peixoto e Av. Norte, que servirá para a realização do giro de quadra. Com isso, será suprimido o terceiro tempo do semáforo localizado na AV. Norte com a Av. Professor José dos Anjos. A medida vai facilitar a circulação de veículos na via principal. Custo da intervenção: R$275.800,00
- Criação de giro de quadra na Av. Norte, no bairro da Tamarineira. Com isso será eliminado o giro à esquerda no sentido cidade/subúrbio no ponto entre as ruas Regueira Costa e General Abreu e Lima. O condutor terá que entrar à direita na Av. Agamenon Magalhães Melo seguir pelo prolongamento da Rua Canapolis e Rua 13 de Junho para cruzar a Av. Norte. Com a mudança será extinto o terceiro tempo do semáforo do local. Custo da intervenção: R$326 mil.
- Criação de alça de retorno no canteiro central da Rua Prefeito Arthur de Lima Cavalcante, em Santo Amaro. Com a intervenção, o motorista que estiver vindo da Ponte do Limoeiro não poderá mais entrar à esquerda para acessar a Rua da Aurora. Para chegar até a via, o condutor irá dobrar à direta logo após a ponte e seguir pela Rua Prefeito Arthur Lima Cavalcanti até fazer o contorno na nova alça na Praça. Com a modificação será eliminado um dos tempos do semáforo da Av. Norte com a Rua da Aurora, o que irá melhorar a fluidez dos veículos que transitam pela área. Custo da intervenção: R$396.400,00.
- Criação de giro de quadra na Rua da Fundição, em Santo Amaro. Com a medida, o veículo que segue pela Rua Prefeito Arthur de Lima Cavalcanti não poderá mais entrar à esquerda na Ponte do Limoeiro. Para acessar o Bairro do Recife, o condutor seguirá pela Rua da Aurora e entrará a direita na Rua Dois de Julho em seguida dobra no prolongamento da Rua da Fundição que terá terrenos desapropriados até entrar a direta novamente na Av. Norte no sentido subúrbio/cidade. Serão construídos 250 metros de via entre as ruas Araripina e 24 de Agosto para a eliminação de um dos tempos do semáforo localizado na Av. Norte com a Rua da Aurora. Custo da intervenção: R$312.900,00.
- Eliminação de giros de quadra nos dois sentidos na Av. Abdias de Carvalho, no bairro do Prado. Com isso, serão criados dois giros de quadra. O primeiro no sentido cidade/subúrbio será através da Rua Santa Edwirges, Rua Pandia Calógeras e Av. Cosme Viana, para quem quer acessar o bairro de Afogados. Já para o motorista quem está no sentido subúrbio/cidade, o giro será feito pelas vias Santa Edwirger e Padre Teófilo Tworz. Custo da intervenção: Santa Edwirger - R$40 mil e Padre Teófilo Tworz – R$15 mil.
- Criação de giro de quadra na Av. Abdias de Carvalho nas proximidades da faculdade FIR. Com isso, será eliminado o giro à esquerda da área localizada no bairro do Prado. Com a execução do projeto, o condutor que estiver vindo no sentido cidade/subúrbio terá que realizar o retorno através das ruas Dr. José Machado, Leopólis e Xavier Sobrinho. A medida possibilitará o ganho de mais uma faixa para a circulação dos veículos no trecho da Abdias de Carvalho. Custo da intervenção: R$668 mil.
Concurso Público - A Prefeitura do Recife promoverá um concurso público, em agosto, para a contratação de duzentos novos guardas municipais. O certame propiciará uma melhoria no monitoramento do tráfego, já que parte dos novos profissionais será absorvida pela CTTU. O edital com o cronograma de datas e conteúdo programático será lançado em junho.
Etapas
– Foi publicada a comissão de elaboração do concurso no Diário Oficial do Município de 07/05/11.
– Termo de referência pronto na primeira quinzena de maio.
– Avaliação do Termo de referência pela comissão até o final de maio.
– Lançamento do edital em junho.
– Realização do concurso prevista para agosto.
Modernização semafórica com inclusão de baterias - Nesta semana, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) inicia o processo de modernização e manutenção 210 grupos semafóricos em importantes corredores da Cidade. O trabalho, que faz parte do conjunto de ações da Prefeitura para minimizar os transtornos causados pelo período chuvoso e assim melhorar a circulação de veículos, inclui a instalação das baterias “no brecks” nos equipamentos. Os serviços terão um prazo de quatro meses para a conclusão. A cada mês será contemplado um conjunto de vias definido por região do município.
O primeiro corredor de trânsito a receber a modernização será a Av. Agamenon Magalhães, onde nove sinais receberão as melhorias. Com a iniciativa da colocação de baterias, mesmo que haja falta de fornecimento de energia elétrica, os equipamentos não irão parar de funcionar com uma autonomia de até três horas. Além disso, todos os 210 semáforos também terão os gabinetes dos controladores e os cabos de comunicação trocados, uma nova vedação para a passagem dos cabos, novo aterramento e filtros específicos para evitar “ruídos” na comunicação entre as redes.
A primeira etapa do trabalho é a troca dos cabos. A partir da segunda quinzena de maio, serão implantados os demais novos componentes. Ainda neste mês, também passarão pela modernização os semáforos das avenidas Caxangá (15), Norte (18), Dois Rios (4) e da Rua Real da Torre (3), perfazendo um total de 49.
Em junho, o trabalho continua nas seguintes vias: Abdias de Carvalho (8); Mascarenhas de Morais (20); Recife (10); Benfica (6); e José Bonifacio (4). Em julho, será contemplada a área do bairro de Boa Viagem e Pina, com as avenidas Boa Viagem (13); Conselheiro Aguiar (16) e Domingos Ferreira (21); Por fim, em agosto, receberão as melhorias os equipamentos das avenidas Conde da Boa Vista (8); 17 de Agosto (11), Rosa e Silva (7); Rui Barbosa (7); Cruz Cabuga (6) Beberibe (12); Rua 48 (3); Joaquim Nabuco (6) e Rua do Espinheiro (3).
Em fase de testes, uma bateria já foi instalada no conjunto de semáforos que ficam localizados no cruzamento da Av. Agamenon Magalhães com a Rua Joaquim Nabuco. Nas medições realizadas, o dispositivo respondeu muito bem. Custo da intervenção: R$2.158.650,00.
Mercados públicos – Disciplinamento do entorno de nove mercados públicos do Recife. Os projetos incluem a regulamentação de estacionamento, implantação e manutenção de sinalização horizontal e vertical, melhorando a circulação de pedestres e veículos. A ação prevê ainda a transformação de algumas vias em sentido único para facilitar a fluidez.
Serão alvo dos serviços de ordenamento os mercados de Casa Amarela, Afogados, Nova Descoberta, São José, Água Fria, Encruzilhada, Boa Vista, Madalena e Cordeiro. Custo das intervenções: R$1.619.000,00.
Melhorias de mobilidade -  O plano contempla alguns projetos e estudos da CTTU para a melhoria da mobilidade urbana do Recife. Entre eles está a contratação de um estudo de tráfego e simulação para os pontos críticos da Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte. Esse trabalho de estudo terá o custo de R$150 mil. Outros pontos da Cidade também irão receber ações que visam facilitar a mobilidade das pessoas. São elas:

Av. Dois Rios, no Ibura
- Alargamento de 350 metros da Av. Dois Rios, no Ibura, no trecho a partir da linha férrea sentido BR-101. A obra inclui a criação de baias para ônibus. No local, já foram realizados, nesse último mês de abril, serviços de pintura e reposição de sinalização, atendendo a uma demanda na comunidade do bairro. Com a ampliação da via, a intenção é que haja uma melhor circulação de veículos com menos retenções. Custo da intervenção: R$ 1.060.384,00.
- Criação do binário das ruas Francisco da Cunha e Ministro Nelson Hungria, em Boa Viagem. As duas vias serão transformadas em toda sua extensão em mão única, melhorando a circulação interna e o escoamento de veículos da área. Custo da intervenção: R$ 253.807,00. Além disso, numa segunda etapa, haverá o complemento do binário com a criação de um acesso a Rua José Maria de Miranda. Custo da intervenção: R$ 1.322.439,00.
- Transformar a Rua José de Alencar, na Boa Vista, em mão dupla. Com a medida, a via torna-se uma nova ligação para o condutor que estiver no bairro da Boa Vista e quer chegar até a Ilha do Leite. A ação visa também desafogar o trânsito de veículos da Avenida Lis Petit e Rua General Joaquim Inácio. Custo da intervenção: R$ 60 mil.
- Disciplinamento de estacionamento na Rua José Osório, na Madalena. Será regularizada a sinalização e proibição de estacionamento com horário determinado. Com a medida, a intenção facilitar a circulação de veículos na via que liga a Rua Joaquim Nabuco até a Av. Caxangá. Custo da intervenção: R$35 mil.
- Inversão no fluxo dos veículos no Segundo Jardim da Avenida Boa Viagem, no horário 17h às 20h. A medida permitirá o acesso ao bairro da Zona Sul pela Capitão Rebelinho. Agentes de trânsito estarão local para orientar os motoristas sobre as mudanças.
Comitê de Discussão sobre Mobilidade – A Prefeitura do Recife criará um comitê formado por técnicos da CTTU, especialistas em trânsito ligados a universidades, entidades de classe como taxistas, empresários de transporte urbano e outras representações da sociedade civil. O grupo fará fazer sugestões e participar das ações para melhorar o tráfego no Município.
Ciclovias – Dentro do Plano de Ação, serão recuperadas cinco ciclovias da Cidade, que no total representa mais de 18 quilômetros. As intervenções incluem a melhoria de pavimento, a colocação de blocos e a sinalização horizontal e vertical. Serão alvo do trabalho de recuperação as ciclovias Cavouco; Arthur de Lima Cavalcante (trecho da ciclovia Centro); Orla de Boa Viagem; Brasília Teimosa; e Tiradentes. O total de investimento para a manutenção desses equipamentos será de R$1.626.000,00.
Disciplinamento de Carga e Descarga – Além das intervenções físicas, também integra o conjunto de ações de melhoria dos padrões de mobilidade a elaboração de um Projeto de Lei ou Decreto que regulamenta a operação de carga de descarga de mercadorias. Pela antiga lei, de 1996, a proibição das 7h às 19h era restrita apenas aos bairros do Centro do Recife, corredores de transporte coletivo do Centro Expandido e corredores metropolitanos urbanos principais e secundários.
Assim, ficará proibida a parada e estacionamento de veículos de transporte de carga e descarga no horário de 6h a 22h, de segunda a sábado. Caberá ao órgão gestor de trânsito do Recife definir quais são as vias e as regras para a implantação do disciplinamento dos serviços de carga e descarga de mercadorias.


Fonte: Diário de Pernambuco

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Obras de mobilidade urbana para Copa em Salvador têm prazos incertos

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A mobilidade urbana em Salvador é um problema crônico e que leva a um gargalo atualmente insuperável na cidade. Com a confirmação de que a capital baiana sediaria a Copa de 2014, houve grande esperança por parte da população de que obras e recursos pudessem enfim livrar a cidade dos enormes engarrafamentos e melhorassem seu sistema de transporte de baixa qualidade. Hoje, quem não tem carro em Salvador está servido unicamente de ônibus para se movimentar pela cidade.

A frota de ônibus de Salvador gira em torno atualmente de 2.450 ônibus, auxiliados por 290 veículos que integram o Sistema de Transporte Complementar. Entretanto, a passagem de R$ 2,80 é criticada por usuários e entidades civis devido à frota mal distribuída entre os bairros e com veículos antigos e desconfortáveis. Além disso, os coletivos seguem por ruas malcuidadas e frequentemente engarrafadas a qualquer hora do dia. Com isso, a melhor opção segue sendo tomar um táxi, cuja bandeirada inicial custa R$ 3,75 e o quilômetro rodado em R$ 1,85 na bandeira 1 e R$ 2,59 na bandeira 2. É o táxi mais caro entre as capitais do Nordeste, mas com um custo nacional apenas mediano.

A falta de entendimento entre os entes públicos causa grande desconfiança de que as intervenções prometidas sejam de fato efetivadas e entregues aos moradores. De todas estas obras, a mais polêmica, esperada e que poderia começar a sinalizar uma transformação radical na forma de encarar o transporte de massa na cidade é a do metrô de Salvador. Porém, após mais de 12 anos de iniciada, a construção do modal jamais chegou ao seu final e ainda teve o trecho original, de 12 quilômetros, reduzido à metade. Atualmente, a linha já erguida liga a Estação da Lapa – a maior da cidade – à movimentada Rótula do Abacaxi, mas não funciona. O trecho adicional deveria seguir até a Estação Pirajá e desobstruir o quase caótico trânsito da BR-324, mas somente as estruturas elevadas ficaram prontas, sem trilhos nem estações.

A ideia do governo do estado é usar verba federal para terminar e colocar em operação o primeiros seis quilômetros e, logo após, efetuar as obras de uma segunda linha, da Rótula até o aeroporto, com extensão de 24 quilômetros atravessando toda a avenida Paralela, uma das mais importantes da cidade. Além disso, o governo estadual também propôs construir paralela à nova linha corredores para BRT, o que resultaria em grande alívio do trânsito da Paralela, atualmente sufocado durante qualquer período do dia. Por fim, há a promessa de revitalizar os trens do Subúrbio Ferroviário e também implementar ciclovias em torno do estádio.
O projeto ainda está em fase de licitação e, caso seja aprovado, deverá ter obras iniciadas em 2013 e encerradas somente em 2016, dois anos depois da Copa. O custo foi fixado em R$ 3,5 bilhões com parceria entre governo e entes privados. A própria Linha 1, de seis quilômetros, não estará disponível a baianos e turistas na época do evento. Apesar de já ter trilhos, trens e ter passado por fase de testes, ainda não há os últimos recursos disponíveis para, enfim, liberar o transporte aos moradores de Salvador. Por conta de indefinições políticas, ainda é impossível determinar quando e como o modal será enfim inaugurado e integrado à vida da população.

Assim, a estratégia dos organizadores locais é, em última análise, trabalhar com o improviso. Há propostas de explorar sistemas de transporte alternativos, como ônibus especiais, reforço da frota de coletivos comum. O trade turístico entraria na questão oferecendo pacotes de traslado de hóspedes de hotéis até o estádio. Para facilitar este processo, haverá decreto de feriados em todos os dias de partidas na cidade, o que, esperam os gestores, diminua o trânsito em toda a cidade e facilite o caminho para quem vai à Fonte Nova.
Ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador
As únicas duas obras relativas aos esforços da Copa em andamento atualmente são a ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador e a reforma do porto da cidade. Classificada como satisfatória em termos de prazos, a intervenção no terminal aéreo visa reforma e adequação do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves, além de construção de nova torre de controle. Todas as etapas deverão ser entregues no período entre agosto e dezembro de 2013.

Já no porto, uma intervenção longamente acalentada pelo trade turístico, o trabalho teve início no meio do ano. A intenção é transformar dois antigos armazéns em terminais turísticos e de passageiros, o que trará ao local atrações como restaurantes, galerias de exposição, casas de shows e outros equipamentos a serem usados por baianos e turistas. O estado aplicará verba federal de cerca de R$ 36 milhões, com fim das obras previsto para maio, coincidindo com o aniversário de 100 anos do terminal. 

Outra obra que, apesar de não ter sido iniciada, tem previsão de entrega para este ano é a das ciclovias da cidade. O projeto, chamado “Cidade Bicicleta”, prevê construir oito quilômetros de pista cicloviária no entorno da Arena Fonte Nova e 14 quilômetros no percurso do Centro até a orla, a área de Itapagipe (situada na Cidade Baixa) e o Centro Antigo. Este projeto, de execução considerada simples, seria entregue já para a Copa das Confederações e estaria também entre os planos de mobilidade como teste para a Copa do Mundo, integrando os sistemas já disponíveis.

Plano Diretor, a grande polêmica
Em Salvador, a grande polêmica que envolve a organização da Copa do Mundo é relativa a uma série de concessões institucionais às empresas da construção civil listadas na tentativa de aprovação de um novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Como as alterações visam a mudanças de regras para exploração financeira no período da copa, a matéria passou a ser popularmente conhecida como PDDU da Copa.

O conjunto de propostas inclui alterações de exploração do espaço no entorno da Arena Fonte Nova para a construção de novos estacionamentos e estabelecimentos comerciais. A região, considerada histórica, tem uma série de edifícios tombados e, assim, muitos poderiam ser derrubados para dar lugar a novos centros comerciais. Mas a grande polêmica está em relação às concessões para construção de novos empreendimentos em diversas áreas da cidade, em especial a Orla Marítima.

Segundo o projeto, haverá mudanças nas regras que podem liberar o gabarito da região, o que, na avaliação dos ambientalistas, provocará o inapelável sombreamento da orla da cidade, nos moldes da região da praia de Boa Viagem, em Recife. A prefeitura de Salvador não obedeceu o trâmite legal da votação do projeto e não realizou a série necessária de audiências púbicas, além de não colocar à disposição o projeto na íntegra para apreciação da população, apostando no envio da matéria para a Câmara de Vereadores. Assim, o PDDU da Copa foi travado pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MP-BA) e assim permanece desde o ano passado.

Para tentar aprovar as medidas, os vereadores de Salvador transferiram os pontos questionados do PDDU da Copa para a votação de outro projeto, o da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos), de caráter similar. A Louos original foi votada no final do exercício legislativo de 2011 em uma sessão extraordinária no dia 27 de dezembro, novamente sem o cumprimento do trâmite legal, e sancionada pelo prefeito João Henrique no início de janeiro de 2012.

Para que as matérias do PDDU da Copa vingassem na Louos, uma nova votação deveria ser feita, mas novamente o MP questionou na Justiça os méritos e a própria aplicação da Louos foi suspensa pela Justiça no meio do ano. Os vereadores de Salvador prometeram e votaram os aditivos da lei no final do ano mesmo com protestos de políticos e entes jurídicos de toda a cidade alegando que a discussão deveria ser transferida para a próxima legislatura.

O ambientalista e vereador eleito pelo PV Marcell Moraes analisa a situação e afirma que a votação da matéria é uma “afronta à população”. “Houve uma renovação de 56% na Câmara de Vereadores de Salvador, o que indica que a cidade quer um outro perfil de legisladores. Até por respeito a esta decisão, a Câmara atual e o prefeito deveriam esperar mais 15 dias para que os novos vereadores assumam e que esta proposta possa ser debatida pela sociedade. Já chega, em Salvador, de votações no apagar das luzes do fim do ano”, criticou Moraes.

Mesmo assim, a polêmica matéria foi votada na noite do último dia 12 de dezembro. Na ocasião, o PDDU da Copa teve sete emendas para facilitar a construção durante o período do mundial e o texto dos adendos foi arbitrariamente escondido da oposição, minoria na Casa até então. O texto final era desconhecido de todos os vereadores. No final do pleito, apenas os parlamentares Olívia Santana (PcdoB), Aladilce Souza (PCdoB), os petistas Gilmar Santiago, Marta Rodrigues e Vânia Galvão, além de Andréa Mendonça (PV) e Heber Santana (PSC) foram contrários às medidas.

Como havia prometido ao longo de 2012, a promotora de Justiça Rita Tourinho foi à Justiça exigindo a anulação da votação ocorrida no apagar das luzes da última legislatura. Segundo ela, as decisões comprometem diversas administrações além da última e dá aos construtores poder para ignorar regulamentações ambientais. “O mínimo que se deve fazer é uma discussão ampla com a sociedade. O prefeito tem legitimidade até o último dia de mandato, mas há, neste caso, um aspecto moral. O correto seria deixar essas questões para o administrador seguinte. As mudanças só beneficiam o empresariado”, ponderou.

Por: Lucas Esteves
Informações: Rede Brasil Atual
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Mais 30 ônibus novos chegam ao transporte de Aracaju

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vinte e quatro novos ônibus foram apresentados na manhã desta quinta-feira (22), à população aracajuana na praça de eventos da Orla de Atalaia, fazendo parte de um lote de 30 novos veículos que chegarão até o próximo sábado. A chegada dos ônibus 0km faz parte do plano de mobilidade urbana que está sendo implantado pelo prefeito João Alves Filho para a melhoria do transporte coletivo de Aracaju.

Os novos veículos que chegam para integrar o sistema de transporte coletivo de Aracaju foram adquiridos pela viação Modelo, uma das permissionárias existentes. Para o prefeito esse é mais um avanço que permitirá amenizar os problemas existentes com o transporte. A vinda desses ônibus faz parte de toda a renovação que estamos constantemente fazendo na mobilidade urbana de Aracaju. A empresa Modelo já está operando no sistema e chega positivamente com mais esses veículos novos. Queria poder entregar todos os ônibus imediatamente à população. Porém, isso não é possível, porque os fabricantes de ônibus não estão conseguindo entregar.


Quando assumimos a gestão, havia uma bomba de efeito retardado no setor de transportes. As empresas estão funcionando numa situação precária, sem licitação. Elas não são concessionárias, são permissionárias. São 20 anos nessa situação irregular, que é um absurdo. Quando há licitação, existem normas que devem ser seguidas e as penalidades que poderão ser aplicadas nas empresas que não se adequarem. Atualmente isso não existe aqui em Aracaju, explicou o prefeito, informando que no próximo mês os problemas com a quantidade de ônibus serão sanados. Durante o mês de setembro teremos ônibus suficientes para atender a população, garante.

De acordo com o superintendente da SMTT, Nelson Felipe, os novos veículos chegam para amenizar o déficit deixado pela empresa que saiu do sistema de transporte. Não vamos retirar os ônibus antigos da viação Modelo que já estão em circulação, por conta da demanda da população que é grande. Cobriremos mais duas linhas que começarão a operar a partir de amanhã na Piabeta e outras que farão Jardins e Parque dos Faróis.

Mobilidade Urbana

Os investimentos em mobilidade urbana vão além do transporte coletivo. De acordo com João Alves, a preocupação com as vias de circulação de veículos também faz parte do plano idealizado pelo prefeito.

O Rodando no Macio é uma solução definitiva. As operações tapa buraco não são eficazes por conta da situação precária que estão as ruas e avenidas de Aracaju. Tenho consciência que a demanda é muito grande. Buscando soluções para essa questão, estávamos com o vice-governador da Paraíba, que nos apresentará um novo equipamento para pavimentação com asfalto quente, que tem boa aderência e consequentemente melhor sustentação, garantindo maior resistência, disse o prefeito.

João Alves também informou a existência de outra possibilidade que a Prefeitura poderá adotar para seja executada em paralelo ao Rodando no Macio. Ontem falei com o secretário de Obras de Salvador, que está fazendo alguns testes com novas máquinas para o asfalto de Salvador. Vamos mandar nosso engenheiro, para ver o funcionamento e sabermos qual é a melhor solução para Aracaju. Estamos trabalhando incansavelmente para que o problema das vias de Aracaju finalmente termine.

O prefeito também anunciou que os abrigos serão reformados para amenizar os transtornos causados pela chuva aos usuários do transporte coletivo. Os abrigos estão incluídos na licitação que estamos fazendo de transporte. Mas emergencialmente estamos revitalizando alguns abrigos, disse João Alves.

Confira algumas linhas de circulação dos novos ônibus

Linha Augusto Franco - Bugio (5 ônibus)

Fernando Collor - DIA (6 ônibus e mais 1 a partir de segunda-feira)

Circular Industria e Comércio (5 ônibus)

Marcos Freire III e I- DIA (5 ônibus)

Fernando Collor- Atalaia (3 ônibus)

Circular shopping 2 ( 5 ônibus)

Ascom PMA
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