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Em BH, BRT começa a operar em março na Cristiano Machado sem alterar linhas atuais

quarta-feira, 5 de março de 2014

O BRT/Move, novo sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte, começa a operar no próximo sábado com três das 10 linhas troncais previstas para o corredor Cristiano Machado e sem mudanças no atual sistema de linhas que passam pela avenida. O início com menos linhas é decorrente do atraso na conclusão das obras da Estação São Gabriel, que deve ficar pronta em abril. Pode ser percebido ainda pelo tamanho da frota que começa a rodar. Na primeira das três fases que marcarão a operação do BRT/Cristiano Machado, somente 17 ônibus articulados (com ar-condicionado e capacidade para 144 passageiros) vão estrear no corredor exclusivo. Eles serão distribuídos em direção ao Centro e à área hospitalar. A frota inicial representa 10,4% dos 163 coletivos do BRT/Move definidos para operar na via.

 “Esta é uma fase mais modesta, que marca a entrada dos passageiros no sistema, que vai ocorrer passo a passo”, adianta o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. Ele apresentou ontem os detalhes do início da operação em três etapas até abril na Cristiano Machado e em maio na Antônio Carlos/Pedro I, a tempo dos seis jogos da Copa do Mundo no Mineirão. 

No dia da inauguração, usuários que passam pela Cristiano Machado terão duas opções de linhas no corredor exclusivo para chegar ao Centro (uma direta e outra paradora). A terceira fará o acesso à região hospitalar, no Bairro Santa Efigênia, passando pela Avenida dos Andradas. 

A 83P (Estação São Gabriel/Centro) terá embarque e desembarque nas oito estações de transferência (ETs) ao longo da Cristiano Machado. No Centro, haverá parada nas estações São Paulo, na Avenida Santos Dumont; e Tamoios, na Avenida Paraná, onde retorna. O mesmo percurso será feito pela 83D, mas, por ser direta, não fará paradas ao longo da Cristiano Machado. O desembarque e embarque de passageiros da 83D ocorrerá somente no Centro, nos terminais São Paulo e Tamoios. A expectativa da empresa é de que o tempo médio de viagens, que hoje chega a 35 minutos, sem engarrafamentos, entre o Centro e a Estação São Gabriel, passe a ser feito em 20 minutos na linha paradora e em 15 minutos na direta. 

A terceira linha tronco da primeira fase do BRT/Move fará o mesmo percurso que a 83D e a 83P, até atravessar o túnel da Lagoinha, no Centro. De lá, os ônibus articulados seguirão pela Andradas até a área hospitalar. Nesse percurso, usarão portas de embarque e desembarque dos dois lados, para se adaptarem às estações e aos pontos de ônibus normais. 

Ramon Cezar informou que os intervalos entre as viagens serão de 15 minutos, na hora de pico, e chegarão a 20 minutos no horário normal. Com horários de saída intercalados, as linhas 83P e 83D terão embarque de 7 em 7 minutos.

FASES Na primeira etapa, 17 linhas alimentadoras (ônibus amarelos) mudarão de posição no terminal São Gabriel, sendo transferidas para as novas plataformas do BRT/Move. Na segunda fase, a partir de 22 de março, outras 17 linhas ‘ serão transformadas em linhas alimentadoras, radiais (ligação terminais bairros, sem passar pelo Centro) e troncais. Com isso, as atuais linhas deixarão de usar a pista mista com os carros.

A terceira etapa, em abril, marcará o restante da implantação do total de 10 linhas troncais e 35 alimentadoras do terminal São Gabriel. “Outras linhas troncais também serão criadas saindo da Estação São Gabriel, sem passar pela Cristiano Machado”, informou o diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto. 

A lista inclui, por exemplo, a linha 8350 (São Gabriel/ Barreiro), que estenderá o BRT/Move pelos pontos do Anel Rodoviário. Marx garantiu que o novo sistema não implicará reajuste da tarifa, cujo teto é de R$ 2,65. O pagamento poderá ser feito com o cartão eletrônico. Quem não tem o cartão poderá comprar bilhetes individuais nas estações de transferência ou em um dos quatro quiosques construídos nas avenidas Paraná (2) e Santos Dumont (2). Haverá ainda possibilidade de recarregar os cartões dentro dos ônibus. Mais informações podem ser conferidas no site www.brtmove.pbh.gov.br ou pelo telefone 156, da prefeitura. 

Ônibus azuis

Marca do transporte coletivo de BH desde a padronização das cores e ramais em 1982, com a implantação do sistema Probus, as linhas diametrais que interligam bairros de várias regiões também farão parte do BRT/Move. Para evitar que os ônibus de cor azul tenham que se desviar do itinerário até os novos terminais, aumentando o tempo de viagem, a BHTrans integrou os coletivos diametrais que usam as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado aos corredores. A frota será a mesma do BRT/Move, com ônibus padrons para até 100 passageiros, equipados com ar-condicionado, nas cores cinza, verde e prata.

Parte do planejamento do BRT/Move revelado pelo EM em agosto do ano passado, as alterações foram confirmadas ontem pelo diretor de Transporte Público, Daniel Marx Couto. Pelo menos cinco das 13 linhas diametrais a serem integradas ao BRT/Move, contudo, têm previsão de sofrer mudanças no itinerário e número de identificação, dividindo-se em três.

A lista inclui as diametrais 2004, 5101, 5031, 5102 e 9502. “Essas linhas que têm grande parte do trajeto na Cristiano Machado ou Antônio Carlos, e cujo ponto de entrada no corredor está mais próximo ao Centro do que os terminais do BRT/Move, serão integradas para não fazer percurso negativo (para trás)”, explica Marx. 

Segundo ele, após usar os corredores do BRT/Move até o Centro, os ônibus diametrais circularão até o ponto final nas mesmas vias atuais – o que na prática exige os ônibus padrons, menores que os articulados. “Todas as linhas classificadas como diametrais do novo sistema usarão ônibus padron, com ar-condicionado.” As primeiras alterações estão previstas para a segunda fase de implantação do corredor Cristiano Machado, em 22 de março.

O QUE MUDA

Diametrais atuais integradas ao BRT/Move:

9502 – São Geraldo/São Francisco via Esplanada

8207 – Maria Goretti/Estrela Dalva

8108 – Cidade Nova/Savassi

8101 – Santa Cruz/Alto Santa Lúcia

4205 – Ermelinda/Salgado Filho

4102 – Aparecida/Serra5401 – São Luiz/Dom Cabral

5201 – Dona Clara/Buritis

Diametrais integradas que terão mudanças:

2004 (Bandeirantes/Olhos D’Água) – passa a ser a 5106 (Bandeirantes/BH Shopping

5101 (Suzana/Cruzeiro) e 5031 (Suzana/Savassi via Universitário) – passarão a ser a 5104 (Suzana/Cruzeiro)

5102 (UFMG/Santo Antônio) e 9502 (São Geraldo/São Francisco via Esplanada) – passarão a ser a 5103 (UFMG/Mangabeiras)

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BRT de Uberaba começa a funcionar em fase experimental

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

No próximo dia 30, a população de Uberaba poderá conhecer melhor o funcionamento do sistema BRT através de um itinerário inaugural, batizado de Linha Verde. O percurso será iniciado às 9h30 e sairá do Terminal Leste (Bairro Manoel Mendes) com destino ao Terminal Oeste (Uberabão). O embarque de passageiros ocorrerá das 11h às 18h, gratuitamente, em um dos terminais. A operação do sistema em caráter experimental começa no dia 31. Os anúncios foram feitos pela Prefeitura de Uberaba na noite desta quarta-feira (21).

A decisão pelo teste foi justificada para um aprimoramento das partes em fase final de implantação e capacitação dos motoristas e técnicos de centrais, juntamente do conhecimento da opinião pública. Ainda estão em andamento as centrais de monitoramento, semafórica e parte da sinalização, bem como a instalação dos separadores. 

Esclarecimentos
Para esclarecer as dúvidas da população, a distribuição de material informativo sobre o Sistema BRT/Vetor, que está prestes a entrar em operação em Uberaba, será realizada pela Prefeitura. A distribuição começa em pontos da área central da cidade. O material também está disponível no site e no Facebook da Prefeitura.

Segundo o superintendente de Transporte Coletivo, Claudinei Nunes algumas linhas mudaram de nome, bem como trajeto, mas são mudanças que vão agilizar a prestação do serviço. De acordo com as informações do superintendente, até a próxima semana, 30 pessoas estarão nas ruas, nos principais pontos auxiliando na divulgação, que também será feita em entidades de classe.

Cartões
A Superintendência de Transporte Coletivo alerta que as Estações Tubos só vão operar com cartão, que pode ser adquirido no posto da Transube no Elvira Shopping, localizado na Praça Rui Barbosa e nos pontos de recarga espalhados pela cidade. A diferença e que no posto do Elvira Shopping o cartão fica pronto na hora e nos pontos de recarga em três dias.

Também será disponibilizado para venda o Cartão de Uso Único, que só pode ser usado de um terminal a outro e nas estações, não podendo ser utilizados nas linhas alimentadoras (que percorrem os bairros). Nos terminais também terão bilheterias com venda e ponto de recarga.

Informações: G1 Triângulo Mineiro

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Obras do BRT em Uberaba têm trabalhos intensificados

sexta-feira, 14 de março de 2014

A previsão para que todo o sistema de transporte rápido BRT, em Uberaba, esteja funcionando é no início de julho. Mas até lá, muitas obras ainda serão necessárias em pontos diferentes, onde o sistema será implantado. Com a equipe reforçada, algumas alterações já começaram. As obras estão seguindo o cronograma estipulado pela Prefeitura.

Uma equipe trabalha na construção do Terminal Oeste, que está atrasada. A expectativa é de que até maio tudo esteja pronto. Do outro lado da Avenida Leopoldino de Oliveira, o Terminal Leste está mais avançado e deve ser entregue em abril.

Entre um e outro, serão 17 quilômetros de linha do sistema BRT. No corredor, as doze estações para embarque e desembarque de passageiros já estão instaladas. Algumas precisam de reforma e todas ainda receberão acabamento climatizado, além de portas e catracas elétricas.

A Avenida Leopoldino de Oliveira também passará por adaptações. A licitação para contratação de empresa que será responsável por essas mudanças está em andamento e o valor estimado do contrato é de R$ 8 milhões. "Todos os canteiros estão irregulares. Eles vão ser readequados. Após esse trabalho, nós vamos fazer o recapeamento de toda a pista do trajeto leste/oeste", explicou Roberto Indaiá, secretário de Infraestrutura.

Outras intervenções serão feitas pela própria Prefeitura. No meio da rotatória do Parque do Mirante, por exemplo, passarão duas pistas para uso exclusivo dos ônibus, onde também ficarão duas estações de passageiros. "Estamos seguindo o novo cronograma que o prefeito Paulo Piau estipulou", garantiu Roberto Indaiá.

Informações: G1 Triângulo Mineiro
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Concessionárias estão prontas para iniciar operação do BRT em Uberaba

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Empresas de transporte coletivo trabalham para entrada em funcionamento do sistema BRT a partir de janeiro, conforme cronograma anunciado pela Prefeitura. As adequações no sistema de trânsito da região central devem ser retomadas a partir da próxima semana para viabilizar a entrada em operação do primeiro trecho do novo sistema de ônibus.

Segundo o presidente da Transube (Associação das Empresas de Transporte Coletivo), Rodrigo Oliveira, não há qualquer impedimento por parte das concessionárias em cumprir o prazo e os preparativos finais estão em ritmo acelerado para o início do BRT em janeiro. “Não podemos mais ficar com os ônibus do BRT parados. Já são quase três anos”, explica.

Apesar de os veículos não estarem em circulação, Oliveira salienta que os carros exigem despesas e cuidados de manutenção preventiva para funcionar corretamente. Ao todo, 14 ônibus adaptados foram adquiridos pelas empresas Líder e Viação Piracicabana para atender o corredor leste-oeste do novo sistema de transporte coletivo. O restante da frota, 157 veículos, serão distribuídos nos bairros para alimentar os terminais de integração.

O prefeito Paulo Piau (PMDB) já assegurou que o primeiro trecho do BRT será inaugurado em janeiro de 2015. Ele salienta que a previsão inicial seria o funcionamento a partir deste mês, mas o cronograma foi adiado a pedido dos comerciantes do centro da cidade. Aciu e CDL solicitaram que a Prefeitura não fizesse mudanças às vésperas das festas de fim de ano, pois a situação poderia atrapalhar o movimento no comércio local.  

“A Prefeitura quer entregar [o BRT] para funcionar bem. O atraso que ocorreu foi para ter um bom serviço prestado quando começarem as operações”, argumenta o presidente da Transube.

Por Gisele Barcelos
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Licitação para BRT em Salvador sai em julho e recursos estão garantidos

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O dinheiro para o pontapé inicial das obras do BRT (transporte rápido em vias exclusivas) de Salvador já está disponível. Falta apenas se definir o processo de licitação, previsto para o próximo mês, que vai permitir o início das obras, prevista na sua primeira fase, para ser concluída em 24 meses após a assinatura dos contratos. R$ 400 milhões é o custo previsto para a primeira etapa do projeto.

Mas se depender do aporte de recurso e da disposição da Prefeitura, elas começam imediatamente, uma vez que além dos R$ 300 milhões já assegurados  anteriormente pelo município, mediante empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), outros R$ 105 milhões foram assegurados pelo Governo federal, mediante contrapartida, para que o projeto do BRT finalmente saia do papel.

A primeira etapa do BRT deverá começar com intervenções na infraestrutura urbana, que incluem viadutos, elevados, vias exclusivas por onde trafegarão os ônibus especiais, e  remodelagem do sistema de drenagem e saneamento da região que compreende  a região da Estação da  Lapa, passando pela avenida Vasco da Gama e Lucaia (Rio Vermelho) até a região do Iguatemi.

Os recursos  foram confirmados desde o final de semana passada, quando o prefeito ACM Neto recebeu o aval da Caixa para a liberação de R$ 108 milhões para o projeto na sua primeira etapa.Anteriormente outros R$ 300 milhões já  tinham sido assegurados pela CEF. A Prefeitura, conforme confirmou o secretário municipal de Mobilidade urbana (Semob), Fábio Mota, já tem toda a documentação pronta que garante a realização da licitação. “Inicialmente vamos realizar as obras estruturais no percurso de 8,7 quilômetros até a região do Iguatemi, com viadutos, elevados e sistema de drenagem”, disse Mota.

Em duas etapas
O secretário Fábio Mota disse que a licitação deverá ser feita em Regime Diferenciado de Contratações – RDC,  modalidade instituída pelo Governo Federal na época da Copa do Mundo, como forma de ampliar a eficiência nas contratações públicas e aumentar a competitividade entre as empresas interessadas. O RDC foi instituído pela Lei nº 12.462, de 2011, regulamentado pelo  Decreto nº 7.581 de 2011.

Numa primeira etapa o RDC consiste no cadastramento eletrônico de propostas feitas pelas empresas que participam da licitação, quando são classificadas para a etapa subseqüente, as três melhores propostas, que incluem menor preço e prazo.  Numa segunda etapa da licitação, com processo aberto, são feitos as ofertas de preços, prazos e condições de execução da obra.

O secretário de Mobilidade Urbana de Salvador explica que por essas razões não se pode antecipar quaisquer informações, a não ser a garantia dos recursos e o início do processo de licitação. Ele disse ainda que as intervenções estruturais constam de elevados na região do Lucaia (cruzamento entre as avenidas Vasco da Gama, Garibaldi e Juracy Magalhães) e um complexo de viadutos na área próxima ao parque da Cidade e elevados na região do Iguatemi.

Pelo projeto da Prefeitura, o BRT terá extensão de 8,7 quilômetros, entre a Estação da Lapa até a ligação Iguatemi Paralela (LIP), com o uso de vias exclusivas de trânsito, feitos em ônibus articulados e climatizados, com tempo estimado em 16 minutos. Para que os usuários possam utilizar outros sistemas de transportes, serão construídas oito estações de transbordos: Dique, Ogunjá, HGE, Rio Vermelho, Lucaia, ACM, Hiperposto e Iguatemi.

Os ônibus irão trafegar em corredor com faixa exclusiva, que eliminam retornos e semáforos, facilitando o fluxo de veículos.

Intervenção em Feira de Santana
Em Feira de Santana, segunda maior cidade do Estado, a 104 quilômetros de Salvador, as obras já estão em andamento. Mas em Salvador, a população apenas ouviu falar do BRT, mas a única lembrança que tem é a dos antigos ônibus articulados que rodaram na via exclusiva do antigo projeto Transporte de Massa de Salvador (TMS), em 1987, com vias exclusivas nas avenidas Bonocô e Vasco da  Gama, e que serviriam de base para VLT, na gestão do ex-prefeito Mário Kertezs.

O BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, é um sistema de transporte coletivo de passageiros, criado em 1974, e que utiliza uma infraestrutura urbana própria, com via exclusiva de tráfego e um tipo de veículo de alta capacidade, como  , que geralmente possuem diversas portas para acelerar a entrada e saída dos passageiros. A principal característica é que esses veículos trafegam em corredores próprios, no centro das avenidas com,o forma de evitar os congestionamentos no trânsito.

No Brasil a primeira cidade a implantar o BRT foi Curitiba, no Paraná, seguidas de Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte , Brasília, Recife, Fortaleza, Uberaba, Uberlândia , Goiânia, e agora no Rio de Janeiro, e com projeto em andamento em Belém. Na Bahia a primeira cidade a implantar o serviço é Feira de Santana, cuja obra  tem uma extensão de 4,5 quilômetros  e requer investimentos de R$ 87 milhões, devendo entrar em operação em 2017. Em Salvador, as obras deverão ser iniciadas em 2017.

O sistema de transporte coletivo de Curitiba, que tem pouco mais de 1,7 milhão de habitantes,  é integrado ao sistema viário e ao uso do solo. Ele é formado por linhas expressas, alimentadoras, inter bairros e diretas. Atualmente mais de dois milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, que é composto por 1.980 ônibus atendendo 395 linhas. 

por Adilson Fonseca
Informações: Tribuna da Bahia
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Centrais de Controle do Sistema Vetor/BRT são instaladas em Uberaba

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O Sistema Vetor/BRT terá seu passeio inaugural às 9h30 desta sexta-feira (30). As Centrais de Controle Operacional (CCO) do novo sistema receberam os últimos ajustes nesta quinta-feira (29). As centrais abrangem os semáforos inteligentes, o monitoramento dos terminais e estações-tubo e também o monitoramento dos ônibus com GPS, por meio de painéis instalados nos dois terminais do transporte coletivo.

Segundo Juliano Christimann, engenheiro eletricista/supervisor de Manutenção da Dataprom Equipamentos e Serviços de Informática Industrial Ltda, o sistema é todo automatizado e manda informações dos semáforos para a central. Ele explicou ainda que no próprio semáforo ficam armazenadas as informações relativas ao tempo do sinal vermelho, verde e amarelo. Mas se for necessário, o operador pode intervir a partir da central.

Christimann informou também que os semáforos têm sensores instalados antes das transversais e trasmissores nos ônibus, que ao se aproximar das interseções, envia um sinal para o semáforo que otimiza o tempo do veículo. “Ele prolonga o verde para dar tempo do ônibus passar, ou diminui o tempo do verde da transversal para que o ônibus fique o menor tempo possível no vermelho, otimizando todo o tempo do transporte coletivo na viagem entre os terminais”, explicou o engenheiro, destacando que todo o sistema é configurado e os ajustes vão ocorrer a partir do momento em que o sistema for colocado em operação. “Fazemos várias testes, mas o padrões só são ajustados com o sistema em funcionamento”.

A equipe de semaforarização do Departamento de Trânsito da Settrans participou do treinamento. Também está em fase final de implantação e teste a Central de Monitoramento das câmeras dos terminais Oeste e Leste e das estações-tubo. Em tempo real a movimentação dos usuários será acompanhada, o que aumentará a segurança e garantirá um atendimento ágíl em caso de necessidade. “Estamos acertando alguns detalhes, mas o sistema em operação é que nos mostrará onde precisamos ajustar e adequar, por isso no início ele funcionará em caráter experimental. É em operação que o sistema nos dará as informações necessárias para trabalhar e vamos monitorá-lo 24 h”, explicou o superintende de Transporte Coletivo, Claudinei Nunes.

Com a implantação do Sistema Vetor/BRT, Uberaba amplia o seu trabalho de monitoramento por GPS com 24 novos painéis de 48 polegadas nos terminais Leste e Oeste para informar os horários de chegada e saída dos ônibus. Uberaba já possui outros 91 painéis espalhados pela cidade.

Inauguração
O Sistema Vetor/BRT terá seu passeio inaugural nesta sexta-feira (30). O prefeito Paulo Piau receberá jornalistas e autoridades no Terminal Leste (Manoel Mendes) de onde seguirá pela Avenida Leopoldino de Oliveira, passando pelas estações tubo até o Terminal Oeste (Univerdecidade). Ao longo do dia, até as 18h, as equipes do “Posso Ajudar” estarão nos terminais e estações-tubo auxiliando quem for conhecer o sistema e tiver interesse em percorrer o trecho do BRT gratuitamente, indo de um terminal a outro.

Segundo Claudinei Nunes, o Sistema Vetor/BRT vai operar em conjunto com o transporte coletivo regular, visto que entrará em operação experimental somente no sábado (31). “Sexta-feira é um dia para que os usuários ou não do sistema vejam como ficaram as estações, os terminais e como funciona o sistema. Sendo assim, outros ônibus de transporte coletivo estarão na avenida e vão utilizar a faixa da direita. Alertamos os motoristas para que evitem a Leopoldino de Oliveira, busquem rotas alternativas”, alertou. 

Vale lembrar que mais de 80 ônibus serão retirados da avenida Leopoldino de Oliveira a partir de sábado. Nunes lembra ainda que a faixa exclusiva do BRT não pode ser utilizada por nenhum tipo de veículo, ou seja, nem outro tipo de ônibus pode utilizar a faixa. A medida é para garantir a prioridade do transporte público, a segurança e o bom funcionamento do sistema que é automatizado. O foco é o coletivo.

Informações: G1 Triângulo Mineiro
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Passageiros de linhas integradas ao BRT/Move se preocupam com horários

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Passageiros de linhas que ligavam bairros ao Centro e agora têm como destino a Estação São Gabriel, na Região Nordeste da capital, não sabem como farão para voltar à noite para casa. Os ônibus do BRT não circulam depois de meia-noite e quem precisa da condução depois desse horário está mergulhado em dúvidas e receios. A publicitária Eduarda Martins, de 28 anos, não sabe nem se vai continuar o curso de pós-graduação, com medo de não ter como chegar em casa, no Bairro Minaslândia, Região Norte da capital.

“Minha aula termina às 22h30, no Bairro Buritis. Estou sem saber como vou fazer, porque tenho que pegar um ônibus até o BRT e, na estação São Gabriel, o 734”, diz. O detalhe é que, pelo quadro de horários informado pela BHTrans, na linha 734 (Estação São Gabriel/Aarão Reis via Minaslândia), que substituiu a linha 5508 (Aarão Reis via Minaslândia), o último horário de partida é 23h30. Ou seja, em uma hora, Eduarda terá o desafio de sair da aula, pegar dois ônibus e chegar ao terminal a tempo de embarcar no 734. “É um tempo muito curto. Não sei se vou poder voltar a estudar”, diz.

No primeiro dia usando o BRT/Move, a publicitária não teve uma boa experiência e chegou 30 minutos atrasada ao trabalho, por causa das baldeações. Em vez de dois coletivos, ela passou a pegar três ônibus. “Ninguém consulta os passageiros para saber se eles querem essa mudança. A 5508 foi a primeira linha a ser extinta e tenho certeza de que, nas próximas, haverá os mesmos problemas. A gente perde muito tempo trocando de ônibus”, diz Eduarda, que, por falta de sinalização na Estação São Gabriel, acabou embarcando no ônibus errado.

As reclamações com relação às baldeações são comuns entre passageiros das duas linhas substituídas por alimentadoras com destino ao terminal São Gabriel. Muitos dizem que a jornada ficou mais cansativa e demorada. Um deles é a padeira Fernanda Cristina, de 37 anos, que trabalha no Bairro Buritis, na Região Leste de BH, e mora no Conjunto Paulo VI, na Região Norte. Na volta para casa, Fernanda costumava tomar um coletivo até o Centro e outro, da linha 5523A, para concluir o trajeto. Ontem, após descer no Centro, precisou embarcar em um articulado do BRT/Move, da linha 83P, e, na Estação São Gabriel, pegar um veículo da alimentadora 815. Demorou cerca de uma hora e 10 minutos para descer no ponto de destino, aproximadamente o tempo que gastava antes. “No terminal, a gente tem que subir e descer escadas. Além disso, o 83P estava lotado, tive que vir em pé. Antes, quando eu pegava a 5523A, sempre tinha cadeira vaga”, queixa-se.

Na tarde de ontem, o Estado de Minas cronometrou o tempo gasto para fazer a baldeação. Às 16h37, a equipe pegou um articulado da linha 83D na estação de transferência da Avenida Santos Dumont, no Centro. Às 16h58 ocorreu o desembarque no terminal São Gabriel. O embarque na linha 815 ocorreu às 17h10, com chegada ao ponto final , no Conjunto Paulo VI, às 17h46. A diarista Adriana Ribeiro, de 34 anos, gastou 45 minutos entre embarcar em um veículo da 83P na Avenida Cristiano Machado e descer no último ponto da 815. “São uns cinco ou 10 minutos a mais do que o tempo que eu gastava com a 5523A. Sem a baldeação era melhor”, disse.

A mudança no sistema de transporte do Bairro Paulo VI aumentou ainda mais a preocupação de mãe da doméstica Magda Dias Alves, de 36 anos. Ontem, no primeiro dia de funcionamento da linha 815 em substituição à 5523A, ela ainda não sabia como o filho, que estuda à noite, voltaria para casa. “Ouvi dizer que a estação não funciona até muito tarde. Ele sai da aula quase 23h. Como ele vai fazer se não conseguir mais pegar o BRT?”, disse, lembrando que a antiga linha tinha atendimento noturno. “Ele demorava a passar de madrugada, mas passava. A BHTrans precisa pensar nesse tipo de situação e atender a todos”, cobra. Para seu trajeto, Magda já tem opinião. “Vai me atrapalhar, porque trabalho na Cristiano Machado, mas vou ter que pegar outro ônibus.” Consultada, a BHTrans não se manifestou sobre o horário de circulação dos ônibus do Move.

Muito lugar para pouco passageiro

Se há quem reclame da demora e da superlotação de coletivos do Move, na nova linha 9850 há ônibus à espera de passageiros. Circulando no quarto itinerário criado desde a inauguração do BRT/Move da Cristiano Machado, há cerca de um mês, os coletivos que fazem o trajeto Estação José Cândido /Estação São Gabriel rodaram vazios no primeiro dia útil em operação, com baixa adesão do público. A equipe do Estado de Minas embarcou em duas viagens no novo itinerário, percorrido em 16 minutos, em média, e encontrou apenas uma passageira.

A empregada doméstica Conceição do Nascimento, de 54 anos, nem acreditava que, em plena segunda-feira, era a única passageira em um ônibus confortável e com ar-condicionado. Moradora do Bairro Paulo VI, na Região Nordeste, ela trocou o metrô pelo BRT. “Experimentei usar o BRT no sábado e gostei. O metrô vem mais rápido, mas vive cheio”, diz. Para a cobradora do 9850, Maria Márcia, a tranquilidade é maior. “É outro nível. Aqui não tem gente que entra no ônibus e quer pular roleta. É mais difícil fazer isso”, conta.

Em duas viagens na linha, entre 8h30 e 9h15, a equipe de reportagem levou 17 minutos e 15 minutos para cumprir o trecho. Em nenhum deles os monitores com informações sobre horários e pontos de parada estavam funcionando. Os ônibus passaram em intervalos de 15 a 20 minutos. Diferentemente da Estação São Gabriel, quem desembarca na Estação José Cândido da Silveira não pode entrar em outro ônibus sem a necessidade de pagar nova tarifa ou pagando apenas o complemento da passagem de integração. Passageiros sem o cartão BHBus são obrigados a pagar o preço integral, R$ 2,65.

Antônio Carlos fica para maio

Previsto inicialmente para começar a operar hoje, o corredor do BRT/Move da Avenida Antônio Carlos não tem data oficial para funcionar. A BHTrans afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o sistema será inaugurado em maio, a um mês da Copa do Mundo, mas não detalhou o dia. Na Avenida Cristiano Machado, conforme o EM adiantou, o cronograma prevê que até o dia 3 serão criadas e substituídas linhas, mudados horários e alterados itinerários dos ônibus. Segundo o planejamento, serão criadas 19 linhas para substituir 17 atuais. 

Por Flávia Ayer, Valquiria Lopes e Tiago de Holanda
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Adiada licitação de radares para o BRT de BH

domingo, 15 de dezembro de 2013

A BHTrans adiou a licitação para instalar radares em sistema de rodízio em 178 pontos espalhados pelas pistas por onde passarão os coletivos do transporte rápido por ônibus (BRT, da sigla em inglês). O adiamento vai atrasar a colocação dos equipamentos que fiscalizarão avanço de semáforo, excesso de velocidade e invasão das pistas exclusivas para os ônibus do BRT. Como não há previsão de quando a licitação será retomada, é grande a chance de a largada do BRT ser dada sem a presença dos fiscais eletrônicos, já que o corredores Cristiano Machado e Central começam a funcionar em 15 de fevereiro. 

Nesse caso, de acordo com a concorrência pública 05/2013, a tecnologia escolhida pela empresa vencedora não pode prever obras no pavimento. O adiamento foi publicado ontem no Diário Oficial do Município (DOM), em razão de “impugnações e questionamentos apresentados aos termos do edital” pelos interessados. Além do certame para vigiar o comportamento dos ônibus e, eventualmente, de invasores das novas faixas exclusivas, o outro edital destinado à ampliação dos radares de Belo Horizonte já havia sido adiado, no fim de novembro, pelas mesmas razões.


Junto com a operação dos ônibus do BRT, batizado de Move, a BHTrans apostava no funcionamento dos novos radares, divididos em dois blocos. Na concorrência pública 05/2013, lançada em 13 de novembro e adiada ontem, estavam previstos olhos eletrônicos em sistema de rodízio nas avenidas Pedro I, Antônio Carlos, Cristiano Machado, Paraná e Santos Dumont. Desse total, são 93 endereços fiscalizados ao mesmo tempo e outros 85 pontos com infraestrutura necessária para a mobilidade dos radares e mudança dos equipamentos quando for interesse dos gestores. 

Na ocasião em que o edital foi publicado, a BHTrans informou que “a detecção dos veículos infratores deverá ser feita por meio de equipamentos com tecnologia que registre a infração por radiofrequência, emissão de frequência luminosa e videomonitoramento”, ou usando outras estratégias que não representem obras no pavimento. Ninguém da empresa foi encontrado para comentar se os questionamentos apresentados têm relação com essa exigência, uma vez que o órgão gestor do trânsito na capital não pretende quebrar novamente as pistas de concreto recém-construídas. Todos os 94 ra dares fixos que operam hoje na capital usam o sistema de sensores no asfalto. Há ainda três aparelhos móveis em funcionamento na cidade. 

SEGUNDO ADIAMENTO 
Já na concorrência pública 04/2013, lançada em 18 de outubro e adiada em 20 de novembro, está prevista a instalação de equipamentos para fiscalizar 293 pontos, também no sistema de rodízio, na área de influência do BRT ou em avenidas importantes para o desempenho de todo o sistema integrado, como a Avenida Pedro II. Porém, nesse lote nenhum equipamento vai fiscalizar pontos nas pistas exclusivas de concreto. Os aparelhos são destinados às faixas normais, de circulação dos demais veículos, e também às pistas exclusivas criadas sem divisão física, a exemplo do que já existe na Avenida Nossa Senhora do Carmo e será expandido para outros corredores da cidade.

Como normalmente um processo licitatório desse tipo leva em torno de 90 dias para ser concluído, não será possível começar a multar os infratores ao mesmo tempo em que o BRT for inaugurado. Segundo a Secretaria Municipal de Obras da capital, o cronograma do novo sistema prevê que os corredores da Paraná, Santos Dumont e Cristiano Machado comecem a funcionar em 15 de fevereiro. O funcionamento na Avenida Antônio Carlos e na Estação Pampulha começa até 15 de março. Já as estações Vilarinho e Venda Nova vão operar a partir de 15 de abril, quando todo o sistema estará pronto. 

Por Guilherme Paranaiba
Informações: Estado de Minas
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Em BH, Passageiros apontam vantagens e problemas do BRT/Move

segunda-feira, 10 de março de 2014

Entre otimismo e desconfiança, passageiros do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte testaram ontem, pela primeira vez, o BRT/Move do corredor Cristiano Machado e avaliam se, amanhã, dia de trânsito pesado, embarcarão de vez nessa viagem. Na balança dos contras, pesaram problemas na Estação São Gabriel. Sem sinalização adequada, usuários ficaram perdidos entre os corredores. A chuva também complicou a situação, pois a cobertura do terminal e das passarelas ainda não foi concluída. O desconforto se estendeu à falta de bancos nas plataformas de embarque.
Foto: Portal Embarq Brasil
Muitos dos usuários aproveitaram o sábado livre para se inteirar sobre o funcionamento e passear nos ônibus sem compromisso. “Achei ótima a novidade e o percurso muito confortável. Mas faltam muitas informações. Não tem placa explicando com clareza. Foi por isso que resolvi fazer um teste hoje (ontem), já que segunda-feira não posso correr o risco de errar”, disse a técnica em saúde bucal Ana Cristina Valadares Moreira, 36 anos, que gasta 1h40 todos os dias do Bairro Floramar, Norte de BH, até Nova Lima, na Grande BH. Ela acredita que vai conseguir ganhar 20 minutos se usar o BRT diariamente.
A falta de sinalização das estações  deram dose extra de tensão à estreia do BRT/Move, sobretudo na Estação São Gabriel. A principal reclamação é de que todos ônibus, inclusive os convencionais, deixaram o antigo terminal, mais próximo do metrô, sendo transferidos para nova ala, mais distante. “Antes eu descia do ônibus e já pulava para o metrô. Agora, ficou muito longe. Tenho que andar de 7 a 10 minutos”, diz a vendedora Verônica Cristina, 27. Outro problema que dificultou o deslocamento para o metrô foi a chuva. A água empoçou na passarela e na área de manobra dos ônibus, incomodando usuários e motoristas. 

O técnico em transporte e trânsito Bruno Santos, 35, mora perto da estação e resolveu mudar o trajeto para avaliar o novo sistema. Normalmente, aos sábados ele vai ao centro estudar e pega um ônibus que passa perto de sua casa. “Acho que temos que esperar segunda-feira para ver como vai funcionar com o trânsito”, disse. Ele diz ter dúvidas sobre o impacto do BRT por conta de locais sem faixas exclusivas.

AR-CONDICIONADO Por sua vez, a cabeleireira e manicure Kelly Juliana Oliveira, 29, acredita que o BRT pode até substituir o metrô, já que ela pega um ônibus para a São Gabriel, de lá embarca pelos trilhos e ainda pega outra condução do Centro até o Bairro Luxemburgo, Centro-Sul da capital. “De cara o BRT/Move já ganhou do metrô por conta do ar-condicionado. Normalmente, gasto de 18 a 20 minutos só nos vagões entre as estações São Gabriel e Praça da Estação. Imagino que vou conseguir gastar o mesmo tempo no BRT, o que pode significar uma migração”, afirma.

Moradora do Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte, a empregada doméstica Railda da Silva, de 55, trabalha no Bairro União, na Região Nordeste, e também está disposta a trocar o metrô pelo novo sistema. “Vou descer numa estação mais perto e o BRT é muito mais confortável”, diz. O açougueiro Roberval Tido de Lima, de 42, era só sorrisos com o filho Victor Hugo, de 10. Eles moram em Venda Nova e o menino faz fisioterapia no Centro da cidade. A família será atendida pelo BRT/Move da Avenida Pedro I, que só será inaugurado em maio, mas aproveitaram o sábado para já conhecer a novidade. “Viemos passear. Estou vendo que é bem estruturado”, diz. 

Alguns passageiros reclamaram da demora no atendimento de uma das bilheterias da Estação São Gabriel, onde apenas uma funcionária trabalhou em pelo menos parte da tarde. “Há apenas uma funcionária na bilheteria (da Estação São Gabriel). Demorei uns quatro minutos para ser atendida”, contou a técnica em enfermagem Jaqueline Lorenço. Na Avenida Paraná, usuários estranharam a localização da bilheteria da estação, que fica a cerca de 50 metros do local, na Rua Carijós. Na linha que faz a ligação entre área hospitalar e a Estação São Gabriel, o sistema de anúncio das paradas, sonoro e em tela, do veículo número 20.477 não funcionou. 

Tudo novo para motoristas  

O relógio marcava 13h07 quando Ademar Ferreira Lopes, um baiano de Teixeira de Freitas e radicado em Belo Horizonte há três décadas, ligou o ônibus da linha 83P, que faz o percurso estação São Gabriel/Avenida Paraná. Há 21 anos como motorista de coletivo, ele conhece o trânsito da capital como poucas pessoas: “É preciso ter paciência”. Foi na companhia dele que o Estado de Minas embarcou numa das viagens do primeiro dia de operação do BRT. O condutor elogiou o sistema, mas apontou locais que precisam de maior atenção das autoridades de trânsito.
Ademar Lopes aprovou ônibus, mas precisou redobrar atenção a dirigir / Foto: Estado de Minas
Ainda na São Gabriel, Ademar faz questão de contar o quanto está feliz. Pudera: deixou de ser um dos motoristas de uma linha convencional para guiar um veículo do novo sistema de transporte público. Ele próprio resume algumas diferenças: “Este tem ar-condicionado e é hidramático, ou seja, não carece de marchas. É mais confortável”. Outro benefício foi fugir do trânsito caótico da Avenida Cristiano Machado: a via tem uma pista exclusiva para o BRT.

Ademar faz questão de chamar atenção para o silêncio do motor do veículo. E explica como ele procede nas paradas: “Há uma faixa preta em cada estação. Tenho que ficar ao lado dela para que as portas do ônibus fiquem lado a lado com as das estações”. Durante a viagem, ele estaciona em 12 estações, incluindo as de partida e chegada. Foi logo depois da São Judas Tadeu, próximo à Avenida José Cândido da Silveira, que o motorista precisou estrear a buzina.

O motivo foi uma moça que atravessou a pista exclusiva do BRT sem olhar para as laterais. “Temos de ter cuidado, pois o pedestre ainda não se acostumou com o novo sistema, pois esse trecho estava em obra (até poucas semanas).” Na verdade, operários ainda trabalham no local. Ontem, por exemplo, alguns colocaram gradis às margens da avenida para forçar pedestres a usarem as passarelas.

Nem todas, porém, foram erguidas, como mostram algumas estruturas de aço debaixo do Viaduto Murilo Rubião, no Bairro Cidade Nova. Menos de dois quilômetros adiante, a pista exclusiva é cortada pela Rua Jacuí, uma das mais extensas da capital e onde o motorista precisou parar o veículo, embora a luz do semáforo estivesse na cor verde. “Muitos condutores fecham o cruzamento. É preciso ter um agente de trânsito aqui”, sugeriu.

A viagem começara 20 minutos antes. A passagem por debaixo da montanha representa o fim da pista exclusiva para o BRT. Depois do túnel, o 83P “disputa” com carros, motos e outros veículos espaço no complexo de viadutos da Lagoinha. Às 13h27, no elevado que termina na Avenida do Contorno com Rua Rio de Janeiro, uma retenção obrigou Ademar a pisar no freio novamente. Havia grande quantidade de veículos: “Acho que a prefeitura, na segunda-feira, irá colocar uns cones aqui para privilegiar o fluxo do BRT”. Já no Centro, ônibus voltou a parar em razão de um cruzamento fechado, na esquina da Santos Dumont com a São Paulo. Às 13h34 (27 minutos depois da partida), Ademar estacionou o coletivo na última estação. Despediu-se de alguns passageiros e cumprimentou os que embarcavam.

Dificuldades Como Ademar, outros motoristas elogiaram os ônibus mais modernos, mas relataram que uma das principais dificuldades no primeiro dia do BRT/Move foi entender a dinâmica da Estação São Gabriel. A falta de informações sobre entrada e saída na estação motivou, inclusive, um desarranjo na partida dos dois primeiros veículos, que deveriam ter saído da parte velha da estação, mas acabaram partindo pela área nova. 

Alheio à dinâmica pensada pela BHTrans para a primeira viagem da história do Move em BH, que deveria partir da parte velha da São Gabriel, Valdivino Rodrigues, 29, deixou a garagem da Viação Getúlio Vargas às 3h50 para fazer o itinerário das 4h20 da São Gabriel à Savassi. “Ninguém explicou como seria essa entrada na estação. Saí pela parte nova”, diz ele. No trajeto, só elogios. “Basta um pouco mais de prática que todos estarão muito bem”, avalia.

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