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Consulta da licitação do transporte em Aracaju recebe contribuições até dia 05

domingo, 7 de abril de 2024

Os interessados em participar da consulta pública online referente ao processo de concessão do serviço de transporte público da Grande Aracaju devem ficar atentos ao prazo, que finalizará na próxima sexta-feira, 5 de abril.

A consulta tem como objetivo receber contribuições da sociedade à proposta inicial do edital de licitação do transporte público, conforme cronograma definido pelo Consórcio Metropolitano, que é formado pelos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e o Governo do Estado.

O prefeito Edvaldo Nogueira destaca que todo o processo está sendo conduzido de forma democrática e transparente. “Por isso estamos convidando toda a população para participar e contribuir de maneira efetiva com a elaboração da versão final do documento, opinando, tirando dúvidas e apresentando sugestões. A nossa ideia é que, juntos, possamos alcançar o sistema de transporte público que os cidadãos merecem. O acesso é muito fácil: você entra no site da Prefeitura, clica no banner e faz sua parte nesse processo, que será histórico para a nossa mobilidade urbana”, afirma o gestor da capital.

Paralelamente a essa etapa de consulta à sociedade,  o prefeito Edvaldo Nogueira, de modo a ampliar a transparência do processo, entregou a proposta inicial do edital de licitação do transporte público a órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE), Câmara Municipal de Aracaju, Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE) e também ao Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), “tudo para garantir ainda mais a lisura do processo”, ressalta Edvaldo.

Conforme explica o diretor-executivo do Consórcio Metropolitano e superintendente municipal de Transportes e Trânsito de Aracaju, Renato Telles, por meio dessa consulta pública a população pode enviar contribuições, questionamentos e sugestões, os quais serão analisados pelo consórcio em conjunto com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

O gestor da SMTT explica ainda que uma nova reunião do Consórcio está prevista para o dia 15 de abril, oportunidade em que será apresentado o balanço das contribuições aos prefeitos dos quatro municípios e ao governador do Estado, além de discutir as alterações no edital. De acordo com o cronograma, no dia 22, o edital deve ser publicado para ampla concorrência das empresas de todo o Brasil interessadas.

“O site disponibiliza os dados para consulta pública com todas as informações para o processo licitatório do edital, os anexos para ampla transparência da população em geral, das empresas, para que os estudiosos possam se apropriar dessas informações, mandar sugestões, críticas, comentários dos documentos que estão disponibilizados”, detalha Renato Telles.

Em uma reunião realizada no dia 19 de março, o Consórcio Metropolitano do Transporte Coletivo definiu os parâmetros para a licitação, incluindo requisitos de tempo para renovação da frota e a divisão por lotes.

Entre as medidas já adotadas pelo Consórcio estão o congelamento da tarifa e a concessão de um subsídio pela prefeitura da capital para o transporte público da região metropolitana, que atende diariamente 170 mil usuários, totalizando 3,5 milhões de passageiros ao mês.

Fonte: Prefeitura de Aracaju  

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Carris é vendida para empresa de Viamão por R$ 109,9 milhões

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Na tarde desta segunda-feira (2), a Prefeitura de Porto Alegre realizou o leilão de privatização da Carris, no auditório da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP). O lance ganhador foi de R$ 109.951.500,00 da Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda, que já opera linhas na região Metropolitana da Capital.

O leilão tinha como valor mínimo R$ 109,8 milhões e inclui a venda de todas as ações e o patrimônio, como ônibus e terrenos, e a concessão, por 20 anos, de 20 linhas operadas pela companhia, o que representa 22% do sistema de transporte coletivo da Capital. O primeiro lance da vencedora foi de R$ 2 mil a mais do que o mínimo, que aumentou após pedido da Prefeitura na negociação verbal.

Para o prefeito Sebastião Melo, (MDB), a privatização pode melhorar o sistema de transporte público. “Essa desestatização significa qualificar o serviço, porque você tá diminuindo o custo, isso influi na passagem, nova frota”, disse. Ainda, sobre o interesse de somente duas empresas, Melo relatou que não ficou surpreso. “O sistema de transporte público faliu antes da pandemia e se escancarou na pandemia. Se lá atrás pode ter sido lucrativo, hoje é bastante complicado. Hoje me parece que não é um mercado tão atrativo. Gostaria que tivesse mais empresas, mas R$ 110 milhões é uma expectativa maior do que o próprio edital para esse processo”, afirmou.

A titular da Secretaria Municipal de Parcerias, Ana Pellini, concordou com a avaliação do prefeito, e considerou o processo bem sucedido. “R$ 110 milhões por uma empresa que tem déficit há 10 anos, que tem problema com uma folha inchada, é um ótimo resultado, se pensar que não teve ação judicial, nenhuma liminar, não teve cautelar do Tribunal de Contas, não teve nada”, disse.

A empresa vencedora foi fundada em 1953 e tem uma frota atual de 290 ônibus ativos que operam linhas metropolitanas, entre Viamão e Porto Alegre, e linhas urbanas dentro de Viamão, além de atuar também em Alvorada. Segundo Otávio Marco Antônio Bortoncello, diretor da empresa, a companhia de Porto Alegre seguirá se chamando Carris e, após a incorporação, estima-se que a frota total da empresa será de 550 veículos. Conforme o edital, cerca de 60 ônibus precisarão ser adquiridos até o final do primeiro ano de atuação.

“O transporte está no DNA da nossa empresa, essa paixão nos promoveu a investir muito mais. Obviamente, se fosse olhar só o investimento, hoje em dia é mais fácil aplicar no mercado financeiro do que empreender. Então às vezes tem que ser um pouco arrojado e aceitar esse desafio, realmente é um grande desafio”, afirmou Darci Norte Rebelo Jr, assessor jurídico da Viamão.

A Viação Mimo Ltda., de Sorocaba (SP), também participou do certame, porém não apresentou garantia de um dos itens do edital e foi desclassificada. Como a Comissão Especial de Contratação da Prefeitura tem 15 dias para a análise da documentação habilitatória da primeira colocada, ainda cabe recurso contra a desclassificação.

Se as exigências forem aprovadas e após serem vencidas todas as etapas de eventuais recursos, a empresa será declarada vencedora em publicação feita no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). Os contratos de venda das ações e de concessão dos serviços devem ser assinados até o primeiro trimestre do próximo ano, após a realização de todas as etapas previstas no edital.

Entre as razões apresentadas pela Prefeitura para a privatização da empresa, estão o alto custo de operação da companhia e a necessidade de investimentos para qualificar o serviço, como a compra de novos ônibus. Contudo, os críticos da privatização vão lembrar que ela chegou a ser uma das melhores empresas de transporte do País, sendo considerada a melhor empresa de transporte coletivo do Brasil, em premiação concedida pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), nos anos de 1999 e 2001. Para os críticos, a queda seria consequência do modelo de gestão adotado pela Prefeitura nas últimas décadas.

Fundada em 1872, como Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense, a empresa começou a operar uma linha de bonde entre o Centro e o bairro Menino Deus, ainda puxado a mulas. Em 1908, coloca em circulação o primeiro bonde elétrico da cidade. Em 1953, em razão da precarização do serviço e da gestão da americana Bond & Share houve a encapação da empresa.

As mais conhecidas da Carris, as linhas Ts, transversais, começam a circular em 1976, no período de implantação de corredores de ônibus da Capital. Às linhas Ts, de 1 a 4, soma-se no ano seguinte a Campus Ipiranga, que liga o Centro ao Campus do Vale da UFRGS, recém inaugurado. Durante os governos da Frente Popular, ocorre a expansão das linhas, de 5 a 10, a criação da T1 Direta e da Linha Turismo. Em 2006, é criada a T11 e, em 2016, a linha T12.

Informações: Sul 21

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BRT Sorocaba colabora para a redução de carros e motos nas ruas nos últimos 3 anos

domingo, 24 de setembro de 2023

No Dia Mundial Sem Carro (22/9), a concessionária BRT Sorocaba destaca o potencial transformador do ônibus para a dinâmica dos centros urbanos.  Cada ônibus que circula é responsável pela retirada de muitos automóveis e motos do trânsito, possibilitando que haja menos congestionamento e poluição atmosférica e sonora. Em breve, com a ativação do Corredor Estrutural Oeste, mais 47 novos veículos se juntarão aos 77 carros em operação, somando 124 ônibus.
Realizar deslocamentos com transporte coletivo é contribuir para uma cidade mais sustentável, o que favorece para um ar mais limpo, tráfego fluindo melhor para todos e ainda tem a economia. Quem anda de ônibus não precisa se preocupar com estacionamento, manutenção de carro e combustível. O ônibus é um facilitador para a mobilidade urbana e só traz benefícios.

Em média, um carro movido a gasolina emite de 2 a 5 kg de dióxido de carbono a cada 20 km rodados. De acordo com pesquisas da Universidade de São Paulo (USP), os veículos são responsáveis com 60% da emissão de poluentes em grandes cidades.

“Precisamos olhar com atenção para os ganhos gerados pelo uso do ônibus. A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) afirma que um único ônibus pode substituir pelo menos 40 carros. Ou seja, quanto mais transportamos, menor será o volume no trânsito e seus impactos. Além disso, nossos veículos possuem redutor de poluentes e ruídos. A nossa missão de transportar é uma tarefa essencial para a dinâmica do município”, explica Renato Andere, presidente da BRT Sorocaba.

Um transporte eficiente e atrativo possui um papel estratégico para o desenvolvimento das cidades e, neste quesito, o BRT Sorocaba se tornou um sistema diferenciado.

Outra vantagem gerada pelo ônibus é a rapidez nos deslocamentos. Pouca gente sabe, mas no quesito pontualidade e tempo de viagem o BRT Sorocaba tem uma performance diferenciada, alcançando nos últimos 12 meses, o indicador de 99,98% no cumprimento de viagens.

Operação com rapidez e previsibilidade

Para obter essa nota, a empresa possui uma equipe sincronizada e a prática de aperfeiçoamento contínuo para promover o melhor do transporte. Essa é uma operação altamente monitorada pela empresa, pelo órgão gestor da cidade, e também, por uma verificadora que avalia diariamente a qualidade dos serviços prestados à população.

Para analisar a qualidade geral dos serviços são levados em consideração desde o cumprimento de viagens, a conservação da frota, equipamentos, instalações, limpeza até segurança.  Cada área da operação possui um conjunto de itens que são classificados para a obtenção da nota. A soma dos mesmos gera uma média, e assim, se alcança a marca final. 

“Ao atingir essa nota, confirma que o nosso trabalho tem sido realizado com excelência e muita sinergia entre as equipes. Nosso compromisso é realizar deslocamentos mais rápidos, com conforto e segurança, e em um menor tempo. É uma satisfação promover um serviço de qualidade e saber que estamos cooperando para uma cidade mais sustentável, com menos carros nas ruas e mais passageiros circulando de ônibus”, finaliza Andere.

No quesito operação, que engloba cumprimento das viagens, frequência, quebras de ônibus e intercorrências, a empresa bateu a nota máxima de 10 nos últimos meses. É importante esclarecer que essa nota é dada pela verificadora designada pelo município e que acompanha os serviços.

Informações: Prefeitura de Sorocaba
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Dia Mundial Sem Carro: Mobilidade urbana e sustentabilidade caminham lado a lado

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Todo 22 de setembro é celebrado o Dia Mundial Sem Carro, uma data emblemática que surgiu na Europa e, no início dos anos 2000, chegou ao Brasil – impulsionada principalmente pelos ativistas do meio ambiente e ciclistas.  

Essa data se torna importante quando avaliamos a frota de automóveis nacional. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em junho deste ano, quase 50% dos domicílios no Brasil contam com um automóvel e 25% têm moto. Número expressivo que mostra quanto precisamos avançar na mobilidade no Brasil e trazer discussões importantes sobre o tema. 

E no Dia Mundial Sem Carro somos convidados a pensar sobre o assunto, deixar esses automóveis na garagem e apostar nos ônibus, metrôs, bicicletas e outras formas de locomoção que sejam menos ou zero poluentes. Mas além do fator sustentabilidade, a data chama atenção para as necessidades do aprimoramento da mobilidade urbana nas cidades brasileiras para que essa prática não se torne ação de um dia isolado durante o ano, mas sim recorrente na realização das atividades diárias.  

Outros dados reforçam a preocupação sobre o assunto. Segundo levantamento divulgado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), em publicação de 2022, com propostas para um transporte público de qualidade, com apoio de outras entidades do setor, um ônibus polui 8 vezes menos que um carro por passageiro transportado. Além disso, um ônibus comum leva o mesmo número de passageiros que 40 carros e usa apenas 5% do espaço na via – ocupando 50 m², enquanto 40 carros ocupam 840 m². E por fim, o ônibus é o meio de transporte mais seguro que existe: 35% das vítimas fatais no trânsito estavam em motos, somente 2% estavam em ônibus, incluindo rodoviários.  

Os gestores públicos, principalmente, devem investir para oferecer à população melhorias que façam as pessoas circularem melhor nas cidades, usando a tecnologia a seu favor para tornar o transporte coletivo mais eficiente. Tem crescido, por exemplo, as discussões sobre implantação de veículos elétricos, tanto na esfera pública quanto privada. Os motores elétricos, diferentemente daqueles a combustão, não emitem gases de efeito estufa, sendo totalmente sustentáveis.  

Além disso, de acordo com estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o uso da energia elétrica no transporte coletivo proporcionaria uma redução de 73% nos custos por quilômetro rodado, em comparação ao diesel, saindo de R$ 3,10 para R$ 0,84. Atualmente, o combustível corresponde a um terço dos custos operacionais totais das empresas de ônibus. Vale ressaltar, porém, que é necessário um bom planejamento e alocação de recursos, já que eletrificar uma frota exige maiores investimentos.  

No mundo, lugares como Zurique, na Suíça, são exemplos a serem seguidos. A maior cidade daquele país incentiva os deslocamentos a pé, de bicicleta e conta com um grande investimento no transporte público, que vai desde diversificação dos meios de locomoção e grande disponibilidade de linhas, até a substituição gradual das frotas por veículos elétricos e uso da tecnologia para monitoramento das vias e veículos. 

Outro exemplo de tecnologia eficiente para melhoria da qualidade no transporte e otimização do tempo, que pode ser facilmente seguido em mais localidades no Brasil, é a digitalização dos serviços. O KIM vem auxiliando diversas cidades pelo país a implantarem funcionalidades como o pagamento dos bilhetes pelo aplicativo e mapas que ajudam na locomoção dentro das cidades. Essas facilidades aprimoram, inclusive, a segurança e a previsibilidade no transporte público.  

Ao implementar processos que viabilizem o acesso aos espaços das cidades, aliando-os com a preservação do meio ambiente, a população passa a ter mais qualidade de vida. Investir na mobilidade é um dos melhores caminhos para alcançar um futuro mais sustentável para o planeta. E estamos todos juntos nessa ambição! 

Informações: Iccom 
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Pelo terceiro ano, BRT Sorocaba mantém satisfação do passageiro acima de 80% sobre a rapidez nas viagens

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Os resultados da terceira edição da Pesquisa Sensor confirmam que o sistema BRT Sorocaba mantém indicadores positivos sobre a qualidade dos serviços de transporte e a experiência do passageiro. O tempo de viagem, que é algo muito importante para quem usa o transporte coletivo, obteve avaliação de 82,32% como ótimo/bom. Hoje o BRT, opera em 11 linhas e realiza 1.468 viagens por dia.

Encomendada pela Concessionária BRT Sorocaba e realizada pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) em parceria com o Cittamobi, a pesquisa mensurou a opinião dos sorocabanos em quesitos de segurança, rapidez, conforto, melhoria nos deslocamentos e visão geral da operação. 

Para participar da pesquisa, o passageiro foi convidado a dar sua opinião respondendo uma enquete eletrônica que podia ser acessada via aplicativo Cittamobi (plataforma que concentra a base de dados de passageiros da cidade) ou por QR Code disponível em cartazes nos terminais, estações, pontos de parada e nos ônibus do BRT.

Quando questionados sobre a segurança do sistema, 87,24% avaliaram como ótimo/bom. Esse número segue alinhado aos anos de 2022 e 2021 que também obtiveram valores acima de 86% e confirmam a importância da segurança para que o passageiro utilize cada vez mais o transporte coletivo.  

“Quem utiliza o ônibus deseja ter deslocamentos rápidos, seguros e com previsibilidade. Esses são critérios fundamentais de um sistema BRT e trabalhamos para que eles sejam cumpridos ao máximo possível. Ter o retorno do passageiro é como se fosse um termômetro para avaliarmos que os esforços realizados geram benefícios. O nosso objetivo é servir com qualidade e ter o passageiro sempre conosco”, destaca Renato Andere, presidente da BRT Sorocaba.

No item conforto, 76,93% consideraram ótimo/bom. A população tem acesso a veículos superarticulados e padron com ar-condicionado, tomadas USB e internet gratuita. Essa foi uma das maiores transformações que aconteceram na estrutura local, e hoje, essa é uma realidade já integrada à rotina do sorocabano.

De acordo com Cláudio Frederico, vice-presidente da ANTP, os números gerais do BRT são muito positivos e a experiência do passageiro é satisfatória. ”A opinião dos pesquisados revela o quanto o sistema tem conseguido executar um serviço de qualidade e que atende à demanda. Pela experiência que temos, notamos que a partir de agora, o BRT entra na fase de maturidade. Isso significa que muitas coisas que eram uma novidade se tornam normais para o passageiro. Um exemplo, é o percentual sobre o conforto. O passageiro já está acostumado com ônibus novos e tecnológicos. Isso já faz parte do dia-a-dia”, explica.

Para o tempo de espera, 65,46% avaliaram como ótimo/bom. E, sobre a melhoria dos deslocamentos, 67,27% afirmaram como ótimo/bom.  Ou seja, com a chegada do sistema BRT, a população consegue perceber ganhos quando precisa se movimentar pela cidade.

Na avaliação geral, 71,36% disseram que o sistema é ótimo/bom. Os impactos positivos da mobilidade quando um sistema funciona é confirmado pela opinião de quem usa.

Utilizando o aplicativo Cittamobi, os passageiros foram convidados para avaliar o sistema BRT Sorocaba respondendo perguntas de forma rápida e muito prática. Com apenas um clique, o passageiro acessava a Enquete Sensor e contribuía com a sua opinião.

A mostra final teve mais de 700 questionários que foram preenchidos durante o mês de maio. Do total de participantes, 51,02% eram mulheres e 48,57% homens. Sendo que, a maioria deles, estavam na faixa etária de 18 a 59 anos. Para se ter uma ideia, 54,99% tinham de 18 a 39 anos e 34,70% entre 40 e 59 anos.

Após a coleta de dados, a ANTP analisou os números e validou as respostas. Deste modo, chegando ao resultado final da edição 2023.

“A abordagem ao passageiro via aplicativo é uma ferramenta muito segura e que facilita para que a empresa consiga saber o que está agradando ou não. A partir dos dados coletados é possível estabelecer iniciativas de melhoria sempre pensando no passageiro”, finaliza Emanuele Cassimiro, diretora de produtos do Cittamobi.

A ANTP estima que a mostra coletada pode representar uma população total de 100 mil passageiros. O que permite dizer que o grau de confiança é de 95% e uma margem de erro menor que 4%.

Informações: SECOM
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Cobrar estacionamento em vagas públicas pode gerar R$ 35,3 bilhões por ano para investimento em mobilidade urbana, diz ANTP

terça-feira, 27 de junho de 2023

Grande parte dos investimentos em deslocamento tem sido destinada para os automóveis, que acabam ocupando mais espaços públicos quando estão estacionados nas vias. Além desse privilégio de uso, os carros acabam por dificultar a circulação de outros meios de transporte, de pedestres e de veículos de atendimento público, como ambulâncias e caminhões de coleta de lixo, por exemplo.

Segundo a pesquisa Origem-Destino de 2017, só na Região Metropolitana de São Paulo um total de 1,5 milhão de automóveis são estacionados gratuitamente nas ruas em dias úteis. Pesquisas feitas em outras cidades apontam grande número de veículos que utilizam esse espaço público como estacionamento, um espaço que custa caro para ser construído e mantido pelo dinheiro de todos, mas que privilegia apenas a quem faz dele ponto de parada para seu automóvel, sem pagar nada por isso.

Estudo publicado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o Caderno Técnico 28, mostra que se houvesse cobrança pela utilização de vias urbanas como estacionamento, em todo o país, o valor arrecadado poderia chegar a R$ 160 milhões por dia, ou R$ 35,3 bilhões por ano, considerando 220 dias úteis.

Ao atualizar os valores mensurados dos recursos desse “subsídio oculto” de estacionamento de veículos no meio-fio, os números chegam a R$ 14,5 bilhões por ano, somente na Região Metropolitana de São Paulo, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro de 2023.

“Nos ambientes urbanos, os automóveis pouco pagam pela infraestrutura que consomem e não são cobrados pelas externalidades negativas que produzem (congestionamentos, acidentes e poluição). Está na hora de virar esse jogo”, diz Helcio Raymundo, um dos autores do estudo da ANTP.

O estudo analisa a possibilidade de cobrança e como a verba pode ser investida em outras modalidades de transporte. Para o estudo foram utilizadas informações de 533 munícipios com mais de 60 mil habitantes, levando em conta dados de 2014.

Os valores obtidos com as cobranças poderiam ser empregados em ações para melhorar, por exemplo, as condições de conforto e segurança de pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. Entre estas ações, o estudo considera a criação de ciclovias, renovação de calçadas e a prioridade para os ônibus no tráfego geral, reduzindo o tempo de viagem dos passageiros.

Informações: ANTP
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Reforma tributária poderá impactar custos do setor de transporte público por ônibus em até 20%

sábado, 15 de abril de 2023

Em audiência pública para ouvir o setor de transportes e de serviços, realizada esta semana, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) reforçou a importância do transporte público coletivo urbano no país, definido pela Constituição Federal como direito social e serviço público de caráter essencial. Na ocasião, a Associação defendeu tratamento tributário diferenciado para o setor e alertou para o risco de aumento dos custos do serviço. Os atributos do transporte público coletivo urbano também foram realçados pela Associação, ao destacar que o ônibus urbano atende, em média, 40 milhões de viagens diárias e é utilizado, principalmente, pela camada mais necessitada da população brasileira.

O diretor de Gestão da NTU, Marcos Bicalho, informou que, historicamente, o impacto dos tributos no setor era da ordem de 32,3%, incidindo sobre as empresas, a atividade, os veículos, insumos veiculares e sobre a folha de pagamentos. A partir de 2013 o setor experimentou uma desoneração muito significativa na sua carga tributária, em função das manifestações sociais contra o reajuste das tarifas do transporte público.

Além disso, ele apresentou estudo realizado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), considerando cinco cidades brasileiras, para mostrar que o impacto da atual reforma tributária sobre o transporte público urbano recairá sobre as empresas prestadoras do serviço. O peso seria entre 18,25% e 20,52%, conforme revelou na apresentação.

O diretor explicou que o estudo levou em conta a alíquota de 25%, divulgada pela mídia como possível alíquota única da PEC 45/2019, em discussão pelo GT da reforma tributária. "O resultado desse estudo é muito impactante, porque ele mostra que para as cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro, o peso final recai sobre o concessionário do serviço e pode ser de até 20,52% nessas cidades", destacou e acrescentou que a folha de pagamentos contribui com até 12% desse total. Marcos Bicalho também fez questão de explicar que o levantamento feito pela ANTP, a pedido da NTU, teve como base a avaliação de planilhas de custos oficiais adotadas pelas cidades pesquisadas.

Ele ainda fez uma avaliação do quanto a desoneração tributária tem sido relevante para o setor, que desde 1999 já era beneficiado com o valor zerado do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para aquisição dos veículos. Citou ainda, desonerações ocorridas em outros impostos do setor, como as do PIS/COFINS, ISS e do ICMS sobre o diesel, combustível utilizado por praticamente toda a frota brasileira de ônibus coletivo urbano, estimada em 107 mil veículos.

Diesel

O risco de aumento nos custos dos combustíveis, com a atual proposta de reforma tributária, foi outra preocupação do setor de transportes, bastante comentada pelas entidades que representam outros modais. No caso da NTU, ainda durante a exposição, Bicalho esclareceu que o gasto com mão de obra (pessoal) hoje, é o grande custo do setor (44%) e que o segundo recai sobre os combustíveis e lubrificantes (33%). "São dois grandes custos do setor e aí reside nosso receio de sermos impactados por essa reforma, de uma forma bastante negativa", frisou.

Marcos Bicalho também lembrou que o setor tem consciência de que é um repassador de custos, referindo-se aos passageiros, que seriam diretamente afetados com aumentos de tarifas. "Agradeço a oportunidade de estar debatendo com esse Grupo de Trabalho que assim como nós, também se preocupa com o consumidor, especialmente no nosso caso, em que a maior parte daqueles que utilizam o coletivo urbano é constituída pelo passageiro de baixa renda", afirmou.

A mesma apreensão foi trazida por Alessandra Brandão, consultora tributária da CNT (Confederação Nacional do Transporte). "A tributação do setor de transportes é baseada no consumo", alertou e citou como exemplo o ônibus coletivo urbano. Informou que a CNT é favorável à qualquer reforma que crie um ambiente de negócios, mas destacou que qualquer aumento no valor dos produtos comercializados pelo setor, como os combustíveis, por exemplo, será repassado ao quem utiliza os serviços. "Se a tributação do transporte público aumenta, o preço das passagens vai subir e o mesmo acontecerá, caso haja aumento no valor do frete", alertou e entregou ao GT um documento com 10 pilares que a CNT aponta como fundamentais para a reforma tributária do setor de transportes.

Quanto ao setor de transportes, o relator da atual proposta de reforma tributária, deputado Aguinaldo Riberito (PP-PB), minimizou a preocupação com o aumento de tributação e eventual repasse de custos aos consumidores. "Vivi o período de desoneração de folhas de pagamentos e nosso desafio é construirmos juntos um sistema tributário que seja justo", informou e assegurou que tudo que foi exposto pelos representantes dos setores de transporte e de serviços será levado em consideração e prometeu apresentar um novo texto contendo as principais observações levantadas na audiência.

Na mesma linha, o deputado Jonas Donizette (PSB-SP), integrante do GT da reforma tributária, ex-prefeito de Campinas e também ex-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), afirmou que tem total conhecimento da situação do setor de transporte público. "Não tenham dúvidas de que nós sabemos da importância do setor de transportes. Vamos fazer contas para que não haja aumento da carga tributária e para que o consumidor não pague a conta dessa reforma", assegurou.

Também participaram da audiência representantes do setor de serviços, como Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS); Fernando Garcia de Freitas, assessor CNS; Letícia Pimentel, representante da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear); Fábio Barros, vice-presidente da Azul Linhas Aéreas; Tácio Lacerda Gama, presidente do Instituto de Aplicação do Tributo, especialista em direito tributarista e outros convidados.

Informações: NTU
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Integração metropolitana é tema do 8º Fórum Paranaense de Mobilidade Urbana

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Integração metropolitana, eletromobilidade, marco regulatório e financiamentos na área de mobilidade serão os principais temas do 8º Fórum Paranaense de Mobilidade Urbana, que acontece nos dias 1 e 2 de março, no Salão de Atos do Parque Barigui. 

O evento promovido pela Urbanização de Curitiba (Urbs) e Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) deve reunir cerca de 100 pessoas, entre especialistas nacionais e internacionais e representantes do governo federal, de estados e municípios, além de bancos e agências de financiamento. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui.

“O Fórum discutirá o futuro do transporte nas cidades, com a integração metropolitana e seus desafios; o uso de combustíveis renováveis e também as formas de financiamento do setor. É uma oportunidade para que experiências sejam compartilhadas e sejam debatidos temas importantes para a mobilidade urbana”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs. 
O Fórum será uma espécie de preparação para as discussões sobre mobilidade no âmbito do Tomorrow.Mobility, maior evento de mobilidade urbana do mundo, que vai compor a programação do Smart City Expo Curitiba, de 22 a 24 de março, no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui. 

Na manhã do primeiro dia do Fórum, os debates se concentrarão em integração metropolitana, com referências de modelos e experiências bem-sucedidos em arranjos metropolitanos e governança.

Além da participação do prefeito Rafael Greca e do secretário estadual de cidades, Eduardo Pimentel, já estão confirmadas as presenças do professor doutor Eric Miller, da Universidade de Toronto; Sérgio Avelleda, da consultoria Urucaia e ex-secretário de Mobilidade e Transporte da cidade de São Paulo; e Tarcísio Abreu, presidente CMTC metropolitana de Goiânia. 

Marco de mobilidade
No período da tarde, eletromobilidade no Brasil e combustíveis renováveis; o novo marco de mobilidade e gestão de dados e tecnologias vão dominar as discussões nos painéis.

No segundo dia, os temas centrais serão financiamento da mobilidade urbana, auxílio para gratuidade dos idosos e o papel do investimento privado nos projetos de mobilidade.

Entre outras presenças confirmadas estão Ana Beatriz Monteiro, especialista líder em transporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Cristina Albuquerque, gerente de mobilidade urbana do WRI; Carolina Cavalcanti, diretora de regulação de mobilidade urbana do Ministério das Cidades; e Thadeu Abicalil, executivo sênior do escritório regional Américas do New Development Bank (NDB).

Informações: Urbs
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Salvador terá maior terminal de recarga de ônibus elétricos do país

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

As obras do primeiro terminal de recarga para ônibus elétricos em Salvador devem ser iniciadas em até 15 dias. Foi o que estimou o secretário municipal de mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, durante o 113º Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, realizado na manhã dessa segunda-feira (21), no Wish Hotel da Bahia, no bairro do Campo Grande. O prefeito Bruno Reis esteve presente no evento.

A capital será a primeira do Nordeste a implantar um terminal de eletrocarga, cuja capacidade será até 40 veículos por vez. “Será a maior estrutura de recarga, hoje, em área pública do país”, afirmou Muller, que também é vice-presidente geral do Fórum. O terminal ficará ao lado da estação do BRT Rodoviária. Por enquanto, Salvador conta com quatro ônibus elétricos, que integram o BRT, e mais quatro devem chegar à cidade até o fim do ano. “A gente gostaria que já estivesse em obra, mas, em razão da licitação, se atrasou um pouco”, disse o titular da Semob, que antecipou que ainda haverá outros terminais. “Deveremos ter outras estações quando tivermos toda a rede integrada rodando. Claro, que de forma gradativa, mas é algo que a gente já vem trabalhando”, explicou ele.

A transição para a eletromobilidade — uso de veículos movidos por eletricidade — e modelos de financiamento estiveram no centro das discussões no fórum, promovido em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e responsável por abrir uma série de eventos nacionais voltados à mobilidade urbana. “O sistema de transporte público, como é sabido, está saindo ainda de uma das maiores crises de sua história, e a gente, aqui, utiliza esse fórum como troca de experiências e conhecimentos de boas práticas”, declarou Muller.
Ainda no fórum, houve apresentações de autoridades de outros estados, como Sergipe, São Paulo, Goiás e Paraná, e de representantes de instituições parceiras da prefeitura de Salvador reconhecidas internacionalmente na área de mobilidade urbana, como a Tumi, a WRI e a GIZ. Também foram abordadas a gratuidade para idosos, a regulamentação dos aplicativos de transporte de passageiros e a proposta do projeto de lei para criação do Marco Legal do Transporte Público.

Em paralelo ao encontro, aconteceu o Tumi Day, promovido pela já citada Iniciativa de Mobilidade Urbana Transformativa (Tumi), com representantes de cinco cidades brasileiras — entre elas, a própria Salvador — escolhidas pela iniciativa para receber apoio técnico na implantação de ônibus elétricos na operação de transporte. Fabrizzio Muller acredita que o advento do BRT represente a chegada de uma nova cultura. “É tentar buscar os serviços que estão prestados no BRT para o resto da cidade”, almeja.

Já nestas terça (22) e quarta-feira (23), acontecem as reuniões do grupo Qualionibus, durante as quais municípios e entidades se reúnem para discutir diversas temáticas a respeito do transporte coletivo, como combate ao assédio sexual, financiamento e mobilidade. O grupo fará também uma visita técnica ao BRT, em que poderá conhecer o local onde será implantado o Eletroterminal de Salvador, além de visitar o Centro de Controle Operacional (CCO) do modal, considerado um dos mais modernos do país.( Correio)

Por Marina Silva
Informações: CORREIO
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Bruno Reis: “É inviável custear o transporte público nesse país”

O prefeito Bruno Reis (UB) disse, durante a abertura da 113ª edição do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade, que considera “inviável custear o transporte público nesse país”. Segundo o gestor, “é preciso achar novos caminhos para subsidiar o sistema, resolver entraves com maquinário, pessoal e demais responsabilidades, como achar novas fontes de financiamento, buscar redução de impostos, dentre outras necessidades”.

Ao lado do secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, Bruno Reis apontou ainda para a importância da realização do fórum em Salvador, principalmente neste momento em que a mobilidade urbana e o transporte público representam os maiores desafios de uma cidade. O prefeito contou que, ao assumir a gestão, o sistema de transporte na capital baiana estava sob interdição.

“Isso se deveu à divisão desigual de receita, à implementação de novos modais e à pandemia que reduziu bastante o número de passageiros. Então, foi preciso assumir a gestão de parte do sistema, comprar combustível, cuidar da manutenção dos veículos e administração do sistema ao mesmo tempo”, disse Reis.

O encontro tem o objetivo de apresentar soluções e discutir os principais entraves para a mobilidade urbana no país, e reúne secretários de todos os estados da Federação. O evento contou ainda com as participações de Renato Telles, presidente do Fórum Nacional de Mobilidade Urbana (FMNU) e Ailton Brasiliense, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

Informações: Politica Ao Vivo
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Salvador será sede de encontro nacional sobre mobilidade urbana

domingo, 20 de novembro de 2022

A capital baiana irá sediar, na próxima semana, uma série de eventos de âmbito nacional na área de Mobilidade Urbana. A abertura ocorrerá durante a 113ª Edição do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, a ser realizada na próxima segunda-feira (21), no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande. O encontro, promovido pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), vai reunir gestores e técnicos da área de todo o país, com o objetivo de trocar experiências e buscar novas soluções para a mobilidade nos centros urbanos. 

O evento terá a participação do secretário de mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, além dos gestores de mobilidade de diversas cidades brasileiras. Muller, que também é vice-presidente geral do Fórum, irá apresentar as ações realizadas em Salvador para melhoria da mobilidade urbana, com destaque especial para a aquisição de ônibus elétricos para a operação do BRT. Salvador também será a primeira capital do nordeste a implantar um terminal de eletrocarga, com capacidade para carregar até 40 veículos por vez, o maior do Brasil. 

O evento terá ainda apresentações de autoridades de outros estados como Sergipe, São Paulo, Goiás e Paraná, e de representantes de instituições parceiras reconhecidas internacionalmente na área de mobilidade urbana, como a WRI, TUMI e GIZ. Entre os temas que serão discutidos durante o Fórum estão a gratuidade para idosos, a regulamentação dos aplicativos de transporte de passageiros, e a proposta do projeto de lei para criação do Marco Legal do Transporte Público. 
“O Fórum será a abertura de um grande encontro de mobilidade, que reunirá técnicos de diversos setores buscando fomentar, cada vez mais, a melhoria da mobilidade urbana em todo país através da troca de conhecimento”, pontua o secretário da Semob, Fabrizzio Muller. “É Salvador confirmando seu protagonismo tanto na temática da mobilidade urbana, como também na recém-chegada eletromobilidade, que assegura, mais uma vez, o compromisso da cidade com a redução de emissões de gases e cumprimento de suas metas definidas ao longo dos últimos anos”, complementa. 

Reuniões técnicas – Além do Fórum Nacional de Mobilidade, outras reuniões serão realizadas com as equipes técnicas da área. Em paralelo ao Fórum, também na próxima segunda-feira (21), acontece o TUMI Day. O evento será realizado pela Iniciativa de Mobilidade Urbana Transformativa (TUMI), e reunirá representantes das cinco cidades brasileiras escolhidas pela iniciativa para receber apoio técnico para a implantação de ônibus elétricos na operação de transporte. 

Durante o encontro, temas como modelos de negócios, financiamentos, estruturas necessárias e metas de sustentabilidade serão apresentadas e debatidas por técnicos da área de mobilidade. Já na terça e quarta-feira (22 e 23) acontecem as reuniões do grupo Qualionibus, nas quais várias cidades e entidades que se reúnem para discutir diversas temáticas a respeito do transporte coletivo, tais como combate ao assédio sexual, financiamento, mobilidade e gênero, entre outros. O grupo fará também uma visita técnica ao BRT, onde poderá conhecer o local onde será implantado o Eletroterminal de Salvador, além de visitar o Centro de Controle Operacional (CCO) do BRT, um dos mais modernos do país.

Informações: Governo da Bahia
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BRT Sorocaba ajuda na redução de mais de 8 mil carros no trânsito

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Quanto mais a população adotar o transporte coletivo no seu dia-a-dia, menor será o número de veículos motorizados -- carros e motos -- nas ruas e a emissão de poluentes. Nesta quinta-feira (22), Dia Mundial Sem Carro, a concessionária BRT Sorocaba reforça a importância da valorização do transporte coletivo para a sustentabilidade e qualidade de vida nas cidades.


Ao projetar que cada passageiro pode ter outras formas de se deslocar, a BRT estima que, por viagem, a frota de 77 ônibus ajude na redução da circulação de aproximadamente 8,4 mil veículos na cidade. Do total de ônibus na operação, 48 são do modelo padron, 21 superarticulados e 8 articulados. Sendo que, os superarticulados possuem uma capacidade de 170 passageiros, os articulados de 115 e os padron de 82.

Somando esses números, é possível estimar que o deslocamento realizado com ônibus favoreça a diminuição dos congestionamentos e da poluição. Isso porque, de acordo com dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), um único ônibus substitui pelo menos 40 carros, o que otimiza o uso do espaço urbano. Além disso, um ônibus comum polui oito vezes menos que um carro, por passageiro transportado.

Manoel Ferreira, diretor de operações da BRT Sorocaba, destaca que para ingressar no sistema BRT, o passageiro pode ir direto para os terminais, estações ou pontos de parada, mas também pode escolher mesclar o trajeto utilizando a bicicleta ou a pé. “Temos na cidade uma rede cicloviária com mais de 100 quilômetros e a população usa muito essa alternativa. Para alguns passageiros, a bicicleta complementa o primeiro ou último trecho dos deslocamentos. Nos terminais Vitória Régia e São Bento temos espaços exclusivos para que possam guardar a bike e seguir viagem de ônibus”, diz.
Ferreira explica que, o anseio dos passageiros é ter deslocamentos mais rápidos para que fiquem menos tempo no transporte e este é um dos principais objetivos do BRT. Assim, contribuindo para que a população chegue rapidamente ao seu destino e, consequentemente, tenha mais qualidade de vida.

Informações: Jornal Cruzeiro
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BRT Sorocaba trouxe tecnologia para o transporte coletivo e ajudou no desenvolvimento econômico da Zona Norte

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

No final de agosto, o sistema de transporte BRT Sorocaba completará dois anos de operação e sua ativação confirma como a mobilidade urbana favorece o progresso de uma cidade. De acordo com pesquisa recente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 78% dos sorocabanos afirmam que a chegada do BRT trouxe melhorias para os deslocamentos.

Diariamente mais de 53 mil passageiros são transportados da Zona Norte para diferentes pontos da cidade. Com a ativação dos corredores nas Avenidas Itavuvu e Ipanema e dos Terminais Vitória Régia e São Bento, houve um aumento na circulação de pessoas, com isso, gerou o crescimento do comércio e dos serviços na região.

Segundo informações da Associação Comercial de Sorocaba (ACSO), de 30% a 40% da economia da cidade está localizada na região norte e, somente na Avenida Itavuvu, estão concentrados 700 estabelecimentos comerciais.

Manoel Ferreira, diretor de operações da BRT Sorocaba, explica que agora as pessoas podem escolher ir ao Centro ou ficar na Zona Norte. “Percebemos que junto com a chegada do BRT vieram também novos comércios e a expansão de outros que já existiam. A facilidade para o deslocamento e a boa localização das estações auxilia o consumidor que também é passageiro a chegar mais rapidamente ao seu destino. Além disso, o passageiro faz uma viagem monitorada e nunca está sozinho, estamos acompanhando todo trajeto. Isso gera mais tranquilidade para o usuário”.

O sistema oferece um transporte mais confortável e seguro com veículos novos e mais modernos, todos com tomadas USB, wi-fi, monitoramento de câmeras, ar-condicionado e motores mais silenciosos. Ainda segundo a pesquisa ANTP, 89,9% dos entrevistados avaliaram o quesito conforto como ótimo/bom e 88,5% consideraram a segurança como ótimo/bom. Os resultados mostram a satisfação do passageiro com o sistema BRT Sorocaba.

Ferreira destaca ainda que o BRT gerou a inclusão social possibilitando a locomoção de pessoas com necessidades especiais, como cadeirantes e indivíduos com limitação visual, a partir da instalação de piso podotátil e rampas de acesso no entorno das estações, terminais e pontos de parada. “Essa é uma parcela da população que também é cidadã e que merece ser acolhida e respeitada. Para nós, é uma grande satisfação ter a possibilidade de servi-los”, diz.

Informações: Gazeta de Votorantim
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Passageiros abandonam o transporte coletivo em Santos

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Em 1939, os bondes em Santos transportavam 66 milhões de passageiros por ano, quando a Cidade tinha 165 mil habitantes. Hoje, passados 80 anos e com uma população quase três vezes maior, o número de cidadãos que circulam nos coletivos caiu 33%. No ano passado,45 mil pessoas utilizaram os ônibus na Cidade.

O cenário do transporte mudou de um século para o outro, com mais carros circulando – Santos é uma das cidades com maior número de veículos, com um carro para cada 2,98 santistas –, motos, opções de táxi, carros por aplicativo, bicicletas e patinetes. Mas congestionamentos cada vez mais constantes refletem que a opção pelo transporte individual segue o fluxo contrário da mobilidade urbana.

Para o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), Rogério Vilani, a principal causa da redução do número de passageiros dos coletivos e seletivos na Cidade está atrelada à crise e à falta de empregos. "O que dá mais consistência ao transporte público é o emprego formal, com o empregado recebendo do patrão o vale transporte”.

Para tentar reverter a situação, a Administração Municipal diz trabalhar para tornar o transporte público mais atraente à população, exigindo da empresa concessionária veículos novos, conforto e comodidade para os passageiros, e dá como exemplo os 95% da frota com ar-condicionado e wi-fi.

Reflexos nas tarifas

Andar de bonde nos anos 30 podia ser mais em conta. Um anúncio publicado em A Tribuna pela Companhia City, que administrava os veículos, dava como vantagem um percurso de "sete quilômetros e meio por um tostãozinho”. Um tostão equivalia a 100 réis e o salário-mínimo de 1940 era de 240 mil réis – ou 2.400 passagens de bonde.

Hoje, o mínimo é de R$ 998,00, equivalente a 232 passagens de ônibus a R$ 4,30 – a tarifa atual é dez vezes mais cara, proporcionalmente. Essa redução do número de passageiros pode deixar que o valor das passagens fique mais salgado, pois é a tarifa que custeia integralmente o serviço oferecido pelas concessionárias.

"A conta do transporte é como a de um condomínio. Se alguém deixa de pagar, fica mais pesada para quem está pagando. Esse é o grande desafio: equilibrar essa conta, garantindo modicidade para a tarifa pública”, afirma Vilani, que não vê viabilidade em um subsídio por parte do Poder Público, devido à falta de recursos. "O desafio é buscar soluções para poder otimizar frequência e oferta e ter um transporte sob medida para a demanda do usuário”.

Pesquisa mostra que o problema é nacional

Uma pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) deixa claro que o problema da redução do número de passageiros é nacional. Em todo o País, houve uma queda de 25%, atrelada à inflação, desemprego, falta de investimento em infraestrutura e incentivos para compra de carros.

Esses dois últimos itens fizeram com que a velocidade comercial média de circulação dos ônibus caísse de 25 quilômetros por hora para 13 quilômetros por hora e contribuíram para que as pessoas buscassem alternativas para deslocamento. "O caos está implantado. Senão se mudar essa lógica e criar condições de dar prioridade ao transporte público, será uma atividade em extinção para a iniciativa privada, que terá que ser assumida pelo Poder Público”, afirma o presidente da NTU, Otávio Cunha.

Proposta

A entidade, em conjunto com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Fórum Nacional de Secretários e a Frente Nacional de Prefeitos, apresentou em maio à Casa Civil da Presidência da República uma proposta para o transporte público e a mobilidade urbana.

Entre outras coisas, eles sugerem à União a implantação de 9 mil quilômetros de faixas seletivas para o BRT em 112 cidades com mais de 250 mil habitantes para recuperar a velocidade média dos ônibus e que as empresas invistam na melhoria da qualidade do serviço.

Para que essa melhoria não impacte no bolso dos passageiros, o documento recomenda que o Governo Federal arque com os custos da gratuidade das passagens de estudantes e idosos e implante outras fontes de recursos para o transporte público, como a criação de taxas para os carros. Com isso, Cunha acredita que seria possível reduzir a tarifa atual em 50%.

Procurada para saber sobre a análise dessa proposta, a Casa Civil da Presidência da República não respondeu até o fechamento desta edição.

Bicicleta, uma opção para o ônibus

A estudante universitária Marina de Barros Ackerman veio de São Paulo para Santos cursar faculdade. Se, na Capital, ela utilizava o transporte público com frequência, aqui ela resolveu apostar na bicicleta por conta da geografia plana da Cidade e da economia. "Vale a pena para o bolso e a vida estudantil me locomover de bicicleta e economizar o dinheiro da passagem para outras demandas. Uso bicicleta para estudar, ir ao estágio, passear e até fazer compras”.

Ela opta pela bike até nos dias chuvosos. "Quando eu tentava usar ônibus nos dias de chuva para não me molhar, acabava me atrasando muito, porque, quando chove, o trânsito para, não tem jeito”. A gerente de contas Naiara Barbosa também trocou o ônibus para ir ao trabalho por causa do tempo gasto no deslocamento.

"Quando eu andava de ônibus, tinha que sair mais cedo de casa. Só tinha uma opção de linha municipal e três intermunicipais, que eram mais caras. De bicicleta, economizo esse dinheiro e levo apenas dez minutos para conseguir chegar ao meu trabalho”.

Informações: A Tribuna


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