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Oito interessados entregam propostas para o projeto do Metrô de Porto Alegre

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sete empresas (entre as quais um grupo de empresas) e uma pessoa física interessadas em realizar o projeto do metrô de Porto Alegre apresentaram os documentos de qualificação e de intenção da nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) nesta segunda-feira, 18. Todos tiveram que entregar a documentação referente à habilitação jurídica, projeto funcional, modelo de negócio e plano de trabalho. O prefeito José Fortunati, o secretário estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, acompanharam a sessão pública realizada no escritório do MetrôPoa.

“O fato de termos sete empresas ou grupos e uma pessoa física interessados mostra o caráter democrático e transparente dessa PMI. E mais ainda: essa pluralidade mostra que acertamos no que diz respeito à concepção que estamos empregando, tanto técnica quanto à modelagem financeira. Ou seja, os parâmetros e critérios estabelecidos estão adequados à realidade da construção do metrô de Porto Alegre e nos possibilitam uma obra mais barata e segura”, afirmou Fortunati. O prefeito lembrou que, na PMI anterior, o projeto apresentado tinha um custo superior a R$ 9 bilhões e foram necessários ajustes para chegar ao novo modelo.

Os interessados que apresentaram propostas foram as empresas ATP Engenharia (São Paulo), CR Almeida S.A. Engenharia (Paraná), ETM Engenharia Ltda. (Rio Grande do Sul), Triunfo Participações e Investimentos (Paraná), Construtora Queiroz Galvão (Rio de Janeiro), Logistel (Portugal), o grupo Invepar/Odebrecht (Rio de Janeiro) e o engenheiro civil Paulo Affonso Soares Pereira (Rio Grande do Sul).




A documentação entregue segue para análise técnica e no dia 29 de novembro será publicada a lista com os habilitados. Depois os participantes terão 90 dias para desenvolver e entregar os projetos completos da PMI. Com base nos projetos será produzido o edital de Parceria Publico Privada (PPP), com publicação prevista para o primeiro semestre de 2014. Será feita apenas uma licitação para a obra e a operação do sistema, com prazo de concessão de 30 anos (5 anos de obras e 25 anos de operação).

O Metrô de Porto Alegre, cuja obra é estimada em R$ 4,8 bilhões, atenderá diariamente 325 mil usuários, ampliando a oferta de transporte coletivo e estimulando a redução do uso do automóvel.  

Para o secretário estadual de Planejamento, a parceria entre os governos do Município e do Estado e o esforço para viabilizar a obra mostram que o projeto é uma prioridade. “Estamos dando um passo importante para incorporar Porto Alegre nessa onda de grandes obras de mobilidade e colocar a Capital novamente no grupo de cidades que fazem grandes investimentos em infraestrutura, atendendo à demanda da população. Estado e Município estão fazendo um enorme esforço financeiro para essa resposta aos moradores e aos usuários do transporte coletivo”, disse João Motta.

Proposta de Manifestação de Interesse - A nova PMI estabelece 90 dias para empresas interessadas no projeto apresentarem estudos sobre o desenvolvimento da obra, a infraestrutura e a operação do serviço. Conforme Fortunati, a prefeitura realizará essa etapa antes da licitação para garantir transparência, sustentação técnica, segurança e otimização dos recursos públicos. O documento define as diretrizes mínimas de traçado e infraestrutura do serviço, que poderão ser qualificadas e ampliadas conforme as propostas de viabilidade técnica e financeira apresentadas.

Recursos - No projeto atualizado do metrô, o governo federal destinará R$ 1,770 bilhão a fundo perdido; o investimento da prefeitura totalizará R$ 1,385 bilhão, somando R$ 690 milhões em financiamento para a execução da obra, R$ 195 milhões para as desapropriações e R$ 500 milhões em 25 parcelas de R$ 20 milhões como contraprestação do serviço durante a operação. O governo do Estado fará aporte de R$ 1,080 bilhão em financiamento, e o parceiro privado participará com R$ 1,303 bilhão.

Traçado - O Metrô de Porto Alegre está baseado em um modelo de integração com o sistema BRT (transporte rápido de ônibus) e com o Trensurb. Para garantir a viabilidade técnica e financeira da obra, o projeto foi atualizado, otimizando o traçado e definindo estações enxutas e funcionais.

A extensão total do Metrô deve ser de 11,7 quilômetros. O traçado inclui o trecho de 10,3 quilômetros da Linha 1, da Esquina Democrática (Centro Histórico) até o Terminal Triângulo (zona Norte), onde existe a demanda concentrada de transporte coletivo, e o trecho de conexão de 1,4 quilômetro até o Complexo de Manutenção. Esse espaço será instalado em área da Rede Ferroviária, localizada no bairro Humaitá, próximo à Estação Aeroporto do Trensurb. Dando sequência ao sistema, até a Fiergs, haverá corredores exclusivos de ônibus para conexão com a Região Metropolitana.

Com tecnologia baseada em um Metrô de alimentação elétrica, o projeto prevê no mínimo 10 estações (Triângulo, Cristo Redentor, Obirici, São João, Dom Pedro II, Cairú, São Pedro, Florida, Conceição, Rua da Praia).

Método construtivo - Para evitar transtornos na mobilidade urbana durante as obras, a escavação do túnel será pelo método shield (tatuzão), com escavação profunda mecanizada.
Características do Projeto

* Integração -  Integração com os diferentes meios de transporte e sistema BRT, conectados na rede metropolitana.
 * Mobilidade urbana - Ligação do Centro à Zona Norte, com 10,3 km de traçado e com 10 estações no trajeto.
* Projeto estruturante - Urbanização de toda a área envolvida ao longo do trajeto do Metrô, com ciclovias, passeios, arborização e paisagismo.
* Acesso a todos - Mesma tarifa do ônibus de Porto Alegre, integrada à utilização das linhas urbanas e metropolitanas e ao Trensurb, garantindo atuais isenções.
* Conforto - Bilhetagem eletrônica, climatização nos trens e estações, acomodações confortáveis, portas automáticas, informação e infraestrutura de atendimento ao usuário.

Características técnicas
* Número de trens: 18 + 3 composições
* Total de veículos: 72 + 12 carros
* Velocidade média: 35 km/h
* Intervalo entre viagens (hora pico): 2,5 minutos
* Velocidade máxima: 80 km/h
* Demanda prevista (dia): 325.000 passageiros/dia
* Demanda potencial (hora pico): 22.000 passageiros/h/sentido
* Capacidade máxima hora pico): 43.200 passageiros/h/sentido

Critérios de seleção
* Disponibilidade - Maior disponibilidade do serviço: horário de operação e frequência.
* Eficiência - Considerando o menor tempo de viagem e as etapas do processo de deslocamento: informação, acesso ao sistema, pagamento, espera na plataforma, deslocamento, transbordo e o desembarque.
* Acessibilidade - Plena acessibilidade ao sistema: deslocamento, acesso às estações e aos serviços internos, incluindo bilhetagem, embarque, desembarque e interligação com outros modais.
* Conforto - Melhor infraestrutura de assentos, ruído, iluminação, climatização, vibração, facilidades ergonômicas, sanitários e oferta de comércio e serviços.
* Segurança - Planos de emergência, ações preventivas, dispositivos e equipamentos com o objetivo de minimizar os riscos de acidentes.
* Atendimento - Ações, estrutura física e equipamentos para interface e informação ao usuário.
* Informação - Recursos de informação dinâmica e estática, visual e sonora, nos veículos, nas estações, nos acessos, no entorno e à distância.

Informações: EPTC
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Porto Alegre conhece o seu modelo de ônibus BRT

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Porto Alegre conheceu nesta quarta-feira, 23, o modelo de ônibus que irá operar no sistema BRT (Bus Rapid Transit), a partir de 2014, nos corredores que estão sendo construídos pela prefeitura. A apresentação foi feita pelo prefeito José Fortunati e o secretário de Transportes e presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, dentro do veículo chassi Mercedes-Benz; motorização Euro V – Proconve 7, com baixa emissão de gases poluentes, carroceria Marcopolo e 23 metros de comprimento, estacionado junto ao Mercado Público da Capital.

Também estiveram presentes representantes das empresas Mercedez-Benz e Marcopolo. “Nós fizemos uma provocação aos empresários, solicitando a construção de um veículo de piso baixo, pelas características de nossa cidade. O desafio foi aceito e o resultado está aqui e demonstra qualidade e adaptação às características urbanas de Porto Alegre”, afirmou Cappellari.


Em coletiva, o prefeito José Fortunati lembrou os tempos de estudante, na década de 70, quando tinha dificuldades para transitar nos corredores centrais dos ônibus, por serem muito baixos. “Este veículo é uma notável evolução tecnológica, que vai qualificar os nossos corredores de ônibus e dar mais conforto aos usuários do transporte coletivo de Porto Alegre”, afirmou. O veículo comporta 166 passageiros e é adaptado para pessoas com deficiência, contando com box para cadeirantes. 
Fortunati informou que a licitação para o transporte urbano na Capital deve ser realizada até o ano que vem e previu que a operação do novo sistema, já com veículos como o que foi apresentado, ocorra até o final de 2014. “Esse tipo de transporte irá atender todo o eixo Sul-Leste, já que a região Norte da cidade será beneficiada pela construção do metrô”, explicou. 



O prefeito enfatizou, ainda, as negociações com o Governo do Estado, no sentido de racionalizar as viagens dos ônibus que atendem à Região Metropolitana da Capital. Junto com o sistema coletivo de Porto Alegre, estes ônibus realizam um total de 34 mil viagens por dia, a maioria passando pelo Centro da cidade. “A integração desse sistema com os BRTs vai proporcionar maior conforto, rapidez e segurança para os usuários do transporte coletivo de toda a região da Grande Porto Alegre", finalizou.     

Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Informações: Prefeitura de Porto Alegre 




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Metrô de Madri quer ser parceiro de Porto Alegre

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Técnicos da empresa estatal espanhola que gerencia o metrô de Madri virão a Porto Alegre neste mês para oferecer sua experiência na implantação e no gerenciamento de transporte metroviário. Os espanhóis visitam o Brasil em busca de parcerias com governos locais.

Na quinta-feira passada, estiveram na Bahia, onde se reuniram com a equipe que trabalha no metrô de Salvador. Representantes da prefeitura da capital gaúcha e do governo do Estado acompanharam o encontro, que trata da possível parceria com os madrilenhos, que fariam uma assessoria técnica.

Com mais de 3 milhões de habitantes, Madri tem uma rede de mobilidade urbana eficiente, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. O eixo central é o metrô, criado em 1919. Hoje, o trem subterrâneo conta com 12 linhas, três ramais e 300 estações – são 293 quilômetros de trilhos interligados. 

O sistema recebe mais de 2 milhões de passageiros por dia, que, ao deixarem as estações, podem concluir o deslocamento a pé, em ônibus ou em trens de superfície, no caso de quem vai para cidades vizinhas. O usuário pode ir de um ponto para qualquer parte de Madri de metrô. A diversidade de conexões entre as linhas é tanta que, não raro, há pelo menos duas combinações de itinerários possíveis para chegar a um destino.

As estações se espalham por todos os bairros da cidade, inclusive os periféricos, e a prefeitura utiliza o sistema de transporte como um incentivo para que os cidadãos migrem para áreas desabitadas. A estação de Pitis, por exemplo, a última da linha 7, está construída debaixo de uma zona ainda não urbanizada.

A empresa pública do metrô de Madri pretende cooperar com treinamento e capacitação aos técnicos locais, além de auxiliar na análise de projetos. O governo da Espanha também planeja disputar concorrências internacionais para projetar, construir e operar linhas de metrô em outros países, inclusive no Brasil. A decisão foi anunciada em novembro – os espanhóis não entraram na primeira parte da disputa pelo metrô de Porto Alegre.
A linha 1 do metrô da capital gaúcha terá 10,3 quilômetros, unindo o Centro Histórico à zona Norte (parte da Rua da Praia e vai até o Terminal Triângulo da Assis Brasil, com dez estações. Vai custar R$ 4,8 bilhões e será implantado por meio de uma parceria-público privada (PPP), com aportes dos governos federal, estadual e municipal.

Em outubro, foi lançada a proposta de manifestação de interesse para realizar a obra. Dos oito grupos que se candidataram cinco foram selecionados para elaborar estudos e projetos. Os trabalhos devem ser entregues até 12 de março de 2014. A licitação para construir e gerenciar o metrô de Porto Alegre será no segundo semestre de 2014.

Um meio de transporte ágil, confortável e barato

O serviço de metrô de Madri, capital da Espanha, funciona diariamente das 6h da manhã à 1h30min da madrugada, e o passageiro sabe o tempo aproximado que vai durar o deslocamento. O intervalo entre a chegada dos veículos varia entre 3 minutos nos horários de pico e 15 minutos na madrugada.

A informação de quanto falta para passar o próximo trem pode ser lida nos painéis eletrônicos nas plataformas e também nas entradas das estações. Os vagões são limpos, e agentes fazem a segurança durante todo o horário de funcionamento. Na maior parte das viagens, os trens recebem um público adequado ao seu tamanho – até mesmo em horários de pico e nas linhas centrais, é raro haver superlotação.

Por todas estas razões, não é incomum ouvir de um madrilenho – ou mesmo de mochileiros que passam por várias cidades europeias – que o sistema de trem subterrâneo de Madri “é o melhor do mundo”.

Além de tudo, é um meio de transporte barato, que é subsidiado. Apesar de vários reajuste das tarifas nos últimos anos, em função da crise econômica que obrigou o governo a cortar gastos, o preço continua relativamente baixo. 

Muito inferior ao de outras capitais europeias e competitivo até se comparado ao Brasil: o passe mensal, que dá direito a viagens ilimitadas em todas as linhas do metrô e de ônibus de Madri custa € 54,60 (R$ 174,70). Isto é, com o valor de 62 passagens de ônibus em Porto Alegre – uma ida e volta por dia ao longo de um mês –, o madrilenho pode usar todos os transportes públicos quantas vezes quiser pelo período de um mês.

Da 1h30min da madrugada às 6h da manhã, o metrô é substituído por ônibus noturnos, que seguem o trajeto das linhas, com adequações. Chamados de “coruja”, esses coletivos saem a cada 15 minutos da Praça de Cibeles, Centro de Madri, e também fazem o trajeto a partir dos bairros. (G.K.)

Informações: Jornal do Comércio
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Novo sistema de transporte público de Porto Alegre deve entrar em vigor em fevereiro

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O novo sistema de transporte público de Porto Alegre deverá entrar em operação em fevereiro — dois meses antes do prazo máximo previsto pelo edital de licitação. Pelo menos esta é a meta das empresas de ônibus, segundo o gerente técnico da Associação dos Transportes de Passageiros (ATP), Gustavo Simionovschi. Antes disso, porém, terão que passar por uma vistoria por parte da Prefeitura, para verificar se todas as exigências do edital foram atendidas. “É possível que o sistema comece a operar até o final de fevereiro, mas ainda existem algumas etapas até a definição da data final”, afirma o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. 

O início das operações também é importante porque será a partir desta data que as empresas poderão solicitar o aumento na tarifa dos ônibus, conforme definido em decreto. Nos outros anos, as operadoras reivindicavam a revisão tarifária e a concessão do reajuste dos salários dos rodoviários, cuja data-base é 1º de fevereiro. Na prática, as empresas já estarão com custos elevados, por conta do reajuste dos rodoviários. 

Mas o principal é que a entrada do novo sistema também resultará em mudanças, como a ampliação de consórcios. Atualmente, são três apenas —  Unibus, STS e Conorte — e uma empresa pública (Carris). Pelo novo modelo, serão quatro consórcios, divididos por seis bacias, e a Carris. Com a distribuição por bacias haverá a troca de algumas linhas. 

A estimativa da ATP é de que a mudança afete até dez linhas. Já a projeção da EPTC é de que sejam afetadas cinco linhas, atualmente operadas pela Carris e que serão repassadas para um dos consórcios. Já a Carris assumirá uma nova linha e três derivações. É provável que outros itinerários sofram mudanças. Não está descartado o prolongamento de trajetos e ajustes nos percursos. Para amenizar os transtornos à população, Cappellari espera que os ajustes ocorram após o início da operação do novo sistema. Defende a necessidade de diálogo com lideranças das comunidades afetadas pelas mudanças. 

De acordo com o gerente técnico da ATP, os últimos meses foram dedicados à análise das adequações que serão necessárias. Igualmente aproveitam para treinar os profissionais, no sentido de que se adaptem às novas rotas. Simionovschi informou ainda que, em um primeiro momento, haverá renovação parcial da frota. Está previsto o ingresso de cerca de 300 ônibus zero quilômetro. A maioria dos coletivos terá ar-condicionado, em atendimento a uma das cláusulas do edital. 

Conforme a licitação, as empresas devem iniciar a operação dos consórcios com no mínimo 25% da frota climatizada. Na sequência, os operadores terão até 10 anos para equipar a totalidade da frota com equipamentos de ar-condicionado. 

Tarifas podem aumentar

O início de 2016 será marcado por mudanças no transporte coletivo de Porto Alegre. As discussões começarão com a elaboração da proposta de reajuste dos rodoviários. A primeira assembleia da categoria ocorre hoje, a partir das 19h. Durante o encontro, pretendem elaborar a pauta de reivindicações. Posteriormente, será encaminhada ao Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Pelas manifestações de ambos os lados, a intenção é que as negociações ocorram normalmente. 

É mais provável que se repita o movimento de 2015, quando o acerto ocorreu em três semanas, e bem diferente de 2014, quando houve paralisação por 17 dias dos serviços e a negociação acabou na Justiça, trazendo prejuízos aos usuários. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Adair da Silva, a ideia é que a proposta contemple um ganho real, um pouco acima da inflação. Outra proposta que deverá ser apresentada é a garantia de manutenção dos empregos. A categoria conta com cerca de 9 mil funcionários. 

“Reconhecemos que este é um momento de dificuldades financeiras e queremos a garantia de que não haverá cortes”, afirma. Ao mesmo tempo, ele rebate o movimento de alguns profissionais que reivindicam aumento salarial de 20%. “Não vamos mentir para os profissionais. Vamos levar a negociação com a mesma transparência do ano passado, quando obtivemos ganhos importantes”, assinala.

Em 2015, além de 8% de reajuste, a categoria conseguiu elevar o valor do vale-refeição, entre outros benefícios. Já na Associação dos Transportes de Passageiros (ATP) a perspectiva é de que a negociação seja concluída até o final deste mês. A expectativa é grande, uma vez que o índice de reajuste a ser concedido aos rodoviários é fundamental para o reajuste da tarifa de ônibus da Capital. 

Atualmente, o pagamento dos salários dos funcionários representa entre 48% a 49% da composição do valor da passagem. Existe porém um diferencial neste ano. Em função da licitação do transporte público, a revisão da tarifa só poderá ser solicitada após os novos consórcios iniciarem a operação. Segundo o edital, isso poderá ocorrer até abril de 2016. Antes disso, o valor ainda precisa ser analisado pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), para depois ir à sanção do prefeito José Fortunati.

Cores indicam região

As empresas, que serão responsáveis pela prestação do serviço por 20 anos, terão que fazer outras melhorias na frota. Além do ar-condicionado, os ônibus deverão ter acessibilidade plena e uma redução do número máximo de passageiros por veículo, entre outros pontos. 

Gradativamente os coletivos da capital gaúcha ganharão nova identidade visual, com cores diferenciadas por região: Centro e linhas transversais — Carris (ocre), Norte (vermelho), Leste (verde) e Sul (azul).

Trajetória da licitação

• 2011: começa o processo para elaboração da licitação do transporte público de Porto Alegre. É formado um grupo de trabalho para elaboração do edital. 
• 31 de março de 2014: primeiro edital é lançado.
• 3 de junho de 2014: prazo para apresentação das propostas. Não houve interessados. 
• 19 de setembro de 2014: lançamento de novo edital para licitação do transporte coletivo.
• 24 de novembro de 2014: prazo para as empresas apresentarem propostas e mais uma vez não há interessados. 
• 6 de maio de 2015: publicado o terceiro edital, desta vez aberto a empresas internacionais e com a divisão da cidade em seis lotes.
• 6 de julho de 2015: empresas interessadas apresentam propostas de operação do sistema. 
• 30 de julho de 2015: Prefeitura publica o primeiro resultado da licitação do transporte.
• 9 de outubro de 2015: contratos com as empresas vencedoras da licitação foram assinados. Estabelecidos prazos de até 180 dias para o início das operações. 

Consórcios

• Bacia Norte/Nordeste
Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes
• Bacia Sul — Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga
•  Bacia Leste/Sudeste
Lote 5 - Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril
Lote 6 - Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

Fonte: EPTC e Correio do Povo


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Passagem de ônibus em Porto Alegre pode chegar a R$ 3,50

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

As empresas de ônibus de Porto Alegre solicitaram aumento de 18,3% na tarifa do transporte coletivo da capital. O documento foi protocolado pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) na tarde desta terça-feira (3) na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Os empresários justificam que alguns itens tiveram acréscimo: o óleo diesel, por exemplo, que sofreu reajuste de 12,57%. O custo com remuneração de mão de obra também cresceu, segundo o Seopa, com o aumento no salário dos rodoviários, assim como o reajuste no vale-alimentação, que teve um acréscimo de 10,52%.

O Seopa argumenta ainda que o setor de transporte enfrenta, nos últimos dois anos, um "achatamento tarifário" e alega que o reajuste dos últimos dois anos foi de 3,5% (passando de R$ 2,85 para R$ 2,95), "expressivamente menor que os demais setores da economia", diz o texto.

Mais cedo, o prefeito de Porto Alegre José Fortunati afirmou que o reajuste no valor da gasolina e óleo diesel e o recente acordo entre empresários do setor do transporte coletivo e rodoviários sobre aumento salarial poderiam provocar também elevação na tarifa de ônibus e lotação.

"Finalmente aconteceu um acordo entre rodoviários empresários. Com isso, os rodoviários de Porto Alegre passaram a ter o maior salário entre todos os do país. Isso é importante, valoriza, mas também tem impacto sobre a tarifa do transporte coletivo”, indicou Fortunati em entrevista à Rádio Gaúcha.

Na última semana, a categoria aprovou reajuste salarial de 8%. Segundo a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), atualmente, um motorista de ônibus ganha R$ 2 mil ao mês e o cobrador tem um vencimento aproximado de R$ 1,2 mil. A carga horária é de 7h.

Já houve aumento das passagens de ônibus em diversas cidades brasileiras — em São Paulo, de R$ 3 para R$ 3,50 e, no Rio, R$ 3 para R$ 3,40. Hoje, o valor da tarifa em Porto Alegre é R$ 2,95.

Informações: G1 RS


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Em Porto Alegre, Iniciada sinalização da faixa exclusiva na avenida Independência

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A Prefeitura de Porto Alegre informa que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) iniciou a fase de implantação da sinalização viária da nova faixa exclusiva de ônibus no eixo da avenida Independência e rua Mostardeiro. A medida, que vai beneficiar 38 mil passageiros por dia em nove linhas de ônibus, irá permitir uma redução média de sete minutos no tempo de viagem na av. Independência, dos atuais nove minutos e meio, o que representa 75% de redução no trecho. E na Mostardeiro vai diminuir em três minutos o trecho que hoje dura em média quatro minutos e meio, com 67% de redução nesta via. A previsão para o início da operação, em período educativo, é para o mês de outubro

Este é o primeiro novo projeto que vai ser implantado no programa de priorização do transporte coletivo da prefeitura, que nos próximos seis meses vai mais do que dobrar o número de faixas exclusivas para o transporte coletivo em Porto Alegre. Serão inaugurados mais 22 quilômetros em 16 trechos da Capital, o que representa um aumento de 130% em relação aos 17 quilômetros existentes hoje.  No total, a medida vai beneficiar diariamente 450 mil usuários com ganhos significativos no tempo de deslocamento nas horas de maior fluxo.

Serão demarcados por uma sinalização azul contínua cerca de 1.150 metros na av. Independência e 500 metros na rua Mostardeiro, com circulação exclusiva de segunda a sexta, das 6h às 9h e das 16h às 20h, no sentido Centro-bairro. Nos demais períodos, a circulação de automóveis será permitida.

"A implantação de faixas exclusivas de ônibus é uma das políticas públicas mais eficientes. Com baixo investimento e baixo custo de manutenção, a medida proporciona a quem usa o transporte público mais rapidez e especialmente mais confiabilidade, pois o ônibus se isola dos engarrafamentos e das interferências do trânsito. Com isso, mais pessoas são beneficiadas e o transporte público fica mais atrativo”, destaca Sérgio Avelleda, secretário municipal de Mobilidade e Transporte da capital paulista em 2017 e 2018 e hoje diretor mundial de Mobilidade Urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, órgão que apoiou a Prefeitura de Porto Alegre no projeto Ruas Completas.

“O transporte público é muito mais eficiente do ponto de vista energético e muito menos poluente por passageiro transportado do que o carro. E privilegiar o espaço para o transporte público é a expressão da democracia”, complementa Avelleda.

Após esta fase, será implantada a sinalização na av. Goethe, junto ao Parcão, onde os trabalhos já começaram. A faixa a ser implantada no sentido Sul-Norte beneficiará 62 mil usuários ao dia em oito linhas de ônibus, com redução de 67% no tempo de viagem do trecho de 400 metros, que passa dos três minutos atuais a ser percorrido em apenas um minuto.

O diretor-presidente da EPTC, Fabio Berwanger Juliano, destaca que a qualidade de vida de uma população está ligada, também, à qualidade do transporte público. "Não é só uma obra, mas uma mudança de cultura. É uma missão priorizar o coletivo para quem mais precisa", afirma.

A Divisão de Conservação de Vias Urbanas (DCVU) tem atuado em diversas frentes para requalificação asfáltica de trechos que receberão as faixas exclusivas. Entre os locais que já receberam intervenções estão as avenidas Independência, Mostardeiro, Goethe, Mauá, Loureiro da Silva (sentido túnel), Paulo Gama e Luiz Englert.

Locais que receberão faixas exclusivas - Avenida Independência, Mostardeiro, Goethe, Rua da Conceição (dois sentidos), avenida Mauá, avenida João Goulart, Loureiro da Silva (sentido túnel), Paulo Gama / Luiz Englert, avenida Siqueira Campos, avenida Ipiranga trecho 2I e 3, avenida Silva Só, avenida Azenha, avenida 24 de Outubro e avenida Plínio Brasil Milano. 

Informações: Prefeitura de Porto Alegre


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Em Porto Alegre, Empresas de ônibus vencedoras assinam contrato

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Um novo patamar do transporte público de Porto Alegre teve início nesta sexta-feira, 9, a partir da assinatura dos novos contratos de concessão para a prestação do serviço com as empresas vencedoras do processo licitatório. Considerado um momento histórico tanto por parte da prefeitura, quanto das empresas e de técnicos de setor, a contratualização irá aumentar a qualidade do serviço para o usuário e para a cidade. Durante o evento, também foi assinado o projeto de lei a ser encaminhado ao Legislativo com o objetivo de incentivar o uso de tecnologias sustentáveis na frota da Capital para o uso de veículos elétricos, híbridos ou a gás, com menor emissão de gases poluentes. 

A primeira licitação nestes 243 anos de Porto Alegre teve início em 2011. O processo passou por audiências públicas e reuniões nas 17 regiões do Orçamento Participativo, além da criação de um canal de participação pela internet. A partir dos debates e sugestões, o edital contemplou as exigências dos usuários, como ar-condicionado, acessibilidade plena, redução do número máximo de passageiros por veículo, monitoramento por GPS e uma série de outros critérios para oferecer um serviço de qualidade. A partir de hoje, dentro de 180 dias o novo sistema deve entrar em operação. 

Para o prefeito José Fortunati, a data é histórica em função dos desafios em viabilizar a licitação, cuja exigência legal sempre existiu. “Quem conhece, minimamente, as dificuldades para a produção de um dos editais mais complexos que uma cidade pode enfrentar, imagina o esforço necessário. Foi uma caminhada difícil, com muitos obstáculos, o que exigiu a dedicação de dezenas de pessoas. Considero que todos estão de parabéns, os responsáveis por este processo e, sobretudo, a cidade. Não tenho dúvida de que é um momento que marca a história dos 243 anos de Porto Alegre”, avaliou. 

Além do extenso trabalho dos técnicos da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Comissão de Licitações, o prefeito citou a busca de parcerias, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. Também houve a participação da comunidade por meio do Orçamento Participativo. “Graças a essas pessoas, esses contratos assinados hoje não têm um significado apenas no papel, mas irão qualificar a cidade como um todo”, disse, ao destacar a confiança na execução pelas empresas que disputaram o processo de forma transparente e democrática. Fortunati também citou a criação do Comitê de Usuários e o incentivo às novas tecnologias, o que irá colaborar para o sistema ser, mais uma vez, modelar para o país. 

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, falou da demanda recebida pelo prefeito em 2011 e também sobre o desafio de tornar a cidade menos poluente a partir da implantação das novas tecnologias. “É uma questão estratégica, porque não só irá colaborar com a diminuição dos índices de poluição, como reduzirá o impacto tarifário”, explicou. "Hoje, a vida útil da frota tem um impacto de 29% na tarifa. Com os novos veículos híbridos, mais leves e com vida útil estendida, esse impacto será minimizado.” 

O ato também contou com a presença do vice-prefeito Sebastião Melo, do diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, e da procuradora-geral do município, Cristiane Nery.

Qualificação do serviço – O edital é resultado de mais de quatro anos de trabalho das equipes da EPTC, da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e de demais órgãos da prefeitura. O conteúdo, que prevê ampliação e qualificação do serviço prestado ao cidadão, foi enriquecido com contribuições efetivas dos usuários. O presente edital, publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) em 6 de maio deste ano, aberto também às empresas internacionais, foi dividido em seis lotes, para prestação do serviço por 20 anos, e teve as propostas entregues em 6 de julho. O documento prevê a ampliação gradual de ar-condicionado na frota, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de 10 anos, 100 % da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias.

A licitação definiu ainda previsão de acessibilidade em toda a frota; diminuição da ocupação para quatro pessoas por metro quadrado; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar o atendimento à população, podendo resultar em penalizações para as empresas; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços em relação ao atendimento prestado atualmente. Os consórcios possuem prazo de até 180 dias para iniciar a operação, que terá um total de 1.781 ônibus, um aumento de 72 ônibus na frota, sendo 241 veículos novos, que já terão nova identidade visual, com cores que identificarão a região correspondente: Centro e linhas transversais - Carris (ocre); Norte (vermelho); Leste (verde); e Sul (azul).

Tarifa - De acordo com o edital, o valor proposto para cada lote sofrerá uma atualização monetária pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, do período compreendido entre a data de apresentação da proposta (06/07) e a data do início da operação dos serviços. Fortunati anunciou que a cidade terá uma única atualização do valor da tarifa em 2016. Fica, assim, garantido apenas um reajuste da tarifa em 2016.

Sobre os ônibus elétricos – Durante o evento, a Carris apresentou o novo ônibus elétrico, que entrará em teste pela Companhia. O coletivo opera com motor movido exclusivamente à energia elétrica, com zero emissão de poluentes na atmosfera e autonomia para rodar cerca de 250 Km com uma carga completa, ou mais. O veículo iniciará o período de testes na linha 353 – Ipiranga/PUC e, após, a mudança passará para a linha T9. Trata-se de uma iniciativa pioneira em Porto Alegre. O motor é equipado com um sistema que permite que a carga dure mais, multiplicando o rendimento. Enquanto o ônibus roda, o motor consome bateria, como em subidas e lugares mais planos, com aceleração normal. Mas quando o motorista trava ou desce uma ladeira, a bateria se recarrega.

O ônibus elétrico, marca BYD, modelo Padron K9, é equipado com baterias à prova de fogo, feitas de fosfato de ferro, mais rapidamente carregáveis e econômicas do que as de lítio. O coletivo tem piso baixo e opera com dois motores, localizados um em cada roda traseira.

Consórcios vencedores da licitação:

Bacia Norte – Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes

Bacia Sul – Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga

Bacia Leste – Lote 5
Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril

Bacia Leste – Lote 6
Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

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Gratuidade não será alterada na licitação dos ônibus de Porto Alegre

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A questão da gratuidade do transporte coletivo urbano de Porto Alegre não será revista durante o processo do edital de licitação, que deverá ser entregue até o dia 5 de março para a prefeitura do município. De acordo com o presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação, Vanderlei Capellari, as passagens gratuitas seguem leis municipais e federais, e será preciso refazer um estudo específico sobre o caso, além de criar novos projetos legislativos a serem encaminhados para votação na Câmara de Vereadores.

"Quem apontou as gratuidades foi o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). Em 90 dias vamos fazer um estudo para fazer uma revisão, mas não há tempo hábil para fazer uma reavaliação. Todas as gratuidades são baseadas em leis e nós temos que encaminhar os projetos de leis à Câmara de Vereadores", apontou Capellari durante entrevista ao Bom Dia Rio Grande, programa da RBS TV, na manhã desta quarta-feira (12) (veja no vídeo).

No mês passado, o Tribunal de Justiça determinou que o município abrisse um edital de licitação e concluísse o processo em 150 dias. Esta é a primeira vez que a capital do Rio Grande do Sul debate o documento.

A revisão tarifária pode ocorrer por dois motivos: quando o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) ultrapassa 8%, ou no caso de dissídio coletivo dos rodoviários. Após greve geral de 15 dias dos funcionários de empresas de ônibus da capital, o dissídio será avaliado no próximo dia 17. "O que vamos colocar no edital de licitação é a tarifa máxima que as empresas vão poder ofertar dentro desse valor", explicou Capellari.

De acordo com dados do Relatório de Inspeção Especial do TCE-RS sobre os coletivos da capital, os passageiros isentos cresceram 11,72% de 2004 a 2011, chegando a uma média diária de 292.833 passageiros circulando na cidade. Dos passageiros isentos, 60% são idosos. Já o passe livre representa 9%.

Além dos idosos isentos, que devem ter entre 60 e 64 anos e com uma renda de até três salários mínimos, deficientes auditivos, físicos, mentais ou visuais permanente, doentes de HIV em tratamento e menores vinculados à Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) também recebem isenção. Soldados e cabos da Brigada Militar, agentes de fiscalização da SMT e da EPTC, rodoviários, oficiais de Justiça, do Trabalho e carteiros também não pagam. Atualmente, estudantes são cobrados apenas meia passagem e, pelo sistema integrado, não precisam pagar a segunda caso necessitem andar em dois veículos durante o mesmo trajeto.

Conforme os dados, o impacto total percentual na tarifa alcança 28,20% correspondendo a R$ 0,80. Assim, a tarifa sem as gratuidades poderia ser de R$ 2,05, valor inferior a tarifa atual de R$ 2,85. O preço pago hoje estaria 39,02% superior ao preço sem gratuidades. Do total de passageiros, 21% possuem o benefício da isenção da passagem, 9% possuem o desconto de 50% por serem escolares, impactando numa redução de 25,8% a quantidade equivalente de passageiros pagantes no sistema e, consequentemente, o Índice de Passageiros Equivalentes
por Quilômetro, taxa atribuída ao cálculo final da tarifa reavaliada anualmente.

Estudo para licitação prevê ônibus sem ar-condicionado
O ponto de maior debate no edital de licitação é a continuidade do uso dos sistemas de refrigeração nos ônibus da capital. A prefeitura defende um estudo que aponta que o valor da tarifa poderia baixar caso os veículos não tivessem ar-condicionado nas carrocerias. Segundo a EPTC, o sistema encarece o preço de novos veículos e gasta mais combustível.

Na terça-feira (11), o prefeito José Fortunati publicou um artigo defendendo o estudo e comparando Porto Alegre a Curitiba, no Paraná. Segundo ele, as duas cidades possuem climas semelhantes, e a capital paranaense não faz uso de ar-condicionados nos ônibus. Após receber críticas sobre as afirmações, ele retomou o fato no Twitter nesta quarta-feira (12).

Na rede social, o prefeito reconheceu a diferença meteorológica dos dois municípios, e destacou o debate entre qualidade e preço como ponto principal da construção do edital de licitação dos ônibus.

"Quando relatei que a cidade de Curitiba optou em não utilizar a refrigeração nos ônibus porque isso encarecia a carroceria e aumentaria o consumo de combustível aumentando o preço da passagem, fui rebatido com a afirmação de que a temperatura de Curitiba é mais amena do que a de Porto Alegre. É verdade, mas a tese não foi esta. Em todo o artigo, destaquei o binômio qualidade e preço. Se utilizamos ar-condicionado e Curitiba não, é lógico que o custo em Porto Alegre vai ser maior", escreveu.

Informações: CBN Foz


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