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Em Curitiba, Projeto Ônibus Seguro reforça iluminação em pontos de parada com 5 mil lâmpadas potentes

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Cinco mil luminárias equipadas com lâmpadas de LED, de 127 watts de potência, começaram a ser instaladas em postes de iluminação pública próximos aos pontos de ônibus espalhados pela cidade, principalmente em regiões periféricas de Curitiba.  A medida vai beneficiar os usuários de ônibus e também os trabalhadores do sistema de transporte coletivo. 
Foto: Levy Ferreira/SMCS
Serão R$ 7 milhões investidos pela Prefeitura de Curitiba no projeto Ônibus Seguro, que tem previsão de execução de cinco meses.

O Ônibus Seguro é um projeto complementar ao da Revitalização de Iluminação Pública em Linhas de Ônibus Alimentadores, que está substituindo 15 mil luminárias completas (montada com kit plataforma removível, relê fotoelétrico e lâmpada a vapor metálico de alto rendimento) no itinerário de linhas de ônibus alimentadores em toda a cidade. Atualmente 55% destes serviços já foram executados.

Os dois projetos idealizados para atendimento ao transporte coletivo terão investimento total de quase R$ 11,5 milhões e substituirão 20 mil pontos de iluminação pública na cidade. “A intenção é proporcionar melhor qualidade de vida à população, criando ambientes mais seguros para as pessoas circularem pelas ruas, para os usuários do sistema de transporte coletivo, no embarque e desembarque nos pontos de ônibus, e também para os motoristas dos coletivos que poderão melhor visualizar quem está a espera dos coletivos”, disse o secretário municipal de Obras Públicas, Sergio Antoniasse.

“Os pontos de ônibus ficarão em destaque com a utilização de lâmpadas LED, ficando mais claros em relação à continuidade da rua. Isso representa mais segurança ao usuário”, complementa o diretor de iluminação da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Fábio Ribeiro de Camargo, sobre a execução do projeto.

LED

O Ônibus Seguro é dividido em três lotes de execução. O lote 1 atende as regionais Matriz, Boa Vista e Santa Felicidade; o lote 2 as regionais Portão, CIC e Pinheirinho e o Lote 3 Cajuru, Boqueirão e Bairro Novo. As intervenções tiveram início na semana passada pelas ruas Daniel Brambila, Guilherme Fugmann e Emilio Romani, todas na CIC.

O serviço de implantação de lâmpadas LED vai iniciar no sentido bairros-região central e em alguns locais o ponto de ônibus poderá receber a iluminação emitida por até dois postes. “Vai depender da localização dos pontos de ônibus. O corpo técnico do Departamento de Iluminação da Secretaria elaborou especificações para garantir a qualidade dos insumos a serem utilizados neste serviço. Tudo baseado em normas técnicas nacionais e estrangeiras”, comentou Fábio Camargo.

O uso de LED ao invés de lâmpada com vapor metálico foi escolhido para este projeto porque a tecnologia consegue um feixe de luz mais localizado, de melhor uniformidade e índice de reprodução de cor. “Esse feixe de luz é que vai destacar o entorno dos pontos de ônibus”, explicou o engenheiro elétrico Marcos Padovani.

A utilização de grandes quantidades de lâmpadas LED em um projeto público é novidade no Brasil.

Plano

O Plano de Iluminação de Curitiba foi lançado pelo prefeito Gustavo Fruet em março deste ano e prevê altos investimentos até 2016 em um conjunto de projetos destinados a melhorar a iluminação pública em todas as regionais da cidade, ampliando a segurança e a qualidade de vida da população. Serão executadas intervenções principalmente na periferia de Curitiba como em pontos de ônibus, praças, parques, calçadas e rotas de diversas linhas de ônibus. Outras ações também incluem a iluminação de ciclovias e a recuperação e melhoria na iluminação da Linha Verde.

Algumas ações previstas no Plano já foram executadas ou estão em execução como a revitalização de iluminação em parques (como no Tanguá, São Lourenço e Barigui), praças e em diversas ruas de Curitiba.

“A ausência de iluminação favorece a ocorrência de crimes em vias e espaços, por isso o plano municipal de iluminação investe em ações que visam contribuir para o aumento da segurança junto à população e para que a comunidade encontre condições de voltar a ocupar os espaços públicos que são dela”, disse o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) em Segurança Pública do município de Curitiba, coronel Renê Witek.

“O GGI possui uma câmara técnica que discute especificamente o fator da iluminação pública como iniciativa que reforça o combate ao crime”, explica Witek.

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Urbs Curitiba informa usuários sobre mudanças no transporte metropolitano

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A Urbs inicia nesta semana a distribuição de folhetos com orientação aos usuários da região metropolitana sobre alternativas de integração em Curitiba. O objetivo é auxiliar o passageiro a escolher a melhor alternativa depois que a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) decidiu reduzir em 41% o trajeto dos ligeirinhos metropolitanos Colombo/CIC; Araucária/Curitiba; Campo Largo/Curitiba; e Barreirinha/São José.

Os folhetos serão distribuídos nos terminais, estações-tubo e em ônibus de várias linhas, principalmente dos novos ligeirinhos Cabral/CIC e Barreirinha/Guadalupe, implantados na semana passada para reduzir o impacto do corte no atendimento, feito pela Comec.

Além de criar novas linhas, a Urbs reforçou a linha do ligeirinho Boqueirão/Centro Cívico com mais dois ônibus e colocou mais dois horários, das 5h54 e 6h04 saindo do Centro Cívico para o Boqueirão. Informações aos usuários também estão sendo veiculadas nos 694 painéis eletrônicos instalados nos terminais e estações-tubo, além de cartazes colados ao longo do trajeto que era feito pelos quatro ligeirinho metropolitanos.

Tão logo a Comec deu início às alterações, a Urbs intensificou o acompanhamento das linhas, terminais e estações nos quais foi maior o impacto das decisões da Comec para estabelecer um plano que garanta a readequação do sistema em Curitiba.

Novas medidas, como reforço de frota ou alterações de rota, serão tomadas quando forem necessárias, o que depende também da estabilização da operação do transporte na região metropolitana e mudanças implantadas pela Comec - que tem feito alterações sem comunicação prévia, o que dificulta a readequação do serviço.  

Na semana anterior ao carnaval, por exemplo, a Urbs definiu a criação de duas novas linhas de Ligeirinho 2 horas depois de a Comec ter anunciado oficialmente a redução de quase 50% do trajeto das quatro principais linhas de integração metropolitana – os ligeirinhos Colombo/CIC; Araucária/Curitiba; Barreirinha/São José e Campo Largo/Curitiba.

Somados, estes ligeirinhos percorriam 196 quilômetros e transportavam 82 mil passageiros por dia. Desde o último dia 19 eles percorrem apenas 115 quilômetros (o controle do número de passageiros, agora, é da Comec).

Para reduzir o impacto da redução das linhas metropolitanas, a Urbs criou, de imediato, os ligeirinhos Cabral/CIC e Barreirinha/Guadalupe, além de ampliar de 13 para 15 a frota operante do ligeirinho Boqueirão/Centro Cívico.

Novas medidas serão adotadas pela Urbs tão logo a Comec defina a nova operação do transporte metropolitano.

Nos ônibus de Curitiba não houve alteração na tabela horária. A nova linha Cabral/CIC tem uma frequência de 5 minutos e a Barreirinha/Guadalupe de 7,5 minutos. Os horários do transporte coletivo em Curitiba continuam sendo informados aos usuários, em tempo real, nos 694 painéis eletrônicos localizados nas estações tubo e pontos de paradas nos terminais.

Horários, itinerários e localização dos ônibus de Curitiba em tempo real também estão disponíveis na página inicial do site www.urbs.curitiba.pr.gov.br e em uma série de aplicativos desenvolvidos por empresas ou grupos de pessoas que têm acesso direto ao banco de dados da Urbs.

Mudanças

O transporte metropolitano  - cuja operação, naturalmente, tem impacto no transporte em Curitiba - é de responsabilidade dos governos estaduais. Na região metropolitana de Curitiba esse transporte era gerenciado pela Urbs através de um convênio com a Comec, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano. O convênio dava autorização oficial para que a Urbs atuasse fora das fronteiras de Curitiba.

O último convênio tinha validade até 31 de dezembro do ano passado e não foi renovado pelo governo do Estado, o que impede que a Urbs faça o gerenciamento do transporte metropolitano integrado. Isso significa que todas as decisões – como horários, trajetos, número de ônibus, estado dos ônibus, tarifa, pagamento às empresas – do transporte metropolitano cabem exclusivamente à Comec. 

A Urbs agora é responsável pela Rede Integrada de Transporte (RIT) de Curitiba, que conta com uma frota de 1.350 ônibus, 21 terminais de transporte, 357 estações tubo e 81 quilômetros de canaletas exclusivas. Para que os passageiros metropolitanos continuem a poder usar os ônibus de Curitiba sem pagar uma nova tarifa, a Urbs mantém toda esta estrutura à disposição da Comec.

Dessa forma, os ônibus metropolitanos podem continuar a nos terminais e estações-tubo para embarque e desembarque dos passageiros metropolitanos.

Informações: Urbs

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Curitiba: Em 5 anos, novos ônibus, Linha Verde, acessibilidade e tarifa a R$ 1

quarta-feira, 31 de março de 2010


Nos últimos cinco anos o sistema de transporte coletivo de Curitiba ganhou um novo eixo de transporte, uma nova linha do sistema Expresso, tarifa a R$ 1 aos domingos, 1.120 ônibus zero quilômetro, elevadores, rampas e equipamentos especiais que duplicaram o índice de acessibilidade no sistema, estações tubo com três portas e ônibus articulados que aumentaram em 20% a oferta de lugares no Ligeirinho Inter2. Nesta segunda-feira (29), começaram a funcionar a primeira integração por cartão e o primeiro ônibus Ligeirão da cidade.

Mais canaletas - Construída no trecho urbano da antiga BR 116, a Linha Verde Sul abriga o sexto corredor de transporte da cidade e representa uma ampliação de 72 para 81 quilômetros na extensão do sistema de canaletas exclusivas para o ônibus. Quando a Linha Verde Norte estiver pronta esta ampliação chegará a 92 quilômetros, um aumento de 25% na extensão total do sistema de canaleta que é um dos pilares da integração do transporte.

  • Novas estações - Com a primeira etapa da Linha Verde o sistema de transporte passou a contar com mais cinco estações tubo (São Pedro, Xaxim, Santa Bernadethe, Fanny e Marechal). Outras oito entrarão em operação com a Linha Verde Norte. As estações da Linha Verde são amplas, climatizadas, têm película que reduz o impacto da luz solar no interior da estação e, mais importante ainda, permitiram a integração de linhas que antes cruzavam a antiga BR. Passageiros de linhas como São Pedro, Xaxim e Gramados tinham que ir até um terminal para mudar de ônibus. Agora estes ônibus param na Linha Verde onde é possível fazer a integração, beneficiando diariamente milhares de curitibanos.

Biocombustível - A Linha Verde também permitiu a implantação de uma frota de ônibus movida exclusivamente a biocombustível, sem mistura de óleo mineral. São seis ônibus que fazem a linha Pinheirinho-Carlos Gomes abastecidos apenas com combustível á base de soja, sem óleo diesel. Curitiba é a primeira cidade da América Latina a fazer uma experiência deste porte com biocombustível, o que poderá representar uma redução na emissão de poluentes de até 50%.

  • Novo Expresso - A partir da Linha Verde Sul, Curitiba também ganhou, em maio do ano passado, uma nova linha do sistema expresso, a Pinheirinho-Carlos Gomes que faz a ligação bairro-centro em 25 minutos, dez minutos a menos do que a viagem feita pelo Eixo Sul. Quando a Linha Verde Norte estiver pronta a cidade vai ganhar também as linhas do expresso Atuba-Carlos Gomes e Pinheirinho-Atuba.

Ligeirão - O novo ônibus representa uma ampliação de pelo menos 50% na capacidade do sistema de canaletas. Onde antes passavam dois ônibus, agora passam três. O primeiro Ligeirão de Curitiba começou a circular nesta segunda-feira (29) fazendo a ligação do Boqueirão-Centro com apenas três paradas: na estação Cefet e nos terminais Hauer e Carmo. O tempo de viagem cai em 15 minutos e a oferta de ônibus no Eixo Boqueirão aumenta mais de 10%. Os curitibanos vão contar com um Ligeirão passando a cada quatro minutos.

  • Ônibus mais novos - A Rede Integrada de Transporte tem uma frota de 1.910 ônibus e, nos últimos cinco anos, 1.120 ônibus zero quilômetro entraram em operação, reduzindo para 5,1 a idade média da frota. Equipados com elevadores, balaústres e espaços diferenciados para portadores de deficiência, os novos ônibus são também menos poluentes porque têm motores que fazem a queima quase completa do diesel. Nos últimos cinco anos, a redução na emissão de poluentes na frota do transporte coletivo chegou a 161 toneladas por mês, em média.

Inter 2 - Os 80 mil passageiros desta que é uma das linhas mais conhecidas da cidade foram beneficiados nos últimos anos por uma série de investimentos. A frota, de 70 ônibus, passou a contar com 40 articulados, um aumento de 20% na oferta de lugares nos ônibus. As 28 estações do Inter 2 ganharam uma terceira porta e mais acessibilidade, passando a contar com elevadores ou rampas, novas calçadas em material antiderrapante e faixas elevadas de travessia.
O Inter 2 passa em 12 bairros e percorre, a cada viagem, 38 quilômetros. A construção de três grandes binários - Brasília, Mario Tourinho e Capão da Imbuia/Hauer, em 2008, permitiu a implantação de sentido único de trânsito em quase 20 dos 38 quilômetros do trajeto do ônibus.

  • Terminais melhores - 18 dos 21 terminais de transporte foram reformados no ano passado com obras, principalmente, de acessibilidade: elevadores, rampas, sinalização, pistas internas e sanitários adaptados garantiram mais conforto ao usuário do sistema de transporte. O terminal Pinheirinho teve sua capacidade ampliada em 40%. O terminal Cabral está sendo ampliado, uma obra feita pelo governo do Estado como contrapartida ao município pela integração no final de 2008 do terminal Guaraituba, de Colombo.

Domingueira - Desde janeiro de 2005, ficou mais barato andar de ônibus aos domingos. É que a tarifa do ônibus nos domingos passou a custar R$ 1,00, o que atualmente significa menos da metade da tarifa normal, de R$ 2,20. A domingueira vale para todo o sistema - à exceção da Linha Turismo - beneficiando principalmente o trabalhador que não ganha vale transporte para o domingo e que, com a tarifa mais baixa, pode sair com a família para passeios nos parques ou visitar parentes, por exemplo.

  • Mais acessível - A acessibilidade no transporte coletivo de Curitiba aumentou de forma considerável nos últimos anos. O índice de acessibilidade na frota de ônibus, que era de 44% passou para 86%. Graças a obras de reforma e melhorias e instalação de elevadores 80% das 364 estações tubo têm os requisitos exigidos pela acessibilidade. Nos ônibus, 20% dos bancos são destinados a idosos, gestantes ou pessoas com dificuldade de locomoção e têm cor diferenciada dos demais bancos.

Double deck - A novidade ganhou as ruas no final de 2008 e rapidamente se transformou em um dos ícones do turismo em Curitiba. Os ônibus de dois andares fizeram tanto sucesso que o número de passageiros na Linha Turismo passou de 520 mil, um aumento de 45,5% em 2009, em relação ao ano anterior.

  • Licitação - Iniciada em fevereiro deste ano, a licitação do transporte coletivo urbano de Curitiba vai garantir novas melhorias ao sistema. É que o edital de licitação, lançado no fim do ano passado, estabeleceu critérios de garantia da melhoria de qualidade do sistema como o que estabelece novo peso à satisfação do usuário na avaliação do serviço prestado.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar no transporte coletivo de Curitiba em maio de 2024

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Os primeiros ônibus elétricos de Curitiba devem começar a rodar no transporte coletivo em maio do próximo ano, segundo estimativa da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo da cidade. O projeto de lei que permite a compra dos primeiros 70 ônibus elétricos foi aprovado na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na manhã desta terça-feira (19/12) em segundo e último turno, com  22 votos favoráveis contra 7 contrários. Na segunda-feira (18/12), o texto foi aprovado com 25 votos a favor e 8 contra. O projeto segue agora para sanção do prefeito Rafael Greca. 

A proposta prevê investimento de R$ 317 milhões nos ônibus elétricos e o recurso será incluído no orçamento de 2024. Os veículos serão adquiridos pelas empresas com subsídio da Prefeitura e retornarão ao município em 2025, quando se encerra o atual contrato de concessão.

"Demos, com o apoio da CMC, um passo muito importante no caminho de descarbonização da frota do transporte coletivo. Curitiba é signatária do Acordo de Paris e nossa meta é que 33% da frota seja zero emissões até 2030, percentual que deve chegar a 100% até 2050. É o compromisso forte de Curitiba com a sustentabilidade e com maneiras de mitigar o impacto do efeito estufa", disse o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, logo após o fim da votação. 

O que diz o projeto
Para possibilitar a aquisição dos veículos elétricos antes da nova concessão, a proposta da Prefeitura acrescenta três artigos à lei número 12.597 de 17 de janeiro de 2008, que regula o atual contrato do transporte coletivo, que se encerra em agosto de 2025. 

“O projeto de lei é necessário para permitir o subsídio e assegurar o retorno imediato da frota de ônibus elétricos para a Prefeitura, com o fim do atual contrato de concessão, e também para evitar que a aquisição de elétricos tenha impacto no valor da tarifa. Mesmo com a compra dos ônibus elétricos, não haverá reajuste da tarifa em 2024”, disse Maia Neto.

Custos
Os primeiros ônibus elétricos devem rodar no transporte coletivo nas linhas Interbairros II, Interbairros I e Ligeirinhos. Pelo cronograma, serão cinco lotes de compras, que têm início em maio. "Nosso cronograma é começar em maio a aquisição dos veículos, que serão integrados à frota de acordo com o ritmo de produção das fabricantes contratadas", disse Maia Neto.

Dos 70 ônibus, 36 são modelo padron piso alto; 28 articulados de piso alto; e 6 padron piso baixo. "Essa primeira compra será uma oportunidade para que possamos testar estes ônibus na prática, já com vistas ao novo edital de concessão do transporte coletivo, em 2025", acrescenta Maia Neto.

De acordo com o projeto, a Prefeitura, por meio da Urbs, subsidiará a compra dos ônibus, que serão revertidos ao FUC (Fundo de Urbanização de Curitiba) ao fim do contrato de concessão.

Dessa maneira, não serão pagas às empresas nem a amortização de capital e nem a rentabilidade sobre os ônibus elétricos. Um termo aditivo, celebrado entre as empresas e a Urbs, vai estabelecer o percentual de remuneração pela prestação do serviço e a taxa de utilização da área de garagem.  

Custo benefício
De acordo com estudo da Urbs, os ônibus elétricos têm um custo, ao longo dos anos, inferior ao dos movidos a diesel. Ao longo de 16 anos, a aquisição dos 70 ônibus elétricos representará uma economia de custos da ordem de R$ 147 milhões em relação à compra dos mesmos 70 ônibus a diesel.

"O preço de entrada do veículo elétrico é mais caro, mas ao longo da vida útil, incluindo os custos de troca de bateria, o veículo movido a energia é mais barato que o movido a combustão. Ou seja, estamos comprando por R$ 317 milhões, mas teremos uma economia, ao longo da vida útil, de R$ 147 milhões", diz o presidente da Urbs. "Isso sem contar, é lógico, o benefício ao meio ambiente. Sem emissões, silencioso e mais confortável, o ônibus elétrico traz um avanço tecnológico muito grande para o transporte coletivo", acrescentou.

A descarbonização da frota, prevista no Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima),  traduz o empenho em consolidar uma política climática com ações transformadoras e inclusivas por uma cidade neutra em emissões e resiliente ao clima até 2050, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Na CMC também foram aprovadas quatro emendas propostas pelo Legislativo ao texto-base, três delas de cunho técnico e uma delas que trata da venda da publicidade nos ônibus, com a possibilidade de anúncios sonoros e plotagem em estações-tubo, terminais e linhas de ônibus.

Informações: URBS

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Biarticulados começam a circular com máscaras em Curitiba

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Em uma iniciativa das empresas de ônibus de Curitiba, começaram a circular, nesta sexta-feira-feira (29/5), os primeiros biarticulados com “máscara”. O adesivo que simula a máscara de proteção é plotado na frente do veículo e tem como foco reforçar a prevenção contra a transmissão do novo coronavírus. Ao todo 60 biarticulados em operação na capital vão usar a máscara branca.

“É uma iniciativa para lembrar a população da importância do uso da máscara em todos os locais, incluindo nos ônibus. A campanha ressalta que estamos juntos, pensando na coletividade e em maneiras de evitar a propagação da covid-19”, diz o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.

Serão plotados os biarticulados das empresas Sorriso, Redentor e Gloria. Em um primeiro momento serão adesivados 46 biarticulados, a maioria do eixo Norte-Sul. Na segunda fase, mais 14 de outros modelos. A iniciativa das empresas de ônibus de Curitiba tem o apoio da Urbs e Prefeitura de Curitiba.

“Essa é uma contribuição das empresas de ônibus de Curitiba no sentido de dizer que estamos juntos nessa batalha contra o coronavírus e que vamos vencer. Mas, para isso, precisamos contar com a colaboração de todos, e usar máscara é uma das ações mais importantes”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp), Mauricio Gulin.

A campanha traz, em destaque, a frase Use Máscara e a hashtag #pensenocoletivo, em alguns ônibus, e #pensenasaúde, em outros.

Nesta quinta-feira, os semáforos para pedestres também passaram a reforçar a necessidade do uso de máscara contra o vírus.

Orientações aos passageiros
A obrigatoriedade do uso da máscara está prevista em Curitiba desde o dia 17 de abril, com a entrada em vigor da resolução municipal 1/2020. Desde então, a Urbs tem orientado os passageiros sobre a medida, com letreiros nos ônibus, cartazes e faixas nos terminais, além da orientação dos fiscais da Urbs em terminais e principais estações da região central, em parceria com a Guarda Municipal e, mais recentemente, com o Exército.

A recomendação para população é evitar pegar ônibus em horários de maior movimento, sobretudo a população idosa, que é considerada grupo de risco da covid-19.

Nos terminais, os ônibus só podem sair com 50% da lotação para evitar aglomeração e o passageiro tem que respeitar a marcação que exige distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas.

O sistema de transporte opera com folga em relação à demanda, que caiu muito com a pandemia. Desde segunda-feira (25/5), no entanto, a frota foi ampliada de 65% para 80% por conta da reabertura dos shoppings. Com a retomada dos estabelecimentos, o sistema está recebendo, em média, um adicional de 8,6 mil passageiros por dia. Ontem (27/5) foram 268.999 passageiros pagantes, contra 260.427 na quarta-feira da semana passada.

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Passageiros aprovam comodidades e silêncio do ônibus elétrico em teste em Curitiba

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Os passageiros que já tiveram oportunidade de se deslocar em um ônibus 100% elétrico em teste em Curitiba são unânimes: o veículo é mais confortável e silencioso que o movido a diesel.

Além de não poluente, com zero emissões, o ônibus elétrico vem caindo no gosto dos usuários, que estão tendo uma amostra de como será a tecnologia que começa a ser integrada à frota da cidade a partir de 2024. Até 2030, 33% da frota será elétrica, percentual que subirá para 100% em 2050.

No momento, está em teste o modelo padron da fabricante brasileira Eletra, que está trafegando na linha Interbairros II, com passageiros. Os testes começaram na última segunda-feira (22/5) e devem durar de 20 a 30 dias.
A linha Interbairros II, uma das mais importantes de Curitiba, transporta 65 mil pessoas por dia e tem 42,5 quilômetros de trajeto. Até o fim de outubro, pelo menos oito ônibus elétricos, de diferentes fabricantes, devem ser testados na capital paranaense. 

A diarista Jussara dos Santos Alves, de 44 anos, pega o Interbairros II toda semana para ir trabalhar e não sabia que andaria no ônibus elétrico nesta quarta-feira (24/5).

"É um privilégio pegar um ônibus assim, ele é lindo e muito chique, além de ser uma delícia andar em um ônibus tão silencioso", contou Jussara.

Ar condicionado
Sueli Ribas de Taun, manicure de 61 anos, utiliza a linha diariamente para se deslocar e comentou que o ônibus elétrico é esperança de maior conforto.

"Adorei o ônibus novo, é silencioso e com o ar condicionado eu espero que o perrengue de passar calor no ônibus no verão fique no passado", avaliou Sueli.

Para quem gosta de aproveitar o tempo de locomoção no transporte público de Curitiba para utilizar o celular, o elétrico também agradou.

"O que eu mais gostei é o carregador para a bateria do celular, vai ser muito útil pra mim, porque passo o dia todo fora de casa. O ônibus também é muito bonito e agradável, espero que seja bem cuidado pelo povo", comentou Célia Belmo de Lima, de 53 anos, que trabalha com serviços gerais.

Cronograma de testes
A Eletra integra o cronograma de testes que servirão de base para o edital de compra dos primeiros ônibus elétricos da capital em 2024.

Além da Eletra, a chinesa BYD também vem executando testes em Curitiba desde fim de abril.  O ônibus BYD, do tipo articulado, no entanto, circula sem passageiros porque o posicionamento das suas portas de embarque é do lado esquerdo e não direito, como pede a operação no transporte coletivo. O veículo já passou pela linha Interbairros II e nesta semana iniciou testes no eixo leste-oeste, na linha Centenário/Campo Comprido.  Até outubro,, além da BYD e da Eletra, Volvo, Mercedes, Higer e Marcopolo farão testes em Curitiba.

Aquisição
A Prefeitura já anunciou que serão investidos R$ 200 milhões na compra de 70 ônibus – 42 tipo padron e 28 articulados - que devem ser integrados à frota do município até o fim de junho do próximo ano.

Os ônibus elétricos comprados vão trafegar nas linhas Inter II, Interbairros 2 e Leste-Oeste, que transportam, juntas, cerca de 370 mil pessoas por dia.

"A nossa expectativa é que os primeiros veículos elétricos comprados estejam na linha Interbairros II em meados do próximo ano. Na sequência serão usados nos Ligeirinhos", disse o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

Segundo ele, além da sustentabilidade e da redução do impacto ambiental e do conforto para os passageiros, o ônibus elétrico traz vantagens econômicas, com reflexo na tarifa no médio prazo. "O custo de aquisição é maior, mas se dilui ao longo do tempo e o custo de manutenção é menor. Nossos estudos mostram que, dentro de cinco anos, os custos já serão mais vantajosos que os do diesel", afirmou Maia Neto. 

Informações: URBS
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Em Curitiba, Linha do Interbairros I adota ônibus híbridos

terça-feira, 25 de setembro de 2012


A linha Interbairros I de Curitiba, que liga os bairros centrais até a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no Prado Velho, passará a circular exclusivamente com ônibus de tecnologia híbrida a partir da próxima quinta-feira. Os veículos funcionam com dois motores, um a diesel e outro de operação elétrica. Em comparação com os ônibus convencionais, há redução de 35% no consumo de diesel e de até 90% na emissão de poluentes. O motor elétrico não gera ruídos.

A medida faz parte de um negócio fechado em 2011 entre a prefeitura e a Volvo, com a compra de 60 ônibus híbridos da empresa – os primeiros com essa tecnologia a serem produzidos no Brasil, totalmente fabricados em Curitiba. Cada ônibus híbrido custou à prefeitura cerca de R$ 600 mil – aproximadamente 60% a mais do que um ônibus com motor a diesel. A expectativa é de que, com a economia no consumo de combustível, o investimento se pague em seis anos.

Dois motores
No ônibus híbrido, o motor elétrico é utilizado para arrancar o ônibus e acelerá-lo até uma velocidade de 20km/h. O motor a diesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. A cada vez que os freios são acionados, a energia de desaceleração é utilizada para carregar as baterias do motor elétrico. Quando o veículo não está em movimento, o motor a diesel fica desligado.

Curitiba
Rua Sete de Abril passa a ter mão dupla a partir de hoje 
A partir das 15 horas de hoje, a Rua Sete de Abril, no bairro Alto da XV, passa a funcionar em mão dupla. Antes, ela vinha em sentido único da Rua Ubaldino do Amaral para a Rua XV de Novembro. Esta é a quinta e última alteração para a conclusão do Anel Viário e, de acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), todas as mudanças têm o objetivo de desafogar o trânsito na região central da cidade.

O Anel Viário é constituído por 23 ruas que formam binários em oito bairros da cidade: Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde. Com as modificações, mesmo que o trajeto se torne um pouco mais longo, o fluxo de veículos será menos intenso, e permitirá o deslocamento entre os bairros sem passar pelo Centro.

Outras mudanças
Desde a implantação do Anel Viário, outras quatro ruas sofreram alterações. A Alberto Bolliger, entre a Itupava e a Simão Bolívar, agora também tem sentido único. O mesmo aconteceu com a Augusto Severo, entre as ruas Paraguassu e Doutor Goulin. Esta última passou a ter sentido único entre a Barão de Guaraúna e a Alberto Bolliger. A Simão Bolivar passou por duas mudanças: entre a Alberto Bolliger e a Augusto Severo ela tem sentido único e, entre a Mauá e a Augusto Severo ela apresenta mão inglesa.
Os primeiros dez ônibus híbridos passam a circular depois de amanhã e outros 20 serão implementados até 20 de outubro nas linhas Detran/Vicente Machado, Água Verde/Abranches, Juve­vê/Água Verde e Jardim Mercês/Guanabara. Os trinta restantes passarão a fazer parte do transporte público de Curitiba a partir do ano que vem.

Para o diretor de transporte da Urbs, Antônio Carlos Araújo, os ônibus híbridos fazem parte de um modelo que tende a ser implantado progressivamente em Curitiba, por trazer conforto sonoro, economia de combustível e emitir menos poluentes ao meio ambiente.
Mesmo com o preço maior dos ônibus híbridos em relação aos tradicionais, não haverá repasse de custos para o usuário, com a passagem permanecendo a R$ 2,60. Segundo o diretor da Urbs, os 30 híbridos dentro de uma frota de 2 mil ônibus em Curitiba não são o suficiente para pressionar o preço do bilhete.

Araújo ainda acredita que, conforme a fabricação dos híbridos aumente, os preços vão cair, permitindo a aquisição de mais veículos. “Quando compramos os biarticulados, também eram mais caros do que um ônibus comum, e hoje saem relativamente mais baratos. Faz parte buscar sempre novas alternativas”, diz.

Um ônibus híbrido tem vida útil de dez a 12 anos. Estão previstas inicialmente, dentro desse período, quatro trocas de bateria – o componente mais caro do veículo. Araújo afirma, no entanto, que a expectativa transmitida pelo fabricante é de que a tecnologia tende a se desenvolver, com a criação de baterias mais duradouras.



Angélica Favretto, especial para a Gazeta do Povo

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Transporte Público de Curitiba é Modelo para o Brasil e o Mundo

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A experiência curitibana nas áreas de transporte e mobilidade urbana, foi tema de 113 apresentações feitas, em 2011, por técnicos e especialistas da Urbs - Urbanização de Curitiba S/A. Na média, uma apresentação a cada 3,2 dias. Ao longo do ano passado, a Urbs participou de nada menos do que 11 congressos nacionais e internacionais, uma média de quase um por mês. Na outra ponta, esta mesma experiência trouxe à Urbs uma delegação de visitantes a cada 3,5 dias, em média. Foram 102 delegações, 66 delas provenientes do exterior.

Técnicos e especialistas da Urbs em transporte, mobilidade e sustentabilidade representaram Curitiba em cidades do México, Equador, Itália, Argentina, Estados Unidos, França e Colombia e, no Brasil, nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu e na vizinha São José dos Pinhais. Foram sete congressos e seminários promovidos por cidades do exterior e quatro do Brasil, duas delas paranaenses.

Em Curitiba, estes mesmos técnicos apresentaram os desafios e as soluções curitibanas a missões que reuniram mais de 600 professores, estudantes, técnicos, engenheiros, urbanistas e autoridades vindos de cidades de 30 diferentes países, entre eles Iraque, Marrocos, Turquia, Coréia, Sudão, Botswana, Quênia, Estados Unidos, França, India, Alemanha, Argentina, Peru, Colômbia e Japão, além de cidades de diferentes estados brasileiros.

A participação em congressos e seminários e o atendimento a delegações e missões técnicas, tanto do Brasil quanto do exterior, são também oportunidades importantes para troca de experiências, estudo de novas tecnologias e melhorias contínuas no sistema.

Os principais pontos de interesse tanto de estrangeiros quanto brasileiros são as soluções encontradas na área do transporte coletivo – as vias exclusivas que os curitibanos conhecem como canaletas e que deram origem ao que o mundo conhece hoje como BRT (Bus Rapid Transit); a integração do transporte; a tarifa única, a frota de ônibus movidos exclusivamente a biocombustível sem adição de óleo mineral (como diesel), as soluções de segurança de tráfego que permitiram a redução contínua dos índices de acidentes há mais de uma década; e o maior ônibus do mundo.

Também fazem parte desta pauta, o sistema Ligeirão com ultrapassagens de ônibus biarticulados nas canaletas fazendo ligações em menor tempo entre o bairro e o centro; e a acessibilidade garantida pelo embarque e desembarque em nível (em plataformas nas estações e terminais), além da adequação do sistema às normais mais recentes de acessibilidade. Hoje, mais de 95% da frota operante tem total acessibilidade. Em Curitiba, existem plaquetas em braile nos ônibus, nos bancos especiais, permitindo que deficientes visuais possam identificar o número do ônibus no qual se encontram.

Conhecido em todo mundo, o transporte curitibano invariavelmente encanta os visitantes, mesmo em horários de pico quando a demanda é concentrada, com maior lotação nos ônibus. O sistema atual começou a ser implantado em 1974 com um histórico de evolução que o mantém, 40 anos depois, como diferencial no transporte uma vez que, embora o BRT já tenha sido adotado em mais de 100 cidades mundo afora, Curitiba mantém uma rede de transporte, com integração que permite trocar de ônibus, de qualquer linha, em qualquer tempo, pagando apenas uma passagem.

A Rede Integrada de Transporte atende, com uma tarifa única, Curitiba e 13 municípios da Região Metropolitana. A Rede é formada por 81 quilômetros de canaletas por onde circula uma frota de 185 ônibus biarticulados (incluindo o maior do mundo, com 28 metros de extensão) nas oito linhas do sistema Expresso (hoje conhecido como BRT). Estas linhas estão integradas a todo o sistema formando uma rede de 355 linhas com 30 terminais de transporte e 364 estações tubo. A Rede integrada atende nada menos do que 94% da demanda de transporte em Curitiba e 73% da demanda da Região Metropolitana. São, por dia, 2,3 milhões de passageiros transportados com uma frota de 1.915 ônibus que, somados, fazem 21 mil viagens e percorrem 500 mil quilômetros por dia.

No trânsito, o interesse é despertado pelo fato de Curitiba ter um elevado índice de motorização – um carro a cada 1,4 habitante, o maior entre as capitais – e mesmo assim manter a fluidez e a segurança no trânsito, mesmo com o desafio representado em horários de pico em algumas vias de maior densidade. A explicação está no próprio desenho do sistema viário quanto na política de investimento e intervenções permanentes no trânsito adotada pelo município.

O sistema viário da cidade tem vias estruturais (onde estão as canaletas), vias rápidas e binários de ligação entre bairros permitindo deslocamentos maiores em linha reta e sentido único.

Clique aqui e veja a evolução do Sistema de Transporte de Curitiba.

Fonte: URBS

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Volvo fabricará ônibus híbridos no Paraná

terça-feira, 14 de junho de 2011

A Volvo vai fabricar em Curitiba o primeiro veículo híbrido do país. Depois de ganhar uma disputa com unidades da montadora na Índia e no México, a fábrica da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) vai montar chassis de ônibus movidos a eletricidade e diesel. O investimento previsto é de R$ 16 milhões, e estão sendo contratados cerca de 30 engenheiros para adaptar a tecnologia desenvolvida pela empresa na Suécia para o mercado brasileiro.

Durante o anúncio do projeto ontem em Gotemburgo, na Suécia, onde está a sede da montadora, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, afirmou que autorizou a compra de 60 veículos híbridos pelas empresas que operam no transporte da capital. Os ônibus devem começar a ser incorporados à frota no segundo semestre de 2012 e em 2013, em seis linhas de transporte. Estima-se que o preço de cada ônibus já encarroçado fique entre R$ 650 mil e R$ 700 mil, cerca de 70% mais do que os convencionais.

Serão produzidos inicialmente chassis híbridos convencionais, sem articulação, mas a direção da Volvo deve definir até o fim do ano se produzirá também chassis articulados. “Se formos produzir, teremos um incremento de investimento de pelo menos US$ 15 milhões para essa linha”, disse, em entrevista por telefone desde a Suécia, Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Latin America.
Os engenheiros contratados nesta primeira fase vão desenvolver o projeto em conjunto com as fabricantes de carrocerias. Fruto de cerca de dez anos de estudos, o híbrido da Volvo começou a ser feito na fábrica de Borös, na Suécia, e montado em Wroclaw, na Polônia, no ano passado. Ao contrário do Brasil, na Europa a Volvo também produz as carrocerias.
Os ônibus híbridos suecos já rodam em dez países, entre eles Inglaterra, Holanda, Espanha e Itália. “As grandes cidades estão sendo guiadas cada vez mais pela economia de combustível e redução de emissões. Trata-se de uma tecnologia que tende a crescer em cidades acima de 2 milhões de habitantes”, disse Pimenta.
O veículo híbrido – que tem um motor a diesel e outro elétrico – promete uma economia de 35% de combustível, e uma redução de 80% a 90% na emissão de poluentes. Mas o impacto na qualidade do ar em Curitiba, ao menos no início, será pequeno: os 60 veículos que devem ser comprados vão representar cerca 3% da frota total da cidade, de 1.915 ônibus. Os híbridos vão usar biodiesel B100, que já é usado em 30 veículos na cidade.
Segundo a Urbanização de Curitiba S.A (Urbs), serão 34 veículos híbridos em uma primeira fase, o que vai significar uma substituição inicial de 9,3% da frota das linhas onde vão operar os ônibus.

Desenvolvimento
A produção do híbrido em Curitiba deve começar no fim do primeiro semestre de 2012, com 80 unidades. Hoje a capacidade de montagem de ônibus da Volvo na Cidade Industrial de Curitiba é de 4 mil unidades por mês, em três turnos de produção.
Curitiba é considerada hoje um centro de desenvolvimento de novas tecnologias dentro do grupo Volvo, o que pesou na decisão de trazer para a cidade a nova linha de produção, segundo Pimenta. No ano passado, a Volvo testou um ônibus híbrido importado da Suécia nas ruas de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Santiago, no Chile. A intenção é negociar a venda dos chassis produzidos no Brasil para outros estados e países onde a montadora já opera com os chamados BRTs (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês), como Santiago, Bogotá e Cidade do México. “Com o crescimento dos BRTs em função da Copa do Mundo e da Olimpíada, acredito que esse mercado tem grande potencial de crescimento”, disse o executivo.

Sem aumento
O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, afirmou que a substituição de ônibus convencionais por híbridos não significará aumento do preço da tarifa. “O valor inicial maior é compensado pela redução dos gastos com a diminuição no consumo de combustível”, afirmou. A vida útil do híbrido é maior – de 12 anos, contra dez anos dos atuais. Segundo Ducci, a Volvo não recebeu incentivos fiscais para a implantar a nova linha de produção.
Veículos serão usados em linhas centrais
Autarquia que gere o transporte coletivo da capital, a Urbs anunciou que a primeira linha a operar o híbrido será a Interbairros 1 (sentido horário e antihorário), que circula em bairros no entorno do Centro. Dez dos 111 ônibus que fazem a rota serão trocados até o fim de 2012. Numa segunda etapa, até o fim de 2013, os híbridos vão circular nas linhas Detran-Vicente Machado, Água Verde-Abranches, Ahú-Los Angeles, Juvevê-Água Verde e Jardim Mercês-Guanabara. Dos 254 veículos que operam essas linhas, 24 serão do modelo novo. O objetivo da Urbs é iniciar as operações nas linhas que ligam bairros opostos e passam pelo região central de Curitiba, diminuindo a poluição sonora e atmosférica.
A Gazeta do Povo procurou as empresas que operam as linhas citadas pela Urbs – Auto Viação Marechal, Auto Viação Araucária, Transporte Coletivo Glória, Auto Viação Santo Antônio e Auto Viação Redentor –, mas não conseguiu contato ou um responsável para comentar o anúncio.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Associação das Empresas de Transportes Cole­tivos Urbanos e Interur­banos do Estado do Paraná (Setransp), afirmou que toda inovação tecnológica que busque melhorar a qualidade do transporte público é bem-vinda, mas que ainda é preciso discutir o custo dos novos veículos.




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Prefeitura de Curitiba encaminha à Câmara Municipal projeto de lei para aquisição de 70 ônibus elétricos

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A Prefeitura enviou à Câmara Municipal de Curitiba (CMC) projeto de lei que permitirá a compra dos primeiros 70 ônibus elétricos que serão integrados à frota da cidade em 2024. A proposta, encaminhada na sexta-feira (8/12), prevê investimento de R$ 317 milhões nos veículos, que serão adquiridos pelas empresas com subsídio da Prefeitura, de acordo com o atual contrato de concessão, e permite que os ônibus retornem ao município em 2025, quando se encerra o atual convênio. 

O projeto de lei é mais um passo de Curitiba rumo à eletromobilidade. A descarbonização da frota está alinhada ao objetivo de tornar a cidade mais sustentável ambientalmente, dentro do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), que traduz o empenho em consolidar uma política climática com ações transformadoras e inclusivas por uma cidade neutra em emissões e resiliente ao clima até 2050, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A meta é que 33% da frota de ônibus da cidade seja zero emissões até 2030, percentual que deve evoluir para 100% até 2050. 

A eletrificação da frota também é uma das prioridades do novo contrato de concessão do transporte coletivo, a partir de setembro de 2025. O atual contrato, em vigor desde 2008, não será renovado. A Prefeitura já contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a formatação do novo modelo de concessão que prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte e a descarbonização gradual da frota.
Para possibilitar a aquisição dos veículos elétricos antes da nova concessão, a proposta da Prefeitura acrescenta três artigos à lei número 12.597 de 17 de janeiro de 2008, que regula o atual contrato do transporte coletivo, que se encerra em agosto de 2025. 
“O projeto de lei é necessário para permitir o subsídio e assegurar o retorno imediato da frota de ônibus elétricos para a Prefeitura, com o fim do atual contrato de concessão, e também para evitar que a aquisição de elétricos tenha impacto no valor da tarifa. Mesmo com a compra dos ônibus elétricos, não haverá reajuste da tarifa em 2024”, diz o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.

Os primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar no transporte coletivo até junho de 2024, nas linhas Interbairros II e Ligeirinhos.Segundo o presidente da Urbs, o valor de R$ 317 milhões será utilizado para a compra de ônibus tipo padron e articulado. “Inicialmente prevíamos apenas a compra de veículos padron, de 12,8 metros. Mas como os ônibus vão circular também na linha Interbairros II houve a necessidade de elevar o investimento para R$ 317 milhões”, explica.  Pelo cronograma, o planejamento é fazer a aquisição em cinco lotes:  16 ônibus modelo padron piso alto em abril, 20 padron piso alto em maio, 14 articulados de piso baixo em junho, 14 articulados de piso baixo em julho e 6 padron piso baixo em agosto. 

Pela proposta encaminhada à CMC, a Prefeitura, por meio da Urbs, subsidiará a compra dos ônibus e a infra-estrutura de recarga reutilizável (carregadores elétricos), que serão revertidos ao FUC (Fundo de Urbanização de Curitiba) ao fim do contrato de concessão. A subvenção será feita por meio de conta em instituição financeira que poderá ser acessada pelas empresas exclusivamente para a aquisição dos ônibus. 

Dessa maneira, não serão pagas às empresas nem a amortização de capital e nem a rentabilidade sobre os ônibus elétricos. Um termo aditivo, celebrado entre as empresas e a Urbs, vai estabelecer o percentual de remuneração pela prestação do serviço e a taxa de utilização da área de garagem.  

Testes
A compra dos 70 ônibus levará em conta os testes com ônibus elétricos promovidos pela Urbs entre abril e novembro deste ano.
Curitiba foi a primeira cidade do país a fazer testes estruturados de ônibus elétricos. Foram avaliados sete veículos de quatro fabricantes: BYD, Volvo, Eletra e Marcopolo. Nos testes, realizados nas linhas Interbairros II e Inter 2, foram avaliados desempenho operacional, consumo e desgaste de pneus.  Confira aqui o resultado dos testes técnicos.  

Tire suas dúvidas sobre a compra de ônibus elétricos

Por que a Prefeitura vai adquirir 70 ônibus elétricos?
O objetivo é tornar a cidade mais ambientalmente sustentável. Com zero emissões e sem ruídos, os ônibus elétricos são considerados o futuro da mobilidade nas cidades. A meta de Curitiba, de acordo com o PlanClima, é que 33% da frota de ônibus seja zero emissões até 2020, percentual que deve chegar a 100% até 2050.

Haverá impacto na tarifa ao usuário?
Não haverá impacto na tarifa paga pelo usuário.

Por que a necessidade de um projeto de lei para a compra de ônibus elétricos?
Primeiro, porque é necessária uma lei para autorização do subsídio de R$ 317 milhões. Segundo, porque o artigo 17 da Lei 12.597/2008, que regula o atual contrato de concessão - que se encerra em 2025 e que não será renovado -, prevê que não serão considerados bens reversíveis os veículos e frota de ônibus. É necessário alterar a lei para prever a reversibilidade desses bens, porque é ela que permite que o projeto possa ser efetivado, já que faltam dois anos para o fim da concessão. 

Devido ao curto período de tempo que resta para a concessão se encerrar, não há como pagar integralmente um veículo elétrico ao concessionário sem que este bem passe a compor o patrimônio do município ao final da concessão.

O que estabelece o projeto de lei?
É uma norma específica que autoriza a subvenção do valor a ser investido pelos concessionários para aquisição de frota elétrica. Prevê também a reversibilidade desses bens, e traz algumas regras gerais do que o termo aditivo deverá observar em relação à remuneração das concessionárias.

Quais as mudanças no regime de aquisição do veículo elétrico em relação ao veículo à combustão?
Previsão de reversibilidade dos veículos, previsão de que parte da infraestrutura de recarga também será revertida ao poder público. Muda, em parte, a lógica remuneratória. Sai diesel e entra eletricidade.

A Prefeitura anunciou inicialmente investimento de R$ 200 milhões. O valor foi corrigido para R$ 317 milhões. Por que?
O valor de R$ 200 milhões previa a aquisição inicialmente de ônibus tipo padron, de 12,8 metros. Porém para o funcionamento da linha Interbairros 2 são necessários ônibus articulados, o que eleva a necessidade de recursos para R$ 317 milhões.

A Prefeitura vai subsidiar esse valor, que será repassado para as empresas em uma conta bancária vinculada. Por que a Prefeitura não adquire diretamente os veículos, já que eles precisarão ser revertidos ao FUC no fim de contrato de concessão?
Porque os atuais contratos de concessão estão plenamente vigentes e nas regras atuais quem compra veículo é o concessionário. Não seria possível comprar veículos e obrigar os concessionários a operar, ceder mão de obra ou a ceder espaço de sua garagem, pois o que foi licitado no atual contrato foi a delegação do serviço público de transporte coletivo como um todo e não simples contratos administrativos de locação de garagem, cessão de mão de obra ou gerenciamento de frota pública. 

Por que não será feita uma licitação?
Porque não há como obrigar os concessionários a operar frota pública, ou a ceder sua garagem, nem mesmo ceder empregados para operarem frota pública. Estando vigentes os contratos de concessão atuais, a regra é de que quem compra veículo é o concessionário, que deverá o fazer por sua conta e risco, contudo, deve ser devidamente remunerado e, no caso, por faltar apenas dois anos para o fim dos contratos, os bens precisam ser revertidos. 

Além disso, se a URBS fosse licitar a aquisição dos veículos elétricos também teria que licitar a infraestrutura de recarga, fornecimento de energia e locação de espaço para garagens, porque não seria possível obrigar os concessionários a ceder a deles, já que não são eles que estão adquirindo os veículos, tratando-se de compra fora do contrato de concessão. Além disso, seria necessário licitar mão de obra de motoristas e funcionários administrativos para a operação, gestão de frota, tornando o projeto inviável no curto prazo. Isso concorreria com os contratos atuais, o que poderia fazer com que os concessionários pedissem reequilíbrio no contrato deles.

Quem vai pagar pela energia contratada para abastecimento dos ônibus elétricos?
 O FUC. Substitui o diesel pelo custo de energia

Como será a remuneração das empresas?
A remuneração das empresas será sobre a operação do serviço.

Como fica o cálculo da tarifa técnica?
A tarifa técnica para os ônibus elétricos terá planilha separada dos ônibus à diesel, evidenciando separadamente os custos de operação de cada um e sem impacto no valor final pago pelo usuário.

Informações: URBS

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