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sexta-feira, 9 de abril de 2010Postado por Meu Transporte às 13:06 1 comentários
Marcadores: Minas Gerais
No rush de SP, Rodoanel não melhora trânsito na marginal Pinheiros; cruzar a av. Bandeirantes leva metade do tempo
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Com um cronômetro e fotógrafo, foram percorridos dois trechos de carro: um na marginal Pinheiros, da ponte dos Remédios até a ponte Engenheiro Ari Torres, sentido Interlagos, e outro na av. dos Bandeirantes, da ponte engenheiro Ari Torres até o Complexo Viário Maria Maluf, no sentido das entradas para as rodovias que levam ao litoral. As duas viagens foram repetidas antes e depois do início do funcionamento trecho sul do Rodoanel. Uma etapa foi no dia 22 de março e a outra na última segunda-feira (5).
Na comparação, o maior destaque foi a constatação da diminuição do tempo para atravessar a avenida dos Bandeirantes. No dia 22 de março, foi gasta 1 hora e 13 minutos, período que foi reduzido para apenas 30 minutos no último dia 5, quando os caminhões que chegam do interior do Estado em direção ao porto de Santos já podiam optar por não atravessar a região central da cidade. Só no início da avenida, uma marca já assustava: os sete quarteirões até a Rua Dr. Otávio de Oliveira foram vencidos em 40 minutos antes do novo trecho do Rodoanel – na última segunda-feira, a distância consumiu apenas 1 minuto.
Na marginal Pinheiros, no entanto, foi observado um acréscimo no tempo. Mesmo com a inauguração de mais um pedaço do anel viário ao redor da capital, a reportagem gastou 3 minutos a mais para percorrer o trajeto escolhido – foram 30 minutos no dia 22 de março e 33 minutos no dia 5 de abril. Nas duas datas, a movimentação do tráfego foi bastante similar: calmaria da Ponte dos Remédios até a ponte Cidade Universitária e congestionamentos pesados até o acesso à avenida dos Bandeirantes.
Apenas uma similaridade foi notada nos dois percursos: houve uma redução visível do número de caminhões. Em um ponto escolhido aleatoriamente para uma medição informal na região do Jockey Club, era possível registrar do carro pelo menos 20 veículos de carga no dia 22 de março, uma frota que tomava totalmente as duas faixas da direita da marginal Pinheiros. Do mesmo lugar, no dia 5 de abril, eram vistos apenas 5, apesar do espaço obtido com o “sumiço” dos caminhões já ter sido ocupado por outros veículos de pequeno porte.
Perto do aeroporto de Congonhas, a contagem na avenida dos Bandeirantes também indicou uma queda expressiva: do local escolhido para a análise eram observáveis 25 caminhões antes do Rodoanel, contra 10 na data posterior à inauguração da obra.
As duas viagens foram repetidas em dias da semana idênticos (segunda-feira), nas mesmas faixas de circulação (segunda da esquerda), na mesma velocidade média (70 km/h), nos mesmos horários (início às 18h17 no primeiro percurso e às 18h55 no segundo, em ambos os dias). Os levantamentos não têm valor científico, mas especialistas ouvidos acreditam que os resultados comprovam algumas teses sobre o impacto da nova obra no trânsito de São Paulo.
Para Dario Rais Lopes, secretário dos Transportes de São Paulo (2003 a 2006) que participou das discussões oficiais sobre o anel viário, as estimativas já previam que a avenida dos Bandeirantes teria uma melhoria mais rápida. “Ela (av. dos Bandeirantes) tem uma característica única, que é ligar a marginal ao sistema Anchieta-Imigrantes, por isso a redução do trânsito é mais visível. Já a marginal Pinheiros tem vários usos: serve de ligação entre muitos bairros de São Paulo, ficando menos vulnerável a essa mudança”, argumenta ele, que hoje é professor de Projeto Urbano da Universidade Mackenzie e se diz favorável ao projeto do Rodoanel.
Como argumenta Lopes, no entanto, as autoridades não devem encarar a nova obra como a derradeira salvação e precisam impor limites para que o espaço ganho com a retirada dos caminhões não seja perdido rapidamente com transporte individual de passageiros. “Não podemos repetir o erro do passado, quando tivemos uma melhoria por conta do rodízio que foi logo vencida por novos carros em circulação”, diz.
O ex-secretário alega que devem ser pensados métodos como o pedágio ou a proibição do tráfego para evitar que os caminhões não voltem para a av. dos Bandeirantes. “Não pode deixar solto. No restante da cidade, o transporte coletivo deve ser impulsionado, com novos corredores e outros projetos. Sabemos que há carros ociosos. Quando a pessoa sente que o trânsito está melhor, deixa de pegar ônibus e tenta ir de carro. Essa substituição não pode ocorrer”, afirma.
Superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o urbanista Marcos Bicalho também concorda com a eficiência do Rodoanel, mas igualmente alerta para a falsa impressão de que a obra é a solução para os problemas de tráfego na metrópole. “A cidade deveria estar dentro de um plano metropolitano de transportes, com um horizonte de investimentos. Como não temos esse plano ou eles não são levados a sério, boas obras como essa são lançadas com outras nem tanto, o que não nos permite um desenvolvimento ‘sustentável’”, afirma.
Como ele explica, a capacidade viária da capital está esgotada. “Há medições que indicam que, se no horário de pico, você conseguir contar quantos carros estão na rua, encontraria no máximo 500 mil. Mas a frota flutuante bate 5 milhões de carros”, compara ele, também defendendo a tese de que há veículos ociosos e um crescimento da frota acima do ideal. “A solução é transporte público coletivo. A demanda crescente em pistas como Rodoanel vai tornar nossa estrutura novamente saturada em breve”, prevê.
Postado por Meu Transporte às 18:05 0 comentários
Marcadores: São Paulo
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Postado por Meu Transporte às 18:02 0 comentários
Marcadores: Pernambuco
Campinas inicia obras de anel viário este mês
As obras complementares do anel são avaliadas em R$ 7,6 milhões e incluem a construção de mais uma pista na marginal do Córrego Piçarrão e a instalação de um acesso direto da Avenida Prestes Maia (uma das principais entradas do município) para o complexo de túneis Joá Penteado. Um dos objetivos é duplicar trechos da marginal que levam aos túneis.
- A notícia foi dada ontem por Osmar Costa, secretário municipal de Infraestrutura, que prevê um período de um ano para a conclusão da obra. Além de criar uma nova opção de interligação viária entre os bairros, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) calcula que o uso alternativo do Anel Rebouças resulte na redução de pelo menos 7 mil veículos por dia na região central.
Costa disse acreditar que o anel vai facilitar o acesso dos veículos que pretendem cruzar a cidade sem passar pelo Centro ou vão utilizar o Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, onde estão a nova rodoviária e o Terminal Metropolitano. “O Anel Rebouças vai possibilitar, por exemplo, o desvio de ônibus rodoviários, fretados e os veículos de carga que não têm como destino o Centro de Campinas.”
- Uma obra a ser realizada nos próximos 12 meses será o acesso direto da Avenida Prestes Maia até a Avenida Prefeito José Roberto Magalhães Teixeira, em frente à concessionária Honda Dahruj. Esse acesso vai evitar o retorno atual que os veículos são obrigados a fazer à direita, passando por dois semáforos e, depois, passar pelo pontilhão da Prestes Maia, no sentido bairro-túnel.
Outra prevê a conclusão da marginal esquerda do Córrego Piçarrão. Será o acréscimo de uma faixa de circulação na Avenida Prefeito José Roberto Magalhães Teixeira, no sentido Centro-bairro, passando ao lado do 2° Distrito Policial, no bairro São Bernardo. A pista atual vai deixar de ser mão dupla. “A proposta é garantir a fluidez do tráfego que atualmente afunila nos viadutos, que têm apenas duas faixas de rolamento, contra as três do restante da Avenida Prestes Maia, e facilitar o acesso à região central pelo Túnel Joá Penteado” , explicou.
- A Avenida Prestes Maia tem um fluxo de cerca de 60 mil veículos diários nos dois sentidos. A avenida é uma das principais entradas da cidade e faz ligação com as rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Santos Dumont. Os veículos que chegam das rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Santos Dumont pela via poderão acessar o Túnel Joá Penteado, por exemplo, sem passar pela região do Centro e sem fazer contornos em semáforos. Além disso, milhares de veículos chegam da região Sul e do Aeroporto de Viracopos pela mesma avenida.
O Anel Rebouças atravessa diversos bairros que circundam a área central. A maior parte das avenidas já está pronta. Elas formarão um grande corredor, com a Marginal Piçarrão, Avenida Norte-Sul e as vias Luiz Smanio e Alberto Sarmento, entre outras. O trajeto completo começa na Vila Industrial e segue pelos bairros Bonfim, Castelo, Taquaral, Cambuí, Jardim Guarani, Jardim Proença, Ponte Preta, Vila Marieta,Vila João Jorge e volta à Vila Industrial.
Depois da conclusão das obras na região da Marginal Piçarrão, a Emdec deverá instalar placas em todo o entorno da cidade induzindo o uso do Anel Rebouças para chegar às diversas regiões e evitar o uso da área central.
- Costa disse que os recursos para as obras que faltam integram os R$ 18 milhões liberados pelo governo federal por meio do PAC da Mobilidade para a conclusão do Túnel Joá Penteado. A obra do Túnel 2 consumiu R$ 9 milhões e o restante será utilizado em obras complementares na região do Complexo Joá Penteado, incluindo estas obras do Anel Rebouças. Costa afirmou ainda que os recursos já estão em uma conta na Caixa Econômica Federal (CEF), que já examinou os projetos e encaminhou para análise do Ministério das Cidades.
“Falta apenas o sinal verde do ministério, fato que deverá ocorrer nos próximos dias”, garantiu o secretário. A concorrência para execução das obras já foi concluída e a empresa vencedora escolhida. “A expectativa é que até o final de abril saia a ordem de serviço, dando início às obras do anel viário”, afirmou.
- Só corredor não resolve, diz técnico – A criação do Anel Viário Engenheiro Rebouças deverá aliviar o fluxo de veículos no Centro, mas outras medidas precisam ser adotadas para evitar congestionamentos e transtornos no trânsito. Essa é a opinião do engenheiro Diógenes Cortijo Costa, do Departamento de Transporte e Geotecnia da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Costa defendeu a criação do anel intermediário atrelada ao trabalho de informação aos usuários. “O anel vai fazer a ligação de bairros periféricos sem a necessidade de uso do Centro da cidade, mas há necessidade de uma sinalização bem executada e de um programa de orientação do tráfego” , disse. “Com o programa e a sinalização, o anel Rebouças será uma boa alternativa, pois haverá um ganho de fluidez no trânsito” , comentou.
- O engenheiro disse também que a criação de linhas de ônibus do transporte coletivo nesta região pode ajudar também a dividir melhor o fluxo de veículos na cidade. Com uma frota de 684,5 mil veículos em Campinas e com a circulação de carros de toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC), o engenheiro afirmou que será necessário também utilizar as linhas férreas abandonadas na cidade para criar corredores estruturais, ou seja, para fazer também ligações específicas para as diversas regiões de Campinas. Flávio Ramos, vendedor que utiliza a região da Prestes Maia todos os dias, aprovou as mudanças anunciadas. “Espero que outras medidas venham junto com as obras, pois a cidade cresce mais rápido do que o ritmo das obras.”
Postado por Meu Transporte às 17:56 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 17:50 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 17:37 0 comentários
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