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Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Uma expansão da malha de trilhos urbanos, metropolitanos e entre cidades no Brasil – que está em gestação e começará a se concretizar em pouco tempo – promete trazer pelo menos uma dúzia de novos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Até onde se podia ver na primeira quinzena de junho de 2025, a implantação desses sistemas, uma vez integralmente efetivada, significará mais 367,58 quilômetros desse tipo de transporte rápido, eficiente, sustentável e estruturante em diferentes cidades do país.

Atualmente, há dez sistemas de VLT, totalizando 281,46 km, que atendem passageiros em mais de 20 grandes e médias cidades. Parte dessa rede corresponde a antigos sistemas de trens criados no fim do século XIX e início do século XX, que chegaram ao século XXI transformados em trens suburbanos, e mais recentemente foram reconfigurados, passando a operar com composições de VLT.

Os sistemas de VLT em operação atendem ao Rio de Janeiro, as cidades paulistas de Santos e São Vicente, na Baixada Santista; os municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Também são atendidas por VLT as cidades de Maceió, Satuba e Rio Largo, em Alagoas; Santa Rita, Bayeux e João Pessoa, na Paraíba; Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco; Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e São Jose Mipibu, no Rio Grande do Norte, e Teresina, capital do Piauí.

Os Futuros Sistemas
No Distrito Federal, se busca a implantação de uma linha de VLT em Brasília, com 22 km. Em Salvador, capital da Bahia, prosseguem as obras de construção do VLT que correrá no espaço deixado pelo subúrbio ferroviário, dividido em três trechos e totalizando 36,38 km. 

No Paraná, o governo avalia um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais (26 km). O governo de Santa Catarina anunciou em fevereiro de 2025 a contratação de estudos sobre um sistema de VLT que ligaria a capital, Florianópolis, a cidades de seu entorno, como Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, Jurerê, Canasvieiras e São José.

No Sudeste
Em 2024, foi inaugurada a Linha 4-Laranja do VLT Carioca (5,1 km e 11 paradas), ligada ao terminal Gentileza. Em operação desde junho de 2016, o VLT Carioca conta com quatro linhas em funcionamento e cerca de 28 km de extensão. Trata-se de um sistema que conecta pontos estratégicos da cidade, promovendo integração com metrô, trens, barcas, ônibus urbanos e intermunicipais, BRT e o aeroporto Santos Dumont. O VLT Carioca opera com uma frota de 32 composições, cada uma com capacidade para até 420 passageiros.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter interesse em transformar dois sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), operados com ônibus, em VLT. São eles o TransOeste, com 62,5 km, e o TransCarioca, com 43 km. Pensa-se ainda na implantação do VLT da Zona Sul, que teria extensão de 12 km.

Ainda no estado do Rio de Janeiro, está em exame o chamado VLT de Niterói, ligando o bairro do Barreto ao Centro da cidade, com potencial de extensão até Charitas. A extensão total do sistema deverá ser de 11,4 km, sendo que a primeira etapa terá cerca de 5 km e nove estações.

O governo capixaba estuda um sistema de VLT interligando a capital, Vitória, a Vila Velha, com extensão total de 34,8 km; uma das linhas com extensão proposta de 25,5 km, outra com 7,8 km e a terceira com 1,5 km.

Projetos Paulistas
Em território paulista, estuda-se o VLT de Campinas, com 44 km, 18 estações, ligando o centro ao aeroporto de Viracopos e cidades vizinhas; este sistema terá conexão com o Trem Intercidades Eixo Norte, a nova ligação ferroviária com a capital, já licitada. Também está em exame o VLT entre as cidades de Sorocaba e Iperó, com 25 km de extensão, integrado ao Trem Intercidades Eixo Oeste, este, com leilão previsto para acontecer no último trimestre de 2025.

A futura Linha 14 do sistema de trilhos da região metropolitana de São Paulo deverá ter 41 km, 23 estações e 41 carros de VLT com capacidade para 600 passageiros cada um e intervalo médio de cinco minutos.

Há propostas para implantação de dois sistemas de VLT no centro de São Paulo, com 12 km de extensão no total, integrados a projetos de revitalização urbana. Outra ideia é o VLT Barra Funda-Mandaqui, com 8 km – projeto elaborado por diferentes entidades e sugerido às autoridades.

Na Baixada Santista, o sistema de VLT segue em expansão: o primeiro trecho (Barreiros-Porto de Santos), com 11,5 km, foi entregue em 2017. O segundo (Conselheiro Nébias-Valongo, 8 km) está em obras. O terceiro (Barreiros-Samarita, 7,5 km) está previsto para ser iniciado em breve.

Estudo Nacional
A articulação institucional em torno da mobilidade urbana ganhou novo impulso com o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido desde 2024 pelo ministério das cidades e pelo BNDES. A iniciativa visa mapear as demandas e oportunidades de transporte de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do país.

Levantamento preliminar divulgado em março de 2025 apontou cerca de 400 projetos em potencial, abrangendo trens, metrôs, sistemas de VLT e BRTs. Estima-se que, para viabilizar esse conjunto, seriam necessários investimentos superiores a R$ 600 bilhões. Os dados ajudarão a estruturar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana e devem alimentar a carteira de projetos do Novo PAC.

A ideia é identificar projetos prioritários, de modo que o ministério das cidades possa contribuir com os investimentos necessários, o que inclui tanto o financiamento de obras quanto o apoio à elaboração e estruturação de projetos de mobilidade urbana.

Informações: Canal Technibus

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Projeto de trem Salvador-Feira é apresentado a secretarias estaduais

domingo, 29 de junho de 2025

O projeto de construção de uma ferrovia entre Salvador e Feira de Santana foi apresentado por empresários, nesta sexta-feira, 27, a integrantes do governo da Bahia, durante a reunião do Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI). A ideia da implantação do novo modal, com trens de alta velocidade, já havia sido levada anteriormente ao Ministério do Transportes, que colocou o projeto — elaborado pela TIC Bahia — sob análise da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para autorização.

De acordo com o assessor especial da Seplan e coordenador do GTI, Antônio Alberto Valença, o projeto vem sendo aprimorado ao longo dos anos, com a participação direta do governo do estado.

“Inicialmente, a proposta previa o transporte exclusivo de passageiros. Mas, em diálogo com o governo do estado, o modelo foi atualizado para também permitir o transporte de cargas, o que amplia significativamente seu potencial logístico e econômico”, explicou Valença.

“Estamos falando de um eixo com grande capacidade de atrair novos investimentos e dinamizar a economia. O projeto tem sido bem avaliado pelo Ministério dos Transportes justamente por reunir atributos técnicos e econômicos”, completou o coordenador.

Detalhes do projeto
Conforme antecipado pelo Portal A TARDE no último dia 12 de junho, o projeto prevê a redução do tempo de viagem entre Salvador e Feira de 1 hora e 11 minutos para apenas 35 minutos, atendendo a até 85 mil passageiros por dia. O investimento estimado seria de R$ 6,8 bilhões.

A linha teria 98 km a serem percorridos por trens de passageiros com velocidade de até 160 km/h, além de vagões de carga que poderiam circular em até 120 km/h, facilitando o escoamento de produtos nos portos da Baía de Todos-os-Santos.

A ferrovia seria implantada pensando em trens de bitola larga, de 1.600 mm, com eletrificação em 25kV e sistema de controle ETCS Nível 2, visando garantir a alta velocidade, em compatibilidade com os principais corredores ferroviários nacionais.

Estações
De acordo com o projeto obtido pelo Portal A TARDE, a ferrovia entre Salvador e Feira de Santana teria um total de 10 paradas, sendo oito estações de passageiros e outros dois pátios para carga.

A primeira estação seria no bairro de Águas Claras, na capital baiana, em integração com o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL), com o VLT que está em construção na região e também com a nova rodoviária soteropolitana, prevista para ser inaugurada até outubro deste ano.

Os trens ainda passariam por estações de passageiros em Simões Filho, Candeias, São Sebastião do Passé, Santo Amaro e Conceição do Jacuípe, até chegar em Feira de Santana, na parada Noide Cerqueira, e finalizar com a Estação Rodoferroviária Contorno.

Com esse traçado, na avaliação da TIC Bahia, a nova ferrovia Salvador-Feira de Santana teria impacto direto sobre uma população de 6 milhões de habitantes.

Impacto econômico
Segundo os estudos feitos pela TIC Bahia, a ferrovia Salvador-Feira pode gerar um impacto econômico de R$ 73 bilhões na capital baiana e seu entorno, com foco no polo portuário e nos serviços; além de outros R$ 17,2 bilhões na região metropolitana feirense, com suas mais de 300 indústrias.

A empresa também estima um faturamento de R$ 1,115 bilhão por ano com o trem intercidades, sendo R$ 1,035 bilhão com os 23 milhões de embarques anuais, a um preço médio de R$ 45; e outros R$ 80 milhões com o transporte de cargas.

O que é o GTI
Criado por meio de um decreto do governador Jerônimo Rodrigues (PT), no dia 10 de fevereiro de 2025, o Grupo de Trabalho Intersetorial é composto por representantes de 12 órgãos do governo do estado, entre titulares e suplentes.

O GTI é responsável por elaborar diagnósticos e propor soluções para os principais desafios logísticos da Bahia, com foco na integração multimodal, na superação de gargalos e na atração de investimentos sustentáveis.

Na reunião do GTI desta sexta, estiveram representantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Desenvolvimento Econômico (SDE) e Casa Civil, bem como de outros órgãos e empresas como a Companhia de Transportes da Bahia (CTB), BahiaInveste e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Informações: A Tarde

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Metrô de Salvador será ampliado com recursos do Novo PAC

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Em Salvador nesta segunda-feira (9), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, participou ao lado do governador Jerônimo Rodrigues do ato de assinatura que autoriza a publicação do edital de licitação para as obras do Tramo IV do Sistema Metroviário Salvador–Lauro de Freitas. A obra está entre os investimentos do Novo PAC Seleções na capital baiana, no valor de R$ 1,518 bilhão.

“Essa extensão do metrô vai ligar a estação da Lapa até uma nova estação subterrânea, que ficará na praça do Campo Grande”, explicou. “Será um sucesso porque toda população será beneficiada, sejam moradores da região, da Vitória, do Garcia, do Canela, do Campo Grande, de Politeama, e também quem trabalha, quem vai para a universidade, quem está indo pra escola, no hospital ou fazer exame numa clínica. Ou seja, teremos usuários da cidade inteira”, acrescentou Rui Costa.

O ministro lembrou que o metrô de Salvador opera há 11 anos, com "absoluto sucesso. É um modelo de referência para o país. Nós estamos remodelando outros metrôs existentes no Brasil, como em Recife e Fortaleza, para ficar tão eficiente quanto o de Salvador", afirmou.

Com o novo trecho de 1,5 km, o metrô de Salvador chegará a quase 40 km de extensão. O projeto inclui ainda o acréscimo de novos trens, “para manter o intervalo curto entre um trem e outro e aumentar a qualidade do serviço”, explicou o ministro. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2026. O investimento total do Governo Federal chega a R$ 2,134 bilhões.

Durante o ato, também foi autorizado pelo Governo do Estado o lançamento do edital para a aquisição de 10 novos trens que irão operar no novo trecho do metrô, ligando a Estação da Lapa à futura Estação Campo Grande e ampliando a malha de transporte na capital baiana e região metropolitana.

Investimentos pelo Brasil

O ministro Rui Costa falou ainda sobre os investimentos do Novo PAC na mobilidade urbana de outras capitais, focados na modernização dos sistemas metroviários.

“Já estamos concluindo os estudos de mobilidade urbana para a modernização do metrô de Natal, de Maceió, de Recife e Porto Alegre. Em São Paulo, nós participamos com a extensão de várias linhas, inclusive do chamado Trem Intercidades, que vai ligar a cidade de Campinas à capital e será o mais rápido do Brasil, com velocidade de 140 quilômetros por hora”, detalhou o ministro.

Informações: Governo Federal

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Sorocaba recebe primeira audiência do Trem Intercidades

segunda-feira, 26 de maio de 2025

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado (SPI), realiza nesta segunda-feira (26), em Sorocaba, a primeira audiência pública sobre o projeto de concessão do Trem Intercidades (TIC) Eixo Oeste, o TIC Sorocaba, que ligará o município à capital paulista. O encontro será presencial, às 11h, na Câmara Municipal de Sorocaba, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Governo no YouTube.

Não é necessário se inscrever previamente para assistir às audiências públicas, basta respeitar a capacidade do local. Já os interessados em se manifestar durante as sessões podem se inscrever preenchendo o formulário disponível no site da SPI ou presencialmente, no momento indicado durante o evento.

Além da participação nas audiências, os interessados poderão contribuir por meio da consulta pública, aberta no dia 30 de maio e disponível à sociedade até o dia 2 de junho. As sugestões devem ser enviadas por formulário eletrônico disponível por meio de data room no site do projeto. A participação é aberta a pessoas físicas e jurídicas que desejam colaborar com o aprimoramento do projeto.

Com investimento estimado em R$ 12 bilhões, o projeto do TIC Sorocaba prevê a implantação de dois serviços: Expresso e Parador, ampliando as opções de mobilidade para a população. A proposta inclui ainda a modernização das estações, aquisição de uma nova frota e a integração com as linhas de trens metropolitanos, metrô e o Trem Intercidades Eixo Norte. A expectativa é que o TIC atenda até 50 mil passageiros por dia, com tempo de viagem estimado em cerca de uma hora entre Sorocaba e São Paulo.

Outras duas audiências serão realizadas: nas cidades de São Roque (28 de maio) e São Paulo (29 de maio), sempre às 11h. O TIC Sorocaba faz parte do programa SP nos Trilhos que conta com mais de 40 projetos de expansão da malha metroviária, de trens urbanos e a construção dos Trens Intercidades (TICs) e VLTs. Ao todo, as iniciativas estão estimadas em mais de R$ 190 bilhões, somando mais de mil quilômetros de extensão de trilhos na Grande São Paulo, interior e litoral. 

Informações: Jornal Cruzeiro do Sul

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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Marcopolo Rail apresenta novas versões urbana e intercidades do Prosper

segunda-feira, 28 de abril de 2025

A Marcopolo Rail, especializada no desenvolvimento e produção de modais sobre trilhos, apresenta na 23ª edição da NT Expo – Negócios nos Trilhos, que termina amanhã, dia 24, no Distrito Anhembi, em São Paulo, as novas versões urbana e intercidades do Prosper, modelo de trem 100% fabricado no Brasil pela empresa.
“O transporte de alta capacidade sobre trilhos é essencial para garantir uma mobilidade integrada, sustentável e eficiente. As novas versões urbana e intercidades do Prosper apresentadas chamaram muita a atenção dos visitantes pelos elevados padrões de conforto e qualidade, destacando o seu potencial de mercado”, afirma Petras Amaral Santos, gerente executivo da Marcopolo Rail.

Sistemas de propulsão sustentáveis e eficientes
Além das novas versões do seu trem Prosper, a Marcopolo Rail anunciou a parceria com a MTU, marca da Rolls-Royce fornecedora de sistemas de propulsão (Powerpacks) diesel-elétricos e diesel-mecânicos.

“Buscamos criar soluções que impactem de forma positiva o cotidiano. Além de atender às necessidades de locomoção, nossos projetos visam proporcionar atributos como conforto, segurança e entretenimento, contando com uma engenharia e equipes multidisciplinares atentas às tendências de mercado e principais normas internacionais”, enfatiza o executivo.

Transformação da mobilidade sobre trilhos
Desde o início das suas atividades, em 2019, a Marcopolo Rail tem trabalhado para conectar a mobilidade sobre trilhos com o futuro e identificar oportunidades que contribuam para o avanço do segmento em linha com as atuais demandas globais.

“Temos investido significativamente no desenvolvimento de parcerias e produtos para valorizar o segmento metroferroviário no mercado nacional e na América Latina, promovendo inovação e tecnologia para atender às demandas de mobilidade urbana e intermunicipal”, acrescenta Petras. 

Sobre a Marcopolo Rail

Alinhada com o propósito de melhorar a experiência de vida por meio da mobilidade, a Marcopolo Rail é uma divisão da Marcopolo especializada no desenvolvimento e produção de novos modais sobre trilhos. A Marcopolo Rail tem em seu portfólio produtos ferroviários e atua na produção de Multiple Units bem como fabricação de People Movers. Além da linha de produtos, também oferece contratos para serviços de manutenção e modernização.

Informações e imagens: Divulgação Marcopolo

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Jundiaí terá novas linhas de trem para SP e Campinas

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Duas novas linhas ferroviárias devem transformar a mobilidade entre Jundiaí, Campinas e a capital paulista: o Trem Intercidades (TIC) e o Trem Intermetropolitano (TIM). Além disso, a atual Linha 7-Rubi, da CPTM, será modernizada como parte do projeto.

Até o momento, não há previsão de novas audiências, porém, o projeto tem movimentado reuniões entre o Governo do Estado e as Prefeituras envolvidas. Em Jundiaí, a administração municipal apresentou 11 pedidos de travessias sob a ferrovia — para passagem de veículos, galerias pluviais e córregos. Também foram realizadas audiências públicas em Jundiaí e Campinas para apresentação da proposta à população.

O Trem Intercidades (TIC) – Eixo Norte, que ligará São Paulo a Campinas com uma parada em Jundiaí, terá capacidade para até 860 passageiros por viagem. O trajeto de 101 km será realizado em aproximadamente 1 hora e 4 minutos, com trens que podem atingir até 140 km/h. A tarifa prevista é de R$ 64,00.

Já o Trem Intermetropolitano (TIM) fará a conexão entre Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos. O percurso de 44 km será feito em até 33 minutos. Os trens do TIM terão capacidade para até 2.048 passageiros por viagem, velocidade média entre 44 km/h e 80 km/h, e tarifa estimada em R$ 14,05. Para viabilizar o serviço, será construída uma nova plataforma na estação de Campinas e uma terceira via exclusiva para o transporte de cargas, que será remanejado.

Atualmente, ambos os projetos estão na fase de desenvolvimento do projeto básico, com conclusão prevista para setembro de 2025. Em seguida, será elaborado o projeto executivo, e as obras devem começar no primeiro semestre de 2026. A previsão de início da operação do TIC é em maio de 2029, enquanto o TIM deverá entrar em funcionamento em abril de 2031.

Liliana Rosa conhece bem os desafios de quem depende do transporte coletivo diariamente. “Trem de Jundiaí pra Campinas, de Campinas pra Jundiaí, vai facilitar, sim. Porque geralmente quem precisa ir pra Campinas e precisa usar o trem também tem que ir até a rodoviária. Então tem que gastar com mais transporte, demanda mais tempo”, afirma.

Ela também acredita que o novo serviço pode trazer benefícios além da mobilidade. “Vai diminuir custos. Fora que vai atrair mais gente pra ver e conhecer Jundiaí. Pode chamar mais atenção dessa galera pra vir pra cá, curtir, novas oportunidades de trabalho, shows, turismo. Vai facilitar muito”, completa.

O projeto, estimado em R$ 14,2 bilhões, faz parte de um programa mais amplo para expandir e modernizar a malha ferroviária paulista, priorizando modais mais sustentáveis e eficientes para o transporte de passageiros. A expectativa é beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios, além de gerar mais de 10 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.

Informações: sampi.net.br

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