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Ônibus entram em greve em Belém, no Pará

quarta-feira, 9 de maio de 2012

À meia-noite desta quarta-feira, motoristas e cobradores de ônibus de Belém, no Pará, entraram em greve. A decisão foi tomada após assembleia realizada na noite de ontem, no Clube Monte Líbano, na qual os rodoviários rejeitaram a proposta de conciliação feita pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT).
 
O SRT havia proposto reajuste de 6% dos salários (1% de ganho real acima da inflação), reajuste do repasse para a clínica dos rodoviários de 20% (R$ 150 mil/mês) e reajuste de 10% no tíquete alimentação, que passaria de R$ 310 para R$ 340.
 
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros em Belém (Setransbel), o presidente Paulo Fernandes Gomes está reunido nesta manhã com os advogados para marcar uma nova reunião com os rodoviários. A assessoria de imprensa explicou que a intenção é terminar o quanto antes com a paralisação.
 
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Stransbel, os rodoviários não estão cumprindo o acordo em paralisar apenas 50% da frota e já houve depredação de veículos - alguns tiveram seus pneus furados. Ônibus também são impedidos de sair dos terminais.
 
Novas informações referentes à paralisação devem ser divulgadas após coletiva de imprensa prevista para as 12h.
Havia também especulações indicativas sobre paralisação dos transportes rodoviários de Ananindeua e Marituba, mas não haviam sido confirmadas até as 10h.

Fonte: Terra Notícias

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CTBel diz que número de usuários já chegam a 1 milhão por dia no caótico transporte de Belém

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quem disse que o trânsito de Belém não tem jeito? Ou melhor, será que ele ainda tem jeito? Para o cidadão comum, que diariamente tem motivos de sobra para se exasperar, retido em congestionamentos até pouco tempo atrás tidos como improváveis, perguntas desse tipo se tornam hoje recorrentes e recorrentemente ficam sem respostas. A realidade, que chega a ser aniquiladora em alguns momentos, é um trânsito tenso, barulhento, caótico muitas vezes. Manter os nervos no lugar chega a ser quase impossível, e o resultado que se tem é a progressiva degradação do espaço urbano com a consequente deterioração das condições de vida da população.

Mas terá de ser sempre assim? – é outra pergunta que tem ressurgido com força nestes últimos tempos. Enquanto isso, a população de Belém vai perdendo rapidamente as condições mínimas de mobilidade, tolhida que está pelo explosivo aumento da frota circulante, pela concentração demográfica decorrente do boom imobiliário e por um sistema viário caquético e obsoleto. Assim, não há respostas prontas nem para essas e nem para outras indagações que de certa forma refletem temores e incertezas em relação ao futuro da cidade.

Solução para esses problemas, como se sabe, ainda não existem, e nem nascem prontas. De qualquer forma, depois de conviver durante décadas com o contínuo agravamento dos problemas ligados ao tráfego urbano, a população belenense – e como ela a de toda a Região Metropolitana – vê surgirem não uma, mas duas propostas simultâneas como possibilidades de solução. Os dois projetos – um da Prefeitura Municipal e outro do Governo do Estado – sugerem o mesmo modo de transporte, o Bus Rapid Transit (BRT), como instrumento para desfazer o nó do transporte público de passageiros e, em decorrência, para promover o descongestionamento nos principais corredores de tráfego da cidade.

Embora conceitualmente parecidos, porém, os dois projetos diferem bastante no traçado e na abrangência. Orçado em R$ 430 milhões, o projeto da PMB, ainda obscuro, sem projeto executivo e sem fonte garantida de recursos, tem seu traçado restrito a dois corredores de tráfego, a avenida Augusto Montenegro, a partir da via de acesso para o Outeiro, na entrada da Vila de Icoaraci, e a avenida Almirante Barroso, do Entroncamento até São Brás. O projeto municipal prevê a construção de dois elevados no Entroncamento, uma solução inteligente para desafogar o trânsito naquela área, eliminando a esdrúxula fórmula de engenharia que criou ali uma lenta e perigosa corrente de tráfego em permanente contrafluxo.

A proposta da Prefeitura, além de quase que totalmente ignorado ainda em sua concepção técnica, apresenta no pouco que é conhecida diversões senões que a tornam objeto de sérios questionamentos. Dois pontos, em especial, reforçam as suas inconsistências. Um, o fato de prever a solução do transporte público com ônibus de circulação rápida somente até São Brás, sem contemplar qualquer solução para a obstrução crônica que hoje temos em duas áreas centrais de Belém – a avenida Presidente Vargas e o complexo do Ver-O-Peso. O outro, a sua abrangência restrita à capital, desconsiderando o fato óbvio de que a questão do trânsito não é um problema pontual, mas de alcance metropolitano.
Tarifa é base dos custos e não aumentará
Dois técnicos japoneses, ligados à Jica, se encontram no momento em Belém. Em conjunto com a equipe estadual de especialistas do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), eles estão fazendo a compatibilização da legislação brasileira, em resguardo da soberania nacional, com os dispositivos da legislação japonesa. Segundo explicou o diretor geral do NGTM, o arquiteto Cesar Meira, este é um passo necessário para a elaboração do contrato definitivo, que será assinado em Tóquio no final de março, A minuta do contrato foi assinada em Brasília no dia 9 deste mês.

Com base também nesse trabalho conjunto, o NGTM vai montar agora o edital da licitação internacional para contratação da consultoria geral do empreendimento. A consultoria é que vai fazer todo o detalhamento do projeto, incluindo desde o planejamento financeiro e orçamentário até a execução das obras de engenharia do sistema BRT. Nessa fase serão apresentadas também as soluções conclusivas a respeito das questões mais delicadas. Entre elas, a localização dos pontos de parada e de travessia de pedestres ao longo da BR-316 e Almirante Barroso.

O detalhamento vai permitir também, entre muitas outras questões, o redimensionamento da frota, a possível revisão de linhas urbanas e a adoção de um sistema de trânsito rápido, seguro e eficiente na área mais central da cidade, a partir de São Brás, o que inclui a utilização de veículos dotados de tecnologias modernas e inovadoras. A idéia central é acabar com o “passeio” de ônibus quase vazios que hoje congestionam os corredores centrais, como Presidente Vargas e Castilhos França.

 ENTRONCAMENTO

De acordo com Cesar Meira, estudos comprovam que, do universo de usuários que utilizam ônibus em circulação na BR-316 em direção ao centro, 30% desembarcam já no Entroncamento, enquanto a redução de demanda chega a 50% em São Brás. A simples otimização dos serviços a partir desses dois pontos de referência já significará, para o diretor do NGTM, um ganho enorme para a população, seja pela sensível melhoria dos serviços, seja pela economia de tempo, seja ainda pela redução das emissões de gases poluentes. “E um dado importante em relação aos cálculos”, faz questão de frisar Cesar Meira. “Nós vimos trabalhando, desde o início dos estudos de viabilidade, rigorosamente com a tarifa vigente, o que significa dizer que o projeto em si não acarretará aumento de preço”.
Projeto BRT do Governo também depende dos recursos privados

Orçado em torno de R$ 607 milhões – sendo R$ 320 milhões de financiamento da Jica, a Agência de Cooperação Internacional do Japão, R$ 167 milhões de contrapartida do Estado e R$ 120 milhões o desembolso previsto pela iniciativa privada –, o Projeto Ação Metrópole contempla soluções globais para as questões que afetam globalmente o trânsito em toda a Região Metropolitana. Isso significa dizer que a proposta do Governo do Estado busca encaminhar soluções não exclusivas para a capital, mas antes contempla o caos do trânsito em Belém como síntese e somatória de problemas convergentes a partir de municípios como Santa Bárbara, Santa Isabel, Benevides, Marituba e Ananindeua.

Essa realidade emerge dos próprios números. Segundo dados fornecidos esta semana pela CTBel, aproxima-se já da casa de um milhão (982.081) o universo de passageiros que se utilizam, diariamente, do serviço de transporte coletivo oferecido pela frota de ônibus que circula na capital, boa parte dela oriunda dos municípios que integram a Região Metropolitana. Essa frota média é hoje estimada em 1.704 ônibus, sendo 1.112 da própria capital e 592 da RMB. Nesses números não estão incluídos os quantitativos de vans e de seus usuários, sobre os quais a CTBel não exerce qualquer controle por se tratar de um serviço clandestino.

O projeto Ação Metrópole, do Estado, que em sua primeira etapa resultou no prolongamento da avenida Independência da Augusto Montenegro até a avenida Júlio César e na construção do Elevado Daniel Berg, prevê para esta segunda etapa duas obras integradoras do transporte metropolitano. A primeira é o prolongamento da avenida João Paulo II até o elevado do Coqueiro. A segunda, a implantação de faixas rápidas e exclusivas para ônibus que partirão de um terminal em Marituba, próximo ao acesso da Alça Viária, e vão além de São Brás para alcançar duas áreas nevrálgicas da capital.

Um desses pontos críticos é o corredor da avenida Presidente Vargas, incluindo a extensão de retorno pelas avenidas Nazaré e Magalhães Barata. O outro, o complexo do Ver-O-Peso, neste incluindo os eixos de saída da cidade – 16 de Novembro, Almirante Tamandaré, Gentil Bittencourt e Mundurucus. O projeto estadual não contempla, como se vê, a avenida Augusto Montenegro, hoje um dos nossos mais problemáticos corredores de tráfego. Se for possível conciliar os dois projetos – o do Estado e o da PMB –, tornando-os complementares e não concorrentes, Belém terá a chance de romper com décadas de atraso e abraçar um dos mais modernos sistemas de tráfego urbano do Brasil, num horizonte que se estenderá pelo menos até por volta de 2025, segundo os especialistas.

Fonte: Diário do Pará
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Em Belém, Entidades querem audiência pública sobre BRT

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Sindicato dos Servidores Federais (Sintsep-PA), juntamente com o Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade da Amazônia (Unama) lançaram nota que questiona o projeto de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), da Prefeitura de Belém, e exigem a realização de uma audiência pública para consulta da população sobre o projeto.

Na próxima quinta-feira (11), as entidades convocarão uma plenária com outros setores da sociedade para construir um fórum contra o BRT e em defesa de outras propostas para o transporte público. A reunião acontece às 18 horas, no auditório do Sintsep, localizado travessa Mauriti, 2239, bairro da Pedreira.

De acordo com Márcio Amaral, do Sintram, o sistema BRT proposto por Duciomar “inspira desconfiança”. Ele alega que o projeto não leva em consideração a opinião dos moradores de Ananindeua, Marituba e demais regiões da BR-316, além do próprio centro da cidade. Para Amaral é necessário realizar uma audiência pública para debater o tema.

Segundo Emanuelle Nery, do DCE Unama, com a implantação do BRT a prefeitura prevê dois aumentos no valor da passagem. “O preço de tudo vem subindo e o reajuste dado no salário mínimo já está sendo consumido com a alta na cesta básica”, alegou.

A nota das entidades defende o cancelamento imediato da licitação atual com a construtora Andrade Gutierrez, alegando suspeitas na forma como a empresa ganhou a licitação de R$430 milhões, e congelamento do sistema BRT até a realização de audiências públicas para discussão do projeto com a população.

Também faz parte da pauta do movimento a exigência de estagnação do preço da passagem e a formação de uma Comissão dos Trabalhadores e da Sociedade, com integrantes dos Sindicatos, Ministério Público, especialistas em transporte público para discutir os impactos sociais, econômicos e ambientais da proposta.  As entidades questionam se “não há alternativas mais baratas e mais viáveis” para o trânsito de Belém. (DOL, com informações da Ascom do Sintram)




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No Pará, Obras na rodovia Independência começarão em abril

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A tão sonhada rodovia da Independência (PA-483), que vai desafogar o trânsito da avenida Almirante Barroso e da BR-326 – principais vias de acesso à capital paraense – vai finalmente sair do papel e das promessas. O governador Simão Jatene assinou nesta sexta-feira (25), no Ministério da Integração Nacional, convênio no valor de R$ 7 milhões para dar início às obras. No próximo ano, o Governo do Pará destinará R$ 20 milhões ao projeto, enquanto o Ministério investirá mais R$ 63 milhões para a conclusão da rodovia.

A obra vai custar, no total, R$ 90 milhões. Os recursos serão assegurados no Orçamento Geral da União de 2012. Ainda este ano, a Secretaria de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb) deve lançar o edital de licitação para a construção da rodovia. A estimativa é que a obra seja iniciada em abril de 2012 e concluída em junho de 2013.

A solenidade de assinatura do convênio foi prestigiada pelo prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, pelo deputado federal José Priante (PMDB-PA), relator de Integração Nacional e Meio Ambiente da proposta orçamentária do Governo Federal, e pelo titular da Seidurb, Márcio Espíndola.

MOBILIDADE URBANA
A rodovia Independência terá nove quilômetros de extensão, ligando a rodovia do 40 Horas à BR-316, nas proximidades do posto da Polícia Rodoviária Federal e do acesso à Alça Viária, em Marituba. Dentro de Ananindeua, interligará o Distrito Industrial, o futuro campus universitário (na Granja do Icuí) e o bairro da Cidade Nova.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, declarou que o Ministério concordou em ser parceiro do projeto por considerá-lo “necessário e fundamental à integração dos municípios da Região Metropolitana de Belém”, além de “melhorar substancialmente” o trânsito naquela região.

O governador Simão Jatene destacou que, sem a construção da nova rodovia, não seria possível intervir na melhoria do trânsito na entrada e na saída de Belém. “A rodovia Independência é única alternativa que se tem para se fazer uma intervenção de grande porte no corredor da avenida Almirante Barroso. Como mexer na Almirante Barroso, se não há outra via alternativa? Com a Independência será possível implantar novos projetos de mobilidade urbana de Belém”, ressaltou Jatene.

O prefeito Helder Barbalho destacou que a obra beneficiará diretamente centenas de habitantes de Ananindeua, que são atualmente os mais prejudicados pelo intenso movimento de veículos na BR-316. Entre esses habitantes, estão os moradores da Cidade Nova, o bairro mais populoso do município e de toda a Região Metropolitana de Belém. “Será um novo momento para a melhoria da qualidade de vida dessa população”, comemorou o prefeito.

O deputado José Priante lembrou que já está concluindo o relatório para assegurar recursos no orçamento do Ministério da Integração Nacional. “Na qualidade de relator do Orçamento, não poderia perder essa grande oportunidade de ajudar o Governo do Estado a solucionar os problemas que Belém enfrenta por não ter alternativas de tráfego para entrar ou sair da cidade. Com essa parceria e com os recursos assegurados no Orçamento, a obra poderá ser iniciada e concluída”, afirmou Priante.

Informações do Diário do Pará

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Aumenta o número de acidentes no trânsito de Belém

terça-feira, 27 de setembro de 2011

As estatísticas da capital referentes a 2010 não mentem: apenas em Belém, aconteceram 10.320 acidentes no trânsito, resultando em 3.647 feridos e 130 mortos. O total de pedestres atropelados no ano passado chegou a 691, totalizando 46 mortos. Os acidentes motociclísticos chegaram à incrível marca de 10.485 ocorrências, com 271 mortos. Já os acidentes com ciclistas chegaram a 633, com 14 vítimas fatais.

Os dados revelam uma realidade vivida há muito tempo pelos moradores de Belém: dirigir ou simplesmente trafegar em ruas e calçadas por Belém vem se tornando uma tarefa cada vez mais difícil e perigosa.

O arquiteto e urbanista, Paulo Ribeiro, especialista em transportes, diz que a questão do trânsito deve ser debatida de forma mais ampla sob o aspecto da mobilidade, que implica em vários aspectos, sejam sociais ou econômicos. “Não adianta você ter uma ótima solução de transporte se o usuário não tem condições de pagar a tarifa. É por aí”, coloca.

Ribeiro aponta que a solução para Belém passa pela reestruturação do sistema de transporte público que, segundo ele, se mantém completamente obsoleto e com a mesma concepção operacional desde quando se iniciou o transporte de passageiros, baseado em linhas bairro-centro. “Hoje, a região metropolitana assumiu outro contexto e as ligações bairro-centro, que são as vias, não têm mais capacidade para esse volume. Hoje, o sistema de transporte público é extremamente precário em termos de oferta na periferia e excessivamente no centro”.

Como não há mais espaço para oferta de linhas na periferia, os moradores dessas regiões ficam penalizados, já que novas ocupações sempre vão surgindo. “Grande parte dos ônibus de Ananindeua já retornam do Entroncamento, fazendo com que o usuário tenha que pegar outro coletivo para ir ao centro. Só mudando essa concepção, implantando um sistema integrado, resolveria essa situação”, explica.

Essa integração, segundo Ribeiro, seria multimodal, não envolvendo apenas ônibus-ônibus, mas também bicicleta-ônibus, carro-ônibus e até barco-ônibus. Assim, o deslocamento seria facilitado, podendo ser utilizado mais de um modal. “Dessa forma, poderíamos melhoraríamos a oferta no centro, de maneira mais racional, com corredores segregados, aumentando a oferta na periferia com linhas menores que não viriam até o centro, mas até determinados corredores de grande capacidade”.

Por esse modelo, o ônibus percorre uma fixa segregada, só dele, tendo maior velocidade operacional e acessibilidade. “Será muito mais rápido para quem sai de casa, pega o ônibus para o trabalho e retorna também de ônibus. O carro ficaria na garagem e a diminuiria a demanda de veículos nas ruas, tendo em vista que nenhuma cidade brasileira hoje tem condições de aumentar seu espaço viário na mesma proporção que cresce a frota de veículos”.

O único projeto que existe nesse sentido atualmente, de acordo com Paulo Ribeiro, é o Ação Metrópole. O projeto do Ação Metrópole começou a ser feito ainda na época do Plano Diretor de Transporte em 1990. Em 2001, ele foi revisto e em 2003, feito um estudo de viabilidade. Em 2008 e 2009, o governo do Estado fez o Ação Metrópole com algumas obras viárias importantes, como a avenida Centenário, a recuperação da Arthur Bernardes e os elevados Gunnar Vingren e o da Júlio César.


Sistema já está “na UTI”


Para a professora doutora Maisa Sales Tobias, engenheira de Transportes da Universidade Federal do Pará, a falta de investimentos no sistema de transporte público metropolitano e de entendimento político sobre a questão, aliado à falta de projetos, prejudica sensivelmente a mobilidade na RMB.“Não há educação dos condutores e a fiscalização com punição severa aos maus condutores não existe. Há muito tempo em Belém só se faz conscientização no trânsito em campanhas esporádicas, quando a educação deveria ser permanente desde cedo”, diz Maisa, que integra o Grupo de Mobilidade Territorial e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, da Faculdade de Engenharia Civil.

Segundo ela, não há uma gestão estratégica no trânsito no Estado e em Belém. “A decisão tem que ser conjunta, envolvendo todos os municípios, com tratamento igual e respeito às autonomias e direito de voz a todos, já que parte do problema do trânsito é metropolitano e não localizado”.

Para ela, o trânsito e o transporte de Belém já “estão na UTI” há muito tempo. “Não há um pequeno remédio para resolver a situação. As medidas precisam ser impactantes na proporção da gravidade da situação”, analisa.

“Se não abrirmos espaços para a circulação de motos e bicicletas, não há como diminuir as fatalidades nos acidentes nem proporcionar transporte a quem não pode pagar o ônibus circular para atender as suas necessidades mais básicas. Se não adotarmos um Plano de Circulação Urbana de carga, o trânsito vai continuar congestionado”.

ACIDENTES

Apenas em Belém, em 2010, aconteceram 10.320 acidentes no trânsito, resultando em 3.647 feridos e 130 mortos. O total de pedestres atropelados no ano passado chegou a 691, totalizando 46 mortos.


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Idosos são 'invisíveis' no transporte público

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Carregar o peso da idade nas costas não é nada fácil. A dificuldade de se locomover, de enxergar e até de falar, prejudica ainda mais os idosos. Eles que já viveram de tudo e que deveriam ser tratados com todo respeito, cuidado e carinho, quase nunca recebem essa atenção.

Um dos desrespeitos mais aparentes acontece nas paradas de ônibus e nos veículos de transporte coletivo. Motoristas que “queimam” os pontos e a falta de educação de muitos usuários comuns dentro dos veículos são uma realidade cotidiana. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel), na Região Metropolitana de Belém existem 49 mil idosos registrados no “Passe livre”.

Isso representa 5,5% do número de usuários - o que chega a 876 mil por dia para uma frota de 1.843 ônibus. Conforme o estatuto do idoso, os transportes coletivos são obrigados a reservar 10% dos assentos com aviso legível. Apesar de a lei existir, quase nunca é cumprida. A bordo de alguns ônibus da cidade, o DIÁRIO pôde verificar o desrespeito com os mais “experientes”.

Em uma linha de ônibus que fazia viagem para Ananindeua, mesmo com o adesivo indicando que o lugar era destinado a idosos ou deficientes físicos, dois dos cinco assentos estavam sendo ocupados por pessoas mais jovens. Quando indagada, a enfermeira Ana Cláudia Dias, que estava sentada em um dos lugares, tentou justificar alegando que se alguém preferencial subisse, ela concederia a vaga. Embora muito usada, essa justificativa quase nunca é posta em prática. Creuza Lisboa, de 67 anos, afirma que por vezes segue em pé, diante da indiferença dos mais jovens. “Todos fingem não nos ver. Pedir para sentar? Nem pensar. Eles sempre nos tratam mal”, desabafou. Jones Reis, 83 anos, diz que já presenciou muitos outros idosos serem destratados, sem que ninguém impeça. “O motorista ou o cobrador deveriam fazer algo. Ao menos pedir para que o passageiro levante para sentarmos. É nosso direito”. Antônio Santana, de 77 anos, concorda. “Já cansei de permanecer por horas na parada de ônibus esperando que algum dos veículos parasse”, conta.

Central de atendimento da CTBel está desativada

Denunciar esta situação aos órgãos competentes seria uma boa tentativa de inibi-la. Mas em Belém, a central de atendimento 0800, que recebe este tipo de reclamação, está desativada há muito tempo. E os usuários ficam sem ter a quem recorrer.

A Companhia de Transportes de Belém (CTBel), responsável pela fiscalização dos ônibus, afirma que as medidas só podem ser tomadas quando há denúncias dos usuários, que devem ser feitas com o número de ordem do veículo, dia, hora e local onde foi presenciado o desrespeito. Quanto ao 0800, que está desativado, o órgão afirma que as denúncias estão sendo recebidas pelo telefone da ouvidoria e que uma nova licitação está sendo feita para ativar o serviço. Nenhuma previsão foi dada para esta implantação.

Em relação à atitude dos motoristas e cobradores, a CTBel informa que desde 2007 vem sendo realizado um curso de capacitação para os funcionários das empresas, que teria possibilitado a reciclagem de aproximadamente dois mil funcionários.

Informações do Diário do Pará

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Tarifa de ônibus sobe para R$ 2,00 em Ananindeua

terça-feira, 19 de julho de 2011

Moradores do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, passaram a pagar R$ 2 pela tarifa de ônibus. O reajuste, que chega com dois meses de atraso, equipara o valor da passagem no município com o que já vem sendo cobrado no restante da Grande Belém. O aumento já foi homologado pela prefeitura de Ananindeua e passa a valer a partir de sua publicação no Diário Oficial do Município, o que acontece hoje. Nas ruas, apesar de muita gente desconhecer a medida, o reajuste já era esperado. "Imaginava que ia aumentar. Isso de preço diferenciado estava causando muita confusão", disse o estudante Rodrigo Silva, para quem vai ser mais fácil pagar a meia-passagem. "Pelo menos vai facilitar o troco", brincou.

Apesar de amplamente divulgado na mídia, o aumento deve pegar alguns usuários de surpresa. Ontem de manhã, em vários pontos de ônibus de Ananindeua, passageiros declararam não saber o valor que passa a ser cobrado a partir de hoje. "Confesso que não sabia. Fui pego de surpresa", comentou o vendedor Eduardo Júnior. Segundo ele, não há placas dentro dos coletivos sinalizando o aumento. "Geralmente, quando a passagem vai aumentar eles colocam logo uma placa dentro do ônibus alertando os passageiros, dessa vez ainda não vi nenhuma", completou. De fato, muitos ônibus estão circulando dentro do município sem o aviso do reajuste. Em um deles, da linha Águas Lindas/Presidente Vargas, nem cobrador nem motorista sabiam do reajuste. "Ainda não fomos informados", afirmou o condutor.

A decisão de equiparar o preço com Belém foi tomada em uma reunião entre o Ministério Público Estadual (MPE), a Companhia de Transporte de Belém (CTBel), o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) e a Prefeitura Municipal de Ananindeua, no último dia 13.

Ananindeua era o único dos cinco municípios da Região Metropolitana que permanecia com o preço da passagem a R$ 1,85. O que vinha gerando alguma confusão. Enquanto passageiros que passavam pela catraca dos coletivos em Belém, Marituba, Benevides e Santa Bárbara pagavam R$ 2, os que passavam em Ananindeua pagavam R$ 1,85. A diferença de preço entre os municípios vizinhos fazia com que passageiros que apanhavam o ônibus em Belém esperassem chegar a Ananindeua para passar pela catraca e pagar 15 centavos a menos.

Fonte: O Liberal

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Em Belém, Tarifa de ônibus volta a custar R$ 2

domingo, 5 de junho de 2011

“Isso é uma palhaçada! Eles estão brincando com a cara da população”. Essa foi a reação da doméstica Socorro de Oliveira quando soube que a passagem de ônibus, que desde da última quinta-feira estava custando R$ 1,85, voltaria a custar R$ 2 em Belém. A decisão de revogar a tutela antecipada que determinou a redução da tarifa paga pelo transporte público em Belém desde o dia 31 de maio, foi do próprio juiz que a concedeu, Elder Lisboa, titular da 1ª Vara de Fazenda da Capital.

Segundo o despacho do juiz, a decisão foi motivada porque, segundo ele, o Município de Ananindeua teria questionado, junto ao Tribunal de Justiça, sua competência para julgar a ação, mesmo após ela já ter sido concedida em benefício de Ananindeua.

“O Município de Ananindeua, autor da ação civil pública, mesmo diante da satisfação de sua pretensão, pela medida liminar concedida, interpôs junto ao Tribunal de Justiça deste Estado, agravo de instrumento onde questiona a competência deste Juízo para dirimir e julgar o feito”, dizia no despacho. Como consta no documento, foi o próprio Município de Ananindeua quem ajuizou uma ação civil pública pedindo que o reajuste da passagem para R$ 2 fosse revogado.

Ainda assim, o juiz justifica sua decisão a partir da afirmação de que o autor da ação teria requerido que ele (juiz) fosse declarado incompetente para julgar a ação. “Ora, se o próprio autor da ação, mesmo diante da decisão que almejava, busca destituir este Juízo da condição de competente para dirimir e julgar o feito, nos resta evidente que a liminar concedida não deve prevalecer, até que o Tribunal de Justiça do Estado do Pará se pronuncie sobre a competência absoluta no presente feito”, informava o documento.

Inicialmente, a procuradoria jurídica de Ananindeua entrou com o pedido de liminar para impedir o reajuste da tarifa no transporte coletivo na Região Metropolitana de Belém na 4ª vara da Fazenda Pública da comarca do município. Ocorre que a juíza se julgou incompetente para apreciar a matéria sob a alegação que o assunto extrapolava a sua jurisdição. Em seguida, a magistrada encaminhou o processo para Belém.

“A prefeitura de Ananindeua agravou da decisão da juíza, alegando que a questão da tarifa era afeita tanto a Ananindeua como Belém, já que afetava a área metropolitana e que qualquer um dos dois municípios estava apto a julgar o feito”, disse o Procurador Geral de Ananindeua, Edílson Dantas.

Segundo ele, nesse ínterim, o processo foi recebido por Elder Lisboa em Belém, que imediatamente deferiu a liminar reduzindo a passagem para R$ 1,85. “Ao tomar conhecimento dessa decisão, a procuradoria de Ananindeua desistiu do agravo na vara do município, já que a liminar a seu favor havia sido dada, e o agravo perdido o objeto”, afirmou o procurador.

ENGANO

Ocorre que Elder Lisboa tomou conhecimento do agravo e revogou a liminar anteriormente concedida contra o reajuste. No despacho, o magistrado ressalta que em 20 anos de profissão nunca havia visto um beneficiado por liminar agravando um benefício recebido, o que mostra que houve um equívoco de interpretação do juiz.

Ontem, a procuradoria jurídica de Ananindeua deu entrada com um pedido de reconsideração da decisão do juiz. Na segunda-feira, os advogados de Ananindeua tentarão uma audiência com Lisboa para tentar desfazer o mal-entendido.

Enquanto o valor definitivo da tarifa não sai, a confusão toma conta dos usuários que, na tarde de ontem, já estavam pagando R$ 2 pelo serviço. “Isso confunde muito todo mundo. Logo que baixaram o preço, muita gente pagou R$ 2 porque não sabia. E agora já aumentou de novo”, disse a funcionária pública Jacirema da Gama. “Eu já separei R$ 1,85 para pagar a passagem, eu não vou pagar R$ 2”.

Apesar de as empresas de ônibus terem demorado até o dia seguinte para cumprir a decisão que baixou o preço para R$ 1,85, na tarde de ontem, mesmo dia da decisão que aumentou a tarifa para R$2 o novo valor já estava sendo cobrado.

“Eu não estava sabendo dessa decisão. Enquanto isso, o consumidor fica sendo lesado por esses empresários”, indignava-se a operadora de caixa, Patrícia de Cássia. “Eu já saí de casa com o dinheiro contado porque de manhã eu paguei R$ 1,85. Eles tinham que definir isso de uma vez”, reclamava a bacharel em direito, Simone Lima.

Para agravar ainda mais a situação da população, o valor da tarifa cobrada pelos ônibus que circulavam na tarde de ontem na capital não era o mesmo. Em alguns, ainda prevalecia o valor de R$ 1,85 e em outros o novo valor de R$ 2 já estava sendo cobrado. “Hoje eu já paguei os dois valores. No dinheiro paguei R$ 1,85 e no vale transporte paguei R$ 2”, comentava o vigilante Valdemir Rodrigues.

Informações do Diário do Pará

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Belém tem uma frota de carro superior à média nacional

sábado, 21 de maio de 2011

A taxa de motorização (relação entre a população e a frota de veículos) em Belém é de 22.3 carros para cada 100 habitantes, maior que a do Brasil, que é de 8 para cada 100 habitantes. Significa que na capital paraense, a proporção entre pessoas e carros é maior que a média nacional.

A necessidade de se investir na humanização do trânsito, para diminuir o número de acidentes e de mortos, levou os deputados estaduais a realizar, nesta quinta-feira, 19, uma sessão especial na Assembleia Legislativa, a pedido do deputado Celso Sabino, para discutir a situação do trânsito na Região Metropolitana de Belém (RBM).

Os números foram apresentados pelo Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), representado na ocasião pelo coordenador da Unidade Central de Planejamento (UCP), Carlos Valente. A sessão também teve representantes da Companhia de Transportes de Belém (CTBel), Ministério Público do Estado (MPE) e do projeto Ação Metrópole.

“Mostramos as prováveis causas desse crescimento da taxa de motorização”, explica Carlos Valente, sobre as razões para o aumento da frota, que, em todo o Pará, superou, este ano, a marca de 1 milhão de veículos. Em Belém, pelo menos ¼ da população é motorizada.

Entre as razões está o próprio crescimento da indústria automobilística no País, com as correspondentes facilidades no financiamento de carros e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o aumento da renda familiar. Além disso, o automóvel é visto pela população como uma solução para as deficiências no transporte público de passageiros, como proteção contra a violência urbana e como alternativa para reduzir o tempo de deslocamento entre a casa e o trabalho.

No entanto, o aumento da motorização provoca problemas que exigem atenção urgente, pois o excesso de carros traz, como consequência, a queda da qualidade de vida nos grandes centros urbanos por conta do aumento dos congestionamentos, da poluição atmosférica e do estresse provocado pelo tempo gasto no trânsito.

Mais grave ainda é o aumento da exposição ao risco de acidentes de trânsito, com a consequente elevação dos gastos médico-hospitalares e previdenciários. Todo o estresse do trânsito também pode provocar um aumento da incidência de doenças cardíacas e neurológicas.

Entre as ações que poderão ser tomadas para melhorar a fluidez no trânsito, segundo Carlos Valente, está a reorganização do espaço público e do sistema viário, para melhor atender o aumento dos veículos motorizados e a segurança de pedestres e ciclistas, conforme recomendações do Ministério das Cidades. Como exemplo dessa reorganização, está a construção de ciclovias e o estímulo ao uso de bicicletas.
Outra sugestão fundamental é a reengenharia do sistema de transporte público de passageiros, de modo a que o motorista se sinta à vontade para deixar seu carro na garagem e usar os coletivos urbanos.

Levantamento estatístico feito pelo Detran, tomando como base o mês de abril, mostra que atualmente há 1.009.064 veículos registrados no Estado. Somente na RMB há 390.931 veículos – o que corresponde a 39% da frota. O município com o maior quantitativo é Belém, com 299.037 veículos, seguido de Ananindeua, com 73.521. Os dados mostram, ainda, entre os municípios que formam a Região Metropolitana, o registro de 11.744 veículos em Marituba, 5.481 em Benevides e 1.148 em Santa Bárbara.

Carlos Valente informa que as projeções vão além: até o final deste ano o Pará terá 1,115 milhão de veículos registrados rodando pelas ruas do Estado. Belém terá uma frota de 325 mil e a RMB de 430 mil veículos. “É um número excessivo. O Detran, no sentido de alertar a sociedade e em especial os órgãos de trânsito, vem atualizando o seu estudo da frota para que sejam viabilizadas soluções para esta situação”.

A UCP do Detran faz levantamentos diários sobre os acidentes de trânsito e suas variáveis registrados em todo o Pará. Parte do resultado desse trabalho pode ser conferido no site www.detran.pa.gov.br, no link do Observatório Estadual de Segurança Viária.

Fonte: Agência Pará

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Tarifa de ônibus de R$ 2,00 em Belém entra em vigor

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A partir de hoje (16), os usuários do transporte coletivo em Belém precisarão disponibilizar uma parte maior da renda para trafegar de ônibus na capital. A homologação do valor da tarifa de R$2 já entra hoje (16) em vigor. Além de Belém, o aumento também é válido para o município de Marituba, por meio de um convênio cooperativo. Em Ananindeua, o preço da passagem continua R$1,85.

A superintendente da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), Ellen Margareth, explica que o preço será cobrado de acordo com o local onde os passageiros adentrarem nos ônibus, independente da origem da linha. “Não podemos interferir em outras jurisdições, por isso respeitaremos os limites estabelecidos entre os dois municípios como referência para a cobrança”. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Estado do Pará (Dieese-PA) aponta um impacto sobre o salário mínimo de 17,61%. Quem usa dois ônibus por dia, de segunda-feira a sexta-feira, vai gastar R$ 96 por mês.

Segundo o contador Liomar Reis, o aumento já era esperado. “Enrolaram, mas acabou subindo o preço. Sou contra porque não acho justo ao que nos é oferecido, mas estou acostumado com o reajuste quase anual. Incluo logo no orçamento”, afirma.

Na manhã do último sábado, de óculos escuros, boné e roupas casuais, a superintendente da CTBel percorreu diversos trajetos de ônibus. O objetivo foi conferir as condições do sistema público de transportes, realizando uma fiscalização diferenciada. “Acredito que essa forma de fiscalizar é mais eficaz e produtiva, porque vemos os problemas e ainda conseguimos um contato direto com a população, que pode fazer reclamações mais naturalmente”.
VISTORIA

Logo cedo, Ellen pegou o primeiro ônibus na avenida Gentil Bittencourt. Depois deste, foram outros quatro trajetos feitos em áreas diferentes da cidade, passando pelos bairros do Guamá, Nazaré e outras avenidas que registram fluxo intenso. Dentro dos coletivos, ela conversou com usuários, pedindo opiniões sobre o serviço. Alguns se assustaram quando souberam quem sentava ao seu lado. “Nunca pensei que fosse ver a doutora num ônibus, mas achei legal porque só quem passa por isso todo dia sabe o sofrimento que é”.

Na fiscalização, foram autuados nove veículos, que apresentavam problemas de documentação e danos na estrutura física. Com vidros quebrados, um ônibus foi recolhido. Para Ellen, um dos principais problemas detectados foi o tempo excessivo que os usuários passam nas paradas à espera dos coletivos. “Iremos verificar com urgência a razão dessa demora, que pode ser devido ao descumprimento de ordens de serviço, desvios de rota ou aumento de demanda em algumas áreas”, explica.
TRÂNSITO

Para a professora Celina Cardoso, a iniciativa deveria ser expandida a outros serviços. “Ela também poderia ir em alguns pontos ver ausência de placas, sinais quebrados e tentar atravessar as ruas nas faixas de pedestre. Porque, além dos ônibus, temos muitos outros problemas no trânsito”.

Atualmente existem 116 linhas de ônibus em Belém. Alguns pontos, contudo, não suportam mais o acréscimo de nenhuma linha, devido à superlotação e limitações de espaço, como a avenida Presidente Vargas, que recebe veículos vindos de 40 locais distintos.

A atividade começou na última quinta-feira (12) e permanecerá por tempo indeterminado. “Todos os dias, dois agentes farão trajetos nas linhas que circulam em Belém para averiguar as condições e o cumprimento das normas de trânsito”, afirma Ellen.

Sobre a implantação do bilhete único, que ainda tem gerado muitas dúvidas na população, a superintendente afirma que a novidade entrará em vigor somente 90 dias após a publicação do decreto no Diário Oficial do Município. Ellen explica que, durante os três meses, a CTBel irá organizar os dados normativos e técnicos sobre a utilização e validade do sistema, que permite ao usuário usar quantos ônibus quiser durante duas horas, pagando uma passagem. Quando implantado o bilhete, a tarifa deve chegar a R$ 2,10.
A partir de hoje (16), os usuários do transporte coletivo em Belém precisarão disponibilizar uma parte maior da renda para trafegar de ônibus na capital. A homologação do valor da tarifa de R$2 já entra hoje (16) em vigor. Além de Belém, o aumento também é válido para o município de Marituba, por meio de um convênio cooperativo. Em Ananindeua, o preço da passagem continua R$1,85.

A superintendente da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), Ellen Margareth, explica que o preço será cobrado de acordo com o local onde os passageiros adentrarem nos ônibus, independente da origem da linha. “Não podemos interferir em outras jurisdições, por isso respeitaremos os limites estabelecidos entre os dois municípios como referência para a cobrança”. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Estado do Pará (Dieese-PA) aponta um impacto sobre o salário mínimo de 17,61%. Quem usa dois ônibus por dia, de segunda-feira a sexta-feira, vai gastar R$ 96 por mês.

Segundo o contador Liomar Reis, o aumento já era esperado. “Enrolaram, mas acabou subindo o preço. Sou contra porque não acho justo ao que nos é oferecido, mas estou acostumado com o reajuste quase anual. Incluo logo no orçamento”, afirma.

Na manhã do último sábado, de óculos escuros, boné e roupas casuais, a superintendente da CTBel percorreu diversos trajetos de ônibus. O objetivo foi conferir as condições do sistema público de transportes, realizando uma fiscalização diferenciada. “Acredito que essa forma de fiscalizar é mais eficaz e produtiva, porque vemos os problemas e ainda conseguimos um contato direto com a população, que pode fazer reclamações mais naturalmente”.
VISTORIA

Logo cedo, Ellen pegou o primeiro ônibus na avenida Gentil Bittencourt. Depois deste, foram outros quatro trajetos feitos em áreas diferentes da cidade, passando pelos bairros do Guamá, Nazaré e outras avenidas que registram fluxo intenso. Dentro dos coletivos, ela conversou com usuários, pedindo opiniões sobre o serviço. Alguns se assustaram quando souberam quem sentava ao seu lado. “Nunca pensei que fosse ver a doutora num ônibus, mas achei legal porque só quem passa por isso todo dia sabe o sofrimento que é”.

Na fiscalização, foram autuados nove veículos, que apresentavam problemas de documentação e danos na estrutura física. Com vidros quebrados, um ônibus foi recolhido. Para Ellen, um dos principais problemas detectados foi o tempo excessivo que os usuários passam nas paradas à espera dos coletivos. “Iremos verificar com urgência a razão dessa demora, que pode ser devido ao descumprimento de ordens de serviço, desvios de rota ou aumento de demanda em algumas áreas”, explica.
TRÂNSITO

Para a professora Celina Cardoso, a iniciativa deveria ser expandida a outros serviços. “Ela também poderia ir em alguns pontos ver ausência de placas, sinais quebrados e tentar atravessar as ruas nas faixas de pedestre. Porque, além dos ônibus, temos muitos outros problemas no trânsito”.

Atualmente existem 116 linhas de ônibus em Belém. Alguns pontos, contudo, não suportam mais o acréscimo de nenhuma linha, devido à superlotação e limitações de espaço, como a avenida Presidente Vargas, que recebe veículos vindos de 40 locais distintos.

A atividade começou na última quinta-feira (12) e permanecerá por tempo indeterminado. “Todos os dias, dois agentes farão trajetos nas linhas que circulam em Belém para averiguar as condições e o cumprimento das normas de trânsito”, afirma Ellen.

Sobre a implantação do bilhete único, que ainda tem gerado muitas dúvidas na população, a superintendente afirma que a novidade entrará em vigor somente 90 dias após a publicação do decreto no Diário Oficial do Município. Ellen explica que, durante os três meses, a CTBel irá organizar os dados normativos e técnicos sobre a utilização e validade do sistema, que permite ao usuário usar quantos ônibus quiser durante duas horas, pagando uma passagem. Quando implantado o bilhete, a tarifa deve chegar a R$ 2,10.

Fonte: Diário do Pará

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Em Belém, Passagem de ônibus subirá novamente

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Depois de homologar o aumento da tarifa de ônibus para R$ 2 (R$ 1 para meia-passagem) e anunciar a implantação do bilhete único dentro de 90 dias (prezo para normatização), o prefeito Duciomar Costa anunciou, ontem, que a passagem pode ter outro reajuste de até 5% e chegar a R$ 2,10 em agosto. Esse é o custo previsto para sustentar o novo sistema que permitirá ao usuário pegar quantos ônibus quiser num período de duas horas pagando apenas uma passagem. O prazo para o início da novidade é 9 de agosto. Enquanto o sistema não muda, a passagem a R$ 2 começará a valer entre hoje e segunda-feira (16), dependendo da publicação no Diário Oficial do Município.
Duciomar afirmou que o novo valor e o sistema de bilhete único serão válidos também para Ananindeua e Marituba, mas não explicou de que forma isso será feito, já que sua competência administrativa se restringe a Belém. Em entrevista ao Jornal Liberal 2ª Edição, da TV Liberal, a presidente da Companhia de Transportes de Belém (CTBel), Helen Margareth, cogitou da possibilidade de ser firmado um convênio. A tarifa para o distrito de Mosqueiro, porém, continuará diferenciada. O prefeito disse que a tarifa nova é suficiente para renovação da frota de mais de 1.800 ônibus que circulam na Região Metropolitana de Belém (RMB), repõe a inflação (de 8,50% dos últimos 12 meses) e se mantém a mais barata do País. O aumento foi feito com base em uma análise técnica da Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel).
"Já melhoramos muito o sistema. A frota antes tinha idade média de oito anos e agora é de quatro anos. A melhora é gradativa com um equilíbrio entre valor da passagem e qualidade do serviço. Temos a quarta melhor frota do Brasil. Os estados onde o sistema evoluiu mais, como São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, têm passagens bem mais caras. Agora teremos o bilhete único, que não é invenção minha. É algo comum em outras cidades e que deu certo", garantiu Duciomar.
Ele descartou a possibilidade de subsídios para o sistema de transportes, sob o argumento que não há lei permitindo e nem recursos. "Reduzimos o valor do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2%", informou. Atualmente, o sistema é financiado somente pelos usuários, com a tarifa. A redução de impostos é uma forma de investimento.

Fonte: O Liberal

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Grande Belém pode ficar sem ônibus nesta quinta

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A apenas um dia da greve dos rodoviários de Ananindeua e Marituba, anunciada desde a semana passada para amanhã (4), os usuários de ônibus de Belém também podem ficar sem o serviço.

Dependendo da resposta obtida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Pará, que se reunirá hoje com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) para discutir as reivindicações da categoria, os rodoviários de Belém podem decidir também por uma greve no dia 5.

Segundo o presidente do sindicato, Altair Brandão, a categoria recorreu à superintendência porque todas as negociações feitas com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) foram frustradas. “Tivemos três reuniões com o SetransBel e eles ofereceram apenas 3% de reajuste em tudo que pedimos. Eles negociaram algumas cláusulas, mas a parte econômica não avançou”.

Segundo ele, a categoria pede reajuste salarial de 12%, aumento do benefício da clínica médica de R$ 125 mil para R$ 200 mil e aumento do vale alimentação de R$ 280 para R$ 350, porém, para todas as exigências foi oferecido o reajuste de 3%. “O que nós queremos é que pelo menos o

reajuste fique acima da inflação, que foi de cerca de 6%”.

REUNIÃO

Após a reunião que acontecerá hoje pela manhã, na sede da SRTE, os rodoviários se reunirão em assembleia, às 19h, para decidir se irão ou não paralisar as atividades. “Vai ter a última negociação e a partir disso vamos decidir se entramos em greve a partir de 0h do dia 5 de maio”.

Diante da possibilidade de greve, os usuários do serviço de transporte público na Região Metropolitana de Belém podem enfrentar grandes problemas para se locomover, já que a previsão de início da paralisação dos rodoviários de Belém coincide com o primeiro dia da greve já anunciada pelos rodoviários de Ananindeua e Marituba.

ALTERNATIVOS

O conferente Mike Sena já tem uma saída para fugir da longa espera por um transporte coletivo que a greve dos rodoviários de Ananindeua e Marituba deve ocasionar. Como depende das linhas de ônibus dos municípios para ir trabalhar, ele terá que apelar para o transporte alternativo. “O único jeito é pegar mototáxi ou o transporte alternativo. Como eu já sabia que ia ter greve, já comecei a me programar”.

Além dele, a estudante Katellen Mafra também vai recorrer ao transporte alternativo para ir para a aula. “Vou depender das vans. Ia ser difícil se não pudéssemos contar com elas”.

Diante da possibilidade de lucrar mais, na tarde de ontem o mototaxista Edir Carlos da Paixão já fazia planos para o dia da greve. “Na quinta temos que estar aqui (no ponto em que trabalha) às 6h para pegar essa demanda extra. Para nós a greve é melhor porque vamos ter mais clientes”.

Elber Sales, mototaxista que trabalha em outra área de Ananindeua, também esperava faturar mais com a greve. “Normalmente a gente faz 50 corridas por dia, sendo que para o centro são só três. Mas com a greve, acho que a gente vai chegar a fazer umas oito corridas pra lá (centro)”.

Ainda assim, alguns usuários do transporte público terão que faltar o trabalho por causa da falta do serviço. “Como eu moro em Benevides, fica muito caro ir de mototáxi para lá. Então, o jeito vai ser ficar em casa esperando a greve passar”, explicou a doméstica Maria de Fátima Araújo. “Vou ficar no prejuízo porque vou ter que faltar e isso vai ser descontado”.

Na tarde de ontem, integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba entregavam panfletos nas paradas de ônibus anunciando o dia da greve. “Estamos entregando o aviso e os ônibus já estão rodando com os faróis acesos para indicar para a população que vai ter greve, assim, vão poder se programar”, disse o diretor financeiro do Sintram, Reginaldo Cordeiro. “Não temos a intenção de prejudicar outros trabalhadores. Nós preferíamos ter resolvido tudo no diálogo, mas não foi possível”.


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Em Belém, CTBel deve propor que reajuste da tarifa de ônibus seja menor

terça-feira, 3 de maio de 2011

O aumento ou não da tarifa da passagem de ônibus deve ser definido nos próximos dias pelo Conselho Municipal de Transportes. Durante a reunião que acontecerá nesta sexta-feira, a Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) apresentará ao Conselho uma nova planilha baseada em cálculos feitos pela própria companhia.

Apesar de não se manifestar sobre o posicionamento da CTBel, a superintendente da companhia, Ellen Margareth, afirmou que os cálculos realizados por eles não apresentaram o mesmo resultado do aumento pedido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel). “Existe uma planilha apresentada pelo Setrans-Bel e existem os cálculos realizados pela CTBel, mas os dois não são iguais”, disse.

Ainda assim, uma fonte do Conselho informou que uma proposta de reajuste será apresentada pela CTBel durante a reunião, na qual será previsto um reajuste menor do que o solicitado pelo Setrans-Bel.

ESTUDO

Segundo a superintendente, durante a reunião, ainda será apresentado um estudo sobre a qualidade do transporte na capital paraense. Segundo ela, a qualidade dos veículos que fazem o transporte público melhorou. “Hoje estamos com uma frota em Belém que tem uma média de vida útil de 4,5 a 5 anos”, afirma. “Antes, estávamos com uma frota entre oito e 10 anos, então houve uma melhora das frotas”.

Ellen afirma ainda que alguns ônibus estão se adequando à nova pintura estabelecida pela companhia, assim como a uniformização dos rodoviários e os cursos de qualificação. “Está melhorando a qualidade do veículo. O que falta é a qualificação dos motoristas. Recebemos muitas reclamações pela maneira como eles se comportam no trânsito”.

São essas informações, apresentadas no estudo que, segundo ela, serão levadas em consideração pelo Conselho na hora de decidir se o valor das passagens irá aumentar ou não. “O estudo está pronto e será avaliado para se decidir se vai ter aumento e de quanto”.

Apesar da constatação da CTBel de melhora na qualidade do transporte, os usuários do serviço mantêm uma opinião diferente. “Os ônibus não apresentam uma qualidade que justifique o aumento. A qualidade é uma exigência mínima para se aumentar a passagem”, afirma o gerente de UTI, Ângelo da Silva.

Rodoviários mantêm greve a partir de 5ª
Os usuários de transporte público dos municípios de Ananindeua e Marituba terão que enfrentar uma frota reduzida de ônibus a partir da próxima quinta-feira, quando os rodoviários dos municípios darão início à greve anunciada desde a semana passada.

Diante da rejeição dos reajustes exigidos, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram) decidiu pela paralisação do serviço a partir de 0h do dia 5 de maio.

Durante as últimas semanas, o sindicato estava negociando as propostas com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), porém, as principais exigências não foram aceitas. “O que queremos é o reajuste salarial de 12%, o aumento do vale alimentação para

R$ 350, a inclusão de um plano de saúde e o adicional de insalubridade para os rodoviários”, aponta o diretor financeiro do Sintram, Reginaldo Cordeiro.

Segundo ele, apesar da paralisação, os rodoviários obedecerão ao percentual mínimo de circulação exigido em casos de greve por se tratar de um serviço essen-

cial. “Vamos manter o percentual de 30% a 40% da frota exigido pelo Ministério do Trabalho”.

Ainda segundo Reginaldo, os trabalhadores também são contra o aumento da passagem de ônibus. “O lucro deles dá pra cobrir o aumento do salário sem ter que aumentar o preço da passagem”. A reportagem não conseguiu falar com nenhum diretor do Setrans-Bel.
Fonte: Diário do Pará

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Belém que possui uma as tarifas mais baratas do Brasil terá aumento das tarifas

sábado, 30 de abril de 2011

Pelo menos até a próxima quinta-feira, 05 de maio, quando os estudo realizados pela Companhia de Transportes de Belém (CTBel) serão divulgados, a tarifa de ônibus não terá reajuste. Essa decisão foi anunciada ontem por representantes da Prefeitura de Belém, durante audiência pública promovida dentro da sede. O ato foi promovido pelos representantes de entidades estudantis e sindicatos dos trabalhadores rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram), juntamente com um representante da CTBel.

O objetivo maior do ato, segundo o coordenador Rogério Guimarães, do coletivo estudantil Vamos à Luta, era garantir que o valor da passagem de ônibus permaneça o mesmo, R$1,85.

“Queremos o congelamento dos preços até que todos os termos que foram definidos no Termos de Ajuste de Conduta (TAC), na última reunião, sejam cumpridos”. Dentre os itens cobrados, os principais são: renovação da frota de ônibus e melhores condições de trabalho para os rodoviários.

O presidente do Sintram, Márcio Amaral, reafirmou que as cláusulas mais importantes do TAC ainda não foram cumpridas. “Entramos com denúncia no Ministério Público Estadual para que fosse cobrado dos empresários que o TAC fosse cumprido. Até agora, eu, como rodoviário, não vi nenhuma mudança”. Ele também denuncia que em 2010 a Câmara Municipal perdoou uma divida dos empresários rodoviários de mais de R$80 milhões de Impostos Sobre o Serviço (ISS) para que, em contrapartida, houvesse melhorias no transporte público e até agora nada foi feito.

IMPOSSÍVEL
Para Paulo Serra, diretor de Transportes da CTBel, não era possível determinar se o aumento seria vetado ou não até que os estudos fossem concluídos.

Durante a audiência, ele ainda afirmou que na próxima semana será divulgada a avaliação feita pelo órgão, que será encaminhada para o Conselho Municipal de Transportes, para ser votada. O valor avaliado para reajuste chega a R$2,15. Quanto às denuncias de que a frota não teria sido renovada, Serra comenta que, desde o último reajuste e assinatura do TAC, foram trocados 553 veículos.

“Estamos intensificando a fiscalização para retirar de circulação os ônibus que tenha mais de 10 anos de uso e assim forçar a renovação da frota”. O diretor ainda afirma que as mudanças têm que acontecer gradativamente, pois a prefeitura não auxilia o transporte público com nenhum tipo de subsídio.

A estudante Carolina Leão, 20 anos, que participava do ato, avaliou a audiência como positiva. “Nunca demorou tanto para que o aumento da passagem de ônibus acontecesse e isso já é uma grande vitória”. Na semana que vem, vamos estar reunidos novamente para que essa luta seja vencida”.

Fonte: Diário do Pará

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“Revolução” no transporte coletivo de Belém até 2015

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Belém perdeu a chance de funcionar como subsede da Copa do Mundo de 2014, privilégio que coube a Manaus. Isso não significa, porém, que a cidade vá perder a chance de ganhar um revolucionário projeto de mobilidade urbana, uma das muitas exigências feitas pela Fifa às capitais que, dentro de três anos, vão hospedar seleções e abrigar jogos da maior competição esportiva do futebol mundial. O novo sistema de transporte coletivo deve entrar em funcionamento na capital paraense em 2015, um ano depois da Copa do Mundo e um antes das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

A notícia é excelente. Mas, claro, com uma condição: o projeto a que ela se refere precisa sair do papel, coisa que não conseguiu fazer desde que o assunto começou a ser estudado, nos idos de 1991. De lá para cá, a situação do trânsito em Belém – e em toda a Região Metropolitana – só fez se agravar. Hoje, segundo levantamentos do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel), circula na RMB uma frota de 1.695 ônibus, para uma demanda média de 873.600 passageiros por dia.

Somada essa enorme quantidade de ônibus à frota de veículos de uso particular, entre automóveis, utilitários e de transporte de cargas, tem-se em retrato sem retoques o tamanho do caos que hoje se acha instalado na cidade. Os congestionamentos quilométricos em horários de pico e os constantes engarrafamentos, mesmo em locais e horários tidos como improváveis até muito pouco tempo atrás, acarretam transtornos permanentes à população, causam pesados prejuízos à atividade econômica, afetam negativamente a imagem da cidade e degradam as condições de vida de sua população.

E a tendência é daí para pior, se medidas de emergência não forem adotadas para descongestionar os principais corredores de tráfego urbano e para tornar mais eficiente o sistema de transporte público de passageiros. Dados do Denatran indicam que a Região Norte é a que apresenta hoje no Brasil a maior taxa de crescimento da frota. No Pará, a variação anual está em torno de 15%, segundo números relativos a 2010 comparados com o ano anterior.

Um modelo criado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para estimar o crescimento da frota paraense até 2021, iniciando em 2007 a série histórica, projeta para este ano em mais de um milhão (1.115.646 unidades) o número de veículos em circulação no Pará. Desse total, mais de um terço (37,1%) está concentrado em Belém e Ananindeua. Com esse nível de concentração e mantida a taxa atual de crescimento, o sistema de transporte urbano da Região Metropolitana entrará em colapso por volta de 2020. Ou seja, daqui a apenas nove anos.

Fonte: Diário do Pará

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Em Belém, Obras da BR-316 e Amirante Barroso: R$ 480 milhões

O coordenador geral do Ação Metrópole, Cesar Meira, diz que as obras de implantação do corredor da BR-316 e Almirante Barroso têm custo orçado em R$ 480 milhões. A maior parte desse dinheiro, R$ 320 milhões, será financiada pela Jica, a agência internacional de cooperação do governo japonês, entrando o governo do Estado com os restantes R$ 160 milhões. Além de participar financeiramente, a agência japonesa vem prestando consultoria técnica ao projeto desde que ele começou a ser estudado, há duas décadas.

De acordo com Marilena Mácola, o projeto prevê um terminal de integração em Marituba e uma estação de integração na altura do bairro de Águas Lindas, em Ananindeua. Ao longo do trajeto, deverão ser instalados 29 pontos de paradas, todos eles em nível, para facilitar o acesso aos ônibus. A bilhetagem será feita fora dos coletivos, para evitar atropelos no embarque e desembarque de passageiros. Nos seis municípios, em trabalho a ser conduzido pelos respectivos prefeitos, a ideia é que venham a ser criadas linhas locais, de alcance restrito, e também linhas alimentadoras, que deverão alimentar o sistema troncal.

Já na implantação do eixo Augusto Montenegro, o Ação Metrópole projeta investir R$ 245 milhões. A obra foi inscrita no PAC 2 – Mobilidade, do Ministério das Cidades, para cobertura de 80% do custo, ficando os 20% restantes como contrapartida do Estado. O projeto contempla a implantação de um terminal na vila de Icoaraci e de uma estação de integração na altura do Tapanã.

Os estudos conduzidos pela equipe técnica da Secretaria de Projetos Estratégicos, tendo a consultoria de especialistas japoneses, já descartaram alternativas ferroviárias como o monotrilho e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A opção afinal aprovada é a do Sistema BRT (Bus Rapid Transit). O BRT, que funciona com corredores de ônibus rápidos, foi implantado com enorme sucesso em Bogotá e hoje é considerado um dos melhores sistemas de transporte público do mundo, segundo Marilena Mácola.

Ela acrescentou que a equipe do Ação Metrópole está trabalhando atualmente na tramitação dos processos de empréstimos que vão equacionar financeiramente o projeto. Em breve, deverão ser contratados os projetos executivos. O cronograma de trabalho está sendo traçado de modo a permitir o início das obras em meados de 2013, para efetivo início das operações no final de 2015.

Fonte: Diário do Pará

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