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Secretaria de transportes divulga piores linhas de ônibus do Rio

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A SMTR (Secretaria Municipal de Transportes) do Rio de Janeiro divulgou o ranking das piores linhas de ônibus da cidade. O consórcio Santa Cruz liderou a lista negativa, com 13 rotas nos três quesitos apontados no levantamento.

O ranking é estabelecido pelo número de reclamações feitas pelos usuários de ônibus pela Central 1746 de Atendimento ao Público da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Dividida em três partes, a lista traz as dez piores linhas em relação ao atendimento dos funcionários (motoristas, cobradores, fiscais e despachantes), estado de conservação dos veículos e reclamações gerais (irregularidades nos intervalos dos ônibus, falta de coletivos e excesso de passageiros).

A partir das reclamações recebidas, a SMTR pode intensificar a fiscalização dos coletivos. Segundo a secretária municipal de transportes, Virgínia Maria Salerno, a denúncia dos passageiros ajuda na melhoria das linhas.

"A SMTR mantém monitoramento constante das linhas e realiza ações de fiscalização frequentes com o objetivo de verificar as condições da frota. A população tem um papel muito importante no registro de queixas para direcionar nossas ações e sanar o problema identificado pelo passageiro", disse Virgínia.

Veja o ranking:

Reclamações no quesito conduta (atendimento dos funcionários):

1- Linha 777 (Consórcio Santa Cruz) - PADRE MIGUEL X MADUREIRA
2- Linha 608 (Consórcio Intersul) - GRAJAÚ X PRAÇA SECA
3- Linha 840 (Consórcio Santa Cruz) - SÃO FERNANDO X CAMPO GRANDE
4- Linha 895 (Consórcio Santa Cruz) - SERRINHA X CAMPO GRANDE
5- Linha 842 (Consórcio Santa Cruz) - PACIÊNCIA X CAMPO GRANDE
6- Linha 847 (Consórcio Santa Cruz) - RIO DA PRATA X CAMPO GRANDE
7- Linha 331 (Consórcio Transcarioca) - PRAÇA SECA X CASTELO
8- Linha 770 (Consórcio Santa Cruz) - CAMPO GRANDE X COELHO NETO
9- Linha 635 (Consórcio Internorte) - BANANAL X SAENS PENA
10- Linha 409 (Consórcio Intersul) - SAENS PENA X HORTO

Estado de conservação dos veículos:

1- Linha 821 (Consórcio Santa Cruz) - CORCUNDINHA X CAMPO GRANDE
2- Linha 397 (Consórcio Santa Cruz) - CAMPO GRANDE X CANDELÁRIA
3- Linha 822 (Consórcio Santa Cruz) - CORCUNDINHA X CAMPO GRANDE (VILA NOVA)
4- Linha 847 (Consórcio Santa Cruz) - RIO DA PRATA X CAMPO GRANDE
5- Linha 327 (Consórcio Internorte) - RIBEIRA X CASTELO
6- Linha 841 (Consórcio Santa Cruz) - VILAR CARIOCA X CAMPO GRANDE
7- Linha 302 (Consórcio Transcarioca) - RODOVIÁRIA X ALVORADA
8- Linha 868 (Consórcio Santa Cruz) - URUCÂNIA X CAMPO GRANDE
9- Linha 693 (Consórcio Transcarioca) - MÉIER X ALVORADA
10- Linha 895 (Consórcio Santa Cruz) - SERRINHA X CAMPO GRANDE

Reclamações gerais (irregularidades nos intervalos dos ônibus, falta de coletivos e excesso de passageiros):

1- Linha 828 (Consórcio Santa Cruz) - SÃO JORGE X CAMPO GRANDE
2- Linha 836 (Consórcio Santa Cruz) - CABOCLOS X CAMPO GRANDE
3- Linha 963 (Consórcio Transcarioca) - SANTA MARIA X TAQUARA
4- Linha 825 (Consórcio Santa Cruz) - CAMPO GRANDE X JESUÍTAS
5- Linha 693 (Consórcio Transcarioca) - MÉIER X ALVORADA
6- Linha 434 (Consórcio Intersul) - GRAJAÚ X SIQUEIRA CAMPOS
7- Linha 895 (Consórcio Santa Cruz) - SERRINHA X CAMPO GRANDE
8- Linha 327 (Consórcio Internorte) - RIBEIRA X CASTELO
9- Linha 868 (Consórcio Santa Cruz) - UCRÂNIA X CAMPO GRANDE
10- Linha 580 (Consórcio Intersul) - LARGO DO MACHADO X COSME VELHO

Informações: R7.com


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Passageiros abandonam o transporte coletivo em Santos

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Em 1939, os bondes em Santos transportavam 66 milhões de passageiros por ano, quando a Cidade tinha 165 mil habitantes. Hoje, passados 80 anos e com uma população quase três vezes maior, o número de cidadãos que circulam nos coletivos caiu 33%. No ano passado,45 mil pessoas utilizaram os ônibus na Cidade.

O cenário do transporte mudou de um século para o outro, com mais carros circulando – Santos é uma das cidades com maior número de veículos, com um carro para cada 2,98 santistas –, motos, opções de táxi, carros por aplicativo, bicicletas e patinetes. Mas congestionamentos cada vez mais constantes refletem que a opção pelo transporte individual segue o fluxo contrário da mobilidade urbana.

Para o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), Rogério Vilani, a principal causa da redução do número de passageiros dos coletivos e seletivos na Cidade está atrelada à crise e à falta de empregos. "O que dá mais consistência ao transporte público é o emprego formal, com o empregado recebendo do patrão o vale transporte”.

Para tentar reverter a situação, a Administração Municipal diz trabalhar para tornar o transporte público mais atraente à população, exigindo da empresa concessionária veículos novos, conforto e comodidade para os passageiros, e dá como exemplo os 95% da frota com ar-condicionado e wi-fi.

Reflexos nas tarifas

Andar de bonde nos anos 30 podia ser mais em conta. Um anúncio publicado em A Tribuna pela Companhia City, que administrava os veículos, dava como vantagem um percurso de "sete quilômetros e meio por um tostãozinho”. Um tostão equivalia a 100 réis e o salário-mínimo de 1940 era de 240 mil réis – ou 2.400 passagens de bonde.

Hoje, o mínimo é de R$ 998,00, equivalente a 232 passagens de ônibus a R$ 4,30 – a tarifa atual é dez vezes mais cara, proporcionalmente. Essa redução do número de passageiros pode deixar que o valor das passagens fique mais salgado, pois é a tarifa que custeia integralmente o serviço oferecido pelas concessionárias.

"A conta do transporte é como a de um condomínio. Se alguém deixa de pagar, fica mais pesada para quem está pagando. Esse é o grande desafio: equilibrar essa conta, garantindo modicidade para a tarifa pública”, afirma Vilani, que não vê viabilidade em um subsídio por parte do Poder Público, devido à falta de recursos. "O desafio é buscar soluções para poder otimizar frequência e oferta e ter um transporte sob medida para a demanda do usuário”.

Pesquisa mostra que o problema é nacional

Uma pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) deixa claro que o problema da redução do número de passageiros é nacional. Em todo o País, houve uma queda de 25%, atrelada à inflação, desemprego, falta de investimento em infraestrutura e incentivos para compra de carros.

Esses dois últimos itens fizeram com que a velocidade comercial média de circulação dos ônibus caísse de 25 quilômetros por hora para 13 quilômetros por hora e contribuíram para que as pessoas buscassem alternativas para deslocamento. "O caos está implantado. Senão se mudar essa lógica e criar condições de dar prioridade ao transporte público, será uma atividade em extinção para a iniciativa privada, que terá que ser assumida pelo Poder Público”, afirma o presidente da NTU, Otávio Cunha.

Proposta

A entidade, em conjunto com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Fórum Nacional de Secretários e a Frente Nacional de Prefeitos, apresentou em maio à Casa Civil da Presidência da República uma proposta para o transporte público e a mobilidade urbana.

Entre outras coisas, eles sugerem à União a implantação de 9 mil quilômetros de faixas seletivas para o BRT em 112 cidades com mais de 250 mil habitantes para recuperar a velocidade média dos ônibus e que as empresas invistam na melhoria da qualidade do serviço.

Para que essa melhoria não impacte no bolso dos passageiros, o documento recomenda que o Governo Federal arque com os custos da gratuidade das passagens de estudantes e idosos e implante outras fontes de recursos para o transporte público, como a criação de taxas para os carros. Com isso, Cunha acredita que seria possível reduzir a tarifa atual em 50%.

Procurada para saber sobre a análise dessa proposta, a Casa Civil da Presidência da República não respondeu até o fechamento desta edição.

Bicicleta, uma opção para o ônibus

A estudante universitária Marina de Barros Ackerman veio de São Paulo para Santos cursar faculdade. Se, na Capital, ela utilizava o transporte público com frequência, aqui ela resolveu apostar na bicicleta por conta da geografia plana da Cidade e da economia. "Vale a pena para o bolso e a vida estudantil me locomover de bicicleta e economizar o dinheiro da passagem para outras demandas. Uso bicicleta para estudar, ir ao estágio, passear e até fazer compras”.

Ela opta pela bike até nos dias chuvosos. "Quando eu tentava usar ônibus nos dias de chuva para não me molhar, acabava me atrasando muito, porque, quando chove, o trânsito para, não tem jeito”. A gerente de contas Naiara Barbosa também trocou o ônibus para ir ao trabalho por causa do tempo gasto no deslocamento.

"Quando eu andava de ônibus, tinha que sair mais cedo de casa. Só tinha uma opção de linha municipal e três intermunicipais, que eram mais caras. De bicicleta, economizo esse dinheiro e levo apenas dez minutos para conseguir chegar ao meu trabalho”.

Informações: A Tribuna


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Google Maps começa a mostrar se ônibus, trens e metrô estão lotados

domingo, 30 de junho de 2019

O Google Maps começa a mostrar, a partir desta quinta-feira (27), uma estimativa de ônibus, trens e metrôs que podem estar lotados. O aplicativo para Android e iPhone (iOS) também passa a mostrar horários em que ônibus vão passar nos pontos de parada, além de exibir trânsito em tempo real e eventuais cálculos de atraso e mudanças na duração da viagem.

As novidades chegam para quase 200 cidades em todo o mundo. No Brasil, o acompanhamento de ônibus em tempo real chega em breve em Brasília, Recife e Salvador. Já o alerta que mostra se o transporte está cheio aparece primeiro para usuários no Rio de Janeiro e em São Paulo — a capital paulista, segundo o Google, tem três das 10 linhas de transporte mais lotadas do mundo.

Previsão de lotação
A estimativa de horários em que o transporte está lotado é histórico fornecido por usuários. A informação aparece ao pesquisar um trajeto de transporte público no celular, no campo de detalhes entre uma estação e outra. É possível saber, por exemplo, se o trem que vem a seguir pode ter lugar vago para sentar.

Os dados que alimentam o sistema começaram a ser coletados pelo Google em outubro de 2018. Ao sair de uma viagem de ônibus, trem ou metrô, algumas pessoas podem ter visto um alerta no aplicativo perguntando como foi a viagem e pedindo para indicar se o veículo estava com lotação completa. Segundo o Google, as informações foram analisadas de forma anônima.

Com base nas respostas, a empresa criou um ranking de linhas de transportes mais lotadas. Entre as 10 primeiras, três estão em São Paulo: 11 Coral em segundo lugar, 8 Diamante em quarto e 9 Esmeralda em oitavo. Completam a lista três linhas em Buenos Aires, duas em Tóquio, uma Paris e uma Nova Iorque.

Trajeto de ônibus
O tráfego em tempo real para ônibus promete ser útil especialmente em cidades que não têm painéis informativos nas ruas com dados ao vivo de empresas de transporte locais. O usuário poderá ver se o ônibus chegará atrasado e qual o possível tempo de atraso, além de eventuais impactos no tempo de trajeto.

O mapa também mostra locais de congestionamento de forma similar ao trajeto de carro, permitindo que o usuário decida se vale a pena ir ao ponto de ônibus em determinado horário.

Informações: TechTudo


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Em SP, Ônibus perdem 5% dos passageiros 3 anos após liberar aplicativos

domingo, 2 de junho de 2019

Três anos após a Prefeitura de São Paulo liberar o funcionamento de aplicativos de transporte, como o Uber e Cabify, o número de passageiros transportados pelos ônibus municipais caiu 5,1%, segundo dados da SPTrans.

Para especialistas em transporte, vários fatores podem ajudar a explicar o fenômeno, como feriados, a crise econômica e a inauguração de novas estações do Metrô e da CPTM. O crescimento dos aplicativos de transporte individual, porém, também é apontado como uma das razões para essa mudança na mobilidade da capital.

Os apps foram autorizados pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) por meio de um decreto, em maio de 2016. Antes, o Uber operava por meio de uma liminar. 

Nos primeiros 12 meses contados a partir do mês da aprovação, os ônibus municipais fizeram 2,89 bilhões de viagens de passageiros. No ano seguinte, entre maio de 2017 e abril de 2018, esse número caiu para 2,85 bilhões. Agora, até abril de 2019, nova queda foi registrada: 2,74 bilhões de viagens de passageiros.

As quedas representam uma redução no número de passageiros em relação ao verificado na década, já que anualmente o total de viagens ficava em torno de 2,9 bilhões de viagens por ano.

Para o consultor em transportes Horácio Figueira, é notória a influência dos aplicativos no mercado porque eles são um atrativo, especialmente quanto há mais de uma pessoa a ser transportada e a conta pode ser dividida. "A comodidade e o preço acabam atraindo pessoas. Conheço gente que não está indo com seu carro para o trabalho, nem de ônibus, mas de aplicativo".

Ele opina que o novo serviço possivelmente impactou também o transporte sobre trilhos, mas fazer essa associação em números é mais difícil porque Metrô e CPTM inauguraram estações no período e registram aumento de viagens.

Figueira afirma que a perda de passageiros pelo transporte público e um possível aumento de carros nas vias têm influência na mobilidade. Ele diz, porém, ser contrário a limitar a atuação dos aplicativos e que o próprio mercado acabará por se autorregular.

Para o presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos, Ailton Brasiliense, há um entendimento no setor de que os aplicativos causaram perda de demanda, especialmente em grandes cidades como São Paulo. “A viagem de carro a preço acessível acaba roubando parte dos passageiros do transporte público. Nova York já adotou medidas restritivas. Acredito que é um debate que precisará ser feito em algum momento", afirma.

SPTrans

A SPTrans, empresa municipal que administra o serviço de ônibus, afirma que a variação na quantidade de passageiros transportada está relacionada com a inauguração de novas estações e trechos de linhas de sistemas de transporte de massa por trilhos.

"Linhas como a 4-Amarela e 5-Lilás trazem outras opções de deslocamento de uma parcela da demanda de passageiros de ônibus na cidade", diz em nota. Outra fator são as ações de combate às fraudes no uso de gratuidades realizadas pela SPTrans. 

Já o metrô perdeu passageiros por seguidos anos, mas retomou o crescimento em 2018, com a inauguração de várias estações. A CPTM acumula dois anos de alta na demanda.

Liberação

O decreto criado em São Paulo em 2016 foi pioneiro ao liberar o funcionamento dos aplicativos, em meio à disputa pelo mercado com taxistas. No início de 2018, a Câmara dos Deputados liberou o funcionamento dos aplicativos no país, derrubando uma exigência aprovada anteriormente que obrigaria os veículos a terem placa vermelha - uma exigência para veículos de transporte público no país.

Informações: R7.com



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Mais da metade dos ônibus do Rio tem falha no monitoramento por GPS

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Menos da metade dos veículos que circulam por dia no Rio enviam informações corretas por GPS, aponta levantamento exclusivo feito pelo Núcleo de Dados do Jornalismo da Globo. A falta de dados, obrigatórios por contrato, afeta diretamente a fiscalização, que depende das informações incompletas e prestadas pelas próprias empresas que detêm o direito de explorar o transporte.

O governo municipal deveria poder acompanhar em tempo real se os veículos fazem o trajeto correto, se obedecem aos limites de velocidade, entre outras informações. Na prática, porém, não há controle eletrônico efetivo, e a prefeitura consegue monitorar diretamente só 46% dos ônibus por GPS - sigla usada para especificar sistema que indica posicionamento geográfico via satélite.

Durante um mês, foram coletados 150 milhões de registros de GPS dos coletivos cariocas e cruzados com dados de bilhetagem e números de passageiros. Além dos problemas na fiscalização, o levantamento identificou falhas no serviço e quanto realmente ganham as empresas do setor. São questões que mostraremos ao longo de uma semana na série 'Fora do Ponto', que abre a caixa-preta do transporte coletivo do Rio de Janeiro.

Oficialmente, há 8.640 coletivos servindo às linhas da cidade, mas apenas 8.014 transmitem dados de GPS para o sistema de fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes. Há, portanto, 626 ônibus "invisíveis", que podem estar sem GPS, com o aparelho quebrado ou simplesmente não estar mais em funcionamento.

O número de ônibus que realmente serve à população é menor, de acordo como levantamento. Em média, por dia, apenas 7.339 veículos estão ativos - enviam dados de GPS, uma diferença de 1,3 mil em relação à frota oficial. Desses, 377 ficam parados o dia todo, na garagem ou em manutenção, e 3.584 não informam se estão circulando em uma linha ou se estão fora de serviço, em treinamento ou atuando em outras linhas fora da cidade.

Sem fiscalização
Desde 2010, quatro consórcios dividem as 636 linhas da cidade, vencedores de uma licitação feita pela Prefeitura do Rio:

Internorte
Intersul
Santa Cruz
Transcarioca

A responsabilidade pelo fornecimento dos dados de GPS é das integrantes dos consórcios, integrantes do sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus). As informações entregues às autoridades, no entanto, não são suficientes para que os veículos sejam monitorados corretamente.

As empresas de ônibus afirmam que, por causa da crise, não há como manter pessoal para atualizar os equipamentos de GPS manualmente.

30 linhas invisíveis
Os dados mostram que há 30 linhas "invisíveis". Ou seja, que deveriam estar em funcionamento, segundo a Prefeitura, mas não aparecem no GPS. Dessas, 12 são de empresas que faliram nos últimos anos e não foram assumidas pelo consórcio, como previsto no contrato.

A equipe de reportagem procurou, em diferentes regiões da cidade, ônibus que atendem cinco das linhas restantes para verificar se era uma falha no GPS ou se realmente não estavam rodando.

Fora do Ponto: Prefeitura do Rio não sabe quantos ônibus rodam na cidade
Em três casos, a linha já tinha sido extinta apesar de constar nos dados da Federação das Empresas de Transporte do RJ (Fetranspor) e no aplicativo oficial de acompanhamento de linhas, o Vá de Ônibus, indicado pela própria Prefeitura do Rio.

Em outros dois, os ônibus circulavam, mas em intervalos irregulares e apresentavam má conservação, além de falta de ar-condicionado.

A linha 5701 consta na lista oficial fornecida pela Secretaria Municipal de Transportes e também no site da Fetranspor e deveria fazer o trajeto Madureira - Jardim Oceânico. No entanto, não há sinal dessa linha no GPS e passageiros desconhecem o coletivo.

De acordo com pessoas ouvidas pelo G1, há anos existia a linha 701 que fazia esse itinerário, mas saiu de circulação após a criação do BRT até a Barra da Tijuca. Os usuários argumentam que eles têm apenas a opção do BRT para fazer esse percurso.

A moradora de Honório Gurgel Vivan de Lima, de 35 anos, sai todos os dias da estação Jardim Oceânico para Madureira. Ela afirmou que faz o trajeto há pelo menos um ano e não conhece outra forma de transporte a não ser BRT.

"Para Madureira só tem o BRT. Não existe esse transporte 701, já existiu e não tem mais. O único meio de transporte para Madureira é só o BRT. Faço o trajeto todo dia, há um ano faço esse itinerário", disse.

"Fora do ponto": mais da metade dos ônibus do Rio tem falha no monitoramento por GPS
No Rio Comprido, Centro do Rio, o G1 apurou que a linha 134 está em circulação apesar de não aparecer nos dados do GPS. No entanto, alguns usuários reclamaram da situação em que os ônibus se encontram.

"O 134 é uma das linhas que pego para o Largo do Machado, mas é complicado porque ele demora muito para passar e a gente tem que escolher um outro ônibus. (...) Quando você pega, não tem ar-condicionado, nem sempre está em boas condições e demora uns 50 minutos. E tem outra coisa, nunca vi passar esse ônibus durante a noite. Até 18h ok, mas depois disso não", disse o estudante Luiz Fernando Ferreira, de 25 anos.

O que dizem as empresas
Em nota, a Rio Ônibus afirma que algumas empresas faziam a atualização das linhas nos aparelhos de GPS manualmente, mas, por causa da crise, não há como manter pessoal para configurar os equipamentos.

Também culpam a falta de sinal em algumas regiões pelas falhas na transmissão dos dados. Afirmam ainda que a queda na receita e a "concorrência desleal" das vans levou ao fechamento de empresas e à retirada de veículos de circulação.

Garantem, no entanto, que, mesmo sem a informação do GPS, conseguem identificar as linhas de acordo com o trajeto feito pelos ônibus usando um sistema próprio.

Segundo a Rio Ônibus, esse sistema é colocado à disposição da prefeitura, mas não é compartilhado com o público. "Em uma pesquisa realizada nesta sexta-feira (26), por exemplo, constatamos que cerca de 90% dos dados enviados estavam com linhas vinculadas.", afirmam.

Em nota, as empresas ressaltam que podem circular com apenas 80% da frota e que são responsáveis apenas pelos sinais de GPS das linhas regulares. O GPS do BRT é controlado pela própria Secretaria Municipal de Transportes.

"Os consórcios disponibilizam para a SMTR uma ferramenta online para consulta de dados. Além disso, mantêm o repasse periódico e transparente de relatórios exigidos pela Prefeitura, como resumo diário de operação, relatório mensal de consumo, boletim de mão de obra e financeiro.

O que diz a Prefeitura
Em nota, o secretário Municipal de Transportes , Rubens Teixeira afirmou que está tomando as medidas para reorganizar o sistema de ônibus na cidade.

A Secretaria diz que a fiscalização é permanente e que é "previsto no contrato a fiscalização por meios eletrônicos, além de outros meios". "Ter GPS nos ônibus é obrigação contratual e seu funcionamento está disposto no código disciplinar dos ônibus".

A SMTR informa ainda que, "pelas regras do edital, 20% da frota é destinada a título de reserva técnica operacional do sistema" e que o "percentual se aplica a carros que podem estar em manutenção, na garagem, fora de circulação, entre outros fatores". "Nestes casos, não é possível afirmar se o GPS está quebrado. Pode estar apenas desativado por se encontrar nestas circunstâncias", explica a nota, enviada pela assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Transportes, o monitoramento é diário, e os consórcios têm obrigação contratual de repassar dados sobre os veículos e viagens à secretaria. "Não há como afirmar a quantidade de equipamentos quebrados. A informação pode ser verificada com a própria Rio Ônibus", acrescenta o texto.

De acordo com a secretraria, equipes verificam se o GPS está inoperante ou se a linha não está operando. Em caso de constatação de GPS inoperante, a multa aplicada corresponde a 260 Ufir-RJ. Se a linha estiver inoperante, a multa aplicada é de 520 Ufir-RJ. "A SMTR tem feito operações direcionadas de campo confrontando dados de GPS com dados identificados na rua para verificar a precisão dos dados". A secretaria não informou o número de multas aplicadas em linhas com GPS ou linha inoperantes.

Segundo sos dados, a Secretaria Municipal de Transportes aplicou 2.719 multas aos consórcios em 2017 por operar linhas abaixo da frota determinada.

A SMTR informou que não autorizou a retirada das linhas 404, 739 e 828 de circulação e que a fiscalização constatou que as linhas estavam inoperantes. "O consórcio responsável pela mesma já foi notificado e autuado diversas vezes. Diante da reicindência com relação a irregularidade, está em andamento processo de multa contratual."

Ou seja, a fiscalização municipal só consegue monitorar diretamente 46% da frota. E, mesmo assim, sem muita certeza das informações. A equipe de reportagem encontrou ônibus circulando em linhas diferentes das informadas no GPS, aparelhos que desligam ou ficam sem sinal em diferentes pontos do trajeto e dados confusos ou insuficientes para fazer o monitoramento.

Informações: G1 Rio
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VLT Carioca é aprovado por 92% dos usuários

domingo, 28 de janeiro de 2018

Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha entre os dias 27 de novembro e 03 de dezembro aponta que 92% dos usuários do VLT Carioca avaliam o sistema de forma positiva (bom ou muito bom). Sete em cada dez passageiros recomendariam o VLT como uma forma eficiente de deslocamento. A avaliação supera a do ano passado, que apontava 88% de satisfação. Feita com 989 pessoas durante a operação das linhas 1 e 2, tanto nas paradas quanto nos veículos, a análise tem margem de erro de 3 pontos percentuais e índice de confiança de 95%.

“Encerramos o ano de 2017 com uma nova linha, mais paradas em operação e um usuário mais satisfeito, sem abrir mão de valores como segurança e eficiência. O resultado só nos motiva a continuar trabalhando e contribuindo por um Centro do Rio mais sustentável e conectado”, avalia o presidente da Concessionária do VLT Carioca, Rodrigo Tostes.

A rapidez foi apontada como o aspecto de maior importância (62%) para quem usa o VLT. E foi também um dos quesitos que mais evoluiu em relação ao último ano. Considerada boa ou muito boa por 81% dos entrevistados, o índice era de 56% em 2016. Conforto (93%) e segurança operacional (87%) foram outros aspectos avaliados acima da média. A confiabilidade, que analisa quesitos como tempo de espera e quantidade de paradas não programadas, subiu de 46% para 85%.

O Datafolha mostra que quase metade dos usuários (45%) utiliza o VLT com alta frequência (entre quatro e sete vezes por semana), sendo que mais de 50% andam no sistema pelo menos duas vezes por dia. O deslocamento para o trabalho (68%) é a principal razão de uso do modal. Para a maior parte dos entrevistados (72%) a viagem de VLT dura entre 5 e 20 minutos, com tempo médio de 13 minutos.

“Os dados mostram que o VLT está inserido na rotina da cidade e já se tornou um transporte relevante para agilizar deslocamentos. E apesar de ter também sua função turística, com toda a área histórica, museus e aquário, possui um peso importante no dia a dia de quem trabalha na região central da cidade”, complementa Tostes.

Informações: VLT Rio
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As 50 cidades com a melhor mobilidade do país

domingo, 2 de julho de 2017

Apesar das mudanças no projeto de ampliação de ciclovias imposto pela gestão João Doria, São Paulo foi eleita novamente como a melhor cidade brasileira em mobilidade urbana e acessibilidade.

A ressalva foi feita pela própria Urban Systems, que montou o ranking Connected Smart Cities. A presença de São Paulo no topo do ranking é justificado pela boa integração entre meios de transporte, mais de 400 km de extensão de ciclovias (que privilegiam o transporte não-poluente), ampla rede de metrô e trem, maior cobertura dos serviços de transporte compartilhado (aplicativos como Uber, 99 e Cabify, por exemplo), além das três rodoviárias e dois aeroportos.

A pontuação leva em consideração oito critérios: proporção entre ônibus e automóveis; idade média da frota dos meios de transporte públicos; quantidade de ônibus por habitante; variedade dos meios de transporte; extensão de ciclovias; rampas para cadeirantes (acessibilidade); número de voos semanais (conectividade com outras cidades); e transporte rodoviário.

Todos os quatro primeiros lugares do ranking repetiram as posições do ano passado: São Paulo (SP), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR).

Um destaque foi a cidade de Curvelo, em Minas Gerais, que não entrou nem no ranking das 50 melhores no ano passado mas já apareceu em 10º lugar em 2017.

Segundo a Urban Systems, a proporção de ônibus por automóvel na cidade é grande (98 ônibus para cada carro particular), bem como a de ônibus por habitante (21 para cada mil pessoas).

Curvelo ainda não tem aeroporto, mas o governo estadual já anunciou um projeto de integração, que prevê a construção de um terminal na cidade (e em outros 11 municípios), o que vai melhorar a conectividade.

Veja o ranking completo das 50 cidades mais acessíveis do Brasil:

2017 2016 Município Pontuação
1 São Paulo (SP) 3,381
Brasília (DF) 3,32
Rio de Janeiro (RJ) 3,195
Curitiba (PR) 2,285
Belo Horizonte (MG) 2,243
10º Fortaleza (CE) 2,007
27º Salvador (BA) 1,94
Porto Alegre (RS) 1,915
22º Recife (PE) 1,758
10º Curvelo (MG) 1,723
11º 11º Teresina (PI) 1,7
12º 16º São Caetano do Sul (SP) 1,659
13º Guarulhos (SP) 1,647
14º Moju (PA) 1,628
15º 37º Nilópolis (RJ) 1,61
16º 18º Valinhos (SP) 1,568
17º Campinas (SP) 1,561
18º Lauro de Freitas (BA) 1,533
19º 23º Osasco (SP) 1,527
20º Goiânia (GO) 1,527
21º Parauapebas (PA) 1,517
22º João Pessoa (PB) 1,516
23º Maceió (AL) 1,484
24º Barcarena (PA) 1,465
25º Barueri (SP) 1,45
26º 12º Balneário Camboriú (SC) 1,44
27º 43º Mauá (SP) 1,43
28º Caieiras (SP) 1,421
29º Natal (RN) 1,415
30º 21º Vitória (ES) 1,404
31º Parnamirim (RN) 1,4
32º Contagem (MG) 1,398
33º Várzea Paulista (SP) 1,397
34º 26º Jundiaí (SP) 1,396
35º Tobias Barreto (SE) 1,364
36º 40º Palmas (TO) 1,36
37º Juazeiro do Norte (CE) 1,359
38º Altamira (PA) 1,352
39º São João de Meriti (RJ) 1,349
40º Ribeirão Pires (SP) 1,339
41º Manicoré (AM) 1,323
42º Poá (SP) 1,31
43º Simões Filho (BA) 1,303
44º Rio Largo (AL) 1,29
45º Surubim (PE) 1,286
46º Suzano (SP) 1,28
47º Esteio (RS) 1,279
48º Crato (CE) 1,271
49º 39º Aracaju (SE) 1,267
50º Acará (PA) 1,261

Informações: Exame Abril
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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

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