A greve dos rodoviários na capital foi interrompida por volta das 17h desta sexta-feira (30), após 2h de paralisação no Centro de Manaus. Além do transtorno no trânsito da capital, cerca de três ônibus foram apedrejados e quebrados por passageiros em protesto. Pela manhã, a categoria havia anunciado que a manifestação seria transferida para este sábado (1).
A paralisação, que começou às 15h, interditou parcialmente o trânsito nas Avenidas Leonardo Malcher, Floriano Peixoto e Getúlio Vargas. Os motoristas e cobradores de coletivos que faziam a rota pelo Centro pararam os veículos em fila indiana e abandonaram os ônibus. Os passageiros deixaram o transporte e se aglomeraram no local.
Foram paralisados apenas os coletivos com destino ao Centro da cidade. Os veículos com rota para os Terminais 3, 4 e 5 continuaram operando normalmente. Segundo o vice presidente do Sidicato da categoria, Elcio Campos, a decisão de paralisar o veículos em fila indiana foi tomada para não atrapalhar o fluxo do trânsito na área da manifestação.
De acordo o representante dos rodoviários, Givancir Oliveira, a categoria vai negociar para que 60% da frota seja recolhida e apenas 40% faça o transporte na capital neste sábado (1). Atualmente um motorista recebe um salário de R$ 1.449, mais cesta básica, plano de saúde e ticket refeição. Um cobrador tem salário de R$ 724, além de benefícios.
Prejuízo
Segundo informações do universitário Lucas Prata, que estava no local durante a paralisação, alguns ônibus da linha Expresso foram quebrados por passageiros na Avenida Floriano Peixoto. A Polícia Militar foi chamada ao local para controlar a situação.- Quem desceu dos ônibus está parado no Centro. Para ir embora, apenas pegando um táxi ou a pé -, afirmou o universitário.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas (Sinetram) entrou com uma liminar na Justiça do Amazonas pedindo o impedimento da paralisação. A solicitação foi aceita pelo Tribunal Regional do Trabalho e expedida pela desembargadora do Tribunal Regional do trabalho, Francisca Rita Alencar Albuquerque.
A decisão judicial considerou como ilegal a paralisação por não ter sido comunicada oficialmente com 72 horas de antecedência. Mesmo com a divulgação anteriormente da greve, a desembargadora Francisca Albuquerque alerta que os empresários devem disponibilizar um número mínimo de veículos nas ruas para que a população não seja completamente prejudicada.
Fonte: Portalamazonia
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