Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **

Em 2011, Cerca de 35 mil novos ônibus entraram em operação no Brasil

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O número de ônibus vendidos no Brasil em 2011 foi de 34.749 unidades. O resultado significou um crescimento de 21,73% em relação a 2010, mais que o dobro da expectativa de alta para o setor no ano, que era de 10,3%, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

“Esperamos crescer ainda mais neste ano, embora estejamos sujeitos às políticas municipais, já que em ano eleitoral os prefeitos não querem conceder aumento de tarifa. O que pode implicar numa retração na compra de ônibus pelas empresas”, afirma Antonio Carlos Melgaço Knittel, presidente da Fetrabase (Federação das Empresas de Transportes dos Estados da Bahia e Sergipe).

Nos meses de novembro e dezembro o crescimento foi ainda maior, com alta de 23,04% nos emplacamentos na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com o dirigente da Fetrabase, a boa fase da economia estimulou a renovação de frota pelas empresas em praticamente todo o país.

A liderança de vendas no segmento em 2011 foi da Mercedes-Benz, com 42,26% de participação no mercado, seguida pela Volkswagen, com 31,91%. Na sequência aparecem Marcopolo, Scania, Iveco e Volvo com, respectivamente, 11,38%, 4,02%, 3,97% e 3,88% da fatia do mercado.

Por outro lado, a soma de emplacamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus ficaram abaixo da expectativa em 2011. O total de vendas foi de 3.633.006 unidades, crescimento de 3,63% em relação a 2010, abaixo do que previam as concessionárias, que estimavam uma alta de 4,2%.

“A crise na Europa também trouxe reflexos ao país, mas os resultados foram positivos mesmo com pequena retração. A crise contribuiu para a restrição de crédito no Brasil, mas isso não afetou o resultado final, e fechamos 2011 com números expressivos”, diz Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.

Para 2012, a entidade espera um crescimento de 5,76% nas vendas, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. Para caminhões, é prevista alta de 9,6% e, para ônibus, de 14,3%.

Informações do Portal WebTranspo e da Urbana-PE



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Protestos contra aumento de ônibus mobilizam estudantes de Vitória e Teresina

Tumultos generalizados tomaram conta das principais ruas de Teresina, no Piuaí, e de Vitória, no Espirito Santo, em mais um dia de protestos estudantis contra o aumento das passagens de ônibus. Coletivos foram queimados nas duas cidades.
No centro de Vitória, os alunos interditaram as avenidas Getúlio Vargas e a Princesa Isabel e colocaram fogo em ônibus. O protesto começou por volta de 8h30, ônibus e carros de passeio foram impedidos de passar.
Foto: Eduardo Fachetti
A concentração dos estudantes começou antes das 7h. Eles se preparam pintando as faixas que seriam usadas no protesto. Os jovens querem a redução imediata das tarifas de ônibus da Grande Vitória e a volta da Comissão Especial de Inquérito, a CPI do Transcol, na Assembleia Legislativa.

O novo preço das passagens dos ônibus na Grande Vitória está em vigor desde domingo. A tarifa do Sistema Transcol passou de R$ 2,30 para R$ 2,45. Em Vitória, a passagem passou de R$ 2,20 para R$ 2,35. 

Em Teresina

No sétimo dia de protestos em Teresina (PI) contra o aumento na tarifa de ônibus, 17 manifestantes - entre eles três adolescentes - foram presos pela polícia. A prisão ocorreu no início da noite de terça-feira, após confronto entre policiais e estudantes que bloquearam a Avenida Frei Serafim, principal via de acesso a capital piauiense. Pelo menos três pessoas ficaram feridas com tiros de balas de borracha. Um dos estudantes foi ferido no olho e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Foto: ponto.outraspalavras.net
Os manifestantes protestam contra o reajuste na passagem de ônibus, que passou de R$ 1,90 para R$ 2,10. Os estudantes defendem ainda a gratuidade na segunda passagem do sistema de integração de ônibus implantado este mês.

Cerca de 400 homens da Polícia Militar e o Batalhão de Choque jogaram bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. A polícia deu um ultimato aos estudantes para desobstruírem a avenida e, como não foi atendida, a PM partiu para o confronto. Houve correria, gritos e uma barreira de estudantes sentados no chão conseguiram intimidar o pelotão. Após cerca de 40 minutos de confronto, a avenida foi liberada e os presos levados para a Central de Flagrantes.

O estudante Deolindo Moura, 27 anos, da Legião da Vanguarda da Juventude, classificou como um "massacre" aos estudantes. "Muitos manifestantes se sentaram com medo de correr", disse.

Maria Clara Barros, 18 anos, que foi ferida no braço, disse que estava sentada no chão quando a polícia chegou chutando. "Estávamos fazendo uma passeata pacífica, a polícia foi que exagerou", disse que a estudante que foi na Central de Flagrantes fazer boletim de ocorrência.

Incitação ao crime
O delegado de plantão, Antônio Marques Filho, informou que os manifestantes irão responder pelos crimes de incitação ao crime, desobediência, resistência e atentado contra a segurança dos meios de transportes. A polícia pediu fiança de 10 salários mínimos (R$ 6.220) para cada preso liberado.

O advogado Marcus Vinicius Brito Araújo, que defende os estudantes, considerou arbitrário o valor de fiança. "O delegado não está levando em conta as condições financeiras dos estudantes", afirmou o delegado que pediu a justiça a liberdade dos presos. Até às 23h30, os estudantes ainda continuavam detidos na Central de Flagrantes.

Nos sete dias de manifestações, 22 ônibus foram depredados e um ateado fogo. Os estudantes programam novos protestos nesta quarta-feira.

Informações do Jornal do Brasil



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São Paulo: EMTU informa que desconto do BOM continua em vigor

Em resposta a reportagem publicada ontem no DG sobre descontos do Bilhete de Ônibus Metropolitano (BOM) entre municípios, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU)  informou que o benefício continua valendo e nunca foi alterado.
“A concessão de desconto a estudantes é regida pela Resolução Secretaria dos Transportes Metropolitanos nº 10, de 2003, que garante, desde então, 50% de desconto não só a estudantes como a professores usuários das linhas metropolitanas gerenciadas por esta empresa. Com o cartão BOM, estudantes e professores têm este direito. Desconhecemos qualquer alteração na política de descontos”, diz nota oficial da EMTU, divulgada ontem. 
A informação diverge da divulgada anteontem pela SPTrans, da Prefeitura paulistana. Também em nota oficial, ela havia afirmado: “esta decisão (de revogar os descontos) não é da Prefeitura de São Paulo e sim do governo estadual, responsável pela CPTM, Metrô e EMTU. Aproveitamos para informar que esta decisão foi reavaliada e cancelada pelas autoridades do transporte público estadual”. 
A EMTU assegura que tal “reavaliação” nunca aconteceu porque a regra original sempre esteve em vigor. 
O desconto é de 50% para estudantes e professores que usam linhas intermunicipais partindo de São Paulo.
A confusão começou porque a Prefeitura teria admitido cancelar o desconto, sob o argumento de que não poderia fiscalizar o destino final em outros municípios.Esta possibilidade gerou protestos no Facebook. 
Estudantes de Guarulhos e outras cidades cogitaram fazer um ato em frente à casa do prefeito Gilberto Kassab. Como  desconto segue valendo, eles querem agora  a redução das passagens, que desde domingo passou de R$ 2,90 para R$ 3. Marcaram um ato para o dia 12, às 17h, na Prefeitura de São Paulo.



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Mobilidade Urbana: ''Para cada criança que nasce entra no sistema 05 novos carros no transito brasileiro''

O Brasil cresceu e se desenvolveu economicamente, porém as vias de hoje são as mesmas de 20 anos atrás, na qual o trânsito nas principais cidades virou uma loucura.

Com o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores brasileiros, todo mundo agora quer comprar um carro, porém se continuarmos nesse ritmo, vai chegar uma hora que nem o carro será possível tirar da garagem.

É necessário priorizar o transporte público e o transporte não motorizado como investimento em ciclovias, pois somente com estes instrumentos é que será possível enfrentar este problema.

Hoje, 30% dos veículos são de transporte público e que carregam 70 % da população e a ordem precisa ser invertida, não é justo vermos a maioria das faixas e vias serem ocupadas por veículos que trafegam apenas 30% da população.

''Para cada criança que nasce entra no sistema 05 novos carros no transito brasileiro'', Deputado João Paulo – PT/PE


A nova lei exige que os municípios com população acima de 20 mil habitantes elaborem planos de mobilidade urbana, a serem revistos a cada dez anos. Pela regra atual, essa obrigação é imposta apenas aos municípios com mais de 500 mil habitantes. Com isso, o número de cidades brasileiras obrigadas a traçarem políticas públicas de mobilidade urbana sobe de 38 para 1.663 municípios. As cidades que não cumprirem essa determinação serão penalizadas com a suspensão dos repasses federais destinados às políticas de mobilidade urbana.

Os investimentos para resolver os problemas da mobilidade urbana hoje chegam a 400 bilhões, porém o dep. João Paulo reforça que os R$ 30 bi que estão sendo investido vão amenizar os principais gargalos nos grandes centros nos próximos 04 anos.

Para Deputado João Paulo, a questão de mobilidade hoje é prioridade em todo o Brasil, segundo ele, a 10, 20 anos atrás esse tema era 10º para lá, porém agora a questão virou problema de saúde, para se ter uma idéia, são gastos cerca de R$ 30 bilhões por ano com vitimas de acidentes e mortes no transito, ou seja, é mais um investimento do que gasto.

Blog Meu Transporte


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Tarifa de ônibus em Curitiba deve ser reajustada

As negociações entre sindicatos, empresas de ônibus e a Urbani­­zação de Curitiba (Urbs) para o reajuste dos salários de motoristas e cobradores devem começar hoje, e podem ter impacto no preço da passagem de ônibus na capital paranaense. De acordo com o presidente da Urbs, Marcos Isfer, a decisão de quanto serão os vencimentos dessas categorias é o que falta para a definição da tarifa técnica da passagem de ônibus em Curitiba, que deverá ser reajustada em fevereiro. A fixação dos novos salários justificaria um aumento no preço das passagens em Curitiba.

A tarifa técnica é a base de referência tanto para a remuneração das concessionárias quanto para o estabelecimento do preço da passagem, baseada no custo mé­­dio de cada ônibus dividido pelo número médio de passageiros pagantes. Segundo o contrato das empresas com a Urbs, ela pode ser reajustada anualmente. Nos últimos dois anos, a correção foi feita em fevereiro. Hoje, ela é de R$ 2,56 – R$ 0,06 acima do preço da passagem.

Em setembro do ano passado, a Gazeta do Povo divulgou que esse valor poderia chegar a R$ 2,68, segundo dados do Sindicato das Empresas de Transporte Urba­­no e Metropolitano de Passa­­geiros de Curitiba e Região Metro­­poli­­tana (Setransp)– um crescimento de 4,6%. Entretanto, a assessoria do sindicato negou a informação e disse que o órgão só vai se pronunciar sobre esse assunto depois que a Urbs se ma­­nifestar oficialmente.

A primeira reunião para discutir o reajuste dos servidores da área será na tarde de hoje. Segundo o presidente do Sindica­­to dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropoli­­tana (Sismoc), Ander­­son Teixei­­ra, o sindicato pedirá recomposição de 40% nos salários da categoria. O vencimento dos servidores é a variável que mais influencia no preço da tarifa. Segundo dados da Urbs, o custo da mão de obra equivale a 42,7% do valor da passagem.

O aumento da tarifa técnica, entretanto, não representa necessariamente uma passagem mais cara. Esse valor determina o quanto a Urbs repassa às empresas concessionárias por passageiro pa­­gante transportado. Ou seja: atualmente, para cada passageiro que entra em um ônibus, a Urbs recebe R$ 2,50 e repassa R$ 2,56.

Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconô­­micos (Dieese) Sandro Silva, a decisão de se aumentar o preço da passagem é mais política do que técnica. De acordo com ele, o poder público poderia subsidiar a diferença entre as duas tarifas e, inclusive, reduzir o custo das passagens.

Um exemplo são as isenções dadas a diversos tipos de passageiros, como funcionários dos Correios e militares. Na prática, quem paga essa isenção é o usuário comum, já que eles geram um custo para as empresas, mas não pagam suas passagens. Silva afirma que, se o poder público subsidiasse essas viagens, seria possível reduzir o preço sem criar um desequilíbrio do sistema.

Entretanto, se não houver subsídios, uma tarifa técnica muito acima do preço da passagem pode desequilibrar as contas da Urbs, o que causaria um im­­pacto negativo no futuro, como um crescimento mais acentuado no valor da passagem. “Quanto mais tempo passa com essa diferença, maior o impacto lá na frente”, alerta Silva.

Número de passageiros e quilômetros rodados
A tarifa do ônibus de Curitiba é definida com base no valor da tarifa técnica, um cálculo que determina o custo de cada passageiro pagante para o sistema. Esse número é obtido pelo custo do quilômetro rodado pelos ônibus da capital dividido pelo índice de passageiros por quilômetro (IPK), que é a média de passageiros pagantes que circulam em cada ônibus por quilômetro rodado.

Nos dados utilizados pela Urbs como base para o preço atual, o custo médio por quilômetro na capital é de R$ 5,27. Esse custo varia de acordo com o modelo do ônibus. Um micro-ônibus especial, por exemplo, tem o custo de R$ 3,73, enquanto um biarticulado tem um custo bem mais alto, de R$ 9,73. Entretanto, isso não significa que no veículo mais barato o custo-benefício seja maior, já que os veículos maiores transportam mais passageiros.

Já o IPK é calculado a partir da média de passagens pagas mensalmente dividida pela quantidade de quilômetros percorridos de todos os ônibus da frota somados. Segundo dados da Urbs, em fevereiro de 2011, 25,8 milhões de bilhetes eram pagos mensalmente em Curi­­tiba, enquanto a frota rodava 12,5 milhões de quilômetros por mês. Com isso, o IPK ficou em 2,05. Portanto, o valor calculado pela Urbs como a tarifa ideal era de R$ 2,56 – a divisão do custo por quilômetro pelo IPK.

O economista do Departa­­mento Intersindical de Estatís­­tica e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Sandro Silva questiona os parâmetros usados pela Urbs e pelas empresas para calcular esse valor. Para ele, muitos dos dados que influenciam esse valor, como o consumo de diesel e de pneus, estão defasados. Se corrigidos, a tarifa poderia ser mais barata.




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Nova lei de mobilidade urbana é “caixa de ferramentas” para sociedade, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) lançou, na última sexta-feira (6), o Comunicado 128: A Nova Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. No texto, a entidade analisa a nova Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 4 de janeiro. A apresentação foi feita pelo diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), Alexandre de Ávila Gomide.
Na avaliação dos técnicos do instituto, a lei traz uma série de novas ferramentas para enfrentar o problema do trânsito e melhorar a mobilidade nas cidades brasileiras, mas não é, por si só, suficiente para a tarefa. É fundamental que a sociedade civil organizada e o Ministério Público se apropriem destes instrumentos para pressionar os governos locais a implementar as medidas propostas.
“A sociedade tem um papel importante de divulgar a aprender a usar essa lei para contestar medidas do poder público que contrariem as diretrizes, questionar contratos. Isso vai depender muito dessa ação política da sociedade civil, do Ministério Público e de gestores mais ousados que queiram usar a lei”, avalia Gomide. “É como uma caixa de ferramentas, que muita gente tem em casa e não aprende a usar. Mas com certeza no médio prazo a lei vai apresentar resultados”, completa.
Para o Ipea, a lei consiste em “um importante marco na gestão das políticas públicas nas cidades brasileiras”, especialmente por dar uma abordagem mais ampla à questão do transporte. Ela vem para suprir uma lacuna nos deveres atribuídos pela Constituição de 1988 ao governo federal: instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, incluindo transportes urbanos. O processo de discussão sobre o tema se arrasta desde então.
Entre 1989 e 1995, quatro projetos de lei sobre o tema foram propostos, todos eles apensados ao PL 4.293/1989 e todos restritos ao transporte coletivo. Os quatro foram arquivados definitivamente em 1995, quando surgiu o PL 694, de autoria do então deputado Alberto Goldman, ainda com foco restrito. Outros dois projetos foram apensados a este ainda na década de 1990 e seguiram tramitando nas comissões até 2003, quando foi criada uma comissão especial na Câmara para apreciar e dar parecer ao projeto.
Mesmo assim, o PL ficou mais três anos parado na Câmara até que, em 2007, após discussões no Ministério das Cidades, o Executivo enviou o PL 1.697/2007, que dava pela primeira vez uma abordagem mais abrangente e completa ao tema.
Segundo o Ipea, a lei tem como princípios garantir a acessibilidade universal e o desenvolvimento sustentável das cidades; promover a equidade no uso do espaço público de circulação; garantir participação e controle social nas políticas de mobilidade urbana; justa distribuição dos benefícios e ônus do uso dos meios de transporte; e eficiência e eficácia na prestação dos serviços de transporte.
“Hoje 20% das pessoas que se deslocam nas cidades usam quase 80% do espaço viário, enquanto o transporte coletivo e o não motorizado, que beneficiam a maioria, ficam com apenas 20% do espaço”, afirma Alexandre Gomide.
Para atingir esses objetivos, a PNMU inclui diretrizes para as políticas municipais, como a integração da política de transportes com políticas de uso do solo e desenvolvimento urbano; prioridade dos modos de transporte não motorizados sobre os motorizados e dos coletivos sobre os individuais; complementação (e não competição) dos diferentes modos de transporte; mitigação dos custos ambientais dos deslocamentos e uso de energias renováveis e não poluentes.

Impactos no transporte coletivo

A maioria dos dispositivos da nova lei não é obrigatória para os municípios – entes responsáveis pelas políticas urbanas de transporte de acordo com a Constituição de 1988 –, sendo antes limites e diretrizes para balizar a ação das prefeituras. No entanto, algumas medidas têm caráter impositivo, como a exigência de que todos os municípios acima de 20 mil habitantes elaborem seus planos de mobilidade urbana.
Outras têm potencial para causar impactos mais diretos na vida das pessoas, como a mudança na forma de remuneração dos contratos com as empresas de ônibus urbanos – que resulta na passagem cobrada dos usuários. Hoje, o cálculo do valor é feito fundamentalmente a partir do rateio dos custos estimados pelo poder público.
“É um método que provoca muita ineficiência, pois é difícil para o poder público saber os custos reais do empresário e é interessante para este aumentar seus custos na planilha”, explica o diretor do Ipea. Com a nova lei, a contratação passará a ser feita obrigatoriamente por processo licitatório. “As empresas competem, apresentam seus preços e o poder público escolhe o melhor, com reajustes previstos em contrato. Isso é avanço que terá impacto no valor das passagens”, completa.
Além disso, as prefeituras ficam obrigadas a divulgar os impactos de benefícios tarifários concedidos (meia passagem para estudantes e gratuidade para carteiros, por exemplo) no valor final das tarifas. É um avanço na transparência da definição das tarifas, pois tais benefícios não são bancados por empresas ou poder público, mas rateados por todos os usuários por meio do preço da passagem. No entanto, a lei falha ao não definir quem irá financiar tais benefícios. Assim, é provável que na maioria das vezes a operação do transporte público continue a ser inteiramente financiada pelos recursos arrecadados na cobrança de tarifas. Fortalece-se, no entanto, a possibilidade de cobrança e discussão popular a respeito do tema.
O Código de defesa do consumidor passa a valer para o transporte público, estabelecendo direitos que não existem hoje. Assim, passa a ser obrigatório que os pontos de ônibus disponibilizem informações sobre itinerários, tarifas e horários. Além disso, o poder público terá que divulgar padrões de qualidade e quantidade para os transportes e disponibilizar meios para reclamações, com prazo definido para as respostas.
Outra mudança é a possibilidade de concorrência de preços entre os taxis nas cidades. Com a nova lei, as prefeituras terão a obrigação de determinar apenas o preço máximo cobrado pelos taxistas, possibilitando que estes pratiquem preços menores.

Uso sustentável do automóvel

Além de orientar a expansão do transporte coletivo, a lei traz também medidas de racionalização do uso do automóvel. Entre elas, estão dispositivos não econômicos ou econômicos. Assim, os municípios passam a poder aplicar taxas para a circulação de carros em determinadas regiões, o chamado pedágio urbano. O valor arrecadado será necessariamente vinculado com a ampliação do transporte coletivo. “É uma medida importante, pois possibilita a criação de um financiamento privado para o setor de transporte”, esclarece Gomide. Cabe destacar que a implantação ou não das taxas é uma decisão de cada prefeitura.
“A lei estabelece instrumentos para mudar aos poucos relação da sociedade brasileira com o carro. Ela assume que o uso intensivo de transporte individual causa mais custos que benefícios e que quem causa esses custos deve pagar por eles, e não jogar para a sociedade. Ao mesmo tempo, estabelece mecanismos de incentivo aos meios coletivos e mais sustentáveis. Mas isso vai depender muito mais da pressão da sociedade que de uma imposição”, afirma Alexandre Goimide. “A lei não é contra a posse do automóvel, mas coloca a maneira de usá-lo de forma mais inteligente e sustentável”, completa.




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