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No Metrô de BH, Vale a lei do mais forte na hora de embarcar

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O sofrimento dos usuários do metrô de Belo Horizonte não se resume às horas que passam amassados entre mochilas, bolsas, embrulhos e corpos, no interior dos vagões. O calvário começa antes, quando chegam a uma das 19 estações da linha 1 (Eldorado/Vilarinho), a única em funcionamento entre a capital mineira e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ali, são muitas as situações que infligem mais desconforto e desgastam os passageiros. A mais evidente, talvez, é a falta de separação física nas estações mais movimentadas, como ocorre em São Paulo, na Estação da Sé, que tem cercas de alumínio para ordenar a entrada da multidão.
A falta de revezamento na abertura das portas desses locais também causa tumulto. Como as portas se abrem apenas de um lado, quem precisa sair tromba com quem está louco para encontrar um espaço dentro do trem, forçando passagem. Vale a lei do mais forte nas estações mais movimentadas, como Vilarinho, Eldorado, São Gabriel e Central, por exemplo.

A ânsia das pessoas que embarcam, nessa situação, se sobrepõe ao que manda o bom senso e a regra que fica pintada no piso de uma das estações onde mais passageiros se aglomeram à beira do embarque, a Vilarinho: “Deixe sair para depois entrar”. A confusão envolve homens, mulheres e idosos. “A gente começa a sair e precisa desviar para o canto, senão a turma que entra te empurra de volta para o trem”, afirma o aposentado Alberto Gonçalves, de 65 anos.

Ao longo das estações, os trabalhadores, estudantes e aposentados enfrentam mais incômodos. Veja no quadro ao lado as deficiências e perigos dos locais de embarque e desembarque de passageiros.

Em sete estações o telhado é feito de amianto. Além de o material ser considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma não haver nenhum limite seguro de exposição, o produto é perigoso por “poder contaminar devido ao “desprendimento das fibras em função do envelhecimento dos materiais, mudanças de temperatura, intempéries, processos abrasivos de limpeza, entre outras causas”. Não bastassem os perigos, em quatro estações (Santa Tereza, Santa Efigênia, Carlos Prates e Calafate), as telhas estão com buracos enormes e trincas extensas por onde a água das chuvas jorra comprimindo ainda mais quem aguarda a chegada do metrô.

A falta de sanitários também é crítica. Eles só estão presentes em três locais. Na Estação Eldorado, onde o serviço custa R$ 0,20, na São Gabriel, em que é preciso descer até a parte destinada à integração com os ônibus, e na Vilarinho, onde há um banheiro químico sujo e malcheiroso para os homens e dois para as mulheres.



CADEIRANTES


Se as pessoas que não têm dificuldades para se deslocar enfrentam obstáculos nas estações belo-horizontinas, quem precisa usar cadeiras de rodas, muletas e portadores de deficiência visual passam por desafios ainda maiores. Apenas nove dessas plataformas têm pisos táteis para orientar quem tem baixa visão ou não enxerga. Eles precisam ser guiados pelos seguranças e funcionários.


Ir e voltar do trabalho, para o auxiliar administrativo José Wander Maas Souza Júnior, de 26 anos, que precisa de uma cadeira de rodas para se mover, é uma ginástica que deixa os braços dormentes. “As rampas em espiral desgastam muito a gente. As calçadas para chegarmos até as estações são todas esburacadas. Se passar por lá, posso cair. Prefiro ir pela rua, desviando dos carros mesmo”, afirma.


Quando o metrô se alinha na plataforma, José Wander espera a multidão passar por ele e vai sozinho até a última porta. Os passageiros se apertam o quanto podem para que ele caiba. Como não há espaço reservado para cadeirantes, o auxiliar improvisa. Uma das mãos segura firme no aparato de metal e a outra trava a roda da cadeira. “Se bobear um minuto, com a aceleração ou com a parada do metrô, posso tombar e me ferir. É uma falta de senso os carros de um metrô não terem espaço próprio para portadores de necessidades especiais”, reclama.


RAIO X


Meio de transporte vital em Belo Horizonte tem problemas como falta de banheiros e extintores inoperantes nas estações


Passageiros


5 milhões
é o número de passageiros de metrô por mês


40% deles, ou 2 milhões,
usam a integração com o sistema de ônibus


7,5 mil
viagens são realizadas mensalmente


Estações (Linha 1)
Vilarinho*, Floramar, Waldomiro Lobo, 1º de Maio, São Gabriel*, Minas Shopping, José Cândido da Silveira*, Santa Inês, Horto, Santa Tereza, Santa Efigênia, Central*, Lagoinha* (Rodoviária), Carlos Prates, Calafate, Gameleira, Vila Oeste, Cidade Industrial, Eldorado* (Contagem)
(*) Integração com o sistema de ônibus


Situação das 19 estações


7 permitem integração com os ônibus


3 são equipadas com banheiros


6 têm bebedouros


9 possuem piso tátil


2 o ferecem rampas internas para deficientes


6 são ligadas por rampas externas para deficientes


10 telefones públicos estavam inoperantes


6 possuem escadas rolantes


1 escada rolante estava parada


13 elevadores funcionavam


2 elevadores não estavam operantes perigos


20 extintores estavam inoperantes


15 indicavam necessidade de recarga ou zero de conteúdo


5 locais para extintores estavam vazios


2 caixas de mangueiras de incêndio não continham o equipamento






Fontes: CBTU, Estado de Minas

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Trânsito no Grande ABC terá plano para evitar colapso

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC apresenta amanhã, durante reunião com os sete prefeitos, uma série de medidas emergenciais para minimizar os problemas enfrentados pelos motoristas no trânsito da região. A expectativa é de que as ações sejam implementadas ainda este mês.

Batizado de Operação Compartilhada, o plano tem por objetivo trazer alívio imediato aos congestionamentos até que as obras estruturais para viabilizar o transporte coletivo, prometidas pelo governo do Estado fiquem prontas. Estão na lista o Expresso ABC, Metrô Leve e modernização do Corredor ABD.

As novas diretrizes têm três pontos essenciais: melhorar a comunicação entre os agentes que controlam o trânsito nos municípios, a regulamentação da circulação de veículos de carga pesada e a revisão da localização das vagas públicas de estacionamento.

O plano foi uma maneira rápida e barata para atenuar os efeitos irreversíveis da expansão imobiliária regional. Nos últimos cinco anos, cerca de 28 mil unidades foram lançadas e atualmente 200 canteiros de obras estão em atividades, de acordo com a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC.

"Não podemos apenas esperar as grandes obras. Essas são medidas operacionais que poderão ser colocadas em prática rapidamente e não há necessidade de investimentos estruturais para entrarem em atividade", explicou a coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade do Consórcio, a arquiteta Andrea Brisida, da Prefeitura de São Bernardo.

A primeira medida do projeto do Consórcio é a comunicação compartilhada, mas não haverá a construção de central única para controlar todo o trânsito dos sete municípios. Na realidade, as companhias de tráfego vão se comunicar por meio dos métodos já existentes, como via rádio, celular, telefone e internet.
"Por exemplo, se vier a ocorrer um acidente no bairro de Piraporinha, em Diadema, as centrais de Santo André e São Bernardo serão informadas rapidamente o que reduzirá os reflexos", explica Andrea.

Além disso, a circulação de caminhões será revista e restrita. E as ruas e avenidas que apresentam maiores complicações de congestionamentos e lentidão serão regulamentadas com a proibição parcial ou total de estacionamentos. A outra alternativa será a instalação da Zona Azul. Caso esses planos não surtirem os efeitos esperados, outras modificações poderão ser cogitadas, como o rodízio de veículos.

ESTRATÉGICO

Nos próximos dias, o Consórcio lançará edital para contratar a empresa responsável por elaborar o plano intermunicipal de mobilidade urbana. O objetivo é implementar ações estratégicas que garantam a fluidez do trânsito a médio e longo prazos. O custo do projeto está em torno de R$ 1 milhão, e a previsão é de que seja entregue em seis meses após a contratação.

Diadema foi a 1ª a proibir caminhões

A Prefeitura de Diadema foi a primeira no Grande ABC a impor regulamentação para a circulação de caminhões em regiões diferentes, como no Centro e no bairro Eldorado, nos horários de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h, e aos sábados, das 6h às 14h.

Segundo o secretário de Transportes, Ricardo Perez a medida alcançou os objetivos. "Houve aceitação tanto da parte dos motoristas dos caminhões como de veículos e, principalmente, de transeuntes", avalia Perez.

Na cidade foram instaladas 23 placas com indicações da proibição, além de faixas de orientação sobre a restrição a caminhões no Eldorado, adotada devido ao aumento da circulação de veículos pesados, um dos reflexos da abertura do Trecho Sul do Rodoanel. A comunidade apoiou a causa.

Para Ricardo Moretti, especialista em planejamento urbano, uma saída para melhorar o trânsito é o investimento em transporte coletivo. "Tem solução, mas com gosto amargo, que é a restrição de carros, mas ninguém quer adotar esse ônus político. Um exemplo é Londres, onde se adotou a cobrança de pedágio em algumas áreas da cidade."

Projetos que devem ampliar a rede de transporte coletivo devem começar a sair do papel em 2014. O Expresso ABC será a ligação rápida sobre trilhos entre a Estação da Luz, na Capital. e Mauá. O Metrô Leve sairá da Estrada do Alvarenga, em São Bernardo, e ligará a região à Estação Tamanduateí. Já o Corredor ABD, via utilizada por ônibus, terá duas ligações com o Metrô até 2015: até a estação Santo Amaro e à futura estação São Mateus. Atualmente, é ligado apenas à Estação Jabaquara.





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SPTrans recomenda: Para as compras na região central utilize o transporte coletivo

Com a chegada da temporada de compras de Natal, a região central é a mais procurada, principalmente  a rua 25 de Março. Pela dificuldade do trânsito na região das lojas, a SPTrans recomenda que as viagens sejam feitas de transporte público, principalmente de ônibus.
Bem próximo à Rua 25 de Março está o Terminal Parque Dom Pedro II, que funciona 24 horas por dia e oferece uma série de facilidades para quem vai fazer as compras. São 93 linhas distribuídas em 7 plataformas, com capacidade para atender a 250 mil passageiros por dia. O terminal oferece serviços como lanchonetes, espaço multi-bancos, banheiros e segurança. Neste terminal, os usuários encontram linhas de todas as regiões da cidade, dezenas da zona leste, do Sacomã, Jardim Celeste, Pinheiros, Butantã, Ceasa, Parque da Lapa, Casa Verde, Cidade Tiradentes, São Mateus, São Miguel, Itaim Paulista, Ermelino Matarazzo, Vila Mara, Jardim Helena, Vila Nova Curuça, Vila Progresso, Jardim Camargo Velho, Conjunto Encosta Norte e Jardim das Oliveiras.
No Terminal Parque Dom Pedro II, existe a interligação com o Expresso Tiradentes, que recebe a demanda da região sul, Terminal Sacomã. O Terminal Sacomã, situado na Rua Bom Pastor, 3000,  opera com 24 linhas municipais e 18 intermunicipais, com uma demanda de 81 mil passageiros por dia e faz o percurso em 14 minutos em média, utilizando ônibus articulados e bi articulados.
Funciona das 4h à 0h, possui 6 plataformas, espaço multi-bancos, banheiros e lanchonetes. Recebe passageiros da região de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, e dos bairros do Parque Bristol, Jardim Celeste, Moema, Penha, Vila Arapuá, Vila Livieiro e Água Funda.
Utilizando o Bilhete Único, as vantagens para as compras se ampliam, já que o passageiro pode realizar quatro viagens de ônibus com o preço de uma passagem, dentro do intervalo de 3 horas para o Bilhete Único Comum, e de 2 horas para os Bilhetes Único Escolar e Vale-Transporte. Se for fazer compras nos domingos ou feriados, o Bilhete Único Comum vale até 8 horas (Bilhete Amigão), desde que a ultima recarga tenha sido de pelo menos 4 tarifas (R$12).
Para informações sobre linhas e trajetos de linhas consulte itinerários ou ligue 156.
Assessoria de Imprensa – SPTrans

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Tarifa de ônibus de Palmas continua valendo R$ 2,20

A justiça negou, em caráter definitivo, o pedido feito pela Prefeitura Municipal de Palmas de suspender a liminar que mantém a tarifa do transporte coletivo da capital em R$ 2,20. A decisão sobre o recurso impetrado pelo município foi exarada na data desta sexta-feira, dia 4, pela presidente do Tribunal de Justiça, Desembargadora Jacqueline Adorno.

A decisão do TJ mantém a liminar e a tarifa continua no valor de R$ 2,20 até julgamento final da Ação Popular. Para o deputado estadual Marcelo Lelis (PV), essa última decisão da justiça é resultado de toda uma mobilização popular.

“Estamos extremamente felizes. A população de Palmas está de parabéns porque mostrou a sua força e se manifestou contra esse aumento que consideramos abusivo por não vir acompanhado das melhorias prometidas. O que todos nós queremos é um transporte coletivo de qualidade, com um preço justo e que atenda as necessidades dos usuários” comemorou Lelis.

Marcelo Lelis, junto com representantes de diversos segmentos da sociedade e com cerca de 16 mil assinaturas dos palmenses, ingressou na justiça uma Ação Popular com pedido de liminar questionando o aumento da tarifa.

Ação Popular

A Ação Popular foi protocolada no Fórum de Palmas no dia 23 de agosto deste ano. O advogado Yuri Dhaer, a representante estudantil Nataly Dias, ambos membros do Conselho Municipal de Trânsito e o advogado Adriano Guinzelli foram os responsáveis pelo embasamento técnico e jurídico da Ação.

No dia 15 de setembro, a juíza da 3ª Vara das Fazendas e dos Registros Públicos, Ana Paula Toribio, acatou o pedido de liminar proposto na Ação Popular e suspendeu o aumento da tarifa até julgamento final do processo, mantendo o valor em R$ 2,20.

Desde que a Ação foi protocolada, todos os recursos apresentados, tanto pela empresa de ônibus Expresso Miracema quanto pela Prefeitura Municipal, a fim de que houvesse o aumento de R$ 2,20 para R$ 2,50, foram negados pela justiça.

Liminar continua valendo

Neste despacho, a Desembargadora Jacqueline Adorno entendeu que a Prefeitura de Palmas não comprovou que a liminar concedida causaria grave lesão à economia pública ou qualquer outro interesse da coletividade.

“Com efeito, sendo a suspensão da liminar uma providência drástica e excepcional, só se justifica quando a decisão possa afetar de tal modo a ordem pública, a economia, a saúde ou qualquer outro interesse da coletividade que aconselhe sua sustação até o julgamento final (...) e, nesse passo, não há evidência cabal de que o atendimento à decisão judicial, no sentido de manter inalterado o preço da passagem de ônibus, inviabilize a conservação da ordem e do interesse públicos” diz trecho da decisão.

Para Adriano Guinzelli, advogado que responde pela Ação, “essa quinta decisão favorável, consecutiva, deixa ainda mais evidente que o aumento da tarifa foi realizado de forma ilegal e prejudicando o cidadão palmense”.

O advogado Yuri Dhaer, representante da OAB no Conselho Municipal de Trânsito, avalia que é preciso mais transparência no sistema de transporte coletivo. “As argumentações apresentadas pela Prefeitura não vinham sendo procedentes ao ponto de cassar uma liminar. De certa forma, podemos sim considerar essa decisão vitoriosa. Isso só demonstra que o sistema de transporte coletivo de Palmas precisa ser mais estudado e mais transparente nos processos de reajuste” disse.

Fonte: Portal Stylo

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São Paulo tem pior mobilidade entre 9 capitais, diz pesquisa

domingo, 6 de novembro de 2011

A cidade de São Paulo foi avaliada em último lugar entre as nove capitais avaliadas por um estudo de mobilidade sustentável, que levou em conta o impacto ambiental e o bem-estar da população. O resultado foi divulgado neste sábado, mesmo dia em que uma rua da zona sul da capital paulista viu inaugurada uma ciclovia, que passou a disputar espaço com o tráfego de automóveis. A novidade em São Paulo gerou controvérsia. "Aonde (sic) que vou colocar as minhas clientes, que são milionárias, que andam de carro importado? Você acha que as minhas clientes vão andar de salto alto, de bicicleta?", reclama a comerciante Carolina Maluf. As informações são do Jornal Nacional.

A disputa cada vez maior por espaço e a preocupação com o meio ambiente e a qualidade de vida obrigam as cidades a repensar os meios de ir e vir. Apesar de ter ampliado as ciclovias, São Paulo ainda tem poucas em relação ao tamanho da cidade, segundo a pesquisa sobre mobilidade, que deu nota 2 à maior cidade do País. Entre as nove capitais, São Paulo é onde as pessoas usam mais carros e motos para se deslocar. A pesquisa aponta as ciclovias como ponto fraco de Belo Horizonte e Porto Alegre. Em Salvador e Cuiabá, o maior problema é a tarifa de ônibus, considerada cara. Natal tem poucos ônibus acessíveis a deficientes, um ponto forte de Curitiba. Brasília foi elogiada pelas ciclovias e criticada pelo número de mortes no trânsito, e o Rio de Janeiro foi considerada a cidade onde há menor impacto ambiental, porque mais pessoas usam transporte coletivo.


Informações no Portal Terra

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Usuários se espremem nos vagões do metrô de BH

Não fosse a ajuda diária da irmã para segurar a sua bolsa, a vendedora Daniela Aparecida dos Santos Vieira, de 27 anos, não teria como apoiar as duas mãos nos anteparos do metrô de Belo Horizonte. Sua baixa estatura a faz sumir numa multidão que viaja compacta sobre os trilhos, dando passinhos para frente e para trás na tentativa de se equilibrar no embalo do trem. “Ônibus demora demais. Resta aguentar o aperto para ir e voltar do trabalho (no Bairro Santa Efigênia, Região Leste) para casa (no Eldorado, em Contagem)”, diz. O caso dela, segundo especialistas, é o mesmo de todos os que usam a única linha de metrô da capital: para evitar uma caminhada de 30 minutos e duas viagens que somariam mais uma hora em dois ônibus, Daniela encara uma hora dentro do metrô.

São 20 dias perdidos enlatada dentro dos trens, se forem somadas todas as horas de idas e voltas em dias úteis de um ano. Isso, espremida numa multidão que chegou, em abril deste ano, a 1.317 passageiros no horário de pico dentro das composições com quatro carros. O índice supera em 287 pessoas a lotação máxima, de 1.030. É como se quatro ônibus lotados (com 70 pessoas cada) despejassem seus passageiros no trem, já completamente tomado. “A gente sofre todos os dias. O resultado é que todos ficam irritados. Já vi gente xingando e gritando umas com as outras, quase brigando”, conta.
O clima tenso e claustrofóbico de quem se aperta entre a multidão do corredor lotado do metrô é vivido principalmente nos horários de pico, das 6h30 às 8h e das 17h30 às 20h. São as mesmas histórias de agonia e desgaste dos usuários de ônibus, dependurados no interior dos veículos que mais transportam passageiros na capital (87%). Faltam condições de acesso e de conforto nas estações e pontos, o que tornam uma sina o transporte público antes mesmo que se consiga embarcar. Situações diárias enfrentadas por trabalhadores e estudantes e que o Estado de Minas mostra, a partir de hoje, numa série de reportagens.
A história da vendedora de Contagem, Daniela Aparecida, se repete com o técnico industrial Antônio Mauro Silva de Souza, de 54, morador de Betim, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Só que, além de perder 80 minutos diários indo e voltando do trabalho para casa de metrô, ele ainda leva um hora fazendo conexões com ônibus. “A gente não sabe qual é pior (ônibus ou metrô)”, diz enquanto tenta firmar as pernas e não esbarrar em quem está ao lado. “Entra tanta gente que acabamos ficando todos juntos. Se a pessoa não se aproximar da porta na hora de descer, pode perder a estação e ter de desembarcar longe”, conclui.

MAIS PASSAGEIROS

Com a Linha Verde e a expansão do Vetor Norte, as pessoas se aproximaram do metrô e estão preferindo um aperto maior nele, por ser mais rápido do que o sofrimento prolongado nos ônibus”, observa o chefe do Departamento de Transportes e Geotecnia da Escola de Engenharia da UFMG, Nilson Tadeu Nunes.

Para o especialista, uma das soluções de curto prazo seria ampliar o número de carros das composições de metrô. “Hoje são quatro carros em cada composição. Mas as plataformas foram projetadas para receber até o dobro. Certamente a aquisição de mais carros aliviaria, pelo menos por ora, a situação dos passageiros”, afirma.

1.317

circularam em horário de pico, em abril deste ano. É como se 1.055 pessoas estivesse em pé (alta de 37%), descontando-se os 262 assentos


1.030

passageiros é a capacidade das composições. São quatro carros)


768

 pessoas podem viajar em pé e 262 sentadas, segundo os índices internacionais de conforto



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Itamaracá Transportes é eleita pela ANTP como uma das cinco melhores empresas de transporte do Brasil

Transporte Coletivo não precisa de quantidade apenas, mas de qualidade.
Assim, não bastam as empresas de ônibus colocarem mais veículos nas ruas, ou as operadoras de trem e metrô mais composições nos trilhos, se os serviços não focarem o bom atendimento e a relação digna com a comunidade que é responsável pela sobrevivência desta empresa de ônibus.

E o setor de transportes coletivos mostra a diferença entre operadoras de ônibus. Enquanto há viações que são retiradas do sistema por ilegalidades e má prestação de serviços e outras que usam de artifícios como atraso no pagamento de salários e direitos trabalhistas, outras buscam acompanhar a modernização da sociedade, que está mais crítica e conta com órgãos mais atuantes em defesa da população como o Ministério Público e parte de uma imprensa mais participante no dia a dia das pessoas.

Todas as empresas de ônibus, metrô ou trem objetivam o lucro. O que não é erro nenhum, afinal, não deixa de ser um negócio (de responsabilidade pública, mas outorgado à iniciativa privada) e quanto melhor for a condição da empresa, mais possibilidade ela tem de investir em avanços.

Para reconhecer os esforços destas empresas, a ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, realiza o Prêmio de ANTP de Qualidade.

As cinco melhores empresas do País, de acordo com a análise das bancas julgadoras compostas por técnicos são:

Viação Fortaleza (Ceará), Expresso Medianeira (Rio Grande do Sul), Viação Nobel (Paraná), Itamaracá Transportes (Pernambuco) e Trensurb (Rio Grande do Sul).
A premiação é realizada a cada dois anos.


Todos os critérios de avaliação são extremamente rigorosos e boa parte se baseia no MEG Modelo de Excelência de Gestão da FNQ – Fundação Nacional da Qualidade.

Para serem certificadas, as empresas não são avaliadas apenas na prestação de serviços nas ruas. Diversos aspectos são avaliados como: Eficiência e formas de gerenciamento, viabilidade econômica da empresa, segurança e ambiente de trabalho, instalações da garagem, adequação quanto a evolução tecnológica operacional e no atendimento ao cliente, relacionamento com a comunidade e respeito aos aspectos ambientais.

Assim, não é analisado apenas se os ônibus são novos, velhos ou se atrasam, apesar de estes fatores serem levados em consideração.Ações espontâneas de apoio a pessoas carentes e programas de preservação da natureza, como reaproveitamento de água e reciclagem, também contam para o prêmio, que é considerado um dos mais respeitados e sérios por especialistas em transportes.

A participação das empresas conta com várias fases.

Primeiro as empresas de ônibus respondem um extenso questionário que ocupa uma apostila inteira.
As respostas são comparadas com os indicadores de gestão e qualidade.
As empresas que passam para a outra fase recebem uma visita de técnicos em suas garagens, linhas, terminais e pontos de ônibus.

No Congresso, além de discussões sobre melhores formas de oferecer mobilidade diante dos novos desafios, como crescimento da população, do trânsito e a aproximação de eventos mundiais, como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, são apresentados novos serviços, materiais e veículos. Destaques para os modelos de ônibus feitos para atendimento de serviços de BRT – Bus Rapid Transit, corredores de ônibus rápidos e modernos.
É verificado se tudo o que as empresas responderam no questionário condiz com a realidade.
Neste processo são feitas entrevistas surpresas que podem ser desde com o funcionário mais simples até o dono da empresa, de acordo com o critério dos técnicos.

Depois estes técnicos fazem relatórios sobre suas visitas.

Os documentos são avaliados por outra banca julgadora formada por profissionais em transportes, de formação, o que leva aos resultados da premiação.
O objetivo é incentivas as empresas que buscam qualidade e criar exemplos que podem ser seguidos por outras viações.

A entrega dos prêmios foi realizada nesta quarta-feira, dia 19 de outubro, durante o 18º Congresso de Transporte e Trânsito promovido pela ANTP, desta vez no Rio de Janeiro.

No evento são realizadas discussões de como oferecer uma melhor mobilidade para as pessoas, diante de desafios como crescimento populacional e urbano, aumento das necessidades de deslocamentos por transportes públicos diante do trânsito cada vez mais caótico e também como preparar as cidades brasileiras para eventos mundiais, a exemplo da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 ,respeitando, no entanto, as condições financeiras e o dinheiro público de cada localidade.

Um dos desafios é como mudar a página, inovar, no entanto, sem gastar mais do que a população pode arcar, com responsabilidade em relação ao dinheiro público.
Inovações da indústria como produtos, serviços e veículos preparados para atender aos novos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), corredores modernos e que oferecem rapidez aos ônibus, marcam o Congresso. Destaque para o Viale BRT, da Marcopolo, e Mega BRT, da Neobus, ônibus com design diferenciado, com mais visibilidade para o passageiro e motoristas, maior espaço interno, mais acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência, e configuração que minimiza os impactos no meio ambiente.



Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.





O Congresso foi realizado em outubro de 2011.
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Liminar derruba para R$ 4,20 a tarifa dos ônibus executivos em Manaus

Até a próxima segunda-feira (7) o valor da tarifa do transporte executivo deve baixar de R$ 5,50 para R$ 4,20, de acordo com o presidente em exercício da Federação das Cooperativas de Transportes do Amazonas (Fecootram), Sebastião Cavalcante. A decisão foi tomada pelo juiz Roberto Ermidas de Aragão Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

Segundo Sebastião, o reajuste da tarifa só poderá valer a partir do momento em que a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) receber uma notificação. Como a decisão foi tomada neste sábado (5), o presidente acredita que até a manhã de segunda-feira o órgão seja notificado. 

Há mais de duas semanas circulando com o valor determinado pela Prefeitura de Manaus, Sebastião disse que a categoria agora está satisfeita com a determinação da Justiça. “Na lei do executivo assinada pelo prefeito, o aumento mínimo é 50% do transporte convencional e agora nós conseguimos que esse aumento fosse justo para todos”, comemorou Sebastião. 


Fonte: D24 AM

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