Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta metrô de São Paulo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta metrô de São Paulo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

EMTU/SP altera linha do Airport Bus Service para atender a Região Brooklin Novo

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A EMTU/SP altera a partir de hoje (sexta-feira 18) o itinerário da linha 437 - Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Itaim Bibi), para atender os moradores e pessoas com interesses na região da Brooklin Novo.  A parada final da linha a partir de hoje será o conjunto empresarial WTC (Word Trade Center).


A região do Itaim Bibi continuará a ser atendida pelo serviço, mas as partidas/chegadas dos ônibus passam a ser feitas do ponto localizado na Avenida Nações Unidas 12.551- WTC.


A decisão de transferir a linha do Itaim Bibi para o Brooklin está vinculada a demanda que aumentou depois que a região se transformou, nos últimos anos, em um dos principais centros executivos e empresariais da capital – ao lado do Centro da capital e das regiões das avenidas Paulista, Berrini  e Faria Lima.

Segundo a pesquisa Origem-Destino elaborada em 2007 pelo Metrô, cerca de 230 mil pessoas se dirigem diariamente à região formada pelo Brooklin, Vila Cordeiro e Berrini para trabalhar. Outros centros empresariais com grande volume de população flutuante são as regiões do Centro (698 mil pessoas), Avenida Paulista (396 mil) e Avenida Faria Lima (243 mil). 

Frota
O serviço de traslado do Airport Bus Service conta com 24 ônibus seletivos e 12 ônibus comuns para trechos mais curtos, responsáveis pelo atendimento mensal de 155 mil usuários. A frota tem idade média de 2,5 anos e opera diariamente com disponibilidade de vários horários.

O Airport conta ainda com outras 5 linhas que fazem a ligação dos aeroportos com a Praça da República, Terminal do Tietê, Terminal da Barra Funda , Avenida Paulista, Aeroporto de Congonhas e Brooklin Novo – WTC. O valor da tarifa para as seis linhas é de R$ 36,50.

Os 12 ônibus utilizados nos trechos locais são responsáveis por operar duas linhas. As linhas 257 e 299 fazem a ligação entre o Aeroporto de Guarulhos e o Metrô Tatuapé. Nesse caso, o valor cobrado dos passageiros é de R$ 4,45.

Diferenciais
Os passageiros do Airport Bus Service contam com ônibus equipados com ar-condicionado, poltronas confortáveis, espaço bus office com mesa e tomada, frigobar, banheiro, TV, auxiliar de plataforma e serviço de bagagens ilimitadas sem cobrança adicional.

Linhas Airport Bus Service – Executivo 

Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Aeroporto de Congonhas) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Praça da República) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / SP (Circuito dos Hotéis) via Av. Paulista
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Brooklin Novo - WTC) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Term. Rod. Barra Funda) 
Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo) / São Paulo (Terminal Rodoviário Tiete)

Tarifa: R$ 36,50

Linhas locais
257 Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo)/ São Paulo (Metrô Tatuapé - Terminal Norte) 
299 Guarulhos (Aeroporto Internacional de São Paulo)/ Sao Paulo (Metrô Tatuapé - Terminal Norte) 

Tarifa: R$ 4,45

Informações de horários de partidas no site – www.emtu.sp.gov.br

Leia também sobre:
·         Metrô São Paulo
·         SPTrans
·         EMTU-SP
READ MORE - EMTU/SP altera linha do Airport Bus Service para atender a Região Brooklin Novo

Metrô de São Paulo expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O metrô é considerado o mais eficiente meio de transporte urbano por não dividir espaço na superfície com outros veículos. Em São Paulo, metrópole que em março ultrapassou 7 milhões de veículos, o metrô chegou tarde, foi entregue somente em 1974, quando entrou em operação o trecho de sete quilômetros, com sete estações, entre o Jabaquara e a Vila Mariana, e desde então cresceu. Pouco.

Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 quilômetros de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole. Preto no branco, o metrô da capital expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.

Durante seminário sobre mobilidade urbana realizado em março último na capital, o arquiteto Marcos Kiyoto, especialista em transportes de alta capacidade, afirmou que o ritmo lento de crescimento do metrô paulistano deixa muito a desejar em relação ao sistema de outras metrópoles, como é o caso da Cidade do México, com 200 quilômetros de rede.

Outro problema apontado durante o seminário foi a pouca integração das linhas entre si. De acordo com Kiyoto, o mais importante não é esticar as linhas, mas, sim, criar mais intersecções entre as já existentes para que seja criada, de fato, uma malha metroviária.

Já o arquiteto Fábio Pontes informou que o número de habitantes por quilômetro de linha de metrô em São Paulo está entre os mais altos do mundo : 315. Londres, no Reino Unido, tem apenas 19 habitantes para cada quilômetro do Tube, o metrô de lá, o que significa trens mais presentes e menos cheios.

Até mesmo cidades menores do que São Paulo possuem sistemas bem melhores. É o caso de Barcelona, na Espanha, que oferece aos seus cerca de dois milhões de habitantes 148 estações de metrô - número duas vezes e meia maior de estações que o da capital paulista para um contingente populacional cinco vezes menor.

As 61 estações do metrô de São Paulo recebem todos os dias cerca de 3,3 milhões de passageiros. As 126 estações do metrô de Barcelona recebem diariamente cerca de 1 milhão de usuários. Talvez esteja aí a explicação para a falta de ânimo do motorista paulistano em deixar o carro na garagem e procurar a estação de metrô mais próxima.

Parceria com o setor privado

No começo desta semana, o diretor de operação do metrô, Mário Fioratti, admitiu em entrevista para a BandNews FM que o metrô está no limite técnico de quantidade de trens. Segundo ele, não há como colocar mais trens em circulação porque o sistema de sinalização que controla a movimentação do trem não pode ser redimensionado.

O Governo de São Paulo, responsável pela gestão do metrô paulistano, reconhece as deficiências do sistema. Na inauguração da estação Butantã, no último dia 28 de março, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu que a rede deveria ter pelo menos o dobro do atual tamanho.

Umas das soluções sinalizadas pelo governador são as parcerias público-privadas (PPPs) - como já acontece com a Linha Amarela da rede, administrada pela ViaQuatro, empresa do grupo CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Segundo Alckmin, as propostas de parceria devem começar a chegar já nos próximos dias.



READ MORE - Metrô de São Paulo expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.

Linhas da EMTU da Região Metropolitana ganham mais 68 novos ônibus 0km

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Nesta semana, 13 linhas gerenciadas pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) do Governo de SP recebem 68 novos ônibus zero km para atendimento aos passageiros da Região Metropolitana de São Paulo.

Os novos veículos começam a operar em linhas metropolitanas que circulam nas regiões de Cotia, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e São Paulo. A renovação da frota conta com ônibus mais modernos, eficientes e confortáveis, beneficiando cerca de 112 mil passageiros por dia que utilizam os serviços.

Todos os veículos adquiridos possuem chassi Mercedes-Benz e carroceria CAIO Apache VIP, e são equipados com ar-condicionado, tomadas USB para recarregar dispositivos móveis e plataformas elevatórias de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

As linhas operadas pela Viação Miracatiba, do Consórcio Intervias, receberam ao todo 40 novos ônibus com suspensão a ar e motor Euro 6, tecnologia que faz o tratamento de gases de escape para reduzir a emissão de poluentes, contribuindo para um transporte mais sustentável. A frota, com prefixos iniciados em 1510 e 1511, realiza viagens que ligam São Paulo a Itapecerica da Serra e Embu das Artes.

Já as linhas da Viação Raposo Tavares, também do Consórcio Intervias, começaram a circular com 20 novos ônibus motor Euro 5, com prefixos 1223. O atendimento é feito para passageiros que se deslocam entre Cotia, Caucaia do Alto, Vargem Grande Paulista e São Paulo.
Para a região de Guarulhos, o Consórcio Internorte adquiriu oito novos ônibus motor Euro 5 que já estão atendendo três linhas operadas pela TipBus. Os veículos possuem prefixos iniciados com 3622 e 3623 e fazem a ligação de Guarulhos a São Paulo.

Com as novas inclusões, as linhas gerenciadas pela EMTU já somam 239 novos veículos 0 km recebidos desde janeiro deste ano.

Confira abaixo a relação completa das linhas que receberam novos ônibus:

032 – Itapecerica da Serra (Parque Paraíso)/ São Paulo (Metrô Vila Sônia)
033 – Embu das Artes (Engenho Velho)/ São Paulo (Metrô Vila Sônia)
193 – Embu das Artes (Jardim Santa Tereza)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
239 – Itapecerica da Serra (Jardim São Marcos)/ Cotia (Terminal Metropolitano Cotia)
451 – Itapecerica da Serra (Jardim Branca Flor)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
484 – Embu das Artes (Jardim Batista)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
551 – Embu das Artes (Jardim Mimas)/ São Paulo (Metrô Capão Redondo)
396 – Cotia (Terminal Metropolitano Cotia) / São Paulo (Metrô Butantã)
256 – Cotia (Caucaia do Alto) / Cotia (Portão) – via Vargem Grande Paulista
297 – Cotia (Caucaia do Alto)/ São Paulo (Metrô Morumbi)
073 – Guarulhos (Nova Bonsucesso)/ São Paulo (São Miguel Paulista)
252 – Guarulhos (Jardim Cumbica)/ São Paulo (Metrô Carrão)
596 – Guarulhos (Vila Any)/ São Paulo (Estação CPTM São Miguel Paulista)

Informações: Governo de São Paulo
READ MORE - Linhas da EMTU da Região Metropolitana ganham mais 68 novos ônibus 0km

Metrô de SP é cindo vezes mais caro que o de Madri, diz a Secretaria Estadual de Transportes!

terça-feira, 29 de junho de 2010


De acordo com Antonio Mentor, Líder da Bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, a linha Amarela do Metrô de São Paulo foi parcialmente inaugurada no último dia 25 de maio. Parcialmente porque apenas duas das estações previstas foram entregues – Paulista e Faria Lima. Para o percurso inaugural, saindo da estação Faria Lima, apareceram convidados ilustres, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito Gilberto Kassab, o governador Alberto Goldman, secretários de Estado, jornalistas e curiosos.

A expansão do Metrô paulistano resume a forma como o PSDB administra o Estado de São Paulo. Uma obra que avança muito lentamente, superfaturada e atrasada em seu cronograma. Há 15 anos o governo do PSDB vem demonstrando essa incompetência gerencial crônica, aliada ao desperdício do dinheiro público, às denúncias de corrupção e às centenas de contratos suspeitos.

A Linha Amarela foi projetada em 1990 e teve suas obras iniciadas em abril de 2004. A ampliação desse sistema de transporte deveria ter começado a atender a população em 2007, mas, próximo à data estipulada o governo do PSDB, adiou para o final de 2008 e, depois, adiou novamente para 2010. O trecho inaugurado agora é composto por apenas duas estações, que estão funcionando com apenas cinco dos 14 trens previstos em contrato.

A incompetência gerencial do governo tucano fica clara quando se compara a extensão do Metrô paulistano com o de outros países. Enquanto o metrô de São Paulo possui 62,3 quilômetros de extensão, o metrô da Cidade do México, que começou a ser construído na mesma época que o de São Paulo, tem 201 quilômetros de extensão e o de Santiago, no Chile, conta com 84 quilômetros. Ao longo do governo do PSDB, o metrô de São Paulo registrou baixíssimo crescimento, de apenas

1,4 quilômetro em média por ano.Já o custo da corrupção no Metrô de São Paulo fica evidenciado quando comparado com o custo de construção do mesmo sistema de transportes, em outros países.

Em Madri, por exemplo, o metrô custou R$ 78,5 milhões o quilômetro, enquanto em São Paulo esse valor sobe para R$ 400 milhões por quilômetro, quase cinco vezes mais! São dados oficiais, fornecidos pelo próprio secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, em audiência pública na Assembleia Legislativa.

Por último, além de todo esse descalabro, as novas estações do metrô podem não aliviar a necessidade do paulistano por um meio de transporte mais rápido e eficiente. Dias após a entrada em funcionamento das estações, matéria do jornal Folha de S. Paulo comprova que, para percorrer a distância de 3.600 metros entre as duas estações, ainda é mais rápido ir de ônibus do que de metrô. Seria cômico se não fosse trágico.

Fonte: Macro ABC
READ MORE - Metrô de SP é cindo vezes mais caro que o de Madri, diz a Secretaria Estadual de Transportes!

VLT cearense é referência de mobilidade urbana no Brasil

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A experiência do Ceará em construir veículos leves sobre trilhos (VLTs), que estão ganhando o mundo como uma solução inteligente na área de transporte e de menor impacto ambiental, está atraindo interesse de outros Estados. Nesta segunda-feira (19), uma comitiva de representantes do sistema de transportes metropolitanos de São Paulo conheceu as composições que estão sendo testadas em Fortaleza, as que operam há mais de um ano no Metrô do Cariri e a sede da fabricante, a empresa Bom Sinal, em Barbalha.
Metrô do Carir / Foto: Jota Lopes
A comitiva foi formada pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes; o presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda; o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira, e o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes. A visita teve início pela Estação São Benedito da Linha Sul do Metrô de Fortaleza.

Guiados pelo secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele, e o presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, Rômulo Fortes, o grupo pôde conhecer as instalações de uma das quatro estações subterrâneas da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. “Estamos muito impressionados porque esta estação está praticamente pronta”, elogiou o secretário Jurandir Fernandes. Ele destacou que o Metrô de São Paulo está à disposição do Governo do Ceará para a troca de experiências.

O presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, diz que a experiência do Ceará na fabricação de VLTs é uma grande contribuição para outros Estados que buscam soluções para o trânsito. “Nós temos buscado outras opções para melhorar o trânsito da cidade, para melhorar a mobilidade urbana”, diz.

O secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, reforça que a visita da comitiva de representantes de São Paulo é resultado da conjugação de esforços feita pelo Governo do Estado para dotar o Ceará de um sistema de transporte sobre trilhos de passageiros eficiente. “São Paulo é referência porque tem os melhores técnicos e o metrô de lá se assemelha a grandes metrôs do mundo. Acreditamos que uma parceria futura será a construção da Linha Leste (projeto que vai ligar o Centro de Fortaleza até o bairro do Édson Queiroz) que se assemelha muito ao metrô de lá”, diz.

O presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, Rômulo Fortes, apresentou aos representantes da comitiva o andamento da obra da Linha Sul e de outros projetos de extensão do Metrô. Ele também destacou que a fabricação de VLTs no Ceará estimulou a indústria ferroviária nacional, que não produzia novos trens desde a década de 1970.


Assessoria de Imprensa do Metrô de Fortaleza

READ MORE - VLT cearense é referência de mobilidade urbana no Brasil

Em dez anos, São Paulo ficou mais lenta

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Resultado é a soma do crescimento no uso de automóveis e falta de aumento no uso de transporte coletivo
Os índices médios de congestionamento na cidade estão longe de poderem ser considerados satisfatórios: dados da CET mostram que, no ano passado, a média de congestionamentos na cidade foi de 138 km de extensão - distância suficiente para chegar próximo ao município de Limeira, por exemplo. Nos horários de pico da tarde - entre 17hs e 20hs - a velocidade média dos veículos, em 2008, não chegava aos 15hs km/h.
Com 3,5 milhões de veículos que efetivamente circulam pelas ruas diariamente, São Paulo está se transformando cada vez mais em uma cidade lenta. "A situação é muito preocupante. Estamos tendo um aumento crescente do uso do automóvel e um não suficiente aumento do uso do transporte coletivo", alerta o professor e urbanista Cândido Malta, autor de um recente estudo sobre o transporte e o uso do solo em São Paulo. "A capacidade de suporte já é insuficiente. Se essa perspectiva não for mudada, teremos a paralisação da cidade, com todos os prejuízos que você possa imaginar", alerta.
Diante desse cenário, Prefeitura e governo do estado têm travado uma verdadeira corrida contra o tempo para tentar reverter o problema do trânsito e da falta de transportes na capital e na região metropolitana. "São Paulo tem um problema crônico, que é a falta de metrô. A única possibilidade de se tirar as pessoas do conforto do seu veículo particular e colocá-las no transporte público, é o transporte público rápido", diagnostica Alexandre de Moraes, secretário de Transportes do município.

Atrás do México
Considerado um dos meios mais eficazes para mobilizar grandes quantidades de pessoas nas grandes metrópoles - sem disputar espaço na superfície com os demais veículos -, o metrô de São Paulo deve ganhar mais cerca de 20 km de linhas até o final do ano que vem, quando estiver concluída a próxima etapa do multimilionário plano de expansão do sistema, financiado pelo Estado e com uma pequena parte dos investimentos paga pela Prefeitura.
Quando forem inaugurados os 12 km da nova linha Amarela, que cortará a região central e o bairro de Pinheiros, além de novos trechos das já existentes linhas Verde e Lilás, São Paulo contará com pouco mais de 80 km de metrô. Extensão ainda muito pequena se comparada a outras redes de metrô do mundo como as de Londres (408 km) e de Paris (214 km) ou mesmo da Cidade do México, que teve sua implementação iniciada apenas alguns anos antes que a do metrô paulistano, mas que ainda assim conta com 202 km de linhas atualmente.
Uma das respostas para a demora na construção de novas linhas e estações em São Paulo está na dificuldade que o governo do estado tinha de contrair novas dívidas com a União até meados dos anos 1990, explica o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Ainda assim, ele reconhece: "o metrô não poderia ter parado".
"Muito provavelmente esse fator atrapalhou muito [a expansão], mas mesmo assim acho que o dinheiro que foi usado em outros investimentos eu teria aplicado em metrô. É uma opção da administração. Ela tem um orçamento, uma visão. Mas acredito que não se viu a importância que tinha o transporte metropolitano", diz Portella.

À frente de Paris
Além da expansão do metrô, o governo do estado vem investindo recursos para a readequação da rede de trens metropolitanos, que, também até o final de 2010, tem previsão de transformar 160 km de seus 261 km em linhas com "qualidade de metrô". Em outras palavras, melhorar a qualidade dos vagões e estações e , principalmente, aplicar-lhes padrões de confiabilidade, intervalo e segurança. A meta, afirma Portella, é que os trens metropolitanos possam correr mais próximos entre si - dos atuais 450 metros de distância segura para 15 metros - e chegar às estações num intervalo máximo de 6 minutos em pelo menos 95% das vezes.
"Quando chegarmos aos 240 km de malha em 2010 [os 80 km de metrô somados aos 160 km de trens], São Paulo vai ter mais metrô que Paris e que o México. Esse é o mérito do plano de expansão: mudar a inflexão da curva e recuperar não o espaço todo que deveria, mas grande parte do atraso", defende Portella. "Em 2014 [prazo-limite para a etapa seguinte do plano], vamos ter de 380 km a 400 km de [linhas com qualidade de] metrô. Essa é a malha que, para mim, já vai ser suficiente por um bom tempo. É impossível, na parte central, aumentar muito mais", completa.

Corredores congelados
Esperar até lá, no entanto, não é algo que agrada os críticos do governo e parte dos paulistanos que gastam horas de seu dia no trânsito regularmente. Em vez disso, apontam, a cidade precisa de soluções de médio e curto prazo.
Principal bandeira da gestão petista (2001-2004), o investimento em corredores de ônibus foi praticamente paralisado desde a troca de governo. "Eu deixei uma proposta de 18 corredores novos para serem implantados entre 2005 e 2008, e não fizeram. Não tem nem licitação", reclama Marta Suplicy, em cuja Prefeitura foram construídos 67 km de corredores exclusivos para ônibus. Se as obras houvessem sido feitas, São Paulo teria terminado 2008 com um total de 460 km de corredores.
Para Alexandre de Moraes, o que foi deixado pelo PT para a gestão Serra-Kassab não foi um projeto. "Eles deixaram traçados. Traçado que eu falo é traçado mesmo. Você pega o mapa e faz um traçado, não um projeto. Até porque se bons projetos tivessem ficado, eu acho que é obrigação do administrador público continuar com eles. São projetos de estado, não de governo", argumenta o secretário, reconhecendo entretanto que a prioridade da atual gestão é ajudar o estado a investir em metrô (R$ 2 bilhões).
"Salvo São Paulo, toda grande metrópole do mundo transporta mais gente sobre trilhos do que sobre pneus", justifica Moraes, que é também presidente da CET e da SPTrans.
"O transporte sobre pneus é uma alternativa para a cidade de São Paulo, porque é de menor custo. Com o valor que você constrói 1 km de metrô pode construir de 10 km a 15 km de corredores de ônibus, dando um ganho real à população", rebate o vereador pelo PT Chico Macena, presidente da CET de 2000 a 2003 e vice-presidente do Fórum Nacional dos Secretários de Transporte.

Ordem nos ônibus
Mais que a construção de novos corredores, Macena defende, a curto prazo, a "racionalização do sistema" de ônibus. "Apesar de ter uma grande quantidade de linhas, o sistema de transportes, seja ele sobre trilhos ou sobre pneus, não tem capilaridade para atender a todas as demandas. Há linhas competindo com linhas, às vezes no mesmo consórcio", aponta.
Planejada ainda na gestão Marta, mas ainda sem prazo definitivo de implementação, a reestruturação do sistema de ônibus é uma das medidas que a atual Secretaria de Transportes planeja adotar - depende, porém, da construção de terminais e corredores que Moraes acusa os petistas de terem se "esquecido" de fazer.
Chamado de modelo troncal, o novo sistema deve funcionar com grandes corredores que fazem a ligação periferia-centro através de ônibus de maior capacidade e mais rápidos. Nas bordas dessas linhas chamadas de troncais, o sistema seria alimentado por um conjunto de ônibus locais e menores que transportariam os passageiros dos bairros periféricos até os terminais.
"Diminuiria a quantidade de linhas de ônibus vindo para o centro, mas aumentaria a velocidade comercial deles. Diminuiria o tempo de intervalo entre um e outro, e portanto ele andaria menos cheio do que anda. Porque há racionalização do sistema", compara Macena. "E você ainda resolveria outra coisa que é um problema terrível em São Paulo. Como toda linha é radial, você não tem ligação entre os bairros. A racionalização do sistema colocaria linhas alimentando o sistema troncal e fazendo essa ligação entre os bairros."

A soma de tudo
Tucanos ou petistas, sobre trilhos ou sobre pneus, em uma coisa todos os entrevistados pelo G1 concordam: a solução para o problema dos transportes públicos na cidade e na região metropolitana não é uma só, mas o conjunto de todas elas. E, principalmente, quando ambas funcionarem bem, o seu uso inteligente.
"A solução ideal é uma combinação de tudo. O ônibus não compete com o metrô. Metrô é de alta capacidade, ônibus é de média, serve para encher o metrô, para levar o sujeito da periferia para o metrô", afirma Portella. Com a expansão da malha metroviária nos próximos anos, porém, ele acredita que será necessário rever os trajetos do corredores. "Eles mudam também. Você não pode fazer um corredor de ônibus como o da Rebouças onde vai ter metrô embaixo. Não tem nenhuma coerência técnica", avalia.
Cumpridas as promessas até 2014 e uma vez reajustado o sistema de transportes como um todo estarão os paulistanos, enfim, livres de todos os seus problemas?
O professor Cândido Malta é menos otimista. "Acho esse prazo de cenário muito curto. É importante que já tenha esse cálculo feito até 2020, idealmente até 2025. Planejamento de uma cidade é isso. Tem de ser um processo contínuo. Não se faz um plano e está tudo pronto. Você faz, vai colocando em prática e, se no meio do caminho ver que algo deu errado por isso ou aquilo, tem que se rever o plano. Isso é ser inteligente."

Fonte: G1

Share |
READ MORE - Em dez anos, São Paulo ficou mais lenta

Metrô de SP é o maior alvo de críticas em encontro sobre mobilidade urbana

sexta-feira, 4 de março de 2011

 O seminário sobre mobilidade realizado pela Rede Nossa São Paulo na manhã desta terça-feira (1º) pretendia ser uma discussão sobre soluções inovadoras sobre transporte público sustentável. Em poucos minutos a proposta inicial deu lugar à discussão de velhos problemas atribuídos ao transporte público sobre trilhos na capital paulista e Região Metropolitana de São Paulo. No estado, as linhas de metrô são responsabilidade da Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô) e as de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

As críticas giraram em torno da falta de planejamento e de capacidade de realização do poder público estadual em relação a melhorias e expansão de linhas de metrô e trem. “A gente não tem uma malha ferroviária, tem uma rede para transportar café para Santos”, provoca Marcos Kiyoto, arquiteto especialista em transportes de alta capacidade.

Ele lembra o planejamento da linha 4 do metrô (Amarela) que estava prevista inicialmente para ter a primeira fase entregue em 2008 e a segunda em 2010. Mas, de acordo com o novo Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, deve começar a funcionar em 2014. Até maio de 2010 somente duas estações foram inauguradas e até março de 2011 funcionam em tempo parcial.

“Os planos mudam mais rápido do que a linha é construída”, brinca Kiyoto. “Há descontinuidade. Faltam prioridades”, critica. O especialista avalia que o metrô cresce em um “ritmo lento”. Em média, o serviço em São Paulo aumenta 2,6 km por ano, número muito abaixo do crescimento necessário, aponta. “A cidade tem 69 km de metrô. Estamos absurdamente abaixo da cidade do México com 200 km”, compara.

Kiyoto chama atenção para a importância de estruturar as linhas do metrô com mais intersecções. Alongar as linhas não resolve o problema de sobrecarga porque não há nós para desembarque.

Manuel Xavier, presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), aproveitou a presença, na mesa debatedora do encontro, de executivos do metrô e da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos. Ele questionou a dificuldade do estado em planejar e executar obras, apesar de dispor das melhores informações e de excelente corpo técnico.  “O planejamento estadual é ineficiente. Entre planejamento e construção serão 12 anos para a finalização de uma etapa da linha 4”, indica. 

Segundo ele, a obra estourou prazos e orçamento. “A promessa de custo fechado, chamado de turn key, resultou num custo maior. O estado vai colocar mais R$ 500 milhões”, adverte.

Ailton Brasiliense  Pires, assessor de planejamento  da CPTM e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), criticou a falta de política de uso do solo na capital paulista. “Deixaram as coisas acontecerem de acordo com os interesses da construção civil. Agora alguém tem de pagar pelo problema”, destaca.

Ele pleiteia um plano de adensamento para a região metropolitana a fim de planejar habitações de acordo com a oferta de transportes de alta capacidade. “A linha Leste-Oeste, que parte da estação Corinthians Itaquera, sai com 60 mil. Ao chegar no Brás tem 80 mil”, descreve.  “Dez pessoas por metro quadrado, como no metrô, seria bom se eu pudesse escolher as outras nove”, ironiza.

Para ele, “há muitos prefeitos e governadores, mas poucos estadistas”. O que justificaria a descontinuidade de ações e mudanças constantes de planos. Mas o pior, segundo Pires, é a ideia de que transporte público é uma questão de mercado. “Lucro máximo tem a ver com investimento mínimo”, destaca. “O metrô deveria ser um projeto de cidadania”, dispara.

Defesa

Epaminondas Duarte Junior, assistente da diretoria de Planejamento e Expansão dos Transportes Metropolitanos, representante do metrô no encontro, defendeu as ações da empresa. “Planejamento é planejar sempre. A cidade muda, por isso a necessidade de sempre estar planejando”, indicou. “O metrô faz isso muito bem”, rebateu.

O representante do metrô explicou que a população que mora na periferia cresceu, mas a densidade de emprego continua preponderante no centro da capital paulista. Fato que leva grande contingente, continuamente, a uma mesma área da cidade. Duarte também justificou problemas no metrô devido à troca de sinalização de todo o sistema. “A sinalização é da década de 1960”, informa. “Teremos o que há de mais moderno em termos de sinalização”, aponta.

Na mesma linha, o assessor da presidência do metrô, Marcos Kassab, garantiu que a única falha da empresa é “fazer muito planejamento, mas informar pouco sobre o que faz”. O representante do secretário Estadual de Transportes Metropolitanos afirmou que o sistema sobre trilhos não cresce por falta de recursos. Para melhorar a situação, ele sugere corte nos impostos de implantação de transporte público.

Monotrilho

A expansão do metrô por monotrilho, defendida pelo governo do estado em pelo menos duas linhas de metrô causou uma série de críticas de parte da mesa debatedora e da plateia.

Para Kiyoto, a alternativa não é boa para a capital paulista por ter capacidade média de transporte de passageiros, quando a cidade precisa de alternativas de alta capacidade. “O monotrilho sobrecarrega o transporte, não cria rede”.

Xavier da Fenametro disse estranhar o fato do monotrilho estar em desuso no mundo, mas estar listado para importantes obras de transporte coletivo no estado de São Paulo.

Moradores da Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista, uma das regiões que deve receber o modal de transporte,  questionaram a segurança e a viabilidade do modal. “Não atende a demanda da população”, esclarece Vieira, liderança da região.

Na defesa do projeto, Duarte avalia que o monotrilho terá a mesma qualidade de serviços do metrô, mantendo a confiabilidade e regularidade. Ele garante que um monotrilho poderá transportar 40 mil pessoas por sentido por hora. Kassab ponderou que seriam 48 mil pessoas.

Autoridade metropolitana

A ideia de uma autoridade metropolitana, uma espécie de prefeito da região metropolitana de São Paulo, foi bem aceita pelos especialistas presentes no encontro sobre mobilidade. Entretanto, é preciso que a entidade funcione e não seja apenas figurativa, ressaltou Xavier, presidente da Fenametro.

Kassab identifica que não há mais limites entre municípios. “Não há barreiras visuais entre municípios”, menciona. “Metrópole funciona como unidade”, pressupõe o assessor da Presidência do metrô.

Pires da ANTP defende uma autoridade que realize o planejamento integrado dos 39 municípios que compõem a região. A Região Metropolitana de São Paulo concentra 10% da população brasileira e 50% do estado.



READ MORE - Metrô de SP é o maior alvo de críticas em encontro sobre mobilidade urbana

Panes no Metrô de São Paulo crescem 27% em quatro anos

domingo, 28 de fevereiro de 2016

O número de problemas no funcionamento do Metrô paulista, com impacto significativo para os passageiros, tem aumentado nos últimos quatro anos. O sistema sofreu 74 panes em 2015, nas quatro linhas administradas pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) – 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás. Em 2011, foram 58, o que representa aumento de 27,5% nas falhas do sistema. É o que aponta o levantamento feito pelo site Fiquem Sabendo com base em dados do Metrô de São Paulo obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Segundo os dados, as ocorrências que causaram impacto significativo no sistema – com interrupção na circulação dos trens – cresceram ano a ano: 58 em 2011; 71 em 2012; 72 em 2013, 73 em 2014, e 74 em 2015. No mesmo período, a quantidade de passageiros transportados pelas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás, juntas, cresceu de 1,087 bilhão para 1,116 bilhão (3%).

A Linha 1-Azul (que liga o Jabaquara, na zona sul, ao Tucuruvi, na zona norte) foi a que teve maior número de falhas em 2015. Foram 29, quase o dobro das ocorridas em 2011: 15, apesar de o número de passageiros ter diminuído: 417,8 milhões de pessoas, em 2015. Em 2011, a mesma linha transportou 433,5 milhões de passageiros.

A Linha 3-Vermelha, a mais movimentada do Metrô atualmente, que liga a Barra Funda (zona oeste) a Itaquera (zona leste) teve redução das panes: foram 35, em 2012; 26, em 2013; 23 em 2014,  e 22 no ano passado.

Problemas persistem
Ontem (25), a Linha 2-Verde, que liga a Vila Madalena (zona oeste) à Vila Prudente (leste) sofreu uma pane que interrompeu a circulação dos trens por 45 minutos e deixou o sistema com velocidade reduzida por, pelo menos, duas horas. O Metrô chegou a restringir a entrada de passageiros nas estações. No dia 20 de janeiro, uma falha em um trem entre as estações Penha e Carrão, da Linha 3-vermelha, deixou a circulação mais lenta e as estações lotadas.

Segundo os metroviários, a implementação do novo sistema de sinalização, o Controle de Trens Baseado em Comunicação (CBTC), tem causado problemas no funcionamento do sistema da Linha 2-Verde. O CBTC passou a operar todos os dias da semana a partir do último dia 13, após oito anos da aquisição do sistema, por R$ 700 milhões. “O sistema deveria reduzir a distância entre os trens, possibilitando colocar mais carros nas linhas, com segurança. Mas nem isso está sendo possível”, afirmou Altino Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

Alckmin havia prometido instalar o sistema também nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha até o final de 2014. Na linha 5-Lilás, 26 trens novos que possuem o sistema CBTC estão parados há quase dois anos porque o mesmo não foi implementado na via. Os trens foram comprados por R$ 630 milhões, mas não há previsão de quando vão passar a transportar os usuários.

No sistema atual, chamado ATO, a linha é dividida em setores de 150 metros. Quando dois trens ocupam o mesmo setor, o avanço do que está atrás é impedido por meio de um corte na energia elétrica. Com o sistema CBTC, a comunicação se dá por rádio, por meio de antenas colocadas nos trens e ao longo da via, o que garante maior segurança para reduzir a distância entre as composições. O novo sistema também controla a abertura de portas conjugadas entre o trem e a estação.

Metrô se diz seguro
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) informou que as panes registradas ao longo dos últimos anos são proporcionais ao número de viagens realizadas, à quilometragem percorrida e à quantidade de passageiros transportados. E que o sistema é seguro.

“O Metrô de São Paulo transporta 4 milhões de passageiros diariamente, realizando mais de 3.500 viagens diárias, com 60 mil quilômetros percorridos. No ano de 2015, o número de quilômetros percorridos aumentou na comparação ao realizado em 2014. Dessa forma, o número de incidentes notáveis apresenta estabilidade entre os anos de 2014 e 2015, mantendo-se dentro dos padrões internacionais de qualidade e segurança. Os números mostram que o Metrô de São Paulo é um sistema de transporte regular, confiável e seguro, considerado internacionalmente como um dos dez melhores do mundo.”

Informações: Rede Brasil Atual

Leia também sobre:

Colabore com o Blog Clicando nos anúncios da página
READ MORE - Panes no Metrô de São Paulo crescem 27% em quatro anos

Ritmo de crescimento do Metrô de São Paulo dobrou nos últimos cinco anos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O ritmo de expansão do Metrô de São Paulo cresceu 50% nos últimos cinco anos em relação à média histórica. O aumento ocorreu após o índice diminuir década a década desde a inauguração do primeiro trecho da companhia, em 1974. Ainda assim, o crescimento que o transporte sobre trilhos vem registrando desde 2007 está longe de garantir uma malha compatível com o tamanho e a população da cidade de São Paulo, dizem especialistas.
Entre a inauguração do metrô, em 1974, e 1984, 24,7 km de linhas passaram a operar, uma média de construção de 2,47 km por ano. Na década seguinte, entretanto, o ritmo diminuiu: foram 18,7 km de novas linhas entre 1984 e 1994, média de 1,87 km por ano. Apesar de a demanda por transporte aumentar e o trânsito na cidade se tornar cada vez mais caótico, o ritmo de ampliação da malha seguiu em queda entre 1994 e 2004. Foram apenas 1,42 km de metrô por ano no período.

Na média histórica, foi construído 1,88 km de metrô por ano, de 1974 a 2006. Nos últimos cinco anos, essa média aumentou para 2,82 km por ano (crescimento no ritmo de expansão de 50%) com a inauguração da linha 4-Amarela, e de novas estações na linha 2-Verde.

Promessas

Em setembro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que, até o final do seu governo (2014), terá entregue 30 km de novas linhas de metrô e deixará outros 95 km em construção, incluindo monotrilho (um trem mais estreito que roda por cima da terra em vias elevadas). O diretor-presidente do Metrô, Sergio Avelleda, diz que a companhia receberá investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos quatro anos.

Entre as principais promessas do Metrô para os próximos anos estão o prolongamento da linha 2-Verde, entre a Vila Prudente e o Hospital Cidade Tiradentes, por meio de monotrilho; a inauguração de novas estações da linha 4-Amarela e sua expansão até a Vila Sônia; a inauguração de 11 novas estações da linha 5-Lilás, entre Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin; e a criação da linha 17-Ouro, ligando Jabaquara ao estádio do Morumbi, também por meio de monotrilho.

Metrô de SP tem poucas conexões

Se concluídas no prazo, essas obras devem deixar São Paulo com uma malha metroviária 54,3 km maior até 2016. Isso representaria um aumento anual cinco vezes maior que o da média histórica até 2006 e três vezes maior que o verificado nos últimos cinco anos.

Crescimento insuficiente

Entretanto, de acordo com especialistas ouvidos pelo R7, mesmo esse ritmo inédito de expansão, caso se concretize, não vai proporcionar a São Paulo, em curto ou médio prazo, uma malha de metrô adequada. Além disso, dizem eles, esse crescimento até 2016 tem que ser relativizado por se basear, sobretudo, em linhas de monotrilho, que têm capacidade de transporte menor do que o metrô.

Para o consultor de engenharia de tráfego Horácio Figueira, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), é uma ilusão achar que o metrô pode resolver o problema do trânsito na capital paulista.

- A conclusão é cruel. É caro, é demorado, não dá para esperar ficar pronto para essa encarnação. Talvez daqui a cem anos vamos ter um transporte de trilhos adequado, mas aí talvez a gente nem vá mais precisar de nada disso. Não podemos nem devemos nos iludir que Metrô e CPTM vão resolver o problema de mobilidade.

Doutor em engenharia de transportes também pela USP, Cláudio Barbieri da Cunha reforça a afirmação feita por Figueira de que o ritmo de expansão atual não é suficiente. Ele diz ainda que não dá para colocar o monotrilho ao lado de metrô quando se fala na expansão da rede.

- Quando a gente fala em monotrilho, a gente está falando de sistema de transporte ferroviário, mas não é exatamente um metrô. Investimento é menor, capacidade é menor, complexidade é menor. Tem regiões que a demanda é tão alta que isso nem vai dar conta.



Fonte: R7.com



READ MORE - Ritmo de crescimento do Metrô de São Paulo dobrou nos últimos cinco anos

São Paulo: como estão as obras de expansão do Metrô e da CPTM?

domingo, 5 de novembro de 2023

O  Metrô de São Paulo revisou no mês passado, em setembro, a previsão original de investir R$ 5,6 bilhões nas reformas de expansão e melhorias da rede metroviária para R$ 3,5 bi. Mesmo com o corte, o valor representa um dos patamares mais elevados dos últimos anos.

A redução, no entanto, afeta diretamente os projetos da Linha 19-Celeste, que baixou em 71%, e da Linha 17-Ouro, cujo orçamento diminuiu de quase R$ 1,1 bilhão para R$ 460 milhões. A Linha 2-Verde, apesar de ter perdido R$ 1 bilhão, continua avançando, com aproximadamente 60% dos recursos utilizados em oito meses.

Desde 2020, o Metrô de São Paulo e as linhas de trens da  CPTM estão em reforma, em um amplo projeto de expansão. Algumas dessas melhorias foram entregues, outras seguem em andamento. No plano original, segundo a Companhia do Metropolitano, seria investido o maior volume de recursos de sua história, equivalente ao custo de cerca de 6 km de linha subterrânea.

Até agosto de 2023, os investimentos haviam superado o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 1,63 bilhão. O último relatório de empreendimentos da CPTM, divulgado neste mês, e o mais recente relatório integrado da Companhia do Metropolitano de São Paulo, divulgado todo final de ano, trazem algumas atualizações e informações sobre as obras.

Situação das obras

Os empreendimentos de expansão e melhoria da rede metroviária são diversos, e envolvem novas linhas e adaptações em estações já existentes. Segundo o último relatório integrado da Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô opera as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, além de gerenciar projetos em linhas operadas pela iniciativa privada, como a Linha 4-Amarela e a Linha 5-Lilás.

  • Linha 1-Azul: Prevê melhorias, incluindo a ampliação da estação São Joaquim, devido à chegada da Linha 6-Laranja, visando atender às demandas futuras.
  • Linha 2-Verde: Obras de expansão em andamento entre Vila Prudente e Penha, com integração com as Linhas 3-Vermelha e 11-Coral da CPTM, reduzindo a demanda nas estações centrais.
  • Linha 3-Vermelha: Não há projetos mencionados, mas estão em andamento investimentos, como a implantação de portas de plataforma e o novo sistema de sinalização CBTC. Atualmente, existem fachadas nas estações Corinthians-Itaquera, Vila Matilde, Belém, Bresser-Mooca e Palmeiras-Barra Funda.
  • Linha 4-Amarela: Operada pela ViaQuatro, com obras finalizadas, mas ainda com algumas obras sob responsabilidade do Metrô de São Paulo, incluindo o acesso da estação Paulista para a rua Bela Cintra, e o túnel entre as estações Consolação e Paulista. O governador  Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, prevê uma nova reforma que ligue esta linha à Taboão da Serra, com previsão de início no começo de 2024.
  • Linha 5-Lilás: Operada pela ViaMobilidade, com retirada de pendências no novo trecho, incluindo extensões até a estação Chácara Klabin.
  • Linha 6-Laranja: Responsabilidade da LinhaUni e da construtora Acciona, sem envolvimento do Metrô de São Paulo.
  • Linha 9-Esmeralda: Implantação de extensão da Linha 9-Esmeralda desde a estação Grajaú até Varginha, com uma parada intermediária na nova estação Bruno Covas/Mendes-Vila Natal. A previsão é que a estação comece as novas operações ainda no segundo semestre deste ano.
  • Linha 15-Prata: Projetos em andamento incluem a expansão leste do monotrilho com duas novas estações e a construção de novas vias e a estação Ipiranga na parte oeste.
  • Linha 16-Violeta: Projeto diretriz finalizado, com EIA/RIMA e projeto básico em andamento, ligando a estação Oscar Freire até Cidade Tiradentes.
  • Linha 17-Ouro: Projetos básicos, executivos e implantação em andamento, com a implantação paralisada devido a contratações mal sucedidas, mas trens em fabricação na China.
  • Linha 19-Celeste: Em fase de elaboração do projeto básico e obtenção de licenças ambientais, ligando o centro de Guarulhos à estação Anhangabaú.
  • Linha 20-Rosa: Anteprojeto de engenharia e EIA-RIMA concluídos, com planos de ligar a região da Santa Marina até o ABC, passando pelo município de São Paulo.
  • Linha 22-Marrom: Projeto repaginado, com novo anteprojeto de engenharia e EIA-RIMA em andamento, ligando a estação Sumaré até Cotia, com integração com cinco linhas.
Os empreendimentos metroviários se dividem entre concluídos e em melhoria; em construção e expansão; e em projeto. O desafio futuro do Metrô e da CPTM será finalizar obras em andamento e garantir a implantação de novos trechos.

Concluídas e em melhoria: Linhas 1-Azul, 3-Vermelha, 4-Amarela, 5-Lilás e 9-Esmeralda;
Em construção e expansão: Linha 2-Verde, 6-Laranja (privada), 15-Prata e 17-Ouro;
Em projeto: Linha 16-Violeta, 19-Celeste, 20-Rosa e 22-Marrom.

Informações: Ultimo Segundo

READ MORE - São Paulo: como estão as obras de expansão do Metrô e da CPTM?

Pesquisa do Metrô mapeia deslocamentos e aponta soluções para melhoria da mobilidade

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Uma fotografia atualizada de como e por que as pessoas se locomovem em um dia útil na Região Metropolitana de São Paulo. Esse é o objetivo da nova Pesquisa Origem Destino (OD), iniciada pelo Metrô neste mês de agosto.

Realizada tradicionalmente a cada dez anos desde 1967 – antes mesmo da primeira linha de Metrô ser construída -, a sétima edição do maior levantamento de mobilidade urbana do país ocorreria apenas em 2027, mas foi antecipada para mapear o impacto da pandemia de Covid-19 na maneira como a população da Grande SP utiliza os meios de transporte no seu cotidiano.

“Não é só com passageiros do Metrô ou de transporte público. Ela pesquisa todos os deslocamentos, seja a pé, por automóvel, moto ou por diversos modos de transporte público. Ou seja, os deslocamentos que são feitos em um dia útil típico nas 39 cidades da região metropolitana de São Paulo”, explica Luiz Antônio Cortez, Gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô de São Paulo.
Segundo Cortez, os hábitos de transporte da população mudaram no pós-pandemia. A demanda diária nas linhas do Metrô, por exemplo, nunca voltou aos níveis anteriores a 2020. Essa taxa, de acordo com a empresa, estacionou na casa dos 80% em relação à média de passageiros anterior à pandemia de Covid-19. O objetivo agora é entender essa nova dinâmica.

“A gente sabe que mudou, mas não sabe quanto e nem onde. Não se sabe se esses passageiros que estão faltando no Metrô migraram para o transporte individual. Ou se as pessoas estão em grande número trabalhando em regime domiciliar, por exemplo”, afirma Cortez.

Os dados da Pesquisa OD servem, entre outras coisas, para o Metrô estimar a demanda de passageiros de uma futura estação. Também ajudam na decisão sobre construir uma nova rodovia ou um novo acesso viário. Para isso, o levantamento fornece dados que mostram com precisão de onde, para onde, de que forma e o motivo pelo qual as pessoas fazem suas viagens diárias.

O levantamento serve não apenas para subsidiar as políticas de transporte e logística para a região. Pelo nível de detalhes levantados – como costumes diários e perfil de renda e consumo dos domicílios – os dados também são utilizados para modelagem de políticas de outras áreas do poder público.

“O banco de dados é público e é usado não só por quem trabalha com transporte, mas por todo mundo que trabalha com planejamento urbano. Órgãos públicos, a Secretaria da Segurança Pública e a da Saúde também usam muito”, diz o Gerente de Planejamento do Metrô.

Um dos exemplos foi o combate à febre amarela em São Paulo há alguns anos. A partir da identificação dos bairros e regiões de maior incidência da doença, foram tabuladas as zonas que tinham maior interface de deslocamento com os locais de surto. Com isso, as regiões para onde provavelmente o vetor da doença se expandiria receberam prioridade na vacinação.

Além disso, a Polícia Militar pode consultar dados da pesquisa para a alocação de contingente nos territórios. Cursos universitários de engenharia de transporte, engenharia civil, arquitetura e urbanismo, entre outros, também costumam utilizar os bancos de dados para fins de pesquisa.

Os dados são úteis ainda para a iniciativa privada. A partir do banco de informações, é possível fazer estudos de viabilidade de um novo empreendimento comercial ou imobiliário, por exemplo.

Como é feita a pesquisa

A primeira etapa da pesquisa é a de campo, com as visitas das equipes aos domicílios. Esse trabalho será realizado entre agosto e novembro deste ano e de fevereiro a março de 2024, com interrupção durante o período de férias, que modifica os hábitos comuns de viagens das pessoas. Após a conclusão da apuração, os dados serão tratados para a obtenção dos resultados.

Foram georreferenciados 1,2 milhão de endereços em 527 zonas pelos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. A pesquisa vai usar as informações coletadas em uma amostra de 32 mil domicílios. Ao todo, até 400 pessoas estarão em campo para a aplicação do questionário.

A coleta das informações é feita com todos os integrantes de um domicílio para saber quantos, quais e como são feitos seus deslocamentos ao longo de um dia.

Há ainda uma outra etapa da pesquisa, chamada de Viagens Externas, com a contagem classificada de veículos em rodovias de acesso à RMSP. Isso é feito por meio de equipamentos eletrônicos instalados em locais estratégicos.

Os passageiros dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Congonhas (São Paulo), além dos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara, bem como pontos de parada de ônibus fretados próximos às estações de metrô, também serão pesquisados.

Informações: Governo de São Paulo
READ MORE - Pesquisa do Metrô mapeia deslocamentos e aponta soluções para melhoria da mobilidade

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Como os trens de alta velocidade estão modernizando e desenvolvendo a Ásia

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

NOVO BRT RIO


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

VLT no terminal Gentileza


Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960