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Corredores reduzem tempo de deslocamento e esperas de ônibus

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A cada dia ocorrem em São Paulo cerca de 10 milhões de embarques em 15 mil ônibus de 1,3 mil linhas para percursos em ruas disputadas com 5,4 milhões de veículos particulares. Mais de dois terços da população da cidade, ou 68%, utilizam o meio de transporte e não há alternativa satisfatória em curto ou médio prazo. O subdimensionamento da rede de metrô, sistema capaz de atender apenas a uma pequena parte das necessidades de deslocamento, faz daqueles veículos coletivos o meio principal para os percursos na metrópole – muitas vezes com uma longa história de má reputação devido à lentidão e a uma consequência inevitável: a superlotação.
Foto: Fábio Arantes

Esse quadro começou a mudar em 2013, quando a prefeitura de São Paulo criou 150 faixas exclusivas para ônibus nos principais corredores de tráfego, o dobro da extensão existente até então. As faixas foram implantadas nas vias com frequência superior a 40 ônibus por sentido nos horários de pico.

Três anos depois, a meta foi superada em 259%, e o total de corredores atingiu 481,2 quilômetros em julho do ano passado, segundo o monitoramento do programa de 2013-2016 feito pelo Planeja Sampa, site da prefeitura.

Diversas pesquisas comprovaram a melhora e chegaram aos seus próprios números. Segundo uma aferição do Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo, houve “substantiva melhora” nos tempos médios de percurso das linhas do sistema de transporte. No horário de pico da manhã, na direção bairro-centro, a duração dos trajetos dos ônibus diminuiu de 66 minutos em 2012 para 61 em 2014. No pico da tarde, na direção centro-bairro, caiu de 69 minutos para 64.

Uma consequência previsível da redução do tempo de percurso foi a diminuição do número de passageiros por veículo por quilômetro percorrido nos dias úteis, de 830 em 2012 para 729 em 2014.

O encurtamento da duração das viagens e o desafogo da lotação dos ônibus beneficiou bairros como o do Capão Redondo, distrito da região sudoeste localizado a 18 quilômetros do centro e vinculado à subprefeitura do Campo Limpo, com 268,7 mil moradores distribuídos em bairros e favelas. Com a implantação de uma faixa exclusiva para os ônibus na avenida Ellis Maas e melhorias para facilitar o tráfego em vias conexas, a velocidade das 23 linhas de veículos coletivos daquele eixo de transporte dobrou.

Na prática, os usuários dos 173 veículos coletivos que transitam por hora na Ellis Maas no pico da manhã passaram a poupar 40 minutos por dia. O resultado é um dos melhores dentre os sete principais gargalos do trânsito da cidade desafogados com a implantação dos corredores.

Os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município de 2014, divulgado pela Rede Nossa São Paulo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, mostram uma diminuição no tempo de espera nos pontos de ônibus, menor duração dos deslocamentos e maior pontualidade no transporte coletivo. A pesquisa aponta uma redução de cinco minutos no tempo médio de espera nos pontos de ônibus, item avaliado com nota 4,4 em 2014 (contra 3,9 de 2013). A pontualidade dos ônibus recebeu nota 4,3 (no anterior era 4,0) e o tempo de deslocamento na cidade, 4,1 (contra 3,7 de 2013). A nota do item Transporte, Trânsito e Mobilidade subiu de 3,9, para 4,1.

Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope, a aprovação das faixas exclusivas para ônibus “continua alta”, com 90% dos entrevistados favoráveis à “ampliação das faixas”. Um total de 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro “caso houvesse uma boa alternativa de transporte”, o equivalente a 2,3 milhões de pessoas, ou 26% dos paulistanos.

“Em 2014, o aspecto mais favorável à atração de usuários refratários ao uso de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução (para 28% dos que nunca utilizam o meio de transporte), seguida de mais linhas de ônibus que cubram percursos não atendidos atualmente (para 26% dos que nunca utilizam ônibus)”, aponta um trecho do relatório da pesquisa Rede Nossa São Paulo/Ibope.

Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego feito só nos 59,3 km de faixas exclusivas de ônibus implantadas em 2014 mostrou uma elevação da velocidade média dos ônibus de 12,4 quilômetros por hora para 20,8 quilômetros por hora. O melhor resultado, segundo a CET, ocorreu na faixa da ponte do Jaguaré, na região Oeste, com aumento de 317,3% na velocidade, indo de 10,8 quilômetros por hora para 44,9 quilômetros por hora. As faixas exclusivas melhoraram o desempenho dos ônibus em 140%, de 12,1 quilômetros por hora para 29,3 quilômetros por hora na avenida Lins de Vasconcelos, na região sul. Nas faixas exclusivas implantadas na avenida Cidade Jardim e nas ruas Voluntários da Pátria e Faustolo, as velocidades médias dos ônibus aumentaram em 15%, 269% e 50,7%, respectivamente.

Bus Rapid Transit

As faixas ou corredores exclusivos para ônibus, implantados também em Porto Alegre e Belo Horizonte, são considerados BRTs simplificados ou parciais. O Bus Rapid Transit, ou sistema de tráfego rápido de ônibus, foi criado em 1974 pelo arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Além de contarem com corredores exclusivos, os ônibus têm prioridade nos cruzamentos, e as estações de embarque possuem plataformas de acesso no mesmo nível do piso dos coletivos, detalhes que possibilitam uma redução substancial dos tempos de embarque e desembarque e encurtam a duração dos percursos. Goiânia, Uberlândia, Palmas e Caxias desenvolveram projetos de BRT.

As faixas exclusivas para ônibus são consideradas alternativas avançadas pelos urbanistas e arquitetos mais prestigiados de grandes metrópoles mundiais, como Nova York, Jacarta e Bogotá, e constituem uma parte importante do resgate das cidades na perspectiva de beneficiar a maioria da população. “Encher a cidade de carros, gastar mais gasolina e gerar mais doenças aumentam o PIB, e o que queremos é viver melhor. Isso significa ter políticas mais inteligentes, e para tanto precisamos medir o que queremos, e não aceitar aquilo nos empurram”, analisa o professor da PUC-SP Ladislau Dowbor.  

Por Carlos Drumond
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Prefeitura de São Paulo libera faixas exclusivas de ônibus para taxistas fora dos horários de pico

domingo, 14 de setembro de 2014

A Prefeitura de São Paulo anunciou a liberação das faixas exclusivas de ônibus para taxistas a partir deste sábado (13), quando a autorização será publicada em Diário Oficial. Trata-se de uma liberação definitiva seis meses após a Prefeitura começar a permitir a presença dos táxistas nas faixas excluvias de ônibus da 23 de Maio, das marginais e outras nove importantes avenidas da cidade.

Com a nova liberação, as faixas compartilhadas vão saltar de 71 km para 440 km. A medida valerá também para as faixas que forem inauguradas futuramente.

De acordo com o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, os táxis também vão poder parar para embarcar e desembarcar passageiros. Eles só poderão trafegar nas faixas exclusivas se estiverem com passageiros.

As faixas exclusivas são uma das principais bandeiras da gestão de Fernando Haddad (PT). Foram criados 356 km com a promessa de priorizar o transporte por ônibus na cidade. As faixas são estruturas localizadas à direita, como na Avenida Paulista.

Nos corredores de ônibus, que são espaços à esquerda totalmente segregados do trânsito, caso das avenidas 9 de Julho e Santo Amaro, continua valendo a proibição de táxis nos horários de pico - das 6h às 9h e das 16h às 20h.

A liberação das faixas comunicada nesta sexta é adotada a menos de um mês das eleições estaduais e federais, fato semelhante à liberação dos corredores de ônibus para taxistas em 2004. À época, a permissão foi dada pela então prefeita Marta Suplicy (PT) a uma semana da eleição municipal, na qual ela era candidata.

A liberação feita por Marta recebeu críticas por parte de especialistas em trânsito, já que a presença dos táxis diminui a velocidade dos ônibus. A permissão foi revista apenas na atual gestão de Haddad após o Ministério Público ameaçar entrar com uma ação civil pública contra o governo municipal caso os taxistas não fossem proibidos de trafegar nos corredores.

A liberação das faixas de ônibus para os taxistas não foi o único benefício à categoria comunicado pelo prefeito Fernando Haddad na manhã desta sexta. A administração municipal anunciou também um pacote que integra defesa dos taxistas para manutenção do alvará e isenção de ISS para as cooperativas e associações de taxistas. O shopping Iguatemi e Tietê Plaza, assim como outros pontos, também ganharão baias para os taxistas.

Estudos
Os benefícios da adoção da faixa exclusiva de ônibus para a velocidade dos coletivos foram tema de divulgações da Prefeitura de São Paulo em diversas oportunidades. Em agosto do ano passado, a Prefeitura de São Paulo informou que a velocidade média dos ônibus subiu até 108% no Corredor Norte-Sul (eixo da 23 de Maio).

Em relação aos corredores de ônibus (estruturas à esquerda), a Prefeitura realizou estudo que mostrou que os táxis limitavam a velocidade dos ônibus em 31,6% no sentido centro-bairro, e em 25,5% no sentido bairro-centro.
"Constatou-se o que é olhos vistos. Tudo que entra no corredor atrapalha o ônibus. A gente só não sabia o quanto. E verificamos que 1% dos usuários de carro atrapalham 99% dos usuários do transporte coletivo”, afirmou o secretário Jilmar Tatto no dia 17 de dezembro.

A prefeitura e o Ministério Público adiaram uma decisão definitiva sobre a presença dos táxis nos corredores para março. Foi quando o governo municipal anunciou que a proibição ocorreria apenas nos horários de pico.

Informações: G1 São Paulo

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Ônibus em SP é mais rápido em faixa do que em corredor exclusivo

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Enquanto a cidade de São Paulo ganhou 270 km de faixas exclusivas que aceleraram os ônibus que passam por elas, nos antigos corredores a velocidade dos coletivos continua mais baixa que a de um corredor da São Silvestre.

Vistas como paliativo para melhorar a fluidez dos ônibus, as faixas à direita tiveram sua implantação acelerada por Fernando Haddad (PT) após os protestos de junho.

Pelo último balanço divulgado, a velocidade média dos ônibus nessas vias subiu de 13,8 km/h para 20,4 km/h --um ganho de quase 50%.

Já os corredores ficam à esquerda justamente para terem melhor desempenho e menos interferências, evitando as conversões dos carros. Não é à toa também que são mais caros de construir e que são posicionados nos principais eixos viários --como Rebouças e Nove de Julho.

Mas a velocidade dos ônibus nos noves corredores existentes, que totalizam 130 km, se limitou a 13,5 km/h no primeiro semestre --contra 14,5 km/h no mesmo período do ano passado, sob a gestão Gilberto Kassab (PSD).

No últimos meses, a prefeitura adotou nova metodologia de medição, que diz ser mais precisa. Mesmo assim, a velocidade se limitou a 16,6 km/h em agosto e setembro --últimos dados disponibilizados.

Ou seja, em qualquer dos casos, muito aquém da velocidade adequada de 25 km/h.

A prefeitura reconhece as distorções e promete uma reestruturação a partir de 2014.

A baixa velocidade nos corredores reforça a preocupação de técnicos devido à degradação de pistas que deveriam ser a solução mais eficiente.

Implantados entre 1980 e 2004, os corredores da cidade foram acumulando gargalos nos últimos anos que derrubaram seu potencial.

"Estão saturados. Chegam a ter 300 ônibus por hora. Já as faixas estão vazias. Na da av. Sumaré, por exemplo, são cerca de 30. É por isso que os ônibus estão mais rápidos nelas", diz Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela USP.

"Na av. Ibirapuera as filas formam um paredão de ônibus nos [horários de] picos. Outro problema são as paradas, mais lotadas nos corredores. Quanto mais gente, mais demora para embarcar. A solução seria cobrar a tarifa antes [do embarque]", afirma Luiz Carlos Mantovani Néspoli, da Associação Nacional de Transportes Públicos.

Os especialistas citam outros fatores que interferem na velocidade dos corredores, como a presença de outros veículos (como táxis com passageiros, vetados nas novas faixas à direita) e semáforos.

Situação dos corredores é 'absurda', mas só muda em 2014, diz secretário

O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, diz que a prefeitura faz estudos sobre o desempenho dos corredores de ônibus para que os ganhos de velocidade não fiquem restritos às faixas exclusivas.

"Temos preocupação de aumentar a velocidade também nos corredores, porque é um absurdo o corredor andar menos que a faixa exclusiva."

O discurso é o mesmo adotado desde o início da gestão. Tatto diz que as mudanças ainda não ocorreram porque dependem de estudos. Ficarão para o ano que vem.

O plano é reduzir o número de linhas --e, assim, diminuir a quantidade de ônibus nos corredores--, alterar itinerários e promover reformas no piso e nas paradas.

O primeiro corredor a sofrer intervenção será o Pirituba-Lapa, que passa por avenidas como Edgar Facó e Francisco Matarazzo e é um dos mais lentos e superlotados.

Deve perder 70% das linhas. Segundo a prefeitura, as ações nesse corredor servirão como modelo para os demais.

A redução de linhas implica em mais baldeações, o que pode trazer complicações. Foi o que ocorreu na zona leste, no mês passado, quando a prefeitura alterou 43 linhas.

Apesar da promessa de ganho de tempo, muitos passageiros reclamaram.

Outra situação estudada é a restrição ou até a proibição dos táxis nos corredores. Após pedido da Promotoria, técnicos municipais passaram a apurar o grau de interferência causada pelos táxis.

Também estão sendo testadas formas de pagamento antecipado, para reduzir o tempo de embarque.

Além da reforma dos existentes, a gestão Fernando Haddad (PT) promete iniciar em 2014 a construção de 150 km de novos corredores. Parte deles em vias que já receberam faixas, como na avenida 23 de Maio.

Neste ano, apesar do anúncio da liberação de R$ 3,1 bilhões para mobilidade, foram iniciadas só duas obras --cujas licitações são da gestão passada. "[As obras] vão começar em breve", disse Tatto, sem citar um prazo específico.

Informações: Folha SP
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Em SP, Velocidade de ônibus sobe em faixa, mas cai nos corredores exclusivos

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A velocidade média de ônibus nas faixas exclusivas na cidade de São Paulo aumentou até 8,2% nos horários de pico de 2013 para este ano. Já a velocidade nos corredores destinados para os coletivos teve queda de 6,3% no mesmo período, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Transportes (SPTrans).

Os espaços destinados para os ônibus estão entre as apostas da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) para melhorar a mobilidade urbana da capital e priorizar o transporte coletivo na cidade. Em alguns trechos e em horários específicos, os taxistas também são autorizados a circularem pelas faixas e pelos corredores.

Em março de 2013, a Prefeitura começou a implantar as faixas exclusivas, localizadas à direita da via para a circulação dos coletivos. Até maio do mesmo ano, a média no pico da manhã era de 20,7 km/h, sendo 19,3 km/h (sentido bairro/Centro) e 22,1 km/h (sentido Centro/bairro). Já no pico da tarde, os ônibus circulavam a 18,3 km/h, em média, sendo 20,2 km/h (sentido bairro/Centro)  e 16,4 km/h (sentido Centro/bairro).

Entre março e maio de 2015, a velocidade média pela manhã subiu para 22,4 km/h: 21,1 km/h (bairro/Centro) e 23,7 km/h (Centro/bairro). À tarde, a média subiu para 19,1 km/h: 20,2 km/h (bairro/Centro) e 18,1 km/h (Centro/bairro). Hoje a cidade tem 476,8 quilômetros de faixas exclusivas.

Corredores mais lentos
Já a situação dos corredores de ônibus, que são espaços à esquerda totalmente segregados do trânsito, piorou desde o início da implantação das faixas. De março a maio de 2013, os coletivos circulavam, no pico da manhã, com média de 23,7 km/h - 21,5 km/h no sentido bairro/Centro e 25,89 km/h no sentido Centro/bairro. No pico da tarde, a média caiu para 22,2 km/h: 22,7 km/h (bairro/Centro) e 19,7 km/h (Centro/bairro).

No mesmo período deste ano, as velocidades médias caíram para 20,6 km/h (bairro/Centro) e 23,9 km/h (Centro/bairro) no pico da manhã. À tarde, também houve redução para 21,9 km (bairro/Centro) e 18,3 km/h (Centro/bairro).

De acordo com a SPTrans, a capital paulista possui hoje 121,3 quilômetros de corredores exclusivos para os ônibus. O motorista de ônibus Antônio Honorato apontou o excesso de táxis nos corredores nos horários de pico. "Falta também fiscalização, entra carro particular, carro de passeio, além de muito táxi mesmo", disse.

Os táxis, desde o ano passado, não podem circular nos corredores nos horários de pico. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aplicou 322.269 multas no ano passado por invadirem os espaços nos períodos de proibição. Em 2015, já foram 165.779 multas, segundo a CET.

Velocidade média na cidade
Apesar de a velocidade dos corredores de ônibus ter caído desde o início da implantação das faixas exclusivas, o índice ainda está acima da média registrada por todas as linhas do sistema municipal de transporte público, levando em conta o tráfego compartilhado com outros veículos nas vias da cidade.

Os últimos dados do Observatório de Indicadores apontam a velocidade média de 2012 até 2014. Em 2012, no horário de pico da manhã, os coletivos circulavam a 16 km/h, a mesma do ano passado. Já em 2013, houve um aumento para 17 km/h da média dos coletivos. No horário de pico da tarde, as médias foram 15 km/h (2012), 16 km/h (2013) e 15 km/h (2014).

Queda nos congestionamentos
Os congestionamentos diminuíram no horário de pico da tarde e tiveram uma leve alta no pico da manhã na capital paulista neste ano. Já a média da lentidão, ao longo do dia, caiu quase 10%. É o que mostram dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) repassados ao G1.

De janeiro a abril deste ano, a média do congestionamento no pico da tarde foi de 109 km, 16,3% menos do que o registrado no mesmo período do ano passado – 130,25 km. O pico de congestionamento da tarde costuma ocorrer por volta das 19h. A CET monitora 868 km nas vias de São Paulo.

A Prefeitura de São Paulo credita a melhoria no trânsito às obras de mobilidade da gestão Fernando Haddad que estariam contribuindo para a redução do uso do automóvel na cidade. Foram implantados 475,4 km de faixas exclusivas e corredores para ônibus, por exemplo. Outro investimento é em ciclovias, e a cidade tem hoje mais de 210 km. A CET diz ainda que são feitas melhorias viárias, como a revitalização semafórica.

Para o professor da área de transportes da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães, porém, não se pode creditar uma melhora a apenas um ou dois fatores. Ele afirma que possivelmente houve uma conjuntura favorável. "Pode ser uma soma, uma diminuição do uso do carro por causa do desemprego e da situação econômica do país, por causa do aumento do preço do combustível e também de algumas medidas de engenharia de tráfego", diz.

Ele afirma que as faixas de ônibus melhoraram a velocidade dos ônibus e incentivaram o uso do transporte, mas que isso não seria capaz de causar uma melhora significativa de forma rápida. "Melhora no trânsito de São Paulo, só se houvesse uma grande melhoria e ampliação do transporte público num projeto de médio prazo", avalia.

Informações: G1 São Paulo

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Prefeitura de São Paulo vai banir os táxis das faixas exclusivas de ônibus

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Uma polêmica no trânsito da maior cidade do país: a Prefeitura de São Paulo decidiu que vai proibir a circulação de táxis nos corredores de ônibus. A Secretaria de Transportes só espera o resultado de um estudo para anunciar a medida.

Essa decisão de banir os taxis das faixas de ônibus é porque, para a prefeitura, os táxis atrapalham a circulação dos ônibus.

É a mesma opinião do Ministério Público, que solicitou informações para a Secretaria de Transportes. Já os taxistas defendem o contrário: querem continuar a circular nos corredores e ainda ter o direito de usar também as faixas exclusivas.

Em uma capital que chega a ter 300 quilômetros de congestionamento em um só dia, andar de táxi costuma ser uma vantagem. Isso porque os taxistas podem usar os corredores criados para os ônibus, mas desde que levem passageiros no carro. Só que às vezes há fila de táxis.

“Quando são muitos, sim. Quando eles ficam muitos, muita fileira, cinco seis atrapalha muito sim”, responde um motorista de ônibus.


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Os principais corredores de ônibus da cidade, aqueles que funcionam na faixa da esquerda, foram modernizados há 13 anos. Segundo o secretário municipal de Transportes, naquela época a velocidade média era de 22 quilômetros por hora. Hoje, caiu para 14.

A prefeitura estuda proibir a circulação de táxis nos corredores de ônibus. Alega que assim o caminho ficaria livre para os ônibus que poderiam rodar com mais rapidez. A proposta desagradou os taxistas.
“Vai diminuir a clientela e todo mundo tem que reclamar porque quem usa o táxi precisa de rapidez e aqui não dá”, declara Paulo César Monteiro, taxista.

Nas faixas exclusivas, criadas onde só circulam ônibus, um levantamento apontou crescimento de 45% na velocidade média dos ônibus. A velocidade média passou de 14 para 20 quilômetros por hora.

Agora, o Ministério Público pediu e a prefeitura formou uma comissão para avaliar o impacto que os táxis provocam nos corredores de ônibus.
“Se o estudo apontar para onde o Ministério Público enxerga que essa concorrência é danosa para a velocidade dos ônibus, expedição de uma recomendação à prefeitura para que proíba imediatamente ou em curto prazo a circulação de táxis mesmo com esses passageiros nos corredores”, afirma Maurício Antônio Ribeiro Lopes, promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo de SP.

O secretario municipal de Transportes, Jilmar Tatto, lembrou que outro estudo, feito em 2011, já mostrou que os táxis reduzem a velocidade dos ônibus. Hoje, Jilmar Tatto tem certeza que a situação continua a mesma, se é que não piorou.

O Bom Dia Brasil já adianta que a decisão está tomada. Em mais alguns dias ela será anunciada. É só o tempo de a prefeitura concluir um novo estudo, atendendo ao pedido do Ministério Público.

No Rio de Janeiro, importantes vias, principalmente do Centro da cidade, também têm corredores expressos para ônibus. Mas os táxis são permitidos, apenas se estiverem com passageiros.

Eles não podem embarcar nem desembarcar ninguém nessas faixas que são pintadas de azul. Se houver duas faixas exclusivas na via, o táxi pode usar a da esquerda, nunca a preferencial, da direita. Veículos considerados essenciais, como ambulâncias, carros de polícia e bombeiro também podem trafegar.

A prefeitura do Rio inaugurou o primeiro corredor exclusivo em 2011 com o objetivo de reduzir em até 20% o tempo das viagens. Hoje são sete corredores na cidade somando quase 30 quilômetros.

Em Itapetininga, no interior de São Paulo, os motoristas encontraram uma alternativa de transporte mais rápida e confortável.

O táxi rotativo surgiu em Itapetininga há 13 anos para competir com o mototáxi. Funciona assim: leva quatro passageiros sempre no sentido bairro-centro e o inverso, e sempre para nos pontos já estabelecidos.

O táxi é regulamentado pela prefeitura, é na cor prata, tem faixas quadriculadas nas laterais e o número do alvará em local legível. Ele custa apenas R$ 0,5 a mais que o transporte público.

Na cidade, os motoristas passam por uma capacitação. São 254 motoristas cadastrados na prefeitura. Dez mil pessoas usam esses táxis na cidade por dia.

Informações: G1 Bom Dia Brasil
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São Paulo aplica uma multa a cada meia hora por invasão de faixa de ônibus

terça-feira, 24 de junho de 2014

Um motorista foi multado a cada 30 minutos por trafegar nas faixas exclusivas de ônibus de São Paulo entre janeiro e abril deste ano. O levantamento, realizado pelo iG com base em informações fornecidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), leva em consideração o horário médio de funcionamento de 143 corredores ou eixos em que os ônibus têm preferência à direita, espalhados em 331,6 km de extensão.
Foto: Cris Sato/Ouvinte-internauta do CBN SP
De acordo com os números, no mesmo período do ano passado, quando a cidade tinha 12 vias (ou eixos) segregados, 3,36 motoristas em média eram multados a cada meia hora por cometer esse tipo de infração.

Principal política para área dos transportes do prefeito Fernando Haddad (PT), as faixas exclusivas de ônibus começaram a ser implantadas com mais intensidade após as manifestações de junho, que terminaram com a revogação do aumento de R$ 0,20 centavos na tarifa dos ônibus, metrô e trens na cidade.

Até o dia 1º de junho do ano passado, a cidade tinha 40,5 km de faixas exclusivas. Atualmente, são 331,6 km espalhadas por toda a capital - um crescimento de 718%. Por outro lado, a quantidade de multas aplicadas para os motoristas invasores de faixas não teve o mesmo ritmo de aumento proporcionalmente. Nos quatro primeiros meses do ano passado, foram aplicadas 45.167 multas e no mesmo período deste ano foram 216.949 - um aumento de 380%.

Para o consultor em transportes Marcos Bicalho, a fiscalização deficiente é a principal razão para que o número de multas aplicadas não acompanhasse o crescimento de vias segregadas para o transporte público.

“O grande instrumento de fiscalização das faixas são os radares. A fiscalização também é feita por agentes, mas eles não fazem só isso e o número de agentes não aumentou. Ou seja, a efetividade da fiscalização não acompanhou o crescimento no número de faixas”.

Apesar de considerar “excepcional” o aumento na quantidade de multas aplicadas aos infratores, o professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI) e especialista em transporte, o engenheiro Creso de Melo Franco chama atenção para o número de trechos de faixas exclusivas que fica sem fiscalização eficiente.

“Como a elevação da extensão de faixas foi da ordem de 700% no 1º semestre de 2014 comparado ao mesmo período do ano passado e o aumento de multas foi de 380% tem-se um aumento considerável do índice desse tipo multa aplicado. Mas fica claro que a fiscalização agora atua por trechos menores”, diz.

Segundo a prefeitura, a fiscalização é feita por 1.854 agentes de trânsito e 690 técnicos da SPTrans, além de 82 radares que fiscalizam apenas invasão à faixas e corredores e outros 601 que flagram todos os tipos de infração de transito.

“Com o objetivo de expandir e revitalizar o sistema de fiscalização automática de trânsito na capital paulista, estão sendo contratados 843 equipamentos de fiscalização eletrônica (radares) de todos os tipos, inclusive com funcionalidade para fiscalizar faixas exclusivas. A ideia é ampliar a fiscalização de trânsito para toda a cidade, inclusive para regiões mais distantes do centro com altos índices de infrações e acidentes, além de intensificar a fiscalização nos corredores e faixas de ônibus e coibir a invasão dos corredores exclusivos”, informou a CET, em nota.

Segundo a companhia, uma licitação para compra de novos radares já foi assinada e está em fase de análise dos locais onde os equipamentos serão colocados. A CET informou que a compra dos equipamentos custará R$ 530 milhões, mas não disse quantos serão adquiridos nem o prazo para início das operações.

Ônibus e carros

Bicalho diz que os números de multas aplicadas não o surpreendem. “O paulistano em geral responde bem à questão das faixas, mas mesmo assim é grande ainda o número de paulistanos que não respeito. Me surpreende ainda é esse número de pessoas que insiste em invadir as faixas”.

Franco, da Fei, afirma que a quantidade de multas aplicadas pode ser explicada pela piora no trânsito e dificuldade do usuários de carros migrarem para o transporte particular. “A medida que vai dando mais espaço para o transporte público e tirando do particular deve esperar que as pessoas deixem o carro e pegue o transporte publico. No entanto, a velocidade de construção das faixas ficou muito maior que a capacidade dos usuários de transferir do carro para o público, que ainda não se apresentou como opção. Com menos espaços nas ruas para os carros, as pessoas acabam invadindo as faixas”, diz.

“O nível de utilização baixo de certos trechos de faixa é prova dessa menor capacidade do usuário de migrar do carro para o transporte publico”, complementa.

O motorista que for flagrado trafegando na faixa exclusiva de ônibus é penalizado com de R$ 53,20 e perda de três pontos na carteira. 

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São Paulo precisa de mais 3 mil ônibus nos novos corredores exclusivos e faixas preferenciais

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Prefeitura comemora os números que comprovam um aumento de 70% na velocidade média dos ônibus depois da criação dos últimos 70 quilômetros de faixas exclusivas na cidade. Mas nem todos os passageiros que transitam por essas rotas tiveram uma economia de tempo nos seus deslocamentos. Isso porque eles ainda passam muito tempo nos pontos esperando pelos coletivos e, quando eles chegam, estão lotados.

A meta da Prefeitura é terminar essa gestão, em 2016, com a implantação de 150 quilômetros de faixas exclusivas e mais 150 quilômetros de corredores. Mas isso pouco adiantará se não forem colocados mais ônibus para circular e se a rede não for adequada para essa nova realidade. Na estimativa do engenheiro Horácio Figueira, especialista em transportes, será necessário um acréscimo de três mil ônibus na frota atual, de 15 mil  coletivos, para dar vazão à demanda gerada por essas novas vias. Além disso, de acordo com o especialista, será necessária a utilização da frota inteira em tempo integral. Hoje, a totalidade dos ônibus só circula nos horários de pico.


A rede de ônibus de São Paulo conta com 1.320 linhas para atender 9,8 milhões de embarques de passageiros por dia. A SPTrans, que administra o sistema, realiza um estudo para reorganizar as linhas para a realidade gerada com a implantação dos novos corredores e faixas exclusivas. “Algumas linhas deverão ser remanejadas para as novas faixas para melhor aproveitar suas vantagens”, disse a estatal.

Segundo Ana Odila de Paiva Souza, diretora de planejamento da SPTrans, a tendência é que a cidade tenha menos linhas com mais frequência de ônibus. “Essa medida tornará o sistema mais racional e fará com que as pessoas fiquem menos tempo nos pontos.”

Isso é o que espera a funcionária pública Micaela da Silva, que usa o transporte público para ir ao trabalho, na Avenida Doutor Arnaldo, na Zona Oeste. “A implantação da nova faixa ainda não me trouxe benefício”, afirmou. “Quando entro no ônibus ele vai rápido, mas demora muito para passar e vem lotado.”  Mesma opinião tem a oficial administrativa Fabiana Singi. “Algumas linhas demoram muito. Os ônibus empacam onde não tem faixa.”

Mais quatro trechos exclusivos começaram hoje

Mais quatro trechos de faixas exclusivas para ônibus serão implantados hoje pela Prefeitura, dentro da Operação Dá Licença para o Ônibus, realizada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e pela SPTrans. As avenidas Águia de Haia, na Zona Leste, Brigadeiro Luís Antônio, na região central, Francisco Matarazzo, na Zona Oeste, e a Rua João Teodoro, na região central, terão vias exclusivas para o transporte coletivo em dias e horários determinados.

Na Avenida Águia de Haia, o transporte coletivo terá exclusividade de circulação na nova faixa em toda a sua extensão, desde a Avenida São Miguel até o acesso à Radial Leste, totalizando 4,3 quilômetros. Ela vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 5h às 9h, no sentido Centro e, das 17h às 20h, no sentido bairro. 

Na Brigadeiro Luís Antônio, a faixa funcionará em toda sua extensão de 4,8 quilômetros, desde a Praça Dom Gastão Liberal Pinto até a Rua Maria Paula. A nova faixa estará à direita da via e vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 22h e, aos sábados, das 6h às 14h.  No sentido do bairro, será colocada faixa complementar a já existente no contrafluxo do tráfego geral, interligando assim todos os trechos da avenida nesse sentido. 

Na Avenida Francisco Matarazzo, no sentido bairro, serão 200 metros de faixa exclusiva à esquerda, próximo ao Viaduto Pompeia. Já no sentido Centro, a faixa exclusiva à esquerda terá 300 metros e estará no acesso à Avenida General Olímpio da Silveira.

A exclusividade para o transporte coletivo na nova faixa da Avenida Francisco Matarazzo valerá de segunda a sexta-feira, das 4h às 23h, e aos sábados, das 4h às 15h. 

Por fim, na Rua João Teodoro, a nova faixa terá extensão total 900 metros,  entre as avenidas do Estado e Tiradentes, e funcionará de segunda a sexta-feira, das 6h às 10h.

As engenharias de campo da CET e da SPTrans vão monitorar e orientar o tráfego nessas  regiões. Os motoristas ainda não serão multados nesse período inicial.

Entrevista - Horácio Figueira, especialista em transporte

‘A cidade já vive em constante estado de pico’

Engenheiro especialista em transportes, Horácio Figueira é um dos maiores defensores do transporte público e acredita que os corredores exclusivos são a solução para a prioridade que os ônibus devem ter nas ruas de São Paulo.

DIÁRIO_ Os corredores são a solução para os nossos ônibus?
HORÁCIO FIGUEIRA_ Sim. A cidade necessita de 400 quilômetros de corredores. Isso não foi feito até hoje porque aqui o “deus” automóvel sempre falou mais alto. Agora temos de comemorar a iniciativa do prefeito (Fernando Haddad) em retomar esse processo.

Mas bastam os corredores ou serão necessários mais ônibus?
Cada quilômetro de corredor vai atrair uma média de dez mil passageiros por dia. Isso vai gerar uma nova demanda e a rede precisa se adequar a isso.

Novos ônibus serão necessários?
Não mais do que três mil ônibus a mais serão necessários. Mas para isso a Prefeitura tem de negociar com as empresas para colocar os ônibus por mais tempo nas ruas. Hoje, a totalidade da frota, de 15 mil ônibus, só circula nos horários de pico e, na verdade, a cidade já vive em constante estado de pico. O horário do almoço já pode ser considerado como hora de pico e isso faz com que cada pico quase se emende com o outro. Portanto, os 15 mil ônibus da frota atual têm de estar na rua o dia inteiro para dar conta da demanda que vai ser gerada com as faixas e os corredores.

Por Fernando Granato
Informações: Diário de SP
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Governo de SP defende que vias sejam exclusivas para ônibus '24 horas'

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A Prefeitura de São Paulo pode revogar uma portaria que permite que automóveis circulem nos corredores de ônibus durante as madrugadas e aos finais de semana. A recomendação consta em um estudo enviado nesta quarta-feira (11) ao Ministério Público de São Paulo sobre medidas que podem ser adotadas para melhorar o desempenho do transporte público.

No mesmo estudo, a Prefeitura defendeu que a permissão para que taxistas usem os corredores quando estiverem transportando passageiros é prejudicial à velocidade dos ônibus e deve ser revogada. Atualmente, o uso dos corredores por qualquer automóvel é liberado das 23h às 4h em dias de semana, aos sábados a partir das 15h e durante todo o dia de domingo e feriados.

A portaria 149 de 2012, do então secretário dos Transportes Marcelo Branco, é a que prevê exceções para o uso de automóveis em horários de menor tráfego. O estudo da Prefeitura, feito a pedido da Promotoria, afirma que "o uso exclusivo do corredor por ônibus do transporte coletivo deve dar-se 24 horas por dia ininterruptamente". Ele afirma ainda que isso é coerente com diretrizes do município e da federação, como a Política Nacional de Mobilidade Urbana.



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Os corredores são as faixas voltadas a ônibus que ficam à esquerda de algumas avenidas da cidade, como Santo Amaro, Rebouças e Nove de Julho. São nove corredores na cidade, totalizando 101 km. O motorista que transita pela faixa à esquerda nos horários proibidos comete uma infração grave, passível de cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69.

A Prefeitura já divulgou a intenção de criar linhas noturnas de ônibus que serviriam de alternativa ao Metrô. Essas linhas estavam previstas em um edital de licitação de empresas de ônibus que seria lançado em junho, mas acabou suspenso pelo governo municipal.

Polêmica
O presidente dos Sindicatos dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra Silva, afirmou que a presença dos táxis nos corredores de ônibus "é necessária" para a fluidez do trânsito na capital paulista. "O trânsito é uma necessidade para a fluidez. Muita gente decidiu não sair mais de carro e ir trabalhar de táxi", diz Silva.

O estudo tinha sido solicitado pelo Ministério Público e pode ser o início do processo de proibição da presença de táxis nos corredores. Atualmente, eles podem usar essas vias exclusivas quando têm passageiros e fogem, assim, dos engarrafamentos das outras faixas.

Natalício afirmou que recebeu a vistita de vários taxistas durante esta quarta-feira para discutir o tema e que a categoria vai se mobilizar caso a Prefeitura de São Paulo realmente se mostre inclinada a proibir a presença dos táxis nos corredores. Ele defendeu que é questão de "bom senso" não restringir o trabalho dos taxistas e criticou ainda a forma como as faixas exclusivas foram implantadas pela gestão Fernando Haddad (PT). "A Prefeitura fez faixas de forma aleatória, sem estudos", disse.

O estudo sobre os corredores foi recebido pelo promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes. Ele afirmou que se reunirá na semana que vem com o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, para discutir o tema. Lopes adiantou apenas ser favorável a iniciativas que favoreçam o transporte público, mas que qualquer mudança tem que ser negociada porque pode prejudicar toda uma categoria. A cidade tem atualmente 34 mil taxistas.

Corredores
Segundo o estudo da Prefeitura, a velocidade dos ônibus fica limitada a 6 km/h em razão da presença dos táxis. Outras conclusões são que três a cada quatro táxis usam o corredor e que menos de 1% dos passageiros transportados no corredor usam táxi.

Também nesta quarta, o prefeito disse que o governo municipal ainda não se decidiu sobre a proibição dos táxis nos corredores. "Nós não temos uma posição firmada sobre os corredores. Mas achamos importante o debate na sociedade", defendeu.

A SPTrans já vinha fazendo estudos com relação ao corredor Pirituba-Lapa-Centro quanto à interferência dos mais variados tipos de veículos. Com o pedido do MP, o levantamento foi ampliado. O presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Aílton Brasiliense, afirmou que é contrário à presença dos táxis nos corredores. "O táxi não tem nada de estar ali. O corredor é para transporte coletivo, não transporte individual", disse.

por Márcio Pinho
Informações: G1 SP
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