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Espera média por transporte público em BH foi de 24 minutos em 2022

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O Relatório Global sobre Transporte Público produzido pelo Moovit, popular aplicativo de mobilidade urbana, divulgado na última terça-feira (24/1), revelou que em 2022 o belo-horizontino esperou em média 24 minutos em pontos e paradas durante uma viagem em dias úteis. Só ficou atrás apenas de Recife onde o usuário esperou 27 minutos. Também foram  levantados dados sobre o Tempo de Viagem, Distância Percorrida, Incentivos ao Uso de Transporte Público e etc.

Comparando com outras cidades brasileiras, o usuário de transporte público em BH ainda precisou esperar mais do que o Paulista, que aguarda em média 18 minutos, e o Carioca - 21 minutos. Na capital mineira, 47,5% das pessoas ficam em esperas longas de 20 minutos ou mais durante uma viagem, o que é considerado uma experiência ruim, e apenas 9,2% esperam menos do que cinco minutos.
No quesito, BH ainda ocupa a oitava posição em um ranking internacional, “ganhando” de cidades como Aguascalientes (37 minutos), no México, Palermo e Trapani (29min cada), na Itália. O levantamento inclui dados sobre o uso de ônibus, metrô, trem e outros modais de transporte.

A pesquisa da Moovit foi feita utilizando os dados dos usuários, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo complementada por um questionário respondido por 33 mil usuários de dez cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

No Brasil o aplicativo já foi baixado mais de 100 milhões de vezes na PlayStore (Android) e ocupa a 3ª colocação na categoria “navegação” na Apple Store (iOS).

Tempo de Viagem

Para Marcelo Amaral, especialista em mobilidade urbana e coordenador de projetos do movimento NossaBH - grupo que faz pesquisas em políticas públicas da capital -, esse tipo de levantamento do Moovit é fundamental para pensar e refletir sobre o transporte. “Não necessariamente a gente precisa deles para dizer se o transporte está ruim ou bom, mas são importantes para o planejamento da Gestão Pública”, comentou.

Fundamental para a integração da cidade, o transporte público de Belo Horizonte tem sido alvo de constantes debates que, nos últimos meses, levaram a greves no metrô e greves nos ônibus.

O usuário que precisa enfrentar os problemas dos modais, no entanto, tem gastado em média 1 hora em deslocamento, tempo que inclui o tempo de caminhada, espera e no transporte.

A Capital Mineira é a quarta cidade no quesito, atrás de Rio de Janeiro (67 min), Recife (64 min) e São Paulo (62 min). Em BH 30,27% dos usuários fazem trajetos de 1 a 2 horas em viagens consideradas de média duração e quase 7% fazem viagens de 2 horas ou mais

Marcelo destaca toda a infraestrutura como fator determinante para reduzir os tempos de espera e viagem, comparando com outras cidades, principalmente aquelas que possuem mais de um milhão de habitantes. 

“A gente fala muito de metrô que é nosso sonho de consumo a décadas e que é uma solução rica, mas não dá para esperar só ele como solução. Os corredores de ônibus BRT (Move) é uma solução que BH começou a implantar, mas parou. Os corredores são um grande ganho para quem faz longas distâncias para reduzir, tanto o tempo de espera, quanto o tempo de viagem. É uma infraestrutura que tende a melhorar muitos fatores”, explicou Marcelo Amaral.

O especialista ainda destaca o BRT da Avenida Amazonas, como algo que a gestão pública deveria se ater em implantar. Em setembro do ano passado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmou um acordo com o Banco Mundial para melhorias na Avenida, onde serão investidos mais de US$ 100 milhões. A expectativa é que a fase de elaboração dos projetos seja concluída em dois anos, após esse prazo as obras devem ser iniciadas.

Distância Percorrida

O levantamento do Moovit também demonstra que o belo-horizontino percorreu uma distância média de 7,82 Km por viagem. A cidade ocupa a sétima colocação entre as participantes brasileiras da pesquisa. Brasília aparece como a primeira colocada com a distância média sendo 12,41 Km, seguida por Rio de Janeiro com 11,42 Km, e Recife com 8,22 Km.

O Moovit ainda considera trajetos que percorrem mais de 12 Km como viagens longas. Nesse sentido, em BH apenas 17,8% dos usuários percorrem essa distância em uma viagem. No Distrito Federal, 39,4% das pessoas fazem viagens de percurso longo, e no Rio de Janeiro 33,5%.

“A cidade vai se alastrando e as oportunidades não se alastram na mesma velocidade das pessoas que vão morar muito longe. O primeiro passo da cidade é o planejamento urbano, o Plano Diretor. Sendo um plano bem feito, que adensa ao longo dos corredores, tende a diminuir o tempo de viagem e as distâncias percorridas”, disse Marcelo, que destacou a política urbana como um primeiro fator a ser melhorado.
“O segundo fator é o transporte de qualidade. A velocidade depende da prioridade ao longo do corredor. Por que as faixas exclusivas são tão importantes nas grandes avenidas? pois assim os ônibus andam mais rápido do que os carros”, ressaltou Marcelo Amaral.

Incentivo ao uso do Transporte Público

Outro destaque da pesquisa promovida pelo aplicativo é a pergunta feita aos usuários: "O que faria você usar transporte público com mais frequência?". Em BH 29% dos usuários responderam que mais veículos e um tempo menor de espera seria um bom incentivo, 19,5% reivindicam passagens mais baratas e outros 15,3% horários confiáveis.

Para Marcelo, a pergunta ajuda a entender o porquê as pessoas deixam de usar o transporte público e usam outros modos. O especialista destaca a ascensão social como um dos fatores que possibilita a compra de motos e carros, no entanto, não existe solução para as cidades que seja baseado em automóveis individuais.

“A ideia de que o transporte público precisa ser atraente é fundamental. O que faria você usar? O ideal é sempre a pessoa esperar um pouco, ser barato e rápido até o destino dela. Não necessariamente dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Não dá para tornar a passagem mais barata, por exemplo, se você não tiver outra fonte de financiamento, que é o que BH faz com subsídio”, completou Marcelo Amaral.

Em nota a Prefeitura de Belo Horizonte informou que tem trabalhado para aprimorar o acesso da população ao transporte coletivo, e ainda reforça que são realizadas ações de fiscalização para melhorar o tempo de espera e garantir o cumprimento do quadro de horários.

Informações: Estado de Minas
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Inovação curitibana que ganhou o mundo, ônibus biarticulado completa 30 anos

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Ônibus que mudou o modo de deslocamento no transporte coletivo em Curitiba e projetou o sistema de canaletas exclusivas BRT (Bus Rapid Transport) para o mundo, o biarticulado completa 30 anos em 2022.

Curitiba foi a primeira cidade do País a adotar o biarticulado no sistema de transporte público. Após três décadas, o ônibus com quatro eixos, duas articulações e capaz de transportar 250 passageiros – mais que o dobro de um veículo convencional - está consolidado no dia a dia da população e virou um dos ícones da cidade. 

“O biarticulado é uma inovação que faz parte da história da nossa cidade, que sempre foi referência em transporte coletivo de qualidade e cujo sistema, de canaletas exclusivas, já foi replicado em centenas de cidades no Brasil e no mundo”, diz o prefeito Rafael Greca.
Curitiba continua essa evolução, com a renovação recorde da sua frota nos últimos anos, com 535 novos veículos, 64 deles articulados. "Nos próximos anos teremos o projeto do Inter 2 e do Ligerirão Leste-Oeste, que fará a transição do sistema para a eletromobilidade", ressalta o prefeito.

Capacidade e agilidade
O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, lembra que os biarticulados permitem dar agilidade no transporte em linhas de grande demanda.

Atualmente são 131 biarticulados em circulação na capital, em dez linhas, todas de grande circulação de passageiros: 203 Sta Cândida/C.Raso; 303 Centenário/C. Comprido; 503 Boqueirão; 502 Circular Sul (Horário); 602 Circular Sul (Anti-horário); 350 Fagundes Varela/Pinheirinho; 603 Pinheirinho; 500 Ligeirão Boqueirão; 200 Ligeirão Sta Cândida/Pça do Japão; e 550 Ligeirão Pinheirinho/Carlos Gomes.

Os biarticulados também farão parte do projeto de ampliação do Ligeirão Norte-Sul – 200 Sta.Cândida/Pça do Japão. A linha vai ser estendida até o Pinheirinho e permitirá que o trajeto de ponta a ponta, atualmente percorrido em 66 minutos, possa ser realizado em 55 minutos. 

História
Os primeiros biarticulados começaram a circular em canaletas exclusivas do eixo Centro-Boqueirão, na linha 503 Boqueirão, no segundo semestre de 1992. Foram 30 biarticulados, na cor prata, com capacidade para 200 passageiros cada e com 24,5 metros de comprimento e 2,50 metros de largura.

O biarticulado começou a ser desenvolvido, no entanto, no fim da década de 1980, por meio de uma parceria entre a Prefeitura e a montadora sueca Volvo, que tem fábrica na CIC.

O objetivo era criar um modelo com grande capacidade de passageiros, de menor custo que o metrô, rápido e confortável para o passageiro. Junto com o biarticulado, Curitiba virou referência em BRT, e exportou a solução para o mundo. 

O sistema BRT foi adotado, segundo dados do BRTData, por mais de 182 cidades em todos os continentes, que juntas transportam 31,6 milhões de passageiros/dia em 5.539 quilômetros de canaletas exclusivas.

Os primeiros veículos biarticulados de Curitiba já vieram equipados com inovações, como sistema de segurança de portas, de anúncio de mensagens operacionais e de paradas, lembra Celso Ferreira Lucio, gestor da área de Especificação e Inspeção de Frota da Urbs. Os veículos eram de chassi Volvo/B58, sendo 12 de carroceria Ciferal Megabus e 18 de carroceria Marcopolo Torino.

Ao longo dos anos, mais biarticulados entraram no sistema, com destaque para o ano de 1995, com a implementação de biarticulado no Eixo Norte/Sul, e 2000, no Eixo Leste/Oeste.

Os veículos foram evoluindo, tanto na carroceria quanto no chassi, esse último especialmente em relação às emissões de poluentes. Na carroceria, os avanços se concentraram na tecnologia de iluminação interna, itinerários eletrônicos e em sistemas eletrônicos agregados. É o caso do sistema anunciador de paradas que, a partir de 2006, passou a ser por posicionamento georeferenciado, fazendo os disparos das mensagens operacionais a partir de coordenadas previamente demarcadas para tal.

Maior do mundo
A partir de 2011, como um novo marco de inovação, Curitiba apresentou ao mundo o biarticulado de carroceria Neobus BRT, que foi lançado com um design futurista, de formato curvo/arredondado em suas extremidades, remetendo-o a um trem bala. O veículo, com três metros a mais de comprimento, totalizando 28 metros, foi considerado o maior biarticulado do mundo na época.

Com o novo ciclo de renovação, os veículos vieram equipados, a partir de 2018, com novas tecnologias de segurança, como a que garante a redução automática da velocidade dos biarticulados nas canaletas quando próximos a locais de grande fluxo, como shoppings, praças e escolas. Os ônibus novos também possuem câmeras internas no salão de passageiros e externa para apoio ao motorista, bem como sistemas de suspensão e frenagem mais eficientes.

Os novos veículos trouxeram itens de acessibilidade adicionais, como dois espaços para cadeirantes e o dobro de bancos preferenciais em relação ao especificado pela norma nacional, para proporcionar melhor atendimento e conforto a toda a população.

Segundo Celso Lucio, novas tecnologias serão incorporadas e Curitiba aposta na busca contínua pela inovação e por soluções de mobilidade urbana. "O objetivo é promover o deslocamento fácil, ambientalmente correto e seguro, proporcionando mais qualidade de vida aos cidadãos”, diz Celso Lucio.

Informações: URBS
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Usar transporte coletivo é a melhor opção na alta do preço da gasolina?

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Com a crescente desvalorização do real no mercado internacional e a alta global do preço do petróleo, 2022 não tem sido um ano fácil para os proprietários de veículos, que têm feito malabarismo para pagar o combustível. 


Em alguns estados o litro chega a ultrapassar os R$8, inviabilizando o uso dos automóveis.

Desde o começo do ano o preço da gasolina tem aumentado significativamente e afetado o bolso dos consumidores. Devido a esta realidade, muitas pessoas optaram pelo uso dos transportes coletivos.

Trem, metrô, ônibus municipal, intermunicipal, BRT, bicicletas compartilhadas. Tudo tem se voltado como alternativa mais barata e acessível ao público. 

Os transportes públicos no Brasil, praticados pela iniciativa pública e privada, é a primeira opção da maior parte da população, principalmente nas grandes metrópoles onde o trânsito costuma ser mais intenso.

E desde o início do ano, mesmo com a pandemia em curso, as pessoas optaram por voltar ao uso dos coletivos. 

E o grande vilão foi a alta do petróleo, que chegou às bombas com aumentos estratosféricos. Em abril houve um pequeno recuo, mas ainda assim os preços praticados se tornaram inviáveis para o uso do carro no dia a dia.

Reflexos da pandemia

Os anos se passaram e em 2020 tivemos que encarar a maior crise de saúde pública mundial, a COVID-19. Em regras gerais todos os mercados foram afetados, mas não estávamos preparados para como o mercado do petróleo ficaria. 

Em 2021 o preço da gasolina subiu mais de 46% e em 2022 as marcas do litro chegaram a mais de R$8, tornando impraticável para boa parte da população manter o uso de automóveis individuais com regularidade.

E neste momento todos se voltaram para o uso dos transportes coletivos, sendo os transportes rodoviários os campeões de passageiros.

Mesmo com medo devido à pandemia, nota-se que grande parte das pessoas não tiveram opção e enfrentam os transportes coletivos lotados, tentando tomar o maior cuidado possível.    

O transporte público no Brasil

No Brasil, a cidade com maiores iniciativas de melhorias é Curitiba, que possui o melhor sistema de transporte público no país.

O projeto de mobilidade é todo estruturado em questões ambientais e de melhorias e organização urbana, priorizando o tráfego do menos ao mais favorecido.

O grande problema é que cerca de 90% da população mora nas cidades e mesmo em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, onde existem muitas opções, ainda assim o transporte não dá conta de atender com qualidade e rapidez, principalmente em horário de pico.

Características do transporte público

Focando no cerne da questão, para alguns fica difícil escolher entre gastar um preço alto com seu carro ou encarar o transporte público. Por isso, uma das saídas é analisar caso a caso. 

Para muitos não há discussão por conta do preço impraticável, mas para aqueles que ainda precisam analisar, podemos pontuar alguns fatores.

Pontos positivos

O transporte coletivo oferece diversas opções, principalmente nas grandes cidades. É possível encontrar mais de uma opção de ônibus ou até mesmo alternar com outras vias, como metrô, BRT, monotrilho e etc…
Os transportes coletivos desafogam o trânsito intenso e em algumas cidades já é possível circular por faixas exclusivas para os ônibus, isso acelera o trajeto.

Outro ponto a se considerar é o bem para o meio ambiente, com menos veículos nas ruas, menor é a emissão de gases. Por dia, um carro popular emite de 130 a 250 gramas de dióxido de carbono, enquanto o Metrô chega a emitir 30 vezes menos.
 
As bicicletas coletivas, que neste caso além de não ter emissão, é uma boa prática de atividade física. 

Também podemos atentar para o fato de que com menos veículos nas ruas o trânsito diminui consideravelmente, além de diminuirmos as probabilidades de acidentes.

Pontos negativos

Inflexibilidade de horários, tendo que ter atenção ao início e fim do horário de serviços.
Falta de segurança e manutenção nos pontos de ônibus, pois infelizmente ainda temos muitos casos de vandalismos e roubos.

Transporte lotado nos principais horários de entrada e saída de trabalho, o que torna o serviço além de cheio, lento.


Carro próprio como opção de transporte

No caso dos carros o que mais afeta é o conforto, mesmo nos horários de pico com trânsito intenso, alguns preferem o veículo aos transportes coletivos lotados. Ter um veículo permite uma liberdade que o transporte público não oferece.

Mas não podemos deixar de esquecer que os carros possuem obrigações que pesam no bolso. 

Além da gasolina, há muitos outros gastos, como os pneus, troca de óleos e diversas manutenções preventivas que devem ser feitas para manter o bom funcionamento e economia do veículo.

Porém, mesmo com todos esses gastos, é plausível a preferência por uma opção que pode te oferecer um maior conforto no dia a dia. O transporte público pode ser muito cansativo, ainda mais em trajetos longos.

Mesmo que as passagens de ônibus e trem sejam mais econômicas se comparadas a um veículo próprio, a qualidade de vida e sua saúde também precisam pesar na balança.

Por este motivo, cada caso deve ser analisado com calma, comparando os prós e contras de cada tipo de transporte.

*Com informações da SEO Marketing
Informações: EmTempo
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Curitiba projeta transporte com nova bilhetagem, ônibus elétricos e multimodal

domingo, 2 de junho de 2019

A eletromobilidade, a multimodalidade e um novo sistema de bilhetagem são os próximos passos de Curitiba para a modernização da Rede Integrada de Transporte (RIT). Os planos da cidade neste campo foram destacados pelo prefeito Rafael Greca, na tarde desta quinta-feira (30/5), em palestra no 7º Fórum Paranaense de Mobilidade Urbana, no Salão de Atos do Parque Barigui.

À platéia formada por técnicos em mobilidade de todo o estado, vereadores e secretários municipais, Greca destacou a aprovação, pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), de um crédito de R$ 739 milhões para projetos socioambientais e de transporte.

O prefeito também destacou o credenciamento, pela Urbs, de empresas para a venda de créditos do sistema de transporte coletivo de Curitiba para o novo sistema de bilhetagem. “A tecnologia nos permite retirar o dinheiro de circulação no sistema de transporte. Quanto menos dinheiro houver disponível em estações e nos veículos, mais rapidamente nos livraremos da microcriminalidade motivada pelo uso de drogas”, disse.

Segundo Greca, as ações de mobilidade em Curitiba seguem o princípio da valorização do que é projetado e produzido pela cidade. Ele citou como exemplo o êxito do BRT e as possibilidades de avanços a partir da estrutura da Rede Integrada. “Sustentável dentro da nossa realidade é aquilo que a gente consegue pagar. O custo do quilômetro do BRT é mil vezes menor que o de um metrô e cem vezes menor que de um VLT”, observou.

Ele citou a importância da renovação da frota de transporte. Nesta sexta-feira (31/5) foram entregues mais 14 novos ônibus. “Quando entrei a frota estava sucateada, hoje está renovada. Amanhã chegaremos a 262 novos veículos e serão 450 até 2020.”

Inter 2

Parte dos recursos externos garantidos por Curitiba são para o financiamento do projeto Inter 2, de reestruturação viária, implantação de novos corredores para os ônibus e de um novo modelo de estações, climatizadas e auto-sustentáveis. A linha, que é a mais carregada entre as que circulam fora das canaletas exclusivas, deverá ser a primeira da cidade a contar com veículos movidos a energia limpa.

“Fixamos 2025 como o horizonte para a eletromobilidade e o Inter 2 integra este processo. São ações convergentes aos projetos de Curitiba contra o aquecimento global, que constam também nas prioridades do Grupo de Cidades do C40,  do qual fazemos parte.”

O avanço da micromobilidade, com patinetes e bicicletas compartilhadas, e do plano de estrutura cicloviária como componentes multimodais do transporte foram destacados. “A ideia é acoplar estações de micromobilidade aos terminais de transporte, de forma que pelo próprio sistema de bilhetagem seja possível acessar esses veículos”, disse Greca.

Na opinião dele, o tempo dos governos é o tempo de fazer. “A burocracia é um conjunto de redes tricotadas por pessoas sem imaginação que querem infelicitar as cidades, os estados e o país para que não se exerça a inteligência e para que a criatividade não flua. O segredo de Curitiba, quando desenhou o sistema de transporte no Ippuc, foi o de usufrur da alegria de fazer.”

Nova bilhetagem

A ampliação da rede de venda e carregamento de créditos em cartão-transporte facilita a vida dos usuários e deve reduzir significativamente a circulação de dinheiro nos ônibus, nas estações-tubo e nos terminais.  

As empresas RecargaPay e Qiwi já apresentaram a documentação exigida no edital da Urbs. Outras empresas poderão se credenciar até 20 de junho de 2021 e ampliar ainda mais as opções de compra e recarga para quem utiliza o transporte público na cidade.

Com o início da operação das empresas credenciadas, os usuários poderão fazer o carregamento do cartão-transporte por meio de venda assistida (com operador), máquina de auto-atendimento, aplicativos móveis, websites, totens, garantindo mais praticidade, conforto e segurança ao sistema de transporte.

De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Maia, a bilhetagem representa uma modernização da cobrança. "É uma medida com tripla finalidade: possibilitar o avanço tecnológico, aumentar a segurança de profissionais e passageiros com a retirada de dinheiro vivo de circulação e dar sustentabilidade financeira ao transporte público".

Hoje, a venda de créditos ocorre na própria Urbs, que tem sede na Rodoferroviária, no site da empresa e em locais credenciados, como bancas de jornal. 

Fórum de mobilidade

Na tarde desta quinta, foi eleita a direção do Fórum Paranaense de Mobilidade. Na presidência está Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs; na vice-presidência de Transportes, Arielly Dantas, de Campina Grande do Sul; e o vice-presidente de Trânsito é Samir Moussa, de Campo Largo.

Nas coordenações regionais estão Leônidas Martins Jr., de Paranaguá; Jair Gonçalves da Rocha, de Pato Branco; Antonio Carlos Lopes Mendes, de Apucarana; e Cristiane Coelho, de Palmas.

Para a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, o fórum é importante para a troca de experiências entre as cidades. “O que deu certo para uma cidade pode ser multiplicado para outras, fazendo as devidas customizações.”

O evento segue nesta sexta-feira com palestras e debates e a presença do secretário nacional de Mobilidade Urbana, Jean Carlos Pejo.

Informações: URBS


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BRT tem demanda mediana no Brasil

domingo, 26 de maio de 2019

Apontado como alternativa de transporte em relação aos sistemas sobre trilhos, o BRT (Bus Rapid Transit) não tem um caso comprovado capaz de atender a uma grande demanda no Brasil. O site compilou informações dos principais operadores dos corredores de ônibus brasileiros e também na página BRT Brasil.org, mantida pela NTU, entidade que representa as empresas de transporte coletivo no país. As informações, embora em alguns casos um tanto desatualizadas ou incompletas, conseguem fornecer um panorama geral do funcionamento do modal nas principais cidades do Brasil.
Principais corredores de ônibus de grande capacidade no país estão longe do movimento visto no Transmilenio, o celebrado BRT de Bogotá, na Colômbia

O corredor que tem o número mais vistoso é o Move, de Belo Horizonte, mas no BRT de pouco mais de 23 km também circulam ônibus de bairros que utilizam as vias em trechos menores ao mesmo tempo que os veículos de maior capacidade. Os dados sobre o movimento diário de passageiros variam dependendo da fonte. No site BRT Brasil fala-se numa capacidade de 750 mil passageiros enquanto a BH Trans, a empresa responsável pela operação, diz que o número transportado seria de 450 mil passageiros por dia.

Se esse último dado for real, o BRT de Belo Horizonte transportaria quase 20 mil passageiros por km, mas é pouco provável que esse número seja exclusivo do corredor já que parte disso pode incluir usuários que circulam por bairros – distância não incluída no cálculo.

Corrobora essa hipótese o fato de os dois corredores de ônibus seguintes no ranking terem metade desse movimento. As linhas Norte e Sul da RIT, a Rede Integrada de Transporte Coletivo de Curitiba, pioneira nesse modal, transportavam diariamente 10 mil e 11,1 mil passageiros por km de vias, baseado nos dados disponíveis no BRT Brasil.

Nem mesmo os badalados BRTs cariocas chegam perto de terem uma demanda elevada diante da sua extensão. O mais movimentado dele, o Transcarioca, transporta 234 mil passageiros pelo seus 39 km, média de 6 mil pessoas por km.

Para efeito de comparação, a Linha 15-Prata, longe ainda de ter um intervalo baixo e da velocidade média prevista, consegue transportar 8,2 mil passageiros por km atualmente. Se a estimativa do governo se concretizar, essa média  subirá para quase 27 mil passageiros por km quando o trecho até São Mateus estiver em operação plena. Ou seja, bem superior ao melhor cenário do BRT.

Boxeador meio-pesado em luta de pesados

Não é apenas na comparação da quantidade de passageiros transportados por km que o BRT não comprova sua suposta capacidade equivalente a de um sistema sob trilhos. Mesmo quando analisada a capacidade de transporte por hora os corredores de ônibus se revelam uma solução no limite para dar conta de uma demanda superior. É como um boxeador meio-pesado que faz um trabalho para ganhar massa muscular e subir de categoria. Ele até pode chegar perto mas a um custo muito alto.

De acordo com um documento produzido pelo governo Lula em 2008 chamado “Manual de BRT” e que foi publicado na época em que diversas linhas estavam prestes a serem implantadas no Brasil nos anos seguintes, “um sistema BRT padrão, sem faixas de ultrapassagens para serviços expressos, proverá um máximo de, aproximadamente, 13.000 passageiros por hora por sentido“. Em outras palavras, um BRT que tomaria o lugar da Linha 18-Bronze no ABC Paulista teria de possuir vários trechos de ultrapassagens para elevar essa capacidade em 67%. O mesmo artigo afirma que para ter faixas de ultrapassagens nas estações, um sistema “exige pelo menos 20 metros de largura de rua só para uso do BRT“.

Vale dizer que a região por onde passará grande parte da Linha 18 margeia o Córrego dos Meninos, trecho onde existem avenidas com cerca de 30 metros de largura, bem menos da realidade dos BRT do Rio e Curitiba, por exemplo. Em outras palavras, a implantação de um corredor dependeria de algumas opções de intervenção: eliminar faixas de rolagem de veículos, desapropriar parte dos imóveis para alargar a via ou construir o corredor sobre o córrego, por exemplo.

Com capacidade por hora estimada em 21.640 passageiros por sentido, o monotrilho ocupa um espaço bem menor na superfície, de no máximo 1,4 metro, segundo o Relatório de Impacto Ambiental produzido pelo Metrô. Mesmo na altura das vias, a largura é de apenas 4,55 metros, segundo o mesmo documento.

Por falar em documento, o estudo do governo petista cita, como fazem muitos defensores do BRT, o Transmilenio, sistema existente em Bogotá, capital da Colômbia, como exemplo prático da capacidade do modal. De acordo com ele, o BRT colombiano chega a transportar 42 mil passageiros por hora, quase o mesmo que o estimado pelo Metrô para o monotrilho da Linha 15-Prata (48 mil passageiros/hora).

No entanto, basta uma rápida observação das vias da capital colombiana para constatar que o Transmilenio foi construído em meio à vias extremamente largas, de cerca de 90 metros de largura, o que permitiu que fossem implantadas faixas duplas em ambos os sentidos. Não é a realidade do ABC Paulista e suas malha viária congestionada.

De quebra, o sistema de Bogotá, após quase 20 anos, já demonstra sinais de saturação, elevados índices de poluição e rejeição da população de avenidas por onde existem estudos de expansão. Justamente o efeito contrário de uma linha de metrô, capaz de valorizar e promover o desenvolvimento do entorno por onde passa.

Em busca de um novo caminho

A necessidade de transporte coletivo na região do ABC é a de criar novos e mais velozes caminhos e eles só são possíveis por vias elevadas ou subterrâneas. Além de degradar o entorno, um sistema implantado na superfície reduz a eficiência do sistema, como já revelava o estudo ambiental do Metrô em 2012. Num quadro comparando alternativas de modais entre monotrilho e VLT, a hipótese de vias na superfície é de longe a pior.

Para manter a capacidade de 340 mil passageiros por dia, um VLT com quatro carros teria um intervalo de 109 segundos contra 138 do monotrilho, mas uma velocidade média de 22,9 km/h contra 35,9 km/h do segundo. E a frota teria de ser 56% maior para dar conta da demanda. Esse cenário, levado para o BRT, cujo ônibus articulado mais utilizado pode levar 170 passageiros contra 665 do VLT e até 840 do monotrilho, se mostraria ainda mais degradado.

Em declaração à imprensa nesta terça-feira (21), o governador João Doria afirmou que a decisão sobre o modal será tomada até o final de junho enquanto o vice-governador Rodrigo Garcia revelou que o estudo que baseará a escolha será finalizado no dia 30 de maio.

Doria disse ainda que fará “o que for mais adequado, independentemente de pressões, desejos, ambições, será solução técnica” e que vai optar projeto “mais adequado para a população“. Se assim for então o BRT deveria ser descartado o quanto antes afinal não se trata apenas de decidir sobre uma questão de capacidade e demanda e sim de levar à frente uma solução de mobilidade que tem potencial de requalificar seu entorno, melhorar a produtividade, reduzir a poluição e satisfazer o desejo dos habitantes que há muito tempo esperam pelo metrô.

Informações: Metrô CPTM

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BHTrans quer triplicar pistas exclusivas e preferenciais de coletivos até 2020

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Grandes vias de Belo Horizonte vão receber pistas exclusivas e preferenciais para ônibus nos próximos dois anos. A meta é criar 87,5 quilômetros de faixas para reduzir o tempo de deslocamento. O número é quase o triplo dos atuais 32 quilômetros. Hoje, 40% dos moradores das capitais do Sudeste, incluindo os da mineira, dizem ficar mais de duas horas no trânsito todos os dias. 
Imagem: Pedro Gontijo

Para a diretora de planejamento e informação da BHTrans, Elizabeth Gomes, o tempo de deslocamento está diretamente relacionado ao aumento de veículos na cidade. Por isso, a principal estratégia para reverter o quadro é o estímulo ao uso do transporte coletivo, bicicletas e até caminhadas para percursos mais próximos.

O esperado pela BHTrans é que o aumento da velocidade dos coletivos estimule as pessoas a deixar carros na garagem, reduzindo os congestionamentos. Dentre as avenidas que terão as mudanças, a Amazonas (entre a Praça Raul Soares e o Anel Rodoviário) é a que está com os trâmites mais avançados, segundo Elizabeth Gomes. 

Lá, já existem estudos de viabilidade técnica e o planejamento dos pontos onde serão necessárias obras e reformulação do tráfego, como impedimento de conversões à direita. As intervenções nos 7,5 quilômetros ainda estão pendentes de financiamento para bancar os R$ 20 milhões necessários. 

Para fazer o projeto dos outros 80 quilômetros serão necessários mais R$ 8 milhões. O valor das obras será definido posteriormente. Estão incluídas no planejamento da BHTrans avenidas como a Nossa Senhora do Carmo, Afonso Pena, Portugal, Andradas e Abílio Machado. Todas com implantação até 2020.

Soluções

Para o especialista em transporte e trânsito Márcio Aguiar, a segregação de pistas é um “bom paliativo”, pois não resolve a falta de mobilidade na capital. “A instalação de pistas exclusivas vai trazer melhorias, mas em vários pontos da cidade as vias não comportariam a segregação. Então, teremos pontos de afunilamento e congestionamento que permanecerão atrasando as viagens”, afirma.

Para o professor do departamento de engenharia de transporte do Cefet-MG, Guilherme de Castro Leiva, a solução definitiva passa pela descentralização dos serviços e comércio, o que já vem ocorrendo na capital. Assim, diz ele, as pessoas não precisariam se deslocar por grandes distâncias para realizar atividades diárias. Além disso, o professor defende melhorias no transporte público, como ampliação do metrô e linhas do Move.

Enquanto a solução não chega, a diarista Francisca Izabel da Silva, de 55 anos, pega seis ônibus diariamente para trabalhar. Sai de casa às 5h e volta apenas às 17h. “Fico umas quatro horas dentro do ônibus todo dia, somando a ida e a volta. É praticamente outro expediente. Muitas vezes em pé, porque os ônibus estão sempre lotados”, afirma. 

Pesquisa

Além dos 40% que gastam mais de duas horas no trânsito todos os dias, o levantamento recente feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) aponta que apenas 13% das pessoas gastam menos de meia hora nos deslocamentos para atividades diárias. “A pesquisa mostra uma realidade das quatro capitais, mas BH puxa a média para cima porque não tem a estrutura de metrô tão consolidada como Rio de Janeiro e São Paulo”, afirma o vice-presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza Silva.

Veja onde elas estão atualmente: 

Faixas exclusivas

- Avenida Nossa Senhora do Carmo, entre Rua Valparaíso e Avenida do Contorno, neste sentido;
- Avenida Nossa Senhora do Carmo, entre Rua Outono e Rua Valparaíso, neste sentido;
- Rua Padre Belchior, entre Avenida Amazonas e Rua Curitiba, neste sentido;
- Rua Padre Belchior, entre Rua São Paulo e Rua Curitiba, neste sentido;
- Avenida Augusto de Lima, entre Rua Curitiba e Avenida João Pinheiro, neste sentido;
- Avenida Augusto de Lima, entre Avenida João Pinheiro e Rua São Paulo, neste sentido;
- Avenida João Pinheiro, entre Rua dos Guajajaras e Rua Goiás, neste sentido;
- Avenida Professor Alfredo Balena, entre Rua Padre Rolim e Praça Hugo Werneck, neste sentido;
- Avenida Professor Alfredo Balena, entre Praça Hugo Werneck e Rua Pernambuco, neste sentido;
- Avenida Pedro II em toda sua extensão;
- Avenida Carlos Luz, em toda sua extensão;
- Avenida Cristiano Machado, entre o Anel Rodoviário e a Avenida Vilarinho;
- Rua Goiás, entre Avenida João Pinheiro e Rua dos Guajajaras;
- Avenida Vilarinho, da Estação Venda Nova até a Av. Cristiano Machado;
- Viaduto Leste, do início do túnel até Avenida do Contorno;
- Avenida Antônio Carlos

Faixas preferenciais

- Rua Tupis, entre Paraná e Rio Grande do Sul
- Av. Amazonas
- Av. Tereza Cristina
- Av. dos Andradas
- Rua Araguari
- Rua Niquelina,  entre as  Avenidas Mem de Sá e Contorno;
- Rua Padre Eustáquio, desde a interseção com a Avenida Nossa Senhora de Fátima até a Rua Vila Rica;
- Rua Pará de Minas, em toda sua extensão.

Informações: Hoje em Dia
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No Rio, Tarifa de ônibus voltará a custar R$ 3,60

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A Justiça do Rio concedeu liminar, nesta quarta-feira (24), determinando que as passagens de ônibus voltem a custar R$ 3,60. No fim de 2017, outra decisão havia baixado o valor para R$ 3,40. A Procuradoria Geral do Município do Rio assim que for intimada vai analisar o cabimento do recurso. Se houver cabimento, a procuradoria irá recorrer.

A juíza Roseli Nalin, da 15ª Vara de Fazenda Pública, atendeu pedido feito por quatro consórcios formado por empresas de ônibus. A magistrada manda que a população seja informada por 10 dias antes da aplicação da nova tarifa.

A decisão atende o sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), que recorreu da redução para R$ 3,40. A magistrada considera o pedido "emergencial". Os consórcios alegaram em seus pedidos que oito empresas fecharam as portas e estão em iminente possibilidade de uma greve.

"Observo que a tarifa reconhecida não está vinculada a determinado período (2017 ou 2018) sendo ela fixada de forma emergencial", escreveu a magistrada.

Em nota, o consórcio Rio Ônibus informou que "vem alertando desde o início de 2017, o congelamento da tarifa, imposto pela Prefeitura em janeiro do ano passado, vem reduzindo gradativamente a capacidade das empresas de investir em manutenção e renovação da frota".

O Rio Ônibus informou ainda que "continua defendendo que uma auditoria independente indique o valor justo da tarifa, o que permitirá o equilíbrio econômico-financeiro do setor e a retomada dos investimentos, com a melhoria do serviço prestado à população do Rio. A omissão do poder público, que decidiu desrespeitar o contrato de concessão, compromete a qualidade do serviço e levará ao colapso o sistema de ônibus, responsável por transportar 4 milhões de pessoas por dia".

O consórcio informa que 12 empresas correm risco de encerrar as atividades. "Em 2017, duas empresas fecharam as portas (Santa Maria, em abril, e São Silvestre, em dezembro). Entre 2015 e 2016, outras seis empresas deixaram de operar. Como resultado, mais de 4 mil trabalhadores perderam o emprego. A cada empresa que fecha, os consórcios precisam assumir as linhas desatendidas. Porém, em curto prazo, o efeito cascata pode gerar o colapso do sistema", explicou a nota.

E complementa: "A defasagem do valor da passagem é clara: metrô, trens e barcas tiveram as tarifas reajustadas em 2017, ao contrário dos ônibus. Além disso, o valor cobrado atualmente no Rio é o menor entre capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Porto Alegre".

Informações: G1 Rio
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As 50 cidades com a melhor mobilidade do país

domingo, 2 de julho de 2017

Apesar das mudanças no projeto de ampliação de ciclovias imposto pela gestão João Doria, São Paulo foi eleita novamente como a melhor cidade brasileira em mobilidade urbana e acessibilidade.

A ressalva foi feita pela própria Urban Systems, que montou o ranking Connected Smart Cities. A presença de São Paulo no topo do ranking é justificado pela boa integração entre meios de transporte, mais de 400 km de extensão de ciclovias (que privilegiam o transporte não-poluente), ampla rede de metrô e trem, maior cobertura dos serviços de transporte compartilhado (aplicativos como Uber, 99 e Cabify, por exemplo), além das três rodoviárias e dois aeroportos.

A pontuação leva em consideração oito critérios: proporção entre ônibus e automóveis; idade média da frota dos meios de transporte públicos; quantidade de ônibus por habitante; variedade dos meios de transporte; extensão de ciclovias; rampas para cadeirantes (acessibilidade); número de voos semanais (conectividade com outras cidades); e transporte rodoviário.

Todos os quatro primeiros lugares do ranking repetiram as posições do ano passado: São Paulo (SP), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR).

Um destaque foi a cidade de Curvelo, em Minas Gerais, que não entrou nem no ranking das 50 melhores no ano passado mas já apareceu em 10º lugar em 2017.

Segundo a Urban Systems, a proporção de ônibus por automóvel na cidade é grande (98 ônibus para cada carro particular), bem como a de ônibus por habitante (21 para cada mil pessoas).

Curvelo ainda não tem aeroporto, mas o governo estadual já anunciou um projeto de integração, que prevê a construção de um terminal na cidade (e em outros 11 municípios), o que vai melhorar a conectividade.

Veja o ranking completo das 50 cidades mais acessíveis do Brasil:

2017 2016 Município Pontuação
1 São Paulo (SP) 3,381
Brasília (DF) 3,32
Rio de Janeiro (RJ) 3,195
Curitiba (PR) 2,285
Belo Horizonte (MG) 2,243
10º Fortaleza (CE) 2,007
27º Salvador (BA) 1,94
Porto Alegre (RS) 1,915
22º Recife (PE) 1,758
10º Curvelo (MG) 1,723
11º 11º Teresina (PI) 1,7
12º 16º São Caetano do Sul (SP) 1,659
13º Guarulhos (SP) 1,647
14º Moju (PA) 1,628
15º 37º Nilópolis (RJ) 1,61
16º 18º Valinhos (SP) 1,568
17º Campinas (SP) 1,561
18º Lauro de Freitas (BA) 1,533
19º 23º Osasco (SP) 1,527
20º Goiânia (GO) 1,527
21º Parauapebas (PA) 1,517
22º João Pessoa (PB) 1,516
23º Maceió (AL) 1,484
24º Barcarena (PA) 1,465
25º Barueri (SP) 1,45
26º 12º Balneário Camboriú (SC) 1,44
27º 43º Mauá (SP) 1,43
28º Caieiras (SP) 1,421
29º Natal (RN) 1,415
30º 21º Vitória (ES) 1,404
31º Parnamirim (RN) 1,4
32º Contagem (MG) 1,398
33º Várzea Paulista (SP) 1,397
34º 26º Jundiaí (SP) 1,396
35º Tobias Barreto (SE) 1,364
36º 40º Palmas (TO) 1,36
37º Juazeiro do Norte (CE) 1,359
38º Altamira (PA) 1,352
39º São João de Meriti (RJ) 1,349
40º Ribeirão Pires (SP) 1,339
41º Manicoré (AM) 1,323
42º Poá (SP) 1,31
43º Simões Filho (BA) 1,303
44º Rio Largo (AL) 1,29
45º Surubim (PE) 1,286
46º Suzano (SP) 1,28
47º Esteio (RS) 1,279
48º Crato (CE) 1,271
49º 39º Aracaju (SE) 1,267
50º Acará (PA) 1,261

Informações: Exame Abril
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